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As licitações e as MEs e EPPs (Lei

Complementar 123/2006)
Gustavo Rodrigues
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e
48 desta Lei Complementar quando:
I - os critérios de tratamento diferenciado e
simplificado para as microempresas e empresas
de pequeno porte não forem expressamente
previstos no instrumento convocatório;
REVOGADO
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a
observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com
os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de
2010)
§ 1o É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de


convocação, cláusulas ou condições que
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter
competitivo, inclusive nos casos de sociedades
cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções
em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância
impertinente ou irrelevante para o específico objeto do
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste
artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de
1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
Art. 5o-A. As normas de licitações e
contratos devem privilegiar o
tratamento diferenciado e favorecido
às microempresas e empresas de
pequeno porte na forma da
lei. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
Art. 47 (...)
Parágrafo único. No que diz respeito às
compras públicas, enquanto não sobrevier
legislação estadual, municipal ou
regulamento específico de cada órgão mais
favorável à microempresa e empresa de
pequeno porte, aplica-se a legislação
federal. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL?
TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de


pequeno porte.

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas


sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no
País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno
porte, assim definidas em lei, tratamento
jurídico diferenciado, visando a incentivá-
las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias
e creditícias, ou pela eliminação ou
redução destas por meio de lei.
LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE
DEZEMBRO DE 2006

Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;


altera dispositivos das Leis no8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452,
de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei
Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5
de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999.
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e
empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de
arrecadação, inclusive obrigações acessórias;
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive
obrigações acessórias;
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas
aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao
associativismo e às regras de inclusão.
IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do
parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)
Quem se beneficia com Lei Complementar
123/2006?
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar,
consideram-se microempresas ou empresas de
pequeno porte, a sociedade empresária, a
sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o empresário a que se
refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil
de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte,
aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta
mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00
(três milhões e seiscentos mil reais).
Art. 34. Aplica-se às sociedades cooperativas
que tenham auferido, no ano-calendário
anterior, receita bruta até o limite definido
no inciso II do caput do art. 3o da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de
2006, nela incluídos os atos cooperados e não-
cooperados, o disposto nos Capítulos V a X, na
Seção IV do Capítulo XI, e no Capítulo XII da
referida Lei Complementar.
Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá
optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos
mensais, independentemente da receita bruta por ele
auferida no mês, na forma prevista neste artigo.

§ 1o Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-


se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário
anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante
pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de
optar pela sistemática prevista neste artigo.
Art. 18-E (...)

§ 2o Todo benefício previsto nesta Lei


Complementar aplicável à microempresa
estende-se ao MEI sempre que lhe for mais
favorável. (Incluído pela Lei Complementar
nº 147, de 2014)

§ 3o O MEI é modalidade de
microempresa. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
Art. 3o-A. Aplica-se ao produtor rural pessoa física
e ao agricultor familiar conceituado na Lei
no 11.326, de 24 de julho de 2006, com situação
regular na Previdência Social e no Município que
tenham auferido receita bruta anual até o limite de
que trata o inciso II do caput do art. 3o o disposto
nos arts. 6o e 7o, nos Capítulos V a X, na Seção IV do
Capítulo XI e no Capítulo XII desta Lei
Complementar, ressalvadas as disposições da Lei
no 11.718, de 20 de junho de 2008. (Incluído
pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
VEDAÇÕES
O § 4º do art. 3º traz situações em que a empresa não
poderá estar enquadrada na Lei Complementar
123/2006.

Exemplos:

• de cujo capital participe outra pessoa jurídica;


• que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• constituída sob a forma de sociedade por ações.
§ 3º O enquadramento do empresário ou da
sociedade simples ou empresária como microempresa
ou empresa de pequeno porte bem como o seu
desenquadramento não implicarão alteração, denúncia
ou qualquer restrição em relação a contratos por elas
anteriormente firmados.

§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de


pequeno porte incorrer em alguma das situações
previstas nos incisos do § 4o, será excluída do
tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei
Complementar, bem como do regime de que trata o
art. 12, com efeitos a partir do mês seguinte ao que
incorrida a situação impeditiva.
Os benefícios se aplicam a quais
modalidades de licitação?

Pregão, Concorrência, Tomada de Preços,


Convite e RDC (LEI Nº 12.462/2011)
RESUMO DOS BENEFÍCIOS
• Regularidade fiscal postergada
• Empate ficto
• Compras exclusivas
• Subcontratação compulsória
• Reserva compulsória de cota exclusiva
REGULARIDADE FISCAL POSTERGADA
CAPÍTULO V
(Redação dada pela Lei Complementar nº 147,
de 2014)
DO ACESSO AOS MERCADOS
Seção I
Das Aquisições Públicas
Art. 42. Nas licitações públicas, a
comprovação de regularidade
fiscal das microempresas e
empresas de pequeno porte
somente será exigida para efeito
de assinatura do contrato.
O QUE É HABILITAÇÃO?

Seção II
Da Habilitação
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos
interessados, exclusivamente, documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada
pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência)
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art.
7o da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de
1999)
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista, conforme
o caso, consistirá em: (Redação dada pela Lei nº 12.440, de
2011) (Vigência)
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro
Geral de Contribuintes (CGC);
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se
houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de
atividade e compatível com o objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal
do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei
nº 8.883, de 1994)
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do
Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos
do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei no5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440,
de 2011) (Vigência)
Art. 42. Nas licitações públicas, a
comprovação de regularidade
fiscal das microempresas e
empresas de pequeno porte
somente será exigida para efeito
de assinatura do contrato.
PERGUNTA
As microempresas estão dispensadas de
comprovar a regularidade fiscal nos
certames?
PERGUNTA
O que acontece se a microempresa não
juntar em seu envelope de habilitação as
certidões respectivas?
Art. 43. As microempresas e empresas de
pequeno porte, por ocasião da
participação em certames licitatórios,
deverão apresentar toda a documentação
exigida para efeito de comprovação de
regularidade fiscal, mesmo que esta
apresente alguma restrição.
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação
da regularidade fiscal, será assegurado o prazo
de 5 (cinco) dias úteis, cujo termo inicial
corresponderá ao momento em que o
proponente for declarado o vencedor do
certame, prorrogável por igual período, a
critério da administração pública, para a
regularização da documentação, pagamento ou
parcelamento do débito e emissão de eventuais
certidões negativas ou positivas com efeito de
certidão negativa. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
§ 2o A não-regularização da documentação, no
prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará
decadência do direito à contratação, sem
prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei
no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo
facultado à Administração convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para
a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.
HABILITAÇÃO NO PREGÃO E NO RDC

Declaração
Habilitação licitante
vencedor
Propostas

PRAZO DE 5 DIAS COMEÇA A CORRER DO RESULTADO DA


FASE DE HABILITAÇÃO.
HABILITAÇÃO TRADICIONAL

Licitante
Proposta vencedor*

Habilitação

PRAZO DE 5 DIAS COMEÇA A CORRER DA


DIVULGAÇÃO DO RESULTADO DO JULGAMENTO DAS
PROPOSTAS. “PRÉ” HABILITAÇÃO (HABILITAÇÃO
CONDICIONAL)
PERGUNTA
Em caso de licitação na modalidade convite,
pode a Administração convidar licitante que
tenha restrição em sua documentação de
regularidade fiscal?
EMPATE FICTO
Empate tradicional x Empate ficto

Art. 3º (...)
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I (revogado)
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no
desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para
reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
EMPATE FICTO
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como
critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas
de pequeno porte.

Obs. O empate ficto não tem vez nas licitações


que são exclusivas para MEs e EPPs.
EMPATE FICTO
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações
em que as propostas apresentadas pelas
microempresas e empresas de pequeno porte
sejam iguais ou até 10% (dez por cento)
superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo
percentual estabelecido no § 1o deste artigo
será de até 5% (cinco por cento) superior ao
melhor preço.
EMPATE FICTO
Em uma concorrência pública:

Proposta Empresa A (grande empresa):


10.000,00

Proposta Empresa B (microempresa): 11.000,00

Há empate???
EMPATE FICTO
Em uma concorrência pública:

Proposta Empresa A (microempresa): 10.000,00

Proposta Empresa B (grande empresa):


11.000,00

Há empate???
EMPATE FICTO
No pregão a diferença percentual é de 5%.

No RDC, a diferença segue os 10%.


EMPATE FICTO
LEI RDC

Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propostas, serão utilizados
os seguintes critérios de desempate, nesta ordem:
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova
proposta fechada em ato contínuo à classificação;
II - a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que
exista sistema objetivo de avaliação instituído;
III - os critérios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de
1991, e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; e
IV - sorteio.

Parágrafo único. As regras previstas no caput deste artigo não prejudicam a


aplicação do disposto no art. 44 da Lei Complementar no 123, de 14 de
dezembro de 2006.
EMPATE FICTO
Ocorrendo o empate ficto, o que fazer?

Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei


Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á
da seguinte forma:
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte
mais bem classificada poderá apresentar proposta
de preço inferior àquela considerada vencedora do
certame, situação em que será adjudicado em seu
favor o objeto licitado;
EXEMPLO 1 - PREGÃO

Empresa A (microempresa): 1.000,00


Empresa B (microempresa): 1.050,00
Empresa C (grande empresa): 1.080,00
Empresa D (grande empresa): 1.200,00
EXEMPLO 2 - PREGÃO

Empresa A (grande empresa): 1.000,00


Empresa B (microempresa): 1.100,00
Empresa C (microempresa): 1.080,00
Empresa D (grande empresa): 1.200,00
EXEMPLO 3 - PREGÃO

Empresa A (grande empresa): 1.000,00


Empresa B (microempresa): 1.050,00
Empresa C (microempresa): 1.080,00
Empresa D (grande empresa): 1.200,00
II - não ocorrendo a contratação da
microempresa ou empresa de pequeno porte,
na forma do inciso I do caput deste artigo, serão
convocadas as remanescentes que porventura
se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art.
44 desta Lei Complementar, na ordem
classificatória, para o exercício do mesmo
direito;
EXEMPLO 4 - PREGÃO
Empresa A (grande empresa): 1.000,00
Empresa B (microempresa): 1.020,00
Empresa C (empresa de pequeno porte):
1.040,00
Empresa D (grande empresa): 1.050,00

E se a Empresa B não quiser cobrir a proposta da


empresa A?
III - no caso de equivalência dos valores
apresentados pelas microempresas e empresas
de pequeno porte que se encontrem nos
intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44
desta Lei Complementar, será realizado sorteio
entre elas para que se identifique aquela que
primeiro poderá apresentar melhor oferta.
EXEMPLO 5 - PREGÃO
Empresa A (grande empresa): 1.000,00
Empresa B (microempresa): 1.020,00
Empresa C (empresa de pequeno porte):
1.020,00
Empresa D (grande empresa): 1.050,00
Qual o momento para o desempate?
Decreto 8.538/2015
§ 6º No caso do pregão, após o encerramento dos lances,
a microempresa ou a empresa de pequeno porte melhor
classificada será convocada para apresentar nova
proposta no prazo máximo de cinco minutos por item em
situação de empate, sob pena de preclusão.
§ 7º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para
os licitantes apresentarem nova proposta será
estabelecido pelo órgão ou pela entidade contratante e
estará previsto no instrumento convocatório.
O empate ficto aplica-se a qual tipo de licitação?

Art. 45 (...)

§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto


na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais


vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o
licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações
do edital ou convite e ofertar o menor preço;

II - a de melhor técnica;

III - a de técnica e preço.

IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou


concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
DECRETO Nº 8.538, DE 6 DE OUTUBRO
DE 2015
Art. 5º (...)

§ 8º Nas licitações do tipo técnica e preço, o empate será


aferido levando em consideração o resultado da
ponderação entre a técnica e o preço na proposta
apresentada pelos licitantes, sendo facultada à
microempresa ou empresa de pequeno porte melhor
classificada a possibilidade de apresentar proposta de
preço inferior, nos termos do regulamento.
Pergunta
Na sistemática do empate ficto, reabre-se a fase
de lances?
EXEMPLO 4 - PREGÃO
Empresa A (grande empresa): 1.000,00
Empresa B (microempresa): 1.020,00
Empresa C (empresa de pequeno porte):
1.040,00
Empresa D (grande empresa): 1.050,00
Pergunta
E se o licitante não estiver presente na sessão
pública?
NEGOCIAÇÃO
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada
com a convocação dos interessados e observará
as seguintes regras:

XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI,


o pregoeiro poderá negociar diretamente com o
proponente para que seja obtido preço melhor;
NEGOCIAÇÃO
O que eu faço primeiro, negocio primeiramente
com a empresa melhor colocada ou concedo a
oportunidade para a ME/EPP mais bem
classificada desempatar a disputa?

Há 2 entendimentos.
CASO PRÁTICO
Empresa A (grande empresa): 1.000,00
Empresa B (microempresa): 1.050,00
Empresa C (empresa de pequeno porte):
1.060,00
Empresa D (grande empresa): 1.080,00
Qual a melhor solução?
Privilegiar o princípio constitucional do
tratamento favorecido às microempresas.
COMPRAS DIFERENCIADAS
• Compras exclusivas
• Subcontratação compulsória
• Reserva compulsória de cota exclusiva
COMPRAS DIFERENCIADAS

Antes da Lei Complementar 147/2014, todos os


3 benefícios eram facultativos.

Depois da Lei Complementar 147/2014, só a


subcontratação compulsória não é obrigatória,
dependendo de escolha da Administração
Pública.
COMPRAS DIFERENCIADAS
Art. 48

§ 1o O valor licitado por meio do disposto


neste artigo não poderá exceder a 25%
(vinte e cinco por cento) do total licitado
em cada ano civil. REVOGADO
Art. 47. Nas contratações públicas da administração
direta e indireta, autárquica e fundacional, federal,
estadual e municipal, deverá ser concedido
tratamento diferenciado e simplificado para as
microempresas e empresas de pequeno porte
objetivando a promoção do desenvolvimento econômico
e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da
eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação
tecnológica. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 147, de 2014)
Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas,
enquanto não sobrevier legislação estadual, municipal
ou regulamento específico de cada órgão mais favorável
à microempresa e empresa de pequeno porte, aplica-se a
legislação federal. (Incluído pela Lei Complementar
nº 147, de 2014)
COMPRAS EXCLUSIVAS
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta
Lei Complementar, a administração pública: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

I - deverá realizar processo licitatório destinado


exclusivamente à participação de microempresas e
empresas de pequeno porte nos itens de contratação
cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil
reais); (Redação dada pela Lei Complementar nº 147,
de 2014)
COMPRAS EXCLUSIVAS
Devo levar em conta o valor da licitação ou o
valor do item/lote?

Havia grande polêmica antes da Lei


Complementar 147/2014.
I - destinado exclusivamente à participação de
microempresas e empresas de pequeno porte
nas contratações cujo valor seja de até R$
80.000,00 (oitenta mil reais);

I - deverá realizar processo licitatório destinado


exclusivamente à participação de
microempresas e empresas de pequeno porte
nos itens de contratação cujo valor seja de até
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Exemplo 1
Pregão para adquirir material permanente

Item 1: aparelhos de ar condicionado – 50.000,00

Item 2: mesas – 30.000,00

Item 3: computadores – 40.000,00

Soma: 120.000,00
Exemplo 2
Pregão para adquirir material permanente

Lote único: aparelhos de ar condicionado;


mesas; computadores.

Total: 120.000,00
Exemplo 3
Pregão para adquirir material permanente

Item 1: aparelhos de ar condicionado – 50.000,00

Item 2: mesas – 30.000,00

Item 3: computadores – 90.000,00

Soma: 170.000,00

Obs. Coexistência da licitação exclusiva e do empate ficto.


Art. 23 (...)

§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela


Administração serão divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação
com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos
disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de
escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
SÚMULA Nº 247 É obrigatória a admissão da
adjudicação por item e não por preço global, nos
editais das licitações para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações, cujo objeto seja
divisível, desde que não haja prejuízo para o
conjunto ou complexo ou perda de economia de
escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a
ampla participação de licitantes que, embora não
dispondo de capacidade para a execução,
fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto,
possam fazê-lo com relação a itens ou unidades
autônomas, devendo as exigências de habilitação
adequar-se a essa divisibilidade.
Obs. Caso alguns itens sejam, DE FORMA CORRETA,
agregados em um mesmo lote, a fim de verificar o valor
de R$ 80.000,00, leva-se em conta o valor do lote.

DECRETO Nº 8.538, DE 6 DE OUTUBRO DE 2015

Art. 6º Os órgãos e as entidades contratantes deverão


realizar processo licitatório destinado exclusivamente à
participação de microempresas e empresas de pequeno
porte nos itens ou lotes de licitação cujo valor seja de até
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 47, DE 25 DE ABRIL
DE 2014
"EM LICITAÇÃO DIVIDIDA EM ITENS OU
LOTES/GRUPOS, DEVERÁ SER ADOTADA A
PARTICIPAÇÃO EXCLUSIVA DE MICROEMPRESA,
EMPRESA DE PEQUENO PORTE OU SOCIEDADE
COOPERATIVA (ART. 34 DA LEI Nº 11.488, DE 2007)
EM RELAÇÃO AOS ITENS OU LOTES/GRUPOS CUJO
VALOR SEJA IGUAL OU INFERIOR A R$ 80.000,00
(OITENTA MIL REAIS), DESDE QUE NÃO HAJA A
SUBSUNÇÃO A QUAISQUER DAS SITUAÇÕES
PREVISTAS PELO ART. 9º DO DECRETO Nº 6.204, DE
2007."
Acórdão 3.771/2011 – 1ª Câmara
Apesar de o valor global exceder o limite de R$
80.000,00 previstos no art. 48, I, da LC nº 123/2006
e no art. 6º do Decreto nº 6.204/2007 para a
realização de processo licitatório destinado
exclusivamente à participação de microempresas e
empresas de pequeno porte, o certame estava
dividido em 52 itens de concorrência autônomos
entre si, sendo, assim, cada item disputado de
maneira independente dos demais.
Dessa forma, ao ser definido o "menor preço por item" como
tipo de licitação, foram realizadas, no mesmo pregão
eletrônico, várias licitações distintas e independentes entre si,
o que é confirmado, por exemplo, pela seguinte disposição
editalícia (fl. 23, peça 2):
38.3. É facultado ao licitante cotar todos, alguns ou somente
um dos itens definidos no Anexo I deste Edital.

(...)

Sob esse aspecto, a contratação se mostra adequada à


hipótese de participação exclusiva de microempresas e
empresas de pequeno porte prevista no art. 48, I, da LC nº
123/2006 c/c o art. 6º do Decreto nº 6.204/2007.
TRF da 5ª Região. AG nº 104017
"ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO TIPO MENOR PREÇO POR ITEM. EXISTÊNCIA DE VÁRIAS
FAIXA DE CONCORRÊNCIA INDEPENDENTES E AUTÔNOMAS ENTRE SI. PARTICIPAÇÃO
EXCLUSIVA DE MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE E SOCIEDADES
COOPERATIVAS. VALOR DE CADA ITEM NÃO EXCEDE O TETO PREVISTO NA LEI
COMPLEMENTAR Nº 123/06. PROVIMENTO DO RECURSO.

2.Licitação do tipo "MENOR PREÇO POR ITEM" na qual - embora seu valor global (R$
1.002.487,54) exceda o limite previsto na Lei Complementar nº 123/06 (R$ 80.000,00)
para ser assegurada a participação exclusiva das microempresas, empresas de
pequeno porte e sociedades cooperativas - observa-se que foram estabelecidas várias
faixas de concorrência autônomas entre si, sendo, assim, cada item cotado
substancialmente independente dos demais.

3. Existência de várias licitações distintas e independentes entre si, cujo valor não
excede o teto previsto na Lei Complementar nº 123/06, o que é corroborado, para
exemplificar, pelo disposto no item 20.1, segundo o qual "cada contrato firmado com a
fornecedora terá vigência pelo prazo de 15 (quinze) dias, a partir da retirada da Nota
de Empenho, nos termos do art. 57, da Lei nº 8.666/93".
SUBCONTRATAÇÃO COMPULSÓRIA
II - em que seja exigida dos licitantes a
subcontratação de microempresa ou de empresa de
pequeno porte, desde que o percentual máximo do
objeto a ser subcontratado não exceda a 30%
(trinta por cento) do total licitado;
II - poderá, em relação aos processos licitatórios
destinados à aquisição de obras e serviços, exigir
dos licitantes a subcontratação de microempresa ou
empresa de pequeno porte; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 147, de 2014)
SUBCONTRATAÇÃO COMPULSÓRIA
Só tem vez quando a empresa contratada não é
ME ou EPP.

Não haveria sentido em uma microempresa ter


que contratar outra.
SUBCONTRATAÇÃO COMPULSÓRIA
§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste
artigo, os empenhos e pagamentos do órgão ou
entidade da administração pública poderão ser
destinados diretamente às microempresas e
empresas de pequeno porte subcontratadas.
RESERVA COMPULSÓRIA DE COTA
EXCLUSIVA
III - em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e
cinco por cento) do objeto para a contratação de
microempresas e empresas de pequeno porte, em
certames para a aquisição de bens e serviços de
natureza divisível.
III - deverá estabelecer, em certames para aquisição
de bens de natureza divisível, cota de até 25%
(vinte e cinco por cento) do objeto para a
contratação de microempresas e empresas de
pequeno porte. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
RESERVA COMPULSÓRIA DE COTA
EXCLUSIVA
Cria-se então uma cota (lote) só para as MEs e
EPPs.

Ex: aquisição de 100 veículos. Reserva-se uma


cota de 25 para serem licitados de forma
exclusiva.

Poderão participar dos outros lotes.


Art. 48, § 3º
§ 3o Os benefícios referidos no caput deste artigo
poderão, justificadamente, estabelecer a prioridade
de contratação para as microempresas e empresas
de pequeno porte sediadas local ou
regionalmente, até o limite de 10% (dez por cento)
do melhor preço válido. (Incluído pela Lei
Complementar nº 147, de 2014)
HIPÓTESES DE NÃO APLICAÇÃO DAS
CONTRATAÇÕES DIFERENCIADAS
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e
48 desta Lei Complementar quando:

I - os critérios de tratamento diferenciado e


simplificado para as microempresas e empresas
de pequeno porte não forem expressamente
previstos no instrumento convocatório;
REVOGADO
II - não houver um mínimo de 3 (três)
fornecedores competitivos enquadrados como
microempresas ou empresas de pequeno porte
sediados local ou regionalmente e capazes de
cumprir as exigências estabelecidas no
instrumento convocatório;
III - o tratamento diferenciado e simplificado
para as microempresas e empresas de pequeno
porte não for vantajoso para a administração
pública ou representar prejuízo ao conjunto ou
complexo do objeto a ser contratado;
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos
termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993. REVOGADO
IV - a licitação for dispensável ou inexigível, nos
termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993, excetuando-se as dispensas
tratadas pelos incisos I e II do art. 24 da mesma
Lei, nas quais a compra deverá ser feita
preferencialmente de microempresas e
empresas de pequeno porte, aplicando-se o
disposto no inciso I do art. 48. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
Art. 24. É dispensável a licitação:

I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por


cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo
anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por


cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde
que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou
alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só
vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

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