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Esboço
Esboço
Pano de fundo do livro de Isaías
Isaías, o homem
Os tempos de Isaías
Autoria e data
Objetivos
Temas do livro de Isaías
Mensagem do livro de Isaías Depois de ler este capítulo,
você deve ser capaz de:
Palavras de abertura para Judá (1.1-31)
Delinear o conteúdo dos capítulos
O julgamento de Deus é revelado
139 de Isaías.
(2.15.30)
Explicar os temas dos capítulos 139
O chamado de Isaías (6.1-13)
de Isaías.
O sinal de Emanuel (7.1-17)
Relacionar as principais características
A iminente invasão assíria (7.188.22) do reino de Deus.
Descrição da era messiânica (9.1-7) Apresentar os elementos do chamado
Julgamento contra Israel e Assíria de Isaías.
(9.810.34) Discutir as possíveis interpretações do
Mais descrições sobre a era messiânica sinal que Isaías ofereceu a Acaz.
(11.112.6) Demonstrar o cumprimento da profecia
Profecias contra as nações (13.123.18) de Isaías sobre a era messiânica.
O pequeno apocalipse (24.127.13) Mostrar como as profecias de Isaías
Profecias dos ais (28.133.24) ilustram que Deus é Senhor de tudo.
Resumo escatológico final (34.135.10)
Interlúdio histórico: pontos altos e baixos
do reinado de Ezequias (36.139.8)
353
Descobrindo os Profetas
A guarita de um
vigia nos
campos
próximos a
Siquém. Isaías
disse que o
povo de Israel
havia se
rebelado e que
Jerusalém seria
deixada sem
defesas como
uma guarita
para um vigia
em uma vinha
(1.8).
Isaías tinha dois filhos Shear-Jashub (7.3), Quando Isaías iniciou seu ministério, a
remanescente
cujo nome significa o remanescente volve- Assíria começava a demonstrar suas forças sob
rá e Maher-shala-hash-baz (8.3) que quer a liderança de TIGLATE-PILESER III (745
dizer rápido despojo presa segura. Ao dar 727 a.C.). Reinos menores como Judá certa-
esses nomes aos seus filhos, Isaías estava mos- mente devem ter visto o perigo em potencial
trando sua fé no plano de Deus para o futuro no horizonte. Ainda assim, Deus havia pro-
de Israel. O nome Shear-Jashub referia-se à metido ao seu povo que o protegeria de qual-
forma como Deus preservaria o resto do povo quer coisa e de qualquer um desde que eles
que permanecesse fiel. O nome Maher- permanecessem firmes em sua fé. O Senhor
shala-hash-baz anunciava o rápido julgamen- mandou o profeta Isaías para encorajá-los a
to de Deus contra os inimigos de Judá. seguirem esse caminho.
Isaías serviu como profeta na corte real de
Judá. Portanto, ele profetizava principalmen- Autoria e data
te para Judá, apesar de ter palavras dirigidas a O próprio livro dá o nome de Isaías como
Israel e outras nações. O livro de Isaías relata sendo o profeta por trás de sua mensagem (1.1;
os muitos contatos que ele teve com os reis de 2.1; 7.3; 20.2; 37.2,21; 38.1,4; 39.3). Podemos
Judá, especialmente Acaz e Ezequias. Acaz supor que Isaías registrou suas palavras ou as
deu pouca importância às palavras de Isaías confiou a outros talvez seus discípulos.
(7.3-13), mas Ezequias punha grande fé no Muitos estudiosos evangélicos datam o livro
profeta (37.2-7,21-35; 31.1-8; 39.3-8). Ao es- de Isaías no começo do século 7º a.C.
tudarmos as palavras de Isaías veremos que Outros estudiosos (inclusive alguns evan-
elas também têm muito a nos ensinar. gélicos) acreditam que o profeta Isaías foi res-
ponsável pelo material apenas de Isaías 1
Os tempos de Isaías 39. Eles citam certas diferenças entre os capí-
A maior parte dos estudiosos situa o mi- tulos 139 e os capítulos 4066 que suge-
nistério de Isaías em torno de 740 a 690 a.C. rem que uma outra pessoa escreveu a segun-
Quando Isaías respondeu ao chamado de da parte do livro. Trataremos dessa questão
Deus, restavam menos de vinte anos para em nossa discussão sobre Isaías 4066.
que o reino do norte, Israel, caísse para a
Assíria. Enquanto isso, o reino de Judá ao sul Temas do livro de Isaías
enfrentava um importante teste. Judá iria
aprender com o exemplo trágico de Israel ou Os remanescentes
iria seguir o mesmo caminho perverso de seu Isaías descreve um grupo de remanescen-
vizinho do norte? tes que Deus havia preservado (1.9). Aliás,
355
Descobrindo os Profetas
ele deu um nome relacionado a esse fato a trevas espirituais (9.1,2). Ciro pode ter rece-
um de seus filhos o remanescente volverá bido o título de messias (45.1), mas ele
(Shear-Jashub, 7.3). O exílio poderia vir, mas nunca cumpriria o propósito de Deus como
Deus um dia guiaria esse remanescente de Jesus, o Filho de Deus faria. O Messias viria
volta para casa (10.20,21). Essas pessoas tinham um dia para reinar em glória, mas primeiro
um relacionamento profundo de fé com o ele iria mostrar-se digno por meio do sofri-
Senhor que as distinguia dos outros israelitas. mento (53.10-12).
Muitos eram descendentes dos doze filhos de
Jacó, mas esses remanescentes eram fiéis à
aliança que Deus havia estabelecido com Jacó
e outros patriarcas.
Mensagem do
A soberania de Deus livro de Isaías
A visão que Isaías tinha da soberania de
Palavras de abertura
Deus moldou o seu ministério de forma dra-
para Judá (1.1-31)
mática. Ele sabia que Deus controlava as na-
ções e, portanto, ele profetizava com intrepi- As palavras de abertura de Isaías para Judá
dez que Deus iria tratar daquelas nações (ca- introduzem muitas idéias que o profeta irá
pítulos 1323). Deus tinha o direito de go- desenvolver ao longo do livro. O capítulo 1,
vernar sobre sua criação da forma como fazia. portanto, coloca a fundação para os outros
Isaías 4066 desenvolve ainda mais a idéia sessenta e cinco capítulos.
de que Deus já havia provado sua soberania, Deus trouxe um julgamento severo sobre o
primeiro ao enviar seu povo para o exílio e seu povo (vs. 2-15). Eles agiram como crian-
depois ao livrá-lo do cativeiro. ças rebeldes! O julgamento inicial de Deus
havia surtido pouco efeito, aliás, o seu com-
Servo portamento o lembrava de Sodoma e Gomor-
O tema do servo aparece em várias partes ra (v. 10). Seus sacrifícios eram feitos por mo-
de Isaías e o servo tem diversas identidades. tivos impuros e suas mãos realizavam atos de
A palavra servo pode denotar um indivíduo injustiça social. O Senhor não honraria mais
israelita (22.20), a nação de Israel (41.8), o as suas orações (v. 15).
grupo remanescente (49.3) ou o Messias Isaías chamou o povo ao arrependimento,
(52.13). O servo trabalha diligentemente para perdão e bênçãos (vs. 16-20). Deus poderia e
cumprir os propósitos de Deus apesar dos inú- iria limpar o seu povo de todo o pecado. Mas a
meros desafios e dificuldades. maldade estava por toda a sociedade, come-
çando pela liderança e indo até suas bases
O Santo de Israel (vs. 21-23). De maneira muito clara, Isaías
Isaías usou a expressão O Santo de Israel colocou a escolha diante de Judá: Deus iria
trinta e nove vezes para descrever o Senhor; o redimir aqueles que se arrependessem, mas
termo aparece apenas outras sete vezes no os que persistissem em sua rebelião morreriam
resto do Antigo Testamento. Isaías esteve dian- (vs. 27-31).
te da santidade de Deus quando o Senhor o
chamou para o ministério profético (6.1-8), e O julgamento de Deus é
nunca se esqueceu dessa experiência. O povo revelado (2.15.30)
tinha abandonado o Santo de Israel que os
havia corrigido (1.4). Mas o Santo de Israel
A bênção por vir (2.1-4)
podia atacar qualquer nação inimiga que O futuro reino de Deus inclui três elemen-
desafiasse o seu povo (37.23)! Ele iria agir em tos o povo de Deus, o templo de Deus e a
santidade para julgar o pecado onde quer que paz de Deus. O povo de Deus iria abranger
ele o encontrasse. povos de todas as nações. Eles viriam de toda
a parte para Jerusalém, o lugar do templo e o
Messias centro do propósito de Deus. A instrução que
Isaías descreve o Messias, o ungido de o povo receberia da Palavra de Deus resulta-
Deus que viria para redimir o seu povo. Seu ria em paz eterna em todo lugar. A maior par-
reino glorioso traria bênçãos a toda a terra te dos intérpretes acredita que Jesus Cristo irá
(1.1-16) e luz a todos aqueles que viviam em cumprir essa profecia quando voltar.
356
Isaías 139
o mal de bem (v. 20). Eles assim procediam iriam lidar com a iminente expansão dos
sinal
para justificar o seu pecado, para que pudes- assírios em direção a oeste sob o comando de
sem continuar pecando sem sentir culpa. Tiglate-Pileser III.
Em quinto lugar, Isaías pronunciou um ai Os personagens principais incluem Rezim,
contra os que exaltavam a si mesmos (v. 21). rei da Síria, Peca, rei de Israel e Acaz, rei de
Eles criam ser sábios, mas os outros tinham Judá. Rezim e Peca desejavam unir forças com
uma opinião bem diferentes sobre eles! Deus Acaz para impedir os assírios de avançarem,
certamente iria humilhá-los. mas quando Acaz recusou juntar-se à alian-
Em sexto lugar, Isaías proferiu uma admo- ça, Rezim e Peca marcharam contra ele
estação contra os oportunistas imorais (vs. (7.1,2). Isaías encorajou Acaz a confiar no
22,23). Essas pessoas reuniam-se e tiravam os Senhor (7.4-9), pois Deus iria proteger a li-
direitos dos indefesos. Eles aceitavam subor- nhagem de Davi se os descendentes de Davi
no e rejeitavam os padrões de Deus. colocassem sua confiança no Senhor.
Nesses seis grupos, ninguém importava-se
O sinal oferecido, recusado e dado
com o seu comportamento, mas Deus tinha
(7.10-17)
visto todas essas coisas. Em sua ira ele iria le-
vantar uma outra nação para consumi-los e Isaías ofereceu a Acaz um sinal de Deus
levá-los embora. para fortalecer sua fé. Acaz mascarou sua fal-
ta de fé com falsa piedade (7.10-12), pois ele
O chamado de Isaías (6.1-13) já havia decidido confiar na Assíria (2Rs
16.7,8). Isaías o condenou por sua falta de fé e
A visão (6.1-8) disse-lhe que o próprio Deus lhe daria um si-
A referência que Isaías faz à morte do rei nal. Uma virgem iria conceber e dar à luz um
Uzias situa o seu chamado profético aproxi- filho e chamá-lo de Emanuel, que significa
madamente no ano de 739 a.C. Isaías rece- Deus conosco (7.14). Antes que a criança
beu uma visão poderosa de Deus. Mais que pudesse escolher entre o bem e o mal, os reis
tudo, ele viu duas coisas: a majestade plena da Síria e de Israel já não existiriam.
de Deus e sua própria pecaminosidade.
O toque do serafim sobre a boca de Isaías Possíveis interpretações
representou simbolicamente a purificação que Ao tratarmos dessa profecia, precisamos de-
Deus estava lhe concedendo de todo o peca- terminar a relação entre Isaías 7.14 e Mateus
do. Isaías agora estava puro diante do seu san- 1.23, que diz que o nascimento de Jesus de
to Deus. Assim, quando Deus o chamou, ele uma virgem cumpriu a profecia de Isaías.
respondeu prontamente (v. 8) Eis-me aqui, Abaixo estão duas interpretações mais fre-
envia-me a mim. qüentes que os estudiosos têm oferecido:
A profecia (6.9-13) O sinal que Isaías ofereceu foi o nascimen-
A mensagem inicial que Deus transmitiu to de Cristo de uma virgem. O profeta com-
por meio de Isaías proclamava a falta de com- preendeu o que estava prometendo e a pro-
preensão do povo. Eles iriam persistir em seu fecia se cumpriu. Quando Jesus já podia
pecado, sem ser capazes de ver, ouvir ou en- distinguir o certo do errado, os reis da Síria
tender o propósito de Deus para eles. A pro- e de Israel não existiam mais. Isaías capítulo
clamação dessa palavra de Deus só faria com 8 registra um incidente não relacionado.1
que o povo se endurecesse contra ele. Ainda Muitos cristãos ao longo dos séculos têm
assim, Deus prometeu levantar um remanes- compreendido a profecia dessa forma. Al-
cente depois de seu julgamento. Seus propó- guns, porém, sugerem que o longo período
sitos para o seu povo iriam continuar. de tempo entre as palavras de Isaías e o nas-
cimento de Jesus enfraquecem o significa-
O sinal de Emanuel (7.1-17) do desse sinal.2
As profecias de Emanuel e Maher-shalal-
O contexto histórico (7.1-9) hash-baz descrevem o mesmo nascimento.
Os anos de 735 a 732 a.C. testemunharam A mulher, esposa de Isaías (a profetiza,
aquilo que os historiadores chamam de Guer- 8.3), era uma virgem até então, mas Isaías
ra Sírio-Efraimita. A questão central era como casou-se com ela e ela concebeu da manei-
países pequenos como a Síria, Israel e Judá ra usual. O sinal no tempo de Isaías foi ela
358
Damasco
Isaías 139
ISRAEL
EO
ÂN
RR
ITE
Samaria
Rio Jordão
ED
RM
MA
AMOM
Rabá-ben-Amom
Asdode
Ecrom Jerusalém
TIA
Ascalom
ÍS
FIL
Gaza
JUDÁ MOABE
Arade
Berseba
Palestinos
Rezim, rei de Arã (Síria)
Peca, filho de Remalias,
rei de Israel
Edomitas
Sela
Escala
EDOM
0 10 20 mi
0 10 20 km 359
Descobrindo os Profetas
ter dado à criança o nome de Deus é co- espíritas. No mundo de hoje, muitos procuram
vassalo
nosco quando todos os acontecimentos substitutos para a Palavra de Deus, mas é so-
indicavam que Deus estava longe de seu mente na Bíblia que encontramos as respostas
povo. O nascimento de Jesus, portanto, para as perguntas mais profundas da vida.
cumpriu as palavras de Isaías em um nível
ainda mais elevado. O texto registra em re- Descrição da era messiânica
lação a José e Maria que: não a conheceu, (9.1-7)
enquanto ela não deu à luz um filho (Mt Isaías deu aos seus ouvintes a possibilidade
1.24,25).3 Mas alguns estudiosos têm difi- de vislumbrar como seria a era messiânica.
culdades com essa interpretação, pois os fi- Essas palavras proféticas também têm o seu
lhos têm nomes diferentes e existem dife- cumprimento em Jesus Cristo.
rentes critérios para quando os reis iriam Isaías descreveu como os territórios das tri-
deixar de existir.4 bos do norte de Zebulom e Naftali, que antes
Ambas as interpretações tentam fazer jus- haviam sido lugares de densas trevas espiri-
tiça ao texto de Isaías e ambas mantêm a di- tuais, veriam grande luz. Jesus deu a essas re-
vindade de Jesus. O nascimento a partir de giões grande luz espiritual, pois foi lá que ele
uma virgem continua sendo o ponto principal exerceu boa parte do seu ministério na terra
dessa origem sobrenatural e divina em qual- (Mt 4.15,16).
quer um dos casos.5 Isaías também descreveu os poderosos no-
mes do Messias Maravilhoso, Conselhei-
A iminente invasão assíria ro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Prín-
(7.188.22) cipe da Paz. Tais nomes só podem descrever
Acaz escolheu confiar na Assíria. Ele man- alguém muito mais que humano! O profeta
dou um grande presente para Tiglate-Pileser falou ainda do ministério do Messias. Ele iria
e pediu sua ajuda (2Rs 16.7,8). O rei assírio assumir o trono de seu pai, Davi, e reinar com
respondeu prontamente, movendo-se para o retidão para sempre. Observe como Isaías jun-
oeste, conquistando Damasco em 732 a.C. e tou a primeira e a segunda vinda de Jesus em
matando Rezim (2Rs 16.9). Ele também pas- dois versículos adjacentes. O versículo 6 des-
sou sobre Israel e permitiu que Oséias, que creve a primeira vinda de Jesus enquanto o
havia matado Peca, continuasse a governar versículo 7 descreve a segunda vinda. Os pro-
como vassalo (2Rs 15.29,30). O povo de Deus fetas algumas vezes escreviam dessa forma
pagou um preço incrivelmente alto por Acaz quando falavam dos planos de Deus para um
não confiar em Deus. futuro distante.6
Isaías advertiu o povo sobre o grande poder
Assírio (7.18-25). A terra passaria por devasta- Julgamento contra Israel e
ção e as áreas férteis tornar-se-iam desoladas, Assíria (9.810.34)
próprias apenas para os espinhos e abrolhos. Israel endureceu-se diante do julgamento
A Guerra Sírio-Efraimita foi o contexto para de Deus (9.810.4). O povo ignorou a disci-
a profecia do capítulo 8.1-4. Nessa profecia, plina de Deus e continuou em seus caminhos
Isaías teve um filho chamado Maher-shalal- maus. A expressão não se aparta a sua ira e a
hash-baz. Isaías previu o nascimento da crian- mão dele continua estendida (9.12,17,21;
ça na presença de testemunhas. Ele afirmou 10.4) revela que Deus repetidamente casti-
que antes que a criança pudesse dizer Ma- gou o seu povo sem ver qualquer sinal de ar-
mãe! Papai! a Síria e Israel não seriam mais rependimento. O que mais irava o Senhor era
uma ameaça para Judá (já discutimos acima a liderança inepta e o orgulho de Israel.
a possível ligação dessa profecia com o capítu- A Assíria também recebeu seu julgamen-
lo 7.14). to (10.5-34). Deus usou a Assíria como instru-
Isaías continuou descrevendo o julgamen- mento de correção contra o seu povo iníqüo
to que estava prestes a cair sobre Judá (8.5- (10.5). Mas os assírios jamais se deram conta
22). O povo havia rejeitado a contínua e gen- do papel que tiveram nesse propósito maior.
til proteção de Deus e, em vez disso, se volta- Em vez disso, tornaram-se orgulhosos e arro-
do para o rei da Assíria, que encheria suas gantes. O Senhor prometeu julgar a Assíria e
terras de fúria. Sua falta de luz espiritual os conduzir um grupo de fiéis remanescentes do
levou a negar a lei e confiar em médiuns e povo de Deus de volta a Israel (10.12,13).
360
Isaías 139
Um judeu
ortodoxo com
uma trombeta
feita de chifre
de carneiro
(shofar), no
muro oriental
de Jerusalém.
Isaías disse que
uma trombeta
iria chamar o
povo do exílio
(capítulo 27).
nações do mundo antigo. Essas profecias ilus- quando o Senhor cumpriu essa profecia. Tan-
tram uma importante verdade da qual deve- to o rei assírio Sargão II (721-705 a.C.) quanto
mos nos lembrar: Deus é Senhor sobre todas SENAQUERIBE (704681 a.C.) declararam-
as nações e todos os povos. se vitoriosos sobre Moabe.7
Babilônia (13.114.23) Damasco e Israel (17.1-14)
A Babilônia era a primeira na lista das na- Isaías provavelmente descreveu Israel e Da-
ções que Deus iria julgar. Esse fato é, de certa masco juntas, pois suas palavras são do tempo
forma, surpreendente pois era a Assíria, e não da coalisão Sírio-Efraimita (735734 a.C.).
a Babilônia que dominava o mundo no tem- Ele advertiu que Deus arrasaria Damasco e
po de Isaías. Mas Isaías pôde enxergar o que assim fez o Senhor, por meio de Tiglate-Pileser
estava por vir, pois a Babilônia viria a dominar III, em 732 a.C. Ele também prometeu julgar
o mundo e ele anunciou sua condenação. Israel, mas ele cuidaria de um remanescente
Deus com freqüência usa pessoas como ins- que o seguiria (vs. 6-8).
trumentos para alcançar os seus propósitos. Ele
usaria os medos para julgar a Babilônia
Etiópia e Egito (18.120.6)
(13.17). De fato, muitos medos faziam parte O Senhor também prometeu humilhar a,
das forças que o rei Ciro da Pérsia liderou CUSH, Etiópia e o Egito. Os etíopes um dia
contra a Babilônia em 539 a.C. Isaías compa- ainda trariam presentes para Sião (18.7). Além
rou a destruição da Babilônia com a destrui- disso, Deus também iria julgar o Egito e os
ção de Sodoma e Gomorra (13.19,20). seus ídolos. Séculos antes, o Egito havia escra-
Isaías descreveu o cântico que o povo de vizado o povo de Deus, mas agora ele iria virar
Deus iria entoar no dia da derrota da Babilô- o jogo e os egípcios é que seriam escravizados.
nia (14.3-21). O governante da Babilônia ha- Ele iria secar o Nilo, a fonte de água do Egito
via proclamado ser um deus (14.13,14), mas o e, assim, devastaria o país (19.5-8). Isaías che-
Senhor o humilharia. Alguns intérpretes da gou a andar nu e descalço durante três dias
Bíblia vêem no trecho do capítulo 14.12-15 como sinal da destruição que estava por vir
uma descrição secundária da queda de Sata- sobre a Etiópia e o Egito (20.1-6).
nás, apesar do texto identificar especificamen- Mas Isaías também anunciou novas emo-
te apenas o rei (14.4). Deus destruiria o orgu- cionantes para o Egito. Um dia, o Egito iria
lho e a arrogância da Babilônia. jurar sua fidelidade ao Senhor! O Senhor tra-
ria cura para o Egito e até mesmo a paz entre
Assíria (14.24-27) eles e os assírios. Naquele dia, Egito, Assíria
Não tardaria para que Deus usasse a Assí- e Israel iriam tornar-se uma bênção unida
ria para humilhar o reino do norte de Israel para todo o mundo. Ao olharmos para o
(2Rs 17.1-6). Mas mesmos os poderosos assírios mundo de hoje, tais palavras parecem im-
não poderiam frustar os planos de Deus. Os possíveis, mas devemos nos lembrar de que
propósitos divinos seriam mais fortes que eles. nada está fora do alcance de nosso Deus
Todo-poderoso.
Filístia (14.28-32)
Os filisteus regozijaram-se quando o rei Babilônia, Dumá e Arábia (21.1-17)
Acaz morreu, supostamente porque isto os li- Isaías anunciou ainda mais julgamento so-
bertava da dominação de Judá. Mas Isaías bre a Babilônia (vs. 1-10). Elão e a Média se
assegurou os filisteus que Deus continuaria a uniriam para derrubar a Babilônia. Isaías tam-
proteger o seu povo. bém inclui uma breve palavra sobre DUMÁ e
a ARÁBIA. O julgamento cairia sobre eles em
Moabe (15.116.14)
um ano.
Os moabitas, vizinhos de Judá a sudeste,
eram descendentes de Ló, o sobrinho de Jerusalém (22.1-25)
Abraão (Gn 19.37). Isaías descreveu como o Isaías, então, declarou o dia do julgamen-
julgamento de Deus iria afetar todas as prin- to de Jerusalém. O povo havia vivido ali em
cipais cidades de Moabe (15.1-9). Ele adver- segurança durante muitos anos e acreditava
tiu que em três anos Deus iria reduzir signifi- que, independente que eles fizessem, Deus
cativamente a posição de Moabe (16.14). In- os protegeria para sempre. O dia do julgamento
felizmente, não sabemos dizer com precisão iria destruir essas crenças (vs. 1-14).
362
Isaías 139
As Nações em Isaías
1323
M
ÉD
IA
ASSÍR
IA
IA)
(SÍR
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ARÃ
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Jerusalém AMOM
MOABE
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LÍ
FI
SEIR
Escala
EG
ITO
Isaías apresentou dois futuros líderes gulho da cidade e dar suas posses a outros. No
Pequeno
Sebna (vs. 15-19) e Eliaquim (vs. 20-25). Sebna final, Tiro se submeteria aos propósitos sobe-
Apocalipse
usaria o seu governo para ganho desonesto; ranos de Deus.
Deus o arrasaria. Mas Eliaquim serviria o povo
literatura como um pai. Infelizmente, Eliaquim foi um O Pequeno Apocalipse
apocalíptica dos poucos exemplos de boa liderança em sua (24.127.13)
geração. Muitos intérpretes deram a Isaías 2427 o
nome de Pequeno Apocalipse, pois esses
Tiro (23.1-18) três capítulos têm um texto que é equivalen-
Tiro, uma cidade portuária da Fenícia, te a uma miniatura do livro de Apocalipse
usava sua localização estratégica para acu- (ver a discussão sobre literatura apocalípti-
mular riquezas. Mas Tiro logo iria passar pela ca no capítulo 31). Eles são a grande conclu-
tragédia da falência. Deus iria destruir o or- são das profecias de Isaías nos capítulos 13
363
Descobrindo os Profetas
23. Na seção anterior, o profeta mostrou como sião em que Deus destruirá o mal de uma
Deus era Senhor sobre os diferentes reinos. E, vez por todas.8
ao governar essas nações e povos, ele contro- Deus queria que o seu julgamento levasse
lava o mundo todo. Isaías 2427 anuncia o o povo a voltar-se para ele. Ele estava ansioso
julgamento final de Deus sobre o mundo e a para cuidar ternamente dos seus (vs. 2-6)
salvação de seu povo. quando percebessem seu desamparo e pedis-
sem perdão (v. 9). Ele prometeu reuni-los to-
A destruição da terra (24.1-23) dos um dia (vs. 12,13).
Isaías usou de uma linguagem forte para
anunciar a destruição da terra (vs. 1-6). O Profecias dos ais
Senhor não seria parcial em seu julgamento. (28.133.24)
A posição social não importaria. Isaías 2833 contém cinco profecias dos
Mas em meio ao caos violento que traria o ais. Essas profecias falavam do fim de vários
fim da História, o povo de Deus louvava ao povos e nações. Isaías 34,35 dá um clímax
Senhor de qualquer forma. Eles lhe davam para os capítulos 2833, assim como os ca-
glórias, pois o tempo da salvação se aproxima- pítulos 2427 (o Pequeno Apocalipse) são
va (vs. 14-16). Seu povo o veria em todo o seu o clímax para os capítulos 1323 (Profeci-
esplendor (v. 23). as contra as nações).
A vitória de Deus sobre os seus Ai de Efraim (28.1-29)
inimigos (25.1-12) Isaías denunciou o orgulho e a arrogância
O povo de Deus cantava para ele ele de Efraim. O povo pensava ter encontrado
havia dado a vitória! Isaías prenunciou um uma forma de enganar a morte e escapar do
grande banquete que o Senhor iria preparar julgamento de Deus (v. 15). Em vez disso, sua
(vs. 6-9). Ele aboliria a morte para sempre e liderança imatura tornou-os incapazes de
estabeleceria uma comunhão pessoal e ínti- compreender os ensinamentos de Deus (vs.
ma com aqueles que ele ama. Nos dias de 9-13). Eles não se davam conta da situação
hoje, Deus oferece a todos nós um relaciona- desesperadora na qual se encontravam!
mento pessoal com ele mediante a fé em Je- Deus prometeu trazer justiça e retidão so-
sus cristo (Rm 3.21,22). Aqueles que confiam bre aquela terra (vs. 16-22). Sua pedra an-
nele têm a promessa de que um dia o verão gular aprovada seria a parte-chave dos novos
face a face (1Jo 3.1-3). alicerces de Sião. O Novo Testamento reve-
lou que Jesus Cristo é essa pedra angular (Rm
O canto de livramento de Judá
9.33). Jesus é o alicerce da Igreja, a estrutura
(26.1-21)
que ele está construindo com os cristãos que
O povo de Deus iria entoar um outro são as pedras vivas (1Pe 2.6).
cântico celebrando o livramento de Deus. O
Senhor havia dado a vitória e era digno de Ai de Ariel (29.1-24)
confiança (vs. 6-9). Enquanto Isaías medita- O termo Ariel refere-se a Jerusalém (v.
va sobre esse grande dia ele fez uma oração 1). Muitos estudiosos sugerem que ele signifi-
ao Senhor (vs. 11-18). O povo de Deus estava ca Lareira de Deus, uma descrição que se
indefeso diante de seus inimigos. Eles tinham encaixaria no contexto.9 O povo de Jerusa-
alguma esperança? Deus respondeu com um lém pensava ser o centro da adoração do úni-
alto e claro sim! Ele prometeu livrá-los de seus co verdadeiro Deus. Mas Deus não se agra-
inimigos a seu tempo perfeito. dava deles. Isaías proclamou o julgamento
contra a cidade e o seu povo. Deus prometeu
A salvação iminente de Israel arrasá-los até o pó (v. 4).
(27.1-13) Isaías descreveu o entorpecimento que
Os intérpretes da Bíblia debatem-se com havia tomado conta do povo (vs. 9-16). Eles
a identidade de Leviatã (v. 1). Alguns ten- falavam como se conhecessem o Senhor, mas
taram relacionar Leviatã a uma determina- haviam fechado os seus corações para segui-
da divindade cananita. Mas tais tentativas lo. Imaginavam que ninguém soubesse sobre
apresentam alguns problemas. Provavelmen- o seu pecado, mas Deus tudo via. Ainda as-
te, devemos entender que Isaías está usando sim, o Senhor prometeu restauração (vs. 17-
a imagem de Leviatã para descrever a oca- 24). O povo ainda iria voltar para ele.
364
Isaías 139
Sumário
1. Isaías foi o profeta que serviu na cor- Messias, descreviam o Messias me-
te real de Judá, mas ele também fa- diante diferentes nomes, falavam do
lou para Israel e para outras nações. ministério do Messias e descreviam a
primeira e a segunda vinda do Messias.
2. Os principais temas dos capítulos
139 incluem o remanescente, a 6. Nas Profecias contra as nações de
soberania de Deus, o Santo de Israel Isaías, o julgamento de Deus foi decla-
e o Messias. rado sobre a Babilônia, Assíria, Filístia,
Moabe, Damasco, Israel, Etiópia,
3. O chamado profético de Isaías veio
Edom, Arábia, Jerusalém e Tiro.
em 739 a.C., quando ele teve uma vi-
são na qual vislumbrou a majestade 7. Os capítulos 2427 são chamados
de Deus bem como a sua própria pe- por muitos estudiosos de Pequeno
caminosidade. Apocalipse.
4. Isaías ofereceu a Acaz um sinal de 8. As profecias dos ais nos capítulos
Deus, mas Acaz não aceitou, pois ele 2833 incluem ais contra alianças
confiava mais no poder da Assíria que estrangeiras.
em Deus.
9. Ezequias demonstrou sua tolice ao
5. As profecias de Isaías sobre a era mostrar à delegação da Babilônia to-
messiânica falavam de como as tribos dos os tesouros de sua nação.
do norte seriam influenciadas pelo
366
Isaías 139
Interlúdio histórico: pontos messa, enviando seu anjo para dizimar o exér-
altos e baixos do reinado de cito assírio.
Ezequias (36.139.8) Do ponto de vista humano, a batalha ter-
Quatro capítulos ligam a primeira parte do minou e Senaqueribe voltou para casa com
livro de Isaías (capítulos 139) à segunda aquilo que já havia tomado de Ezequias. Mas
parte (capítulos 4066). Estudiosos observa- do ponto de vista teológico, Deus havia salvo
ram que os acontecimentos dos capítulos 38,39 Jerusalém de forma dramática, poupando-a
precedem cronologicamente os acontecimen- da destruição e livrando seu povo do exílio!
tos dos capítulos 36,37. Mas Isaías não estava Ele havia defendido a cidade por amor a Davi
fazendo um relato cronológico. Os capítulos (37.35).
36,37 tratam da Assíria e servem como um É interessante observar que arqueólogos en-
encerramento da primeira parte do livro, du- contraram os registros reais de Senaqueribe
rante a qual a Assíria apareceu como a força quando escavaram Nínive. Os registros des-
dominante do mundo antigo. Os capítulos crevem com orgulho o cerco de Jerusalém, mas
38,39 concentram-se na Babilônia, cujo im- não mencionam nenhuma conquista.
pério é o pano de fundo para Isaías 4060.11 A doença e a cura de Ezequias
A ameaça de Senaqueribe e o (38.1-22)
livramento de Deus (36.137.38) Por volta de 711 a.C.,13 Ezequias foi aco-
Senaqueribe (704681 a.C.), rei da Assí- metido de uma doença fatal. Quando Isaías o
ria, atacou Ezequias (727698 a.C.), rei de advertiu que ele não iria se recuperar, Eze-
Judá, quando Ezequias recusou-se a pagar tri- quias chorou amargamente e pediu a miseri-
butos (2Rs 18.7). Estudiosos ainda discutem córdia de Deus. O Senhor respondeu, conce-
se Senaqueribe invadiu Judá em 701 a.C. ou dendo ao rei mais quinze anos de vida. Ele deu
714 a.C., pois não sabemos exatamente quan- até mesmo um sinal para fortalecer a fé do rei
do Ezequias reinou.12 Depois de Senaqueribe a sombra na escadaria do rei retrocedeu!
ter derrotado as cidades fortificadas de Judá, Três anos depois, o rei teve um filho
Ezequias ofereceu entregar-se e pagar qual- Manassés que acabou sucedendo-o no tro-
quer penalidade que Senaqueribe impusesse no (2Rs 21.11). O nascimento de Manassés
(2Rs 18.13-16). Mas Senaqueribe decidiu que foi uma bênção, mas também teve suas impli-
continuaria avançando até tomar Jerusalém. cações. Por um lado, o rei tinha um herdeiro.
Cheios de desprezo, os representantes de Por outro lado, Manassés (698642 a.C.) tor-
Senaqueribe escarneciam do povo de Judá e nou-se um dos reis mais perversos de Judá e
ordenavam que se entregassem (Is 36.4-20; acabou desfazendo todas as reformas que seu
37.8-13). Mas Ezequias buscou o Senhor que pai havia estabelecido. Sua maldade levou a
mandou Isaías com uma mensagem de livra- um declínio espiritual do qual Judá nunca se
mento (37.14-29). E Deus cumpriu sua pro- recuperou (Jr 15.4).
1. O que sabemos sobre Isaías a partir dos Por que ele falou de cada uma indivi-
detalhes contidos em seu livro? Que te- dualmente?
mas são mais importantes para ele?
4. Identifique os principais detalhes dos
2. Se você tivesse apenas Isaías 112, o capítulos 3639. Qual a função des-
que poderia aprender sobre o Messias? ses capítulos no livro de Isaías?
3. Contra quais nações Isaías pronunciou
julgamento nos capítulos 1323?
367
Descobrindo os Profetas
Leituras complementares
Machen, J. Gresham. The Virgin Birth of Christ. 2ª ed. completa, com muitas notas de rodapé e docu-
Nova York: Harper, 1932. Um tratamento clássico à mentação.
questão do nascimento virginal e suas implicações Webb, Barry G. The Message of Isaiah: On Eagles
para a fé cristã. Wings. Downers Grove: InterVarsity, 1996. Uma ex-
Motyer, J. Alec. The Prophecy of Isaiah: An Introduc- posição curta, porém rica em aplicações.
tion and Commentary. Downers Grove: InterVarsity, Wolf, Herbert M. Interpreting Isaiah: The Suffering and
1993. Um comentário completo para o estudante Glory of the Messiah. Grand Rapids: Zondervan,
avançado. 1985. Um livro texto em nível universitário que com-
Oswalt, John N. The Book of Isaiah: Chapters 1-39. bina estudo com leitura fácil.
New International Commentary on the Old Testa- Youngblood, Ronald F. The Book of Isaiah: An
ment. Grand Rapids: Eerdmans, 1986. Um co- Introductory Commentary. 2ª ed. Grand Rapids:
mentário para o aluno que deseja uma pesquisa Baker, 1993. Uma exposição mais curta.
368
26 Isaías 4066
Grandes dias estão por vir!
Esboço
Esboço
Quem escreveu Isaías 40-66?
Ponto de vista de múltiplos autores
Ponto de vista de um único autor
As passagens sobre o servo em Objetivos
Isaías 4066
Depois de ler este capítulo,
A mensagem de Isaías continua
você deve ser capaz de:
Consolai, consolai o meu povo (40.1-31)
Descrever o conteúdo e os principais
A redenção por vir (41.1-29) temas de Isaías 4066.
O papel do servo do Senhor (42.1-25) Avaliar o ponto de vista da autoria
A redenção de Israel da Babilônia múltipla do livro de Isaías.
(43.145.25) Comparar as três interpretações das
Julgamento contra a Babilônia (46.147.15) passagens sobre o Servo Sofredor nos
A libertação e exaltação de Israel capítulos 52 e 53.
(48.152.12) Resumir o que Isaías profetizou sobre o
O Servo Sofredor (52.1353.12) retorno de Israel do exílio na Babilônia.
Celebração do retorno (54.159.21)
O clímax da restauração de Deus
(60.166.24)
369
Descobrindo os Profetas
Um relevo Outros estudiosos sugerem uma outra di- concentram-se na Babilônia. Os capítulos 1
assírio mostra visão dentro dos capítulos 4066. Eles acre- 39 tratam, basicamente, da geração de Isaías,
oficiais pesando
ditam que Deutero-Isaías escreveu Isaías 40 enquanto os capítulos 4066 têm uma visão
tributos em
uma balança. 55 enquanto uma outra pessoa ou escola de do futuro. O julgamento de Deus constitui o
discípulos (Trito-Isaías, o terceiro Isaías) es- tema principal dos capítulos 139, mas a re-
creveu Isaías 5666. Alguns argumentam que denção e a salvação é que estão em evidência
essa seção foi composta por vários autores, tal- nos capítulos 4066. Tais diferenças tão claras
Trito-Isaías vez por uma escola de discípulos de Isaías.3 sugerem o envolvimento de mais de um autor.
Aqueles que acreditam que mais de uma
pessoa escreveu o livro de Isaías normalmente
Diferença de vocabulário e estilo
argumentam dentro de quatro linhas: perío- entre 139 e 4066
do de tempo, diferenças de assuntos entre os Esse ponto é uma seqüência natural do
capítulos 139 e os capítulos 4066, dife- anterior, tendo em vista que diferentes assun-
rente vocabulário entre 139 e 4066 e a tos requerem vocabulário diferente. Mas os
menção do nome do rei Ciro. defensores da autoria múltipla também
enfatizam como o diferente estilo poético dos
Período de tempo dentro do livro capítulos 4066 sugere que eles vieram de
Alguns dos que sustentam o ponto de vista um outro autor e não de Isaías. Eles citam a
de autoria múltipla sugerem que o período de poesia como estando entre as melhores de todo
tempo do livro descarta a possibilidade de um o Antigo Testamento, o que contrasta com o
único autor. Eles não vêem de que maneira estilo poético dos capítulos 139.
Isaías poderia saber sobre as circunstâncias dos
capítulos 4066. Isaías profetizou de 740 a 690 A menção direta do nome do rei Ciro
a.C., mas muito que está escrito em Isaías 40 Isaías 44.28 e 45.1 mencionam o rei Ciro, o
66 descreve o período de retorno do exílio na primeiro rei do Império Persa, pelo nome. Os
Babilônia que começou por volta de 538 a.C. defensores da teoria de autoria múltipla citam
esses versículos como exemplo de informações
Diferenças de assuntos entre os específicas que só alguém vivendo naquela
capítulos 139 e 4066 época saberia. Tendo em vista que o ministério
Os proponentes da autoria múltipla desta- de Isaías encerrou-se muito antes do tempo de
cam a diferença de assuntos nas duas partes do Ciro, eles argumentam que alguma outra pes-
livro de Isaías. Os capítulos 139 concentram- soa deve ter escrito as referências a Ciro bem
se na Assíria, enquanto os capítulos 4066 como o resto do material adjacente.
371
Descobrindo os Profetas
A mensagem de
Isaías continua
Consolai, consolai o meu
povo (40.1-31)
Os versículos 1-31 servem de prólogo para
os capítulos 4066, lançando a fundação para
o restante do livro. Isaías anunciou a glória
vindoura de Deus, contrastando-a com a de-
bilidade do povo. Mas o profeta encorajou aos
desanimados eles podiam contar com a
promessa de Deus! O Senhor os consolaria e
cuidaria deles como um pastor cuida de suas
ovelhas.
O resto da capítulo 40 responde a pergun-
ta Deus pode mesmo fazer tudo o que ele
diz? O Senhor marcou os céus com suas mãos
e os estendeu como uma cortina. Levantou
governantes e os reduziu a pó. Ele até mesmo
chamou as estrelas pelo nome! À luz de sua
majestade, como o povo de Deus pôde pensar
que ele havia se esquecido deles? Ele certa-
mente iria cumprir os seus propósitos para eles
Parte do papiro
e renovar suas forças dia após dia. As palavras
de Isaías, o mais
longo e antigo
As passagens sobre o de Isaías também nos oferecem conforto e se-
de todos os
papiros do Mar
servo em Isaías 4066 gurança quando enfrentamos desafios difíceis.
Morto em
O tema do servo aparece em vários lugares O livramento por vir (41.1-29)
Qumran. No
papiro, não há em Isaías e o servo recebe diversas identida- Isaías 41 introduz um tema dividido em
nenhuma divi- des. A palavra servo pode ser relativa a um três partes e que está presente ao longo dos
são entre os ca- indivíduo israelita (22.20), a nação de Israel capítulos 4066. Em primeiro lugar, o povo
pítulos 39 e 40. (41.8), ao remanescente (49.3) e até mesmo de Deus foi feito cativo por causa de seus pe-
ao Messias (52.13). O servo trabalha diligen- cados. Em segundo lugar, o cativeiro prova
temente para cumprir os propósitos de Deus que Deus é Deus, pois só ele pôde prever que
mesmo diante de inúmeros desafios e dificul- isso aconteceria. Em terceiro lugar, ele agora
dades. Isaías 4066 tem quatro passagens nas vai restaurá-los e redimi-los.
373
Descobrindo os Profetas
pecados de toda a nação. A Bíblia afirma cla- humanidade pecadora. Leia novamente. Peça
ramente que Israel e Judá pagaram pelos seus a Deus que grave as imagens em seu coração.
próprios pecados (2Rs 17.7-23; Is 42.23-25). Você começa a compreender o amor de Deus
Talvez o remanescente tenha sofrido injusta- por você?
mente por causa do pecado dos ímpios, mas
ele não sofreu no lugar desses ímpios. Celebração do retorno
Em terceiro lugar, alguns intérpretes argu- (54.159.21)
mentam que o servo representa Jesus Cristo. O retorno de Judá do exílio foi certamen-
Eles sugerem que as evidências do Novo Tes- te algo a ser celebrado. Ao examinarmos esse
tamento tornam possível apenas a interpreta- trecho de Isaías 4066, vemos as palavras
ção messiânica. Jesus cresceu como um ho- do profeta realçando vários aspectos dessa
mem comum em Israel e depois começou a celebração.
proclamar o reino de Deus. Muitos o despre-
zaram, rejeitaram e finalmente o mataram. O renascimento de Jerusalém
Em sua morte, Jesus sofreu pelo pecado de (54.1-17)
outros. Ele passou pela crucificação entre dois O renascimento de Jerusalém apresenta-
ladrões e foi enterrado no túmulo de um ofi- ria dois aspectos terra fértil e povo numero-
cial. E Deus planejou tudo isso para dar vida so. Nas terras desérticas brotaria a vegetação.
eterna a todos os que respondessem com fé à O deserto se tornaria verdejante. E a popula-
sua oferta de perdão e salvação. ção se multiplicaria para além das fronteiras.
Isaías 52.1353.12 retrata de maneira bela As pessoas teriam que se esforçar para arran-
a profundidade do sacrifício de Cristo pela jar espaço para todos. Deus deixaria para trás
Isaías 52.1353.12 (muitas vezes chamado simplesmente de Isaías 53) constitui uma das
profecias mais marcantes do Antigo Testamento em relação a Jesus Cristo. O quadro abaixo
resume as palavras de Isaías e como Jesus as cumpriu.
53.4-6 Sofreu por nosso pecado; Morreu por nossos pecados de acordo
ferido por Deus com o plano de Deus (1Co 15.3)
53.7 Quieto diante de seus opressores Ficou em silêncio diante dos acusado-
res em seu julgamento (Mc 14.60,61)
53.9 Teve uma sepultura entre os Foi crucificado entre dois ladrões e
perversos e ricos e não fez o mal sepultado no túmulo de um rico
oficial (Mc 15.27,28; 43-46)
53.10 Foi a vontade de Deus esmagá-lo; Deus preparou como oferta pelo
ele verá sua posteridade pecado (Rm 5.9)
53.12 Recebeu grande recompensa pois Recebeu grande recompensa por ter
deu sua vida por outros dado sua vida (Fp 2.9-11; Hb 1.3,4)
376
Isaías 4066
A movimentada
entrada do
portão de
Damasco na
antiga cidade de
Jerusalém. Isaías
descreve os
portões de
Jerusalém.
Muitos
intérpretes
afirmam que
essa descrição
refere-se a um
tempo futuro,
pois o retorno
de Judá do exílio
nunca exibiu
tanto esplendor.
a vergonha do seu povo. Ele os havia corrigido Deus. Ele os chamou ao arrependimento en-
eunucos
na ira contra o seu pecado, mas agora plane- quanto ainda havia tempo, e pediu que con-
java reuni-los com sua compaixão. fiassem nos caminhos de Deus. Se aceitassem
Torá Isaías também descreveu os portões de Je- a palavra de Deus, ela alcançaria os seus pro-
rusalém. Muitos intérpretes argumentam que pósitos na vida do povo e lhes traria grande
esse retrato tão belo refere-se a um tempo fu- alegria.
turo, pois o retorno de Judá do exílio nunca
teve todo esse esplendor.
Estrangeiros juntam-se à família de
Deus (56.1-8)
Chamado à confiança em Deus Estrangeiros e eunucos preocupavam-se
(55.1-13) por achar que não receberiam uma parte das
Isaías chamou o povo a confiar em Deus bênçãos de Deus que ainda estavam por vir.
tendo em vista as suas bênçãos abundantes. De fato, certas passagens do Torá pareciam
Eles deveriam parar de gastar o seu dinheiro dar preferência para os nativos israelitas (Dt
em coisas que não trazem satisfação duradou- 23.3,4). Mas Deus prometeu ricas bênçãos a
ra e investir suas vidas no relacionamento com ambos os grupos. Ele daria aos eunucos um
377
Descobrindo os Profetas
nome melhor que aquele de filhos e filhas. E salvação! Ele prometeu trazer o seu Espírito e
ele também acolheria os estrangeiros em sua reavivar o seu povo. Aqueles que temiam o
família. A fidelidade a Deus contava mais seu nome receberiam bênçãos, mas os seus
que a linhagem de sangue. inimigos sofreriam um julgamento rápido.
Essa passagem previu o anúncio de Paulo Paulo aplicou Isaías 59.20,21 à segunda vinda
de que crentes de todas as nações iriam tor- de Cristo, quando o Senhor restaurará a justi-
nar-se membros da família de Jesus Cristo (Gl ça e a santidade para sempre (Rm 11.26,27).
3.28,29). Talvez o eunuco etíope tenha sido um
prenúncio do cumprimento dessa profecia. O clímax da restauração de Deus
(60.166.24)
Resumo dos pecados de Israel
Nos capítulos restantes, as palavras do pro-
(56.957.21) feta tornam-se mais emocionantes. Ele olhou
Isaías resumiu os pecados passados de Is- adiante, para o dia em que o clímax da histó-
rael. Cegueira espiritual, injustiça e idolatria ria redentora de Deus traria a vitória final para
haviam caracterizado a vida do povo. Mas ain- o seu povo e a sua própria glória.
da outra vez, o profeta lhes deu esperança.
Não havia pecado que não pudesse ser purifi- A glorificação de Sião (60.1-22)
cado pela graça de Deus. Mas aqueles que Isaías chamou a Sião redimida a levantar-
persistissem em sua iniqüidade jamais experi- se e preparar-se para servir como instrumento
mentariam dessa graça. da bênção de Deus. Nações envoltas em tre-
vas espirituais veriam a imensa luz espiritual e
Chamado à verdadeira retidão iriam buscá-la em grande número, trazendo
(58.1-14) com elas suas riquezas. O Senhor proveria se-
O povo se perguntava se Deus não havia gurança eterna para o seu povo e eles jamais
notado os seus jejuns. Deus respondeu que precisariam fechar os seus portões. Sua des-
eles haviam jejuado por motivos impuros. Eles crição das nações unindo-se em adoração ao
haviam forçado seus empregados a continuar verdadeiro Deus prenuncia Apocalipse 7.9-
trabalhando excessivamente e ainda achavam 14, em que povos de todas as nações e tribos
que o mero jejum iria ganhar a aprovação de irão reunir-se ao redor do trono do Senhor e
Deus. Mas o Senhor desejava um jejum que adorá-lo.
tocasse no coração do povo e não apenas no
Ainda mais restauração do Senhor
estômago. Ele queria que eles se humilhas-
sem perante ele e mostrassem seu arrependi- (62.1-12)
mento por meio de atos de bondade e graça Os versículos 1-3 apresentam um outro re-
para com o próximo. Então ele responderia ao trato de servo a quem Deus havia ungido e
seu jejum. sobre o qual estava o Espírito de Deus. O ser-
Isaías também chamou o povo a honrar o vo tinha o ministério de anunciar as boas novas
sábado. Eles tratavam esse dia como qualquer e o consolo aos oprimidos. Ele proclamava que
outro, mas Deus os chamou a deixar de lado o o tempo de favor do Senhor estava próximo.
trabalho, descansar e meditar sobre ele. Mes- Lucas 4.16-30 registra o cumprimento des-
mo nos dias de hoje, Deus pede que separe- sas palavras em Jesus. Quando ele estava na
mos um dia da nossa rotina normal para honrá- sinagoga em Nazaré, Jesus tomou um rolo do
lo e adorá-lo. livro de Isaías e leu as palavras que hoje cha-
mamos de Isaías 61.1-3. Então, ele anunciou:
O pecado de Israel e o livramento de Hoje se cumpriu a escritura que acabais de
Deus (59.1-21) ouvir (Lc 4.21). Muitos ficaram confusos so-
Isaías descreveu a situação de Israel. O Se- bre o que Jesus havia dito e outros ficaram
nhor era mais que capaz de salvá-los, mas seus bastante irados com ele. Mas de fato, as pala-
pecados os haviam separado de Deus. Eles con- vras haviam se cumprido. O dia da visitação
taminaram suas mãos com sangue e mentiram de Deus havia chegado ao mundo que vivia
enquanto seus pés iam rapidamente pelo ca- cativo em pecado e Jesus tinha vindo para
minho da iniqüidade. Como resultado, a justi- proclamar liberdade desse poder (Jo 10.10).
ça e a retidão haviam deixado aquela terra. Isaías também prometeu que o povo de
Deus respondeu a essa descrição da con- Deus veria restauradas as suas ruínas antigas
dição desesperada do povo. Ele iria trazer a (61.4-11). Mais uma vez, os estrangeiros par-
378
Isaías 4066
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento volve um coração humilde que resulta em um
mencionam o jejum. As pessoas algumas vezes se viver de santidade (Is 58.5-7).
abstêm da comida para buscar o favor de Deus Jejuar não garante que Deus vai responder
(2Sm 12.21), prantear os mortos (1Sm 31.13) ou nossas orações da forma como desejamos. O
marcar um dia trágico (Zc 7.5). Elas podem jejuar jejum nos ajuda, sim, a nos concentrarmos
individualmente (1Rs 21.17) ou em grupos (Jn mais completamente nele.
3.5). Jesus falou sobre o jejum (Mt 6.16-18) e a O jejum não faz que ninguém amadureça es-
igreja primitiva o praticava (At 13.3). piritualmente. Não devemos fazer do jejum
O cristão de hoje deve jejuar? Se deve, quan- um teste de maturidade espiritual ou menos-
do e como? Eis algumas sugestões de diretrizes: prezar aqueles que decidem não jejuar.
Os cristãos que jejuam devem fazê-lo com pri-
As Escrituras não ordenam que o cristão jejue. vacidade e não para impressionar os outros
Entretanto, os cristãos podem decidir fazê-lo a (Mt 6.16-18).
fim de concentrarem-se completamente em
Deus por meio da oração e adoração.
Jejuar é mais que ficar sem comer. O jejum en-
ticipariam do processo de restauração. Isaías significa Minha Delícia e Beulah quer dizer
descreveu a bênção especial para Israel entre Desposada. Esses nomes podem não pare-
as outras nações. Louvores e justiça brotariam cer muito bonitos para nós, mas o significado
perante todas as nações. deles certamente o é. O Senhor alegrou-se no
seu povo como o noivo alegra-se na sua noiva.
As bodas de Sião com Deus Que retrato maravilhoso do amor de Deus!
(62.1-12)
Julgamento das nações
Isaías previu um grande casamento entre
o Senhor Deus e Sião, sua noiva. Sua profecia (63.1-6)
oferece um bonito quadro do amor de Deus Antes da salvação final, viria o julgamento
por seu povo, prenunciando as bodas de Deus de Deus. Ele iria tratar do pecado onde quer
com a Igreja (Ap 19.7-9). que o encontrasse. Sua vinda de Edom pode
Nos dias de hoje, a noiva normalmente indicar que Edom era um problema especial
adota o nome de seu marido. A mudança de para o povo de Deus naquele tempo. O povo
nome marca o começo de um novo relacio- ouviria a profecia de Isaías e saberia que Deus
namento especial. Deus também tem nomes iria lidar com todos os seus inimigos.
escolhidos para a sua noiva (Is 62.4). Hephzibah Oração pela intervenção de Deus
(63.764.21)
A oração de Isaías pela intervenção de
Eunucos
Deus enfatizou a total e absoluta dependên-
Torá
Premilenismo cia no Senhor por parte do povo. Quando ora-
mos, confessamos a necessidade de que Deus
estenda sua mão sobre nossa vida e toque-a
de alguma forma. O profeta estava ciente de
Termos-chave que o povo de Deus havia falhado em relação
ao Senhor de muitas maneiras. Ainda assim,
Deutero-Isaías sabia que a esperança de perdão estava ao
Trito-Isaías
seu alcance se eles se arrependessem. Ele im-
Festival Akitu
plorou que Deus os restaurasse. Você ora com
freqüência pelo povo de Deus?
379
Descobrindo os Profetas
Sumário
Bênçãos para os servos de Deus seu pecado, ele daria a eles o castigo mereci-
(65.1-25) do. Mas Deus iria criar novos céus e nova ter-
Isaías 65 descreve mais bênçãos que o ser- ra para os que fossem fiéis (vs. 17-25). Ale-
vo do Senhor iria receber no reino vindouro gria, vida longa e segurança prevaleceriam
de Deus. Muitos ofenderam o Senhor com nesse novo mundo.
1. Quais são os argumentos oferecidos por 3. De que maneira Isaías 4066 desenvol-
alguns intérpretes em favor do ponto de ve o tema do servo do Senhor? Quais são
vista da múltipla autoria do livro de Isaías? as características que melhor descrevem
Que evidências são usadas por outros esse servo?
para defender a visão da autoria única? 4. As palavras de Isaías referentes a gentios
2. De que forma os conceitos dos capítulos entrando para a família de Deus sugerem
40 e 42 são a fundação para o resto do que Deus tinha a intenção de que Israel
livro? Quais são as idéias-chave desses levasse a luz espiritual para eles. Quais res-
capítulos? ponsabilidades você tem pessoalmente no
plano de Deus para alcançar o mundo?
380
Isaías 4066
Leituras complementares
Oswalt, John N. The Book of Isaiah: Chapters 1-39. Webb, Barry G. The Message of Isaiah: On Eagles
New International Commentary on the Old Testa- Wings. Downers Grove: InterVarsity, 1996. Uma ex-
ment. Grand Rapids: Eerdmans, 1986. Um comentá- posição curta, porém rica em aplicações.
rio completo para o estudante avançado. Wolf, Herbert M. Interpreting Isaiah: The Suffering and
_____. The Book of Isaiah: Chapters 40-66. New Inter- Glory of the Messiah. Grand Rapids: Zondervan,
national Commentary on the Old Testament. Grand 1985. Um livro texto em nível universitário que com-
Rapids: Eerdmans, 1998. Um bom e completo co- bina com estudo leitura fácil.
mentário evangélico para o estudante avançado. Youngblood, Ronald F. The Book of Isaiah: An
Motyer, J. Alec. The Prophecy of Isaiah: An Introduc- Introductory Commentary. 2ª ed. Grand Rapids:
tion and Commentary. Downers Grove: InterVarsity, Baker, 1993. Uma exposição mais curta.
1993. Para o estudante avançado.
Alguns intérpretes sugerem que essa pas- renascimento de Jerusalém que estava por vir.
premile-
sagem refere-se ao reino de Cristo aqui na Em um instante o Senhor traria a salvação!
nismo
terra depois que ele voltar (premilenismo). Mais uma vez, a restauração incluiria pessoas
Outros acreditam que devemos entender essa de todas as nações que se sujeitassem a Deus.
passagem como uma referência à vida eterna A idéia de gentios tornando-se parte do povo
no céu. Independente da forma como inter- de Deus provavelmente pareceu estranha
pretamos esses versículos, podemos ver que para muitos judeus, mas Deus cumpriu a sua
Deus tem planejado um futuro maravilhoso palavra com o evangelho de Cristo que che-
para os seus filhos (1Co 2.9). gou até os gentios (Ef 2.11-18).
O livro de Isaías termina com um aviso
A conclusão final (66.1-24) muito sério. Deus tem preparada uma con-
O capítulo 66 amarra todas as profecias de clusão maravilhosa para a História, mas só
Isaías em uma grandiosa conclusão. O profe- aqueles que pertencem a Cristo pela fé pode-
ta começou descrevendo Deus como um so- rão gozá-la. O resto sofrerá a ira de Deus. A
berano em busca de servos (vs. 1,2). Mesmo advertência de Isaías nos faz lembrar que o
tendo criado o universo, ele estendeu sua mão Santo de Israel nos chama a viver em santida-
amorosamente àqueles que se humilharam de. Tal estilo de vida só vem mediante a obra
diante dele. Isaías descreveu o maravilhoso do Senhor em nossa vida.
381
27 Jeremias 120
Em conflito com o chamado
de Deus
Esboço
Esboço
Pano de fundo de Jeremias
A mensagem de Jeremias
Deus chama Jeremias para servi-lo (1.1-19)
Jeremias descreve o triste estado de Judá Objetivos
(2.110.25)
Jeremias em conflito com o povo e com Deus Depois de ler este capítulo,
(11.120.18) você deve ser capaz de:
Delinear o conteúdo de Jeremias 120.
Discutir o pano de fundo de Jeremias.
Resumir os detalhes do chamado de Jeremias
para o ministério.
Descrever o estado em que Jeremias encon-
trou Jerusalém.
Comparar os ídolos com Deus da mesma
forma como Jeremias os comparou.
383
Descobrindo os Profetas
se desviado daquela devoção inicial a ele! Seus sastre. O pecado do povo havia corrompido o
ancestrais logo esqueceram-se do Senhor e seu coração. A sua rebelião traria o julgamen-
seguiram a outros deuses. Os líderes de Israel to de Deus.
sacerdotes, profetas e governantes par- À medida que Jeremias foi descrevendo o
ticiparam da rebelião espiritual e ignoraram a julgamento de Judá, ele sentiu a angústia de
graça de Deus. Deus (4.19-22). O profeta amava seu povo e
A geração de Jeremias havia seguido o seu país e não queria ver a calamidade. Ainda
péssimo exemplo deixado por seus ancestrais. assim, ele admitia que seu povo não tinha ne-
Eles haviam feito dois grandes males (2.13). nhum entendimento espiritual. Ele estreme-
Primeiro, haviam afastado-se de Deus, a fon- ceu ao ponderar sobre a grande ira de Deus.
te de tudo o que eles tinham, sua fonte de Deus desafiou Jeremias a encontrar uma
água viva. Em segundo lugar, eles haviam única pessoa justa em Jerusalém (5.1). O povo
substituído seu relacionamento com Deus pela professava sua fé em Deus, mas não vivia de
adoração a ídolos. Jeremias comparou seus acordo com os seus caminhos. Tanto líderes
ídolos a cisternas quebradas que não segura- quanto pessoas comuns transgrediam suas leis
vam a água. O Senhor havia libertado o seu e adoravam ídolos. O coração obstinado da-
povo para servi-lo, mas eles insistiam em ado- quele povo os havia convencido de que Deus
rar os deuses de outras nações. jamais iria julgá-los. Deus advertiu o seu povo
Jeremias também comparou a idolatria do que ele traria uma nação estrangeira para jul-
povo à prostituição. Judá era a esposa infiel de gar o seu pecado (5.18,19). Eles haviam ado-
Deus, que se desonrava com outros amantes. rado os deuses de outras nações e, logo, eles
Ela afastou-se do Senhor seu verdadeiro serviriam esses deuses em terra estrangeira!
marido para seguir Baal. Ela possuía tantos Jeremias expressou sua frustração nin-
deuses quanto cidades (2.28)! guém queria dar ouvidos às suas advertências
O povo queria ter a liberdade de pecar e (6.9-15)! A corrupção estava por toda a parte
ainda gozar as bênçãos de Deus. Eles ignora- na sociedade. Os líderes garantiam ao povo
vam a disciplina do Senhor e continuavam a que tudo estava bem, mas isso não era verda-
buscar outros deuses. Deus segurou a chuva e de. O povo se recusava a seguir os manda-
lançou outras nações contra Judá, mas eles mentos de Deus ou ouvir os profetas do Se-
persistiram em sua rebelião. O povo rejeitava nhor. Judá estava em uma encruzilhada espi-
a Lei de Deus e oprimia os pobres e inocentes. ritual. Eles escolheriam o caminho da vida ou
da morte?
Uma história de duas irmãs
(3.64.4) Adoração pública sem valor
Jeremias comparou Israel e Judá a duas ir- (7.18.3)
mãs. Israel tinha agido de maneira perversa e Os estudiosos da Bíblia acreditam, de um
por isso o Senhor a havia enviado para o exí- modo geral, que Jeremias pregou essa mensa-
lio. Mas Judá, a irmã de Israel, não tinha apren- gem em 609 a.C. por causa de sua ligação
dido nada com isso, mostrando ser ainda mais próxima com 26.1-24.3 Diante dos portões do
infiel que sua desafortunada irmã! templo, Jeremias viu muitas pessoas passando.
Apesar dessas palavras severas, Deus pro- Elas acreditavam que suas palavras vazias iri-
meteu bênçãos se o povo se arrependesse. Ele am salvá-los Templo do Senhor, templo
ordenou que eles abandonassem os seus ído- do Senhor, templo do Senhor é este! (7.4).
los e se comprometessem totalmente com ele. Em 2 Samuel 7, Deus havia feito uma alian-
O arrependimento teria que vir do mais pro- ça com Davi e prometido estabelecer o trono
fundo do seu coração. Nos dias de hoje, Deus de Davi para sempre. Davi compreendeu que
ainda espera comprometimento sincero com Deus ainda exigia fidelidade dele e de seus
seus filhos. Arrependimento e fé parciais não filhos (1Rs 2.3,4), mas as gerações que vieram
têm lugar no serviço do Senhor. depois não levaram isso em consideração. O
povo supunha que os descendentes de Davi
Problemas vindos do norte iriam governar para sempre e que as bênçãos
(4.56.30) de Deus estariam sobre Jerusalém e o templo,
Jeremias intensificou suas palavras de jul- não importando a forma como Judá vivesse.
gamento. Os líderes de Judá entrariam em Eles enfatizavam demais a aliança com Davi
pânico e não seriam capazes de impedir o de- e negligenciavam por completo as exigências
386
Jeremias 120
As ruínas de
Siló. Jeremias
desafiou o povo
a pensar no que
havia
acontecido em
Siló, a cidade
que um dia
tinha sido a sede
do tabernáculo.
da aliança mosaica. Deus devia abençoá-los, te ou trabalham para sua igreja. Mas Jeremias
não devia? Afinal de contas, estavam em Je- adverte que, sem fé, até as atividades mais
rusalém, adorando no templo! importantes da igreja são rituais vazios. Deve-
Jeremias confrontou essas falsas esperan- mos colocar toda a nossa confiança no Se-
ças do povo. Como podiam roubar, matar, co- nhor e nunca em pessoas ou coisas.
meter adultério, fazer falsos juramentos e pra-
ticar a idolatria e depois ir ao templo do Se- Traição, problemas e lágrimas
nhor, dizer algumas palavras mágicas e es- (8.410.25)
perar receber suas bênçãos? Eles não podiam! O Senhor se espantava com a perversida-
Palavras vazias não iriam salvar Jerusalém! de de Judá. Os animais observavam as leis
Jeremias desafiou o povo a mostrar sua fé por que Deus havia lhes dado, mas não o povo de
meio da obediência aos mandamentos de Deus. Em vez disso, agiam como se nunca
Deus. Quando Deus visse a mudança no co- tivessem nem ouvido falar das leis de Deus!
ração do povo, então ele voltaria a abençoar Os profetas e sacerdotes buscavam o seu pró-
aquela nação. prio benefício enquanto diziam ao povo que a
Jeremias desafiou o povo a considerar o paz e a prosperidade iriam durar para sempre.
destino de Siló, a cidade onde, um dia, tinha Jeremias compartilhava da agonia do Se-
ficado o tabernáculo. O Senhor trouxe julga- nhor pela falta de entendimento do povo. O
mento sobre Siló por causa de sua iniqüidade que mais o Senhor poderia fazer? O que seria
(7.12), e poderia fazer o mesmo com Jerusa- preciso para curar Sião? Será que ninguém
lém. Deus não precisava ter sua casa de ado- percebia o motivo para toda a calamidade de
ração em uma determinada cidade. Judá? Mais uma vez, o profeta proclamou a
Deus instruiu Jeremias a parar de orar pelo verdade o povo havia transgredido a Lei
povo. Sua perversidade havia se tornado im- de Deus e, portanto, estava passando por ad-
pensável eles estavam sacrificando os seus versidades na forma de secas e grandes fo-
filhos aos deuses! O Senhor prometeu man- mes. Se eles não se voltassem para Deus, ele
dar um julgamento tão terrível quanto os seus iria espalhá-los entre as nações. Jeremias cha-
pecados. Ele iria transformar seus santuários mou Judá a apegar-se à sabedoria de Deus,
pagãos em lugares de matança e dar suas car- pois só então a nação teria motivos para se
cassas para as feras do campo. orgulhar.
Muitas pessoas hoje em dia confiam em Jeremias fez fortes comparações entre os
seus rituais para sentir segurança. Elas acham ídolos de Judá e o Senhor Deus. Os ídolos
que Deus vai aceitá-las porque são batizadas, eram obras das mãos do povo. Trabalhadores
freqüentam uma igreja, dão ofertas fielmen- haviam derrubado árvores e entalhado nelas
387
Descobrindo os Profetas
as devidas formas. Eles apoiavam os ídolos de vez por todas! Mas o Senhor assegurou Jere-
modo que se mantivessem de pé. Artesãos mias de que iria cuidar daquela situação. Os
haviam decorado os ídolos com prata, ouro e inimigos do profeta não prevaleceriam.
pedras preciosas. Mas os ídolos não tinham Jeremias também meditou sobre a justiça
poder para fazer nada. Contrastando com eles, de Deus por que os ímpios prosperam? Eles
o Senhor Deus governava como Rei das na- não honraram a Deus de forma alguma e ain-
ções. Ele havia criado o mundo e o sustenta- da assim têm uma vida cheia de regalias. Je-
do com sua sabedoria e poder. Um dia, os ído- remias pediu a Deus que punisse os ímpios
los iriam se desintegrar, mas Deus reinaria severamente, mas Deus o alertou para que
para sempre. ele não ficasse cansado ou desencorajado, pois
Jeremias pranteou o triste estado espiritual seu ministério estava apenas começando!
de Judá (10.17-25). Ninguém poderia curar
Três sinais de julgamento
as feridas de Judá. Um inimigo logo tornaria a
nação em uma terra desolada.
(13.1-27)
Deus muitas vezes ordenou que seus pro-
Jeremias em conflito com o fetas realizassem certos atos simbólicos que
povo e com Deus (11.120.18) tinham uma aplicação espiritual para o povo.
Jeremias 1120 contém o que muitos in- Ele instruiu Jeremias a comprar um cinto de
térpretes chamam de confissões de Jeremias. linho e escondê-lo no meio de algumas pe-
Muitas das orações pessoais e queixas do pro- dras do rio. O hebraico pode estar referindo-
feta para Deus estão nestes capítulos (11.18- se ao Eufrates, há centenas de quilômetros de
20; 12.1-6; 15.10-21; 17.14-18; 18.18-23; 20.7- distância ou ao FARÁ, um lugar a poucos qui-
18). Jeremias muitas vezes lutava com o povo lômetros de Anatote (Js 18.23).4 Depois de
que não queria ouvir suas palavras e por isso algum tempo, Deus ordenou que Jeremias
ele era escarnecido e perseguido, mas algu- fosse buscar o cinto. Quando o profeta o en-
controu, o cinto estava arruinado por ter fica-
mas vezes, Jeremias também entrava em con-
do enterrado.
flito com Deus. Será que o Senhor não via a
O Senhor disse que seu povo era como
sua dor? Por que Jeremias tinha que sofrer
aquele cinto. Ele havia ficado perto deles,
tanto para alcançar tão poucos resultados po-
mas eles haviam se distanciado dele e segui-
sitivos? Jeremias 1120 destaca muitos dos
do a outros deuses. Eles haviam exposto suas
conflitos de Jeremias enquanto ele procurava
vidas às influências pagãs e essas influências
entender qual era o seu lugar nos propósitos
tinham feito com que eles perdessem seu
de Deus.
valor espiritual.
Lidando com conspirações Nos dias de hoje, muitas pessoas professam
(11.112.17) conhecer a Cristo, mas suas vidas refletem
idéias ou práticas que são contrárias ao Cristi-
Deus havia confirmado sua aliança com anismo. Se permitirmos que tais atitudes e
Israel quando ele conduziu o povo para fora comportamentos entrem em nossas vidas, nos-
do Egito, através do deserto e até a terra que sa fé cristã irá sofrer. O Senhor nos chama a
ele havia prometido aos seus ancestrais. Mas o submeter nossa vida toda a ele e dar atenção
povo de Deus freqüentemente se rebelava às coisas que o agradam (Fp 4.8; Cl 3.1-3).
contra a sua autoridade. O Senhor já havia Jeremias, então, ordenou que o povo en-
suportado diversas gerações de desobediên- chesse seus jarros de vinho. Assim como o vi-
cia. Ele advertiu que não iria tolerar muito nho pode levar à embriaguez, assim o Senhor
mais, porém Judá deu continuidade aos pe- estava colocando uma embriaguez espiritual
cados das gerações anteriores. Mais uma vez, sobre Judá. Deus não teria compaixão de seu
Deus instruiu Jeremias para que não orasse povo quando eles sofressem as conseqüências
pelo povo. Ele os perdoaria apenas se eles ver- do pecado.
dadeiramente se arrependessem. Jeremias implorou para que o povo ouvisse
Jeremias então ficou sabendo que seus ini- o aviso de Deus. Todos seriam humilhados
migos estavam conspirando contra ele (11.18- até mesmo os governantes. Mas o pecado ha-
23). O povo de Anatote, sua cidade natal, via endurecido o coração do povo. Eles não
havia ordenado que ele não mais profetizas- queriam e não iriam mudar sua condição pe-
se. Agora, estavam tentando calá-lo de uma caminosa.
388
Jeremias 120
O pluralismo e o cristão
Judá fazia fronteira com diversos outros rei- Devemos tentar ganhar outros para Cristo e
nos, e cada um tinha suas próprias idéias religi- ajudá-los a crescer em sua fé. Também devemos
osas. Judá logo adotou muitas das práticas des- procurar promover os princípios cristãos de justi-
ses reinos e começou a adorar os seus deuses. ça social para que, tanto quanto possível, nossa
Judá tornou-se uma sociedade pluralista, com sociedade reflita uma perspectiva cristã.
pontos de vista religiosos conflitantes conviven- Em segundo lugar, os cristãos devem evitar a
do lado a lado. transigência espiritual em relação à outras cren-
O mundo de hoje tem muitas semelhanças ças. Devemos respeitar o direito de outros de
com a antiga Judá. Existem muitas crenças não- acreditar no que desejarem, mas não devemos
cristãs e alguns desses grupos nos encorajam a nos atrever a diluir a nossa fé cristã.
participar de suas atividades. Qual deve ser nossa Israel começou a aceitar a idolatria e logo o
reação diante de tal pluralismo? povo também a estava praticando. Os crentes de-
Em primeiro lugar, os cristãos devem buscar vem lutar para causar um impacto para Cristo no
ter um impacto na sociedade para Jesus Cristo. mundo e, ao mesmo tempo, evitar comprometer
Jesus disse que devemos ser luz para o mundo e a verdade do evangelho.
brilhar levando adiante a verdade (Mt 5.14-16).
Sumário
390
Jeremias 120
1. O que o livro de Jeremias revela sobre 3. Você acha que Jeremias tinha o direito
o próprio profeta? Mesmo quando de reclamar tanto para Deus? De que
Jeremias sofreu oposição ele conti- maneira você acha que Deus usou as
nuou dentro da vontade de Deus reclamações na vida do profeta?
para sua vida? Deus algumas vezes
4. Que lições Jeremias tirou da casa do
ainda chama pessoas nos dias de hoje
oleiro?
para sofrer por sua causa?
5. Jeremias reclamava, mas também
2. De que forma o povo defendeu suas
confiava. Quando você abre o seu
atitudes durante os últimos dias de
coração para Deus, você irá confiar
Judá? Por que foi tão difícil para Jere-
nele da mesma forma quando ele
mias convencê-los de seu pecado?
responder?
Leituras complementares
Brueggmann, Walter. To Pluck Up, To Tear Down: A Commentary. Downers Grove: InterVarsity, 1973.
Commentary on the Book of Jeremiah 1-25. Inter- Um comentário em nível universitário médio.
national Theological Commentary. Grand Rapids/ Thompson, J. A. The Book of Jeremiah. New Internatio-
Edimburgo: Eerdmans/Handsel, 1988. Uma exposi- nal Commentary on the Old Testament. Grand Ra-
ção e aplicação teologicamente rica. pids: Eerdmans, 1980. Para o estudante mais sério.
Harrison, R. K. Jeremiah and Lamentations: An Intro-
duction and Commentary. Tyndale Old Testament
391
Descobrindo os Profetas
392
28 Jeremias 2152
e Lamentações
Lidando com o desastre
Esboço
Esboço
A mensagem de Jeremias
continua (21.152.34)
Jeremias desafia governantes e profetas
(21.129.32)
O Livro do Consolo (30.133.26)
Objetivos
O fracasso da liderança de Jerusalém Depois de ler este capítulo,
(34.139.18) você deve ser capaz de:
Jerusalém depois da queda (40.145.5) Delinear os capítulos 2152 de Jeremias.
Profecias sobre as nações (46.151.64) Descrever como Jeremia desafiou os
A queda de Jerusalém é revista (52.1-34) governantes e profetas.
Lamentações: Explicar por que Jeremias 3033 é muitas
Um pranto de agonia vezes chamado de Livro do Consolo.
Esboço Comparar a aliança de Deus com Moisés
com a nova aliança com seu povo.
Pano de fundo de Lamentações
Fazer uma lista dos incidentes de desobe-
A mensagem de Lamentações diência que levaram à queda de Jerusalém.
Dar o nome das nações sobre as quais
Jeremias profetizou nos capítulos 4651.
Delinear o livro de Lamentações.
Dar exemplos de como acrósticos são
usados em Lamentações.
Descrever os resultados da destruição de
Jerusalém.
393
Descobrindo os Profetas
antes que o Faraó Neco o depusesse e levasse pecado onde quer que o encontrasse! Beber
cativo para o Egito (2Rs 23.31-34). O profeta do cálice de Deus simbolizava receber a ira
então denunciou a Jeoaquim, o sucessor de de Deus (Ob 16; Mt 26.39,42). As nações
Salum e outro filho de Josias (22.13-23). Josias receberiam o castigo completo por sua per-
havia servido ao Senhor fielmente, mas Jeoa- versidade.
quim não tinha seguido o exemplo justo de Oito anos depois dessa profecia em 597
seu pai! Jeremias declarou que Jeoaquim te- a.C. Nabucodonosor levou o rei Jeoaquim
ria uma morte desgraçada e receberia o en- e muitos outros oficiais judeus para as prisões
terro de um jumento (22.19). da Babilônia. Ele também colocou Zedequias,
Jeconias, o filho de Jeoaquim, em breve um outro filho de Josias, no trono e deu a
sofreria por causa da perversidade do seu pai Judá mais uma chance de se submeter ao
(22.24-30). Nabucodonosor o levou para a Ba- governo da Babilônia. O Senhor usou essa
bilônia, onde ele passou trinta e sete anos na ocasião para dar a Jeremias uma outra men-
prisão (2Rs 24.10-15; 25.27-30). sagem profética.
Os outros líderes de Judá só se preocupa- Deus mostrou a Jeremias dois cestos de fi-
vam consigo mesmos, mas Deus prometeu que gos um bom e outro ruim. Os figos bons
um dia levantaria um líder que iria estabelecer representavam os exilados na Babilônia, os
justiça na terra (23.5,6). Jesus Cristo começou quais Deus iria proteger, abençoar e, um dia,
a estabelecer esse reinado em sua primeira vin- restaurar. Mas os figos ruins simbolizavam
da e irá completar a obra quando voltar. Zedequias e aqueles que haviam permaneci-
do em Jerusalém. Esse grupo de infiéis morre-
Jeremias repreende os profetas e ria pela espada, fome ou doença.
seus ouvintes (23.9-40)
Jeremias lutou com freqüência contra fal- Jeremias confronta o povo (26.1-24)
sos profetas. Esses homens garantiam ao povo Enquanto Jeremias estava do lado de fora
que Deus iria abençoar Judá para sempre, mas do templo, ele desafiava os que por ali passa-
suas palavras não vinham do Senhor. Alguns vam a mudar seus caminhos. Como Deus po-
chegavam a falar em nome de Baal e encora- deria declarar de maneira mais clara a sua
javam os perversos a continuar pecando (vs. preocupação? Deus havia destruído Siló, a
13,14). Mesmo nos dias de hoje, muitos tole- antiga cidade do tabernáculo, como forma
ram todo o tipo de perversidade em vez de de julgamento pela perversidade de Israel. Je-
mudar o seu estilo de vida. remias advertiu que Jerusalém logo teria o
Os sacerdotes também agiam corrupta- mesmo destino.
mente e desgraçavam o templo. Eles afirma- As palavras ásperas de Jeremias deixaram
vam falar em nome do Senhor, mas na reali- os ouvintes irados e muitos gritaram pedindo
dade proferiam mentiras. Jeremias implorou sua morte. Como ele se atrevia a falar contra
para que o povo não desse ouvidos aos falsos Jerusalém e o templo? Mas Jeremias mante-
sacerdotes e profetas que pervertiam a pala- ve-se firme, avisando o povo que, se eles o
vra de Deus. O Senhor iria punir aqueles que matassem, teriam sangue inocente em suas
se atrevessem a falar falsamente em seu nome! mãos.
Outros defenderam Jeremias. Ele estava
Jeremias descreve a ira de Deus
apenas proclamando a mensagem de Deus
(24.125.38) exatamente como era esperado de um pro-
Em 605 a.C., Nabucodonosor tornou-se rei feta! Lembraram-se de Miquéias, o profeta
da Babilônia. No mesmo ano, Jeremias mais que havia proferido palavras fortes contra Je-
uma vez advertiu o povo sobre os problemas rusalém um século antes, mas ninguém o ha-
que estavam por vir (25.1-14). O Senhor ha- via castigado. Aliás, suas palavras tinham leva-
via preparado o seu instrumento Nabuco- do o rei Ezequias e o povo ao arrependimento.
donosor! Os judeus passariam por setenta anos Se Miquéias não havia cometido nenhum cri-
de exílio e, só então, eles poderiam esperar por me, como o povo podia acusar Jeremias?
livramento. Deus revelou pela primeira vez
quanto tempo o povo teria que sofrer no exílio Jeremias usa um jugo (27.128.17)
por causa de seu pecado. No começo do reinado de Zedequias, Deus
Deus também não havia se esquecido das instruiu Jeremias para que usasse um jugo para
outras nações (25.15-38). Ele iria tratar do simbolizar a futura sujeição de Judá à Babilô-
395
Descobrindo os Profetas
nia. Deus colocaria todas as nações sob o jugo Israel volta para a terra e para Deus
de Nabucodonosor; qualquer nação que re- (30.131.40)
sistisse, pereceria.
Deus prometeu restaurar o seu povo do ca-
Jeremias continuou a confrontar os falsos
tiveiro. Ele mandou que Jeremias escrevesse
profetas, que insistiam que nenhum desastre
a profecia como forma de testemunho. Ou-
viria. Ele implorou ao rei e seus oficiais que
tros profetas também escreveram palavras de
não dessem ouvidos a eles. A sujeição à Babi-
Deus para que as futuras gerações pudessem
lônia iria salvar vidas, mas se o povo resistisse,
ver a sua fidelidade (Hb 2.2,3).
Nabucodonosor destruiria Jerusalém.
O povo de Deus ainda teria dias terríveis
Hananias era um desses falsos profetas. Em
pela frente. Se não fosse pela intervenção di-
594 a.C. ele declarou que Deus logo livraria
vina, eles jamais se recuperariam do seu peca-
as nações do jugo da Babilônia (28.1-4). Jeoa-
do. Os deuses estrangeiros nos quais eles ti-
quim e todos os exilados voltariam em dois
nham confiado haviam se mostrado sem va-
anos. De maneira dramática, Hananias to-
lor. Tratados com outras nações também não
mou o jugo que Jeremias estava usando e o
trouxeram nada além de problemas.
quebrou, simbolizando como Deus iria que-
Ainda assim, Deus amava o seu povo e
brar o poder da Babilônia.
Mas Hananias falava apenas daquilo que prometeu salvá-los. Ele iria saquear as nações
ele esperava que acontecesse, e não a verda- que os saqueassem e levantaria seu povo a
de de Deus. Ele convenceu muitas pessoas a novos patamares de bênçãos. Ele também pro-
confiarem em uma mentira, uma mentira meteu restaurar a linhagem de Davi (30.9),
muito séria e pela qual ele pagaria com sua uma promessa que espera pelo seu cumpri-
vida. Dois meses depois, esse falso profeta es- mento final em Jesus Cristo (Lc 1.32,33). Deus
tava morto. julgou a Assíria, Babilônia e outras nações que
oprimiram o seu povo, mas a Bíblia adverte
Jeremias escreve para os exilados sobre o dia em que Deus irá julgar os seus
(29.1-32) inimigos para sempre (Ap 20.11-15).
Pouco depois do exílio de Jeoaquim, Jere- Deus estava decidido a honrar sua aliança
mias mandou uma carta para os judeus na com o povo (31.3). Ele transformaria o seu
Babilônia. Falsos profetas estavam, de fato, pranto em alegria e celebração. Quando en-
assegurando o povo de que o exílio logo esta- frentamos situações difíceis fases que nos
ria terminado! Mas Jeremias pediu ao povo levam ao desespero e à tristeza precisamos
que construísse casas, plantasse jardins, crias- nos lembrar de que Deus conhece a nossa
se famílias e orasse pelo bem da Babilônia, dor. Devemos levar nossas preocupações a ele
pois eles não voltariam tão logo. Ele reafirmou em oração, pois ele prometeu trabalhar na vida
o prazo que Deus havia lhe revelado (25.12) de seus filhos de acordo com os seus grandes
setenta anos! propósitos (Rm 8.28; Fp 2.13).
Jeremias citou o nome de vários falsos pro- A nação sentiu a agonia do exílio ela
fetas que estavam levando o povo pelo cami- havia perdido seus filhos para o conquistador
nho do erro enquanto falavam em nome de inimigo (31.15) Mas o amor obstinado de Deus
Deus. A sentença de morte que o Senhor por seu povo iria triunfar sobre a tragédia! Deus
colocou sobre eles acabaria provando que havia escolhido Jeremias para proclamar pa-
eram falsos profetas. lavras de julgamento e bênção (1.10), mas até
então, o profeta havia falado principalmente
O Livro do Consolo (30.133.26) de julgamento.
Estudiosos da Bíblia referem-se a Jeremias Jeremias também relatou que Deus estava
3033 como o Livro do Consolo ou o Li- fazendo uma nova aliança com seu povo
vro da Consolação.1 As profecias de Jeremias (31.31-34). Depois que Deus conduziu o seu
muitas vezes continham palavras fortes con- povo para fora do Egito até o Sinai, ele confir-
tra o povo de Deus que vivia em pecado; pa- mou a aliança com eles, prometendo abençoá-
recia que Deus havia desistido de Judá. Mas los e guiá-los enquanto vivessem em fiel obe-
o Livro do Consolo proclamava uma mensa- diência a ele. Mas nos séculos seguintes, Is-
gem emocionante Deus não havia aban- rael quebrou a aliança muitas vezes apesar da
donado o seu povo. Um glorioso futuro viria fidelidade de Deus. Jeremias prometeu que
após o seu julgamento. essa nova aliança seria diferente.
396
Jeremias 2152 e Lamentações
Um pequeno
campo próximo
a Jerusalém.
Durante o cerco
de Jerusalém, o
Senhor instruiu
Jeremias a
comprar um
campo que
Hananel, primo
do profeta,
estava
vendendo.
Parte de um
relevo assírio. As
forças assírias
avançam em
Laquis.
Zedequias era entregar-se, mas o rei temia Nabucodonosor permitiu que os pobres da
represálias de seus próprios cidadãos. Conse- terra ficassem lá, tendo em vista que os pobres
qüentemente, Zedequias não fez nada e Je- ofereciam pouca ameaça de revolta. Jeremias
remias continuou prisioneiro do rei até a que- recebeu sua liberdade e escolheu ficar em
da de Jerusalém. Judá entre os pobres. Imaginem como o profe-
Quando compartilhamos nossa fé, também ta se sentiu quando viu suas palavras proféti-
vamos encontrar aqueles que, como Zede- cas tornarem-se realidade. Ele havia adverti-
quias, estão dispostos a ouvir, mas hesitam em do o povo de Deus durante quarenta anos;
pôr as palavras em prática. Outros, como Jeoa- agora era tarde demais.
quim, podem ser ostensivamente contrários a
nós. Em tais situações, não podemos mudar a Jerusalém depois da queda
verdade, mas apenas permanecer pacientes. (40.145.5)
Em vez de discutir e argumentar, devemos Problemas internos (40.141.18)
orar ao Senhor para que ele conduza essas Nabucodonosor apontou Gedalias, filho de
pessoas ao arrependimento. um oficial judeu (26.24; 40.5) para governar
Jerusalém paga um trágico preço Judá. Gedalias suplicou ao povo para que fi-
(39.1-18) casse na terra e servisse fielmente à Babilônia.
Oficiais de Judá advertiram Gedalias de
A terrível hora sobre a qual Jeremias havia que inimigos estavam ameaçando sua vida,
profetizado tinha finalmente chegado. Os ba- mas Gedalias não acreditou nos avisos. Não
bilônios conseguiram passar pelos muros de demorou para que ele pagasse com sua vida.
Jerusalém e capturaram a cidade. Zedequias Ismael, um filho da casa real, o matou e ele e
e seus oficiais tentaram fugir, mas as forças da seus homens fugiram para Amom, levando
Babilônia os capturaram e levaram o rei de com eles muitos cativos. As forças de Judá
Judá para encarar o seu conquistador. resgataram os cativos, mas Ismael escapou.
Nabucodonosor não teve piedade e pren-
deu o rei, conduzindo-o em correntes até a Problemas no Egito (42.143.13)
Babilônia. A última coisa que Zedequias viu Ao ver que estava diante de problemas sérios
foi a morte de seus filhos. Nebuzaradã, o capi- com a Babilônia, o povo buscou o conselho de
tão da guarda, supervisionou a destruição de Jeremias. Eles chegaram a prometer que fari-
Israel. Tudo aquilo em que o povo de Deus am tudo o que o Senhor ordenasse. Mas quan-
havia confiado transformava-se em ruínas do Jeremias lhes disse que Deus queria que
chamuscadas. eles ficassem na terra, eles rejeitaram o seu
399
Descobrindo os Profetas
conselho! Apesar dos avisos de Jeremias de acabaria com as esperanças daqueles que con-
que Deus iria julgá-los por sua desobediência, fiavam no Faraó e nos deuses do Egito. As
um grupo grande fugiu para o Egito, levando Crônicas da Babilônia, um antigo registro his-
Jeremias e Baruque com eles. Mesmo no Egi- tórico, relatam que Nabucodonosor invadiu
to, Jeremias continuou a profetizar. Deus usa- o Egito em 601 a.C.2 Ambos os lados sofreram
ria a Babilônia para julgar o Egito também e, muitas perdas.
quando ele o fizesse, os judeus que estives-
sem vivendo no Egito iriam passar pelos horro- Filístia (47.1-7)
res da conquista novamente. Os filisteus também sentiram a ira de Deus.
As palavras de Jeremias sobre Gaza podem
O povo não aprende com a História referir-se à investida de Neco sobre Judá em
(44.145.5) 609 a.C. quando ele matou Josias (2Rs
Jeremias desafiou o povo a aprender com o 23.29,30), à sua investida de 601 a.C. a cami-
passado. Durante gerações, Deus havia su- nho de se encontrar com Nabucodonosor ou,
portado sua idolatria e rebelião e, finalmente, talvez, a um ataque posterior comandado por
tinha os enviado para o exílio. Jeremias adver- Hofra (588568 a.C.) aproximadamente na
tiu seus ouvintes de que a idolatria do Egito mesma época da queda de Jerusalém (Jr 37.5).3
traria as mesmas conseqüências amargas. Talvez Deus tenha usado tanto forças da Ba-
Nabucodonosor iria visitar o Egito assim como bilônia quanto do Egito para julgar a Filístia.
havia feito com Judá!
Mas os ouvintes de Jeremias interpretaram
Moabe (48.1-47)
as evidências históricas de maneira diferente. Os moabitas eram descendentes de Ló,
Eles acreditavam que o fato de terem dado sobrinho de Abraão (Gn 19.36,37) e viviam a
ouvidos a Jeremias é que havia lhes causado leste do Mar Morto. O orgulho era o cerne dos
problemas e prometeram continuar fazendo problemas de Moabe, talvez porque o país ti-
sacrifícios para os seus ídolos do Egito. Mesmo vesse encarado pouca hostilidade por parte
nos dias de hoje, muitas pessoas negam a ver- das grandes potências (48.7,11,29,30). Nabu-
dade de Deus e continuam em sua rebelião. codonosor conquistou Moabe e sua vizinha
Amom algum tempo depois da queda de Je-
Profecias sobre as nações rusalém. Josefo, o historiador judeu, sugere o
(46.151.64) ano de 582 a.C.4
Como muitos outros profetas, Jeremias fa- A lista detalhada que Jeremias faz das ci-
lou de profecias sobre outras nações. O poder dades de Moabe dá a entender que o julga-
de Deus não se limitava às fronteiras de Judá. mento seria extenso. Até mesmo Quemos,
Ele controlava todas as nações e também iria principal deus dos moabitas, foi para o exílio
julgá-las pelo seu pecado. com aqueles que o adoravam. Ainda assim, o
Senhor ofereceu alguma esperança para a
Egito (46.1-28) restauração de Moabe (48.47), talvez durante
Em 605 a.C., quando o exército babilônio a era messiânica.
avançava para o oeste, o Egito foi para o nor-
te, para dentro da Síria, em tentativa de parar Amom (49.1-6)
o invasor. Em Carquemis, as forças de Nabu- Os amonitas também eram descendentes
codonosor alcançaram uma vitória decisiva e de Ló (Gn 19.36,38) e viviam a leste do Jor-
estabeleceram-se como potência dominante dão. Lutavam com freqüência contra o povo
do mundo antigo. Jeremias usou a ocasião para de Deus e tratavam-no com crueldade (1Sm
anunciar o julgamento do Egito. O Egito so- 11.1,2; 2Sm 10.1-4; Am 1.13). Deus anun-
breviveria, mas somente depois de sentir a ira ciou que também arrasaria com seu orgulho,
de Deus. apesar de Jeremias ter indicado alguma espe-
Deus prometeu usar Nabucodonosor para rança de restauração.
atacar o Egito. Durante séculos, a localização
do Egito havia lhe oferecido uma certa segu- Edom (49.7-22)
rança natural. Os exércitos da Mesopotâmia Os edomitas eram descendentes de Esaú, o
tinham que atravessar longas distâncias e lu- irmão de Jacó (Gn 36.1) e tornaram-se gran-
tar muitas batalhas antes de chegar lá. Mas des inimigos (Am 1.11,12; Ob 10-14). Usando
dessa vez, o Egito não escaparia. O Senhor palavras como as do profeta Obadias, (ver Jr
400
Jeremias 2152 e Lamentações
A esfinge, no
Cairo. Como
outros profetas,
Jeremias
profetizou
sobre outras
nações,
incluindo o
Egito.
Sumário
Pano de fundo de Lamentações com beth, a segunda letra e assim por diante
acrósticos
Estudiosos diferem em suas opiniões sobre ao longo de todo o capítulo. Os capítulos 1, 2
o autor de Lamentações.9 O título Lamen- e 4 seguem esse padrão. O capítulo 3 tem ses-
tações de Jeremias aparece em muitas Bí- senta e seis versos vinte e dois grupos de
blias, refletindo as antigas tradições judaicas três. Nesse capítulos, cada letra dá início a
e cristãs. Além disso, sabemos que Jeremias três versos. Apesar de ter vinte e dois versícu-
escreveu outros lamentos (2Cr 35.25) e que los, o capítulo 5 não é um acróstico.
ele testemunhou a queda de Jerusalém. Os Quem quer que tenha escrito Lamenta-
livros de Lamentações e Jeremias também ções, provavelmente escreveu a obra pouco
contêm muitos temas semelhantes e o con- depois de 587 a.C. O livro reflete a tristeza de
junto desses fatos aponta para Jeremias como alguém que ainda estava angustiado com as
o autor. cenas nítidas da queda de Jerusalém.
Alguns estudiosos, porém, sugerem que A mensagem de
Jeremias não escreveu o livro. Eles acredi- Lamentações
tam que os estilos literários de Lamentações
e Jeremias são diferentes demais. Além dis- O lamento de Jerusalém (1.1-22)
so, o livro não especifica que Jeremias é seu Três contrastes descrevem a tristeza de Je-
autor. rusalém. Primeiro, a cidade que um dia este-
O livro de Lamentações contém uma série ve cheia de pessoas agora está deserta. Se-
de acrósticos ou poemas alfabéticos. O alfa- gundo, a comunidade que antes havia goza-
beto hebraico tem vinte e duas letras, e cada do sua grandeza agora sentia a dor de uma
letra começa um novo verso. Lamentações viúva. Terceiro, a princesa das cidades havia
1.1 começa com aleph, a primeira letra do al- tornado-se uma escrava. Jerusalém chorava
fabeto hebraico. Lamentações 1.2 começa amargamente, mas ninguém a consolava.
403
Descobrindo os Profetas
Leituras complementares
Brueggmann, Walter. To Build, To Plant: A Commentary Huey, F. B., Jr. Jeremiah, Lamentations. New American
on Jeremiah 26-52. International Theological Com- Commentary 16. Nashville: Broadman, 1993. Um
mentary. Grand Rapids/Edimburgo: Eerdmans/ bom comentário rico em exegese e exposição bíblica.
Handsel, 1991. Uma exposição e aplicação teologica- Kaiser, Walter C., Jr. A Biblical Approach to Personal
mente rica. Suffering. Chicago: Moody, 1982. Uma exposição
Harrison, R. K. Jeremiah and Lamentations: An Intro- curta com muitos pensamentos devocionais.
duction and Commentary. Tyndale Old Testament Thompson, J. A. The Book of Jeremiah. New Interna-
Commentary. Downers Grove: InterVarsity, 1973. tional Commentary on the Old Testament. Grand
Um comentário em nível médio universitário. Rapids: Eerdmans, 1980. Para o estudante mais
interessado.
404
Jeremias 2152 e Lamentações
405
Ezequiel 124
29 Ezequiel 124
Dias difíceis estão por vir!
Esboço
Esboço
Pano de fundo de Ezequiel
A mensagem de Ezequiel
Profecias e acontecimentos relacionados ao
chamado de Ezequiel (1.15.17)
Objetivos
O dia do Senhor (6.17.27)
A glória de Deus se vai (8.111.25) Depois de ler este capítulo,
você deve ser capaz de:
Julgamento contra Jerusalém (12.124.27)
Delinear o conteúdo básico
de Ezequiel 124.
Aplicar os acontecimentos da vocação de
Ezequiel a sua vida.
Descrever os quatro atos simbólicos de
Ezequiel que mostraram o quanto Deus
leva o pecado a sério.
Relacionar os atos pecaminosos que
Deus mostrou a Ezequiel.
Descrever os acontecimentos que
precederam a queda de Jerusalém.
407
Descobrindo os Profetas
Esboço
I. Profecias e acontecimentos
relacionados ao chamado de
Ezequiel (1.15.17)
A. Contexto (1.1-3)
B. A glória de Deus aparece (1.4-28)
C. A vocação de Ezequiel (2.13.27)
D. Quatro atos simbólicos (4.15.17)
se não tivesse sido levado ao exílio pelos babi- se como as criaturas. Muitos comentaristas já
lônios. Ele foi para o cativeiro em 597 a.C. tentaram explicar o que Ezequiel viu. Não
como parte do grupo deportado com Jeoaquim. sabemos exatamente o que as rodas represen-
(Essa foi a segunda deportação de judeus para tavam, mas uma coisa é certa elas real-
a Babilônia. A primeira ocorreu em 605 a.C.; mente impressionaram Ezequiel!
ver Dn 1.1.) Ele era casado e sua esposa fazia Enquanto Ezequiel observa as criaturas e ro-
parte de um sinal para o povo (Ez 24.15-27). das movendo-se, ele ouviu uma voz. Ao som da
Ele ministrava principalmente aos judeus na voz, as criaturas baixaram suas asas, como que
Babilônia, mas também se correspondia com em um gesto de submissão. Então Ezequiel viu
aqueles em Jerusalém. um trono e nele um ser radiante. O profeta caiu
No tempo da deportação de Ezequiel, a com o rosto em terra quando percebeu que es-
Babilônia estava fortalecida sob o governo de tava na presença da glória de Deus.
Nabucodonosor. Por demorar a acreditar nas
profecias sobre o julgamento, Jerusalém só teve A vocação de Ezequiel (2.13.27)
mais dez anos antes da invasão final de Nabu- Deus chamou Ezequiel para o seu ministé-
codonosor que levaria à destruição da cidade. rio profético (2.1-10). Ele prometeu mandar
Ezequiel advertiu os judeus de Jerusalém que, Ezequiel a uma casa obstinada e rebelde. Ali-
se eles não se arrependessem, logo estariam jun- ás, os termos obstinado e rebelde aparecem
to a seus irmãos e irmãs na Babilônia. várias vezes nesses versículos. Deus disse ao
Muitos intérpretes discutem a unidade do jovem profeta que o ministério seria difícil e
livro de Ezequiel. O fluxo contínuo do livro, seu que o povo não iria querer ouvi-lo. Quando
estilo completamente autobiográfico e outros fa- servimos ao Senhor, também podemos nos ver
tores sugerem que o texto de Ezequiel veio todo diante de grandes desafios e pessoas que não
de um só autor.1 As profecias do livro vão até 571 querem ouvir. Nossa tarefa, como a de Eze-
a.C. (29.17). Supondo que os escritos tenham quiel, é de nos mantermos fiéis e deixar que
vindo de Ezequiel, podemos presumir que ele Deus cuide dos resultados.
completou o livro por volta de 550 a.C. Na última parte da vocação inicial do pro-
feta provavelmente a parte em que Eze-
quiel teve a visão Deus ordenou que ele
Mensagem de Ezequiel comesse um rolo (3.1-15). O rolo continha
uma lista dos pecados do povo eram tantos
Profecias e acontecimentos que Deus precisou usar os dois lados para
relacionados ao chamado de relacioná-los. Ezequiel provavelmente pensou
Ezequiel (1.15.17) que o rolo teria um sabor amargo, mas ao
comê-lo descobriu que era doce. Talvez essa
Contexto (1.1-3) experiência tivesse ensinado a Ezequiel que
Ezequiel teve sua primeira visão em 592 as palavras de Deus seriam doces para ele,
a.C. à beira do rio Quebar, um grande canal quer trouxessem bênçãos ou julgamento.
de irrigação que corria a sudoeste da Babilô- Ezequiel foi então visitar os exilados em TEL-
nia.2 A maioria dos intérpretes considera que A BIBE, um assentamento ao longo do rio
a expressão no trigésimo ano se refere à vida Quebar, próximo à Babilônia. O nome Tel-
de Ezequiel. De acordo com a Lei de Moisés, Abibe significa monte de ruínas, aparente-
Ezequiel normalmente teria entrado para o mente referindo-se à cidade abandonada onde
sacerdócio com essa idade. os Babilônios assentaram a comunidade exila-
da de Judá.3 A visita de Ezequiel aos exilados
A glória de Deus aparece (1.4-28) durou sete dias, os quais, ao que parece, ele
Ezequiel viu quatro seres cheios de esplen- passou apenas olhando e observando-os. Sua
dor. O profeta os descreveu como se tivessem presença causou consternação no meio do povo
uma certa semelhança com criaturas que ele o que exatamente ele estava fazendo lá?
conhecia, mas eles também possuíam carac- Deus chamou Ezequiel para servir como
terísticas diferentes de qualquer coisa que ele seu mensageiro (3.16-21). Ele colocou sobre o
já tivesse visto. Essas criaturas moviam-se sob profeta a responsabilidade de relatar com pre-
a orientação do Espírito Santo. cisão as suas mensagens para o povo. Ele não o
Ezequiel também viu quatro rodas no céu. responsabilizou pela reação do povo. Deus
As rodas também eram brilhantes e moviam- também nos dá a responsabilidade de usar fi-
409
Descobrindo os Profetas
sério, seria tarde demais. Ainda assim, as ad- prantear sua morte.5 Tamuz voltava à vida na
Tamuz
vertências de Ezequiel davam ao povo a opor- primavera, quando as plantações se rejuvenes-
tunidade de se arrepender. ciam e os botões de flores apareciam nas árvo-
Istar res. Mais uma vez, Deus advertiu Ezequiel que
O fim (7.1-27)
ainda haveria pecados maiores pela frente.
Ezequiel descreveu as condições horríveis
que acompanhariam a queda de Jerusalém. Adoração ao sol (8.16-18)
Todas as mãos estariam enfraquecidas e a ver- Em seguida, Ezequiel viu o povo curvando-
gonha cobriria o rosto de todos. Eles jogariam às se para o sol entre o pórtico do templo e o altar
ruas o ouro e a prata que tanto prezavam, pois dos holocaustos. O povo escolheu um lugar san-
nada disso os salvaria dos babilônios. Mais uma to para adorar, mas desonravam a Deus ao esco-
vez, Deus prometeu Então eles saberão. lher o seu templo como local de adoração a ou-
tros deuses! Deus prometeu limpar a terra de tal
A glória de Deus se vai (8.111.25) idolatria. Ele não iria mais tolerar essas ofensas
Contexto (8.1-6) impertinentes ao seu caráter de santidade. O
seu povo deveria adorar somente a ele.
Ezequiel 811 apresenta uma das mais
trágicas visões do livro de Ezequiel. Era 591 Convocação dos executores (9.1-11)
a.C., quatorze meses depois da primeira visão A visão de Ezequiel continuou com Deus
de Ezequiel. Ele recebeu essa outra visão convocando seis executores e um escriba para
quando estava sentado em uma casa na Ba- realizar o julgamento de Jerusalém. Ele orde-
bilônia junto a alguns anciãos de Judá. nou que as pessoas que verdadeiramente ti-
O Espírito de Deus deu a Ezequiel uma vi- vessem se arrependido e que estivessem ago-
são de Jerusalém. A primeira coisa que o profe- nizando por causa da terrível situação espiri-
ta viu foi um ídolo de ciúmes colocado na área tual de Jerusalém fossem marcadas. Ele sabia
do pátio do templo. Este provavelmente repre- quem o seguia e ele iria protegê-las.
sentava Astarote, a esposa do deus pagão Baal. Em segundo lugar, Deus ordenou que os exe-
Ezequiel, um homem de linhagem sacerdotal, cutores não tivessem misericórdia do restante.
sem dúvida se revoltava com a presença de Eles começaram a matar a todos enquanto o
qualquer ídolo em qualquer lugar, quanto mais Senhor gritava enchei de mortos os átrios! (9.7).
na área do templo! Mas Deus lhe disse que Ezequiel ficou horrorizado com essa parte da
ainda haveria coisas piores em sua visão. visão seria o povo de Deus tão corrupto e
A idolatria liderada pelos anciãos merecedor desse julgamento? Deus lhe assegu-
(8.7-13) rou que sim. O Senhor via o seu pecado em toda
a sua feiura e prometeu julgar completamente.
Deus levou Ezequiel da entrada do pátio
para a câmara secreta, perto do santo dos san- A glória apronta-se para partir (10.1-22)
tos na área do templo. Ali, setenta anciãos A glória do Senhor encheu o pátio do tem-
praticavam a idolatria, bem no templo! Eles plo. Ela subiu aos céus sobre a área do templo,
pensavam que Deus não estava vendo o seu acompanhada de um querubim e das rodas
pecado, mas ele podia ver tudo. que Ezequiel tinha visto da outra vez. A presen-
Enquanto Deus fazia um tour da cidade ça de Deus preparava-se para deixar Jerusalém.
de Jerusalém com Ezequiel, o profeta prova- Alguém se importava que ele estava partindo?
velmente não podia acreditar em quão horrí- Aparentemente poucos se importavam.
vel tudo havia se tornado. Mesmo assim, a
cada passo, Deus lhe falava de abominações Repreensão aos anciãos (11.1-21)
terríveis que ainda estavam por vir. Ezequiel repreendeu os anciãos que se sen-
tavam próximo ao portão leste da casa do Se-
Adoração a Tamuz (8.14,15) nhor por causa de sua atitude fatalista. Eles
O Senhor levou Ezequiel para o portão do acreditavam que nada que fizessem iria mu-
templo, no pátio externo, onde Ezequiel viu dar alguma coisa para Deus a essa altura. Mas
mulheres chorando por Tamuz. Tamuz era um Ezequiel mostrou uma pequena ponta de es-
deus mesopotâmio da agricultura, marido da perança. Talvez fosse tarde demais para sal-
deusa Istar. Seus seguidores acreditavam que, var a cidade ou até mesmo a nação, mas indi-
a cada ano, no tempo da colheita, Tamuz mor- víduos ainda poderiam voltar-se para o Se-
ria e essas mulheres juntavam-se a Istar para nhor. Eles possivelmente sofreriam o exílio, mas
411
Descobrindo os Profetas
escapariam com vida e talvez se tornariam tempo como sepulcros caiados bonitos do lado
parte dos poucos e fiéis remanescentes pelos de fora e cheios de corrupção e ossos de mortos
quais Deus renovaria os seus propósitos. do lado de dentro (Mt 23.27,28). Essa descrição
também serve para os dias de Ezequiel. Aqueles
A glória se vai (11.22-25) que prometeram livramento seriam os primeiros
A visão teve um final triste. Os querubins a sentir o terrível julgamento de Deus.
ergueram suas asas com as rodas ao seu lado e
a glória de Deus pairou sobre eles. A glória de A idolatria é denunciada (14.1-11)
Deus saiu do meio da cidade e posicionou-se O primeiro mandamento ordenava que o
sobre o Monte das Oliveiras, a leste da cida- povo não tivesse nenhum outro deus que ri-
de, o mesmo monte sobre o qual Jesus descre- valizasse com o Senhor (Êx 20.3). Ele queria
veria o fim dos tempos (Mt 24.3). Deus parou sua lealdade absoluta, mas os ídolos estavam
para lançar um último e doloroso olhar sobre a por toda a parte. Falsos profetas toleravam e
cidade rebelde. E então, em um instante, a até encorajavam o povo a adorar diversos deu-
glória desapareceu. Deus havia aberto o ca- ses. Ezequiel disse que tanto os profetas quan-
minho para que começasse o julgamento. to os idólatras eram culpados. Muitas pessoas
hoje em dia continuam não querendo ter um
Julgamento contra Jerusalém compromisso total de seguir a Deus.
(12.124.27)
A retidão é inadequada para salvar
Ezequiel prepara-se para o exílio os perversos (14.12-23)
(12.1-20) Ezequiel descreveu o grau de perversida-
Deus disse a Ezequiel que arrumasse os de do povo. Mesmo se Noé, Daniel e Jó vives-
seus pertences como se estivesse preparando- sem entre esse povo e orassem por ele, prova-
se para o exílio. O profeta obedeceu e come- velmente só os três sobreviveriam por sua reti-
çou a cavar perto do muro da cidade. Quan- dão! A graça de Deus havia preservado um
do o povo perguntou o que ele estava fazen- remanescente, mas poucos seguiam o Senhor
do, ele respondeu: Estou me preparando para com sinceridade.
ir para o exílio. Seu ato simbólico representa- O profeta Daniel era um contemporâneo
va aquilo que logo aconteceria com Jerusa- de Ezequiel. No tempo dessa profecia, ele pro-
lém. Algumas pessoas, como Ezequiel, já vivi- vavelmente não tinha mais que trinta anos
am no exílio. Outras logo se juntariam a elas. de idade. As Escrituras nos encorajam a viver
fielmente como exemplos para Cristo indepen-
Revelação cumprida (12.21-28)
dente de quão jovens sejamos (1Tm 4.12).
O povo compreendeu mal a paciência de
Deus para com eles. Eles acreditavam que as Três analogias (15.117.24)
visões proféticas estavam falhando, pois não Nos capítulos 1517 Ezequiel usou três
viam essas previsões tornando-se realidade. analogias para descrever o povo de Deus. Na
Mas Deus os assegurou que não haveria mais primeira ele o descreveu como uma videira
espera. Ele cumpriria seus propósitos em bre- (15.1-8). Na segunda ele o comparou a uma
ve, a seu tempo perfeito. esposa infiel (16.1-63). E na terceira ele disse
que se pareciam com águias (17.1-24).
Falsos profetas são denunciados
Ezequiel descreveu a videira que é quei-
(13.1-23) mada. Alguém até poderia apoiar-se em uma
Os falsos profetas do tempo de Ezequiel videira, mas nunca em uma videira queima-
continuavam a seguir o seu próprio espírito. da! Da mesma forma, o povo estava pondo
Ao que parece, eles esperavam que Deus fos- sua confiança em Jerusalém, mas Jerusalém
se apenas repreendê-los brandamente e deixá- não lhes serviria de apoio. O povo achava que
los voltar para casa. Mas não era isto que esta- sua amada cidade os sustentaria para sempre,
va para acontecer. pois a bênção de Deus estava sobre eles. Em
O Senhor prometeu remover toda a cal. Uma vez disso, Jerusalém havia sido queimada pela
parede podre coberta com uma camada de tin- decadência espiritual.
ta ou cal pode até parecer bonita, mas ela não Em seguida Ezequiel comparou o povo de
serve de sustentação para alguém que se apóie Deus a uma esposa infiel. Deus a tomou desde a
nela! Jesus descreveu os líderes religiosos de seu infância (desde os tempos de Abraão) e a criou.
412
Ezequiel 124
Os judeus
choram depois
da queda de
Jerusalém; de
um relevo em
um menorah
(castiçal) na
cidade moderna
de Jerusalém.
Ele assim o fez de acordo com sua graça. Nada O primeiro representava os cativos do grupo
sobre o povo de Deus o tornava digno da aten- de Jeoaquim, que já estavam no exílio. O se-
ção e do favor de Deus. Quando Israel atingiu a gundo vinhedo representava Zedequias, o rei
maturidade, Deus a tomou como noiva. covarde que ouvia o que Jeremias lhe falava,
Mas Israel desprezou o amor de Deus e mas não tinha coragem de obedecer os seus
tornou-se uma prostituta para todas as nações. conselhos (Jr 38.17-23).
Ela adotou os costumes pagãos e práticas de Ezequiel contou a seguinte história. A pri-
adoração dos povos ao seu redor. Muitas des- meira águia escolheu um vinhedo e o trans-
sas nações possuíam rituais religiosos que in- plantou. Nabucodonosor, a primeira águia, le-
cluíam a promiscuidade sexual, portanto a lin- vou cativos para a Babilônia membros daquele
guagem de Ezequiel foi bastante apropriada. primeiro grupo em que Ezequiel se encontrava.
Suas palavras eram extremamente explícitas, Zedequias, o segundo vinhedo, ficou para trás,
tendo em vista que estavam sendo proferidas em Jerusalém. Mas esse vinhedo voltou-se ra-
em um contexto social e cultural muito mais pidamente para o Egito, a segunda águia, pe-
conservador que nos dias de hoje! Porém, mais dindo ajuda quando ela apareceu e ignorando
uma vez Ezequiel estava usando uma lingua- o poder que a Babilônia já havia mostrado.
gem desesperada para tempos desesperados. A profecia parece vir dos últimos dias de
Suas palavras provavelmente chocaram mui- Jerusalém. Zedequias rebelou-se contando
tas pessoas, mas ele estava determinado a vol- com o apoio do Egito que nunca chegou. Na-
tar sua atenção para a depravação em que se bucodonosor marchou para dentro de Jerusa-
encontravam. lém, conquistou a cidade, cegou Zedequias e
Ezequiel disse aos seus ouvintes que eles levou o povo para o cativeiro.
haviam tornado-se piores que Sodoma e Sa-
maria. Que coisa mais horrível o povo de Deus
Declaração da responsabilidade
ter ficado dessa maneira! Apenas o arrepen- individual (18.1-32)
dimento profundo e o toque da graça de Deus Em meio a toda a calamidade do exílio,
poderiam salvá-los da destruição. No capítulo muitas pessoas começaram a murmurar. Aquela
17, Ezequiel descreveu duas águias. A pri- situação não era culpa delas! Eles citavam o
meira águia era a Babilônia e a segunda águia provérbio que dizia que estavam sofrendo por
o Egito. Ele também falou de dois vinhedos. causa do pecado de seus antepassados e não
413
Descobrindo os Profetas
em função dos seus próprios pecados. Mesmo gui-los. Ezequiel se recusou a conceder-lhes
nos dias de hoje, muitos tentam justificar os uma audiência. O Senhor não daria a eles
seus pecados colocando a culpa nos seus pais, mais nenhuma revelação até que estivessem
nas suas origens ou em outros fatores. prontos para recebê-la.
Mas Ezequiel declarou que a responsabili- Ezequiel lembrou os anciãos da triste his-
dade era individual. Deus iria punir o povo tória espiritual do povo. Israel mal havia dei-
pelos seus próprios pecados e não pelos pecados xado o Egito quando o povo começou a recla-
de outros. O Senhor também afirmou que ele mar. Apesar de todos os milagres que eles ti-
não tinha nenhum prazer na morte do perver- nham visto, faltava-lhes fé e confiança de que
so (18.23,32). Seu caráter reto e santo exigia Deus iria suprir suas necessidades. Durante
que ele castigasse o pecado, mas ele não sentiu quase mil anos eles mantiveram essa atitude
nenhuma alegria ao ter que julgar o seu povo. de rebeldia e aprenderam muito pouco sobre
Ele preferia que eles se voltassem para ele o relacionamento com Deus. Deus, na sua
arrependidos e vivessem. Hoje, Deus ainda pre- graça, havia segurado o seu julgamento, mas
fere que todos voltem-se para ele em vez de agora, não podia mais adiá-lo.
persistirem na sua iniqüidade (2Pe 3.9).
Julgamento contra Judá (20.4521.32)
Lamento pelos líderes (19.1-14) O povo disse que Ezequiel falava somente
Ezequiel comparou Judá a uma leoa com em parábolas. Eles achavam que suas mensa-
dois filhotes. O primeiro filhote era Jeoacaz e gens eram apenas histórias criadas para
o segundo filhote, Jeoaquim. Jeoacaz era o enfatizar a tragédia daquela experiência pela
filho mais velho de Josias e foi o último rei qual eles estavam passando. Mas a mensa-
bom de Judá. Seu reinado durou apenas três gem de Ezequiel refletia mais que palavras.
meses depois da morte de seu pai. O Faraó Ela descrevia com precisão as condições em
Neco o capturou e o levou para o Egito onde que o povo se encontrava eles estavam
ele morreu (2Rs 23.31-34). Nabucodonosor correndo de encontro ao julgamento. Infeliz-
capturou Jeoaquim, o segundo filhote e o le- mente, as advertências do profeta não eram
vou para a Babilônia. ouvidas. O povo gostava de escutá-lo pregar,
Ezequiel lamentou porque Judá não tinha mas não levava suas palavras a sério.
mais um governante ou pelo menos não um
governante de verdade. Zedequias não tinha a
Três profecias (22.1-31)
coragem e a convicção necessárias para liderar Para chamar a atenção do povo, Ezequiel
o povo e, logo, a nação cairia no esquecimento. proferiu três profecias. Primeiro, ele declarou
que Israel havia tornado-se uma escória san-
Lições da História (20.1-44) guinária e impura. O termo sanguinário pode
O povo de Deus havia aprendido alguma referir-se tanto a assassinato quanto a injusti-
coisa com a História? Na verdade, não. Em ça. Ezequiel não estava descrevendo a pena
591 a.C., os anciãos buscaram o conselho do capital, mas sim as injustiças sociais espalha-
Senhor. Mas Ezequiel sentiu um problema em das por toda a terra. À medida que se afasta-
sua sinceridade. Eles gostavam de ouvir seus va gradualmente do Senhor, o povo estava
conselhos, mas não tinham a intenção de se- cada vez mais propenso à idolatria. Além de
Deus e de suas leis, eles adotaram outros pa-
drões de injustiça e imoralidade.
Termos-chave Em segundo lugar, Ezequiel descreveu Is-
rael como a nação da escória. O termo escó-
Dia do Senhor ria é relativo às impurezas que ficam sobre o
Tamuz metal derretido e que são jogadas fora. O pro-
Istar cesso de aquecer o metal separa as impurezas
do metal puro. As impurezas são mais leves
Lugares-chave que o metal e por isso elas sobem. O refinador
Rio Quebar removia a escória de cima do metal e a des-
Tel-Abibe cartava, pois não tinha nenhum valor.
Ezequiel disse que o povo de Deus havia
transformado-se em escória por causa do seu
pecado. Ao refinar o povo, Deus encontrou
414
Ezequiel 124
sujeira demais em suas vidas. Ele iria removê- Oolá e Oolibá (23.1-49)
la por meio do fogo e do julgamento. Deus
Ezequiel descreveu duas irmãs Oolá e
ainda quer retirar a sujeira de nossas vidas nos
Oolibá. Apesar de sabermos o que os seus no-
dias de hoje para que possamos servi-lo plena-
mes significam literalmente (Sua tenda e
mente (Rm 13.14).
minha tenda está nela, respectivamente),
Em terceiro lugar, Ezequiel retratou o povo
estudiosos propõem diferentes pontos de vista
de Deus como sendo uma nação de impure-
sobre o significado exato que esses nomes ti-
za. Ele condenou tanto profetas quanto sa-
nham.6 Oolá representava Samaria, a capital
cerdotes por levarem o povo pelos maus cami-
do norte e Oolibá simbolizava Jerusalém, a
nhos. O pecado do povo ficava cada vez pior.
Mas Deus não conseguiu achar ninguém no capital do sul. As duas irmãs eram terrivel-
meio da liderança que pudesse falar em nome mente perversas, mas Deus as tomou para si e
de Israel e implorar pelo perdão de Deus. casou-se com elas de qualquer forma.
Quando estava falando desse problema, Oolá cometeu um grande mal então Deus
Ezequiel usou a ilustração de se tapar uma a entregou nas mãos dos assírios em 722 a.C.
brecha no muro da cidade. Quando o inimi- Mas sua irmã Oolibá que viu esse julga-
go está diante de uma cidade murada, preci- mento não aprendeu absolutamente nada.
sa encontrar uma forma de penetrar aqueles Ou seja, Judá viu o que havia acontecido a
muros. Se um exército consegue fazê-lo, aque- Israel por causa de seu pecado mas ainda as-
les que estão defendendo a cidade devem sim continuou a praticar a iniqüidade. Por isso
parar de avançar para que a cidade não seja ela seria julgada com mais severidade.
tomada. Os homens corajosos devem respon-
A panela enferrujada (24.1-14)
der ao chamado para fechar essas brechas.
Mas Deus não achou ninguém profeta, Em 588 a.C., começou o cerco babilônio
sacerdote ou príncipe que defendesse Je- ao redor de Jerusalém. Em julho de 587 a.C.,
rusalém do seu julgamento. a cidade finalmente foi tomado pelas forças
Sumário
415
Descobrindo os Profetas
1.Qual foi o contexto histórico do ministé- 4.Descreva a visão de Ezequiel dos capítu-
rio profético de Ezequiel? los 811. Qual era o significado da
glória de Deus deixando Jerusalém?
2.O que sabemos sobre o profeta e seu li-
vro? 5.De que forma você caracterizaria a ati-
tude geral de Ezequiel em relação aos
3.Faça uma lista dos diversos atos simbóli-
seus ouvintes? Qual parece ter sido o
cos realizados para o povo por Eze-
ponto de vista das pessoas que fica-
quiel. Em geral, como você acha que
ram para trás em Jerusalém depois da
o povo reagiu a esses atos?
segunda deportação?
Leituras complementares
Block, Daniel I. The Book of Ezekiel: Chapters 1-24. Uma exegese e exposição completa do texto de Eze-
New International Commentary on the Old Testa- quiel.
ment. Grand Rapids: Eerdmans, 1997. Um comentá- Cragie, Peter C. Ezekiel. Daily Study Bible. Filadélfia:
rio detalhado para o estudante universitário avança- Westminster, 1983. Para o leitor em geral.
do ou para o estudante de pós-graduação. Rico em
Taylor, John B. Ezekiel: An Introduction and Commen-
exegese e notas de rodapé.
tary. Tyndale Old Testament Commentary. Downers
Cooper, Lamar Eugene, Sr. Ezekiel. New American Com- Grove: InterVarsity, 1969. Um bom comentário em
mentary 17. Nashville: Broadman & Holman, 1994. nível universitário.
Esboço
A mensagem de Ezequiel continua
(25.148.35)
Profecias contra as nações (25.132.32)
A restauração de Israel (33.139.29)
O novo templo de Israel (40.148.35)
Objetivos
Depois de ler este capítulo,
você deve ser capaz de:
Citar o nome das nações às quais Ezequiel
dirigiu suas profecias nos capítulos 2532.
Identificar o tema em comum das adver-
tências que Ezequiel pronunciou para as
sete nações nos capítulos 2529.
Relacionar os detalhes que Deus revelou a
Ezequiel sobre o novo templo.
Apresentar os cinco principais pontos de
vista na interpretação de Ezequiel 4048.
417
Descobrindo os Profetas
Você conhece pessoas que têm sempre uma roso exército de Nabucodonosor iria esmagar
atitude negativa? Não importa a circunstân- esses dois reinos assim como havia feito com
cia, elas sempre vêem o pior em tudo. Esse os outros.
tipo de gente deixa qualquer um de mau Ezequiel separou Edom e lhe deu atenção
humor e estraga o seu dia. especial, pois os edomitas haviam desempe-
Talvez você tenha sentido como se estives- nhado um papel significativo na destruição
se conversando com uma dessas pessoas ao ler de Jerusalém (Ob 10-14). Eles interceptaram
Ezequiel 124. A mensagem de Ezequiel os judeus que tentaram fugir e os entregaram
concentrou-se na insatisfação de Deus com a aos babilônios, vendendo-os como escravos.
situação espiritual de seu povo. O profeta ten- Deus prometeu acabar com Edom e suas ci-
tou muitas táticas diferentes, mas todas elas dades. Quando ele o fizesse, eles saberiam que
tinham o propósito de mostrar que Deus iria ele era o Senhor.
julgar o pecado do seu povo.
Nos capítulos 2548, o tom das mensa-
Filístia (25.15-17)
gens de Ezequiel começa a mudar. O profeta Os filisteus, antigos inimigos do povo de
descreve como Deus vai julgar aqueles que Deus, também estavam prestes a cair. Eles se
se opuseram ao seu povo, quer eles vivessem alegraram com a queda de Judá, mas Deus
em meio ao povo ou em outras nações. Ele iria julgá-los. Eles também sentiriam a sua ira.
também olha mais adiante, para um dia glori- Tiro (26.128.19)
oso em que Deus irá derrotar o pecado de
uma vez por todas, restaurar o seu povo e ha- Ezequiel profetizou sobre Tiro em 587 a.C.,
bitar com eles para sempre. O ministério de por volta da época da queda de Jerusalém.
Ezequiel continha muitos desafios difíceis, mas Tiro, uma cidade portuária fenícia, também
ainda assim ele encerra o livro de forma posi- estaria, em breve, sob a ira do Senhor.
tiva Deus estava planejando um futuro Tiro regozijou-se com a queda de Jerusa-
emocionante! lém, pois teria lucros com sua ruína. Afinal, a
queda de Jerusalém significava um concor-
rente a menos no mundo do comércio! Mas
Ezequiel prometeu que Tiro seria espólio para
A mensagem de as nações e passaria por total desolação e de-
Ezequiel continua vastação.
Com freqüência, Tiro havia conseguido
(25.148.35) comprar a paz com os inimigos que a ameaça-
vam. Os reis que queriam atacar a cidade
Profecias contra as nações saíam carregados de riquezas e Tiro prometia
(25.132.32) mandar mais todos os anos.
Já vimos como Isaías e Jeremias profetiza- Ezequiel mencionou a situação entre Tiro
ram contra as nações (Is 1323; Jr 4651). e a Babilônia. A Babilônia recebia muito di-
Era a vez de Ezequiel retratar o destino final nheiro de Tiro e em troca, não podia destruir
desses reinos. Deus mostra sua soberania so- a cidade. Alexandre, o Grande, finalmente
bre todos eles. acabou arrasando Tiro em 332 a.C. A desola-
ção total que Ezequiel havia profetizado aca-
Amom (25.1-7) bou vindo. Todas as nações iriam lamentar,
Ezequiel declarou que a Babilônia iria con- pois a queda de Tiro também significava pro-
quistar Amom. Os amonitas se alegraram com blemas financeiros para muitos comerciantes
a queda de Jerusalém, mas Deus iria julgá-los estrangeiros.
também. Quando ele o fizesse, eles saberiam O povo de Tiro também lamentou por seu
que ele era Deus. líder. Note o orgulho do seu líder no capítulo
28.2 ele afirmou ser um deus! Ele possuía
Moabe e Edom (25.8-14) muitas riquezas e sabedoria, mas Deus tam-
Moabe e Edom acreditavam que Judá era bém o arrasaria.
igual a todas as outras nações. Apenas por Alguns intérpretes bíblicos observaram os
causa de alguma virada do destino é que o paralelos entre Isaías 14 e Ezequiel 28. Isaías
povo de Deus havia ganho proeminência na- 14 descreve a estrela da manhã, o filho do
quelas terras. Ezequiel advertiu que o pode- alvorecer, cujo orgulho Deus iria humilhar.
418
Ezequiel 2548
Um pastor cuida
de seu rebanho
nos montes da
Judéia. Os
pastores de
Israel não
cuidaram do seu
rebanho o
povo de Deus
por isso Deus
prometeu que
ele mesmo seria
o seu pastor
(capítulo 34).
Esse governante orgulhoso, assim como o go- apoio egípcio.2 Mas quando as grandes potên-
Sheol
vernante de Ezequiel 28, também havia pro- cias vinham contra esses pequenos reinos, o
ferido palavras arrogantes e cheias de pompa, Egito não fazia nada para ajudar e seus vizi-
elevando-se ao nível de Deus. nhos infelizes sofriam as terríveis conseqüên-
Assim como Isaías 14, Ezequiel 28 é uma cias. Deus prometeu que, quando o Dia do
das passagens que muitos evangélicos acredi- Senhor chegasse para o Egito, eles saberiam
tam fazer referência a Satanás, pois a lingua- quem era Deus.
gem vai bem além daquilo que seria esperado Ezequiel começou essas profecias em 587
de um governante humano. Porém, o versí- a.C., um pouco antes da queda de Jerusalém.
culo 12 refere-se especificamente ao rei de O profeta usou a Assíria como um exemplo
Tiro como sendo o objeto das palavras de Eze- de orgulho que levou a uma grande queda.
quiel. Também, devemos considerar que o Deus havia tornado os assírios poderosos, mas
Novo Testamento não cita esses versículos a Assíria louvou a si mesma em vez de dar a
quando faz referência a Satanás. Provavel- ele o devido crédito.
mente, a linguagem rebuscada de Ezequiel Ezequiel prometeu que Deus iria tratar o
referia-se às grandes bênçãos materiais que Egito da mesma forma como havia tratado a
Deus havia dado ao governante de Tiro. Assíria apenas vinte e cinco anos antes. Nínive
Outros intérpretes entendem que as palavras havia caído em 621 a.C.; o Egito logo cairia
de Ezequiel têm um cumprimento secundá- também. Seu orgulho é que o levaria à queda.
rio em Satanás.1 Em 585 a.C., Ezequiel entoou um lamento
pelo Faraó, o rei do Egito. Ele comparou o
Sidom (28.20-26) Faraó a um feroz monstro marinho presos às
Sidom era uma outra importante cidade correntes do cativeiro. Deus usaria a Babilô-
da Fenícia. Deus disse que traria glória sobre nia para domar esse monstro. A queda do
si ao julgar Sidom. Nem Sidom e nem Tiro Egito traria grande temor por causa da posi-
seriam mais um estorvo para Israel. ção elevada que possuía naquele tempo.
Quando outros reinos vissem a derrota do
Egito (29.132.32) Egito, eles estariam olhando para o seu pró-
Ezequiel encerrou suas profecias contra as prio futuro.
nações com quatro capítulos contra o Egito. Em uma linguagem amedrontadora, Eze-
Naquele tempo, o Egito era um dos piores ini- quiel descreveu Deus levando o Egito para
migos de Judá, principalmente por causa da- Sheol. Lá o Egito encontrou um comitê de
quilo que ele deixou de fazer. Era típico o boas-vindas Assíria, Elão e Edom. Essas
Egito encorajar reinos menores da Palestina a nações também haviam confiado em seu pró-
revoltarem-se contando com a promessa de prio poder e esplendor, mas Deus havia posto
419
Descobrindo os Profetas
um fim em seu domínio. Ezequiel advertiu os Era 587 a.C. e Jerusalém havia caído para
egípcios dizendo que eles iriam tornar-se como os babilônios. Durante o cerco de Jerusalém,
todas as outras nações que haviam desafiado Deus não havia dado palavras proféticas a
o poder de Deus. Ezequiel, mas logo depois ele abriu a boca do
As palavras do profeta são um aviso muito profeta para levar uma mensagem ao povo.
sério para qualquer nação que seja tentada Os exilados protestavam dizendo que a si-
pelo orgulho. Um dia, todos nós vamos enca- tuação toda era injusta. Era nossa terra, eles
rar a morte. Como podemos nos preparar? Os diziam, não foi justo eles a tomarem de nós.
escritores do Novo Testamento dizem que A resposta de Deus mostrou que a terra per-
devemos estar em paz com Deus por meio de tencia a ele e não ao povo. Eles haviam igno-
Jesus Cristo. Se fizermos isso, o poder da mor- rado os seus mandamentos e mostrado-se inep-
te sobre nossas vidas será quebrado. E nosso tos para possuírem a terra e, portanto, Deus os
país, irá aprender essa lição? E nós? havia enviado para o exílio.
Mas mesmo durante esses tempos de de-
A restauração de Israel sespero, o povo recusou-se a dar ouvidos a
(33.139.29) Ezequiel. Eles escutavam as palavras, mas não
Até essa altura do livro de Ezequiel, vimos permitiam que elas alcançassem o seu cora-
muitas coisas desanimadoras. Ezequiel reali- ção. Que pregador maravilhoso, eles prova-
zou atos simbólicos pelos quais advertiu o povo velmente diziam um para o outro. Mas ao vol-
de Deus sobre o julgamento que estava por tarem para casa depois de suas mensagens,
vir. Nos capítulos 3339, ele começou a des- eles o faziam sem demonstrar qualquer mu-
crever as maravilhosas bênçãos que Deus es- dança de vida.
tava guardando para o seu povo fiel. Hoje em dia, muitas vezes as pessoas gos-
tam de ouvir um bom sermão. Escutam o pre-
O chamado ao arrependimento
gador que sabe transmitir uma mensagem de
(33.1-33) qualidade e gostam das suas habilidades em
No capítulo 33, Deus apontou o profeta oratória. Mas elas não aplicam as verdades
como atalaia da cidade (ver também 3.17). que ouvem em sua vida. Os ouvintes de Eze-
Um atalaia ficava vigiando, procurando si- quiel faziam a mesma coisa. Deus os advertiu
nais do inimigo e avisava o povo sobre qual- que, um dia, iriam compreender que Ezequiel
quer ameaça ou ataque. Ezequiel era respon- era, de fato, um profeta de Deus. Mas quan-
sável por avisar o povo sobre seu pecado antes do finalmente percebessem, Jerusalém já es-
que Deus os julgasse. Ele serviu de atalaia taria em ruínas e eles, no cativeiro babilônio.
espiritual para o povo de Deus.
O povo ficou desencorajado ao ouvir todas O rebanho de Deus (34.1-31)
essas profecias melancólicas. (Talvez você tam- Ezequiel comparou os líderes de Israel a
bém sinta-se assim ao ler Ezequiel!) Ezequiel pastores que cuidavam do seu rebanho (o
apresentou a mensagem de Deus usando de povo). Ele os advertiu que deveriam alimen-
uma variedade de técnicas e métodos criati- tar o rebanho e não a si mesmos. Deveriam
vos. Mas a essência era sempre a mesma usar sua posição de autoridade para servir o
Deus iria julgar o povo pelo seu pecado se eles povo, mas em vez disso, usavam o seu poder
não se arrependessem. Muitos do povo de para obter ganhos desonestos ou simplesmen-
Deus acharam que a situação já não tinha mais te satisfazer suas próprias necessidades. Mes-
jeito. Àquela altura, nada poderia salvá-los! mo nos dias de hoje, muitos líderes cristãos
Ezequiel garantiu que a situação não era não conseguem compreender completamen-
desesperadora. Deus ainda estava oferecen- te que liderar significa servir.
do a esperança do arrependimento e julgaria Ezequiel disse a eles que eram responsá-
o povo de acordo com os seus próprios cami- veis por Deus estar dispersando o seu reba-
nhos. Mesmo quando a nação estivesse a ca- nho. Por quê? Pois aqueles pastores só cuida-
minho do exílio, pessoas ainda podiam voltar- vam de si mesmos. Eles só se preocupavam
se para Deus e, pela fé, ter um relacionamen- com as ovelhas à medida que elas traziam
to correto com ele. E mesmo nos últimos dias bênçãos para eles. A igreja de hoje precisa
de Jerusalém, se toda a nação se arrependes- desesperadamente de líderes que se preocu-
se, quem sabe quanta misericórdia Deus não pem do fundo do coração com o povo que
poderia mostrar? Deus lhes deu para liderar.
420
Ezequiel 2548
Qual é a solução apresentada por Eze- ro, os ossos secos recebiam carne sobre eles.
Gogue
quiel? O próprio Deus cuidaria deles! Deus Depois, eles ganhavam vida!
prometeu ajuntar o seu povo e cuidar deles Os ossos secos simbolizavam a morte da es-
Magogue pessoalmente e até mesmo restabelecer o rei- perança do povo. Ele estava seco, sem espe-
nado de Davi sobre eles. Muitos intérpretes ranças e sem poder! Mas o Espírito de Deus
Grande entendem que essa passagem refere-se ao sopraria vida para dentro deles novamente.
tribulação reino messiânico.3 Quando Jesus Cristo vol- Ele podia fazer com que se reunissem em uma
tar, vai estabelecer o seu povo e cuidar dele nação sob sua liderança. Deus deu ao povo
pessoalmente. um segundo sinal. Ele mandou que Ezequiel
pegasse dois gravetos e escrevesse Judá em
Julgamento sobre Edom um deles e José no outro. Os dois gravetos
(35.1-15) representavam Judá e Israel, respectivamen-
Mencionamos anteriormente nesse capí- te. Assim como os dois gravetos ficaram pre-
tulo como Edom estava ao lado da Babilônia sos como se fossem um na mão de Ezequiel,
contra o povo de Deus quando Nabucodono- Deus iria juntar a nação quebrada e fazer dela
sor conquistou Judá e Jerusalém. Talvez por uma só novamente.
isso Ezequiel separou Edom para lhe dar mais
atenção nesse ponto do livro. Deus iria humi- Gogue e Magogue: o triunfo final
lhar os edomitas por causa de sua hostilidade (38.139.20)
e arrogância. Quando o fizesse, eles saberiam Nos capítulos 3839 Ezequiel olhou adian-
que ele era o Senhor. te, para um futuro distante para ver algumas
das coisas que Deus iria fazer algum dia. Até
Bênçãos para Israel esse ponto Ezequiel havia concentrado-se nos
(36.137.28) acontecimentos de sua própria geração. As
Deus prometeu restaurar Israel e restabe- palavras que ele falou em seguida têm signifi-
lecê-la como seu povo novamente. Essa res- cado para nós nos dias de hoje, pois desafiam
tauração incluía dois aspectos restauração seus ouvintes a viver fielmente à luz do gran-
física e espiritual. de reino que Deus estabelecerá um dia.
Primeiro, Deus prometeu trazer o povo de Os estudiosos da Bíblia discordam sobre o
volta para a terra prometida e renová-lo. Ele significado de Gogue e Magogue.4 O termo
pediria à natureza que voltasse a viver e ela parece descrever o inimigo final do povo de
responderia em sua plenitude. O Senhor faria Deus. Apocalipse 20.8 também os menciona
a vegetação brotar e dar frutos novamente em um contexto igualmente difícil. Podemos
como havia feito nos dias da bênção de Deus. dizer que, seja lá quem eles forem, o poder de
Em segundo lugar, Deus prometeu desper- Deus irá sobrepujá-los. Enquanto estiverem
tar o povo espiritualmente. Deus havia julga- reunindo-se contra o povo de Deus, o Senhor
do o seu povo para proteger o seu caráter de trará a vitória final.
santidade. Precisava castigar todo o pecado A descrição que Ezequiel faz dessa bata-
onde quer que o encontrasse! A paciência de lha é paralela ao livro de Apocalipse. Deus
Deus era temperada por sua justiça e o dia da chamando os pássaros para comer os corpos
justiça tinha chegado. Deus estava agindo em (39.17) se parece com o chamado que acom-
favor de si mesmo e, quando ele trouxe o jul- panhará a volta de Cristo (Ap 19.17). Assim,
gamento, eles finalmente compreenderam muitos intérpretes bíblicos ligam Ezequiel
que Deus era Juiz. 38,39 ao tempo da Grande Tribulação, o pe-
Como parte da recriação espiritual, Israel ríodo final da História antes da volta do Se-
receberia um coração de carne. Deus não iria nhor, que traz vitória e estabelece o seu rei-
devolvê-los à terra para que voltasse à idola- no.5 Gogue e Magogue são derrotados e Deus
tria e rebelião novamente. Ele iria restaurá-los garante a vitória absoluta.
para servi-lo fielmente. Mas eles só poderiam O triunfo de Deus é o triunfo de Israel. O
fazer isso se um poder transformador tocasse povo de Deus vence porque Deus vence. Mais
seu coração. O Novo Testamento chama essa importante ainda, há um transbordar espiri-
experiência de nascer de novo (Jo 3.3,5). tual. Multidões voltam-se para o Senhor ao
Deus confirmou suas palavras ao dar a Eze- perceber que somente ele é Deus. Naquele
quiel a famosa visão dos ossos secos. A visão dia, o Senhor será o seu Deus e eles serão o
descrevia dois estágios da ressurreição. Primei- seu povo.
421
Descobrindo os Profetas
Depósitos de sal
no Mar Morto,
Israel. O lago é
tão salgado que
nenhum peixe
pode sobreviver.
Na visão de
Ezequiel, a água
fluía do templo
para Jerusalém e
até ao Mar
Morto,
tornado-o doce
e cheio de vida.
que, na entrada triunfal de Jesus em Jerusa- Ezequiel disse que o príncipe irá suprir as
lém, ele provavelmente passou pelo portão les- ofertas nacionais. Alguns evangélicos enten-
te. Nos dias de hoje, o portão leste de Jerusa- dem essas palavras do profeta como sendo uma
lém, localizado em algum lugar próximo onde referência a Jesus Cristo. Infelizmente, é im-
seria o portão leste de Ezequiel, está fechado possível dizer com certeza, tendo em vista que
e selado, pois um rei muçulmano ouviu falar o Novo Testamento não cita essa passagem.
da profecia de Ezequiel e quis garantir (tarde
demais) que nenhum Messias passaria por O rio (47.1-12)
aquele portão. É um comentário interessante A descrição que Ezequiel faz do rio é bas-
para a profecia de Ezequiel. tante parecida com Apocalipse 22. A maior
O profeta anunciou que a santidade de parte dos evangélicos acredita que Apocalipse
Deus estaria por toda a cidade. Ezequiel ti- 22 descreve o céu e esse fato levanta questões
nha em seu coração um grande zelo pela san- sobre a interpretação de Ezequiel 4048. Eze-
tidade, pois Deus havia chamado os sacerdo- quiel descreveu um templo restaurado aqui na
tes para mediarem sua santidade ao povo. terra durante o curso da História ou algo que
Deus trabalhava por meio deles para mostrar vai ocorrer no céu, depois que Cristo voltar?
sua santidade ao povo. E, ao estar em um rela- O rio flui do templo e oferece cura para
cionamento correto com ele pela fé, sua vida todas as nações (47.12). A mesma coisa acon-
começaria a refletir esse caráter de santidade. tece em Apocalipse 22.2. Deus está preocu-
Um povo santo vive como o seu Deus, e Deus pado em curar o seu povo para sempre.
usava os sacerdotes para tornar isso possível.
Os limites das tribos (47.1348.29)
Regras sobre as ofertas Os limites das tribos parecem semelhantes
(45.946.24) àqueles do reinado de Davi e Salomão. O
Os profetas haviam condenado o povo com povo de Deus iria incluir os israelitas, mas tam-
freqüência por causa do uso desonesto de pesos bém aqueles que se juntassem ao povo de
e medidas (Os 12.7; Am 8.5). No dia que Deus pela fé. Tais palavras proféticas são um
Ezequiel descreveu, todos iriam usar medidas belo prenúncio da afirmação no Novo Testa-
honestas. Talvez sacerdotes como Ezequiel mento de que todas as nações farão parte do
entristeciam-se sinceramente por causa da corpo de Cristo, a Igreja (Ef 2.11-22).
forma como o povo abusava do sistema Ezequiel relacionou a divisão de lotes en-
sacrificial e eram desonestos uns com os ou- tre as tribos. Os sacerdotes e levitas ficariam
tros. Isso não aconteceria mais quando o Se- ao redor do santuário, o que era de se esperar
nhor fizesse a restauração. tendo em vista as suas obrigações contínuas
423
Descobrindo os Profetas
Sumário
1. Nos capítulos 2532, Ezequiel conti- 5. Deus guiou Ezequiel para uma mon-
nua sua mensagem ao fazer profecias tanha alta. Lá, ele mostrou uma visão
contra as nações de Amom, Moabe, que revelava a descrição de um novo
Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito. templo e Deus o instruiu a escrever
tudo o que visse.
2. Em Ezequiel 3339, o profeta des-
creve as bênçãos da restauração. 6. Cada uma das doze portas de Jerusa-
lém era designada para uma das doze
3. Mesmo nos piores dias, o povo re-
tribos.
cusou-se a ouvir o profeta Ezequiel
e aplicar as mensagens à sua pró- 7. Intérpretes da Bíblia têm diversas in-
pria situação. terpretações possíveis para Ezequiel
4048.
4. A restauração que Deus faria de Israel
seria tanto física quanto espiritual.
424
Ezequiel 2548
1. Quais eram as implicações de Ezequiel cia sutil para os cristãos de hoje en-
profetizar contra outras nações (capí- contrada em Ezequiel 33.30-33?
tulos 2537)? De que forma Deus
4. No livro de Ezequiel, Deus prometeu
ainda mostra o seu poder sobre todas
que iria julgar o mal e restaurar o seu
as nações?
povo. Que diferença essa promessa
2. Descreva a função do atalaia no livro deve fazer na vida do povo de Deus
de Ezequiel. Em que sentido o cristão nos dias de hoje?
dos dias de hoje têm esse papel?
5. Descreva as várias formas como os
3. Avalie a seguinte afirmação: Os ou- cristãos têm interpretado Ezequiel
vintes de Ezequiel escutavam o que 4048. Você tem preferência por
ele estava dizendo para eles, mas não algum desses pontos de vista? Se
o ouviam de fato. Qual é a advertên- sim, por quê?
Leituras complementares
Cooper, Lamar Eugene, Sr. Ezekiel. New American Com- Taylor, John B. Ezekiel: An Introduction and Commen-
mentary 17. Nashville: Broadman & Holman, 1994. tary. Tyndale Old Testament Commentary. Downers
Forte em exegese e exposição. Grove: InterVarsity, 1969. Um bom comentário em
Cragie, Peter C. Ezekiel. Daily Study Bible. Filadélfia: nível universitário.
Westminster, 1983. Para o leitor em geral.
como forma de relembrar o sacrifício de Cris- põe que as palavras de Ezequiel foram parci-
to pelos pecados do mundo. De acordo com almente cumpridas no período do segundo
essa visão, então o reino de Cristo teria carac- templo. O resto se cumpriria por completo na
terísticas judaicas. era da igreja ou no reinado do milênio.
Um terceiro ponto de vista entende que Um quinto ponto de vista sugere que de-
esses capítulos referem-se de maneira proféti- vemos entender a linguagem de Ezequiel
ca à Igreja. Os proponentes dessa visão po- como sendo um exemplo de literatura simbó-
dem encarar os acontecimentos descritos por lica e apocalíptica.9 Ezequiel expressou algu-
Ezequiel como sendo profecias que estão se mas importantes verdades espirituais sobre
cumprindo nos dias de hoje de forma espiri- Deus e o seu reino em termos palpáveis que
tual. Outros acreditam que elas se referem à seus leitores poderiam compreender.
vida no reino celestial de Deus. Eles citam as Ao longo dos capítulos 4048, ele retra-
palavras de Jesus sobre o seu cumprimento da tou o plano perfeito de Deus para o seu povo,
Lei e dos Profetas (Mt 5.17,18) e sugerem que a presença eterna de Deus com o seu povo e
a Igreja tomou o lugar de Israel nos planos de as bênçãos e responsabilidades da vida no rei-
redenção de Deus (Gl 3.28,29). no vindouro de Deus.
Um quarto ponto de vista é uma combina- Seja qual for a visão de Ezequiel 4048
ção da primeira e da terceira visão.8 Ele pro- que decidirmos adotar, ela deve criar expec-
425
Descobrindo os Profetas
tativa dentro de nós. Deus está planejando seus olhos. Os cristãos devem reconhecer que
um futuro emocionante! Ele irá restaurar o o Senhor tem a liberdade de cumprir as pala-
seu povo e juntá-lo perto de si. Ele será o Deus vras de Ezequiel da forma como ele achar
deles e eles serão o seu povo. Ele irá mostrar melhor. Qualquer que seja o seu plano, certa-
sua glória e seu cuidado para com eles eterna- mente será indescritível!
mente. E ele enxugará todas as lágrimas de
426
31 Daniel
O reino de Deus
Agora e para sempre
Esboço
O livro de Daniel como literatura
apocalíptica
A singularidade da literatura apocalíptica
Características da literatura apocalíptica
Objetivos
O apocalíptico bíblico
Conteúdo do livro de Daniel Depois de ler este capítulo,
você deve ser capaz de:
Conteúdo
Descrever a distinção do livro de Daniel
Visão geral comparado-o com o resto do Antigo
Os temas teológicos de Daniel Testamento.
A soberania de Deus Fazer o esboço do livro de Daniel.
O orgulho da humanidade Mostrar como Daniel e seus três amigos
A vitória final dos santos de Deus foram fiéis a Deus.
Problemas de interpretação Descrever as visões de Daniel.
Material bilingüe Identificar os três temas predominantes
do livro de Daniel.
Identificação dos quatro reinos
Dizer como Daniel aborda as nações de
Visão das setenta semanas
forma diferente dos outros profetas do
Questões históricas Antigo Testamento.
Data de composição Explicar por que há problemas de
interpretação do livro de Daniel.
Responder às acusações de que o livro
de Daniel é repleto de erros.
Avaliar as duas diferentes posições sobre
a data do livro de Daniel.
427
Descobrindo os Profetas
Daniel é um dos livros mais controversos e vros afirmam que seus autores são venerados
Cânon
debatidos da Bíblia. Ainda assim, sua mensa- heróis da fé israelita (tais como Enoque,
gem é clara e indiscutível. Enquanto estudio- Abraão, Isaías ou Esdras) que viveram sécu-
literatura sos da Bíblia ainda lidam com questões como los antes dos livros terem sido escritos.
apocalíptica datas e precisão histórica, o livro de Daniel pede Esses escritos apocalípticos também com-
continuamente por fé entre aqueles que são partilham de um conteúdo semelhante. Eles
apocalípticos do povo de Deus de qualquer geração. O livro preocupam-se com o futuro e, com freqüên-
intertesta- relata episódios e visões de Daniel, um crente cia, revelam um julgamento escatológico. Eles
mentais tentando permanecer fiel enquanto vivia em normalmente dividem a História em períodos
uma terra estrangeira e hostil à sua fé. distintos de tempo (como, por exemplo, qua-
pseudônimo tro reinos e setenta semanas dos anos). O ápi-
ce da História é o julgamento final que re-
compensa os bons e castiga os maus em uma
escatológico O livro de Daniel vida além da morte.
como literatura Essa literatura é sensível à distinção entre
vaticinium ex o mundo espiritual e o mundo físico. Algu-
eventu apocalíptica mas vezes, anjos ou demônios representam o
mundo sobrenatural. Outras vezes, o recipi-
Um dos motivos para debate é a distinção ente da visão é levado para o outro mundo
período de Daniel quando comparado com os outros
intertesta- para uma jornada celestial. Assim, a literatu-
livros do Antigo Testamento. O Cânon cris- ra apocalíptica envolve tanto o temporal (tem-
mental
tão incluiu Daniel entre os profetas, mas o po escatológico) quanto o espacial (verdade
Cânon hebraico o coloca entre obras chama- celestial).
apocalípticos das de Os Escritos (ver discussão no capítu- Muitos desses escritos usam uma técnica
bíblicos lo 1). De fato, uma leitura rápida revela que na qual um acontecimento bastante conhe-
Daniel é diferente dos outros profetas do cido do passado é relatado de forma a pare-
Antigo Testamento tanto em conteúdo quan- cer-se com uma previsão para o futuro. O au-
to em estilo. O que é diferente e por quê? tor toma a posição de um profeta predizendo
e fala do acontecimento como se ainda esti-
A singularidade da literatura vesse por vir. Se os leitores acreditassem em
apocalíptica tal profecia (conhecida como vaticinium ex
Daniel é singular porque contém material eventu, previsão depois do fato) como sen-
que os estudiosos modernos chamam de lite- do verdadeira, dariam mais crédito ao livro.
ratura apocalíptica. Esse tipo de literatura é Alguns estudiosos acreditam que o livro de
definido pelo livro de Apocalipse, no Novo Daniel lançou mão dessa técnica (ver abaixo).
Testamento, que é o documento mais antigo
com o título de apocalipse ou revelação. O apocalíptico bíblico
O termo refere-se a um conjunto de docu- O Antigo Testamento contém algumas pas-
mentos contendo uma singular forma de esti- sagens que mostram certas características como
lo e comunicação e tendo em comum o mes- as descritas acima e que normalmente são de
mo conteúdo básico.1 A literatura apocalípti- natureza apocalíptica (Jl 3; Is 24-27 e partes de
ca era amplamente divulgada no Judaísmo Ezequiel e Zacarias). Apesar dessas passagens
nos tempos de Cristo e teve uma influência e do livro de Daniel mostrarem características
profunda no Cristianismo primitivo. claramente apocalípticas, eles também possu-
em diferenças significativas em relação ao li-
Características da literatura vros apocalípticos escritos mais tarde, no perío-
apocalíptica do intertestamental. Devemos, provavelmen-
Os livros apocalípticos intertestamentais te, ver esses trechos, bem como o livro de Apo-
têm diversas características em comum. Eles calipse no Novo Testamento, como sendo cons-
sempre contêm algum tipo de visão. A revela- tituintes de uma outra categoria literária cha-
ção inicial normalmente é simbólica e miste- mada de apocalípticos bíblicos. Essa sub-
riosa e requer a interpretação por parte de um categoria começa com materiais históricos e,
intermediário celestial. O nome do autor, de forma gradual, move-se para um material
quando é dado, de um modo geral é um pseu- de características mais apocalípticas (especial-
dônimo ou nome literário. Muitos desses li- mente em Zacarias e Apocalipse).
428
Daniel
Um relevo Daniel tem muito em comum com outras tade relatam os acontecimentos da vida de
assírio mostra passagens apocalípticas do Antigo Testamen- Daniel e seu ministério nas cortes estrangei-
um leão sendo
to. Mesmo assim, quando comparamos o livro ras da Babilônia e Pérsia. As visões da segun-
solto de sua
jaula. Os reis de Daniel com os outros profetas do Antigo da metade são relatos pessoais de Daniel de
assírios tinham Testamento de um modo geral, vemos que uma época posterior de sua vida.3
leões para caçar. esse livro é completamente único. Outras pas-
Daniel foi sagens vêem o futuro da perspectiva de Israel Esboço
sentenciado a e das promessas da aliança de Deus com o seu
ser colocado em I. A preparação de Daniel e seus
uma cova de
povo. Mas o ponto de vista de Daniel é dife-
amigos (1.1-21)
leões. rente. Ele considera os impérios mundiais se-
culares à luz dos propósitos finais de Deus e II. O sonho de Nabucodonosor
descreve o reino vindouro de Deus.2 Quando e a interpretação de Daniel
descreve o futuro, Daniel usa um panorama (2.1-49)
universal.
O propósito do livro de Daniel também é III. A fornalha de fogo (3.1-10)
singular. Esse livro não chama os leitores a ar-
rependerem-se e buscarem uma nova vida, IV. O sonho de Nabucodonosor e a
como é o caso de muitos dos outros profetas. interpretação de Daniel (4.1-37)
O livro de Daniel chama o povo a ser fiel e
V. A escritura na parede (5.1-31)
obediente durante os tempos de dificuldade.
Esse propósito faz parte de sua natureza como VI. A cova dos leões (6.1-28)
literatura apocalíptica.
VII. Visão das quatro bestas (7.1-28)
modo geral (4.27). Mas há três temas predo- tam como os servos de Deus (Daniel e seus
minantes no livro: a soberania de Deus, o or- amigos) foram capazes de superar as mais po-
gulho autodestrutivo da humanidade e a vi- derosas forças humanas na terra, enquanto
tória final do reino de Deus. procuravam manter-se fiéis a Deus. A primei-
ra visão (capítulo 7) retrata três bestas assus-
A soberania de Deus tadoras e um monstro grotesco que ameaça
Outros profetas do Antigo Testamento sa- exterminar o povo de Deus. Mas o Ancião de
biam que Iavé, o Deus de Israel, era soberano Dias prevalece e estabelece um reino eterno
sobre o mundo todo, incluindo as outras na- para os seus santos. Mesmo na perseguição e
ções (por exemplo, Am 1,2). Mas Daniel ilus- na morte, o Senhor soberano irá oferecer res-
trou esse fato de maneiras novas e claras. surreição (12.1-3). Nas histórias, Deus era so-
Daniel demonstrou o senhorio de Deus sobre berano sobre todos os seus inimigos passados.
todo o mundo e não apenas sobre Jerusalém e As visões revelam como essa soberania vai
os israelitas. Essa verdade tinha a intenção de desenrolar-se ao longo da história humana.
ser uma fonte de grande consolo para os israe- A ênfase na soberania de Deus leva natu-
litas exilados que estavam vivendo em um ralmente aos outros dois temas predominan-
contexto estrangeiro. tes no livro. O orgulho humano e a rebelião
Esse tema que permeia todo o livro torna- são autodestrutivos, pois não reconhecem o
se evidente desde o capítulo 1. O primeiro soberano Senhor do universo; o povo de Deus
versículo afirma que Nabucodonosor foi até será vitorioso no final, pois com ele não há
Jerusalém e a sitiou. O leitor pode supor que o possibilidade de fracasso.
rei da Babilônia fez isso com sua própria e in-
crível força e de acordo com sua própria inspi- O orgulho da humanidade
ração. Mas o versículo seguinte deixa claro Uma segunda ênfase do livro de Daniel é
que Nabucodonosor estava agindo de acordo o orgulho e a arrogância da humanidade e
com a vontade de Iavé: O Senhor lhe entre- como Deus condena totalmente o egoísmo.
gou nas mãos a Jeoaquim... (1.2 o hebrai- Nas histórias dos capítulos 16, o orgulho re-
co n*T^n, entregar/dar é a palavra-chave belde é a questão por trás dos problemas intro-
desse capítulo). duzidos a cada capítulo. Nas visões dos capí-
Depois que Daniel decidiu resistir às pres- tulos 712, a arrogância obstinada dos futu-
sões culturais para ceder em sua fé, Deus lhe ros líderes mundiais é a inimiga de Deus e de
entregou/deu (n*T^n) favor perante o chefe seu povo. No final, em todos os casos Deus
dos eunucos de Nabucodonosor. Mais tarde, agiu, ou irá agir de maneira a transformar o
Deus entregou/deu (n*T^n) aos quatro ju- orgulho e a arrogância do ser humano em
deus conhecimento e discernimento que ex- vergonha e desgraça.
cediam os de outros e a Daniel, um dom Nabucodonosor (capítulo 4) e Belsazar
para compreender visões e sonhos (1.17). As- (capítulo 5) são exemplos específicos do orgu-
sim, esse capítulo enfatiza a soberania de Deus lho humano (esses capítulos constituem a por-
sobre os assuntos de Estado (Babilônia e Is- ção central dos capítulos 16, ver acima).
rael, 1.2), bem como sobre indivíduos (Daniel Em ambos os casos, seu orgulho os reduziu a
e seus três companheiros, 1.17). um estado patético de completo desamparo e
No que diz respeito especificamente às na- ridículo. Depois que Deus agiu, mal podia-se
ções, Daniel acrescentou uma nova perspecti- reconhecer esses homens como reis da gran-
va profética. A maior parte dos outros profetas de e poderosa Babilônia (4.33; 5.6,20).
tem profecias contra as nações inimigas de Is- O orgulho dos impérios mundiais é o tema
rael (Is 1323; Jr 4651, etc.). Mas Daniel central dos capítulos 712. Os capítulos 7 e 8
vê os principais impérios em uma ordem mostram uma sucessão de líderes mundiais
seqüencial de quatro, seguidos por um quinto orgulhosos até chegar a um clímax de orgu-
e eterno reino. Em vez de pregar sermões con- lho imperial com o pequeno chifre com uma
tra os vizinhos mais próximos de Israel, Daniel grande boca (7.8). Mas um novo reino celes-
têm visões de futuros impérios que se opõem a tial liderado pelo Ancião de Dias e o Filho do
Deus e oprimem o seu povo em toda a parte. Homem substituirá esses reinos humanos chei-
Tanto as histórias quanto as visões mostram os de orgulho. Nos capítulos 1012, as forças
uma luta entre governantes sucessivos do sobrenaturais do céu irão mobilizar-se para
mundo e o reino de Deus. As histórias rela- esmagar o último governante anticristo do
432
Daniel
mundo, que ergueu-se arrogantemente sobre supremo nos céus e na terra e aqueles que se
todos os deuses (11.36-45). aliarem a ele irão compartilhar do seu triunfo.
O livro de Daniel é especialmente rele- Não importa quão severa é a perseguição, os
vante para todas as gerações de cristãos, pois inimigos de Deus não podem acabar com sua
ele confronta o orgulho como sendo o proble- comunidade de crentes. A natureza apoca-
ma crucial. O pecado e a rebelião estão sem- líptica singular de Daniel nos ensina que sem-
pre enraizados no orgulho e no egocentrismo. pre foi assim (capítulos 16) e sempre será
Assim, a salvação deve envolver confissão, (capítulos 712). Mesmo na morte, o povo
rejeição da auto-suficiência orgulhosa, depen- de Deus é vitorioso (12.1-3).
dência de Deus (Mc 8.34), e todos esses com- O que prevalece nesse livro é a idéia dos
Uma réplica do portamentos são magnificamente demonstra- quatro grandes reinos que serão seguidos por
portão de Istar, dos por Daniel, seus três companheiros e, mais um quinto reino (capítulos 2 e 7). Tradicio-
antiga Babilônia.
A primeira
tarde, o serão pelos Santos do Altíssimo. nalmente, os intérpretes consideram que es-
metade do livro ses reinos se referem à Babilônia, M EDO-
de Daniel relata
A vitória final dos santos PÉRSIA, GRÉCIA e ROMA, respectivamente.
acontecimentos de Deus Mas a identidade exata desses reinos é am-
da vida e Daniel também fez muitas revelações so- plamente discutida até mesmo entre os evan-
ministério de
bre o reino de Deus. A mensagem fundamen- gélicos.6 Apesar de haver dúvidas quanto aos
Daniel nas
cortes da tal de Daniel é de que, mediante qualquer detalhes exatos, a mensagem é clara e irrefu-
Babilônia e da circunstância, é possível viver uma vida de fé tável. Todos os reinos da terra são efêmeros,
Pérsia. e vitória com a ajuda de Deus. Deus reina não importando o quão impressionantes eles
possam parecer no momento. No final, o Fi-
lho do homem irá trazer o reino eterno do
Ancião de dias (7.14).
Apesar da promessa ser garantida, o resto
do livro descreve uma espera pela chegada
do reino eterno de Deus. Durante esse perío-
do, o povo sofrerá duras provações e persegui-
ções nas mãos dos líderes mundiais orgulho-
sos e incrédulos. As setenta semanas dos anos
(9.24-27) e a promessa de ressurreição (12.1-
3) pressupõem que os santos de Deus terão
que suportar as provações durante um perío-
do de tempo limitado. Mas aqueles que pas-
sarem por isso fielmente e esperarem o tempo
de Deus irão participar de sua vitória final.
Daniel é a fonte primária da escatologia do
Antigo Testamento. Junto ao livro de Apoca-
lipse no Novo Testamento, ele oferece muitos
dos dados que temos para as interpretações do
fim dos tempos. Mesmo que os cristãos discor-
dem entre si em relação a questões como a
volta de Cristo e os detalhes do seu reinado, a
questão mais importante é se a igreja nos dias
de hoje está vivendo de forma digna das suas
bênçãos e aceitação quando ele vier outra vez.
Em outras palavras, os detalhes da escato-
logia não são tão cruciais quanto a ética
escatológica: ter um comportamento imita-
dor de Cristo agora e neste mundo e viver
antecipando a sua volta. Daniel ensina que o
povo de Deus pode e deve ter uma vida santa
e reta mesmo sofrendo as injustiças dessa vida.
Somos encorajados a fazê-lo, pois um dia Deus
nos trará a vitória final.
433
Descobrindo os Profetas
malmente, eles argumentam que o autor iden- nosor como sendo seu pai, enquanto sabemos
tificou incorretamente figuras históricas e con- que Belsazar era filho de Nabonido, que pos-
fundiu certas datas dentro do livro. A seguir sivelmente não tinha nenhuma relação de
vamos discutir alguns desses problemas. parentesco com Nabucodonosor. Mas é de
conhecimento geral que os termos pai e fi-
A loucura de Nabucodonosor lho no hebraico e no aramaico são mais am-
Muitos estudiosos encaram com ceticismo plos que em nossa própria língua e podem ser
a loucura de Nabucodonosor (4.32,33). Al- usados para designar o ancestral real ou sim-
guns chegam a afirmar que não há sombra plesmente aquele que precedeu alguém no
de dúvida que o autor confundiu Nabuco- trono. Além disso, é possível que Nabonido
donosor com uma tradição sobre o pai de fosse, na verdade, genro de Nabucodonosor.20
Belsazar, NABONIDO (mencionado nos papi-
ros do Mar Morto).14 Mas evidências docu- Dario, o Medo
mentais dos últimos anos dentre os quarenta Outro comentário histórico em Daniel que
e três de reinado de Nabucodonosor são pou- os estudiosos supõem ser impreciso é a refe-
cas e as antigas referências mencionam ape- rência a DARIO, O MEDO, em 5.31. Fontes
nas uma doença grave antes de sua morte.15 cuneiformes da Babilônia comprovam que a
cidade da Babilônia caiu em outubro de 539
O rei Belsazar a.C., para o mais conhecido e famoso Ciro, o
O rei Belsazar tem um papel importante persa. Muitos acreditam que Dario, o medo, é
no livro de Daniel e três capítulos são datados absolutamente não-histórico.
como sendo do período do seu reinado (5, 7 e Em vez de supormos erros por parte do au-
8). Porém, tanto quanto sabemos, ele nunca tor antigo, há várias indicações que o mal-
assumiu o título de rei (apenas filho do rei) entendido é de nossa parte devido à falta de
nos registros da Babilônia.16 De fato, seu nome informações detalhadas. Um estudioso suge-
era tão pouco conhecido pelos historiadores riu que Dario, o medo, possa ser identificado
antes de ser decifrada a literatura cuneifor- com Gubaru um certo governador de uma
me na metade do século 19 que alguns consi- província da Babilônia.21 Ou Dario, o medo
deravam-no puramente uma invenção do au- pode ter sido um outro indivíduo também co-
tor de Daniel.17 Alguns estudiosos que anali- nhecido como Gubaru, que serviu não como
sam o livro de Daniel supõem que o autor governador de província, mas foi um dos con-
confundiu-se ou estava mal-informado sobre quistadores da Babilônia.22
a história da Neobabilônia, tendo em vista que Uma explicação completamente diferen-
o livro com freqüência refere-se a Belsazar te é de que o nome Dario, o medo é o nome
como rei e filho de Nabucodonosor. de trono dado a Ciro, o persa, e que ambos
Entretanto, sabemos que Belsazar foi esta- são, de fato, o mesmo indivíduo.23 Há evidên-
belecido como co-regente ao lado de Nabo- cias lingüísticas para a idéia de que Daniel
nido, seu pai, durante dez anos e exerceu 6.28 deve ser traduzido como: Daniel, pois,
autoridade real nesse período.18 O autor de prosperou no reinado de Dario, ou seja, no
Daniel relatou uma situação em que Belsazar reinado de Ciro, o persa. A palavra aramaica
era o rei em exercício, e não o co-regente ofi- para e (traduzida aqui como ou seja) al-
cial do Estado.19 A palavra aramaica para rei gumas vezes serve para esclarecer aquilo que
é mais ampla que seu significado em nossa a precede e, nesse caso, explica que os dois
língua. Era apropriado que o autor de Daniel nomes pertencem à mesma pessoa.24
se referisse a Belsazar como rei, tendo em vis- Independente de qual dessas explicações
ta que Nabonido aparentemente estava fora parece mais atraente, não devemos partir do
do cenário político naquela época. Na verda- pressuposto de que o livro de Daniel contém
de, o autor estava bem informado sobre a his- erros históricos. Antes da descoberta de do-
tória da Neobabilônia, pois ele sabia que Bel- cumentos babilônios relevantes, muitos estu-
sazar era apenas o segundo no reino e podia diosos supunham que Belsazar era completa-
oferecer fazer de Daniel o terceiro no reino mente fictício. Mas agora fica claro que o autor
(5.7,16,29). estava mais próximo da precisão histórica que
Muitos também supõem que o autor se con- se pensava antigamente. Apesar de ainda
fundiu em relação ao pai de Belsazar. O capí- haver diversas dificuldades históricas no li-
tulo 5 menciona com freqüência Nabucodo- vro, o autor de Daniel não estava confuso
435
Descobrindo os Profetas
quanto aos acontecimentos históricos como A segunda opção afirma que o livro em
vaticinium ex
eventu sugerem os estudiosos modernos. Devemos seu atual formato vem do século 2º a.C. Mui-
dar crédito ao autor e supor que qualquer tos estudiosos acreditam que a parte em ara-
inconsistência seja resultante da nossa pró- maico (2.4b-7.28) foi composta em alguma
pria falta de dados disponíveis. Cabe àqueles época do século 3º a.C. e depois incorporada
que querem desacreditar as Escrituras apre- na disposição atual durante a crise dos
sentar as provas. macabeus. Quanto Antíoco IV Epifânio ame-
açou destruir o Judaísmo em alguma época
Data da composição de 160 a.C., um autor vivendo na Judéia es-
Todas essas questões difíceis estão de uma creveu uma introdução em hebraico e as vi-
forma ou de outra ligadas ao problema mais sões dos capítulos 812 para fechar o livro. O
controverso: quando o livro foi escrito? Há, autor queria encorajar os judeus a continua-
basicamente, duas opções: ou ele vem do fi- rem sendo fiéis durante a crise e confiar no
nal do século 6º a.C. ou ele foi escrito durante livramento de Deus.
o 2º século a.C.25 A primeira opção enfatiza O segundo ponto de vista supõe que Da-
as diferenças entre Daniel e o resto da litera- niel tem muito em comum com o resto da
tura apocalíptica. A segunda opção ressalta literatura apocalíptica. Supõe também que o
as semelhanças. autor usou um pseudônimo, escrevendo com
Nossa primeira opção é aceitar que Daniel o nome de um Daniel mitológico, que era
é uma composição do final do século 6º a.C., vagamente conhecido em um outro lugar.26
e nesse caso ela deve ser uma profecia de pre- Nessa visão as profecias do livro são feitas de-
visão autêntica e não apenas uma profecia pois que os acontecimentos já ocorreram. O
depois do acontecimento (vaticinium ex autor as apresentou na forma futurista para
eventu, ver acima). Nesse caso, não é neces- encorajar os leitores a permanecerem fiéis a
sário presumir que o livro foi escrito sob um Deus.27 Esse ponto de vista parte do pressu-
pseudônimo como outros livros apocalípticos. posto de que o livro é um ataque à política
Portanto, os relatos em primeira pessoa das vi- antijudaísmo de Antíoco.
sões nos capítulos 712 são referentes ao Da- Uma das grandes dificuldades com essa se-
niel histórico. Essa visão parte do pressuposto gunda opção é o fato de ela supor que obras
de que o livro é aquilo que diz ser: um livro com pseudônimos foram aceitas no Cânon.
sobre o exilado Daniel, suas experiências nas Não temos nenhuma evidência conclusiva de
cortes da Babilônia e Pérsia e suas visões. que qualquer livro escrito por um autor com
um nome fictício foi aceito no Cânon.28 Mas se
esse fosse o caso, a comunidade cristã teria aceito
um documento desse tipo como parte das Es-
Termos-chave crituras durante um período bastante curto de
Cânon tempo (supostamente dois ou três séculos).
Literatura apocalíptica Além disso, obras com pseudônimos normal-
Apocalíptico intertestamental mente usavam nomes de heróis venerados no
Pseudônimo passado: Enoque, Abraão, Moisés, Esdras, e
Pessoas/ Escatológico assim por diante. Mas Daniel é praticamente
lugares-chave Período Vaticinium ex eventu
intertestamental
desconhecido fora do livro de Daniel.
Além do mais, a data do 2º século falha
Antíoco IV Epifânio Apocalíptico bíblico em explicar a grande influência que o livro
Nabonido Quiasmo teve na comunidade de QUMRAN como fica
Dario, o medo Ancião de dias claro nos papiros do Mar Morto. O grande
Belsazar Filho do homem número de fragmentos e cópias de Daniel
Medo-Persa Setenta e setes entre os papiros demonstra a popularidade do
Grécia Santos do Altíssimo livro em Qumran. Não teria havido tempo
Roma Macabeus suficiente para o livro de Daniel (composto
Qumran Abominação de desolação
recentemente) ter exercido uma influência
tão profunda na comunidade de Qumran.29
Concluindo, devemos considerar Daniel
como sendo uma obra apocalíptica bíblica,
uma subcategoria da literatura apocalíptica.
436
Daniel
Sumário
1. O livro de Daniel é classificado como uma 6. Daniel é a fonte primária para a escatolo-
obra de literatura apocalíptica e, em vá- gia do Antigo Testamento.
rios sentidos, é singular. 7. Há problemas de interpretação com o li-
2. As características da literatura apocalíptica vro de Daniel tendo em vista que ele foi
intertestamental são: presença de uma escrito em duas línguas diferentes e tam-
visão e necessidade de interpretação por bém porque a interpretação de cada um
meio de um mediador celestial, autor usa dos quatro reinos é difícil, bem como a
um pseudônimo, tem conteúdo similar visão das setenta semanas.
no sentido de que divide a História em 8. Estudiosos evangélicos e não-evangélicos
períodos e a História termina com um jul- discordam sobre a identidade dos quatro
gamento final, envolve aspectos tempo- reinos.
rais e espaciais e com freqüência usa um
evento ocorrido no passado e o escreve 9. Muitos estudiosos modernos usam a lou-
na forma de uma previsão para o futuro. cura de Nabucodonosor e os fatos sobre
Belsazar e Dario, o medo, como argu-
3. A literatura apocalíptica do Antigo Testa- mentos para concluir que o livro de Da-
mento não tem todas as características da niel é cheio de erros.
literatura apocalíptica intertestamental.
10. Os dois pontos de vista para a data de Da-
4. Há duas partes em Daniel: a história nar- niel apontam, um para o século 2º a.C. e
rativa (capítulos 16) e as visões (capítu- outro para o final do século 6º a.C.
los 712).
11. Um dos maiores problemas na teoria de
5. Os temas predominantes do livro de Da- que Daniel foi escrito no século 2º é que
niel são a soberania de Deus, o orgulho ela supõe que uma obra escrita com
autodestrutivo da humanidade e a vitória pseudônimo foi aceita no Cânon.
final do reino de Deus.
437
Descobrindo os Profetas
Leituras complementares
Baldwin, Joyce G. Daniel: An Introduction and Com- Russel, D. S. Daniel, An Active Volcano: Reflections on
mentary. Tyndale Old Testament Commentary. the Book of Daniel. Louisville: Westminster/John
Downers Grove: InterVarsity, 1978. Uma exposição Knox, 1989. Observação teológica de ajuda com
excelente, porém breve. muitas aplicações contemporâneas.
Collins, John J. Daniel: A Commentary on the Book of Wenham, Gordon J. Daniel: The Basic Issues, Theme-
Daniel. Hermenia. Minneapolis: Fortress, 1993. A lios 2, nº 2 (1977): 49-52.
melhor e mais completa apresentação dos estudos Wiseman, Donald J., org. Notes on Some Problems in
mais tradicionais. the Book of Daniel. Londres: Tyndale, 1965. Uma
Goldingay, John E. Daniel. Word Biblical Commentary 30. avaliação acadêmica das questões difíceis do livro de
Dallas: Word, 1989. Informativo e completo, porém Daniel a partir de um ponto de vista evangélico.
limitado em sua utilidade por causa do dogmatismo Young, E. J. The Prophecy of Daniel. Grand Rapids:
sobre a data mais recente de composição. Eerdmans, 1949.
Ela é apocalíptica em sua natureza (espe- Os capítulos 712 devem ter sua origem em
cialmente os capítulos 712), apesar de di- Daniel, pois as histórias dos capítulos 16
ferir significativamente da literatura apoca- são historicamente confiáveis. São convin-
líptica intertestamental. A forma apocalípti- centes as evidências de que o livro contém
ca bíblica foi, assim, a predecessora desse tipo previsões verdadeiras e não retrospectivas e
de literatura judaica em períodos mais re- a data do século 6º não deve ser descartada
centes, bem como no Cristianismo primitivo. precipitadamente.30
438
32 Oséias, Joel e Amós
Um chamado para o arrependimento
e uma promessa de bênção
Esboço
Oséias: Compartilhando o sofri-
mento de Deus
Esboço
O homem
Seus tempos
Objetivos
Principais temas do livro
Conteúdo do livro Depois de ler este capítulo,
você deve ser capaz de:
Oséias e o Novo Testamento
Delinear o conteúdo básico de Oséias.
Joel: O dia do Senhor
Descrever o período de tempo do ministé-
Esboço
rio de Oséias.
Pano de fundo de Joel
Relacionar os temas de Oséias.
A mensagem de Joel
Delinear o conteúdo básico de Joel.
Amós: Um pastor pela justiça social Delinear o conteúdo básico de Amós.
Esboço Identificar as oito nações contra as quais
Pano de fundo de Amós Amós profetizou.
A mensagem de Amós Relacionar as cinco visões de julgamento
sobre as quais Amós profetizou.
439
Descobrindo os Profetas
tuição sagrada tornou-se parte da religião de Oséias desafiou o povo de Israel a conhe-
Israel. Gradualmente, o povo convenceu-se de cer a Deus. O povo vivia uma vida que se
que Baal, e não o Senhor Deus, é que havia opunha completamente a Deus pois não o
oferecido a eles uma vida repleta de bênçãos. conhecia (4.1-3). Rejeitavam sua Lei e seus
A maior parte dos estudiosos situa o início profetas. Deus lamentou: O meu povo está
do ministério de Oséias no final do reinado de sendo destruído porque lhe falta o conheci-
Jeroboão. Nessa época, a Assíria era uma po- mento (4.6). Oséias pediu a Israel que se es-
tência em ascensão e iria estabelecer-se como forçasse para conhecer plenamente o Senhor
império mundial sob TIGLATE-PILESER III. pois, só então, poderia viver como ele espera-
Muitos em Israel viam essa nação como uma va (6.3).
possível aliada, mas Oséias os advertiu sobre
confiar na Assíria (5.13; 7.11). A História iria
O amor frustrado de Deus
provar de maneira trágica que as preocupações Quando Oséias experimentou a infideli-
de Oséias tinham fundamento. Como o profeta dade de Gômer, aprendeu mais sobre a dor e
não descreve especificamente a queda de Sa- a frustração que Deus estava sentindo por
maria, muitos intérpretes situam a data em que causa de Israel. A frustração de Deus apare-
o livro foi escrito pouco antes de 722 a.C. ce sempre de novo nas palavras de Oséias.
Deus amava o seu povo profundamente e ver
Principais temas do livro o seu adultério verdadeiramente o entriste-
cia. Ele sabia que teria que julgar o seu peca-
Adultério espiritual do e ainda assim, como poderia mandar o seu
Deus criou o casamento para o bem da povo sua própria noiva para o exílio?
humanidade. Ele ordenou que um homem e O amor de Deus prevaleceria no final.
uma mulher se comprometessem a amar um Mesmo que Israel o tivesse magoado, Deus
ao outro para o resto da vida. O adultério vio- expressou o seu amor especial pela nação no
lava a relação do casamento e desonrava essa capítulo de encerramento de Oséias. Se ela
instituição básica que Deus havia estabeleci- se arrependesse e confiasse nele, Deus a per-
do para o bem-estar da humanidade. doaria e a sararia. Faria dela aquilo que ele
Oséias declarou que, espiritualmente, Deus havia planejado desde o princípio sua pró-
e Israel eram marido e mulher. Israel havia se pria e bela noiva.
esquecido dos seus laços de matrimônio com
o Senhor e juntado-se com Baal e outros aman- Conteúdo do livro
tes. Ela havia escarnecido daquele amor divi-
A família de Oséias/a família de Deus
no que havia feito dela um povo. Ela havia
tomado os presentes de Deus e usado-os para (1.13.5)
adorar ídolos (2.8). Israel estava praticando Deus ordenou que Oséias se casasse com
nada menos que adultério espiritual. Gômer, uma mulher que provou ser infiel ao
A infidelidade de Gômer retratou em ní- profeta. Estudiosos já debateram a natureza
vel humano o adultério que Israel estava co- dessa ordem. O Senhor mandou que Oséias
metendo. Gômer desonrou a si mesma e ma- se casasse com uma mulher que já era sexual-
goou o seu marido; Israel desonrou a si mes- mente imoral ou Gômer tornou-se infiel de-
mo e entristeceu a Deus. pois de seu casamento com Oséias?
A linguagem explícita de Oséias (por exem- Alguns estudiosos encontram dificuldade
plo, 2.2,3,10) mostrava quão fundo Israel ha- em aceitar a idéia de que Deus mandaria um
via caído quando Deus chamou sua noiva de profeta seu casar-se com uma prostituta. Eles
volta para si. argumentam que Gômer tornou-se infiel de-
pois de Oséias ter se casado com ela e que
Conhecimento de Deus esse ponto de vista se encaixa melhor com a
A vida cristã é um relacionamento com o analogia de Deus e Israel (2.15). Nessa inter-
Senhor vivo. Deus chama as pessoas para pretação de texto, a expressão esposa adúlte-
conhecê-lo e crescer nesse conhecimento. A ra refere-se ao que Gômer se tornou depois
oração freqüente, o estudo da Bíblia e o en- de seu casamento com Oséias.
contro com outros crentes são algumas for- Outros estudiosos concentraram-se na ex-
mas que Deus usa para nos ajudar a conhecê- pressão hebraica traduzida como esposa adúl-
lo melhor. tera (NVI). As palavras significam literalmen-
441
Descobrindo os Profetas
Parte do vale de Deus que tanto os amava. As mensagens dos gelho, afirmou em 2.15 que Deus havia cum-
Jezreel, perto profetas, entretanto, não foram ouvidas. Is- prido a profecia de Oséias 11.1 outra vez
do Monte
rael não seguiu o exemplo de Jacó e não deu Do Egito chamei o meu Filho. Quando os
Tabor. O vale
contém as atenção às palavras dos profetas. inimigos de Jesus o desafiaram porque ele as-
ruínas de Deus advertiu Israel que seu julgamento sociava-se com pecadores, Jesus mandou que
Megido, da qual seria rápido. Ele iria tirar o seu rei, no qual ela aprendessem o significado de Oséias 6.6
é derivado o confiava plenamente. Deus iria mostrar que Pois misericórdia quero e não sacrifício (Mt
nome
o rei era fraco diante da ira e do poder divino. 9.13). Por fim, o apóstolo Paulo citou Oséias
Armagedom
(Jl 2). Samaria, a capital do norte, iria cair e seria 1.10,11 e 2.23 em Romanos 9.25,26. Paulo
terrível! explicou que Deus estava criando para si um
povo que iria incluir judeus e gentios. Gen-
A possibilidade de restauração tios que jamais haviam ouvido falar do Se-
(14.1-9) nhor se tornariam seus filhos mediante a fé
Apesar da acusação rigorosa dos pecados em Jesus Cristo.
de Israel que Oséias havia proferido, ele tam-
bém mostrou à nação que havia esperança
para ela e seus cidadãos. Ele chamou-os ao
arrependimento e ao reconhecimento de que
Joel: o Dia do Senhor
somente Deus poderia suprir suas necessida-
des. Em troca, Deus prometeu cura e bênçãos. Esboço
Oséias usou termos da agricultura para des- I. A praga de gafanhotos (1.1-20)
crever a futura restauração de Israel. Israel
iria florescer como a vide e como o lírio, criar II. O Dia do Senhor (2.1-17)
raízes como as árvores do Líbano e tornar-se
tudo aquilo que Deus queria que ela fosse. III. A resposta do Senhor
(2.183.21)
Oséias e o Novo Testamento
O Novo Testamento cita Oséias diversas Pano de fundo de Joel
vezes. Quando José e Maria trouxeram o me- Nos tempos de Joel, uma praga de gafa-
nino Jesus do Egito, Mateus, o escritor do evan- nhotos como o povo jamais havia visto desceu
443
Descobrindo os Profetas
sobre a terra. Joel descreveu essa praga como ranças de que o Senhor teria compaixão de-
sendo o Dia do Senhor (1.15; 2.1,11,31) e les e os restauraria.
chamou a nação ao arrependimento. Ele tam-
A resposta do Senhor (2.183.21)
bém advertiu que um dia ainda mais terrível
de julgamento estava por vir, um dia para o A resposta do Senhor para o seu povo foi
qual o povo precisava se preparar. composta de quatro partes. Primeiro, a terra
Sabemos muito pouco sobre as origens de seria restaurada. O Senhor teria compaixão
Joel além de que ele era filho de Petuel. O de seu povo e renovaria a natureza para que
nome Joel aparece em outras partes da Bí- as plantações crescessem em abundância. O
blia, mas não temos nenhuma evidência que Senhor iria remover os opressores e mostrar
ligue o profeta a qualquer outra pessoa com o sua glória e o povo de Deus se alegraria nele.
mesmo nome. Seu nome significa O Senhor Em segundo lugar, o povo passaria por um
é Deus. Estudiosos discordam sobre o perío- despertar espiritual. Joel declarou que um dia
do de ministério de Joel e sugerem datas que o Senhor iria derramar o seu Espírito sobre
vão de 900 a.C. a 400 a.C. Nós propomos uma pessoas de todas as camadas da sociedade
data que fica entre 500 a 450 a.C. por três homens e mulheres, jovens e velhos, escravos
motivos. Em primeiro lugar, o capítulo 3.1-3 e pessoas livres. Acontecimentos cataclísmicos
parece fazer referência ao exílio na Babilônia. acompanhariam esse derramamento e aque-
Em segundo lugar, Joel menciona sacerdotes le que chamasse pelo nome do Senhor rece-
e anciãos (1.13,14), mas não fala de nenhum beria a salvação (2.28-32). No dia de Pente-
rei, o que pode sugerir que Judá não tinha um costes, o apóstolo Pedro anunciou que o Se-
rei naquele determinado período. Tendo em nhor havia cumprido as palavras de Joel. O
vista que o profeta chamou toda a nação ao Espírito Santo havia sido derramado e estava
arrependimento, seria estranho se ele deixas- habitando em todos os crentes, capacitando-
se de lado a casa real. Em terceiro lugar, Joel os para que se tornassem como Jesus Cristo,
não menciona qualquer oposição por parte seu Senhor (At 2.14-21).
dos cultos pagãos, o que reflete as condições Em terceiro lugar, Deus iria julgar as na-
do período pós-exílio.7 ções que não se arrependessem. Ele iria ajun-
tar todos os que tivessem pecado contra ele e
A mensagem de Joel seu povo e iria pagá-los de acordo com sua
iniqüidade. Naquele dia, o mundo todo co-
A praga de gafanhotos (1.1-20) nheceria a soberania de Deus!
Joel retratou a praga de gafanhotos como Em quarto lugar, Judá receberia uma bên-
sendo de uma severidade incomum. Gera- ção especial bem como proeminência. Joel
ções anteriores não haviam testemunhado algo usou linguagem figurativa para descrever os
tão terrível e as últimas gerações certamente benefícios agrícolas, políticos, sociais e espiri-
se lembrariam. Joel comparou os gafanhotos tuais que estariam por vir. A natureza iria flo-
com um poderoso exército que destruía a ter- rescer quando Deus removesse os inimigos de
ra, deixando-a nua. Todas as partes da socie- Judá e o povo iria viver em harmonia, pois o
dade sentiram os efeitos da praga. Joel cha- seu Deus estaria habitando no meio deles.
mou o povo a humilhar-se e suplicar ao Se-
nhor, pois somente ele poderia salvá-los.
O Dia do Senhor (2.1-17) Amós: um pastor pela
Joel viu na praga de gafanhotos um sinal justiça social
daquilo que ainda estava por vir. Um dia de
escuridão e tristeza estava chegando e só Esboço
aqueles que tivessem o coração limpo diante
de Deus poderiam suportar esse dia. O profe- I. Endereçamento e introdução
ta desafiou o povo a voltar para Deus de todo (1.1,2)
o seu coração e não somente com sinais exter- II. Israel não é melhor que as outras
nos de arrependimento (vs. 12,13). Esse cha- nações (1.32.16)
mado ao arrependimento profundo é um pon-
to crítico no livro. Somente por meio do arre- III. Várias profecias contra Israel
pendimento e da fé o povo poderia ter espe- (3.16.14)
444
Oséias, Joel e Amós
IV. Cinco visões de julgamento tulo 1.1 não ajuda a precisar o início da profe-
(7.19.10) cia de Amós, pois não sabemos ao certo quan-
do esse desastre ocorreu.11 Uma referência
V. Promessas de restauração e tão precisa, entretanto, pode indicar que o
bênção (9.11-15) ministério do profeta foi relativamente curto.
Pano de fundo de Amós A mensagem de Amós
Amós trabalhava entre os pastores de
Tecoa, uma pequena cidade em Judá, apro-
Israel não é melhor que as outras
ximadamente quinze quilômetros ao sul de nações (1.32.16)
Jerusalém (1.1). A palavra hebraica traduzida Amós começou falando contra oito nações
como pastor (n)q@D) não é o termo comum que Deus havia separado para seu julgamen-
usado para o pastor de ovelhas. Ele só apare- to. Cada um dos oito discursos de julgamento
ce outra vez em 2 Reis 3.4 em que se refere a contém um anúncio do julgamento de Deus,
Mesa, rei de Moabe. Por causa desse fato, al- a razão para o julgamento e a natureza do
guns estudiosos sugerem que Amós era um julgamento. A maior parte dos pecados que
pastor abastado. Porém, esse argumento é ba- Amós menciona aparece somente aqui e não
seado em apenas duas ocorrências da palavra sabemos exatamente quando cada nação co-
n)q@D. Além do mais, o próprio Amós parece meteu seu crime.
enfatizar suas origens humildes (7.14). Amós Expressões numéricas tais como Por três
também trabalhava cuidando de sicômoros. pecados... mesmo por quatro ocorrem em
Certos tipos de sicômoros da Palestina produ- outras partes do Antigo Testamento (Jó 5.19-
ziam figos. O produtor de figo ajuda a fruta a 27; 33.14; Sl 62.11,12; Pv 6.16-19; 30.15b,
amadurecer fazendo nela uma pequena per- 16,18-20,21-23,29-31; Mq 5.5). Ao recorrer a
furação antes da colheita.8 essas expressões, Amós estava indicando que
Amós cresceu em Judá, mas Deus o en- Deus não usaria mais de sua graça para com
viou para profetizar em Israel. Certamente essas nações. Havia chegado o tempo de pa-
muitos israelitas olhavam para Amós com des- garem pelos seus pecados.
confiança (7.10-13). Ainda assim, Amós rea- Amós iniciou sua profecia com Damasco e
lizou fielmente o seu ministério profético. Ele a Filístia, dois reinos contra os quais Israel ha-
chamou Israel a se arrepender do seu pecado via sempre lutado. Damasco havia brutalizado
e estabelecer a justiça como lei daquela terra. os habitantes de Gileade, enquanto os filis-
Deus queria que seu povo o amasse e refletis- teus haviam deportado cativos israelitas para
se esse amor em relação ao próximo. Edom a fim de vendê-los como escravos. En-
Como Oséias, Amós profetizou durante o tão, Amós pregou contra Tiro, um reino que
reinado de Jeroboão II (793753 a.C.) e Uzias gozou de boas relações com Israel durante os
(Azarias) de Judá (792739 a.C.).9 A pros- reinados de Davi e Salomão (2Sm 5.11; 1Rs
peridade econômica e a estabilidade política 5.1-12). Tiro, uma cidade mercantil, havia
levaram à degeneração espiritual de Israel. vendido israelitas como escravos para Edom.
Essa degeneração espiritual tomava a forma Depois de proferir o julgamento contra Da-
de injustiça social. Os ricos exploravam os po- masco, Filístia e Tiro, Amós profetizou contra
bres; os poderosos dominavam os fracos. A Edom, Amom e Moabe, três parentes de san-
moralidade significava pouco ou nada. gue de Israel (Gn 19.36-38; 36.1). Edom, o
O livro de Amós não menciona a Assíria parente mais próximo, havia continuamente
especificamente. Essa omissão pode indicar feito guerra contra Israel e não havia mostra-
que a Assíria ainda não era uma grande po- do nenhuma compaixão por seus irmãos. Moa-
tência no antigo Oriente Próximo. Também, be havia profanado os ossos do rei de Edom,
tanto Jeroboão quanto Uzias governaram enquanto Amom havia assassinado fetos de
como co-regentes durante parte de seus rei- Gileade ao arrancá-los da barriga de suas mães.
nados. O fato de Amós só mencionar Jero- Amós voltou-se então para Judá, seu pró-
boão ou Uzias pode indicar que ele profetizou prio povo. Ao contrário dos crimes de outras
durante o tempo em que esses reis governa- nações, o crime de Judá era de natureza espi-
vam sozinhos. Se esse for o caso, podemos si- ritual. Judá havia abandonado a lei mosaica
tuar as profecias de Amós entre 767 a.C. e para seguir falsos deuses. Cada geração afun-
753 a.C.10 A referência ao terremoto no capí- dava mais em pecado. Amós anunciou que
445
Descobrindo os Profetas
Sumário
1. De que forma o casamento e o pano gem? Até que ponto sua mensagem
de fundo familiar de Oséias molda- se aplica à geração dele e até que
ram o ministério profético dele? De ponto teve aplicação no futuro?
que forma as suas origens afetam sua
4. Descreva as origens e o chamado de
percepção da vida?
Amós.
2. Oséias descreveu o adultério espiritual
5. Quais são alguns exemplos de injusti-
do povo. Por que a idolatria e a pros-
ças sociais contra as quais Amós pro-
tituição ocorriam juntas em Israel?
fetizou? De que forma nossa fé em
3. Qual o grande acontecimento nos Deus está relacionada com nossas
dias de Joel que moldou sua mensa- ações em relação a outras pessoas?
Muitos em Israel não gostaram da prega- sucesso. Amós respondeu afirmando o seu
ção do profeta. Eles reagiram à palavra de chamado profético. Deus o havia chamado
Deus rejeitando o seu mensageiro. Amazias, para profetizar e o havia equipado para com-
sacerdote de Betel, chegou a acusar Amós de pletar a tarefa (7.10-17).
traição e ordenou que ele voltasse para Judá A quarta visão que Deus mostrou a Amós
onde suas mensagens contra Israel fariam mais foi um cesto de frutas de verão, que significa-
448
Oséias, Joel e Amós
Leituras complementares
Allen, Leslie C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and Downers Grove/Leicester: InterVarsity, 1989. Bom
Micah. New International Commentary on the Old para alunos em nível universitário.
Testament. Grand Rapids: Eerdmans, 1976. Um co- McComiskey, Thomas E., org. The Minor Prophets: An
mentário mais avançado para o estudante sério. Exegetical and Expository Commentary. 3 vols.
Hubbard, David A. Hosea: An Introduction and Com- Grand Rapids: Baker, 1992-1998. Para o estudante
mentary. Tyndale Old Testament Commentary. sério em busca de estudos avançados. Rico em análi-
se textual e exposição.
vam que Israel estava madura para o julgamen- Promessas de restauração e bênção
to (8.1-3). Muitos no tempo de Amós mal po- (9.11-15)
diam esperar para o sábado acabar a fim de que
pudessem reabrir suas lojas e voltar a trapacear Amós encerrou o seu livro com uma men-
o povo com pesos e medidas desonestos (8.4- sagem de esperança. Apesar de todo o peca-
14). Amós advertiu o povo que Deus não se do de Israel, Deus ainda a amava. Um dia,
esqueceria daquilo que eles estavam fazendo. ele iria criar um mundo no qual a linhagem
A quinta e última visão (9.1-6) apontou de Davi voltaria à proeminência. Amós tam-
para a absoluta certeza do julgamento de bém falou de outras nações que iriam levar o
Deus. Ninguém iria escapar das mãos do Se- nome de Deus e gozar das bênçãos de Deus
nhor soberano. Ironicamente, aqueles que junto a Israel. Na vinda de Jesus Cristo e na
corressem para o Senhor (com arrependimen- fundação da sua Igreja vemos, pelo menos
to e fé) seriam justamente os que encontra- em parte, o cumprimento da profecia de
riam perdão e livramento. Amós (Lc 1.32,33; At 15.13-18).
449
33 Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque
e Sofonias
O plano de Deus para as nações
Esboço
Obadias: Edom cairá!
Esboço
A mensagem de Obadias
Jonas: Fugindo de Deus
Esboço Objetivos
Pano de fundo de Jonas
Depois de ler este capítulo,
A mensagem de Jonas
você deve ser capaz de:
Miquéias: Um zelote a favor da vida
Delinear o conteúdo básico do livro de
coerente com a aliança
Obadias.
Esboço
Delinear o conteúdo básico do livro de
Pano de fundo de Miquéias
Jonas.
A mensagem de Miquéias
Comparar as opiniões sobre as datas de
Naum: Nínive cairá! Jonas.
Esboço Contrastar a compaixão de Deus com a
Pano de fundo de Naum atitude de Jonas em relação a Nínive.
A mensagem de Naum Delinear o conteúdo básico do livro de
Miquéias.
Habacuque: Senhor, o que está
acontecendo? Identificar os temas da mensagem de
Miquéias.
Esboço
Delinear o conteúdo básico do livro de
Pano de fundo de Habacuque Naum.
A mensagem de Habacuque Explicar as causas da queda de Nínive.
Sofonias: Deus irá julgar toda a terra! Delinear o conteúdo básico do livro Habacu-
Esboço que.
Pano de fundo de Sofonias Delinear o conteúdo básico do livro de
A mensagem de Sofonias Sofonias.
451
Descobrindo os Profetas
gância de Edom (1b-4), a humilhação imi- III. Jonas prega para Nínive (3.1-10)
aramaísmos
nente de Edom (5-9) e a violência de Edom
contra Judá (10-14). Selá, a capital de Edom, IV. Jonas murmura sobre Nínive
alegoria ficava sobre uma pedra bem alta, o que torna- (4.1-11)
va fácil defendê-la. Assim, a cidade desen-
Pano de fundo de Jonas
volveu uma confiança arrogante que é ex-
pressada no versículo 3 Quem me deitará Jonas 1.1 só nos diz que ele era filho de
por terra? Amitai. O segundo livro de Reis 14.25 revela
Obadias advertiu os edomitas que o Se- que Jonas vivia em GATE-HEFER, uma cida-
nhor daria a eles a mais completa humilha- de no território tribal de Zebulom (Js 19.13).
ção. Ladrões e assaltantes só levavam aquilo Ele profetizou durante o reinado de Jeroboão
que eles podiam usar, mas Deus não deixaria II, rei de Israel (793753 a.C.) que deu certa
nada em Edom. estabilidade política. Espiritualmente, porém,
Edom havia cometido terrível violência o reino estava sofrendo.
contra seu irmão Jacó (Judá). Quando Jeru- Se Jonas registrou a sua própria história,
salém foi tomada, os edomitas capturaram os então seu livro é do 8º século a.C. Alguns
judeus fugitivos e os mataram ou então os estudiosos estabeleceram uma data vários sé-
entregaram para os babilônios. Eles se alegra- culos mais recente para o livro por causa de
ram com a derrota de Jerusalém. Judá não se supostas imprecisões e aramaísmos. Porém,
esqueceria tão cedo da perversidade de Edom nenhum desses argumentos é conclusivo e
(Sl 137.7). uma data pré-exílio parece ser mais provável.3
Outros estudiosos sugerem que o livro é uma
O Dia do Senhor (15-21) parábola ou alegoria e não deve ser entendi-
Obadias profetizou que o Dia do Senhor do literalmente. Mas o livro em si não dá ne-
traria consigo tanto julgamento quanto salva- nhuma indicação de que era essa a intenção
ção. Edom e outras nações iriam beber do cá- do autor. Além do mais, Jesus afirmou que
lice da ira de Deus por causa de seus pecados, Jonas pregou para Nínive (Mt 12.41).
mas Deus iria restaurar o seu povo a uma po-
sição de proeminência. Eles iriam possuir a A mensagem de Jonas
terra e viver em paz para sempre. Jonas quer as coisas do seu jeito
(1.1-16)
A ordem de Deus para Jonas foi clara
Jonas: fugindo de Deus Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e
clama contra ela, porque a sua malícia subiu
Hoje em dia, as pessoas tentam fugir de
até mim (1.2). Jonas, porém, decidiu que uma
Deus de muitas maneiras. Alguns tentam
viagem para leste, para Nínive, não fazia ne-
evitar Deus e as suas palavras em geral para
nhum sentido (4.2) e tentou fugir para oeste
que não se sintam culpadas pela maneira como
pegando um navio para Társis.
vivem. Outros evitam Deus enchendo a vida
O profeta rebelde subestimou a determi-
com a busca pelo poder e sucesso. Algumas
nação de Deus em mandá-lo para Nínive. O
vezes, até mesmo cristãos fogem de Deus se
Senhor fez cair uma grande tempestade so-
ele os chama para fazer algo que não querem.
bre o mar, aterrorizando os marinheiros. En-
Jonas fugiu do Senhor porque ele não que-
quanto isso, Jonas, a pessoa responsável por
ria fazer a vontade de Deus. Ele se conven-
aquele perigo, dormia sono pesado na parte
ceu de que sabia o que era melhor, mas no
de baixo do navio!
final, o profeta de Deus percebeu que ainda
Depois que o capitão o despertou, Jonas jun-
tinha muito o que aprender.
tou-se aos outros que estavam tentando deter-
minar por que aquela tempestade estava cain-
Esboço
do sobre eles. Quando Jonas explicou que ele
I. Jonas quer as coisas do seu jeito estava fugindo de Deus, eles ficaram mais ate-
(1.1-16) morizados ainda e tentaram desesperadamen-
te controlar o navio. Finalmente, eles aceita-
II. Jonas decide aceitar o jeito de ram a solução de Jonas e o lançaram para fora
Deus (1.172.10) do barco. A tempestade cessou imediatamente.
453
Descobrindo os Profetas
ça, misericórdia e um caminhar ao lado de nossos pecados nas profundezas do mar (7.19).
Deus. O Senhor desejava fidelidade que re- Podemos confiar que ele vai trabalhar em to-
sultasse em um viver de santidade. E é isso das as coisas para o bem da vida de seus filhos
que Deus ainda quer de seus filhos nos dias (Rm 8.28).
de hoje.
Infelizmente, ao olhar para a geração de
Miquéias, Deus declarou ver poucas vidas
assim. Em vez disso, ele via a prática de negó-
Naum:
cios desonestos, violência e engano (6.11,12). Nínive cairá!
O povo seguia os caminhos de Onri e Acabe,
dois reis perversos do passado de Israel (6.16). Esboço
Deus advertiu o seu povo: ele não permitiria
que esse pecado continuasse! I. O zelo e o poder de Deus
Miquéias terminou o seu livro com um la- (1.12.2)
mento pessoal (7.1-20). Ao procurar por toda
a nação, ele não conseguiu achar pessoas re- II. O cerco e a destruição de Nínive
tas. A injustiça era abundante e as pessoas (2.3-13)
buscavam apenas o seu próprio lucro. A lide-
III. A causa e a certeza da queda de
rança dava um mau exemplo ao aceitar su-
bornos. Miquéias lamentou que até mesmo Nínive (3.1-19)
dentro da família, a instituição fundamental Pano de fundo de Naum
da sociedade, não se podia achar segurança
Os inimigos do homem são os da sua pró- Sabemos muito pouco sobre o profeta Naum
pria casa (7.6). fora do livro que leva o seu nome. Naum 1.1 o
Ainda assim, Miquéias encontrou esperan- chama de elcosita, mas estudiosos não têm
ça em meio à tragédia. Ele ainda poderia ter a um consenso sobre a localização de Elcós.6 Al-
salvação pessoal e talvez outros também. Ele guns sugerem que Elcós era na Galiléia, ao
estava disposto a suportar a perseguição dos norte, enquanto outros sugeriram Judá como
inimigos de Deus, pois sabia que, um dia, Deus sua localização. Ainda outros apresentam a
iria lhe fazer justiça. O julgamento certamente idéia de que Elcós era próximo a Nínive, cida-
viria sobre aqueles que se opunham ao Senhor. de contra a qual Naum profetizou.
Miquéias encerrou seu lamento (e o livro) Podemos situar a data de Naum, pois ele
da mesma forma como muitos salmistas en- faz alusão a acontecimentos cujas datas são
cerraram os seus lamentos com uma ora- conhecidas. Naum menciona a queda de
ção (7.14-20). Ele orou para que Deus fosse o TEBAS (3.8), um fato que ocorreu em 663
pastor do seu povo como ele havia sido quan- a.C. O profeta também fala da queda de Ní-
do o trouxera para a terra prometida. Ele pe- nive, que ocorreu em 612, como ainda sendo
diu que o Senhor mais uma vez mostrasse o algo no futuro. Conseqüentemente, podemos
seu poder miraculoso, pois isso inspiraria o seu situar o ministério profético de Naum entre
povo e aterrorizaria seus inimigos. Miquéias 663 a.C. e 612 a.C. O livro de Naum, assim
também admitiu a completa singularidade de como o livro de Obadias, lida prioritariamen-
Deus. Não havia outro Deus compassivo o te com um reino estrangeiro. Durante o final
suficiente para perdoar o pecado de seu povo do século 7º a.C., surgiu uma luta pelo poder
para sempre. Miquéias afirmou que, em dias no Oriente Próximo quando a Assíria come-
vindouros, Deus mais uma vez mostraria a sua çou a entrar em declínio. Em 626, NABOPO-
fidelidade em todas as coisas. Ele confirmaria LASAR fundou uma dinastia caldéia indepen-
o seu relacionamento eterno com o seu povo dente na Babilônia e logo, com a ajuda dos
por causa da promessa que havia feito aos pa- medos, destruiu o império assírio. Não demo-
triarcas de Israel mil anos antes. rou para que Nabucodonosor levasse a Babi-
Podemos enfrentar circunstâncias difíceis lônia a alturas que não eram alcançadas des-
nos dias de hoje e sofrer pela nossa fé em Cris- de os dias de Hamurabi (17921750 a.C.).
to. O mal pode nos cercar e, então, nos per- Ao olhar para esse mundo, Naum viu a mão
guntamos por que Deus permite que ele con- de Deus movendo-se mais uma vez contra a
tinue. Nesses momentos, nossa esperança pre- Assíria. O profeta anunciou que Nínive, a
cisa estar sobre Deus que pode lançar fora os capital da Assíria, logo cairia para sempre.
456
Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias
desejo insaciável por poder. Muitos na socie- provável que o ministério de Habacuque te-
Babilônia
dade assíria também praticavam magia e adi- nha começado antes de 605, mas continua-
vinhação. Porém, qualquer coisa na qual Ní- do até um pouco antes da queda de Jerusa-
nive confiasse iria falhar, pois Deus iria lém em 587.
envergonhá-la diante das nações e amontoar
desgraças sobre ela. A mensagem de Habacuque
Naum instruiu Nínive a preparar-se para a
Habacuque em conflito com os
sua ruína final (vs. 8-19). Tebas, o orgulho do
propósitos de Deus (1.12.20)
Egito, havia caído e agora o mesmo acontece-
ria com Nínive. Não haveria por onde esca- Habacuque começa o seu conflito teológi-
par, só destruição inevitável. O resto do mun- co com um clamor de confusão (1.2): Até
do, que havia sofrido sob o jugo de opressão quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me
da Assíria, receberia as notícias da queda de escutarás? Habacuque sabia que Deus ama-
Nínive com estrondoso aplauso. va a justiça e detestava a injustiça, então, por
que Deus permitia que a injustiça continuas-
se em Judá? Habacuque levou suas preocu-
Habacuque: Senhor, o pações direto para o Deus soberano. Deus nos
convida para que também levemos a ele nos-
que está acontecendo? sos conflitos e preocupações
Deus respondeu (1.5) que tinha grandes
Você alguma vez já sentiu que o modo de planos que iriam deixar Habacuque boquia-
agir de Deus não fazia nenhum sentido? Se berto ele estava levantando o exército da
você já se sentiu assim, então não está sozi- Babilônia. Deus iria usar essa nação poderosa
nho. O profeta Habacuque lutou com essa para julgar Judá.
mesma questão. Ele não podia entender por- Habacuque ficou totalmente confuso
que Deus ia trabalhar de determinada ma- (1.122.1). Como Deus podia usar um povo
neira. Ao lermos Habacuque, veremos que o perverso como os babilônios para julgar Judá?
profeta aprendeu uma importante lição: tal- Certamente Judá merecia o julgamento de
vez nem sempre ele entenderia os caminhos Deus, mas é claro que não nas mãos dos babi-
de Deus, mas ele podia sempre confiar no lônios! De que maneira Deus poderia usar
Senhor, independente das circunstâncias. uma nação ainda mais perversa que Judá
como seu instrumento de julgamento contra
Esboço o seu povo?
I. Habacuque em conflito com os Mas é claro que Deus tinha uma resposta
propósitos de Deus (1.12.20) (2.2-5). Ele disse a Habacuque para escrever
A. O primeiro conflito de Habacu- a visão, pois o julgamento aconteceria muito
que (1.1-11) em breve, exatamente como Deus havia dito.
B. O segundo conflito de Habacu- Havia duas reações possíveis diante de tal
que (1.122.20) calamidade. Uma era continuar arrogante e
orgulhoso como os babilônios. A outra era vi-
II. Habacuque submete-se aos ver pela fé, sabendo que Deus ainda estava
propósitos de Deus (3.1-19) no controle.
Habacuque 2.4 O justo viverá pela sua
Pano de fundo de Habacuque fé aparece três vezes no Novo Testamen-
O nome de Habacuque aparece apenas to (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38). Pela fé em
em seu livro (1.1). Fora isso, não sabemos muito Jesus Cristo recebemos a retidão de Deus. O
mais sobre ele. Espírito Santo nos capacita para que vivamos
Habacuque viveu durante os últimos dias pela fé e com justiça. Essa afirmação de Ha-
de Judá. A maior parte dos estudiosos situa o bacuque é o cerne da teologia cristã. Deus
seu ministério antes de 605 a.C., quando a nos chamou para sermos salvos pela fé e para
Babilônia, sob o governo de Nabucodono- vivermos por ela.
sor, tornou-se uma potência mundial (1.5).7 Habacuque começou então uma série de
As palavras de Habacuque contra a Babilô- ais contra os babilônios (2.6-20). Os babilônios
nia (2.5-20) deixam implícito que ela já ha- tinham ido longe demais e logo pagariam por
via transformado-se em uma nação forte. É isso. Eles haviam lucrado às custas dos outros,
458
Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias
O Rolo do
Templo, dos
Papiros do Mar
Morto.
Arqueólogos
descobriram
este e muitos
outros rolos no
antigo povoado
de Qumran
perto do Mar
Morto. Textos
como esse nos
ajudam a
compreender
melhor como os
escribas da
antigüidade
passavam
adiante cópias
das Escrituras
ao longo dos
séculos.
A mensagem de Sofonias
Pessoas/ Julgamento contra Judá
lugares-chave (1.12.3)
Nabopolasar Depois de uma declaração referente ao jul-
Gate-hefer gamento geral de Deus sobre a criação, Sofo-
nias concentrou-se em Judá. Muitos adora-
Termos-chave Moresete
Tebas vam Baal, Milcom e o exército do céu (1.4,5),
Aramaísmos Edom enquanto outros adotavam uma visão estag-
Alegoria Nínive nada de Deus O Senhor não faz bem,
Belém nem faz mal (1.12). O Dia do Senhor traria o
castigo para todos os cantos rebeldes de Jeru-
salém. Sofonias advertiu Judá para preparar-
se para aquele dia. Aqueles que se humilhas-
sem diante do Senhor poderiam escapar do
Sofonias situa o seu ministério no reino de desastre que estava por vir (2.1-3).
Josias (640609 a.C.). No décimo oitavo ano
do reinado de Josias o Livro da Lei foi desco- Julgamento contra as nações
berto no templo e essa descoberta levou a um (2.4-15)
período de reavivamento espiritual em Judá Assim como outros profetas, Sofonias afir-
(2Rs 22.323.7). Tendo em vista esse fato, mou a soberania de Deus sobre todas as na-
muitos propõem que Sofonias profetizou no ções e não somente Israel e Judá. Os países
início do reinado de Josias, antes que ocorres- vizinhos como a Filístia, Moabe e Amom pa-
se o reavivamento.9 Já que Sofonias 2.13 men- gariam o preço pela sua iniqüidade (vs. 4-11).
ciona a queda de Nínive como um aconteci- Um dia, eles iriam cair e os fiéis a Deus iria
mento futuro, ao que parece o seu ministério tomar deles todas as suas posses. As nações
terminou antes de 612 a.C. mais distantes também não escapariam. Os
Sumário
1. A mensagem que Deus deu ao profe- disse que o rei de Deus nasceria em
ta Obadias concentrava-se no julga- Belém.
mento de Edom por causa de sua vio- 6. Naum inclui três ciclos que descrevem
lência contra Judá. vingança sobre Nínive e compaixão
2. Jonas queria fazer as coisas do seu jeito para com Judá.
em vez de fazê-las do jeito de Deus e 7. O livro de Habacuque nos conta tudo
por isso foi engolido pelo grande peixe. o que se sabe sobre o profeta Haba-
3. Jonas ficou irado com Deus porque o cuque.
Senhor não destruiu Nínive depois 8. Habacuque questionou o que Deus
que o profeta havia feito uma viagem estava fazendo, mas estava determi-
de tão longe para aquela cidade. nado a ter fé independente do que
4. A profecia de Miquéias estava viesse acontecer.
centrada nos temas da injustiça social, 9. Sofonias profetizou julgamento contra
verdadeira adoração e falsa segurança. Judá e as nações, mas também previu
5. Miquéias ofereceu palavras de enco- bênçãos futuras para as nações.
rajamento para o povo de Deus e
460
Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias
Leituras complementares
Allen, Leslie C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and McComiskey, Thomas E., ed. The Minor Prophets: An
Micah. New International Commentary on the Old Exegetical and Expository Commentary. 3 vols.
Testament. Grand Rapids: Eerdmans, 1976. Um co- Grand Rapids: Baker, 1992-1998. Para o aluno sério
mentário mais avançado para o aluno sério. em busca de estudos avançados. Rico em análise tex-
Baker, David W., T. Desmond Alexander e Bruce K. tual e exposição.
Waltke. Obadiah, Jonah, Micah. Tyndale Old Testa- Robertson, O. Palmer. The Books of Nahum, Habakkuk,
ment Commentary. Downers Grove/Leicester: Inter- and Zephaniah. New International Commentary on
Varsity, 1988. Bom texto em nível universitário. the Old Testament. Grand Rapids: Eerdmans, 1990.
Baker, David W. Nahum. Habakkuk, Zephaniah: An Intro- Para o aluno sério. Contém amplas notas de rodapé
duction and Commentary. Tyndale Old Testament para estudos complementares.
Commentary. Downers Grove/Leicester: InterVarsity,
1988. Boa leitura básica para nível universitário.
ETÍOPES (cuxitas) morreriam pela espada (v. Sofonias prometeu que o Senhor traria justi-
12) e a Assíria, inimiga de longa data de Israel ça verdadeira sobre todas as nações no dia da
e Judá, receberia a devida recompensa por sua ira (v. 8).
sua arrogância (vs. 13-15).
Restauração de Israel e das nações
Julgamento contra Judá e as nações (3.9-20)
(3.1-8) Sofonias encerrou o seu livro com uma
Jerusalém não escaparia da correção de mensagem de esperança. O dia do julga-
Deus. A liderança corrupta estava presente mento de Deus também traria a cura e res-
em todos os níveis realeza, juízes, profetas tauração de Deus. O Senhor iria purificar
e sacerdotes. Esses líderes não confiavam no os lábios do seu povo para que eles pudes-
Senhor e nem davam ouvidos à sua palavra. sem servi-lo com fidelidade. Ele removeria
461
os orgulhosos e exaltaria os humildes e da- O profeta permitiu que o povo pudesse es-
ria ao seu povo segurança em sua terra. Tais piar o que o futuro traria a fim de motivá-los a
bênçãos normalmente fariam com que o viver uma vida agradável a Deus. Nós tam-
povo se regozijasse sobre o Senhor, mas So- bém devemos entregar nossa vida ao Senhor
fonias afirmou que Deus se regozijaria so- diariamente, em atitude de gratidão por tudo
bre eles! o que ele fez, tem feito e irá fazer por nós.
Epílogo
Uma palavra final
vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus tra-se no futuro. A vinda do Messias e o reino
Heilsgeschi-
enviou seu Filho... de Deus são acontecimentos que ainda estão
chte
Gálatas 4.4 por vir.
O Cristianismo, por outro lado, deixou cla-
Chegamos, agora, ao final do assunto. Ou
ro desde seu início que o Novo Testamento
será que não? O Antigo Testamento não tem
cumpre e complementa o Antigo. As genea-
uma resolução ou conclusão claramente de-
logias de Jesus apresentadas pelos escritores
finida. Em vez disso, o Antigo Testamento
dos evangelhos (Mt 1.1-16; Lc 3.23-28) afir-
termina com uma expectativa, a espera de
mam explicitamente que o Messias havia che-
uma revelação mais completa que traria o
gado e que ele era a culminação das profecias
novo reino e seu Messias. As muitas e varia-
do Antigo Testamento. Ao longo do Novo
das profecias do Antigo Testamento sobre a Testamento, os escritores enfatizam repetida-
vinda do Filho de Davi e sua nova era apon- mente essa ligação íntima entre os aconteci-
tavam para um tempo futuro. Ainda assim, mentos dos seus dias e o Antigo Testamento
não se pode dizer de qualquer pessoa do An- por meio de citações como: Ora, tudo isto
tigo Testamento que ela foi esse Messias e aconteceu para que se cumprisse o que fora
certamente não houve nenhum período na dito pelo Senhor por intermédio do profeta
história de Israel que trouxesse consigo uma (Mt 1.22; ver também Lc 24.4-47). E a igreja
era messiânica. primitiva reconhecia claramente e afirmava
Nesse sentido, cada leitor do Antigo Tes- a importância do Antigo Testamento para a
tamento é confrontado com uma importante fé cristã.2 A organização do Antigo Testamento
questão: Tendo em vista que o Antigo Tes- no Cânon cristão (ver capítulo 1) proposita-
tamento afirma que Deus revelou-se na anti- damente amarra o Antigo Testamento ao
ga Israel e que irá se revelar ainda mais no Novo. Ao concluir com os profetas, a coleção
futuro, o que dizer dessas afirmações teológi- do Antigo Testamento se encerra com uma
cas? Ou, em outras palavras, De que forma previsão final do dia em que aquele maior
as afirmações feitas no Antigo Testamento que Davi iria vir (Ml 3.1).
foram resolvidas ao longo da História? O Mas isso levanta uma das questões mais
Antigo Testamento apresenta claramente complicadas sobre a leitura da Bíblia: de que
uma história de redenção e promessa, uma maneira o Antigo e o Novo Testamentos es-
história da salvação (Heilsgeschichte). Mas tão relacionados entre si? Alguns podem di-
como um estudioso observou, é uma história zer que o Antigo Testamento não tem rela-
de salvação que nunca chega de fato à salva- ção com a cultura moderna; aliás, muitos cris-
ção. E essa história não está totalmente com- tãos o deixam de fora de suas leituras bíblicas,
pleta pois nunca chegou ao um ponto final.1 quer intencionalmente ou por negligência.
Na história da religião, existem apenas duas Mas assim como os cristãos primitivos, deve-
respostas possíveis para essa questão uma mos afirmar que o Antigo Testamento é a
apresentada pelo Judaísmo e a outra ofereci- Palavra de Deus para os nossos tempos. A
da pelo Cristianismo. O Judaísmo crê que as questão não é se devemos ler ambos os Testa-
verdades declaradas no Antigo Testamento mentos, mas sim como devemos lê-los juntos.
foram preservadas nas tradições farisaicas do Exatamente de que maneira eles se relacio-
Mishna (aproximadamente 200 d.C.) e, final- nam entre si? Devemos definir esse relacio-
mente, no Talmud (um comentário sobre o namento como algo que vai além da ligação
Mishna escrito na Palestina e Babilônia). Sob promessa-cumprimento, tendo em vista que
esse ponto de vista, o ápice das esperanças e uma boa parte do Antigo Testamento trata
expectativas do Antigo Testamento encon- de outras coisas além dessa promessa. Da
475
Epílogo
476
realizados festivais religiosos anuais e
Glossário
oferecia um importante fator de unifi-
cação para esses grupos que, fora isso,
eram bastante diferentes entre si. Em
1930, Martin Noth sugeriu que o sis-
tema de doze tribos de Israel era socio-
Abominação de desolação Termo acordos tinham obrigações de compro- logicamente análogo ao modelo grego.
usado para uma ação ou imagem idóla- metimento para ambos os lados. Este é
tra. Alguns afirmam que se refere às um conceito teológico bastante rico na Antiga Idade do Bronze Termo usa-
quatro passagens do livro de Daniel que Bíblia, tendo em vista que Deus sub- do por arqueólogos e historiadores do
relatam a profanação sacrílega cometi- mete-se a um relacionamento de alian- antigo Oriente Próximo para referirem-
da por Antíocos IV Epifânio, rei pagão ça com os seres humanos no qual ele se ao terceiro milênio a.C., também
da Síria, que sacrificou um porco no também aceita ter obrigações. chamado, na Palestina, de Idade
altar sagrado diante do templo de Jeru- Cananita (por volta de 33002000
salém em 168 a.C. Quando usado por Amilenismo Ver milênio. a.C.). Essa foi a era de grandes desen-
Jesus (Mt 24.15; Mc 13.4) e por Pau- volvimentos por todo o antigo Orien-
Amonita Língua de Amom, da mes- te Próximo. Na Síria-Palestina, a anti-
lo, entretanto, o termo possivelmente ma família que o hebraico e o aramaico.
refere-se àquele sacrilégio futuro rela- ga idade do bronze testemunhou o sú-
cionado com o Anticristo e a segunda Amorita Língua da mesma família bito florescimento da população e ur-
vinda de Cristo. que o hebraico e aramaico. Por ser a banização. Essa foi uma transição rápi-
língua ancestral do aramaico, ela ajuda da de uma vida em vilas sem muros
Acádio Língua usada pelos assírios a esclarecer a compreensão de certos para a fortificação de diversos locais.
e babilônios, que era da mesma família aspectos do hebraico da Bíblia. Os No Egito e na Mesopotâmia, a antiga
de línguas que o hebraico semítico e o amoritas dominaram a história da Me- idade do bronze marcou a ascensão e
aramaico. Os acádios eram um grupo sopotâmia durante o segundo milênio queda dos primeiros grandes impérios
semita que subiu ao poder durante o a.C. e acabaram estabelecendo um im- da humanidade: o Antigo Império no
último quarto do terceiro milênio a.C. portante centro de poder ao sul, na Ba- Egito e os Impérios Sumério-Acádios
e ocupou a parte sul da Mesopotâmia bilônia, no Eufrates e ao norte, em na Mesopotâmia.
com os sumérios.
Assur e Nínive ao longo do Tigre. Antropomórfico Que tem qualida-
Acróstico Um poema alfabético no des humanas (nesse contexto, o termo
Anais reais Registros oficiais man-
qual a primeira letra de cada linha é a está relacionado especificamente com
tidos nos arquivos reais nos reinos do
letra seguinte do alfabeto hebraico. As- a terminologia bíblica usada na apre-
antigo Oriente Próximo que provavel-
sim, há vinte e duas linhas ou versos, sentação ou descrição de Deus).
mente davam uma lista das atividades
uma linha ou verso para cada uma das
políticas de cada rei (por exemplo, 1Rs Apocalíptico intertestamental Li-
vinte e duas letras do alfabeto. Em al-
11.41; 14.19; 15.31). teratura escrita no período intertesta-
guns exemplos, mais de uma linha co-
meça com a mesma letra (ver Sl 119 e Ancião de Dias Título dado a Deus mental e caracterizada por algum tipo
Lm 3). em Daniel 7. Daniel previu quatro rei- de visão, a revelação inicial de algo que
nos representados por animais que eram normalmente é simbólico e misterioso
Aforismo Uma declaração breve e requer a interpretação de um media-
crescentemente terríveis em aparência
que agrupa verdades religiosas de um dor celeste. O nome do autor, quando
e conduta. Enquanto Daniel observa-
modo geral. Aforismos podem ser en- aparece, é quase sempre um pseudôni-
va, ele viu o Ancião de Dias e aquele
contrados na maior parte dos livros mo e muitos desses livros afirmam que
como Filho do homem (um título que
sagrados das religiões antigas. Apesar seus autores são heróis da fé israelita
Jesus usou para si mesmo em Mt 16.27;
dos aforismos aparecerem na Bíblia, eles que viveram séculos antes das obras
24.30; 26.64; Mc 8.38; 13.26, etc.), e
aparecem contrastando com a narrati- serem escritas (Enoque, Abraão, Isaías,
estabelecerem juntos um quinto e eter-
va histórica de Israel. Esdras). Tais escritos também têm um
no reino, um reino dos santos do
Altíssimo. conteúdo em comum. Preocupados
Alegoria Uma história que contém
com o futuro e com a freqüência reve-
um significado oculto ou simbólico.
Anfictionia Associação de doze lando um julgamento escatológico, es-
Aliança Termo hebraico (berit) que membros reunida em torno de um tem- ses livros normalmente dividem a His-
descreve um relacionamento de união plo religioso central em Delfos, na tória em períodos distintos de tempo,
entre dois parceiros humanos ou entre Grécia, por volta de 600 a.C. Os doze e esta culmina com um julgamento fi-
Deus e os seres humanos. O conceito membros tinham o compromisso de nal que recompensa os bons e castiga
tem uma origem legal e descreve um coexistir pacificamente entre si e unir os maus no pós-vida. Essa literatura é
acordo entre duas pessoas, quando tal forças contra agressões estrangeiras. O sensível à distinção entre o mundo es-
acordo não existia por natureza. Esses santuário central era um local onde eram piritual e o mundo físico, tendo em vista
477
Glossário
que anjos ou demônios algumas vezes tado, incluindo as listas de reis, livros tas e armas. O período calcolítico vêm
representam o mundo sobrenatural ou dos anais ou crônicas que supostamen- imediatamente antes do neolítico,
então aquele que está tendo a visão é te listavam as atividades políticas de quando surgiram as primeiras culturas
transportado por meio de uma jornada cada rei, inscrições reais, épicos histó- sedentárias no início da História da
celestial. Muitos desses escritos utili- ricos e dados biográficos. humanidade.
zam uma técnica que talvez tenha sido
usada por Daniel em que um aconteci- Astarote Deusa cananita do mar e Cânon Palavra grega (kanon) que
mento conhecido do passado é proje- consorte de Baal, deus da agricultura e significa regra. Nos estudos da Bíblia, o
tado para o futuro como que em uma fertilidade. Os israelitas começaram a termo conota uma coleção de livros
previsão. Apesar do livro de Daniel e adorar essas duas divindades, constru- aceitos como regra de fé e prática e,
outras passagens proféticas do Antigo indo santuários para elas e adotando os portanto, providos de autoridade. Para
Testamento terem muitas característi- ritos sexuais de fertilidade que acom- uma discussão sobre esse termo, ver
cas apocalípticas, eles apresentam uma panhavam sua adoração, incluindo a capítulo 1.
grande diferença em relação aos livros prostituição sagrada.
Cartas de Amarna Quase quatro-
do período intertestamental e, portan- Baal O mais importante deus do centas cartas do século 14 a.C. encon-
to, são classificados em uma subcate- panteão cananita, seu nome significa tradas em El Amarna, no Egito, entre
goria chamada de literatura bíblica apo- mestre. Baal era o deus da fertilidade Mênfis e Tebas. A maior parte das car-
calíptica. e era adorado extensivamente na parte tas está em acádio e foi escrita por reis
Apócrifo Termo relacionado espe- ocidental da Ásia, da Babilônia até o ou governantes que eram vassalos na
cificamente aos livros adicionais que Egito. Síria-Palestina para Amenotepe IV
estão fora do Cânon tradicional de ses- (Akenaton) e seu pai Amenotepe III.
Baalismo cananita Religião
senta e seis livros. Eles foram incluídos cananita de adoração a Baal, com a qual Casamento de levirato Lei do An-
na Bíblia católica; em geral, o termo a fé hebraica experimentou conflitos tigo Testamento que garante filhos para
significa oculto, escondido e refere- ideológicos significativos durante o rei- o membro falecido de uma família (Dt
se a qualquer escritura extracanônica. nado de Acabe, pois a apostasia reli- 25.5,6). Quando um homem israelita
giosa de Acabe o levou a confundir morria sem ter deixado filhos do sexo
Árabe Língua da mesma família do
Baal, o deus cananita da fertilidade, com masculino, seu parente mais próximo
hebraico e aramaico.
Iavé e, assim, profanar a aliança entre deveria casar-se com a viúva e dar con-
Aramaico Língua semita bastante Iavé e Israel. tinuidade à família mediante o filho pri-
parecida com o hebraico em seu voca- mogênito do novo casamento, que de-
Baal-Zebube Divindade que era
bulário e morfologia básica, na qual veria levar o nome e a herança do pri-
uma forma de Baal adorada pelos filis-
foram escritas algumas partes do Anti- meiro marido.
teus em Ecrom. Acazias, que foi culpa-
go Testamento (Gn 31.47b; Ed 4.8
do de continuar tanto a religião cana- Cidades-estado Estados soberanos
6.18; 7.12-26; Jr 10.11b; Dn 2.4b nita da fertilidade quanto a adoração que consistiam em uma cidade autô-
7.28). O termo aramaico é originá- idólatra do bezerro de Jeroboão I, te- noma e suas dependências. Exemplos
rio do nome pré-helenístico da Síria meu que um ferimento que ele havia do Antigo Testamento incluem as ci-
Arã. Apesar dos arameus nunca terem recebido seria fatal (2Rs 1) e, por isso, dades-estado cananitas de Tiro e Sidom.
formado um império poderoso, sua lín- mandou mensageiros para a Filístia a
gua teve impacto sobre todo o Oriente fim de perguntar a Baal-Zebube sobre Código de santidade Nome dado a
Próximo, em parte porque usava um sua saúde o que resultou na Levítico 1727, uma porção da Lei
sistema de escrita alfabético ao contrá- intercepção do mensageiro por Deus e dedicada ao viver correto fora do ta-
rio do mais trabalhoso sistema cunei- na advertência de Elias. bernáculo.
forme. O aramaico acabou transforman-
do-se na língua comum do Judaísmo Beemote Em Jó 40, provavelmente Creatio ex Nihilo Frase em latim
pós-bíblico, como podemos observar refere-se ao hipopótamo como um sím- que significa criação a partir do nada.
no Mishnah, Midrash e Talmud. bolo de força, resistência e natureza apa- A igreja primitiva confrontou certas
rentemente indestrutível que Deus usou heresias que ensinavam que Deus ha-
Aramaísmos Palavras ou expres- para contrastar o seu grande poder com via criado o mundo como matéria
sões no texto hebraico do Antigo Tes- a ignorância do ser humano. preexistente não criada e que ele usou
tamento que sugeriam que a linguagem como matéria-prima. Mas as evidên-
havia sido influenciada pelo aramaico. Calcolítico Termo usado por ar- cias bíblicas levaram à convicção de
queólogos e historiadores para a últi- que Deus havia criado o universo a
Arquivos Lugares onde registros pú- ma das idades da pedra no Oriente partir do nada (Sl 33.6,9; Hb 11.3).
blicos ou outros documentos históri- Médio, por volta de 4200 a 3300 a.C.
cos eram mantidos e preservados. No Durante o período calcolítico, a pe- Crescente fértil Área de solo fértil
antigo Oriente Próximo, os arquivos dra foi substituída pelo cobre como que junta as três sub-regiões geográfi-
continham os registros oficiais do Es- material predominante em ferramen- cas do Oriente Próximo (Mesopotâ-
478
Glossário
mia, Síria-Palestina e Egito). A maior do Cânon. Essa visão oferece uma cor- Crônicas Anais que, no antigo
parte do terreno do mundo antigo era reção útil às tendências detalhistas de Oriente Próximo, relacionavam as ati-
irregular e imprópria para a vida hu- seus predecessores críticos. vidades políticas de cada rei; eram re-
mana; até mesmo as terras férteis eram gistros oficias de Estado mantidos nos
cercadas de cadeias de montanhas qua- Crítica da redação Visão crítica do arquivos reais.
se intransponíveis ao norte e vastos de- estudo do Pentateuco originária da hi-
sertos ao sul. As terras planas da Cres- pótese documentária de Wellhausen e Cuneiforme Sistema de escrita in-
cente e uma abundância de água fizeram que procura explicar cientificamente de ventado pelos sumérios por volta de
dessa área o berço da civilização. que forma as quatro fontes separadas 3100 a.C. Formatos semelhantes à cu-
(JEPD) foram editadas em conjunto; nhas eram inscritos em placas de argila
Crítica da fonte Visão crítica do esse ponto de vista não encontrou molhada, em pedra ou metal para re-
estudo bíblico chamada com freqüên- muito consenso entre os estudiosos. presentar palavras.
cia de Hipótese Documentária, que
busca a resposta para a questão: Quem Crítica da tradição Ramificação da Decálogo Nome grego dado aos Dez
escreveu o Pentateuco? e afirma que o crítica da forma, desenvolvida na pri- Mandamentos (Êx 20; Dt 5).
Pentateuco foi compilado a partir de meira metade do século 20 e que se
dedicou à tradição oral, ou seja, à his- Dia do Senhor Conceito que ocor-
quatro fontes separadas; seu protago- re com freqüência tanto nos escritos
nista de maior destaque foi Julius tória oral, pré-literária de vários tipos
literários. Essa visão foi bastante di- dos profetas quanto no Novo Testa-
Wellhausen e suas reconstruções eram mento. Inclui três elementos: o julga-
dominadas pelo supernaturalismo e fundida por Martin Noth, que acredi-
tava que a escrita veio bem tarde no mento de Deus contra o pecado, a lim-
pelo pensamento filosófico-evolutivos, peza e purificação do povo de Deus e a
negando praticamente qualquer vera- desenvolvimento das fontes literárias
do Antigo Testamento e que os tipos salvação do povo de Deus.
cidade histórica dentro do Pentateuco
e não dando espaço para a intervenção literários refletem uma longa tradição Diálogos Obras literárias em forma
divina na História e nem para a singu- de transmissão oral, de forma que as de conversação entre duas ou mais pes-
lar revelação de Deus. fontes do Pentateuco desenvolveram- soas. Diálogos foram encontrados com
se ao longo de muitos séculos antes que freqüência na literatura de sabedoria
Crítica da forma Uma visão bastan- fossem escritas. A crítica da tradição é discursiva da antiga Mesopotâmia, ou
te difundida do estudo crítico do Pen- mais subjetiva que as outras visões e seja, em documentos produzidos por
tateuco, iniciado por Hermann Gunkel não leva em consideração evidências sábios do Oriente Próximo contendo
aproximadamente na virada do século de outras partes do antigo Oriente Pró-
longos discursos ou argumentos tratan-
passado, tendo surgido pouco depois ximo, que podem servir como dados
do dos problemas mais difíceis da vida.
que Wellhausen desenvolveu a teoria de controle para os estudiosos do An-
das fontes. Ela analisa os vários tipos tigo Testamento, independente do mé- Distichs Unidades formadas por
ou gêneros literários encontrados na todo que estejam utilizando. Tais estu- provérbios individuais compostas em
Bíblia, isolando-os em unidades meno- dos extrabíblicos sugerem, por exem- grande parte por uma coleção de dita-
res. Ao enfatizar o contexto de vida plo, que a tradição literária do antigo dos proverbiais em versos poéticos de
dessas unidades menores, a crítica da Oriente Próximo era freqüentemente duas linhas cada (duplos), normalmen-
forma procura descobrir o cerne his- registrada de forma escrita logo depois te formando frases completas (por
tórico de cada gênero literário. De acor- da ocorrência dos acontecimentos re- exemplo, Pv 10.122.16); o parale-
do com Gunkel e outros, essas unidades latados e não séculos mais tarde. lismo é quase sempre antitético.
menores podem, mais tarde, ser junta-
das nas quatro fontes do Pentateuco. Crítica literária Visão crítica para o Deutero-Isaías Termo que significa
estudo do Antigo Testamento que se simplesmente o segundo Isaías, é usa-
Crítica do Cânon Visão crítica do desenvolveu durante a segunda meta- do pelos estudiosos que defendem uma
Antigo Testamento desenvolvida na se- de do século 20 e, como teorias prede- visão de múltipla autoria do livro de
gunda metade do século 20 e que pro- cessoras, trata de amplas questões lite- Isaías para referirem-se ao autor dos
curou estudar a forma como o Antigo rárias, apesar de seus proponentes se- capítulos 4066 (ver também Visão
Testamento foi recebido e expor sua rem contrários às críticas, da forma e da múltipla autoria).
mensagem teológica. Apesar de não do Cânon para o Pentateuco. A crítica
rejeitar totalmente o que foi encontra- literária enfatiza mais fortemente uma Doxologia Versículos de encerra-
do nas visões documentárias, os estu- análise centrada no texto ou no leitor, mento do último salmo de cada uma
diosos usando a crítica do Cânon bus- ao contrário da visão tradicional de es- das cinco coleções ou divisões do livro
cam estudar a forma final da Bíblia, ten- tudiosos anteriores que é centrada no de Salmos (141; 4272; 7389;
do em vista que é ela que tem autori- autor. Aqueles que adotam esse ponto 90106; 107150) que amarram
dade para a comunidade religiosa; eles de vista já produziram resultados diver- aquela parte do livro com palavras de
estão menos preocupados em saber sos, mas a crítica literária mais recente louvor ao Senhor. O grande salmo de
como o texto chegou a essa forma do parece bastante promissora por suas louvor, Salmo 150, encerra de maneira
que em encontrar a mensagem interna novas visões da interpretação bíblica. apropriada a coleção como um todo.
479
Glossário
Eleição A escolha incondicional de Épico de Atrahasis Documento me- Escatologia Termo usado para a área
Deus para que o povo de Israel fosse o sopotâmio que tem paralelos diretos da teologia que lida com a doutrina do
seu povo, conforme ele estabeleceu em com o relato bíblico da criação. Esse final das coisas. A escatologia preocu-
sua aliança com Abraão, ao tirar o povo épico é a mais antiga história dos pri- pa-se, portanto, com questões como
do Egito e abençoar Israel mais que a mórdios encontrada no antigo Oriente morte, julgamento, céu, inferno, res-
todas as outras nações como forma de Próximo de forma quase completa (iní- surreição, segunda vinda de Jesus e as-
testemunho para o mundo. O profeta cio do segundo milênio), apresentando sim por diante.
Amós, nos capítulos 3.16.14, lem- uma seqüência histórica, e esta é seme-
brou Israel que essa eleição trazia con- lhante à de Gênesis tanto na história Escatológico Relacionado à esca-
sigo certas responsabilidades que da criação quanto da quase extinção tologia.
esse grande privilégio também tornava no dilúvio. O épico de Atrahasis con-
Extáticos Pessoas que residiam na
Israel ainda mais responsável por seus firma que a história básica apresentada
antiga cidade de Mari e ao seu redor.
pecados e que ela sofreria o julgamento em Gênesis 111 era bem conhecida
por todo o antigo Oriente. Os estudiosos encontraram diversos pa-
por ter violado os estatutos de Deus. ralelos entre essas pessoas e os profetas
Emissários Profetas que levavam Épico de Gilgamés História da Me- bíblicos. Esses indivíduos transmitiam
adiante a verdade de Deus sobre sua sopotâmia escrita sob forma poética em mensagens que haviam recebido por
própria geração; os profetas mostravam doze placas e que tem significado para- meio de sonhos, visões ou transes; cada
os males de seus dias e chamavam o lelo à história de Noé. Gilgamés, pro- um servia um determinado deus ou
povo ao arrependimento, advertindo- vavelmente uma figura histórica que deusa. Em suas declarações, eles por
os que a aliança trazia muitos privilégi- foi o rei Uruk por volta de 2600 a.C., vezes advertiam reis sobre rebeliões,
os, mas também responsabilidades que rebelou-se contra a morte depois de davam conselhos sobre expedições,
incluíam justiça, retidão e santidade. ter perdido seu amigo. Gilgamés en- prometiam vitória sobre o inimigo ou
contra-se com Utnapishtim (o Noé encorajavam a servir determinada di-
Encarnação Doutrina cristã que afir- da Babilônia) que relata como ele al- vindade mais fielmente.
ma que Deus tomou a forma de ho- cançou a imortalidade quando prenun-
mem em Jesus Cristo. Mediante um ciou o plano divino de inundar o mun- Eunucos Normalmente, eram ho-
ato de graça, o Filho de Deus assumiu do. Utnapishtim havia sobrevivido ao mens castrados, especialmente aqueles
um corpo humano e uma natureza hu- dilúvio em um grande barco de junco, que antes eram empregados como ser-
mana. A doutrina ensina que Jesus é o juntamente a sua família e pares de to- viçais em haréns, ou oficiais de Estado.
Filho eterno de Deus e o Messias aqui dos os animais. Infelizmente, porém, O termo aplica-se a homens do Egito
na terra, uma pessoa com duas nature- aquele era um acontecimento que não (Gn 40.2), Assíria (2Rs 20.18), Babi-
zas, que é plenamente humana e plena- voltaria a se repetir, o que dava a lônia (Daniel), Pérsia (Ester) e Israel.
mente divina. A revelação no Antigo Gilgamés poucas esperanças de encon-
Evangelicalismo Posição teológica
Testamento aponta para essa doutrina trar a imortalidade. Depois de falhar
que afirma a autoridade da inspiração e
cristã, pois Deus sempre revelou-se por em três testes pelos quais ele poderia
infalibilidade da revelação de Deus
meio de forma encarnacional, ou seja, ter recebido a imortalidade, derrota-
como guia para a fé e prática. De modo
real no tempo e no espaço. do, Gilgamés entrega-se ao fato de que
mais específico, é um movimento do
a morte é inevitável e consola-se com
Enuma Elish Título acádio que sig- Cristianismo moderno, que transcen-
aquilo que conseguiu alcançar. Não há
nifica Quando no alto. Enuma Elish de os limites denominacionais e que
como indicar qualquer relação entre o
é o relato mesopotâmio mais completo enfatiza a conformidade com as doutri-
relato bíblico do dilúvio de Noé e o
da criação e possui muitas similarida- nas básicas da fé cristã bem como o
Épico de Gilgamés. Uma outra passa-
des interessantes com o registro bíbli- auxílio missionário de compaixão e
gem dessa obra é paralela a Eclesiastes
co. A história descreve um conflito urgência.
9.7-9, quando as palavras depreciati-
cósmico entre as principais divindades. vas de Siduri fazem Gilgamés lembrar- Expiação Resultado de um sacrifí-
O jovem e ousado Marduk mata a se de que todos nós devemos enfrentar cio determinado por Deus com a in-
monstruosa Tiamat, deusa mãe que per- a morte e que devemos aprender a apro- tenção de livrar o pecador do castigo
sonifica os primórdios dos oceanos. veitar essa vida tão breve da melhor
Usando a carcassa dividida de Tiamat, por aquele pecado.
maneira possível.
Marduk cria o céu e a terra; e do sangue Faraó Rei-deus dos antigos egípci-
de seu conspirador auxiliar, ele e seu pai Épicos históricos Registros oficiais os, que davam a ele o crédito pelas chei-
criam a humanidade para fazer todo o e documentos preservados e encontra- as anuais do Nilo.
trabalho pesado do universo, liberando dos em arquivos reais ou de templos de
as divindades de todas essas tarefas bra- nações no antigo Oriente Próximo e Fenda Grande fissura na superfície
çais. Como forma de expressar gratidão que, aparentemente, foram usados da terra. A fenda do Jordão, que se
a Marduk por salvá-los da perversa como referência pelo autor dos livros estende do norte do mar da Galiléia ao
Tiamat, os deuses constroem para ele a de Reis em seus escritos dos arquivos longo do vale do Jordão e do Mar Mor-
grande cidade e capital Babilônia. da antiga Israel e Judá. to até o Mar Vermelho, é uma impor-
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Glossário
tante característica topográfica da Síria- conclusão do relato sobre a vida e o Habiru. Porém, o seu uso mais tarde
Palestina. reinado de Salomão. não tem um significado étnico e abriga
um sentido bem mais amplo.
Fenício Língua da família do he- Gêneros Termo usado pelos estudi-
braico e aramaico, usada pelos fenícios, osos da Bíblia para fazer referência às Heilsgeschichte Palavra alemã com-
um povo próspero que habitava o ter- formas ou aos tipos literários (termo posta (das palavras para salvação e
ritório no leste da costa do Mediterrâ- original do francês forma, sorte, tipo). história) por diversos equivalentes em
neo. No tempo do Antigo Testamen- Os críticos da forma agrupam textos nossa língua: história redentora, histó-
to, esse território era chamado pelos de acordo com um mesmo gênero se ria da salvação, história sagrada e ou-
hebreus de Canaã. eles têm características semelhantes. tros termos semelhantes. Denota um
princípio teológico que interpreta a
Festival Akitu Festival anual cele- Gerações Recurso estrutural literá- Bíblia como uma descrição dos atos
brado pelos babilônios durante o qual rio do livro de Gênesis que se refere salvíficos de Deus na História. Os acon-
desfilavam estátuas de seus deuses pela aos descendentes ou à história (Gn 2.4). tecimentos da história da salvação são
Babilônia. Isaías predisse a queda da Também é usado para introduzir uma revelações divinas sobrenaturais no
Babilônia para a Pérsia, descrevendo o genealogia ou história pessoal (como, tempo e no espaço e foram registrados
conflito entre Deus e os deuses da Babi- por exemplo, Adão, Gn 5.1; Noé, Gn nas Escrituras para promover a fé.
lônia (46.1-13); nessa ocasião, os ído- 6.9, etc.). A expressão aparece onze
los cobertos de vergonha, incapazes de vezes em Gênesis em cada ocorrên- Herem Relacionado às guerras san-
salvar a Babilônia. A nação arrogante, cia ela provavelmente introduz uma tas de Israel na conquista de Canaã, o
que havia usado para descrever a si mes- nova unidade literária do livro. No ca- termo herem refere-se ao espólio de guer-
ma termos referentes somente a Deus pítulo 2, pelo fato do termo não ser ra, incluindo pessoas, animais ou bens
Eu só, e além de mim não há outra seguido por um nome de pessoa, ele materiais todos pertenciam ao Se-
(45.5,6; 47.8) seria envergonhada e parece servir de ligação, introduzindo nhor para que ele fizesse com eles como
humilhada por Deus, destronada de seu 2.4b-25 e resumindo 1.12.3. lhe aprouvesse.
domínio mundial e condenada a um ter-
Gogue Um dos inimigos finais do Hermenêutica Ciência de interpre-
rível julgamento.
povo de Deus, Gogue é o governante tação da Bíblia. A hermenêutica inclui
Fiat Termo do latim que significa de Magogue e príncipe de Meshech e a aplicação de princípios tradicionais
faça-se (haja) e que se refere ao mé- Tubal. Gogue e Magogue representam que extraem do texto bíblico a mensa-
todo de criação de Deus por meio de simbolicamente as nações sem deus de gem pretendida.
ordens em Gênesis 1. Nos seis dias su- todo o mundo que virão dos confins da
cessivos de criação, Deus criou por in- terra para lutar contra o povo de Deus. Hexatêuco Nome que significa seis
termédio de ordens divinas ou coman- rolos, dado para os seis primeiros li-
Golpe Um jogo inesperado de po- vros da Bíblia Gênesis, Êxodo, Le-
dos Haja luz, Haja firmamento no der, como no caso em que Absalão ten-
meio das águas e assim por diante. vítico, Números, Deuteronômio e
tou tomar o reino de seu pai, Davi, Josué como uma unidade literária.
Filho do Homem Em Ezequiel 2.1- lutando para conseguir o apoio popu- Alguns estudiosos argumentam que essa
3 e em cinqüenta e sete outras vezes lar e declarar-se rei em um momento unidade foi editada como uma única
em sua profecia, uma clara designação estratégico (2Sm 5.3).
obra.
do filho de Adão; no Salmo 8.4, uma Grande tribulação Período históri-
frase aplica-se tanto ao homem mortal Hieróglifo, hieroglífico Termo que
co de muitos perigos e tormentas antes
quanto a Jesus Cristo em sua forma en- identifica o primeiro sistema de escrita
do Senhor voltar trazendo vitória e es-
carnada, em sua identificação em for- no Egito (do grego hieros, sagrado e
tabelecendo o seu reino.
ma de homem com toda a humanidade glyphe, entalhe). Era pictográfico e
e, de maneira semelhante, sugere a fi- Hebreus Termos usado pela Bíblia baseava-se na representação de obje-
gura messiânica em Daniel 7.13. No para descrever Abraão e seus descen- tos comuns e símbolos geométricos.
Novo Testamento, Jesus usa o termo dentes mediante Isaque e Jacó. Não se
Hino Salmo ou cântico de louvor
com freqüência para referir-se a si mes- sabe a origem do termo. Uma possibi-
no qual o escrito louvava a Deus, dan-
mo, fazendo uso, conforme acreditam lidade é de que os hebreus do Antigo
Testamento possam ser identificados, do-lhe graças por quem ele era e o que
alguns estudiosos, do termo encontra- havia feito (por exemplo, Salmos 8,
do em Ezequiel para enfatizar seu ca- pelo menos em parte, com o povo Ha-
biru que aparece em textos da média e 136, 150). Tais hinos faziam parte do
ráter humano e sua dependência em louvor individual ou congregacional.
Deus como Pai. nova idade do bronze do antigo Orien-
te Próximo. É provável que esta fosse Hipótese documentária Ver crítica
Fórmula do reinado Fórmula usada uma designação para tribos semíticas da fonte.
em 1 Reis 11.41-43 como recurso de seminômades. Em algumas das referên-
estruturação nas considerações sobre cias antigas, pode ser que o uso do ter- História da salvação Ver Heils-
cada governante do reino dividido na mo hebreu significasse alguém da tribo geschichte.
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Glossário
História Deuteronômica Nome (1200930 a.C.), idade do ferro II Inscrição Mesa Inscrição que
dado à unidade do Antigo Testamento (930539 a.C.) e idade do ferro III testifica a expansão das fronteiras de
composta por Deuteronômio, Josué, (539332 a.C.). Esse foi o período da Israel a leste até o território moabita
Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Uma monarquia em Israel, do exílio e da res- feita por Onri de Israel (885874 a.C.;
teoria predominante argumenta que tauração. 1Rs 16.21-28); ele criou um reino tão
um autor anônimo (chamado de Deu- impressionante que documentos
teronomista e abreviado por Dtr) Idade mesolítica Termo usado por assírios cem anos mais tarde ainda se
combinou diversas fontes em um úni- arqueólogos e historiadores para a mé- referiam a Israel, o reino do norte, como
co e longo documento detalhando a dia idade da pedra, por volta de 14000 a casa de Onri. Nesse parágrafo cur-
história teológica de Israel. Depois da a 8000 a.C. A idade mesolítica foi tes- to, Mesa, o rei de Moabe, durante a
queda de Jerusalém em 586 a.C., Dtr temunha das primeiras culturas que vi- metade do século 9º a.C., menciona a
procurou interpretar a tragédia bem veram em cavernas. É possível que a extraordinária ascensão ao poder de
como explicar a queda do reino do mudança para a vida ao ar livre tenha Onri e a aquisição da Samaria como
norte, Israel, em 722 a.C. Ele buscou sido causada por alterações climáticas. nova capital, bem como sua perversi-
responder a pergunta O que deu erra- Idade neolítica Termo usado por dade sem precedentes. A mudança de
do?. Para uma discussão sobre esse arqueólogos e historiadores para a nova capital que Onri fez para a Samaria pode
assunto, ver capítulo 10. idade da pedra no Oriente Médio, por ter sido uma tentativa de coagir seus
volta de 8000 a 4200 a.C. A idade súditos a adorar outras divindades além
História primeva Pré-história ou as de Iavé; tal apostasia religiosa era uma
fases mais antigas da atividade humana neolítica testemunhou mudanças radi-
cais na cultura humana, lançando as preocupação maior para o autor de 1
que ocorreram antes da História poder Reis do que foram os grandes feitos
ser registrada. É um termo técnico usa- bases para a civilização, mudanças sig-
nificativas o suficiente para os historia- políticos de Onri.
do para referir-se a Gênesis 1.1-11.
dores falarem de uma Revolução Inspiração verbal plenária Teoria
Iaveísmo A adoração autêntica de Neolítica. Durante esse período, os sobre a inspiração bíblica que afirma
Israel a Iavé, o único e verdadeiro Deus, caçadores nômades do início da idade que o Espírito Santo interagiu com os
em obediência fiel às estipulações e aos da pedra começaram uma transição para autores para produzir a Bíblia. Plená-
requisitos da aliança dados por Deus a vida em comunidades assentadas. ria significa cheia ou completa e
na aliança mosaica. Surgiram vilas com economia baseada indica que a inspiração de Deus esten-
na agricultura, o que foi possível por de-se por todas as Escrituras, de Gênesis
Iaveísmo mosaico Adoração a Iavé, meio da domesticação de animais e do
o único e verdadeiro Deus que fez sua a Apocalipse, e Deus guiou os autores
cultivo de plantas. Mais para o final do tanto nos detalhes históricos quanto
aliança com Israel. O Iaveísmo mosai- período, os habitantes das vilas
co é marcado pela obediência rígida à nas questões de doutrina. Verbal re-
neolíticas também começaram a pro- fere-se às palavras das Escrituras que
Lei dada a Moisés no Monte Sinai. duzir objetos em cerâmica.
Durante os anos da monarquia dividi- a inspiração de Deus estende-se até
da, Onri de Israel e seu filho Acabe Idade paleolítica Termo usado por sobre as palavras que foram escolhidas
misturaram o Iaveísmo mosaico com o arqueólogos e historiadores para a an- pelos autores. Apesar dos escritores
baalismo cananita a fim de obter maior tiga idade da pedra (antes de 14000 terem liberdade de escolher suas pró-
controle político, tendo em vista que o a.C.). Artefatos de lugares paleolíticos prias palavras e expressar sua persona-
reino do norte sofria de instabilidade são ferramentas primitivas de pedra fei- lidade singular e seu estilo enquanto
política. tas por humanos. Durante esse perío- escreviam, o Espírito Santo guiou o
do, as pessoas viviam em locais a céu processo para que as palavras escolhi-
Idade do bronze Ver Antiga Idade aberto e nos terraços de leitos de rios das transmitissem com precisão o sig-
do Bronze, Média Idade do Bronze e antigos. A cultura paleolítica veio an- nificado que Deus desejava. Assim, esse
Nova Idade do Bronze. tes da cultura das cavernas. ponto de vista sobre a inspiração afir-
ma que Deus inspirou a Bíblia toda,
Idade do ferro Termo usado por Idílico Descrição curta de uma cena mantendo a característica de cada au-
arqueólogos e historiadores do antigo ou acontecimento simples ou agradá- tor e ao mesmo tempo garantindo que
Oriente Próximo para definir o perío- vel, especialmente no campo ou relati- o produto final refletisse fielmente sua
do no qual o ferro substituiu o bronze vo à vida rústica, como é o caso do mensagem. A inspiração verbal plená-
como metal usado para ferramentas e livro de Rute. ria é a que parece lidar melhor com as
armas (por volta de 1200332 a.C.). evidências bíblicas reconhecendo o
Esse período foi marcado pela ascen- Imago Dei Expressão do latim para elemento humano nas Escrituras enquan-
são dos primeiros impérios verdadeira- a imagem de Deus referindo-se par- to, ao mesmo tempo, afirmando que o
mente mundiais, todos a partir da Me- ticularmente ao clímax da criação de Espírito Santo é o Autor final da Bíblia.
sopotâmia: Assíria, Babilônia e Pérsia. Deus quando ele fez a humanidade à
A idade do ferro é muitas vezes dividi- sua imagem e semelhança (Gn Istar Deusa do amor e heroína de
da em três períodos: idade do ferro I 1.26,27). guerra da Mesopotâmia, representa-
482
Glossário
da como uma meretriz. Parte do pan- primeiro milênio a.C. o aramaico tor- lecionados também fazem parte da co-
teão da Babilônia, Istar era esposa de nou-se a língua internacional. leção (Sl 1, 37, 49, 73, etc.), e livro de
Tamuz, um deus da agricultura na Me- Cântico dos Cânticos também tem se-
sopotâmia, cujos seguidores acredita- Lista das nações Uma lista em melhanças com a literatura de sabedo-
vam que todo ano, na época da colhei- Gênesis 10.1-32 que classifica as na- ria em sua forma literária e função di-
ta, Tamuz morria (Ez 8.14,15). ções do mundo conhecido sob os três dática. Apesar de todas essas obras fa-
filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé. Os zerem parte da seção de livros poéti-
JEPD Muitos estudiosos acreditam descendentes de Jafé habitaram em gran- cos do Cânon, elas estão relacionadas
que foi a fonte literária usada para com- de parte as ilhas mediterrâneas e Ásia com a literatura de sabedoria, sendo
pilar o Pentateuco bem como o livro de Menor e eram os mais distantes de Is- que as idéias de sabedoria vão além dos
Josué, formando, assim, o hexatêuco. rael, enquanto a maior parte dos des- Livros Poéticos da Bíblia. Vários pro-
cendentes de Cam eram povos com os fetas usaram ditados de sabedoria e
Lei casuística Uma classe de leis de quais Israel tinha relacionamentos hos-
casos que contrasta com as leis parábolas em seus sermões, assim como
tis. Os descendentes de Sem foram dei- Jesus em muitos de seus ensinamentos.
apodíticas ou de proibição absoluta. xados por último por causa de sua im-
Tais leis começam com uma indicação A literatura de sabedoria do Antigo
portância na linhagem por meio da qual Testamento faz parte de um cenário
de condicional (prótase Se...) na Deus iria tratar do pecado na humani-
qual o caso é descrito e segue-se a pe- internacional, pois ao que parece, as
dade oferecendo um brilho de espe- outras nações todas tinham professo-
nalidade (apodose então...). Por rança mediante a família de Terá, pai
exemplo, Se um ladrão for achado ar- res de sabedoria que refletiam as tradi-
de Abraão. ções de sabedoria nacionais e particu-
rombando uma casa e, sendo ferido,
morrer, [então] quem o feriu não será Literatura apocalíptica Conjunto lares de seu povo, tendo em vista que
culpado do sangue (Êx 22.2). de documentos simbólicos e que con- arqueólogos encontraram exemplos de
tém revelações, apresentando forma e literatura de sabedoria de todas as par-
Levante Costa leste do mar Medi- estilo de comunicação singulares e ten- tes do antigo Oriente Próximo. En-
terrâneo, que indica o fim, a oeste, da do em comum o seu conteúdo básico. quanto o termo sabedoria na litera-
Síria-Palestina. O Levante estende-se A literatura apocalíptica era amplamente tura israelita quer dizer o temor de
ao longo de mais de setecentos quilô- difundida no Judaísmo no tempo de Deus, em outras culturas refere-se a
metros e tornou-se a encruzilhada de Cristo e teve influência profunda no habilidades na prática de magia e não
todo o comércio e viagem do mundo Cristianismo primitivo. O livro de Apo- tem conteúdo moral. O conteúdo des-
antigo. calipse no Novo Testamento é o docu- ses documentos convida, entretanto, a
mento mais antigo que toma para si o comparações com Jó, Eclesiastes e o
Leviatã Em Jó 40, provavelmente
título de apocalipse ou revelação. livro de Provérbios que contém mais
refere-se ao crocodilo como uma ilus-
paralelos com a literatura do antigo
tração de força, resistência e natureza
Literatura apocalíptica bíblica Oriente Próximo que qualquer outro
aparentemente indestrutível que Deus
Uma subcategoria da literatura apoca- livro da Bíblia. Assim, a literatura de
usa para contrastar o seu grande poder
líptica (como, por exemplo, o livro de sabedoria oferece um exemplo de co-
com a fraqueza e a ignorância do ser
Daniel), que começa com material his- municação de fé entre as culturas, à
humano.
tórico e vai gradualmente passando para medida que os israelitas interagiam com
Levitas Descendentes de Levi, um um tipo de material mais apocalíptico a literatura e a visão de mundo de seus
dos doze filhos de Jacó (Gn 29.34) em (especialmente em Zacarias e Apoca- vizinhos e sentiam-se livres para incor-
função dos quais o livro de Levítico lipse). Mesmo que o Antigo Testamento porar material de outras culturas uma
recebeu esse nome. Arão e sua família tenha algumas passagens que são, de vez eliminados os elementos politeístas.
foram escolhidos dessa tribo para ser- um modo geral, apocalípticas em sua Algumas vezes, os israelitas adaptavam
vir como sacerdotes e oferecer sacrifí- natureza (Jl 3; Is 2427; partes de Eze- esse material fazendo pouca ou nenhu-
cios, e Deus indicou o restante dos le- quiel e Zacarias), essas passagens e o ma alteração, como é o caso de Pro-
vitas para servirem no tabernáculo, aju- livro de Daniel mostram diferenças sig- vérbios e os escritos de sabedoria do
dando os sacerdotes nos cultos e no nificativas em relação a livros apoca- Egito. Outras vezes, os autores usavam
santuário (Nm 3.5-10). Partes do livro lípticos escritos mais tarde, no período literatura pagã fazendo modificações
de Levítico tinham a finalidade de ser- intertestamental e, por isso, são classi- teológicas.
vir como manual de instruções para o ficadas juntamente ao livro de Apo-
sacerdócio do Antigo Testamento. calipse no Novo Testamento como Livro da Lei Durante o reinado do
literatura apocalíptica bíblica. jovem rei Josias, esse termo provavel-
Língua Franca Qualquer idioma usa- mente referia-se a uma parte ou a todo
do por pessoas de diferentes grupos de Literatura de sabedoria Designa- o livro de Deuteronômio que havia sido
línguas como meio de comunicação ou ção que estudiosos modernos usam para guardado no templo durante a consa-
para o comércio. Durante a nova idade três livros que compartilham entre si gração de Salomão (1Rs 8.1-4; Dt.
do bronze, o dialeto babilônio chamado características de sabedoria: Jó, Pro- 31.26). Essa cópia no templo ficou es-
de acádio foi a língua usada. Durante o vérbios e Eclesiastes; alguns salmos se- quecida durante os reinados de Ma-
483
Glossário
nassés e Amom e a descoberta do Li- Método gramático-histórico Mé- gumentos que lidavam com os proble-
vro da Lei pelo sumo sacerdote de Josias todo de interpretação bíblica que bus- mas mais complexos da vida.
no templo do Senhor (2Rs 22.8-10) ca encontrar o significado mais simples
afetou profundamente o jovem rei. de uma passagem da Bíblica aplicando Mito, Mitologia O significado mo-
Mais do que depressa, ele acabou com as regras gerais de gramática e sintaxe, derno do termo é algo que não é verda-
o culto pagão em todo o país e restabe- buscando determinar o que o texto diz deiro, que é imaginário. Mas ao fazer
leceu a aliança de Israel com o Senhor, gramaticalmente e qual é o significado referência ao antigo Oriente Próximo,
reinstituindo a festa da Páscoa que ha- histórico. Ele procura descobrir a inten- os estudiosos usam o termo em um sen-
via sido negligenciada desde o tempo ção original do autor por meio do uso tido mais clássico, apesar de não haver
dos juízes. cuidadoso de contexto, gênero, lingua- consenso em sua definição. O mito é o
gem e relação com o resto da Bíblia. instrumento literário pelo qual os po-
Macabeus Família asmonéia que li- vos antigos ordenavam o seu mundo.
derou a luta dos judeus pela liberdade Messias Literalmente significa o Os mitos explicavam como o mundo
religiosa e independência política con- ungido. O termo podia referir-se a pro- havia começado e ofereciam normas
tra o império selêucida em 168 a 160 fetas, sacerdotes ou reis, mas, de ma- para o comportamento humano. Como
a.C. Depois de sua vitória, o sacerdote neira mais específica, refere-se a Jesus formas de expressão de convicções teo-
Matatias e seus três filhos governaram Cristo, o ungido de Deus que cumpriu lógicas, esses mitos antigos aconteciam
como monarcas em Jerusalém (a Di- o propósito redentor de Deus e um dia fora do tempo e do espaço e estavam
nastia Asmonéia) durante aproxima- voltará para estabelecer o seu reino. ligados à natureza da religião. A antiga
damente um século. Um dos filhos, Israel, entretanto, dava à mitologia um
Judas, foi chamado de macabeu, o Métrica Padrão de tonicidade em caráter histórico ao referir-se a um tem-
martelo de onde é derivado o nome linhas ou versos rítmicos. A poesia he- po que era não diferente daquele do mun-
macabeus. braica baseia-se fortemente na métrica do em si, mas que se referia à história de
e alguns comentaristas sugerem que os Israel. O Deus israelita, Iavé, era o Cria-
Magogue Nação governada por escritores antigos usavam uma varie- dor e aquele que havia estabelecido as
Gogue, uma das inimigas finais do povo dade de estilos e padrões métricos para normas para o comportamento humano
de Deus e provavelmente localizada transmitir estados de espírito ou idéias. por meio de sua revelação à nação. A
entre a Capadócia e a Média. Gogue História, e não o mito, tornava-se um
com Magogue representam simbolica- Milênio De acordo com alguns evan-
instrumento para expressar a teologia.
mente as nações do mundo sem Deus gélicos, é literalmente o período de mil
que virão dos confins da terra para lu- anos do reinado de Cristo na terra jun- Monoteísmo Posição teológica e fi-
tar contra Israel em uma batalha final, tamente a seus santos, logo depois da losófica de que há somente um Deus.
mas que sofrerão derrota devastadora segunda vinda (ver Premilenismo). Tal ponto de vista não era uma crença
por meio da intervenção de Deus nas Outros entendem esse termo como sen- aceita por outros povos antigos, que
montanhas de Canaã. Esse conflito é do referente ao reinado espiritual de eram politeístas e henoteístas.
relatado em Ezequiel 38 e 39 e resumi- Cristo no coração dos crentes no tem-
do em Apocalipse 20.7-9. po presente (amilenismo). Monoteísta Relacionado à crença
bíblica de que há um só Deus.
Massora Palavra hebraica que sig- Mishnah Registro das conversações
nifica ligação ou corda. No estudo entre os rabis enquanto estes discutiam Narrativa histórica Conteúdo pre-
do Antigo Testamento, refere-se ao sis- a interpretação correta e as atitudes es- dominante de 1 e 2 Reis, que é, discu-
tema de pontos de vogais e acentos usa- peradas dos judeus no que diz respeito tivelmente, a mais antiga historiografia
dos para esclarecer o texto hebraico. à lei mosaica. É, por assim dizer, um autêntica da literatura mundial pois,
comentário explicando o Torá de Moi- pela primeira vez na História, uma na-
Média Idade do Bronze Termo usa- sés, muitas vezes produzindo instruções ção produziu uma narrativa contínua
do por arqueólogos e historiadores para legais. O Mishnah aceitava a autoria organizando documentos em uma apre-
o período das incursões amoritas pelo mosaica do Pentateuco. Ele é um ante- sentação ordenada e com um único
antigo Oriente Médio, iniciando uma cedente do Talmude. propósito geral. O autor de Reis amar-
nova era (aproximadamente 2000 a rou as narrativas históricas todas jun-
1550 a.C.). Depois de um período ini- Monólogo Uma palestra ou discur- tas com grandes convicções religiosas,
cial de declínio na Síria-Palestina, a so longo feito por uma só pessoa ou apresentando o passado de Israel sob
cultura amorita trouxe a volta do esti- qualquer composição como poema ou um ponto de vista profético e teológi-
lo de vida sedentário e o desenvolvi- drama em que uma única pessoa ou co relacionando cuidadosa e siste-
mento de novos centros urbanos. Du- ator fala. Monólogos eram encontra- maticamente os reis de Israel, com o
rante esse período, os novos reinados dos com freqüência na literatura objetivo de fazer uma crítica sobre a
amoritas na Babilônia tiveram um pa- discursiva de sabedoria da Mesopotâ- fidelidade de cada um deles para com a
pel importante na história do antigo mia, ou seja, em documentos produzi- aliança de Deus, traçando as conseqü-
Oriente Próximo. Esse foi também o dos por sábios do antigo Oriente Pró- ências do pecado em oposição aos be-
período patriarcal em Israel. ximo contendo longos discursos ou ar- nefícios da obediência.
484
Glossário
Narrativas patriarcais Narrativas Novo Reino Termo referente ao Egi- Paralelismo sintético Característi-
de Gênesis 1250, refletindo uma uni- to durante o tempo de Moisés e do ca literária comum da poesia hebraica
dade do livro e oferecendo relatos dos Êxodo. na qual a segunda linha normalmente
patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) que completa o pensamento que a primeira
são de escopo mais restrito e também Ofício de profecia Ofício que co- linha deixou em aberto; as duas linhas
singulares no mundo antigo. Esses re- meçou a surgir baseado no ministério possuem uma relação entre si, apesar
latos dizem respeito aos membros de de Elias e Eliseu, pelo qual o profeta dessa relação não ser claramente defi-
uma única família e sua jornada de fé, tornou-se o instrumento de Deus para nida como no paralelismo sinônimo ou
ao contrário do foco da seção anterior advertir o rei e a nação sobre seu peca- no antitético. Alguns intérpretes suge-
que se preocupava em contar a história do e sua tragédia iminente. rem que esse termo é apenas uma cate-
da criação do mundo. As narrativas Papiros do Mar Morto Depois que goria em que são colocados todos os
encaixam-se bem na média idade do um jovem pastor de ovelhas descobriu versos que não se encaixam nas outras
bronze (20001550 a.C.). acidentalmente os primeiros dentre vá- duas formas de paralelismo (ver Sl 1.3;
rios papiros em uma caverna de Qumran 2.6; Ec 11.1).
Neo-ortodoxia Filosofia nascida no
começo do século 20, em parte como em 1947, arqueólogos exploraram ou- Patriarcas Três indivíduos que se
uma reação ao liberalismo que desva- tras cavernas vizinhas e acharam mais encontram na origem da fé: Abraão,
lorizava a autoridade divina; recebeu o papiros. Eles são de 100 a 200 a.C. Isaque e Jacó.
apoio significativo de Karl Barth e Emil aproximadamente e contêm pelo me-
Brunner. A neo-ortodoxia defende que nos partes de todos os livros do Antigo Pentateuco Termo usado para os
Deus é completamente transcendente, Testamento, exceto Ester. Eles também cinco primeiros livros da Bíblia, do gre-
ou seja, diferente de nós e muito além são uma fonte valiosa de informações go pentateuchos, que significa uma obra
da nossa compreensão; só podemos vir sobre a comunidade essênia em com cinco livros. O Pentateuco tam-
a saber alguma coisa sobre ele se ele se Qumran. Mais importante de tudo, bém é conhecido pela palavra hebraica
revelar, como ele fez por meio de Jesus porém, é que eles confirmam a confia- Torá, que freqüentemente é traduzida
Cristo. A neo-ortodoxia também afir- bilidade do texto massorético. como lei, mas que, na verdade, tem a
ma que a Bíblia é simplesmente uma conotação de ensinar ou instruir.
Paralelismo Característica da poe-
testemunha da palavra de Deus, ou que sia hebraica na qual pelo menos duas Pentateuco Samaritano Texto do
ela contém a palavra de Deus, à medi- linhas paralelas de versos complemen- Antigo Testamento que contém ape-
da que as pessoas dos tempos bíblicos tam-se entre si de alguma forma e, tipi- nas de Gênesis a Deuteronômio, ori-
tinham experiências com Deus e regis- camente, mostram um paralelismo de ginário dos samaritanos que surgiram
travam essas experiências da melhor idéias em vez de rima ou som. Tais do casamento misto entre judeus e es-
maneira que podiam. Sendo criaturas paralelismos podem ser sinônimos, trangeiros no território do reino do
finitas, porém, seus relatos algumas antitéticos ou sintéticos. norte depois da sua queda para a
vezes continham erros. Ainda assim, Assíria em 722 a.C. O manuscrito mais
suas descrições são de grande valor para Paralelismo antitético Uma carac- antigo desse texto é de aproximada-
nos ajudar a entender melhor a Deus e, terística literária da poesia hebraica co- mente 1100 d.C., apesar de muitos
à medida que outras pessoas têm novas mum e facilmente reconhecível na qual estudiosos acreditarem que ele é base-
experiências com Deus, seus relatos duas linhas demonstram forte contras- ado em um texto de 100 a 200 a.C.
mais uma vez tornam-se a palavra de te entre si (por exemplo, Salmo 1.6 Enquanto os judeus viam os samarita-
Deus. Apesar da neo-ortodoxia ter alta Pois o Senhor conhece o caminho dos nos com desprezo como mestiços com-
consideração por Deus, ela não oferece justos, mas o caminho dos ímpios pe- prometidos que negaram sua fé ao ca-
uma explicação adequada das evidên- recerá). O livro de Provérbios tam- sarem-se com estrangeiros, os samari-
cias bíblicas. bém usa o paralelismo com freqüência. tanos pensavam ter preservado uma
forma mais antiga e pura de fé, levan-
Nova Idade do Bronze Termo usa- Paralelismo sinônimo Característi-
do a inevitáveis diferenças teológicas.
do por arqueólogos e historiadores para ca literária comum da poesia hebraica
Pelo fato do Pentateuco Samaritano
o período de relações internacionais e que envolve a repetição do mesmo
ser um tanto tendencioso por refletir
comunicação no antigo Oriente Próxi- pensamento ou pensamento similar; as
essas diferenças, o texto é uma teste-
mo, por volta de 1550 a 1200 a.C. O duas partes refletem basicamente a
munha bastante antiga de como os sa-
final da nova idade do bronze é marca- mesma idéia, como acontece no Salmo
maritanos interpretavam o Pentateu-
do pelo poderoso Novo Império no 19.1 Os céus proclamam a glória de co, mas não é confiável para determi-
Egito, que exerceu considerável in- Deus, e o firmamento anuncia as obras nar o caráter original do texto.
fluência sobre as áreas costeiras da das suas mãos, ou Provérbios 9.10
Síria-Palestina. Esse foi o período du- O temor do Senhor é o princípio da Pequeno apocalipse Nome dado
rante o qual ocorreu o êxodo do Egi- sabedoria, e o conhecimento do San- por muitos intérpretes a Isaías 2427
to, a caminhada pelo deserto e a con- to é prudência (ver também Pv 16.18; pelo fato de esses capítulos parecerem-
quista de Canaã. 28; 18.6,7). se com uma miniatura do livro de Apo-
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Glossário
calipse, servindo como uma grande Prenunciadores Profetas para os 27), Filístia (14.28-32), Moabe (15.1
conclusão para as profecias de Isaías quais Deus revelava o futuro algu- 16.14), Damasco e Israel (17.1-14),
nos capítulos 1323 e anunciando o mas vezes o futuro próximo e algumas Etiópia e Egito (18.120.6), Babilô-
julgamento final de Deus sobre o mun- vezes o futuro distante e que então nia, Edom e Arábia (21.1-17), Jerusa-
do e a salvação final de seu povo (ver pregavam para sua própria geração; os lém (22.1-25) e Tiro (23.1-18).
Literatura apocalíptica). profetas falavam de julgamento e res-
tauração, de más notícias e boas novas, Profecias dos ais Discursos de jul-
Período cassita Período da história principalmente com a finalidade de gamento que começam tipicamente
da Mesopotâmia que vai do século 14 motivar o povo de Deus a ter uma vida com a palavra ai, que é uma excla-
ao século 12 a.C., durante o qual en- de fidelidade no presente. mação de tristeza, aflição ou lamento.
contramos exemplos de literatura Isaías pronunciou seis profecias dos ais
mesopotâmia de diálogo, como o tex- Profecia Palavra que o profeta re- contra vários segmentos da população
to Ludlul bel nemequi (Louvarei o cebeu de Deus e anunciou para o povo, de Judá em 5.8-30: (1) denunciando os
Senhor da sabedoria), um longo mo- podendo concentrar-se em uma varie- opressores que de forma egoísta aumen-
nólogo no qual um nobre da Babilônia dade de tópicos. tavam suas propriedades às custas dos
conta como ele deparou-se com toda outros, (2) condenando os beberrões
sorte de desastre antes que o deus Profecia clássica Profecia normal- que vivam em função da bebida e de
Marduk finalmente o restaurasse à sua mente dirigida para todo o povo, que o festas, (3) repreendendo aqueles que
posição. Os cassitas eram um povo dos informa da ira de Deus contra seu pe- testavam a Deus, (4) falando contra
montes do leste que aos poucos to- cado, adverte-o sobre o julgamento aqueles de moral distorcida que cha-
maram conta da Babilônia e governa- vindouro, chama ao arrependimento e mavam o bem de mal e o mal de bem
ram por algum tempo. proclama a salvação de Deus para aque- para justificar seus pecados, (5) pro-
les que se voltarem para ele. Tais profe- nunciando um ai contra os que exalta-
Período babilônio Começo do se- cias foram escritas entre 800 a 450 a.C. vam a si mesmos e acreditavam serem
gundo milênio a.C. (20001595 aproximadamente, por aqueles que ser- sábios e (6) admoestando os oportu-
a.C.), durante o qual os babilônios co- viam de mensageiros especiais de Deus nistas imorais. Em sua ira, Deus iria
meçaram a compilar aquilo que hoje para o seu povo mediante o poder re- julgar o pecado deles e chamar uma
chamamos de textos de presságio. cebido do Espírito Santo. Os livros do outra nação para consumi-los e levá-
Antigo Testamento que vão de Isaías a los embora.
Período intertestamental Período Malaquias são bons exemplos de pro-
da história entre o encerramento do fecia clássica. Profecias Mari Uma das categorias
Antigo Testamento (por volta de 400 básicas de evidências referentes à exis-
a.C.) e o nascimento de Cristo. Profecias acádias Textos acádios tência de profecias em outras civiliza-
do primeiro milênio a.C. que simples- ções do mundo bíblico e sua relação
Politeísmo Crença em muitos deu-
mente fazem uma lista dos diversos com os profetas da Bíblia. Apesar de
ses. O politeísmo está com freqüência
acontecimentos políticos de um deter- haver semelhanças entre as profecias
ligado às religiões antigas de fertilidade
minado período histórico; sua inten- Mari e as profecias bíblicas, diferenças
e da natureza.
ção é um tanto vaga. Ao que parece, os gritantes surgem quando é feita uma lei-
Povos do mar Povos estrangeiros autores escreviam esses textos de modo tura mais detalhada dos textos fazendo
que chegaram no antigo Oriente Pró- que se parecessem com profecias, ape- uma distinção bem definida entre os pro-
ximo por volta de 1200 a.C. Suposta- sar de alguns estudiosos sugerirem que fetas bíblicos e os extáticos da cidade de
mente, eles eram fugitivos da Grécia os textos estão relacionados mais de Mari. Os profetas do Antigo Testamen-
que, depois da guerra de Tróia dirigi- perto com a literatura apocalíptica ou to afirmavam que a aliança de Deus com
ram-se para a costa do Mediterrâneo, com exemplos de profecia escrita de- o seu povo tinha implicações no viver
desequilibrando as grandes potências pois do acontecimento. Essas profecias diário. Um relacionamento correto com
daquela época, ou seja, o Egito e os diferem significativamente das profe- Deus deveria resultar em um tratamento
hititas. Um desses povos do mar eram cias clássicas da Bíblia. justo e ético de outras pessoas, certas
os filisteus que se assentaram na costa ações e crenças eram verdadeiras e cor-
Profecias contra as nações Comu-
sudoeste da Síria-Palestina e tiveram retas porque Deus as havia ordenado.
nicação divina ou revelação dada por
um papel importante nos tempos do Além do mais, os profetas falavam para
Deus ao profeta Isaías que descrevia os
Antigo Testamento. toda a sociedade, não só para a casa
planos de Deus para tratar das outras
real (ver também Extáticos).
Premilenismo Posição evangélica nações do mundo antigo e não somen-
que afirma que Jesus voltará à terra para te Israel. Sua profecia de julgamento Profetas anteriores Termo usado no
literalmente estabelecer um reino aqui, começou com a Babilônia (13.1 Cânon hebraico para designar Josué,
governando com seus santos durante 14.23) que, depois de governar o mun- Juízes, Samuel e Reis; tal designação é
mil anos. Depois desse período, virá o do, iria ser destruída pelos medos. Em apropriada por causa da forma como
julgamento dos descrentes e o estabe- seguida, Isaías falou do futuro julga- esses livros estão relacionados ao iní-
lecimento do céu. mento de Deus sobre a Assíria (14.24- cio da história da profecia e apresen-
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Glossário
tam a história nacional à luz de interes- Quiasmo Termo baseado na letra po da Saul, que morreu por causa de
ses teológicos e proféticos. grega X (chi), denota uma seqüência sua infidelidade ao Senhor. Para o cro-
invertida ou cruzada de palavras, frases nista, Davi cumpriu o papel de salva-
Profetas clássicos Ver Profecia clás- ou conceitos paralelos em uma senten- dor. Assim, ele descreve como Davi
sica. ça ou unidade literária mais ampla. O tornou-se rei, suas investidas militares
Profetas não-literários Profetas a quiasmo é comum na poesia hebraica: e seus preparativos para a construção
quem Deus chamou para profetizar, mas do templo. Tendo em vista que para o
A Compadece-te de mim, ó Deus, autor o templo é elemento central do
que nunca escreveram suas mensagens, B segundo a tua benignidade;
deixando para outros a tarefa de regis- plano de salvação de Deus, esse plane-
B e segundo a multidão das tuas jamento elaborado do templo revelou
trar suas palavras e atos: sabemos so- misericórdias,
bre o ministério desses profetas somen- o verdadeiro caráter de Davi como lí-
A apaga as minhas transgressões. der da fé para Israel.
te por intermédio de relatos sobre eles (Sl 51.1)
nos Livros Históricos do Antigo Tes- Retribuição Doutrina que afirma
tamento. Os profetas não-literários de Racionalista Indivíduo que aceita que a bondade resulta em prosperida-
um modo geral tinham a tendência de a razão como sendo a autoridade máxi- de e a perversidade leva ao sofrimento.
concentrar-se no rei e em sua corte, ma sobre a opinião, crença ou condu- Escritos sob forma de diálogo na Meso-
aconselhando o rei sobre diversos as- ta, afirmando que a razão humana, sem potâmia, aceitavam a doutrina da retri-
suntos e algumas vezes advertindo-o o auxílio de revelação divina, é ade- buição apresentada em Jó e Eclesiastes.
sobre as conseqüências de seu pecado. quada como guia único para toda a
Exemplos desse tipo de profeta incluem verdade religiosa alcançável. Zofar, um Rima Característica literária da po-
Elias e Eliseu (2Rs 1.113.21), profe- dos amigos de Jó, considerava-se um esia hebraica que descreve a concor-
tas cujos nomes não são citados e que racionalista, arrazoando que o castigo dância nos sons finais das linhas, versos
aparecem nos tempos de Saul (1Sm que Jó estava recebendo era mais que ou palavras poéticas. A poesia hebrai-
10.10-12; 19.20,21) e mais tarde no esperado e concluindo que Jó deveria ca apoia-se muito mais na métrica que
reino dividido (1Rs 13), Aías (1Rs lançar para longe sua iniqüidade e per- na rima, apesar da rima ocorrer algu-
11.29-39), Micaías (1Rs 22.7-28, um versidade (11.14). mas vezes.
homem chamado apenas de homem de
Deus que proferiu palavras de julga- Reconciliar, reconciliação Ver tam- Sábios Homens de renome por sua
mento a Jeroboão I (1Rs 13.1-10) e uma bém Expiação termo bíblico que sabedoria que, no antigo Oriente Pró-
mulher chamada Hulda (2Rs 22.14-20). descreve a remoção do pecado ou pro- ximo, escreviam documentos conten-
fanação. O hebraico kipper normalmen- do longos discursos ou argumentos que
Prólogo Prefácio ou parte introdu- te denota expiar oferecendo um subs- tratavam dos problemas mais difíceis
tória de um discurso, poema ou roman- tituto. Quer o termo se referisse a um da vida.
ce. Em Jó, o prólogo em prosa ajuda a ato de expiação voltado para Deus
criar a estrutura literária para os dis- (propiciação) ou para a ofensa cometi- Salmos de lamento Salmos ou
cursos poéticos. da (expiação), ele ilustra a teologia bí- cânticos contendo tipicamente três ele-
blica da reconciliação. mentos que podem ou não aparecer na
Promessa A palavra de Deus a seguinte ordem: (1) o lamento por cau-
Abraão em Gênesis 12, em que Deus Remanescente Literalmente, um sa de uma situação, (2) afirmação da
promete a ele tanto terras quanto des- resto. Termo técnico que se refere a confiança do salmista de que Deus, de
cendentes fazer da família de Abraão um grupo do povo de Deus que per- alguma forma, irá ajudá-lo a passar por
uma grande nação que seria uma bên- manece fiel ao Senhor e pelo qual o suas provações e (3) algum tipo de lou-
ção para a humanidade. Senhor determina que irá continuar os
vor por Deus ter ouvido sua oração e
seus propósitos redentores.
Provérbio Ditado sucinto e persua- porque, a seu tempo, irá intervir (por
sivo referindo-se a vários tópicos rela- Renovo Descrição profética encon- exemplo, Salmos 3, 4 e 6).
cionados a Deus, a seu mundo e à vida. trada em Isaías 4.2 sobre o Messias que
Salmos de sabedoria Salmos ou
Os provérbios são declarações de ver- estava por vir como um renovo da li-
cânticos que relatam observações ge-
dades gerais e não promessas inquebrá- nhagem de Jessé, o pai de Davi, e que
rais sobre a vida, dentre as quais o au-
veis ou mandamentos que se aplicam a receberia o poder do Espírito do Se-
tor tipicamente faz pouco esforço para
todas as situações. nhor para liderar as nações e trazer paz,
defender as verdades que estão sendo
bondade e salvação de Deus àqueles
Pseudônimo Termo usado para des- que colocassem nele a sua fé. expostas; em vez disso, ele as apresenta
crever o costume de atribuir um escrito como descrições evidentes da forma
a alguém com um outro nome diferente Restauração Tema de 1 Crônicas, como Deus pretende que a vida seja,
daquele do autor. Na literatura apoca- no qual o autor olha para a futura espe- normalmente descrevendo o nosso re-
líptica intertestamental, esses nomes rança de salvação e equilibra sua repe- lacionamento com Deus em uma ou
artísticos eram usados para dar o crédi- tida ênfase na situação de exílio de Is- mais de suas facetas (por exemplo, Sal-
to dos escritos a algum antigo herói da fé. rael usando como ilustração o arquéti- mos 1, 14, 73).
487
Glossário
Salmos imprecatórios Salmos ou Shalom Palavra hebraica que signi- prova de autenticidade. Isaías, por
cânticos que pedem o julgamento de fica paz. Mais do que a ausência de exemplo, ofereceu a Acaz um sinal de
Deus sobre os inimigos do salmista (por conflito, ela refere-se a uma vida em Deus para fortalecer a fé do rei. Acaz,
exemplo, Salmos 35, 69, 137); eles que está presente a plenitude e o bem- porém, mascarou sua falta de fé com
podem ser de natureza individual ou estar. A paz shalom é retratada de ma- falsa piedade (Is 7.10-12), e já estava
congregacional. Apesar desses salmos neira perfeita no Jardim do Éden antes pensando em confiar na Assíria em vez
provocarem muitas discussões teológi- da queda; lá, a humanidade estava em de Deus (2Rs 16.7,8). Isaías condenou
cas por causa de seu conteúdo repleto paz com Deus e com a criação que os Acaz por sua falta de fé, declarando que
de ira, devemos entender que, nesses cercava tendo acesso direto à pre- o próprio Deus iria providenciar um si-
versículos, os salmistas nos ajudam a sença de Deus e gozando do seu favor, nal, ou seja, que uma virgem iria conce-
ver o lado humano das Escrituras; ao eram capazes também de gozar a pleni- ber um filho e dar-lhe o nome de
clamarem em meio à sua ira, frustração tude rica e perfeita da criação. Emanuel que quer dizer Deus conosco
e dor, eles percebiam sua própria fra- (Is 7.14); antes que a criança pudesse
queza tendo em vista que eram in- Shema Nome da importante passa- escolher entre o bem o mal, os reis da
capazes de mudar as circunstâncias ter- gem de Deuteronômio 6.4-9, que é a Síria e de Israel não mais existiriam.
ríveis. Os salmistas também deixavam expressão clássica do conceito israelita
o julgamento nas mãos de Deus, pe- de monoteísmo e que, mais tarde, tor- Sincretismo Tentativa de unir ou
dindo que Deus julgasse, mas reconhe- nou-se uma oração central do Judaís- reconciliar duas crenças ou práticas. Os
cendo também que só Deus sabia o que mo. O nome em si é a primeira palavra proponentes de uma religião algumas
era absolutamente correto. em hebraico do imperativo Ouve, Is- vezes adaptam-se ou identificam suas
rael, o Senhor, nosso Deus, é o único divindades ou credos com aqueles de
Salmos messiânicos Salmos ou Senhor. uma outra religião a fim de ganhar fiéis.
cânticos que descrevem o Messias, o
Sheol Palavra hebraica usada com Sitz im Leben Expressão em ale-
ungido de Deus.
mais freqüência para se fazer referência mão (que significa situação de vida)
Salmos reais Salmos ou cânticos so- ao lugar onde acreditava-se que os mor- que denota o cenário histórico e social
bre o rei de Israel, normalmente des- tos habitavam, um lugar de escuridão no qual um gênero literário tomou for-
crevendo-o como o representante es- (Jó 10.21,22; Sl 143.3), silêncio (Sl ma pela primeira vez.
pecial de Deus para governar Israel. Os 94.17; 115.17), cujos habitantes eram
incapazes de louvar a Deus (Sl 6.5; Soberania Ensinamento bíblico de
Salmos 2, 45 e 110 são bons exemplos
88.10-12) e nada sabiam (Jó 14.21; Ec que Deus está no controle absoluto de
de salmos reais.
9.5), e que eram meras sombras do que toda a criação e não está subordinado a
Santos do Altíssimo Indivíduos da haviam sido um dia. Sheol estava ao nada. O Pentateuco inicia-se enfatizan-
visão registrada em Daniel 7 que com- alcance de Deus, como fica entendido do a soberania de Deus por meio do
põem o quinto e último reino eterno pelo Salmo 139.8 e por Jó 26.6. Há relato da criação que parte do pressu-
estabelecido pelo Ancião de Dias e dúvidas sobre a verdadeira localização posto da existência eterna de Deus, que
por aquele que é como o Filho do de Sheol e o quão intimamente ele está criou todo o universo sem a ajuda de
Homem. ligado com a sepultura do ponto de ninguém, sem usar matéria preexistente
vista literal; também há desacordo se e sem esforço, unicamente pelo poder
Septuaginta Tradução do Antigo os crentes do Antigo Testamento iam de sua palavra falada. Assim como
Testamento para o grego de aproxima- primeiro para esse lugar de sombras ou Gênesis estabelece tão fortemente des-
damente 300 a 200 a.C. e que vem da diretamente para o céu. Ezequiel, em de o início a soberania de Deus sobre
cidade egípcia de Alexandria. Seu nome uma linguagem profética assustadora, sua criação, as histórias subseqüentes
e abreviação (LXX) vem do fato de o descreve Deus levando o Egito para do dilúvio (Gn 6-9) e da Torre de Babel
trabalho de tradução ter sido realizado Sheol, onde o Egito encontra o comi- (Gn 11) reforçam ainda mais esse con-
por um grupo de setenta e dois estu- tê de boas-vindas formado pela ceito bem como o relacionamento de
diosos. A Septuaginta é um importan- Assíria, Elam e Edom nações que, Deus com indivíduos como Abraão,
te testemunho antigo do texto do An- de maneira semelhante, haviam confi- Isaque e Jacó demonstram o domínio
tigo Testamento. ado em seu próprio poder e esplendor supremo dele. Em contraste gritante
até que Deus deu um fim ao seu domí- com os deuses do antigo Oriente Pró-
Setenta setes Refere-se à passagem
nio; Ezequiel advertiu o Egito que eles ximo, cuja jurisdição tinha limites geo-
profética e escatológica de Daniel 9.24- gráficos definidos, o escopo do domí-
iriam tornar-se como todas as outras
27 sobre as setenta semanas de anos, nio de Deus é universal.
nações que haviam desafiado a autori-
ou setenta períodos de tempo; essas se-
dade de Deus (29.132.32).
tenta semanas de anos eqüivalem a qua- Talmude Coleção de leis judaicas
trocentos e noventa anos, apesar dos Sinal Algo que dá evidência de um rabínicas, leis de decisão e comentários
intérpretes discordarem em relação às acontecimento passado, presente ou fu- sobre as leis de Moisés; refere-se aos
datas e acontecimentos relativos a esse turo, que serve de advertência para coi- primeiros cinco livros da Bíblia como
período. sas que ainda estão por vir ou como os Livros de Moisés.
488
Glossário
Tamuz Deus da agricultura da Me- 18; 28), chamado de Moisés (Êx 3), to do Antigo Testamento, usando um
sopotâmia, marido da deusa Istar, cujos aliança no Sinai (Êx 19) e outras. complexo sistema de marcações cha-
seguidores acreditavam que todos os mado de massora. As cópias mais anti-
anos, no tempo da colheita, Tamuz Teologia da retribuição Obediên- gas desse texto são de pouco antes de
morria; as mulheres que Ezequiel viu cia aos mandamentos de Deus traz bên- 1000 d.C., apesar de alguns estudiosos
chorando no templo de Jerusalém em çãos enquanto a desobediência provo- acreditarem que essas cópias refletem
sua visão (Ez 8.14,15) estavam prante- ca o fracasso. Essa é a tônica dos livros textos do ano 100 d.C. O texto masso-
ando Tamuz junto a Istar. Tamuz volta- de Reis, que se baseiam na aliança do térico é o texto hebraico mais confiável
va à vida na primavera, quando as plan- Sinai, especialmente da forma como ela que temos à nossa disposição.
tações se reavivavam e as árvores co- é expressa em Deuteronômio, em que
meçavam a florescer. o discurso final de Moisés (Dt 28) faz Textos de presságio Coleção de tex-
uma lista das bênçãos e castigos da tos que começou a ser compilada du-
Targuns Coleção de escritos aramai- aliança. Para o autor de Reis, a história rante o período da antiga babilônia
cos baseados no texto do Antigo Testa- é a fundação sobre a qual a teologia é (20001595 a.C.). Provavelmente
mento e que são do começo da era cris- provada e ele avalia cada rei tomando considerados científicos na sua época,
tã, apesar de algumas partes terem sido por base a lealdade desse monarca Iavé esses textos refletiam a crença desses
escritas antes. Surgiram durante uma adorado em Jerusalém e ilustrando os povos antigos de que o mundo era uma
época em que muitas pessoas entendi- dois caminhos entre os quais o homem complexa teia de relações de causa e
am o aramaico melhor que o hebraico e precisa escolher a busca interna e efeito muitas vezes com uma intenção
ofereciam uma interpretação comum ao externa de Deus ou a desobediência e a sobrenatural por trás dos acontecimen-
texto hebraico. Em algumas partes, os falta de devoção que no final leva à tos. Assim, os textos de presságio pre-
Targuns refletem uma tradução relati- autodestruição. servavam um registro escrito de certos
vamente literal do hebraico, enquanto, acontecimentos e suas conseqüências
em outras partes, são adicionados co- Teologia deuteronômica Doutrina e, se certos acontecimentos voltavam
mentários e histórias para esclarecer o de retribuição que a Bíblia usa com fre- a ocorrer, isso significava que os deuses
significado do texto; portanto, de um qüência para explicar que a fidelidade iriam repetir o seu modo de agir. Se,
modo geral, eles não servem como tes- à aliança resultará em bênçãos futuras por exemplo, um certo pássaro apare-
temunha confiável do Antigo Testamen- enquanto a desobediência resultará em cia durante um certo mês, isso poderia
to, apesar de nos ajudarem a entender as castigos. Esta é a teologia por trás dos indicar a vinda de uma grande fome;
antigas interpretações judaicas. Livros Históricos e é comum dizer-se ou, se um animal sacrificado tivesse
que ela é característica da história deu- uma mancha vermelha no fígado, isso
Templo Falando de um modo geral, teronômica. poderia indicar uma vitória militar para
um lugar dedicado ao culto ou à adora- o rei. Esses textos têm pouco em co-
ção de uma divindade ou várias divin- Teoria do ditado Teoria que sugere
mum com a profecia bíblica, faltando a
dades; no Antigo Testamento, refere- que Deus simplesmente ditou a Bíblia
eles qualquer base moral. Enquanto os
se qualquer uma de três construções para escribas humanos, escolhendo cer-
deuses simplesmente revelavam sua
sucessivas ou a grupos de construções tos indivíduos para registrarem suas pa-
vontade por meio de acontecimentos
em Jerusalém que eram dedicadas à lavras e dando-lhes as palavras exatas
inter-relacionados, os profetas basea-
adoração de Iavé. que ele queria usar. Essa teoria explica
vam-se em Deus, na sua palavra e na
algumas das evidências bíblicas, mas
Teodicidade Tentativa de conciliar sua aliança com o povo.
não todas.
a justiça e a santidade de Deus à luz da Torá Palavra hebraica que significa
existência do mal no mundo. Se Deus Tetratêuco Nome (que significa
literalmente ensinamento ou instru-
é Todo-poderoso e também amoroso, quatro rolos) dado aos quatro pri-
ção, apesar de algumas vezes ser
como a Bíblia afirma em várias partes, meiros livros da Bíblia Gênesis,
traduzida como lei. O termo refere-
então de que forma o mal pode conti- Êxodo, Levítico e Números como
se aos primeiros cinco livros da Bíblia
nuar a existir no mundo? Como os sendo uma unidade literária. Alguns es-
Gênesis, Êxodo, Levítico, Núme-
ímpios podem prosperar se Deus é jus- tudiosos discutem se essa unidade foi
ros e Deuteronômio.
to? Por que pessoas boas sofrem e como editada como uma única obra que con-
Deus pode permitir que isso aconteça? sistia das fontes JEP. De acordo com Transcendente Além da compreen-
O livro de Jó é uma resposta a essas esse ponto de vista, Deuteronômio foi são, do entendimento e da explicação.
questões. acrescentado bem mais tarde. Teólogos usam esse termo para descre-
ver o fato de que Deus está totalmente
Teofania Termo grego usado para a Texto massorético Cópia hebraica além de qualquer coisa em nossa expe-
manifestação de Deus. Essas aparições do Antigo Testamento que foi passada riência humana.
súbitas e inesperadas de Deus ocorrem para nós por meio dos massoretas
de forma perceptível (audíveis ou visí- um dos grupos mais importantes e pre- Transmissão Comunicação fiel das
veis) em pontos decisivos da história cisos de escribas que, entre 500 a 1000 Escrituras à medida que foi passada adi-
de Israel: promessas patriarcais (Gn 17; d.C., trabalharam para preservar o tex- ante e entregue de uma geração para
489
Glossário
outra. No mundo antigo, era responsa- Vassalo Parte subordinada em um Visão da múltipla autoria Ponto de
bilidade absoluta dos escribas que la- tratado de suserania. O vassalo jurava vista referente à autoria do livro de Isaías
boriosamente copiavam os textos bí- lealdade e pagamento regular de tri- que afirma que o profeta escreveu o
blicos, crendo que estavam copiando butos ao seu senhor que, em troca, material encontrado nos capítulos 1
as palavras do próprio Deus e, portan- prometia proteger o vassalo de seus 39, enquanto outro autor ou autores
to, tomando grande cuidado para pre- inimigos. (Deutero-Isaías ou segundo Isaías),
servar as cópias que haviam recebido. talvez os discípulos de Isaías, escreve-
Vaticinium ex eventu Frase em la- ram a outra metade do livro. Essa vi-
Tratado de suserania Tratado polí- tim que significa profecia a partir do são também pode incluir uma terceira
tico do antigo Oriente Próximo entre fato ou profecia de um resultado. divisão dentro dos capítulos 4066,
duas partes de níveis desiguais, o Refere-se à técnica literária usada nos alegando que Deutero-Isaías escreveu
suserano (ou senhor) e o vassalo (ou escritos da literatura apocalíptica in- os capítulos 4055, uma terceira pes-
nação súdita). A forma literária da tertestamental, em que um aconteci- soa ou escola de discípulos (Trito-Isa-
aliança no Sinai em Êxodo 2024 e mento conhecido do passado é proje- ías ou terceiro Isaías) teriam escrito
em Deuteronômio tem grande seme- tado em forma de previsão, usando lin- os capítulos 5666 algum tempo mais
lhança com esses tratados, especialmen- guagem futurista. O autor fala de acon- tarde; alguns argumentam que essa ter-
te com os tratados de suserania hititas tecimentos que já passaram como se ceira seção veio de muitos autores, tal-
dos arquivos reais de Bogbazköy, na ainda não tivessem ocorrido. Ele toma vez um grupo de discípulos de Isaías.
Turquia. Esses tratados hititas são, em a posição de profeta de previsões e fala Os proponentes desse ponto de vista
sua maioria, da nova idade do bronze e do acontecimento como se ainda esti- geralmente argumentam dentro de três
parecem confirmar a data tradicional vesse no futuro. linhas: o período de tempo coberto
dos textos bíblicos, ainda que alguns
Via Maris Termo em latim que sig- pelo livro; a diferença de assuntos, vo-
questionem essa evidência.
nifica o caminho do mar, que vem cabulário e estilo entre as duas divi-
Tributo Uma soma determinada ou de Isaías 9.1 e refere-se à estrada in- sões e a menção do nome de Ciro em
alguma outra coisa de valor paga por ternacional que passava ao longo do 44.28 e 45.1.
um soberano ou estado a outro como Levante costeiro. Essa estrada foi usa- Vulgata Tradução da Bíblia para o
forma de reconhecimento da submis- da durante os tempos bíblicos e loca- latim feita por Jerônimo por volta de
são ou do preço da paz, segurança e lizava-se próximo a algumas das cida- 400 d.C. A tradução inclui os apócrifos,
proteção. Davi aceitou tais tributos de des mais importantes da antigüidade. a estimada coleção de livros judaicos
muitas cidades-estado da Síria que Is- A Vulgata traduziu a frase de Isaías que não se encontra no Antigo Testa-
rael venceu sob o seu comando. como Via Maris, termo que mais tarde mento e não é aceita pelos judeus ou
foi usado para designar todo um com- cristãos protestantes.
Trito-Isaías Significa simplesmente
plexo de estradas do Egito, pela Síria-
o terceiro-Isaías. Esse termo é usado
Palestina e até a Mesopotâmia. No Zigurate Uma torre com degraus
por aqueles estudiosos que acreditam
em uma autoria múltipla do livro de sul da planície costeira, a Via Maris construída com três a sete estágios que
Isaías para referirem-se ao autor dos vai em direção ao norte e divide-se era característica dos complexos de
capítulos 5666. (Ver também Visão em duas ramificações, a oeste que con- templo da antiga Mesopotâmia. Pró-
de múltipla autoria.) tinua ao longo da costa e a leste que ximo à base da torre ficava o templo
passa pelo vale de Jezreel para Megido pagão propriamente dito. Conceito
Ugarítico Linguagem da mesma fa- e de lá para Hazor e Damasco até a possivelmente ligado à idéia de que os
mília do hebraico e aramaico e lingua- Mesopotâmia; as várias ramificações deuses viviam nas montanhas, sendo o
gem do Ugarite um importante cen- dessa grande estrada internacional zigurate, portanto, um substituto. A
tro de comércio próximo à costa do convergem todas em Megido, na en- Torre de Babel, em Gênesis 11 era um
Mediterrâneo. Os escribas de Ugarite trada do vale de Jezreel uma locali- zigurate que representava o orgulho e a
criaram uma escrita alfabética de trinta zação estratégica para o comércio e a rebeldia arrogante da cidade da Babi-
sinais cuneiformes. viagem no mundo antigo. lônia e da humanidade em geral.
490
(Baltimore: Penguin, 1980), 19-33; H.
of the Old Testament World, ed, Alfred Moisés de maneira menos direta: Êx também John H. Walton, Ancient Is-
J. Hoerth, Gerald L. Mattingly e Edwin 25.16, 21,22; Dt 28.58; 29.20, 21, 27, raelita Literature in Its Cultural Context:
M. Yamauchi (Grand Rapids: Baker, 29; 30.10, 11. Além disso, estudiosos A Survey of Parallels between Biblical
1994), 27-36. procuraram fora do Pentateuco para en- and Ancient Near Eastern Texts (Grand
16. Wilson, Culture of Ancient contrar evidências de autoria: Js 8.32; Rapids: Zondervan, 1989), 19-42.
Egypt, 69-103; e James K. Hoffmeier, 1Rs 2.3; 2Rs 14.6; 21.8; Ed 6.18; Ne 3. Allen P. Ross, Creation and Bles-
Egyptians, in Peoples of the Old Tes- 13.1; Dn 9.11-13; Ml 4.4; Mt 19.8; sing: A Guide to Study and Exposition of
tament World, org. Alfred J. Hoerth, Mc 12.26; Jo 5.46,47; 7.19; At 3.22; the Book of Genesis (Grand Rapids:
Gerald L. Mattingly, e Edwin M. Rm 10.5 etc. Baker, 1988), 718-723.
Yamauchi (Grand Rapids: Baker, 1994), 2. Sanhedrin, 21b-22a; e ver tam- 4. Para detalhes de lingüística e mais
255-264. bém Baba Bathra 14b. discussões ver Bill T. Arnold, New Inter-
17. Bright, History, 83-87. Alguns 3. Aboth 1.1 e Antiquities 4.8.48, national Dictionary of Old Testament
preferem uma data um pouco mais an- respectivamente. Theology and Exegesis, org. Willem ª
tiga; ver Merrill, Kingdom of Priests, 4. Para uma pesquisa sobre as dúvi- Van Gemeren, 5 vols. (Grand Rapids:
78-79. das mais antigas de judeus e cristãos Zondervan, 1997), 3: 1025-1026.
18. Roux, Ancient Iraq 184-207; e sobre a autoria mosaica, ver R. K. Har- 5. Wenham, Genesis 6-7; e Ross,
Bill Tl. Arnold, Babylonians, in rison, Introduction to the Old Testament Creation and Blessing, 104.
Peoples of the Old Testament World, org. (Grand Rapids: Eerdmans, 1969), 497- 6. Gerald Bray, The Significance
Aalfred Hoerth, Gerald L. Mattingly, 498. of Gods Image in Man, Tyndale
e Edwin M. Yamauchi (Grand Rapids: 5. Seu livro mais importante foi Die Bulletin 42, nº 2 (1191): 224-225.
Baker, 1994), 47-50. Composition des Hexateuchs. 7. A frase normalmente traduzida
19. Keith N. Schoville, Canaanites 6. Kenneth A. Kitche, Ancient como sem forma e vazia expressa uma
and Amorites, in Peoples of the Old Orient and the Old Testament (Downers mesma idéia por meio de duas palavras
Testament World, org. Alfred Hoerth, Grove: InterVarsity, 1966), 15-34. (tohu wabohu). Mas qual é a idéia úni-
Gerald L. Mattingly, e Edwin M. 7. James A. Sanders. Canon and ca pretendida aqui? Diz-se com freqüên-
Yamauchi (Grand Rapids: Baker, 1994), Community: A Guide to Canonical cia que a frase denota um universo ca-
162-167. Criticism (Filadélfia: Fortress, 1984). ótico em seu estado de criação. Mas
20. Não se sabe ao certo o período 8. Tremper Longman III, Literary estudos lingüísticos comparativos re-
exato de tempo entre a genealogia de Approaches to Biblical Interpretation centes revelam que a expressão descre-
Gn 11.27-32 e o chamado de Abraão (Grand Rapids: Zondervan, 1987). ve uma terra limpa ou vazia, um
em 12.1-3. Ver Victor P. Hamilton 9. Carl E. Armending, The Old Tes- lugar desabitado que agora está para
The Book of Genesis, Chapters 1-17 tament and Criticism (Grand Rapids: ser populado e habitado pela humani-
(NICOT; Grand Rapids: Eerdmans, Eerdmans, 1983). dade. Ver David Toshio Tsumura, The
1990), 366-368, e Alle P. Ross, Creation 10. Para essa avaliação veja Eugene Earth and the Waters in Genesis 1 and
and Blessing (Grand Rapids: Baker, Carpenter, Pentateuch, in Internatio- 2: A Linguistic Investigation, Journal
1988), 258. nal Standard Bible Encyclopedia, org. for the Study of the Old Testament
21. Hoffmeir, Egyptians, 273. Geoffrey W. Bromiley, 4 vol. (Grand Supplement Series 83 (Sheffielldld:
22. Harry A. Hoffner Jr., Hittites, Rapids: Eerdmans, 1979-1988), 3: 752- JSOT, 1989), 17-43.
in Peoples of the Old Testament World, 753. 8. Victor P. Hamilton, The Book of
org. Aalfred Hoerth, Gerald L. Mat- Genesis: Chapters 1-17, New Interna-
tingly, e Edwin M. Yamauchi (Grand Capítulo 4: Gênesis 1-11 O prelú-
tional Commentary on the Old Testa-
Rapids: Baker, 1994), 130. dio de Israel
ment (Grand Rapids: Eerdmans, 1990),
23. Hoffmeir, Egyptians, 287-288. 1. W. G. Lambert e A. R. Millard, 2-11; e David W. Baker, Diversity and
24. David M. Howard Jr., Philisti- Atrahasis The Babylonian Story of the Unity in the Literary Structure of Ge-
nes, in Peoples of the Old Testament Flood (Oxford: Clarendon, 1969); Isaac nesis, in Essays on the Patriarchal
World, org. Aalfred Hoerth, Gerald L. M. Kikawada e Arthur Quinn, Before Narratives, org. A. R. Millard e Donald
Mattingly, e Edwin M. Yamauchi Abraham Was: The Unity of Genesis 1- J. Wiseman (Winona Lake, Ind.:
(Grand Rapids: Baker, 1994), 233-236. 11 (Nashville: Abingdon, 1985), 41- Eisenbrauns, 1983), 208.
25. Edwin P. Yamauchi, Persians, 48. Esse enredo básico também está 9. F. B. Huey Jr., E. H. Walton, Are
in Peoples of the Old Testament World, presente na versão suméria (Thorkild the Sons of God in Genesis 6 Angels?
org. Aalfred Hoerth, Gerald L. Mat- Jacobsen, The Eridu Genesis, Journal in The Genesis Debate, org. Ronald
tingly, e Edwin M. Yamauchi (Grand of Biblical Literature 100 [1981]: 513- Youngblood (Nashville: Thomas Nel-
Rapids: Baker, 1994), 107-124. 529). son, 1986), 184-209. Alguns (tais como
2. Para uma excelente pesquisa so- Huey) argumentam que a passagem re-
Capítulo 3: Introdução ao Pentateu- bre os paralelos, ver Gordon J. Wen- fere-se literalmente a anjos coabitando
co O nascimento do povo de Deus ham, Genesis 1-15, Word Biblical Com- com seres humanos.
1. Além dessas referências explíci- mentary 1 (Waco, Tex: Word, 1987), 10. Victor P. Hamilton, Genesis,
tas, há outras que ligam o Pentateuco a xlvi-l e o restante do comentário. Ver in Evangelical Commentary on the
492
Notas
Bible, org. Walter A. Elwell (Grand e Gordon J. Wenham, 2. org. (Grand 7. Porém, um significado geográfico
Rapids: Baker, 1989), 18-19. Rapids/Carlisle, England: Baker/ mais amplo é possível para o nome he-
11. Bill T. Arnold, Babylonians, Paternoster, 1994), 55-65. braico yam sup (Mar de Juncos) como
in People of the Old Testament World, 7. Selman, Comparative Cus- em 1Rs 9.26 em que se refere ao Golfo
org. Alfred J. Hoerth, Gerald L. Mat- toms, 119, 137 e ver comentário na de Ácaba. Ver Kenneth A. Kitchen,
tingly e Edwin M. Yamauchi (Grand tarja. Apesar dos paralelos não serem Red Sea in The Illustrated Bible Dic-
Rapids: Baker, 1994), 43-45. exatos, eles são claros o suficiente para tionary, org. N. Hillyer, 3 vols. (Whea-
12. Derek Kidner, Genesis: An Intro- oferecer um pano de fundo para um ton, III./Leicester: Tyndale; InterVar-
duction and Commentary, Tyndale Old costume que, de outra maneira, não sity, 1980), 3: 1324.
Testament Commentary (Downers ficaria claro para o leitor ocidental. 8. Barry Beitzel, The Moody Atlas of
Grove: InterVarsity, 1967), 110. (John H. Walton, Ancient Israelite Li- Bible Lands (Chicago: Moody, 1985),
terature in Its Cultural Context: A 90-91.
Capítulo 5: Gênesis 12-50 Os pa- Survey of Parallels between Biblical and
triarcas: ancestrais da fé israelita Ancient Near Eastern Texts [Grand Capítulo 7: Levítico Instruções
Rapids: Zondervan, 1989]), 54-55. para se viver em santidade
1. Ver, por exemplo, P. Kyle Mc-
Carter Jr., The Patriarchal Age: 8. Gary A. Rendsburg, The Redac- 1. Helmer Ringgren, Religions of the
Abraham, Isaac, and Jacob, in Ancient tion of Genesis (Winona Lake: Ancient Near East, trad. John Sturdy
Israel: A Short History from Abraham to Eisenbrauns, 1986), 46-47. (Filadélfia: Westminster, 1973), 161.
the Roman Destruction of the Temple, org. 9. Gn 25.36, apesar do significado 2. Ibid., 82; e A. Leo Oppenheim,
Hersehl Shanks (Englewood Cliffs, N.J./ exato do seu nome ainda ser incerto. Ancient Mesopotamia: Portrait of a Dead
Washington, D.C.: Prentice Hall/Biblical 10. David J. A. Clines descreve o Civilization (Chicago: University of
Archeology Society, 1988), 20-29. tema do Pentateuco como o cumpri- Chicago Press, 1964), 192.
2. A. R. Millard, Methods of mento parcial das promessas aos patri- 3. R. K. Harrison, Introduction to
Studying the Patriarchal Narratives as arcas. (The Theme of the Pentateuch, the Old Testament (Grand Rapids: Eerd-
Ancient Texts, in Essay on the Patriar- Journal for the Study of the Old Testa- mans, 1969), 601.
chal Narratives, org. A. R. Millard e ment Supplement Series 10 4. Victor P. Hamilton, Handbook on
Donald J. Wiseman (Winona Lake, Ind.: [Sheffielld: JSOT, 1978]). the Pentateuch: Genesis, Exodus, Levi-
Eisenbrauns, 1983), 35-51. Ver também 11. Thomas E. McComiskey, The ticus, Numbers, Deuteronomy (Grand
um outro artigo nesse excelente volu- Covenents of Promise: A Theology of Rapids: Baker, 1982), 246.
me sobre as narrativas patriarcais. the Old Testament Covenants (Grand 5. Gordon J. Wenham, The Book of
3. Sugere-se algumas vezes que po- Rapids: Baker, 1985), 10. Leviticus, New International Commen-
deria também ser uma outra Ur, situa- tary on the Old Testament (Grand
da perto de Haran, a tradicional terra Capítulo 6: Êxodo A fuga mira- Rapids: Eerdmans, 1979), 161.
natal da família de patriarcas. Barry J. culosa 6. John E. Hartley, Leviticus, Word
Beitzel, The Moody Atlas of Bible Lands 1. Exodus vem da tradução grega Biblical Commentary 4 (Dallas: Word,
(Chicago: Moody, 1985), 80. de 19.1, que quer dizer partida. 1992), 247-260.
4. O discurso de Estevão em Atos 2. James K. Hoffmeier, Egypt, 7. John Bright, The Authority of the
7.2-4 contraria essa seqüência crono- Plagues in in Anchor Bible Dictionary, Old Testament (Nashville: Abingdon,
lógica. Para possíveis soluções, ver org. David Noel Freedman, 6 vols. (Nova 1967), 53-55, 148-149.
Victor P. Hamilton, The Book of Gene- York: Doubleday, 1992), 2: 374-378. 8. Christopher J. H. Wright, Gods
sis, Chapters 1-17 (NICOT; Grand 3. R. Alan Cole, Exodus: An Intro- People in Gods Land: Family, Land and
Rapids: Eerdmans, 1990), 366-368 e duction and Commentary, Tyndale Old Property in the Old Testament (Grand
Allen P. Ross, Creation and Blessing Testament Commentary (Downers Rapids/Exeter, Inglaterra: Eerdmans/
(Grand Rapids: Baker, 1988), 258. Grove: InterVarsity, 1973), 122. Paternoster, 1990), 260-265.
5. Martin J. Selman, Comparative 4. John J. Bimson, Redating the Exodus 9. Hartley, Leviticus, LXVIII-LXIX.
Customs and the Patriarchal Age, in and Conquest, Journal for the Study of
Essays on the Patriarchal Narratives, org. the Old Testament Supplement Series Capítulo 8: Números O fracasso
A. R. Millard e Donald J. Wiseman 5 (Sheffielldd: JSOT, 1981). no deserto
(Winona Lake, Ind.: Eisenbrauns 5. Kenneth A. Kitche, Exodus, 1. Brevard, S. Childs, Introduction
1983), 114, 136. The, in Anchor Bible Dictionary, org. to the Old Testament as Scripture (Fila-
6. Apesar de Gênesis 15 talvez não David Noel Freedman, 6 vols. (Nova délfia, Fortress, 1979), 199.
conter um elemento substitutivo. Ver York: Doubleday, 1992), 2: 703. 2. R. K. Harrison, Introduction to
Richard S. Hess, The Slaughter of the 6. Para detalhes sobre os diversos the Old Testament (Grand Rapids: Eerd-
Animals in Genesis 15: Genesis 15.8- lagos na região leste do Delta, ver John mans, 1969), 618-622.
21 and Its Ancient Near Easter Con- R. Huddlestun, Red Sea in Anchor 3. Ibid., 621-22.
text in He Swore an Oath: Biblical Bible Dictionary, org. David Noel 4. Para mais informações sobre es-
Themes from Genesis 12-50, org. Ri- Freedman, 6 vols. (Nova York: Dou- tes e outros problemas com os núme-
chard S. Hess, Philip E. Satterthwaite bleday, 1992), 5: 639. ros, ver Timothy R. Ashley, The Book
493
Notas
of Numbers, New International Com- Testament Commentary (Downers 4. O Talmude atribui a autoria de
mentary on the Old Testament (Grand Grove/Leicester: InterVarsity, 1974), Juízes e Samuel a Samuel (Baba Bathra
Rapids: Eerdmans, 1993), 60-61. 14-21. 14b).
5. John Bright, A History of Israel, 9. George E. Mendenhall, Sa- 5. Brevard, S. Childs, Introduction to
3ª ed. (Filadélfia: Westminster, 1981), muels Broken Rib: Deuteronomy 32 the Old Testament as Scripture, (Filadél-
134. in No Famine in the Land: Studies in fia: Fortress, 1979), 230-231.
6. John W. Wenham, Large Num- Honor of John L. McKenzie, org. James 6. Martin Noth, The Deuteronomis-
bers in the Old Testament, Tyndale W. Flanagan e Anita Weisbrod Robin- tic History, 2ª ed., Journal for the Study
Bulletin 18 (1967): 30-32. Por outro son (Misoula, Mont: Scholars, 1975), of the Old Testament Supplement
lado, talvez devamos ver o uso dos 64-65. Series 15 (Sheffielldd: JSOT, 1991).
números no Antigo Testamento como 10. Cecil Frances Alexander, The Para um sumário conveniente ver
uma hipérbole, sobre a qual ver David Burial of Moses in Poems with Power David M. Howard Jr., An Introduction
M. Fouts A Defense of the Hyperbolic to Strengthen the Soul, org. James to the Old Testament Historical Books
Interpretation of Large Numbers in Mudge (Abingdon, 1907), 36. (Chicago: Moody, 1993), 179-182.
the Old Testament JETS 40 (1997): 11. Para essa discussão, ver George 7. Frank Moore Cross, Canaanite
377-387. E. Mendehall, Law and Covenant in Myth and Hebrew Epic: Essays in the
7. Gordon J, Wenham, Number: An Israel and the Ancient Near East (Pit- History of the Religion of Israel (Cam-
Introduction and Commentary, Tyndale tsburgh: Biblical Coloquium, 1955), bridge, Mass.: Harvard University
Old Testament Commentary (Downers 32-34. Press, 1973), 274-289.
Grove/Leicester: InterVarsity, 1981), 12. Êx 20-25 e Js 24. Para uma dis- 8. Duane L. Christensen, Deute-
126-127). cussão e introdução à extensa biblio- ronomy in Modern Research: Approa-
8. Wenham, Numbers, 150. grafia sobre esse tópico ver John H. ches and Issues, in A Song of Power
9. Ibid., 164. Walton, Ancient Israelite Literature in and the Power of Song: Essays on the
Its Cultural Context: A Survey of Paral- Book of Deuteronomy, org. Duane L.
Capítulo 9: Deuteronômio A res- lels between Biblical and Ancient Near Christensen para Biblical and Theo-
tauração da aliança Eastern Texts (Grand Rapids: Zonder- logical Study 3 (Winona Lake, Ind.:
1. A Septuaginta traduziu incorre- van, 1989), 94-109. Eisenbrauns, 1993), 16.
tamente a frase cópia desta lei em Dt 13. Ou seja, os nove primeiros li- 9. Childs, Introduction, 231-233.
17.18 como to deuteronómin touto, esta vros do Cânon hebraico, omitindo Rute 10. Talmude, Baba Bathra 15a.
segunda lei. e contando Samuel e Reis como um 11. Sara Japhet, I and II Chronicles:
2. Duane L. Christensen, Deutero- livro cada (Gênesis, Êxodo, Levítico, A Commentary, Old Testament Library
nomy 1-11, Word Biblical Commenta- Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, (Louisville: Westminster/John Knox,
ry 6A (Dallas: Word, 1991), XLI. 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis). David Noel 1993), 3-5; H. G. Williamson, 1 and 2
3. Victor P. Hamilton, Handbook on Freedman, The Unity of the Hebrew Chronicles. New Century Bible Com-
the Pentateuch: Genesis, Exodus, Levi- Bible (Ann Arbor: University of Mi- mentary (Grand Rapids/Londres: Eerd-
ticus, Numbers, Deuteronomy (Grand chigan Press, 1991), 15. mans/Marshall, Morgan & Scott,
Rapids: Baker, 1982), 406-408. 1982), 5-11.
4. Essas palavras aparecem em uma Capítulo 10: Introdução aos Livros 12. Talmude, Baba Bathra 14b.
forma ou outra em 5.29; 6.2, 5, 13, 24; Históricos A história de Israel como 13. Talmude, Baba Bathra 15a; Jo-
7.9; 8.6; 10.12, 20; 11.1, 13, 22. nação sephus, Antiquities, 6.6.1.
5. No contexto da aliança, o amor 1. Talmude, Baba Bathra 14b e 15a.
sempre estava ligado ao comprometimen- 2. Gordon J. Wenham, History and Capítulo 11: Josué Conquista e
to à obediência, William L. Moran, The the Old Testament, in History, divisão
Ancient Near Easter Background of the Criticism and Faith: Four Exploratory 1. Marten H. Woudstra, The Book
Love of God in Deuteronomy, Catholic Studies, org. Colin Brown (Downer of Josué, New International Commen-
Biblical Quarterly 25 (1963): 77-87. Grove/Leicester: InterVarsity, 1976), tary on the Old Testament (Grand
6. Stephen A. Kaufman, The 13-75; V. Philips Long, The Art of Rapids: Eerdmans, 1981), 5-13, apre-
Structure of the Deuteronomic Law, Biblical History (Grand Rapids: Zon- senta um sumário completo das ques-
Maarav 1, nº 2 (1978-79): 147. dervan, 1994), 88-119. tões de autoria e data.
7. Para esse desenvolvimento da ob- 3. Elmer A. Martens, The Oscilla- 2. William F. Albright, Archeology
servação de Kaufman, ver John H. ting Fortunes of History within the and the Date of the Hebrew Conquest
Walton, Deuteronomy: An Exposition Old Testament Theology, in Faith, of Palestine, Bulletin of the American
of the Spirit of the Law, Grace Theo- Tradition, and History: Old Testament Schools of Oriental Research 58 (1935):
logical Journal 8, nº 2 (1987): 213-225. Historyography in Its Near Eastern Con- 10-18; Keneth A. Kitchen, Ancient
8. Para as várias maneiras em que text, org. A. R. Millard, James K. Orient and Old Testament (Downers
Dt 27-34 pode ser delineado, ver J. A. Hoffmeier, and Davis W. Baker Grove: InterVarsity, 1966), 57-75.
Thompson, Deuteronomy: An Intro- (Winona Lake, Ind.: Eisenbrauns, 3. Ver exemplo em Eugene H.
duction and Commentary, Tyndale Old 1994), 313-340. Merrill, Kingdom of Priests: A History
494
Notas
of Old Testament Israel (Grand Rapids: mans, 1978), 3: 1; Ralph W. Klein, 1 Capítulo 15: 1 Reis A glória de
Baker, 1987), 64-65. Samuel, Word Biblical Commentary 10 Salomão e o princípio do fim
4. As palavras de Calebe para Josué (Waco, Tex.: Word, 1983), XXV; su-
1. Talmude, Baba Bathra, 15a.
(Js 14.7, 10) indicam um período de gere algumas explicações sobre os li-
2. John H. Walton, Ancient Israelite
quarenta e cinco anos entre Moisés ter vros serem divididos como são.
Literature in Its Cultural Context: A
mandado espias para Canaã (Nm 13 3. 1Co 6.33,34 determina a ligação
Survey of Parallels between Biblical and
14) e a situação atual de Calebe. Israel levítica.
Ancient Near Eastern Texts (Grand
passou quarenta anos no deserto, mais 4. Eugene H. Merrill, Kingdom of
Rapids: Zondervan, 1989), 119; e
um ou dois desses anos foi no Monte Priests: A History of Old Testament Is-
Simon J. DeVries, 1 Kings, Word
Sinai, recebendo a Lei de Deus (Nm rael (Grand Rapids: Baker, 1987), 181.
Biblical Commentary 12 (Waco. Tex.:
10.11,12). 5. Dt 17.14-20 previu o dia em que
Word, 1985), XXIX-XXXIII.
um rei iria governar Israel; ver Merrill,
Capítulo 12: Juízes e Rute A crise 3. Mordechai Cogan e Hayim
Kingdom and Priests, 189-190.
moral de Israel Tadmor, II Kings: A New Translation
6. Leon J. Wood, Israels United
with Introduction and Commentary,
1. R. K. Harrison, Introduction to Monarchy (Grand Rapids: Baker,
Anchor Bible 11 (Garden City, N.Y.:
the Old Testament (Grand Rapids: Eerd- 1979), 167; Joyce G. Baldwin, 1 and 2
Doubleday, 1988), 3.
mans, 1969), 680-681. Samuel: An Introduction and Commen-
4. Ver Donald J. Wiseman, 1 and 2
2. Brevard S. Childs, Introduction to tary, Tyndale Old Testament Commen-
Kings: An Introduction and Commenta-
the Old Testament as Scripture (Filadél- tary (Downers Grove/Leicester: Inter-
Varsity, 1988), 159-160; Bem F. ry, Tyndale Old Testament Commen-
fia: Fortress, 1979), 258-259. tary (Downers Grove/Leicester: Inter-
3. Artur E. Cundall e Leon Morris, Philbeck Jr., 1 2 Samuel, in Broad-
man Bible Commentary, org. Clifton Varsity, 1993), 40-43.
Judges and Ruth, An Introduction and 5. A. R. Millard, Israelite and Ara-
Commentary, Tyndale Old Testament Broadman, 1970, 3: 81-82.
7. Evidências arqueológicas mos- mean History in the Light of Inscrip-
Commentary (Downers Grove: Inter- tions, Tyndale Bulletin, 41, nº 2
Varsity, 1968), 30. tram que Bete-Sã era uma cidade im-
portante muito antes dos tempos Bí- (1990): 261-275.
4. Para mais informações sobre esse 6. Eugene H. Merrill, Kingdom of
blicos; ver Beth-Shean em Holman
problema ver Cundall e Morris, Judges Priests: A History of Old Testament Is-
Bible Dictionary, org. Trent C., Butler
and Ruth, 30-33. rael (Grand Rapids: Baker, 1987), 294.
(Nashville: Holman, 1991), 174-175.
5. Martin Noth, The History of Is- 7. Homem de Deus é o sinônimo
rael, trad. Stanley Gidman, 2ª ed. (Nova Capítulo 14: 2 Samuel O reinado predileto desse autor para profeta.
York: Harper & Row, 1960), 85-97; e de Davi Ele ressalta a autoridade divina do pro-
ver David M. Howard Jr., An Intro- feta, cujas palavras sabia-se que eram
duction to the Old Testament Historical 1. Para uma boa cronologia sugerida
verdade. Esse autor usou o termo com
do reinado de Davi ver Eugene H.
Books (Chicago: Moody, 1993), 108- freqüência para Elias e Eliseu (Wise-
Merril, Kingdom of Priests: A History of
109. man, Kins, 142-143).
Old Testament Israel (Grand Rapids:
6. Recentemente, estudiosos têm 8. Herbert Donner, The Separate
Baker, 1987), 243-248.
questionado se era realmente um caso States of Israel and Judah, in Israelite
2. Bill T. Arnold, The Amalekites
de casamento de levirato. Nossa com- and Judean History, org. John H. Hayes
Report of Sauls Death: Political Intri-
preensão legal dessa passagem está lon- e J. Maxwell Miller (Filadélfia: West-
gue or Incompatible Sources?, Journal
ge de ser completa. Para discussão dos minster, 1977), 401-405.
of the Evangelical Theological Society
problemas ver Robert L. Hubbard Jr., 9. John Gray, I & II Kings: A Com-
32 (1989): 289-298.
The Book of Ruth, New International mentary, 2ª ed. Old Testament Library
3. Merril, Kingdom of Priests, 237.
Commentary on the Old Testament 4. Leon J. Wood, Israels United (Filadélfia: Westminster, 1970), 395-
(Grand Rapids: Eerdmans, 1988), 48-62. Monarchy (Grand Rapids: Baker, 396.
1979), 229-230, discute a provável
Capítulo 13: 1 Samuel Deus con- Capítulo 16: 2 Reis O fim de Is-
estratégia de Davi naquela situação; ver
cede um rei rael como nação
também Merril, Kingdom of Priests, 234.
1. Para uma boa discussão sobre 5. Muitos acreditam que Quileabe 1. Donald J. Wiseman, 1 and 2 Kings:
essas pessoas ver David M. Howard (2Sm 3.3), o segundo filho de Davi, An Introduction and Commentary,
Jr., The Philistines, in People of the morreu ainda jovem, pois não ouvi- Tyndale Old Testament Commentary
Old Testament World, org. Alfred J. mos mais falar dele no desenrolar da (Downers Grove/Leicester: InterVar-
Hoerth, Gerald Mattingly e Edwin M. narrativa. sity, 1993), 193-194.
Yamauchi (Grand Rapids: Baker, 1994), 6. Merril, Kingdom of Priests, 253 2. R. K. Harrison, Introduction to
231-220. sugere que esse acontecimento ocor- the Old Testament (Grand Rapids: Eerd-
2. Carl Frederich Keil e Franz reu por volta da metade da década 990 mans, 1969), 727-728.
Delitzsch, Commentary on the Old Tes- a.C. 3. James B. Pritchard, ed., Ancient
tament, 10 vols. (Grand Rapids: Eerd- 7. Ibid., 254. Near Easter Texts Relating to the Old
495
Notas
Testament, 3ª ed. (Princeton, N.J.: Prin- 9. Esse versículo é um tipo de es- 9. Sara Japhet, The Supposed
ceton University Press, 1969), 281. critura para o resto da história de Is- Common Authorship of Chronicles and
4. Sargon dizia com orgulho que rael (Raymond B. Dillard, 2 Chroni- Ezra-Nehemiah Investigated Anew,
havia acabado com tudo e deportado a cles, Word Biblical Commentary 15 Vetus Testamentum18 (1968): 330-371;
população (Pritchard, 284). (Waco, Tex.: Word, 1987), 77-78. e Williamson, Ezra, Nehemiah, XXXIII-
5. Para mais informações, ver Wise- 10. Gerhard von Rad, Old Testa- XXXVI. Entretanto, essa posição não
man, Kings, 18-26; e David M. Howard ment Theology, trad. D. M. G. Stalker, é amplamente aceita. Org. Clines, Ezra,
Jr., An Introduction to the Old Testa- 2 vols (Nova York: Harper & Row, Nehemiah, Esther, 9-10; e Freedman,
ment Historical Books (Chicago: Moody, 1962-1965), 1: 349; ver também Ezra and Nehemiah, 1-4.
1993), 197-203. Dillard, 2 Chronicles; Williamson, 1 10. Williamson, Ezra, Nehemiah,
6. Brevard S. Childs, Introduction to and 2 Chronicles, 31-33. XXXV.
the Old Testament as Scripture (Filadél- 11. Howard, Introduction, 256-260. 11. Para um sumário dos argumen-
fia: Fortress, 1979), 291-292. 12. Williamson, 1 and 2 Chronicles, tos, ver Eugene H. Merrill, Kingdom of
7. Gerhard von Rad, Old Testament 132-134. Priests: A History of Old Testament Is-
Theology, trad. D. M. G. Stalker, 2 vols. 13. Ibid., 26-27. rael (Grand Rapids: Baker, 1987), 503-
(Nova York: Harper & Row, 1962- 14. Roddy Braun, 1 Chronicles, 506; e David M. Howards Jr., An Intro-
1965), 1: 340-343. Word Biblical Commentary 14 (Waco, duction to the Old Testament Historical
Tex.: Word, 1986), XXIX-XXXXI; e Books (Chicago: Moody, 1993), 281-283.
Capítulo 17: 1 e 2 Crônicas Uma Howard, Introduction, 261-263. 12. H.G.M. Williamson, Ezra and
retrospectiva Nehemiah. Old Testament Guides
1. Talmude. Baba Bathra,15a. Capítulo 18: Esdras, Neemias e Ester (Sheffielldd: JSOT, 1987), 81.
2. Para um sumário e uma revisão Tempo de reconstruir
Capítulo 19: Introdução aos Livros
desse ponto de vista tradicional, ver J. 1. David J. A. Clines, Ezra,
Poéticos A literatura do povo de
Barton Payne, 1, 2 Chronicles, in Nehemiah, Esther, New Century Bible
Deus
Expositors Bible Commentary, org. Frank Commentary (Grand Rapids/Londres:
E. Gaebelein, 12 vols (Grand Rapids: Eerdmans/Marshall, Morgan & Scott, 1. David L. Peterson e Kent Harold
Zondervan, 1979-1992), 4: 304-306. 1984), VII. Richards, Interpreting Hebrew Poetry,
3. David Noel Freedman, The 2. Bryan E. Byer, Zerubbabel, in Guides to Biblical Scholarship
Chroniclers Purpose, Catholic Biblical Anchor Bible Dictionary, org. David (Minneapolis: Fortress, 1992), 2-6; R.
Quarterly 23 (1961): 436-442; Sara Noel Freedman, 6 vols. (Nova York: K. Harrison, Hebrew Poetry, in Zon-
Japhet, The Supposed Common Doubleday, 1992), 6: 1085; e H. G. dervan Pictorial Encyclopedia of te Bible,
Authorship of Chronicles and Ezra- M. Williamson, Ezra, Nehemiah, Word org. Merrill C. Tenney, 5 vols. (Grand
Nhemiah Investigated Anew, Vetus Biblical Commentary 16 (Waco, Tex.: Rapids: Zondervan, 1976), 3: 76-87.
Testamentum 18 (1968): 330-371 e I Word, 1985), 17, 32-33. 2. Para um sumário conciso da ques-
& II Chronicles, Old Testament Library 3. Williamson, Ezra, Nehemiah, tão, ver Harrison, Hebrew Poetry,
(Louisville: Westminster/John Knox, 49-50. 80-81.
1993), 3-5; Frank Moore Cross, A 4. Um recurso literário conhecido 3. Robert Alter, The Art of Biblical
Reconstruction of the Judean Restora- como continuação repetitiva que Poetry (Nova York: Basic, 1985), 3-26;
tion, Journal of Biblical Literature 94 volta para o fluxo de narrativa que foi Robert Lowth, Lectures on the Sacred
(1974): 4-18; H. G. M. Williamson, quebrado por uma inserção ou digres- Poetry of the Hebrews, trad. G. Gregory
Israel in the Books of Chronicles (Nova são, nesse caso, 4: 623. Williamson, (Boston/Nova York: Crocker &
York/Cambridge: Cambridge Univer- Ezra, Nehemiah, 57; e F. Charles Fen- Brewster/J. Leavitt, 1829 [1787]).
sity Press, 1977), 5-70 e 1 and 2 Chro- sham, The Books of Ezra and Nehemiah. 4. C. Hassel Bullock, An Introduction
nicles, New Century Bible Commen- New International Commentary on the to the Old Testament Poetic Books, Ed.
tary (Grand Rapids/Londres: Eerd- Old Testament (Grand Rapids: Eerd- rev. (Chicago: Moody, 1988), 45-46.
mans/Marshall, Morgan & Scott, mans, 1982), 69-70. 5. Robert L. Alden, Psalms: Songs
1982), 5-11. 5. Clines, Ezra, Nehemiah, Esther, of Devotion (Chicago: Moody, 1974), 24.
4. Raymond B. Dillard e Tremper 116-118. 6. Para uma boa pesquisa sobre os
Longman III, An Introduction to the Old 6. Williamson, Ezra, Nehemiah, 172; estudos ugaríticos, ver Peter C. Craigie,
Testament (Grand Rapids: Zondervan, e Joseph Blenkinsopp, Ezra-Nehemiah: Ugarit and the Old Testament (Grand
1994), 171-172. A Commentary, Old Testament Library Rapids: Eerdmans, 1983).
5. David M. Howard Jr., An Intro- (Filadélfia: Westminster, 1988), 204-
duction to the Old Testament Historical 207. Capítulo 20: Jó Um homem à pro-
Books (Chicago: Moody, 1993), 234. 7. Fensham, Ezra and Nehemiah, cura de justiça
6. Williamson, 1 and 2 Chronicles, 171-172. 1. Para uma bibliografia e discussão
23. 8. Mark A. Throntveit, Ezra- extensa, ver John H. Walton, Ancient
7. Ibid., 92-95. Nehemiah, Interpretation (Louisville: Israelite Literature in Its Cultural Con-
8. Ibid., 225-226. Westminster/John Knox, 1992), 92. text: A Survey of Parallels between
496
Notas
Biblical and Ancient Near Eastern Texts 35; outros pontos de vista incluem um gênero neutro como no inglês it).
(Grand Rapids: Zondervan, 1989), Hans-Joachim Kraus, Psalms 159: A Substantivos para conceitos abstratos
169-197. Commentary, trad. Hilton C. Oswald tais como retidão, amor e lei são femi-
2. Ibid., 178. (Minneapolis: Augsburg, 1988), 438- ninos. Sabedoria é um substantivo fe-
3. W. G. Lambert, Babylonian 439; e Artur Weiser, The Psalms: A minino (hokma), portanto é personifi-
Wisdom Literature (Oxford: Clarendon, Commentary, trad. Herbert Hartwell, cada aqui como uma mulher.
1960), 1. Old Testament Library (Filadélfia: 7. Para classificação por tópicos, ver
4. Walton, Israelite Literature, 183- Westminster, 1962), 97-98. R. B. Y. Scott, Proverbs, Ecclesiastes:
185. 2. Kidner, Psalms, 47; John Introduction, Translation, and Notes,
5. Lambert, Babylonian Wisdom Li- Durham, Psalms, in Broadman Bible Anchor Bible 18 (Garden City, N.Y.:
terature, 21-91. Commentary, org. Clifton J. Allen, 11 Doubleday, 1965), 130-131.
6. Para uma discussão sobre os pa- vols. (Nashville: Broadman, 1970), 4: 8. Robert L. Alden, Proverbs, A
ralelos, ver Walton, Israelite Literatu- 153-154; Carl Friederich Keil e Franz Commentary on an Ancient Book of
re, 175-197. Delizsch, Commentary on the Old Tes- Timeless Advice (Grand Rapids: Baker,
7. John E. Goldingay e Christopher tament, 10 vols. (Grand Rapids: Eerd- 1983), 10, e Garrett, Proverbs, 46-48.
J. H. Wright, Yahweh Our God mans, 1978), 5: 14-19. 9. Kidner, Proverbs, 23, 149-150.
Yahweh is One: The Oneness of God 3. Kidner, Psalms, 36-43; Kraus, 10. J. Ruffle, The Teaching of Ame-
in the Old Testament, in One God, Psalms, 2132. nemope and Its Connection with the
One Lord: Christianity in a World of 4. Herman Gunkel, The Psalms: A Book of Proverbs, Tyndale Bulletin 28
Religious Pluralism, org. Andrew D. Form-Critical Introduction, trad. (1977): 33-34.
Clark e Bruce W. Winter, 2ª ed. (Grand Thomas M. Horner (Filadélfia: 11. Garret, Proverbs, 46.
Rapids; Carlisle, England: Baker/ Fortress, 1967). 12. Kenneth A. Kitchen, Proverbs
Paternoster, 1992), 44-45. 5. Para uma rápida visão geral, ver and Wisdom Books of the Ancient
8. Glendon, E. Bryce, A Legacy of Gene M. Tucker, Form Criticism of the Near East: The Factual History of a
Wisdom: The Egyptiam Contribution to Old Testament, Guides to Biblical Literary Form, Tyndale Bulletin 28
the Wisdom of Israel (Lewisburg, Pa; Scholarship (Filadélfia: Fortress, 1971). (1977): 69-114; e Garret, Proverbs, 39-
Londres: Bucknell University Press/ A série de comentários Forms of the 46, 52.
Associated University Presses, 1979). Old Testament Literature (Grand Ra- 13. Gerhard von Rad, Wisdom in
9. Francis I. Andersen, Job: An Intro- pids: Eerdmans) usa esse método no Israel, trad. James D. Martin (Valley
duction and Commentary, Tyndale Old Antigo Testamento. Forge, Pa.: Trinity Press International,
Testament Commentary (Downers 1993 [1972]), 61-64.
Grove/Leicester: InterVarsity, 1976), 94. Capítulo 22: Provérbios Conselhos
10. John E. Hartley, The Book of sobre como viver no mundo de Deus Capítulo 23: Eclesiastes e Cântico
Job, New International Commentary on 1. Gordon Fee e Douglas Stuart, dos Cânticos A fé israelita na vida
the Old Testament (Grand Rapids: How to Read the Bible for All Its Worth, diária
Eerdmans, 1988), 85. ed. rev. (Grand Rapids: Zondervan, 1. R. K. Harrison, Introduction to
11. R. K. Harrison, Introduction to 1993), 218. the Old Testament (Grand Rapids: Eerd-
the Old Testament (Grand Rapids: Eerd- 2. Há cinco verbos em hebraico na mans, 1969), 1072; R. B. Y. Scott, Pro-
mans, 1969), 1027. forma infinitiva traduzidos com fre- verbs, Ecclesiastes: Introduction, Trans-
12. Hartle, Job, 15-20. qüência usando-se para nas traduções lation and Notes, Anchor Bible 18 (Gar-
13. Andersen, Job, 67. mais antigas. Por exemplo, para en- den City, N.Y.: Doubleday, 1965), 196.
14. Matittiahu Tsevat, The tender as palavras de inteligência; para 2. Duane A. Garret, Proverbs, Ec-
Meaning of the Book of Job, in The obter o ensino do bom proceder.... clesiastes, Song of Songs. New Ameri-
Meaning of the Book of Job and Other 3. Derek Kidner, The Proverbs: An can Commentary 14 (Nashville: Broad-
Biblical Studies: Essays on the Literatu- Introduction and Commentary, Tyndale man, 1993), 282-283.
re and Religion of the Hebrew Bible Old Testament Commentary (Downers 3. Ibid., 344.
(Nova York/Dallas: Ktav/Institute for Grove/Leivester: InterVarsity, 1964), 59. 4. Já foi sugerido que o livro era
Jewish Studies, 1980), 36-27. 4. É possível isolar até quinze dis- originalmente em aramaico e depois foi
15. Andersen, Job, 71. cursos separados em 1.8-9.18; C. traduzido, ou que foi escrito sob forte
Hassel Bullock, An Introduction to the influência lingüística fenícia-cananita
Capítulo 21: Salmos O livro de Old Testament Poetic Books, ed. rev. (Ibid., 254-255, 258-261; e Scott, Pro-
cânticos da antiga Israel (Chicago: Moody, 1988), 165-71. verbs, Ecclesiastes, 192).
1. Aqueles que acreditam que o ter- 5. Duane A. Garrett, Proverbs, Ec- 5. Daniel C. Fredericks, Qohelets
mo refere-se ao rei Coré de Nm 16,17 clesiastes, Song of Songs, New Ameri- Language: Re-evaluating Its Nature and
incluem Derek Kidner, Psalms 172: can Commentary 14 (Nashville: Broad- Date (Lewiston, N.Y.: Mellen, 1988),
An Introduction and Commentary, man, 1993), 88. ver especialmente 266-278.
Tyndale Old Testament Commentary 6. O hebraico tem apenas dois gê- 6. Garrett acredita que o livro mos-
(Downers Grove: InterVarsity, 1973), neros, masculino e feminino (não há tra um desenvolvimento gradual de
497
Notas
Salomão distanciando-se de seu papel 4. James B. Pritchard, ed., Ancient 3. Wolf, Interpreting Isaiah, 90-92;
como monarca e assumindo o papel de Near Eastern Texts Relating to the Old Ronald F. Youngblood, The Book of
mestre. O título Qohelet permite que Testament, 3ª ed. (Princeton, N.J.: Prin- Isaiah: An Introductory Commentary, 2.
ele fale não como o monarca absoluto, ceton University Press, 1969), 608. org. (Grand Rapids: Baker, 1993), 47-
mas como um professor que já foi rei 5. Para uma comparação mais com- 49: Oswalt, Isaiah, 209-213.
(Garrett, Proverbs, 264). pleta de materiais bíblicos e do antigo 4. Martin e Martin, Isaiah, 56.
7. Ibid., 374-376; e Othmar Keel, Oriente Próximo, ver John H. Walton, 5. J. Gresham Machen, The Virgin
The Song of Songs: A Continental Com- Ancient Israelite Literature in Its Cul- Birth of Christ, 2. org. (Nova York: Har-
mentary, trad. Frederick J. Gaiser tural Context: A Survey of Parallels per, 1932), oferece um ponto de vista
(Minneapolis: Fortress, 1994), 15-17. between Biblical and Ancient Near clássico do nascimento de Cristo e suas
8. Ver Garrett, Proverbs, 352-366 Eastern Texts (Grand Rapids: Zonder- implicações.
para um sumário dos diferentes pontos van, 1989), 201-216. 6. J. Robertson McQuilkin, Unders-
de vista. 6. Os assírios eram semitas, assim tanding and Applying the Bible, ed. rev.
9. Ibid., 376; e William H. Shea, como os hebreus; Gn 10.10-12 coloca (Chicago: Moody, 1992), 267-270.
The Classic Structure of the Song of os assírios na genealogia de Abraão. 7. James B. Pritchard, ed., Ancient
Songs, Zeischrift für die alttestamentli- 7. Para uma boa discussão sobre os Near Eastern Texts Relating to the Old
che Wissenschaft 92 (1980): 378-396. assírios, ver William C. Gwaltnwy Jr., Testament, 3ª ed. (Princeton, N.J.: Prin-
10. Keel, Song of Songs, 17. Assyrians, in People of the Old Testa- ceton University Press, 1969), 287.
11. Ibid., 19. ment World, org. Alfred J. Hoerth, 8. Oswalt, Isaiah, 490-491, oferece
12. Esse pronome não é incomum Gerald L. Mattingly e Edwin M. uma discussão breve, porém completa
nos cânticos de amor egípcios; ver Yamauchi (Grand Rapids: Baker, 1994), sobre a questão. Ver também Ap 12.9
Papyrus Chester Beatty I, grupo A, nº 77-106: e William W. Hallo, From e 20.2, onde Satanás é descrito como
32: Ele não sabe o meu desejo de Qarqar to Carchemish: Assyria and Is- uma serpente e um dragão.
abraçá-lo... Ó irmão, eu fui separada rael in the Light of New Discoveries, 9. Oswalt, Isaiah, 526.
para ti pelo Ser Dourado, venha até Biblical Archeologist 23 (1060): 34-61. 10. Dennis J. McCarthy, Treaty and
aqui para que eu possa ver tua beleza! 8. Para mais leituras sobre os babi- Covenant: A Study in Form in the An-
(Michael V. Fox, The Song of Songs lônios, ver Joan Oates, Babylon, ed. rev. cient Oriental Documents and in the Old
and the Ancient Egyptian Love Songs (Londres: Thames & Hudson, 1986); Testament, 2ª ed. (Rome: Biblical Ins-
[Madison, University of Wisconsin e Bill T. Arnold, Babylonians, in titute Press, 1978), oferece um estudo
Press, 1985], 52-53). Peoples of the Old Testament World org. de toda a questão de alianças no mun-
13. Tom Gledhill, The Message of the Alfred J. Hoerth, Gerald L. Mattingly do antigo,
Song of Songs: The Lyrics of Love, The e Edwin M. Yamauchi (Grand Rapids: 11. Wolf, Interpreting Isaiah, 171;
Bible Speaks Today (Downers Grove/ Baker, 1994), 43-75. John H. Walton, New Observations
Leivester: InterVarsity, 1994), 91-92. 9. Para uma discussão sobre os on the Date of Isaiah, Journal of the
14. Ibid., 23. persas, ver Edwin M. Yamuchi, Per- Evangelical Theology Society 28 (1985):
15. C. Hassell Bullock, An Intro- sian in Peoples of the Old Testament 129-132.
duction to the Old Testament Poetic Books World org. Alfred J. Hoerth, Gerald L. 12. Oswalt, Isaiah, 631, dá um bre-
rev. org. (Chicago: Moody, 1988), 207; Mattingly e Edwin M. Yamauchi ve sumário da questão; ver também
e Raymond B. Dillard e Tremper (Grand Rapids: Baker, 1994), 107-124; Edwin R. Theiel, The Mysterious Num-
Longman III, An Introduction to the Old ou a obra mais completa de Yamauchi bers of the Hebrew Kings: A Recons-
Testament (Grand Rapids: Zondervan, Persia and the Bible (Grand Rapids: truction of the Chronology of the King-
1994), 264-265. Baker, 1990). doms of Israel and Judah, ed. rev. (Grand
Rapids: Eerdmans, 1965), 119-123,
Capítulo 24: Os profetas Vozes dos Capítulo 25: Isaías 1-39 Profeta 132-136, 182-191.
servos de Deus da corte real de Judá 13. Oswalt, Isaiah, 674. O assunto
1. Para uma discussão detalhada 1. Alfred Martin e John A. Martin, é relacionado com a discussão dos ca-
sobre o papel de Moisés, Samuel e Elias Isaiah: The Glory of the Messiah (Chi- pítulos 36-39.
no desenvolvimento do ofício proféti- cago: Moody, 1983), 56-57; Franz 14. Merodach-baladan, in Zon-
co, ver Willem A. VanGemeren, Inter- Delitzsch, Commentary on the Old Tes- dervan Pictorial Encyclopedia of the
preting the Prophetic Word (Grand tament, 10 vols. (Grand Rapids: Eerd- Bible, org. Merrill C. Tenney, 5 vols.
Rapids: Zondervan, 1990), 27-40. mans, 1978), 7: 226-228. (Grand Rapids: Zondervan, 1976), 4:
2. Ver exemplo em 1Sm 9.9; Am 2. John N. Oswalt, The Book of Isaiah: 191-192.
7.12, 14. Chapters 1-39, New International Com-
3. Os estudiosos medievais judeus mentary on the Old Testament (Grand Capítulo 26: Isaías 40-66 Gran-
Rashi e David Kimchi sugeriram isso Rapids: Eerdmans, 1986), 208; Herbert des dias estão por vir!
em seus comentários hebraicos sobre M. Wolf, Interpreting Isaiah: The Suffe- 1. John N. Oswalt, The Book of Isaiah:
Isaías, mas a tradição não tem nada que ring and Glory of the Messiah (Grand Chapters 139, New International Com-
apoie. Rapids: Zondervan, 1985), 91-92. mentary on the Old Testament (Grand
498
Notas
Rapids: Eerdmans, 1986), 17-28, ofe- 3. Thompson, Jeremiah, 696-697. Quin, Old Testament Library (Filadél-
rece um sumário detalhado da questão. 4. Josephus, Antiquities 10.9.7. fia: Westminster, 1970), 475-479.
2. S. R. Driver, Introduction to the 5. Estudiosos discordam sobre qual 4. Eichrodt, Ezekiel, 522,523; Tay-
Literature of the Old Testament, 9. org. profeta emprestou de quem. Alguns até lor, Ezekiel, 244; Feinberg, Ezekiel, 219-
(Edimburgo: T. & T. Clark, 1913), 238- sugerem que Jeremias e Obadias usa- 221; Walter Zimmerli, Ezekiel 1: A
240, oferece um sumário das questões ram uma fonte profética em comum. Commentary on the Book of the Prophet
críticas relativas a Isaías 4066. 6. Thompson, Jeremiah, 723-724. Ezekiel, Chapters 25-48, trad. James
3. Claus Westermann, Isaiah 40 7. Não devemos confundir esta D. Martin. Hermeneia (Filadélfia:
66, trad. D. M. G. Stalker (Londres: Hazor com a Hazor do norte da Gali- Fortress, 1983), 304-305.
SCM, 1969), 296. léia; Thompson, Jeremiah, 726-727. 5. Taylor, Ezekiel, 242-243.
4. Oswalt, Isaiah, 2528; Herbert 8. James B. Pritchard, ed., Ancient 6. C. Hassell Bullock, An Introduc-
M. Wolf, Interpreting Isaiah: The Suffe- Near Eastern Texts Relating to the Old tion to the Old Testament Prophetic Books
ring and Glory of the Messiah (Grand Testament, 3ª ed. (Princeton, N.J.: Prin- (Chicago: Moody, 1986), 248,249;
Rapids: Zondervan, 1985), 31-36. ceton University Press, 1969), 308. Taylor, Ezekiel, 251-254.
9. Ver Bullock, Prophetic Books, 7. Feinberg, Ezekiel, 223-239.
Capítulo 27: Jeremias 120 Em 270-271 e Harrison, Jeremiah and La- 8. Willem A. Van Gemeren, Inter-
conflito com o chamado de Deus mentations, 197-198 para um sumário preting the Prophetic Word (Grand
1. J. A. Thompson, The Book of dessas questões-chave. Rapids: Zondervan, 1990), 334-338.
Jeremiah, New International Commen- 9. Taylor, Ezekiel, 253-254.
Capítulo 29: Ezequiel 124 Dias
tary on the Old Testament (Grand
difíceis estão por vir! Capítulo 31: Daniel O reino de
Rapids: Eerdmans, 1980), 51,52.
1. John B. Taylor, Ezekiel: An Intro- Deus Agora e para sempre
2. Thompson, 43; R. K. Harrison,
Jeremiah and Lamentations: An Intro- duction and Commentary, Tyndale Old 1. Para mais do que se segue aqui,
duction and Commentary, Tyndale Old Testament Commentary (Downers ver John J. Collins, Daniel: With an
Testament Commentary (Downers Grove: InterVarsity, 1969), 14-16. Introduction to Apocalyptic Literature,
Grove: InterVarsity, 1973), 31,32. 2. Walter Eichrodt, Ezekiel: A Com- Forms of the Old Testament Literature
3. Harrison, Jeremiah and Lamenta- mentary, trad. Cosslet Quin, Old Tes- 20 (Grand Rapids: Eerdmans, 1984),
tions, 85; Walter Brueggemann, To tament Library (Filadélfia, Westminster, 1-24. Não há uma lista definitiva para
Pluck Up, To tear Down: A Commenta- 1970), 52. os chamados escritos apocalípticos. D.
ry on the Book of Jeremiah 125, Inter- 3. Walter Zimmerli, Ezekiel 1: A S. Russell listou dezessete livros que se
national Theological Commentary Commentary on the Book of the Prophet encaixam nessa categoria e que vão
(Grand Rapids/Edimburgo: Eerdmans/ Ezekiel, Chapters 124, trad. Ronald desde a metade do 2º século a.C. até o
Handsel, 1988), 74. E. Clements, Hermenia (Filadélfia: 2º século d.C., além de muitos outros
4. Harrison, Jeremiah and Lamenta- Fortress, 1979), 139. textos dos papiros do Mar Morto (The
tions, 99; Thompson, Jeremiah, 364; 4. Eichrodt, Ezekiel, 84,85; Taylor, Method and Message of Jewish Apoca-
Brueggemann, To Pluck Up, 121. Ezekiel, 7881; Charles L. Feinberg, The lyptic [Filadélfia: Westminster, 1964],
Prophecy of Ezekiel: The Glory of the 37,38).
Capítulo 28: Jeremias 21-52 e Lamen- Lord (Chicago: Moody, 1969), 33,34. 2. Joyce G. Baldwin, Daniel: An
tações Lidando com o desastre 5. Feinberg, Ezekiel, 51,52; Taylor, Introduction and Commentary, Tyndale
1. J. A. Thompson, The Book of Ezekiel, 99. Old Testament Commentary (Downers
Jeremiah, New International Commen- 6. Taylor, Ezekiel, 171; Eichrodt, Grove: InterVarsity, 1978), 53-59.
tary on the Old Testament (Grand Ra- Ezekiel, 321,322; Zimmerli, Ezekiel, 3. As datas aproximadas das visões
pids: Eerdmans, 1980), 551; Walter 483,484. são as seguintes: capítulo 7 em 553 a.C.;
Brueggemann, To Build, To Plant: A capítulo 8 em 551 a.C.; capítulo 9 em
Capítulo 30: Ezequiel 2548 539 a.C. e capítulos 10-12 em 536 a.C.
Commentary on Jeremiah 26-52, Inter-
Deus está planejando um futuro Essas datas se sobrepõem com os acon-
national Theological Commentary
emocionante! tecimentos dos capítulos 16, portan-
(Grand Rapids/Edinburgh: Eerdmans/
Hansel, 1991), 39; R. K. Harrison, 1. Charles L. Feinberg, The Prophe- to o livro tem uma organização literária
Jeremiah and Lamentations: An Intro- cy of Ezekiel: The Glory of the Lord (narrativas e visões) e não-cronológica.
duction and Commentary, Tyndale Old (Chicago: Moody, 1969), 161-164. 4. Bill T. Arnold, Wordplay and
Testament Commentary (Downers 2. John B. Taylor, Ezekiel: An Intro- Narrative Techniques in Daniel 5 and
Grove: InterVarsity, 1973), 133; e duction and Commentary, Tyndale Old 6 in Journal of Biblical Literature 112
Hassell Bullock, An Introduction to the Testament Commentary (Downers (1993): 479-485.
Old Testament Prophetic Books (Chica- Grove: InterVarsity, 1969), 199; Fein- 5. John E. Goldingay, Daniel, Word
go: Moody, 1986), 213 limitam a de- berg, Ezekiel, 168-169. Biblical Commentary 30 (Dallas: Word,
signação aos capítulos 30-31. 3. Feinberg, Ezekiel, 197; Taylor, 1989), 158 e Baldwin, Daniel, 59,60.
2. Harrison, Jeremiah and Lamenta- Ezekiel, 220,221; Walter Eichrodt, 6. Ernst C. Lucas, The Origins of
tions, 170. Ezekiel: A Commentary, trad. Cosslet Daniels Four Empires Scheme Re-
499
Notas
Examined, Tyndale Bulletin 40, nº 2 William H. Shea, Darius the Mede: 3.1-5 era uma outra mulher, tendo em
(1989): 185-202, especialmente 192- An Update, Andrews University Semi- vista que o texto não especifica o seu
194; Robert M. Gurney, The Four nary Studies 20 (1982): 229-248. nome. Porém, se Oséias se casasse com
Kingdoms of Daniel 2 and 7, Theme- 23. Donald J. Wiseman, Some uma outra mulher isso estragaria a ana-
lios 2, nº 2 (1977): 39-45; e John H. Historical Problems in the Book of logia; Deus não ia se casar com outra
Walton, Daniels Four Kingdoms, Daniel, in Notes on Some Problems in nação, mas sim, restaurar Israel.
Journal of Evangelical Theological So- the Book of Daniel, Org. Donald J. 5. De acordo com a Lei de Moisés,
ciety 29 (1986): 25-36. Wiseman, et al. (Londres: Tyndale, o sacerdote recebia uma porção da
7. O aramaico é encontrado em Gn 1965), 12-16. maior parte dos sacrifícios para si (Lv
31:47 (apenas duas palavras), Ed 4.8- 24. David W. Baker, Further 6.14-7.38). Ao que parece, os sacer-
6.18; 7.12-26, Jr 10.11 e Dn 2.4b-7.28. Examples of Waw Explicativum, Vetus dotes estavam mais preocupados com
8. Daniel C. Snell, Why Is There Testamentum 30 (1980): 134. o próprio estômago que com a situa-
Aramaic in the Bible? Journal for the Stu- 25. Para um breve sumário ver ção espiritual das pessoas!
dy of the Old Testament 18 (1980): 32-51. Gordon J. Wenham, Daniel: the Basic 6. A Lei de Moisés dizia para não
9. H. L. Ginsberg, The Composi- Issues, Themolios 2, nº 2 (1977): 49-52. atar a boca do boi quando ele estava
tion of the Book of Daniel, Vetus 26. Ez 14.14, 20 e na mitologia da trilhando; dessa forma o animal pode-
Testamentum 4 (1954): 246-275. antiga cidade de Ugarite. ria compartilhar a colheita (Dt 25.4).
10. Bill T. Arnold, The Use of 27. Especialmente aquelas profecias 7. Para uma discussão completa des-
Aramaic in the Hebrew Bible: Another tratando de reinos (capítulos 2, 7 e 8). se assunto, ver Leslie C. Allen, The
Look at Bilingualism in Ezra and Da- As profecias das setenta semanas (9.24- Books of Joel, Obadiah, Jonah and Micah,
niel, Journal of Northwest Semitic 27) e o rei que se exalta acima de Deus New International Commentary on the
Languages 22, nº 2 (1996): 1-16. (11.36-45) são tidos como referências Old Testament (Grand Rapids: Eerd-
11. Lucas, Four Empires Scheme, apenas a Antioco, sem outro cumpri- mans, 1976), 19-25.
194; Gurney, Four Kingdoms, 39. mento. 8. Para uma interessante discussão
12. Collins, Daniel, 92. 28. Joyce G. Baldwin argumenta desse procedimento e mais detalhes
13. Robert J. M. Gurney, The que não há provas claras de uso de sobre os sicômoros, ver W. E. Shewell-
Seventy Weeks of Daniel 9: 24-27, pseudônimos no Antigo Testamento e Cooper, Plants, Flowers and Herbs of
Evangelical Quarterly 53 (1981): 36. há diversas evidências contra essa hi- the Bible (New Canaan, Conn.: Keats,
14. Collins, Daniel, 65. pótese (Is There Pseudonimity in the 1977), 156,157.
15. Baldwin, Daniel, 108-9. Old Testament? Themelios 4, nº 1 9. Ver o pano de fundo de Oséias
16. Paul-Alain Beaulieu, The Reign [1978]: 12). para mais informações.
of Nabonidus, King of Babylon, (New 29. R. K. Harrison, Introduction to 10. Edwin R. Thiele, The Myste-
Haven, Conn.: Yale University Press, the Old Testament (Grand Rapids: Eerd- rious Numbers of the Hebrew Kings, 3.
1989), 186-188. mans, 1969), 1127. org. (Grand Rapids: Zondervan, 1983),
17. Raymong, P. Dougherty, Nabo- 30. Há vozes dissidentes nos meios 107, 111, 119-120.
nidus and Beshazzar: A Study of the evangélicos. Goldingay aceita o livro 11. Hans Walter Wolff, Joel and
Closing Events on the Neo-Babylonian como sendo recente e usando pseudô- Amos: A Commentary on the Books of
Empire, (New Haven, Conn.: Yale Uni- nimo (Daniel). the Prophets Joel and Amos, org. S. Dean
versity Press, 1929), 13. McBride Jr., trad. Waldemar Janzen, S.
18. É possível que Belsazar tivesse Capítulo 32: Oséias, Joel e Amós
Dean McBride Jr., e Charles ª,
sido o verdadeiro poder por trás do Um chamado para o arrependimento
Muenchow, Hermenia (Filadélfia:
trono enquanto Nabonidas era rei e uma promessa de bênção
Fortress, 1977), 124, faz uso de evi-
(Beaulieu Nabonidus, 90-98). 1. Judá aparece sete vezes em Oséias dências arqueológicas de Hazor para
19. E. J. Young, The Prophecy of (4.15; 5.5, 10; 6.4, 11; 10.11; 12.3). sugerir a data de 760 a.C. Esse terre-
Daniel (Grand Rapids: Eerdmans, 2. As outras referências são: Gn moto deve ter sido bastante grave; Zc
1949), 115-118. 38.24; 2Rs 9.22; Ez 23.11, 29; Os 2.2, 14.5 também o menciona.
20. A. R. Millard, Daniel 16 and 4; 4.12; 5.4; Na 3.4 (2 vezes). 12. Essa expressão hebraica La-
History, Evangelical Quarterly 49 3. E. J. Young, Introduction to the mentar-se também aparece em Jere-
(1977): 71,72. Old Testament (Grand Rapids: Eerd- mias e Ezequiel (Jr 7.29; 9.10; Ez 19.1;
21. John C. Whitcomb, Darius the mans, 1949), 245-246 sugere que o 26.17; 27.2, 32; 28.12; 32.2).
Mede: A Study in Historical Identifica- casamento e o nascimento de filhos fo- 13. Jeroboão I (931909 a.C.) es-
tion (Grand Rapids: Eerdmans, 1959). ram apenas simbólicos e nunca aconte- tabeleceu os locais de adoração em Dã
Para mais detalhes na discussão que se ceram de fato, mas o texto não dá ne- e Betel (1Rs 12.25-29), e o povo con-
segue, ver Edwin M. Yamauchi, Persia nhuma indicação de que devemos com- tinuava usando esses lugares no tempo
and the Bible (Grand Rapids: Baker, preender dessa maneira. de Amós. Alguns israelitas também iam
1990), 58,59. 4. Não se sabe como Gômer perdeu até Berseba, em Judá, aparentemente
22. Esse ponto de vista é uma ligei- sua liberdade. Alguns estudiosos suge- por causa de sua ligação com Isaque
ra modificação da teoria Gubaru; rem que a mulher que Oséias comprou (Gn 26.23-35; Am 7.9, 16).
500
Notas
Capítulo 33: Obadias, Jonas, Miquéi- 5. Edwin R. Thiele, The Mysterious 3. Kenneth L. Barker, Zechariah,
as, Naum, Habacuque e Sofonias Numbers of the Hebrew Kings, 3ª ed. in Expositors Bible Commentary, org.
O plano de Deus para as nações (Grand Rapids: Zondervan, 1983), 217. Frank E. Gabelein, 12 vols. (Grand
1. Jeffrey J. Niehaus, Obadiah, in 6. Bullock, Prophetic Books, 216 e Rapids: Zondervan, 1979-1992), 7:
The Minor Prophets: An Exegetical and Tremper Longman III, Nahum, in 596-597, resume as questões relevan-
Expository Commentary, org. Thomas The Minor Prophets: An Exegetical and tes assim como C. Hassell Bullock, An
E. McComiskey, 3 vols (Grand Rapids: Expository Commentary, org. Thomas Introduction to the Old Testament Pro-
Baker, 1992-1998), 2: 496-502; Carl E. McComiskey, 3 vols. (Grand Ra- phetic Books (Chicago: Moody, 1986),
Friedrich Keil e Franz Delitzsch, Com- pids: Baker, 1992), 2: 765-766, ofere- 314-317.
mentary on the Old Testament, 10 vols cem bons sumários dessa questão. 4. Baldwin, Haggai, Zecharaiah,
(Grand Rapids: Eerdmans, 1978), 10: 7. Armerding, Obadiah, 493; Malachi, 211-212; Alden, Haggai,
339-349. Bullock, Prophetic Books, 181-183; J. J. 702-703; Walter C. Kaiser Jr., Malachi:
2. Robert B. Chisholm, Interpreting M. Roberts, Nahum, Habakkuk and Gods Unchanging Love (Grand Ra-
the Minor Prophets (Grand Rapids: Zephaniah, Old Testament Library pids: Baker, 1984), 13-15.
Zondervan, 1990), 109-110; C. Hassell (Louisville: Westminster/John Knox, 5. Baldwin, Haggai, Zecharaiah,
Bullock, An Introduction to the Old 1991), 82-84. Malachi, 213; Bullock, Prophetic Books,
Testament Prophetic Books (Chicago: 8. Keil e Delitzsch, Commentary, 338-339. Kaiser, Malachi, 17, e Robert
Moody, 1986); Carl E. Armerding, 117; Chisholm, Interpreting, 201. B. Chisholm, Interpreting the Minor
Obadiah, in Expositors Bible Com- 9. Chisholm, Interpreting, 201; Prophets (Grand Rapids: Zondervan,
mentary, org. Frank E. Gaebelein, 12 Bullock, Prophetic Books, 168-169. 1990), 278, situam a data de Mala-
vols. (Grand Rapids: Zondervan, 1979- quias em 433 a.C e 450 a.C., respecti-
Capítulo 34: Ageu, Zacarias e vamente.
1992), 7: 337.
Malaquias Reconstruindo um
3. Para uma excelente discussão das
Povo Epílogo
evidências para situar a data do livro
de Jonas, ver John H. Walton in Bryan 1. Joyce G. Baldwin, Haggai, 1. John Bright, A History of Israel,
E. Beyer e John H. Walton, Obadiah Zechariah, Malachi: An Introduction and 3. org. (Filadélfia: Westminster, 1981),
and Jonah, Bible Study Commentary Commentary, Tyndale Old Testament 460.
(Grand Rapids: Zondervan, 1988), 65- Commentary (Downers Grove: Inter- 2. Desde o segundo século d.C. há
72. Walton aponta corretamente que Varsity, 1972), 29; Robert L. Alden, vozes dissidentes, mas elas foram siste-
se os estudiosos pudessem provar que Haggai, in Expositors Bible Commen- maticamente silenciadas pela igreja. Ver
Jonas foi escrito séculos mais tarde, isso tary, org. Frank E. Gabelein, 12 vols. Walter C. Kaiser Jr., Toward Rediscove-
não eliminaria a precisão do livro. (Grand Rapids: Zondervan, 1979- ring the Old Testament (Grand Rapids:
4. O título rei de Nínive é um 1992), 7: 572. Zondervan, 1987), 19-22.
tanto estranho aqui, tento em vista 2. Poderíamos traduzir 2.9 como A 3. Roger Nicole, Old Testament
que Nínive não era a capital da Assí- glória de sua casa futura ou A futura Quotations in the New Testament, in
ria naquela época. Talvez o título seja glória de sua casa. Entretanto, a se- Bernard L. Ramm et al., Hermeneutics
uma referência ao governante local de gunda interpretação parece encaixar- (Grand Rapids: Baker, 1971), 41,42.
Nínive. se melhor no contexto.
501
210, 211, 212
196, 197, 198-199, 206, 210, 214, 219, De Isaías, 355, 370-372, 380 Bebedeira, 320, 357
226 De Jó, 289, 293, 298 Beemote, 297, 298
Argumentos filosóficos, 290-292 De Josué, 169 Belém, 42, 57, 187, 188, 197, 201, 305, 320,
Armagedom [Ver Vale de Jezreel] De Lamentações, 403-405 455, 460
Armênia, 349, 351 De Provérbios, 321 Bênção/castigo
Arnon, 42, 57 De Salmos, 304-306 Da aliança, 162 [Ver Aliança]
Arqueologia, 25, 44, 46, 91, 108, 109, 110, 169- De Samuel, 196, 210 Por Davi, 214-216
170, 224, 269, 286, 290, 315, 348, 367, De Zacarias, 465-466 Por Moisés, 142, 146-47, 148, 222
459 Do Pentateuco, 68-75 Tratado de suserania, 150, 152
Arquivos, 95, 223, 224, 233, 234 Dos Livros Históricos, 157, 161, 164, 165 Benjamim, 129, 186, 200, 212-214, 218, 219,
Babilônios, 400, 402, 435, 457 Dos Profetas, 346-347 228, 266, 384, 398
Hititas, 149, 150, 223 Autoridade profética, 340, 342, 344 Bestas de Daniel, 429, 432
Arrepender/arrependimento, 257, 297, 298, Aviso sobre o julgamento, 341, 343, 346, 347- Bestialidade, 123
379 48, 354, 356, 357, 362, 364, 365, 374, Betel, 42, 57, 91, 93, 99, 172, 173, 228, 448, 467
Chamado ao, 124, 220, 257, 268, 341, 344, 379, 388, 391, 392, 396, 397, 400, 401, Bete-Peor, 148
348, 356, 377- 379, 385, 388, 394, 408, 408-411, 414, 415, 422, 442-445, 447, Bete-Sã, 206, 211
411, 414, 420, 439, 440, 443-445, 446, 452-456 Bete-Semes, 199, 205, 206
449, 468, 473 Baal, 231, 238, 241, 285, 286, 287, 341, 386, Beulah, 379
Chamado às nações ao, 54, 184, 200, 391, 392, 395, 411, 440, 441, 442, 460 Bezerra, Israel como uma, 442, 448
402, 454, 466 De Peor, 52, 137, 231 Bezerro de ouro, 104,136, 238
Em Daniel, 429 Zebube, 238, 247 Bode expiatório, 122, 124
Verdadeiro/falso, 201, 217, 346, 444, 454, Baal-perazim, 212, 218 Bíblia,
468 Baale-Judá. Ver Quiriate-Jearim Autenticidade da, 69-70
Árvores, 284, 308, 307, 443 Babel, 66, 79, 85, 86 Inspiração da, 24-26, 28, 123, 310
Asdode/asdoditas, 199, 206, 269, 365 Babilônia/babilônio, 84, 38, 44, 54, 169, 196, Interpretação da, 28-33
Astarde, 286, 287, 440, 441 245, 274, 310, 340, 348, 350-352, 367, Primeiro comentário da, 253
Ásia, 36, 39, 48 432-434, 452 Transmissão da, 24, 25, 26-28, 30
Ásia Menor, 48, 85, 348, 375 Antigo Império, 45, 46, 47, 48, 345, 350, Bíblico (a)
Assassinato de Gedalias, 399, 467 350, 433 Apocalíptico, 428, 436, 438
Assíria; assírios, 28, 38, 46, 94, 158, 159, 224, Caldeus da, 55, 93 Crítica elevada, 69-72, 91, 161-164
230, 242, 244, 245, 246, 255, 266, 340, Cidade da, 45, 78, 86, 345, 401, 435 Teologia, 298
348, 351, 366, 367, 401, 415, 419, 445, Crônicas da, 457 Blasfêmia, 216
452 [Ver também Línguas, assírio] Destruição de Jerusalém pela, 53, 55-56, Boi que fere mortalmente, 106
Arte/cultura, 159, 163, 243, 246, 255, 264, 161, 211, 244, 246, 255, 368, 394, 399, Budismo, 66
284, 315, 343, 349, 371, 399, 429 410, 411, 415, 416, 452 Cades-Barnéia, 128, 129, 130, 134, 135, 136,
Ascensão/declínio, 46, 53, 54-55, 196, 224, Exílio na, 224, 244, 245, 252, 257, 268, 304- 137, 143, 144
243, 245, 246, 348-350, 354, 355, 358, 305, 310, 311, 351, 368, 371, 395-396, Cairo, 401
360, 362, 365, 367, 395, 396, 419, 456- 398, 408-409, 420, 429, 430, 431, 435, Caldeus, 47, 55, 67, 93, 350, 351
457, 458, 460, 461, 467 444 Calendário de culto, 119, 122, 127, 137
Império, 44, 52, 53, 54-55, 224, 246, 255, Novo Império, 46, 55, 244, 246, 349, 350, Câmaras do templo, 422
340, 358, 362, 365, 367, 368, 441, 442, 351, 367, 385, 395, 399-400, 456 Caminhada pelo deserto, 46, 48, 66, 104, 106-
456-458 Período, 344 108, 109, 110, 128-138, 142, 144, 151,
Reis, 54, 240, 241, 242-243, 244, 348, 355, Profecias sobre a, 354, 362, 374, 394, 395, 169, 172, 340, 388, 414
362, 441 400-402, 403, 410-411, 413, 414, 418, Caminho do Mar [Ver Via Maris]
Assur, 38, 57 458-459, 466-467 Canaã/cananita, 47
Atos simbólicos dos profetas, 241, 388, 395, Queda da, 46, 58, 224, 258, 265, 274, 351, Baalismo, 57,118, 137, 176, 182, 184, 187,
397, 398, 408, 410, 412, 415, 416, 420, 400-402, 433-435, 458, 464 231, 238, 240, 241, 285, 348-349, 51,
442 Reis da, 350-351 364, 440
Autoria Teodicidade, 292 Conquista de, 50, 130, 132, 134, 135, 168,
De Cântico dos Cânticos, 333 Volta de Israel da, 56-58, 59, 159, 252, 257, 169, 170-171, 182, 183
De Crônicas, 252, 259, 270 267, 351, 371, 374, 375-377 Geografia de, 142, 144
De Daniel, 434, 435, 436, 437 Bacia de bronze, 104, 107, 226 Povos de, 47, 184, 290, 299
De Eclesiastes, 329, 330 Baía de Haifa, 40, 57 Religião em, 52, 240
De Esdras-Neemias, 270-271 Basã, 42, 57, 135, 144, 447 Cânon, 22-28, 72, 151, 160, 164, 252, 253-254,
De Ester, 272 Basílica de Santa Catarina, 49, 110, 113 428, 434, 436, 437, 475
503
Índice por assunto
Caráter de, 68 256-260, 266,268, 390, 472 Profecias sobre, 354, 362, 394, 400, 403, 413,
Chamado de, 65, 341-344, 348, 394, 408, Aliança e a, 94, 97, 100, 211, 214-216, 219- 419, 424, 443, 467
413, 440, 443, 449, 466, 473 220, 226, 246, 252, 255, 257, 258-259, Região do, 37, 38-39, 43, 49, 56, 198
Compaixão de, 68, 456 358, 367, 386, 455 Relações com o reino de Israel, 227, 243,
Fidelidade de, 143, 144, 152, 170, 226-227, Messias na, 211, 310, 357, 360-361, 398, 394-395, 399, 414
405 467, 475, 476 Sabedoria do, 290, 291, 297, 299, 315, 316,
Glória de, 107, 114, 134, 226, 408, 409, 411- Restauração da, 396, 398, 420, 421, 449, 319
412, 422 464, 465 El-Amarna, 48, 57
Graça de, 64, 65, 66, 67, 68, 91, 98, 112, Tentativa de destruir a, 240 Eleição, 99-100, 441, 446 [Ver também salva-
138, 160, 173, 184, 212, 217, 257, 318, Diálogos de sabedoria, 290-293 ção; Soberania de Deus]
354, 370, 374-375, 386, 412, 413, 414, Dilúvio, 66, 78, 79, 81, 84, 85, 86, 90 Elim, 104
445, 454 Dinastia (s) Elohim como um nome para Deus, 69, 71
Imutabilidade de, 158 Egípcias, 39, 47, 48, 53 Encarnação, 36, 68
Ira de, 418, 457, 549 Sumérias, 45 En-Dor, 205-206
Justiça de, 295, 296, 297, 298, 470, 471-472 Discursos Endurecimento do coração, 358, 360, 388
Natureza ética de, 119, 124-26 De julgamento, 357, 445 Enuma Elish, 78-79, 81, 84
Nomes de, 69 No livro de Jó, 293-298 Épico de Atrahasis, 78, 81, 84
Onipotência de, 297, 299 Distich, 318, 320 Épico de Gilgamés, 81, 84-85, 86, 329, 334
Pastoreio de, 456, 468-469 Divórcio, 470, 471, 472 Epílogo de Jó, 293, 298
Plano de, 26, 3084, 99, 134, 148, 197, 200, Dízimo, 119, 470, 473 Escatologia, 347, 354, 365, 379, 428-429, 432,
201, 211, 256, 355, 360, 361, 362, 374, Doenças [Ver Julgamento de Deus, por pragas] 433-434, 436
375, 376, 422, 452, 465, 466, 470 Domingo de Palmas, 422 Escravidão
Presençade,107,112,113-15,128,131,134, Domo da Rocha, 225 De Jerusalém, 403
226, 259, 260, 411-12, 453 Doxologia, 306, 307, 310 Leis acerca da, 93, 94-95, 296, 398
Proteção de, 430 Ebenézer, 198 No Egito, 47, 48, 64, 65, 105, 107, 112
Provisão de, 385, 429, 453-54, 455 Ea, 79 Por dívida, 106, 269, 398
Revelação de, 22, 24, 26, 31, 134, 143, 198, Ebla, 46 Escribas, 24, 26, 27, 38, 58, 266, 267, 319, 372,
454, 475, 476 Ecrom, 202, 238, 365 459
Santidade de, 122, 125, 128, 423 Éden, 67, 81, 82, 335, 347 Egípcios, 105
Senhorio de, 375, 421, 470 Edom/edomitas, 57, 130, 146, 218, 310, 366, Assistentes de profetas, 347, 385, 398
Soberania de, 66, 68, 72, 82, 106, 111, 158, 470 Escritos, 22, 23, 24, 25, 26, 28, 30, 428
159, 164, 187, 192, 226, 258, 294-298, Oposição à Israel, 135, 144, 200, 213, 227, Escrituras [Ver Bíblia; Bíblico]
356, 385, 388, 389, 391, 432, 437, 444, 379 Esperança
446, 449, 457, 458, 467 Profecias sobre, 365, 394, 400, 401, 403, 418, Em Crônicas, 253, 255
Transcendência de, 24, 30, 69 419, 421, 424, 445, 452-453 Em Deus, 296, 301, 326, 327
Unidade de 145,-46 Região de, 42, 298 Messiânica, 309, 319, 468
Deuses [Ver também Asherah; Baal; deuses da Educação israelita, 317, 321, 322 Na aliança, 420-421
Mesopotâmia; politeísmo] Eduméia/edumeus, 401 Para o futuro, 374, 397, 405, 424-425, 428,
Da fertilidade, 411, 415, 440 Efraim, 42, 57, 97, 129, 176, 178, 186, 198, 228, 449, 458-59, 461, 462
Do sol, 411, 415 354, 364 Espias em Canaã, 132, 139, 168-169, 171, 173,
Deutero-Isaías, 370-71, 379 Egeu, mar, 48, 56 176, 177
Deuteronomista Egito/egípcio, 44, 45, 50, 55, 91, 92, 366, 446, Espiritismo, 134, 205, 206
História, 152-153, 161, 162, 163, 164, 165, 458 Espírito Santo
182, 190, 222, 246, 258 Antigo Império, 39, 44, 45, 46 Capacitando os crentes, 444, 458, 464, 466
Teoria do editor, 161-164 Escribas do, 105 Na inspiração, 24-50, 123-124, 310, 312,
Dez mandamentos, 64, 68, 106, 112, 122-123, Êxodo do, 66, 67, 68, 104-110, 111-112, 434
146, 152, 153 113-114, 128, 132-134, 137, 142, 169, Na profecia, 22
Dia (s) 172, 184, 388, 396, 442 Na mudança de corações, 397, 446
Da criação, 80 Israel no, 47, 48, 64, 65, 98, 105, 107, 112, Derramamento do, 444
De expiação, 467 305, 340, 341 Esposa de Ezequiel, 409, 416
De festas, 119, 120, 122, 172, 245, 270, 272, Literatura do, 290, 291, 292, 299, 316, 319, Estáticos, 345, 349, 350
274, 275 [Ver também pelo nome] 321 Estilo autobiográfico de Ezequiel, 415
Do Senhor, 347-348, 352, 408, 410, 414, Médio Império, 39, 46, 47 Estipulações dos tratados de suserania, 149, 150,
415, 439, 443, 444, 447, 452-53, 460 Moderno, 132 152
Dinastia de Davi, 49-56, 158, 162, 185, 219, Novo Império, 39, 46, 47, 48, 352, 365 Estrada do rei, 43-44, 56
505
Índice por assunto
Estradas Ver Viagens Salvação pela, 364 Gerizim, Monte, 146, 153, 161, 176
Estrangeiros, livro dirigido aos, 456 Fenícia/fenícios, 27, 30, 40, 48, 363, 418-419, Gesur, 217
Estrutura 468, 471 [Ver também Línguas] Gezer, 169, 212, 218, 223
De Juízes, 163 Ferramentas, 44, 46 Gibeão, 178, 218, 225, 226, 234
De Josué, 163 Fiat, criação por, 66 Giom, Fonte de, 214, 218
De Reis, 163 Fidelidade Gilboa, Monte, 203, 205, 210, 211, 218
De Samuel, 163 À aliança, 146, 186, 222, 226-228, 233, Gileade, 42, 57, 200, 332, 445
Evangelicalismo, 24, 30, 72-73 248, 348 Gilgal, 172, 173, 176, 178, 200, 201, 240
Estupro, 91, 184, 210, 217, 219, 378 A Deus, 199, 264, 362, 365, 378, 437, Glória
Etiópia [Ver Cush] Conjugal, 317, 318, 441, 442 De Deus, 107, 114, 134, 226, 373, 408, 409,
Eunucos, 377, 379 De Deus, 93, 143, 152, 170, 177-178, 203, 411-12, 422, 459
Europa, 36, 39 206, 226, 298, 307, 396, 405, 456, 459, De Sião, 378
Evangelho Modelos de, 429 Golfo Pérsico, 37, 57, 350
do Antigo Testamento, 354 No casamento, 331 Gomorra, 91, 356, 362, 401
aqueles que não ouviram o, 454 Para com Deus, 193, 201, 222 Gósen, 47
Evolução, 82 Fogo, 107, 131, 134, 281, 318, 392, 398, 410, Graça de Deus, [Ver também Deus]
Ex eventu, 434, 436, 346, 349 415, 429, 430, 447 Em Isaías, 354, 375, 378
Exílio Estranho, 121 Em Juízes, 184
Arquétipo de, 257, 258 Flauta, 307 Em Salmos, 308
Como julgamento, 389, 400 Filho No Pentateuco, 64, 65, 66, 67, 68, 91, 104,
Egípcio, 305, 340, 341, 442 De Davi, 211, 216, 219, 258, 475 113, 112
Libertação do, 265, 266 Do Homem, 431, 432, 436 Para suspender o julgamento, 217, 413, 414
Na Babilônia, 56-58, 159, 224, 244, 245, Da alvorada, profecia, 481-419 Obstinada, 370, 374
247, 257, 310, 351, 371, 396, 408-409, Filhos de Coré, 304-305 Grande sinagoga, 165
429, 430, 431, 435 Filho de Jacó/Israel, 47, 50, 89, 97-98, 107, 122, Granizo, 173
Perspectiva do, 224, 246-47, 253, 254-255, 132, 145, 184, 340, 356 Gratidão a Deus, 214, 216, 220, 462, 469
408, 409, 412, 430 Filistia/filisteu 40, 446 Grécia/grego, 49, 54, 56, 160, 186-187, 352, 431,
Profecias do, 361 Costa da, 40-42, 109, 452 434, 436, 465, 466 [Ver também Lín-
Salmos e o, 304, 305 Israel e a, 196, 197, 198, 199, 200, 202-206, guas]
Salvação por meio do, 430 210-212, 213, 218, 244, 340, 440, 452 Grifo, 273
Êxodo, 132-134, 142 Origens, 46, 49-50, Guerra
Acontecimentos do, 104-110, 129 Profecias sobre, 354, 362, 366, 400, 403, 418, Armamento, 50
Data, 39, 46, 48, 108, 109, 169 424, 445, 460, 468 Civil, 177, 184, 212, 228
Exílio no Egito, 98, 305, 340, 341, 442 Religião da, 238 Como julgamento, 184, 349
Historicidade do, 108, 112, 129-30 Filosofia da literatura de sabedoria, 291, 298 Santa, 169
Rota do, 108-10, 112, 133, 172 Fome, 319, 344, 389, 404, 405, 446 Trombetas de, 131
Significado teológico do, 65-66, 111-115 Julgamento por meio da, 218, 387, 395, Guerra civil
Expiação, 120, 122, 123, 124, 128, 424, 425, 398, 410, 447 Na monarquia dividida, 223, 241, 228
467, 476 Fórmula do reino em Reis, 222-223, 228, 230, No início da monarquia, 212
Dia da, 119, 121, 122, 124, 467 233, 234 Guerra santa, 169, 170, 178, 200
De Arão, 128 Futilidade da vida, 295, 326 Guerra Sírio-efraimita, 358-59, 360
Sacrifício de, 120, 121, 122, 123, 124 Gade, 129, 171, 177-178, 219 Hagiografia Ver Escritos
Ezion-gebér, 254 Gafanhotos, 132, 352, 443, 444, 447 Hamate, 440
Falso profeta, 342, 394, 395-96, 398, 403-04, Galiléia, 40, 42, 57, 239, 456 Hamurabi, 47, 48, 57, 345, 350, 456
408, 412, 415, 455 Gate, 202, 204 código de, [Ver Código de Hamurabi]
Falso testemunho, 123 Gate-Hefer, 453, 460 Harã, 47, 57, 93, 96, 97, 99
Faraó, 38, 39, 48, 57, 104,105,106,108,109, Gaza, 109, 365, 400 Harpa, 307
227, 246, 247, 414, 419 Geba, 212, 218, 228 Hatti, 196
Fé Genealogia (s), 81, 84, 96, 92, 104, 255, 256, Hazerote, 131, 132, 136
De Abraão, 32, 65, 66, 90, 91, 92-97, 428, 252, 258, 260, 266, 270, 459, Hazor, 169, 174, 223, 253, 401, 403
436 Messiânica, 173, 358, 475 Hebraico Ver Línguas
De Raabe, 32, 172 Mosaica, 104 Heilsgeschichte Ver História da salvação
Historicidade bíblica e a, 160 Gênero bíblico, 30, 31, 70, 72 Herança, 47, 128, 148, 159, 171, 176, 253, 308,
Parcial, 386 Gentis, bênçãos para os, 377, 380-81 344
Perspectiva de Crônicas, 158-59 Geologia, 85 Herem Ver Guerra santa
506
Índice por assunto
Hermenêutica. Ver Bíblia, interpretação da. 414, 440, 442, 470 [Ver também Reino unido de, 158, 197, 199-206, 210,
Hermom, Monte, 42, 295 Asherah; Baal, Bezerros de ouro de Je- 211-220, 222-228, 254-260
Hesbom, 144 roboão; Henoteísmo; Deuses da Meso- Terra de, 36, 40-42, 175, 215, 229, 456
Hexatêuco, 161, 162, 164 potâmia] Israel, reino do norte, 224, 234, 247, 255, 257,
Hieróglifos, 38, 44, 57 De Israel/Judá, 184, 340, 400, 460, 471 358, 366, 440, 441-43, 446-49
Hinos, 108, 285, 296, 304, 307, 310, 311, 314, De Nínive, 457 Apostasia de, 52, 158, 222, 228, 230-31,
332 Impotência da, 374 240, 243, 340-341, 343, 347, 415, 440-
Hinom, Vale, 391, 392 Igreja como templo, 465, 467 441
Hipopótamo, 297 ImagemdojardimemCânticodosCânticos,332 Divisão de Judá, 53, 158, 223, 228-233, 238,
Hipótese documentária, 69-72 Imago dei, 80, 84 243, 340
História, Imoralidade [Ver homossexualidade; honesti- Queda para a Assíria, 54, 161-162, 243-
Conclusão da, 381 dade; imoralidade sexual; pecado] 244, 255, 360, 362
Deus na, 159, 248, 249 Impostos, 269 Israel Stela, 108
Israel, de, 70, 71, 73, 75, 134-135, 146-148, Impureza Ver Leis de pureza Investida central de Josué, 172
158, 161-163, 177, 178, 182, 183, 184, Imutabilidade de Deus, 82, 146 Jaboque, 42, 57
197, 239, 246-247, 254, 257, 340, 455, Incenso, altar de, 107, 226 Jabes-Gileade, 200, 205, 206, 212
475 Incesto, 123 Jafa Ver Jope
Primordial, 78, 84, 86, 90 Injustiça, sofrer 433 Jâmnia/Iavé, Conselho de, 23, 30
Visão bíblica da, 66-67, 159-161, 433-434 Inscrição Messa, 230, 232, 234 Jardim do Éden Ver Éden
Historicidade das escrituras, 160 Inscrições, 108, 109, 224 Jebel Musa, 110. 113
Histórico/a (s) Inspiração das Escrituras, 24, 26 Jebel Serbal, 110
Épicos, 224-225 Inspiração Verbal Plenária [Ver Teoria da ins- Jebel Sin Bisher, 110
Fundação do Antigo Testamento, 476 piração verbal plenária] Jebusitas, 169, 210, 214, 220
Livros, 23, 24, 147, 151-152, 158-159, 161- Instrução JEDP, teorias [Ver Hipótese documentária]
165, 182, 187, 256, 264, 346 De Amenemope, 291-292, 318, 319 Jejum, 378, 379, 467-468
Narrativa, 222, 234 De Ptahhotep, 291 Jericó, 135, 136, 137, 142, 168, 169, 170, 171-
Prólogo, tratado de suserania, 149-150, 152 Em Provérbios, 316 173
Hitita, Império/hititas, 46, 48, 49, 50, 149-150, Instrumentos musicais, 283, 304, 306, 307 Jerusalém, 42, 57, 162, 216, 218, 259, 445 [Ver
151, 152, 163, 216 Intercessão de Cristo, 398, 467 também Jebusitas; Sião]
Holocausto, 107, 118, 120, 124, 220, 411, 422 Interpretação Capital nacional, 210, 213-14, 245, 256,
Homens fortes de Davi, 218-219 De sonhos, 429, 430 398, 440, 455
Homossexualidade, 123, 357 Das Escrituras, 28-32, 72 Moderna, 314, 327, 361, 377, 397
Honestidade, 196, 334, 423 Introdução a Esdras, 270, 271 Nova, 423
Honra de Deus, 202, 470, 471 Investida norte de Josué, 174 Pós-reinado, 58, 252, 255, 266-269, 270,
Humildade perante Deus, 297-298 Investida sul de Josué, 173 413, 422, 424, 466
Hula, Vale, 42, 57 Irã, 37, 57 Profecias sobre, 354, 362-363, 364, 375, 376-
Iaveísmo, 52, 57, 228, 231, 234, 268 Iraque, 37, 67 377, 380-381, 391, 392, 395, 409, 410,
Idade Calcolítica, 44, 46, 57 Irmãs, história das duas, 386 468, 469
Idade do Bronze Irrigação, 38, 409 Queda de, 53, 55-56, 158, 161, 210, 244,
Antiga, 44-45, 46, 57 Israel [Ver também Abraão; Egito; Isaque; Is- 351, 368, 394, 399, 400, 402-405, 410,
Média, 45-47, 57, 91 rael, reino do norte; Jacó; Judá/reino do 411, 412, 432, 452-453, 458, 467-468
Nova, 46, 47-49, 50, 57 sul; Moisés; Sinai, Monte] Templo, 52, 257, 265-266
Idade de cobre e pedra Ver Idade Calcolítica Antes dos reis, 168, 170, 172-177, 182-193, Jezreel, Vale de, 40, 43, 50, 57, 118, 182, 223,
Idade do Ferro, 44, 50, 53, 56, 57 198-199 246, 247, 442, 443, 446
I, 46, 50-52 Figurativa, 380 Jope/Jafa/Yafo, 452
II, 46, 52, 53, 57 Linha do tempo para, 46-59, 73, 108-110 Jordão,
III, 46, 56 Moderna, 132, 423 Fenda do, 40, 42, 57
Idade Mesolítica, 44, 46, 57 Nação de, 48, 52, 340, 372, 414, 421, 449 Rio, 40, 42, 66, 137, 142, 148, 168, 169, 171,
Idade Neolítica, 35, 38, 44, 46, 57 No deserto, 48, 66, 106-108, 110, 128-138, 172, 176, 218, 239, 401, 452
Idade Persa Ver Idade do Ferro III 144, 414 Vale do, 40, 42, 57, 135, 136
Idade Paleolítica, 44, 46, 57 Pós-exílio, 253, 255, 264, 265, 266, 267, Jubileu, 119
Identidade de Dario, 435 268, 351, 352, 374-375, 402, 408, 420, Judá
Idília, 187, 190 421, 464-465, 466, 470 Apostasia de, [Ver Apostasia]
Idolatria, 123, 161, 199, 227, 228, 238, 268, Povo escolhido de, 96, 99-100, 112-113, Divisão de Israel, 52, 53, 54, 158, 223, 228-
296, 377, 386-387, 389, 403, 411, 412, 143-147, 211, 224, 252, 255, 446 234, 238-244, 340
507
Índice por assunto
Pai/mãe na literatura de sabedoria, 291 Pentateuco, 23, 24, 28, 47, 63-75, 78, 158, 260, Primogênito, 47, 97, 104, 239
Palestina Ver Síria-Palestina 267, 322, 340, 476 [Ver também Penta- Princípios para os pais, 314, 317
Palmira, 252 teuco samaritano] Profecia (s)
Panela em Jeremias, 385 Autoria do, 68-75 Contra as nações, 354, 360, 363, 394, 400,
Panela enferrujada, 415 Ênfase do, 66-69 402, 418-420, 432, 445, 447, 448, 452-
Pão, 119 Estrutura do, 73 453, 460
Papiros do Mar Morto, 27, 28, 29, 30, 31, 272, Pentateuco samaritano, 28, 29 De Ezequiel, 18-20, 414-416
372-73, 435, 436, 459 Pentecostes, dia de, 444 Profecia clássica/profetas, 341, 348-349, 350
Pará, 388, 391 Pequeno Apocalipse, 353, 354, 363-364 Profecia da estrela da manhã, 418-19
Parã, Deserto de, 131, 132, 134, 136 Perdão Profecia de previsão, 342, 344, 371, 373, 380,
Parábolas, 290, 344 Do pecado, 216, 217, 220, 301, 376, 377, 397, 428
Paralelismo antitético, 282-83, 286, 318 379, 397 Profecias dos ais, 354, 357-358, 364-365, 366
Paralelismo literário, 85 Nacional 147, 431 Profecias sobre
Paralelismo na poesia hebraica, 282, 287, 318 Peregrinação, 309 A Babilônia, 354, 362, 367, 394, 401-02,
Paralelismo sinônimo, 282-83, 286 Período intertestamental, 428 403, 411, 458
Paralelismo sintético,282, 283-84, 286 Período neobabilônio Ver Babilônia, novo Damasco, 354, 360, 362, 366, 394, 401, 403,
Paralelos, literários/culturais, 91, 292, 316, 331, império 445
345 Período pós-exílio, 69-70, 158, 252, 253, 254, Edom, 394, 400, 403, 418, 419, 424, 445,
Páscoa, 106, 130, 172 255, 256, 264, 266, 329 452-53
Pastor, Deus como, 456 Perseguição Egito, 354, 362, 394, 400, 403, 413, 419,
Pátio do tabernáculo, 104 Do povo de Deus, 272-275, 429-431, 433 424, 443, 467
Patriarcas, 44-46, 48, 90-100, 143-148 Dos profetas, 388-392, 410 Jerusalém, 354, 362-363, 366, 375-377,
Aliança com, 356 Pérsia Ver Medo-Pérsia 380-381, 391, 395, 409, 468, 469
Genealogia dos, 255 Perversos, 395, 308, 455-456 Nova Jerusalém, 423, 424
Teologia da retribuição e os, 163 Planalto Central de Benjamim, 212 Sobre o Messias 354, 358, 360, 366, 374,
Paz/shalom, 347 Plano de Deus, 26, 30, 84, 99, 134, 148, 197, 375-76, 380, 381, 396, 423, 443, 455,
Em Isaías, 356 200, 201, 211, 256, 355, 360, 361, 362, 465, 468-469
No reino messiânico, 361, 468 374, 375, 376, 422, 452, 465, 466, 470 Profetas
Ofertas de, 120 Pluralidade Ver Casamento misto; Relativismo Anteriores, 160, 164
Pecado Ver também Retribuição, Teologia da Poesia Atos simbólicos feitos por, 388, 397, 398,
Condenação profética do, 231, 232 Livros de, 24 415
Confissão do, 216, 219-220, 270, 307-308 Hebraica, 282, 284 Cristo entre, 344
Conseqüências do, 64-65, 147, 216-17, 219, Ugarítica, 284, 286-287 Elias entre, 231-34, 238-39
220, 254, 295-296, 391, 394, 413 Politeísmo, 80, 146, 287, 292, 319 Eliseu entre, 239-40, 241
De Acã, 162, 173, 182 Portão/portões/porta/portas Falsos, 342, 389, 395-396, 398, 403, 404,
De Davi, 162, 211-212, 216-217, 219, 220, De Jerusalém, 265, 377, 469 405, 408, 412, 455
253, 308 Da Nova Jerusalém, 422, 423 Jeremias entre, 385-391, 394, 400-403
Desculpas para, 358, 414 Portão de Ishtar, Babilônia, 433 Juízes entre, 158, 161, 196
Destruição final do, 472, 473 Portão leste de Jerusalém, 422 Julgamento pelos, 391
Escravidão ao, 138 Povo de Deus, 347, 356, 364, 373, 378-379, 455, Milagres feitos por, 240, 243-244
Expiação do, 124, 466, 467 464, 466, 468 Moisés entre os, 148, 242
Libertação do, 375 Povo escolhido, 99, 182, 259, 260, 378-379, Não-literários, 346
Nacional, 270, 378, 388-389, 409 446, 466 Nas culturas pagãs, 344, 350
Oferta por 120, 124 Povos do mar, 46, 49-50, 57 [Ver também Ofício de, 231, 233, 234, 240, 266, 341-342,
Original, 82-84, 86 Filistia/filisteus] 343, 344, 350, 409-420, 455
Perdão do, 122, 456 Pragas do Egito, 48, 66, 67, 68, 104, 105-06, Perseguição contra, 388, 389
Purificação do, 347, 358 112 [Ver também julgamento de Deus] Pós-exílio, 159
Sacrifício pelo, 120-121, 122, 123, 124 Preâmbulo de tratado de suserania, 149, 150, Samuel entre, 198, 242
Sexual, 137, 138, 184, 196, 216, 318, 322- 152 Tradição dos, 242
23 Premilenialismo, 379 Videntes, 341, 342, 350
Sob juízes, 184 Prenunciar Ver profecia de previsão Vigias, 420
Tentação, 318 Presença de Deus, 107, 134, 171, 226, 259,260, Profetas anteriores Ver Profetas
Tristeza pelo, 307-08 411-412 Profetas Maiores, 23, 24
Peixe, Jonas e o, 454, 460 Em Êxodo, 107, 108, 113-115 Profetas Menores, 23, 24
Pelesete Ver Palestina Em Números, 128, 130, 131 Profetas não-literários, 346, 350
510
Índice por assunto
Prólogo de Jó, 293, 294, 298 De Saul, 200-201, 202, 205, 206 Do templo, 241, 422, 423
Propósito de, De Zedequias, 413 De Sião, 378-380
Cântico dos Cânticos, 286, 288 Recabe/recabitas, 212, 398 Ressurreição, 100, 111, 161, 310, 421, 431, 433,
Crônicas, 252, 253, 254-55 Redenção/livramento Ver também Salvação 446, 472, 473
Eclesiastes, 286, 288, 327 Da Babilônia, 370, 374 Retidão, 68
Esdras, 266 Do Egito, 112 Retorno do exílio na Babilônia, 56-58, 159,
Jó, 286, 288, 301 Refains, Vale dos, 212-218 252, 253-255, 258, 264-270, 271, 370,
Provérbios, 286, 288, 313-322 Reformas, 222, 270 371, 376-377, 396, 424, 464, 466, 467,
Reis, 240 Sob Ezequias, 222, 240, 241, 244 468
Salmos, 286, 288 Sob Josias, 240, 244, 246, 351, 384-85, 459 Retribuição, Teologia de, 147, 162, 163, 222,
Propósito de Deus, 388, 429, 452-54, 455 Regência de Belsazar, 432, 433, 435 226, 246, 247, 258, 291, 292, 295, 296,
Proteção de Deus, 430 Registros antigos, 223-224, 244, 400, 402, 435, 298-99, 309, 322
Provérbios, 313 459 Revelação de Deus, 22, 24, 26, 36, 67, 68, 106,
Provérbios de Salomão, 316-321 Regras sobre carne, 121 134
Proteger o muro, 415 Rei (s), 184-185, 435, 467 A Israel, 268, 475, 476
Pseudônimos, livros bíblicos com, 428, 436 Lista de, 223, 230, 233 Direta, 198
Pureza, chamado a, 65, 317, 318, 322, 378, 412- Salmos para o, 307, 308 Na criação, 454
13 Reino/reinado Ver também Reino dividido; rei- Rib, 442
Purificação dos pecados, 347-48 no unido Rima poética, 282, 286
Purim, 272, 273, 275 Começo do, 196-206, 210, 256-257, 258- Rio em Ezequiel, 423
Qarqarm 348 260, 340 Rio Eufrates, 37, 38, 39, 47, 52, 245, 345, 350,
Quebar, Rio, 409 De Davi, 46, 52, 158, 185, 209, 210-220, 388, 402
Queda Ver também Lamento sobre Jerusalém 254, 255, 256, 258-259, 423, 440, 445 Rio Nilo/Delta, 38, 39, 56, 106, 109, 362
Da Babilônia, 418, 457, 464 De Deus, 59, 259, 284, 348, 356, 357, 365, Rio Orontes, 40
De Judá/Jerusalém, 53, 55-56, 158, 162, 374, 380, 424-425, 429, 431, 432, 433, Rio Tigre, 37, 38, 53, 57, 350
224, 238, 244, 246, 247, 254-55, 351, 455, 464, 465-466, 468, 469, 475 Rolos
360, 362, 368, 375, 394, 398-400, 402- De Salomão, 224-228, 253, 259, 327 Dos pecados, 409
405, 408-412, 415, 416, 418-419, 421, Sacerdotal, 114 Voadores, 466
452-453, 458-459, 467 Reino dividido, 46, 52-55, 56, 158, 222, 223, Rolo de Isaías, Qumran, 372-73
De Nínive, 456, 457, 460 224, 227, 228-238, 245-249, 257, 340, Roma, 23, 54, 401, 433, 434, 436, 468
De Samaria, 54, 161-162, 243-244, 254- 346 Romântico
255, 349, 360, 362, 375, 415, 441, 442 Durante o reinado de Davi, 212, 217, 218, Amor, 286, 288
Quedar, 394, 401, 403 225 Formas literários de estilo, 272, 331
Queixa contra Deus, 387-88, 389 Reino sacerdotal, 114 Rota do Êxodo, 108, 109, 110, 111
Quenitas, 110 Reino unido de Israel, 52, 158, 196, 197, 199- Sabá, nação de, 226
Querubim, 411, 412 200, 210, 211-220, 222, 224-228, 254- Sábado, 104, 449
Quiasmo, 142-143, 284-285, 430 257, 258-260 Descanso, 139, 390
Quiriate-Jearim/Baalá-Judá, 198, 199, 214, Reinos, visão de Daniel dos, 429, 430, 431, 432, Ano Sabático, 119
219 433, 434 Sabedoria discursiva da Mesopotâmia, 291,
Qumran, 27, 28, 30, 372-73, 436-38, 459 Relativismo, 185, 268, 357 292, 316
Racionalismo, 295, 298 Relativismo moral Ver Relativismo Sabedoria instrutiva egípcia, 291, 292, 297,
Ramá, 199, 205, 228 Remanescente, 316, 318, 319
Rapto, 106 Fiel, 355, 356, 360, 373, 375, 410, 412, 468, Sacerdócio, 119 Ver também Sacerdócio de
Ras Safsaf, 110 469, 470, 473 Arão; Sacerdócio levítico; Sumo sacer-
Ras Shamra Ver Ugarit Teologia do, 355, 356, 365, 370, 376 dote
Real/reais Renovação da aliança, 144, 265, 270, 341, 351 De Cristo, 122, 124, 125, 135, 310, 398
Salmos, 307, 308-309 Renovo messiânico, 357, 361, 397, 398, 467 Na hipótese documentária, 69, 71
Responsabilidades, 320 Resgatador, 189, 190, 191 Samaritano, 340
Rebelião contra Deus, 138, 142, 238, 355, 356, Restauração Sacerdócio de Arão, 58, 104, 119, 120, 122, 134,
385, 386 Apelos para a, 307 145, 265-266, 269, 384, 423, 466, 467,
Final, 432 Arquétipo de, 256-257 470
No deserto 131-135, 137, 388 Aliança de, 403 Degradado, 196, 198, 395, 398, 404, 405,
Em Israel/Judá, 147-48, 400 De Israel, 370, 373, 374, 396, 416, 421, 423, 422, 442
De Jeroboão, 222 424-425, 442, 460, 461 Segundo templo, 266, 464-465
Do remanescente, 449 Templo, 408-409, 422
511
Índice por assunto
Sacerdócio levítico, 65, 69, 119, 147, 176-177, Segunda lei, 66 Problema do, 291-92
265, 423, 470-471, 473 Sela, 453 Servo sofredor, 356, 370, 375-376
Censo do, 130 Selá, 307 Sol, adoração do, 408, 411, 415
No reinado de Davi, 214 Sem/semita, 79, 85, 86 Sonhos, 345, 429, 430 Ver também Visões
No segundo templo, 265, 270 Septuaginta, 28, 29, 108, 119, 128, 142, 326 Suez, Canal de Ver Suez, Golfo de
Sacrifício, 117-125, 424, 443, 472 Serpente de bronze, 130, 135 Suez, Golfo de, 39, 57, 109
Amaldiçoado, 470-71 Serpentes de julgamento, 135 Sumer/sumérios, 38, 44, 45, 46
Animal, 118, 120, 122, 124, 470, Servo Ver também Servo sofredor Sumo sacerdote, 58, 122, 145, 198, 266, 466,
De ação de graças, 120 Em Isaías, 356, 372-376, 378 467
Da aliança, 106-07 Líderes, 148 Cristo como, 310, 398
De crianças, 96, 387, 392 Papel do, 374-375 Sunamita, 240
Em Levítico, 122, 123, 124-125 Setenta semanas de Daniel, 428, 431, 433-434 Susã, 272, 273, 275
Falha em realizar, 404 Sexual Tabernáculo, 104, 113, 114, 119, 121, 128, 131,
Falso, 356, 447 Expressão, 84, 331, 333, 335 147
Propósito do, 118 Imoralidade, 123, 137, 138, 184, 196, 216, Construção do, 104, 119
Sacerdotes e, 65, 200 217, 317, 318, 322, 357, 441, 442, 457 Em Silo, 196, 387
Tabernáculo, 104 Pureza, 122, 317, 318, 322, 413 No tempo dos juízes, 187, 190
Tipos de, 119, 120-121 Shalom, 67, 347 Presença de Deus no, 134
Sabedoria personificada, 296, 316, 317, 318 Saron, Planície de, 40, 57 Propósito do, 107-08
Salmos de Davi, 30, 304-12 Siquém, 42, 57, 146, 149, 176, 187 Tabernáculos, Festa dos, 270
Salmos de penitência, 304, 307-308, 310, 311 Shema, 145 Tabor, Monte, 182, 443
Salmos imprecatórios, 304, 307, 310-311 Sheol, 419, 424 Tábuas da lei, 104
Salvação Shiggaion, 307 Talmud, 69, 72, 475
Do remanescente, 364-366, 375 Sião, 284, 362, 364, 375, 378, 379, 387 Targuns, 28, 29, 30
Em Crônicas, 158-59 Monte, 309, 405 Tarsis, 453
Em Êxodo, 65-66, 112, 115 Sicômoros, 342, 445 Tebas, 48, 57, 458, 460
História da, 67-68, 91, 160, 211, 276, 465, Sidom, 230, 232, 240, 419, 424 Tel Abibe, 409
475, 476 Siló, 42, 57, 183, 187, 196, 198, 205, 387, 395 Tel Aviv, 452 Ver também Jope
Oferta de, 376, 446 Simeão,183 Tema de preparação
Palavra de, 25, 26, 455 Sinai Em Números, 130
Para a nação, 142, 405 Monte, 65, 66, 104, 106, 107, 108, 109, 110, Templo, 52, 257, 265-66, 356
Para o povo de Deus, 68, 457, 459 112-13, 118, 119, 130, 136, 137, 143, Adoração no, 119, 386
Pelo Messias, 211, 378, 380-81, 454 144, 145, 168, 177, 340, 341, 347 Construção do, 226, 253
Plano final de Deus de, 364, 374, 376, 378 Península do, 48, 49, 109, 110, 128, 130, Destruição do, 56
Por Deus, 275, 276, 296, 361, 366, 374-375 396 Espiritual, 422-424, 464, 467
Samaria/samaritano, 28, 29, 52, 54, 201, 230, Aliança no Ver Aliança Mosaica, no Sinai Falha do, 404-405
232, 243, 266, 349, 413, 415, 441, 443, Sinal, 366, 367 Glória de Deus no, 411
446, 447, 455 [Ver também Israel, reino Sincretismo, 268, 274, 340, 390 Novo, 422, 24
do norte] Síria, 37, 57, 93, 94, 198, 200, 213, 218, 224, Primeiro, 211, 214, 218, 219, 225, 226, 227,
Sangue, importância do, 119, 121, 124 240, 241, 242, 249, 252, 348, 349, 350, 255, 256, 259-261
Santidade, 68 351, 358, 366, 400, 440, 452, 468 Profecia contra, 395
Chamado para a, 68, 119, 124-125, 347, Síria-Palestina, 37, 39, 40, 42, 43, 44, 46, 47, Reconstrução do, 159, 241, 255, 265, 266,
381, 389, 423, 465 48, 49, 52, 53, 56, 98, 242, 332, 340, 269, 351, 422, 464-466
Código de, 119, 120, 122 349 Rolo, do 459
De Deus, 125-135, 423 Moderna, 93, 286 Saqueado por Jeoás, 241
Em Levítico, 125-126 Sirbonis, Lago, 108 Segundo, 46, 265, 266, 424
Restauração da, 380 Sitz im Leben, 70, 72 Tesouros do, 265
Santo Soberania de Deus, 68, 72, 82, 105-106, 111, Temor do Senhor, 146, 292, 316, 322, 326, 327,
Dos Santos, 122 148, 158, 159, 164, 187, 192, 258, 294- 329
O... de Israel, 356, 401 298, 356, 374, 375, 385, 418, 432, 437, Tenda da congregação, 104
Santos do Altíssimo, 431, 433, 436 444, 449, 457, 458, 459, 467 Teocracia, 206
Satisfação, busca por, 326 Sodoma, 91, 356, 362, 401, 413 Teodicidade, 83, 292, 294, 298
SecaresultantedojulgamentodeDeus,231,388, Sofrimento, 294-299 Teofania, 110, 113, 225, 226, 227, 234
447 De Jeremias, 391-392 Teologia deuteronômica Ver Retribuição, teo-
Sefelá/Montes Baixos, 40, 57 Pela fé, 456 logia de
512
Índice por assunto
Teologia neo-ortodoxa, 24. 30, 31 Autoridade do, 247 Vale do Elate, 43, 57, 254
Teoria da inspiração limitada, 25 Bênçãos para os gentios, 377 Vaticinium ex eventu, 346, 428, 436
Teoria da inspiração verbal plenária, 25-26, Obediência ao, 347 Vento, correr atrás do, 328
30, 31 Ver também Bíblia; Inspiração Transcendência de Deus, 24, 30, 69, 72 Vestes sacerdotais, 104
das Escrituras Transjordânia, 135, 174, 178 Viagem, 56
Teoria do ditado, 24, 30, 31 Terras altas da, 40, 42, 43, 57 Rodovias, 42-44
Terra Planalto da, 43 Mar, 254
Compra por Jeremias, 394, 397 Transmissão de texto, 26-28, 30 Via Maris, 42-43, 44, 48, 56, 57
Divisão de, 137, 423 Tratado de suserania, 149-150, 153, 163 Vida, 317, 334
Propriedade de Deus, 420 Tribos de Israel, 52 Futilidade da, 295, 326
Terra prometida, 65-66, 100, 108, 113, 114, 115, Divisão de terras entre as, 170, 175, 176- Em Salmos, 305
123, 128, 144 177, 178 Vidente, profeta como, 340, 349
Conquista da, 48, 64, 72, 130, 131, 134, 136, Espirituais, 423 Vinhedo de Israel, 357, 412, 413, 415, 442, 443
137, 158, 168-172, 176, 177, 178, 182, Tribulação, grande, 421, 424 Vinho, símbolo em Jeremias, 388
183, 340 Tributo de vassalos, 213, 218, 240, 242, 243, Violência, 378
Entrada na, 138, 142 245 Virgem, Sinal de uma, 358-60
Falha em entrar, 132, 137 Tribos de José, 421 Visões, 266, 345 Ver também, Sonhos
Vida na, 151 Tristeza Apocalípticas, 428
Terremoto, 134, 445 Pelo pecado, 307-308 De Amós, 447-49
Testamento de Moisés, 143 Jejum por, 379 De Daniel, 428, 429, 430, 431, 432
Testemunha Trito-Isaías, 371, 379 434, 489De Ezequiel, 409, 411, 4
Às nações, 455 Tróia, 49 1, 422
De Deus, 390 Trombeta Ver Shofar Noturnas, 465, 466
Escrituras, 24, 372 Trombeta de chifre de carneiro Ver Shofar Viúvas, 187, 446
Tetratêuco, 162, 163, 164 Túnel de Ezequias, 257 Volta de Cristo, 433
Textos Ugarit/Ras Shamra, 285, 286 Vulcões, 110
Acádios, 345 Ugarítico Ver Línguas Vulgata, 42, 326, 334
De presságio, 344-45, 349 Unção Yarmuk, 42, 57
Mari, 344, 345, 348, 349, 350 Óleo de, 104 Yafo Ver Jope
Textos de presságio, 344, 346, 349, 350 Chamado de Deus, 348 Zagros, Montanhas, 36, 37, 48, 57
Texto massorético, 28, 29, 30 Unidade de Deus, 145-46 Zebulom, 360, 453
Timnate-Sera, 176 Ur, 47, 66, 83, 93, 97, 99, 402 Zerede, 42, 57
Tiro, 213, 214, 226, 240, 354, 363, 366, 418- Povo de, 54 Ziclague, 196, 204, 205, 210, 211
19, 424, 445 Uruk, 84 Zigurate, 83, 84, 86
Títulos de Salmos, 306 Uvas estragadas, Israel como, 442, 448 Zim, Deserto de, 134, 136
Topografia do antigo Oriente Próximo, 36-44 Vacas de Basã, 447
Torá, 23, 27, 30, 64, 72, 112, 267, 379 Vassalo, 360
513
37.1-36 92 12.29-51 104
25.1-9 104 5.14-6.7 120 21.1-22.33 119 10.35 131 25.1-9 138
25.1-31.18 104 6.8-7.38 119 23.1-44 119 11 131 25.9 137
25.8 107 7.38,39 120 23.22 189 11-14 137 26 128, 137
25.10-22 104 8-10 119, 121 23.26-32 122 11.1 131 26.51 129
25.23-30 104 8.1-10.20 119 24.1-23 119 12 131, 132 27 137
25.31-40 104 8.1-36 119 25.1-55 119 12.8 341 27.12-23 137, 138
26.1-37 104 8.13 124 26.1-46 119 13 132 27-36 137
27.1-8 104 9.1-24 119 26.46 122 13.16 132 28-36 137, 138
27.9-19 104 10.1 121 27.1-34 119 13-14 132, 176 31.16 137
27.20,21 104 10.1-3 130 13.1-20.21 130 32.28-32 171
28.1-43 104 10.1-20 119 Números 13.2 132 33.2 68
29.1-46 104 10.3 121 2 130 13.25-33 132 35.9-15 176
30.1-10 104 10.16 27 4 130 13.26 134 36.13 142
30.11-16 104 11 121 7-9 130 13.28,29 168
30.17-21 104 11-15 121 1-6 131 13.33 132 Deuteronômio
30.22-38 104 11-16 119 11.33 131 14.1-10 169 6.8,12,15 273
31.1-11 104 11.1-15.33 119 12.16 132 14.2 134, 138 1-3 143
31.12-18 104 11.1-16.34 119 14 134 14.4 134 7.6,7,17 129
32 114, 136 11.42 27 23-24 136 14.6-8 132 4-11 143
32-34 107 11.44 68 13-18 168 14.10 134 12-26 143
32.1-33.23 104 11.44-45 125 1 131 14.39-45 134 27-30 143
32.1-33.6 104 12 121 1-4 128, 130 15 134, 138 31-34 143
33.7-23 104 13-14 121 1.1-10.10 128, 130. 138 15-20 134 1.6-21 143
33.11 168, 341 15 121 1.1-54 130 16-17 304 1.1 143
34.1-35 104 16 467 1.2 131 16.1 134 1-3 143
34.27 68 16.1-34 119 1.46 129 16.31-43 134 2.5,9,19 144
35-39 107 16.2,3 122 2.1-4.49 130 16.44-50 134 2.24,31 145
35.1-40.38 104 16.8-10 122 3-6 131 17 134 3.3 145
40 107 16.14,15 122 3 130 17.1-13 128 6-11 146
40.17 119 16.16 121 3.4 130 18,19 134, 138 5 146
40.34 107, 114, 226 16.20-22 122 3.5-10 119 20 142, 145, 148 29-30 146
16.22 122 4.3 384 20.1 134 27 146
Levítico 16.30 122 5 130 20.2-12 134 12,15,17 148
1 120 17.1-16 119 5.1-8.26 130 20.10-11 134 24.3-8 149
1-7 69, 119, 121 17.1-26.46 119 6 131 20.12 134 24-26 150
1.1,2 119 17.11 121, 123, 124 6.1-21 198, 446 20.14-21.35 135 21-26 153
1.1-6.7 119 17.13,14 121 6.22-27 131 20.17 43, 135 9 162
1.1-7.38 119 17-27 119, 122 7 131 20.22-29 130 31.3,7,8,14,23 170
1.2 119 18 123 7-10 131 20.22-36.13 128, 130, 18.15 355
1.4 124 18-26 122 7.1 131 135, 138 2.4-7.28
1.9 120 18.1-20.27 119 8 131 21.1-4 130 1.1-4.43 142, 153, 162
1.13 120 18.3 123 9 130, 131 21.4-9 135 1.1-5 143, 150
1.17 120 18.3-5 123 9.1-10.10 130 21.5 138 1.2 143
2 120 18.6-18 123 9.1,15 131 21.5-9 130 1.3 143
2.2 120 18.20 123 9.15 131 21.9 135 1.5 143
2.9 120 18.22 123 10.1-10 131 21.10-20 130 1.6-3.29 150
3 120 18.23 123 10.5,6 131 21.21-35 130 1.6-4.43 143, 153
3.2 124 18.24,25 123, 170 10.9 131 21.22 43, 135 1.6,7 144
3.8 124 18.24-30 169 10 118, 131 22-24 128, 135, 138 1.6-8 143
3.13 124 18.25 123 10.1-10 118 22.1-36.13 130 1.26-46 144
4.1 69 18.28 123 10.11 119, 128, 130, 131 22.22-30 136 2.1-3.22 144
4.1-5.13 120 19.2 122, 125, 126 10.11,12 131 22.33 136 2.2-3.29 143
4.4,15,24,29,33 124 19.9 189 10.11-12.16 130 24.2 136 2.5,9,19 144
4.20,26,31,35 120 20.7 125 10.11-20.21 128, 130, 25 137, 138 2.24,31 145
5.6,10 120 20.26 125 131, 138 25.1-3 137 2.24-3.17 144
515
Índice por passagens bíblicas
2.33 145 27.12 146 3-4 172 24.28-33 168, 178 1.20,21 192
3.2 145 28 69, 147, 150, 162, 222, 3.1-5.15 172 24.29-31 169 2.1 188
3.23-29 145 298 3.7 170 24.31 178 2.1-23 188
4 145 28.1-68 143 4.9 169 2.2,3 189
4-26 150 29.31 177 5 172 Juízes 2.4-7 189
4.1-40 143 29.1 142 5.9 169 10 182 2.18-23 189
4.13 397 29.1-30.14 143, 147, 153 5.10-12 130 6 186 2.20 189
4.35-40 142 29.20 397 6-9 167, 168, 172 1.1-2.5 183, 185 3.1-18 188
4.41-43 143 30.15-20 143, 147 7 162, 182 1.8 210 3.10 190
4.44 145 30.19 150, 152 7.1-8.35 173 1.19 183 3.10-13 189
4.44-26.19 142, 143, 145, 31 147, 153 7.26 169 2.1-5 184 3.12,13 190
153 31.1-30 143 8.18 241 2.2,3 184 4 188, 190
4.44-49 143, 145 31.3 147, 170 8.30-35 146, 161, 177 2.6-15 184 4.3 191
5-11 145, 146 31.7,8 170 9 218 2.6-3.6 183, 184 4.6 191
5.26,28 69, 145, 146, 153 31.9 75 9.1-27 173 2.6-16.31 183, 184, 186 4.13 192
5.1-3 145 31.9-13 147, 150 10 168, 173 2.13,14 184 4.17 192
5.1-11.32 143 31.9,19,22,24 68 11.1-15 168, 174 2.16 182 4.18-22 188
5.2,3 145 31.14 170 11.16-12.24 168, 174 2.16-23 184
6.4 145 31.14-23 147 11.18-20 169 2.19 184 1 Samuel
6.4-9 321 31.19 147 11.20 176 3.1-6 184 15.24,25 201
6.5 95, 96, 146, 484 31.19-22 150 11.21 170 3.5,6 268 2-3 201
6.6,7 291 31.23 147, 170 13 168, 176 3.7-11 184 17.26,36,46,47 202
7.4 227 31.26 245 13-21 67, 168 3.6-16.31 183, 184 1-15 196
7.6 129 31.24-29 147 13-24 170 3.12-30 184 1.1-3.21 196, 198
7.7 129 32 142, 148, 162 13.1-13 183 3.31 184 1.10,11 198
7.17 139 32.1 150 13.6 170 4.1-5.31 184 1.19,20 198
10.4 106 32.1-32.47 147 14-19 168, 176 6.1-8.28 184 2;12-17 196
12 147 32.1-34.12 143, 147 14.6-15 176 10.1,2 184 2.22-25 196
12-26 145, 146, 147, 152, 32.1-47 143, 147 14.8 176 10.3-5 184 2.27-36 198
153 32.47 26 15-19 176 10.6-12.7 184 3.10 198
12.1-26.19 143 32.48-33.29 143 15.63 169, 176 11.26 108, 109 3.20 198
12.13,14 177 32.48-52 148 16-17 176 12.8-10 184 4.1 198
13.1-5 342 33 142, 150 16.10 169, 176, 183 12.11,12 184 4.1-7.17 196, 198
13.1-14.21 147 33.1-29 148 17.12,13 176, 183 12.13-15 184 4.10,11 199
14.22-16.17 147 34 142, 150 17.16-18 183 13.1-15.20 184 5.3,4 199
16.18-18.22 147 34.1-12 143, 148 18.1 196 17-18 183, 184 5.6 199
17.14-20 162 34.4 148 18.1-6 198 17-21 183, 184, 186 5.8-12 199
17.17 227 34.8 170 18.2-4 183 17.1-21.25 183 6.4,5 199
18.9-22 162 34.10 148, 242 18.23 388 17.6 182, 184, 186 6.12-16 199
18.15 341 19.13 453 18.1 182, 184 6.19-21 199
18.15-19 148 Josué 20-21 168, 176 19-21 183, 184 7.1,2 214
18.21,22 342 22 168 20.1-9 176 19.1 182, 184 7.7-14 199
19.1-24.7 147 11.15 174 21 176 21.25 182, 184, 186, 196 8-12 196, 199
21.17 239 6 170 21.18 384 8.4,5 199
23.3,4 377 8,24 156 21.43-45 170, 177 Rute 8.6,7 197
24.8 75 14 177 22-24 167, 168, 177 1 188, 191 8.7 200
24.8-16 147 22 177 23 162 1.5 192 8.10-22 200
24.17-26.15 147 16-18 183 23.1-6 177 22 188 8.19b,20 50
25.5,6 191 1-5 168, 170, 173 23.1-24.27 168, 177 4.1-17 188 10.1 200
27-28 146, 247 1-12 167, 168, 170 23.12,13 471 23 189, 190 10.10 342
27.1-26 143 1.5 170 24 149 1.1-5 188 10.10-12 346
27.1-31.30 142, 143, 146, 1.6,7,9 170 24.1-28 177 1.6-22 188 10.17-26 200
153 1.8 64 24.11 214 1.11 188 11 200, 206
27.4 146 1.16-18 177 24.15 177 1.16-17 188 11.1,2 400
27.5,6 161 2.1-24 171 24.26 169 1.19 188 11.14,15 200
516
Índice por passagens bíblicas
2.9 239 17.1-6 243, 362 24.20-25.7 169 26.6-15 440 7.6,9 267
2.13,14 239 17.5,6 243 25.1-21 246 28 256 7.7,8 271
2.19-22 239 17.6,7 169 25.8 467 29-31 257, 319 7.10 265, 267, 276
2.23-25 239 17.7-23 243, 376 25.22-26 246 29-32 244 7.11-26 265
3.1-27 240 17.13-23 238 25.27-30 163, 224, 238, 29-36 256 7.12-26
3.4 445 17.15 243 246, 395, 402 32 257 7.27,28 265
4.1-7 240 17.15,16 243 33.1-20 244 7.28 271
4.8-37 240 17.18,20,23 243 1 Crônicas 35.25 403 8.1-14 265
4.38-44 240 17.22,23 247 15.17 304 36.22,23 58, 224, 252, 8.15-20 265
5.1-27 240 17.23 249 1-9 255, 256 254, 257, 258 8.21-32 267
6.1-7 240 17.24 266 1.1-2.2 255 8.21-36 265
6.8-23 240 17.24-41 243 2.3-4.23 255 Esdras 9.1-4 268
6.24-7.20 240 17.29 243 4.24-8.40 255 4.24 266 9.1-15 265
8.1-6 240 17.41 228, 238 8 256 5,6 266 9.5-15 268
8.7-15 240 18-20 244 9 255 2.2 464 9.6 268
8.18 240 18-25 224, 238, 243 10 255 3.2 464 9.14 268
8.26,27 240 18.1-20.21 238 10.1-11.3 256 9-10 471 10.1-4 268
9-10 240, 241 18.13-16 367 10.13,14 256, 257 1-6 58, 265, 271 10.1-17 265
9-17 228 18.13-19.37 244 10-20 256 1.1 276 10.1-44 265
9.1-10.28 240 18.4 257 10-29 255, 256 1.1-2.70 265 10.12-44 269
9.1-13 240 18.4-6 244 10-36 256, 257 1.1-4 58, 265 10.18-44 265
9.22 490 18.7 244, 367 11-12 255 1.2,3 257
9.22-26 234 18.8 244 13-22 255 1.2-4 258, 265, 266 Neemias
9.27 240 19.15-19 244 15-16 304 1.5-11 265 7 269
9.30-37 234 19.20-34 244 15.4,5 304 1.8 265 12.27 270
10.1-17.41 238 19.35 245 17 257, 258 2 270 1.1-11 265
10.32,33 240 19.35-37 244 17.7-14 255 2.1-70 265 1.1-3 265
11.1-20 240 20.1-11 244 17.13 258 2.2 265 1.1-11 265
11.4-21 240 20.12-19 244 21-29 256 3.1-6 265, 266 1.1-3 252, 265
12.2 241 21.1 367 21.1 219 3.1-6.22 265 1.4-11 265
12.3-5 241 21.1-18 238, 244 22.1-5 253 3.7-13 265 2.1-10 265
13-17 241 21.8 482 22.8,9 214 3.7-6.22 266 3.1-7.3 265
13.14-19 240 21.9 245 23.1-29.20 255 3.10,11 266 3.1-32 265
13.14-20 241 21.10-16 238 28.9 258 3.11 276 4.1-23 265
13.19 249 21.11-15 245, 247 29.21-30 255 3.12,13 266 5.1-19 265
13.20,21 240 21.19-26 238, 244 4 266, 276 6.1-14 265
13.25 249 22.1-23.30 238, 245 2 Crônicas 4.1-5 265, 266 6.15-19 165
14.3 241 22.3-23.7 460 1 255 4.6-23 266 7.1-73 265
14.23-29 241 22.8 384 1-9 255, 256 4.6-24 265 8.1-9 265
14.25 440, 453 22.8-10 245 2-7 255 4.8-6.18 27 8.1-10.39 265
14.25,28 241 22.14-20 346 3.1 220 4.23,24 265, 269 8.10-18 265
14.6 64 22.19 245 7.14 257 5.1,2 265 9.1-37 265
14.8-14 241 23.22 245 8-9 256 5.3-17 265 9.38-10.39 265
15 247 23.26 257 10-13 256 6-7 276 11.1-36 265
15.1-7 242 23.29,30 246, 400 10-36 256, 260 6.1-22 265 11.1-12.26 265
15.8-31 242 23.31-25.21 246 13.8 259 6.14,15 255 12.1-26 265, 270
15.19,20 242 23.31-34 295, 414 14.1-21.3 256 6.14-18 266 12.27-47 265, 270
15.29 242 23.31-35 238, 246 20.15-23 169 6.17 270 13.1-31 265
15.29,30 360 23.36-24.7 238, 246 20.19 304 7-8 267 1-6 269
15.32-38 242 24.2 249 21.4-22.12 256 7-10 58, 266, 271 1-7 270
16.3 242 24.2-4 245, 247 21.7 214 7-13 265 1-13 58
16.7 243 24.8-17 238, 246 22.3-5 240 7.1-5 266 1.1 164
16.7,8 358, 360 24.10-15 395 23-27 256 7.1-8.36 265 1.3 269
16.8 243 24.18-25.21 246 24.17-25 241 7.1-10 265 1.11 269
16.9 360 24.18-25.26 238 26.1-23 242 7.6 266, 267 2.8 269
518
Índice por passagens bíblicas
1-9 321 10.2 283 1.16-17 327, 330 11.1-6 326, 329 370, 371, 372, 379
1.1 330 10.4 283 1.17 317 11.7-12.8 326 1.1 354, 355
1.1-7 316 10.7 283 2.1-3 327 12 328 1.1-31 354, 356
1.2-6 316 11.1 320 2.4-11 327 12.1 329 1.4 356
1.4 316 12.4 317 2.11 327 12.1-8 328, 329 1.9 356
1.5 316 13.24 315 2.12-16 327 12.5 329 1.10 356
1.7 292, 316, 317, 322, 16.1 315 2.17 327 12.7 329 1.15 356
326 16.24 315 2.24,25 327, 328 12.8 326, 329 1.16-20 356
1.8 291, 317 19.29 283 2.26 327 12.9-14 326, 329 1.2 150
1.8,9 317 20.20 315 3.1-15 326, 327 12.13 329 1.2-15 356
1.8-19 316 22-24 292 3.2 327 12.13,14 326 1.21-23 356
1.8-9.18 316, 317, 318, 22-28 321 3.9 327 1.27-31 356
319, 322, 487 22.6 314 3.12 327 Cântico dos 2.1 345
1.10-19 317 22.17-21 318 3.13 328 Cânticos 2.1-4 354, 356
1.20-33 316, 317 22.17-23.11 319 3.14 328 4.6 332 2.1-5.30 354, 356
1.28-32 317 22.17-23.14 318 3.16-22 326 1.1 321, 333 2.5-21 357
1.33 317 22.17-24.34 316, 318 3.19,20 328 1.1-2.7 331 2.5-4.6 354, 356
2.1-5 291 22.20 318 3.22 328 1.2 333 2.13 447
2.1-22 317 22.24,25 315 4.1-3 326 2.8-3.5 331 2.22-3.15 357
2.1-4.27 316 23.1-3 291 4.2,3 328 3.6-5.1 331 3.16-4.1 357
2.4 317 23.22-25 321 4.4 328 4.1-5 332 4.2-6 357
2.6 317 24.27 315 4.4-12 326 4.1-7 331 5.1-7 354-357
3.1-35 317 25-29 321 4.6 328 4.2 331 5.8-10 357
3.5,6 317 25.1 319, 321 4.7 328 4.9-11 333 5.8-30 354, 357
3.7 314 25.1-29.27 316, 319, 322 4.13-16 326 5.2-8.4 332 5.11-17 357
4.1-27 317 25.2,3 319 4.16 328 5.9-16 331 5.18,19 357
4.3,4 317 25.6-8 319 5.1-7 326, 328 7.1-5 331 5.20 358
4.18,19 317 25.13 291 5.1-12.8 326, 328 8.5-14 332 5.21 358
4.23,24 315 30 319 5.8,9 326 5.22,23 358
5.1-14 318 30.1-9 320 5.8-17 328 Isaías 6.1-8 354, 356, 358
5.1-23 316 30.1-33 316, 320, 322 5.10-6.9 326 1.8 355 6.1-13 354, 358
5.3-5 318 30.15b,16 445 5.18 328 31.1-8 355 6.9-13 354, 358
5.15-23 318 30.18-20 445 6.3-6 328 1.1-16 356 7 243
5.7-14 318 30.21-23 445 6.10-12 326 1 356 7.1,2 358
6.1-19 316 30.29-31 445 7.1 328 11 357 7.1-9 354, 358
6.16-19 445 31 319, 321 7.1-14 326 6.8 358 7.1-14 346
6.20-35 318 31.1-9 316, 320 7.5-14 328 8 358 7.1-17 354, 358
6.20-7.27 316 31.10-31 285, 316, 317, 7.15 328 9.8-10.34 360 7.3 355, 356
6.23-29 291 320, 322 7.15-24 326 27 361 7.3-9 342
6.27 318 31.23 320 7.25-8.1 326 4.2 361 7.3-13 355
7.1-5 318 31.28-31 321 8.2-8 326, 328 26.6-9 364 7.4-9 358
7.1-27 318 8.9-17 326 28-33 364 7.10-12 358
7.6-27 318 Eclesiastes 8.9-9.10 328 34-35 364 7.10-17 354, 358
7.8,9 318 7.5 328 8.15 328 29.4 364 7.14 358, 360
7.22 318 1.1 326 9.1-6 326 30.1-5 365 7.18-25 360
7.24-27 318 1.1-11 326, 327 9.2 328 31.1-5 365 7.18-8.22 354, 360
8.1-21 318 1.2 326, 327 9.7-9 329 33.1-4 365 8.1-4 360
8.1-36 316, 318 1.2-11 326 9.7-10 326, 328 28-33 366 8.3 355, 358
8.22-31 318 1.3-11 327 9.11 329 40-60 367 8.5-22 360
8.35,36 318 1.5,6 327 9.11-12.8 328 39-40 372, 373 8.16 347
9.1-18 316 1.9-10 327 9.11-18 326 45.23 374 9.1 42
9.10 282, 322 1.12-2.26 326 9.13-18 329 40.42 380 9.1,2 356
10-22 321 1.12-4.16 326, 327 10 329 53 476 9.1-7 354, 360
10.1 317, 318, 321, 330 1.13-18 327 10.1-20 326 1-12 367 9.6,7 360, 372
10.1-22.16 316, 318, 321 1.14 327 11.1 284, 329 1-39 353, 355, 366, 367, 9.8-10.4 354, 360
520
Índice por passagens bíblicas
9.12 360 27.1-13 354, 364 40.1-11 373 56-66 371 10.17-25 388
9.17 360 27.2-6 364 40.1-31 370373 56.1-8 370, 377 11-20 388
9.21 360 27.9 364 41.1-29 370, 373 56.9-57.21 370, 378 11.1-12.17 384, 388
10.4 360 27.12,13 364 41.8 356, 373 58.1-14 370, 378 11.1-20.18 384, 388
10.5 360 28.1-29 354, 364 42.1-4 372, 374 58.5-7 379 11.18-20 388
10.5-34 354, 360 28.1-33.24 354, 364 42.1-9 373 58.6,7 446 11.18-23 388
10.12,23 360 28.9-13 364 42.1-25 370, 374 59.1-21 370, 378 12.1-6 388
10.26 372 28.15 364 42.18-25 374 59.20-21 378 13.1-27 384, 388
10.20 372 28.16-22 364 42.23-25 376 60.1-22 370, 378 14.1-17.27 384, 389
10.20,21 356 29.1 364 43.1-44.8 374 60.1-66.24 370, 378 14.13-16 388, 389
11.1-16 356, 372 29.1-24 354, 364 43.1-45.25 370, 374 61.1-3 378 14.17-22 388, 389
11.1-12.6 354, 360 29.9-16 364 44.9-23 374 61.1-11 370 15.1 389
13-23 356, 363, 365, 367, 29.17-24 364 44.24-45.25 374 61.4-11 378 15.4 367
418, 432 30.1-31.9 354, 365 44.28 371, 374 62.1-12 370, 378, 379 15.10 384, 389
13.1-14.23 354, 362 32.1-20 354, 365 45.1 356, 371, 374 62.4 379 15.10-21 388
13.1-23.18 354, 361 32.3,4 365 45.5,6 374 63.1-6 370, 379 15.15-18 384, 389
13.17 362 33.1,2 365 46.1-13 374 63.7-64.12 370, 379 15.19-21 389
13.19,20 362 33.1-24 354, 365 47.1-47.15 370, 374 65.1-25 370, 380 16.1-4 384
14 418, 419 33.14-16 365 47.1-15 374 65.17-25 380 16.1-9 389
14.3-21 362 34.1-17 354, 365 47.8 374 66.1,2 381 17.1-18 389
14.4 362 34.1-35.10 354, 365 48.1-22 370, 374 66.1-24 370, 379 17.14-18 388
14.12-15 362 34.4 365 48.1-52.12 370, 374 66.20 378 17.19-27 390
14.13,14 362 34.16,17 365 49.1-7 370, 373, 374 18.1-12 389, 390
14.24-27 354, 362 35.1-10 354, 366 49.3 356, 373, 375 Jeremias 18.1-19.15 384, 390
14.28-32 354, 362 35.4-6 366 49.5 375 30-33 396 18.18-23 388
15.1-9 362 35.7 366 49.6 374 22.18-19 398 19.1,2 392
15.1-16.14 354, 362 35.8-10 366 49.8-26 370, 375 1-20 383 20.1-6 384
16.14 362 36-37 367 49.14-16 375 1.1 342, 384 20.1-18 384, 392
17.1-14 354, 362 36-39 244, 367 50.1-11 370, 375 1.1-3 385 20.7-10 384
17.6-8 362 36.1-37.38 354, 367 50.4-11 373, 375 1.1-19 384, 385 20.7-13 392
18.1-20.6 354, 362 36.1-39.8 354, 367 50.6 375 1.4.5 343 20.7-18 388
18.7 362 36.4-20 367 51.1-16 370, 375 1.5 385 20.14-18 384, 392
19.5-8 362 36.6 55, 365 51.17-52.12 370, 375 1.6 384 21-52 393
20.1-6 362 37.2 355 52.13 356, 372, 373, 375, 1.9-19 385 21.1,2 394
20.2 355 37.2-7 355 376 1.10 396 21.1-23.8 394
21.1-10 362 37.6,7 342 52.13-15 370, 372, 373, 1.17-19 389 21.1-29.32 394
21.1-17 354, 362 37.8-13 367 375, 376 2.1-3.5 384, 385 21.1-52.34 394
21.1-14 362 37.14-29 367 52.13-53.12 370, 372, 2.1-10.25 384, 385 21.8,9 394
22.1-25 354, 362 37.21 355 373, 375, 376 2.13 386 22.2-5 394
22.15-19 363 37.21-35 342, 355 52.14 376 2.28 386 22.10-12 394
22.20 356, 373 37.23 356 52.15 376 3.6-4.4 384, 386 22.13-23 395
22.20-25 363 37.35 367 53.1-3 375 4.5-6.30 384, 386 22.19 395
23.1-18 354, 363 38-39 366, 367 53.3 376 4.19-22 386 22.24-30 395
24-27 363, 364, 366, 428 38.1 355 53.4-6 375, 376 5.1 386 23.5,6 395, 398
24.1-6 364 38.1-8 342, 355 53.7 376 5.18,19 386 23.9-40 394, 395
24.1-23 354, 364 38.1-22 354, 367 53.7-9 375 6.9-15 386 23.13,14 395
24.1-27.13 354, 363 38.4 355 53.8 376 6.13 466 24.1-25.38 394, 395
24.14-16 364 39.1 350 53.9 376 6.13,14 384 25.1-14 395
24.23 364 39.1-8 354, 368 53.10 376 6.22,23 401 25.9 401
25.1-12 354, 364 39.3 355 53.10-12 356 7.1-15 346 25.12 396
25.6-9 364 39.3-8 342, 355 53.12 376 7.1-8.3 384, 386 25.15-38 395
26.1-6 364 40-55 371 54.1-17 370, 376 7.4 386 25.21 401
26.1-21 354, 364 40-66 355, 356, 367, 369, 54.1-59.21 370, 376 7.12 387 26.1-24 386, 394, 395
26.11-18 364 370, 371, 372, 55.1-13 370, 377 8.4-10.25 384, 387 26.2 24
27.1 364 373, 379, 380 55.12 376 10.11 27 26.24 399
521
Índice por passagens bíblicas
27.1-28.17 394, 395 48.7 400 4.1-5.17 408, 410 33.1-33 420 5.6 430, 432
28.1-4 396 48.11 400 4.4-8 410 33.1-39.29 420 5.7 435
28.1-17 384 48.29,30 400 4.9-17 410 33.30-33 425 5.16 435
28.1-32 394, 396 48.47 400 5.1-17 410 33.33 408 5.20 435
29.8,9 384 49.1-6 394, 400 6.1-7.27 408, 410 34.1-31 420 5.29 435
29.11 402 49.7-22 394, 400 6.1-14 408, 410 35.1-15 421 5.31 435
30.1-31.40 394, 396 49.9 401 7.1-27 408, 411 36.1-37.28 421 6 430
30.1-33.26 394, 396 49.14-16 401 8.1-6 408, 411 38.1-39.20 421 6.1-28 429
30.9 396 49.23-27 394, 401 8.1-11.25 408, 411 39.17 421 6.8 273
31.3 396 49.28-33 394, 401 8.7-13 408, 411 39.18 447 6.12 273
31.15 396 49.34-39 394, 401 8.14,15 408, 411 40-48 422, 423, 424, 425 6.15 273
31.31-34 396 50.1-51.64 394, 401 8.16-18 408, 411 40.1-4 422 6.28 435
31.34 397 50.29 401 9.1-11 408, 411 40.1-48.35 422 7 430, 431, 432, 433, 434,
31.35-37 397 50.34 401 9.7 411 40.5-47 422 436, 437, 438,
32.1-44 394, 397 50.40 401 10.1-22 408, 411 40.48-41.26 422 7-12 429, 431, 432, 434,
32.7 397 50.41,42 401 11 422 42.1-14 422 435, 465
32.17 397 51.11 402 11.1-21 408, 411 42.15-20 422 7.1-28 429
32.27 397 52.1-34 394, 402 11.22-25 408, 412 43.1-12 422 7.8 434
33.1-26 394, 397 12.1-20 408, 412 43.13-27 422 7.14 433
33.2,3 397 Lamentações 12.1-24.27 408, 412 44.1-45.8 422 8 431, 432, 435
33.15,16 398 1,2,4 403 12.21-28 408, 412 44.2 422 8-12 434, 436
33.17,18 398 5 403 13.1-23 408, 412 45.9-46.24 423 8.1-27 429
34.1-22 394, 398 1.1 403 14.1-11 408, 412 47.1-12 423 9.1-27 429
34.1-39.18 394, 398 1.1-22 402, 403 14.12-23 408 47.12 423 9.3 431
34.18 94 1.2 403 15.1-8 412 47.13-48.29 423 9.11-13 482
35.1-19 394, 398 2.1-22 402, 404 15.1-17.24 408, 412 48.30-35 424 9.20-23 431
36.1-32 394, 398 3 320, 403 16.1-63 412 9.24-27 431, 433, 434
36.2 347 3.1-66 402, 405 17 413 Daniel 10-12 431, 432
36.4-6 347 4.1-22 402, 405 17.1-24 412 1.1 409 10.1-11.45 429, 433, 439,
36.4-21 385 5.1-22 402, 405 18.1-32 408, 413 1-7 430 490
36.21-23 384 18.23 414 9 431 11.36-45 433
36.26 384 Ezequiel 18.32 414 5.6-20 432 12.1-3 431, 432, 433
37.1-38.28 394, 398 8-11 411 19.1 490 1 430, 432 12.1-13 429
37.5 400 14.12-23 412 19.1-14 408, 414 1-6 429, 430, 432, 433, 12.4 347
37.17 384 15-17 412 20.1-44 408, 414 434, 437, 438, 465
37.17-20 346 34 419 20.45-21.32 408, 414 1.1-2.4a 434 Oséias
38.14-23 384 3.17 420 22.1-31 408, 414 1.1-21 429 12.4 98
38.17-23 413 38-39 421 23.1-49 408, 415 1.2 432 1.1 440
39 402 43 422 24.1-14 408, 415 1.8 430 1.1-3.5 440, 441
39.1 468 25-37 425 24.15-27 408, 409, 416 1.9 430, 432 1.2 442
39.1-18 394, 399 1 422 25-32 424 1.17 430, 432 1.10,11 442, 443
39.2 467 1-24 407, 418 25-48 417, 418 2 430, 433, 434 2.2,3 441
40.1-41.18 394, 399 1.1-3 408, 409, 464 25.1-7 418 2.1-49 429 2.6-23 442
40.1-45.5 394, 399 1.1-5.17 408, 409 25.1-32.32 418 2.4b-7.28 434, 436 2.8 441
40.5 399 1.3 408 25.1-48.35 418 2.18 431 2.10 441
40.7-41.9 246 1.4-28 408, 409 25.8-14 418 2.19 430 2.15 441, 443
41.2 467 2.1-10 409 25.15-17 418 3 430 2.23 443
42.1-43.13 394, 399 2.1-3.27 408, 409 26.1-28.19 418 3.1-10 429 3.1-5 442
43.4-7 384 2.5 408, 409 28 418, 419 4 430, 431, 432 4.1 442
44.1-45.5 394, 400 2.64,65 464 28.2 418 4.1-37 429 4.1-3 441
46-51 418, 432 3.1-15 409 28.12 419 4.27 432 4.1-5.15 440, 442, 455
46.1-28 394, 400 3.16-21 409 28.20-26 419 4.32,33 435 4.6 441
46.1-51.64 394, 400 3.22-27 410 29.1-32.32 419 4.33 432 4.12 490
47.1-7 394, 400 4.1-3 410 29.17 409 5 430, 431, 432, 435 4.15 490
48.1-47 394, 400 4.1-5 464 33-39 420, 424 5.1-31 429 5.4 490
522
Índice por passagens bíblicas
5.5 490 7.10-13 445 7.1-20 455, 456 2.1-9 464 2.16 471
5.10 490 7.10-17 448 7.6 456 2.3 464 2.17-3.6 470, 472
5.13 441 7.14 342, 445 7.14-20 456 2.10-19 464, 465 3.1 472, 475
6.11 490 7.14,15 343 7.19 456 2.14 465 3.7-12 470, 473
6.1-11.1 442 8.1-3 449 2.20-23 464, 465 3.13-4.3 470, 473
6.1-11.11 440 8.4-14 449 Naum 2.23 266 4.4-6 470, 473
6.3 441 8.5 423 1.1 456
6.4 490 9.1-6 449 1.1-2.2 456, 457 Zacarias Mateus
6.6 443 9.11-15 445 1.2-8 457 1-8 465, 472 26.44 431
7.11 441 1.9-13 457 1.1 465, 466 1.1 216
9.10-11.11 442 Obadias 1.9-2.2 457 1.1-6 465, 466 1.1,12 465
10.11 490 1 452 1.14,15 457 1.7-17 466 1.1-16 246, 475
11.1 443 1.1-4 453 2.1,2 457 1.7-6.8 465, 466 1.1-17 256
11.12-13.16 440, 442 1.1-5 400 2.3-13 456, 457 1.18-21 466 1.5 173, 192
12.3 490 1.3 453 3.1-19 456, 457 2.1-13 466 1.6 217
12.7 423, 442 1.5-9 452, 453 3.4,5 457 3.1-10 466 1.22 475
14.1-9 440, 443 1.10-14 400, 418, 453 3.8 456 3.10 226 1.23 358
1.16 395 3.8-19 458 4.1-14 466 1.24,25 360
Joel 4.6 466
1.11-14 452 2.4-6 455
2 443 Habacuque 4.6-21 269
1.15-21 452, 453 2.15 443
1.1-20 443, 444 1.1 458 4.14 266 3.3 372
1.13,14 444 Jonas 1.1-11 458 4.1-21 469 4.15,16 360
1.15 444 1.1-2.20 458 5.1-4 466 5 122
4.7-26 446
2.1 444 1.12-2.1 458 5.5-11 467 5.11,12 391
1.1 453
2.1-17 443, 444 1.12-2.20 458 6.1-8 467 5.13 431
1.1-16 453
2.11 444 1.2 458 6.9-15 465, 466, 467
1.2 453 5.14-16 390, 431
2.12,13 444 1.5 458 7.1-8.23 465, 467
1.17-2.10 453, 454 5.17-19 344
2.18-3.21 442, 443, 444 2.2,3 396 7.5 379
3.1-10 453, 454 5.17,18 425
2.28-32 444 2.2-5 458 8.19 467
3.3 454 5.43-47 391
2.31 444 2.4 458. 461 9-14 466, 472
3.4 346, 454 5.48 125
3 428 2.6-20 458 9.1-8 468
3.5 379 6.16-18 379
3.1-3 444 3.1-19 458, 459 9.1-14.21 465, 468
4.1-11 453, 454 6.33 470
3.2 459 9.9-17 468
Amós 4.2 453 9.13 443
3.3-15 459 9.13 465
11.13,14 473
5.1 447 3.16-19 459 10.2-11.17 468
Miquéias 12.7 344
1-2 432, 447 3.19 459 11.2 446
1.1 455 12.18-21 374
1.1 444, 445 11.8 468
1.1-3.12 455 Sofonias 12.41 25, 453
1.1,2 444 11.16 468
1.1-5.15 454, 455 12-14 468 15.1-7 344
1.3-2.16 444, 445 1.1-2.3 460
1.8-16 455 12.1-9 468 16.18 467
1.11,12 400 1.4,5 460
3.1-3 455 12.10-13.6 468 16.21-23 344
1.13 400 1.12 460
3.11 455, 466 12.16 465 16.27 431
2.6,7 446 2.1-3 460
4.1-5.15 455 13.7-9 469 17.10-13 473
3.1-6.14 444, 446 2.4-11 460
4.1-8 455 13.7 469 19.3-9 471
3.3-6 446 2.4-15 459, 460
4.9-13 455 14.1-21 469 19.8 482
3.7 372 2.12 461
3.9-15 446 5.2 445 14.5 490 21.1-5 344
2.13 460
4.1-3 447 5.5 455 14.6-21 469 21.1-11 468
2.13-15 461
4.4,5 447 6.1-5 455 3.1-8 459, 461 22.35-37 146
4.6-11 447 6.1-7.20 455 3.8 461 Malaquias 22.35-40 152
5.1-3 447 6.1-16 455 3.9-20 459, 461 1.1 469, 470 22.36-40 123
5.4-17 447 6.3 455 1.2-5 469, 470 22.41-46 310
5.18-24 447 6.6,7 455 Ageu 1.3 401 23.16-28 344
6.1-14 447 6.6-8 346 1.6-2.9 470 23.27,28 412
1.1 464, 466
7.1-9 447 6.11,12 456 24.3 412
1.1-15 464 2.10-16 470, 471
7.1-9.10 444, 447 6.16 456 1.4 464 24.30 431
2.14 471
523
Índice por passagens bíblicas
524
265, 271, 274
525
Índice por nomes
Esar-haddon, 54, 57 239, 240, 243, 248, 260, 268, 272, 298, 340
Esaú, 47, 91, 92, 97, 98, 99, 340, 400, 452, 470 316, 317, 319, 322,331, 432 Jesus Cristo, 309-310, 354, 395, 423-424, 434,
Esdras, 56, 58, 94, 158, 159, 164, 274, 276, 351, Ibsã, 184 458, 473
428, 436, 470, 471 Idamaras, 94 Aliança e, 94, 107
Escritos de, 71, 161, 164, 252, 263, 270-171 Ido, 465 Importância de, 111, 124, 125, 301, 356,
Inlá, 234 397, 420, 454, 458, 473
Restauração do templo, 46, 264-268, 424 Isaías, 31, 54, 243, 354-355, 428, 440 Encarnação de, 36, 358, 467
Ester, 158, 159, 164, 169, 264, 269, 272-275, Assírios e, 54, 349, 350 Linhagem de, 173, 211, 217, 358
276, 277, 352 Autoria de, 370-373 Ofício messiânico de, 216, 348, 471-472,
Eúde, 184, 186 Mensagem de, 244, 354-366, 370, 373-381 475-476
Eva, 64, 67, 79, 80, 81, 82, 83, 84 Missão de, 242 Profetas e, 344, 358, 360, 361, 366, 374, 375-
Evil-Merodaque, 402 Isaque/Israel, 47, 66, 96. Ver também Israel 376, 380, 396, 403, 423, 443, 453, 455,
Ewald, H., 71 Descendentes de, 47, 97, 98, 99, 100, 148, 465, 468-469
Ezequias, 245, 257, 316, 319-320, 321, 322, 340 Sacrifício de, 301, 467, 468, 470
366, 395 Patriarca, 45, 90, 91, 95 Jeú, 222, 230, 240, 241, 348
Reformas de, 222, 244, 257 Is-bosete, 210, 212, 218, 219 Jezebel, 230-231, 232, 241
Reinado de, 54, 230, 238, 242, 244, 245, Ishtar, 149, 411, 414, 433, 457 Jezreel, 442
349, 353, 354, 355, 365, 367-368, 455, Ismael Jó, 282, 286, 288, 290, 292, 293-299, 301,316,
459 Filho de Abraão, 91, 95, 96 319, 321, 412
Túnel de, 257 Assassino de Gedalias, 399 Joabe, 212, 213, 216, 217, 218, 219
Ezequiel, 56, 244, 350, 351, 408-25 Israel. Ver Abraaão; Isaque; Jacó; Moisés Joacaz/Jeoacaz, 230, 394, 414, 415
Finéias, 177, 196, 198-199 Izezi, 291 João Batista, 472-473
Gedalias, 246, 399, 467 Jabim, 174 Joaquim/Jeconias, 230, 238, 246, 351, 395
Gibil, 402 Jacó/Israel, 340, 356, 400, 442, 443 Joás/Jeoás, 230, 238, 240, 241, 244, 246, 249,
Gideão, 184, 186 Como Israel, 45, 47, 50, 66, 90, 91, 92, 95, 256
Gilgamés, 81, 84, 85, 86, 329, 334 97, 98, 99, 100, 113, 114,119, 148, 186 Joel, 350, 352, 440, 443-444, 448
Gilimninu, 95 Descendentes de, 470 Joiada, 240, 241
Gogue/Magogue, 421, 424 Figurativo, 453 Jonadabe, 398
Golias, 196, 197, 202-3, 206 Jafé, 85 Jonas, 25, 349, 452, 453-454, 460
Gômer, 440-42, 448 Jair, 184 Jônatas, 200, 203, 205, 211, 212, 218
Graf, K. H., 71, 72 Jaque, 320 Jorão, 230, 234, 239, 240
Gunkerl, Hermann, 70, 72, 307, 310 Jeconias. Ver Joaquim/Jeconias Josafá, 230, 234, 254, 256, 257, 346
Habacuque, 55, 246, 350, 351, 458-59, 460, Jefté, 108, 109, 184 José, 47, 66, 91-92, 98, 176
461 Jeoaquim, 55, 56, 230, 238, 246, 265, 351, 384, Josefo, 69, 72, 164, 165, 400
Hadade, 227 395, 396, 398, 402, 409, 413, 414, 415, Josias, 230, 238, 240, 257, 351, 385, 394, 395,
Hagar, 91, 95 432 400, 414
Hamã, 272-277 Jeorão, 230, 256 Reformas sob, 69, 70, 71, 162, 222, 244, 245-
Hamurabi, 47, 48, 57, 95, 99, 345, 350, 456 Jeremias, 55, 56, 58, 342, 347, 350, 351, 357, 246, 346
Hananel, 397 384-385, 403, 408, 413 Josué. Ver Jesua
Hananias, 396 Escritos de, 160, 222, 347, 401-402 Jotão, 230, 242, 256, 455
Hattushili III, 48 Mensagem de, 55, 246, 386-91, 394-402 Kaufman, Stephen A., 146, 153
Hazael, 240 Jeroboão Labão, 91, 97
Hengstenberg, E. W. , 70, 71, 72 I, 52, 162, 222, 223, 227, 230, 231, 238, 247, Lemuel, 316, 320, 321
Heródoto, 159-60, 164 340, 346, 447 Levi, 48, 119, 124, 65
Hilquias, 384, 390 II, 53, 222, 230, 241, 242, 348, 440, 441, Lia, 91, 97
Hirão, 213, 214, 226 445, 446, 453 Ló, 91, 96, 362, 400
Hofni, 196, 198, 199 Jeroboão, 228 Lo-ammi, 442, 446
Hofra, 400 Jessé, 192, 201, 361 Lo-ruhamah, 442, 446
Horma, 134 Jesua/Josué, 354, 440. Ver também Jesus Cristo Maaca, 217, 223
Hupfeld, V., 71 Na conquista de Canaã, 48, 50, 132, 136, Magogue. Ver Gogue
Husai, 218 158, 168-78, 182, 183, 196, 340, 384 Magor-Missabib, 392
Iavé, 48,69, 71, 106, 107, 112, 113, 114, 119, Sacerdote, 58, 266, 464, 465, 466, 467, 471 Maher-shala-hash-baz, 355, 358, 360
121, 143, 145, 146, 150, 158, 160, 184, Sucessor de Moisés, 48, 73, 137, 142, 146, Malaquias, 350, 352, 464, 469-473
189, 192, 193, 197, 228, 230, 231, 232, 147, 149, 161, 162, 170, 185, 198, 214, Manassés
526
Índice por nomes
Filho de José, 97 Noé, 79, 81, 84, 85, 86, 412 201, 202, 203-206, 210-114, 216, 218,
Rei, 54, 162, 222, 230, 238, 244-45, 247, Noemi, 187-92 219, 242, 254-158, 304, 340, 342, 346
257, 351, 367, 389 Noth, Martin, 72, 162, 163, 186 Seba, 210, 211, 216, 217, 218, 219
Marduque, 78-79, 268, 292, 401 Obadias, 350, 351, 356, 365, 400, 452-453, 460 Sebna, 363
Mefibosete, 218 Obede, 192 Sem, 85, 86
Menaém, 230, 242 Onri, 222, 228, 230, 231-232, 240, 247, 456 Senaqueribe, 54, 57, 244, 245, 247, 315, 349,
Merneptah, 108 Oolá/Oolibá, 408, 415 354, 365-367
Merodaque-Baladã II, 349, 350, 354, 366, 368 Orr, James, 70, 71, 72 Seom, 144
Mesaque, 430, 431 Oséias, 54, 98, 349, 350, 440-443, 445, 448 Seraías, 402
Messa, 230, 231, 232, 445 Oséias, filho de Elá, 230, 243, 349, 360 Sesbazar, 265
Mica, 183, 184 Otoniel, 184 Sete, 84, 90
Miquéias, 349, 350, 395, 454-456, 460 Padi, 365 Salmaneser
Miriã, 132 Pasur, 392 III, 240, 241, 348
Mitinti, 365 Paulo, 22, 24, 25, 32, 94, 123, 138, 315, 357, V, 54, 57, 243, 247, 349
Moisés 375, 378, 443 Salmaneser, 244
Aliança com, 47, 94, 106-07, 114, 161, 248, Peca, 230, 242, 358, 360 Samshi-Addu, 348, 349
397 Pecaías, 230, 242 Shear-Jashub, 355, 356
Chamado de 65, 68, 105, 174 Pedro, 96, 125, 310, 444 Shennima, 95
Discursos de, 66, 142, 143-48, 226, 247, 305 Penina, 198 Sillibel, 365
E a lei, 226, 247, 270, 341, 349 Petuel, 444 Sísera, 182
Livros de, 64, 68-75, 150, 270 Potifar, 92 Sofonias, 349-351, 459-461
Morte de, 128, 143, 148, 168, 169, 170 Ptahhotep, 291, 298 Spinoza, Benedict, 71
Vida de, 39, 46, 48, 68, 105, 110, 112, 132, Pul. Ver Tiglate-Pileser III Talmai, 17
134, 148, 341 Qoeleth, 326, 329 Tamar, 92, 210, 217, 218, 219
Mordecai, 159, 164, 166, 272-77 Raabe, 32, 171-72, 173 Tamuz, 411, 414
Mursilis, 149 Ramsés II, 48, 57, 108, 109 Terá, 47, 86, 93
Naamã, 240 Raquel, 91, 97 Tiamate, 78-79
Nabal, 204 Rebeca, 47, 91, 442 Tiglate-Pileser III/Pul, 54, 55, 57, 242-243, 247,
Nabonido, 268, 435, 436 Rezim, 227, 242, 358, 360 348-349, 355, 358, 360, 362, 366, 441
Nabopolasar, 57, 349, 350-351, 385, 391, 456, Roboão, 228, 230, 244, 256, 257 Timsah, 109
460 Rúben, 171, 177, 178 Tola, 184
Nabote, 232, 234 Rute, 158, 161, 163, 164, 165, 182,187-193 Tutmose III, 48, 57
Nabu, 268 Sadraque, 430-431 Ulda, 34
Nabucodonosor II, 57, 246, 349, 402, 403 Salomão, 46, 50, 51, 52, 56, 73, 108, 109, 158, Utnapishtim, 84
Cativeiro sob, 244, 368, 395, 399, 402, 413, 164, 169, 211, 217, 222-228, 230, 233, Uzias/Azarias, 54, 222, 230, 242, 342, 358, 440,
414, 422 238, 245, 252, 253, 255-260, 266, 268, 445
Destruição de Jerusalém, 158, 211, 394, 290, 299, 305, 311, 316, 318, 319, 321, Vasti, 272, 277
396, 397, 398, 409, 416, 418, 452 327, 330, 332-333, 340, 346, 423, 445 Vater, J. S., 71, 72
Império babilônio sob, 46, 55, 351, 385, 400, Salum, 230, 242, 394, 395 Wellhausen, Julius, 69-70, 71, 72
401, 430, 432, 435, 437, 456 Sambalá, 269 Xerxes. Ver Assuero
Nadabe, 121, 130, 230 Sangar, 184 Yamm, 285
Nahar, 285 Sansão, 184 Young, E. J., 70, 72
Natã, 214, 216, 217, 242, 304, 308 Samuel, 52, 73, 152, 158, 160, 161, 162, 163, Zacarias, 58, 230, 242, 255, 259, 265-266, 350-
Naum, 349, 350, 351, 456-457, 458, 460 164, 165, 182, 183, 196, 197, 198-205, 352, 357, 428, 464, 465-469, 472
Nebamun, 297 206, 210, 211-220, 242, 253, 254, 258, Zedequias, 55, 230, 238, 246, 351, 384, 394,
Nebuzaradã, 399 259, 304, 341, 342, 386 395, 398-399, 413, 414
Neco II, 246, 247, 395, 400, 414 Consagrando reis, 199-201 Zimri, 230
Neemias, 46, 56, 58, 59, 158, 159, 161, 164, Sarai/Sara, 47, 91, 94-95, 96 Zimri-Lim, 345, 349
259, 264, 265, 269-271,272, 274, 276, Sargon II, 349, 362 Zofar, 294, 295, 296
351, 424, 465, 470, 476 Satanás, 219, 293-294, 419, 466 Zorobabel, 56, 58, 266-267, 270, 271, 424, 464-
Nerias, 385 Saul,46,52,158,161,162,186,196-197,199,200, 467, 471
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