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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA

ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS

Joaquim Eustáquio Glanzmann Gomes


Ezequiel Rubinstein
Márcio Alberto Cardoso
Humberto José Alves
PREFÁCIO

Assim como os Livros Textos de Anatomia Humana, vários têm sido os Guias de
Dissecação publicados. Por que então mais um tratado congênere?
O ensino da Anatomia Humana Segmentar, no Instituto de Ciências Biológicas da
UFMG, baseia-se, quase que inteiramente, nas Aulas Práticas durante os quais o aluno prepara
o próprio material de estudo. Com o passar do tempo, observamos que, apesar de usarmos um
Roteiro de Aulas Práticas, estávamos continuamente fornecendo instruções suplementares
visando facilitar o trabalho dos estudantes. Com isto, evidentemente, não pretendemos apontar
qualquer deficiência no material didático usado até então. O que provavelmente ocorreu foi
uma modificação crônica na rotina das aulas práticas. O Curso adquiriu, com o tempo,
características próprias, atribuídas a vários fatores, tais como carga horária, material
disponível, número de alunos, etc.
Desta forma, a idéia da execução deste Roteiro de Dissecação surgiu da necessidade de
se dispor de um Guia que se adequasse às nossas necessidades curriculares e,
concomitantemente, encerrasse, experiência acumulada por todo o Corpo Docente da nossa
Disciplina. Trata-se portanto de um trabalho despretencioso, visando sobretudo uma aplicação
"doméstica".

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ÍNDICE

PAG.

INTRODUÇÃO 04

MEMBRO INFERIOR 07

MEMBRO SUPERIOR 15

CABEÇA E PESCOÇO 23

TÓRAX 30

ABDOME 38

PELVE 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51

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I -INTRODUÇAO Por ser o processo de dissecação um
dos pontos básicos da nossa disciplina, este
deve ser alvo de toda atenção por parte do
O Curso de Anatomia Humana é de iniciante. Assim é que existem algumas
caráter eminentemente prático, ou seja, normas que visam ordenar o trabalho para
dentro de certos limites, torna-se impossível que o mesmo se torne mais produtivo. É
para o aluno concluí-lo com êxito se o evidente que tais regras não pretendem
mesmo não acompanhou a evolução dos interferir nas características pessoais de cada
trabalhos na sala de aulas práticas. Dentro um, desde que estas não exerçam influência
deste aspecto o nosso Curso ainda difere de negativa no Processo. Estes dispositivos
outras disciplinas que também requerem a gerais devem ser observados pelo simples
utilização de laboratório pelo fato de que, fato de que quanto melhor trabalhada estiver
em se tratando de Anatomia, o aluno tem uma peça, mais útil ela será para o estudo.
como uma de suas atribuições, a preparação
do material de estudo.
Durante as aulas práticas a nossa III - MATERIAL DE DISSECAÇÃO
orientação será quase sempre no sentido de
auxiliá-los no processo de pesquisa, razão O Grupo de Trabalho deve dispor de,
pela qual evitaremos fornecer-lhes pelo menos, dois conjuntos de instrumentos
informações diretas, quer sejam teóricas ou e utilizá-los adequadamente conforme as
práticas. Isto porque apenas o trabalho de instruções dadas em aula teórica. Cada um
investigação, que deve ser autônomo sempre destes conjuntos é constituído pelos
que possível, poderá conduzí-los a um nível seguintes elementos:
satisfatório de aprendizado. Tenham sempre
em mente que a obtenção, como também o . 1 pinça anatômica (sinônimo de
aprimoramento do conhecimento, quer seja pinça lisa);
especializado ou não, depende . 1 pinça dente de rato;
primordialmente da capacidade de . 1 bisturi de lâmina fixa e cabo de
observação do investigador. Você terá pequena espessura (a lâmina deve ter
oportunidade de sentir a importância deste aproximadamente 5 cm).;
princípio durante o decorrer do nosso Curso. . 1 tesoura de 15 cm, com ramos
Não se limite às informações fornecidas pelo retos e pontas agudas.
Professor ou pelo Livro Texto. Observe o  NÃO COMPRE TESOURA DE PONTAS
material dissecado, compare-o com as ROMBAS POIS, PARA NÓS, É COMPLETA-MENTE
INÚTIL.
figuras do Atlas, com as peças preparadas
pelos outros colegas e procure tirar suas
Além dos instrumentos cirúrgicos é
próprias conclusões. Com isto você tornará
necessário que o aluno disponha de um
mais interessante o seu estudo, obterá o
material complementar:
conhecimento especializado de que necessita
para o exercício honesto de sua Profissão e,
. 1 pedra de amolar para cada grupo
o que é mais importante, concluirá possuir
de alunos;
uma grande potencialidade que, sendo
. luvas (não há necessidade que
adequadamente explorada, o tornará mais
sejam cirúrgicas);
independente em quaisquer das suas
atividades.

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. talco (compre-o a granel e guarde-o último. Ao término de cada item faça uma
em uma caixa que servirá a todo o grupo); revisão com o objetivo de verificar se o
. ataduras de crepon com 12 ou 15 mesmo foi realizado na íntegra.
cm de largura, 4 a 6 rolos para cada grupo; 3. A dissecação é feita por planos
. toalha para uso individual. respeitando sempre o princípio de
estratificação. Iniciamos a dissecação de
uma região pela retirada da pele (epiderme e
III - NORMAS GERAIS derme) processo este que expõe a hipoderme
ou tela subcutânea. Na tela subcutânea serão
1. O aprendizado da Anatomia dissecados os vasos (artérias e veias)
Humana fundamenta-se na dissecação e na superficiais bem como os nervos cutâneos.
observação de peças preparadas. Nesse Esta regra é importante: os elementos que se
aspecto ela ainda difere de outras disciplinas acham neste plano apresentam continuidade
que, também, requerem a utilização de com outras estruturas situadas mais
laboratório pelo fato de que, em se tratando profundamente mas, quando trabalhamos
da Anatomia, o aluno tem como uma de suas num determinado plano devemos nos
atividades, o preparo do material de estudo. limitar à dissecação das estruturas nele
Assim, uma das características desta situadas sem seguí-las até regiões
desta disciplina é a necessidade imperiosa subjacentes. Os planos aos quais sempre
do aluno participar das atividades práticas, nos referiremos são os seguintes:
onde desenvolverá sua capacidade de Plano 1 - Pele - epiderme
observação e seu espírito de pesquisa. - derme
Portanto, a atividade dos professor durante
as aulas práticas será sempre pautada nesta Plano 2 - Tela Subcutânea ou
características, evitando, o fornecimento de Hipoderme
informações diretas ao aluno, mas sim Fáscia Muscular
orientando-o na sua busca. Músculos
2. O aluno deve orientar-se sempre
pelo "Roteiro de Aulas Práticas". Nele Plano 3 - Vasos e nervos profundos
encontrará as instruções necessárias para a Ossos
realização das tarefas, não devendo, em
hipótese alguma, iniciar seus trabalhos
práticos sem antes ter lido, entendido e
estudado a teoria referente ao item que deve
ser cumprido. É impossível fazer-se uma
dissecação satisfatória sem o conhecimento IV - EM QUE CONSISTE A
teórico prévio das estruturas envolvidas no DISSECAÇÃO
processo. Para auxiliá-lo no cumprimento
deste requisito, haverá um cronograma das
aulas práticas que o possibilitará apresentar- Neste Roteiro você encontrará com
se sempre com o assunto já estudado. Além frequência, expressões como estas: "...
deste estudo preparatório, a dissecação deve disseque a veia cefálica ..."; "... disseque o
ser acompanhada de consultas constantes ao nervo cutâneo lateral da coxa ...", ou ainda
Livro Texto, ao Atlas e ao Roteiro. Trabalhe "...disseque o músculo peitoral maior...". A
com atenção e sem pressa, seguindo seguir daremos algumas informações sobre
rigorosamente as instruções contidas neste os princípios que devem ser observados

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durante a dissecação de um nervo, vaso ou estudo dos ossos que constituem o esqueleto
músculo. do segmento respectivo. O objetivo deste
Quando dissecamos um nervo ou um trabalho é o reconhecimento das peças
vaso não basta apenas expor um pequeno ósseas isoladamente e de como se articulam,
segmento destas estruturas. É necessário que além do aprendizado dos principais
a dissecação seja ampla o suficiente para que acidentes encontrados na superfície destes
tenhamos uma idéia de sua origem (ou do ossos. Isto porque, para a descrição das
ponto em que se torna superficial quando se estruturas (vasos, nervos, músculos, etc.)
tratar de um elemento cutâneo), de seu utiliza-se os componentes do esqueleto
trajeto ou distribuição e de sua terminação. como pontos de referência fundamentais.
Os nervos e artérias que se distribuem na
tela subcutânea são ramos de outros nervos e
artérias que estão situados no Plano 3. De
maneira inversa as veias superficiais drenam
seu sangue para troncos venosos mais
calibrosos também situados neste último
plano. Portanto, os nervos e vasos
superficiais necessariamente "perfuram" a
fáscia em pontos de localização variável. A
dissecação será sempre feita "plano por
plano", isto vale dizer que, por exemplo,
durante a dissecação de um elemento situado
na tela subcutânea, deve-se "seguí-lo"
apenas enquanto permanecer neste plano.
A dissecação de um músculo
consiste em observar, na medida do
possível, a maior extensão de seu ventre, sua
origem e inserção, determinar sua inervação,
irrigação e drenagem venosa, bem como
estudar suas relações com os outros
elementos vizinhos. Deve ser dada atenção
especial à disposição dos feixes musculares
pois ela indica a direção de tração exercida
pelo músculo. A ação muscular deve ser
deduzida a partir do conhecimento da
origem e inserção com o auxílio da peça
dissecada e do esqueleto. Não faz sentido
decorar as ações dos grupos musculares a
partir do texto sem observar o material
dissecado.
Como foi dito em aula teórica,
estudaremos a Anatomia Topográfica de
cada um dos grandes segmentos do corpo
humano (membros, cabeça e pescoço, tórax,
abdome e pelve). A dissecação de cada uma
destas partes será sempre precedida do

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MEMBRO INFERIOR - Diáfise
- Cabeça do fêmur
- Fóvea para o ligamento da cabeça do
fêmur
I.- OSSOS DO MEMBRO INFERIOR - Colo do fêmur
- Linha intertrocantérica
Faça uma leitura atenta do Livro - Trocânter maior
Texto observando suas figuras, bem como as - Trocânter menor
do Atlas e identifique, na peça óssea, os - Fossa trocantérica
elementos abaixo citados. - Crista intertrocantérica
Procure sempre estudar o osso em - Linha áspera
sua posição anatômica. Para isso é - Lábio medial da linha áspera
necessário determinar a qual lado o osso - Lábio lateral da linha áspera
pertence. Não use lápis ou caneta para - Linha pectínea
apontar os acidentes ósseos, evitando, assim, - Tuberosidade glútea
danificá-los. Utilize um estilite ou um palito. - Fossa poplítea
- Linha supracondilar medial
1. OSSO DO QUADRIL - Linha supracondilar lateral
- Acetábulo - Côndilo lateral
- Incisura do acetábulo - Côndilo medial
- Ramo superior do púbis - Face patelar
- Corpo do ísquio - Fossa intercondilar
- Face glútea da asa do ílio - Tubérculo adutor
- Espinha ilíaca ântero-superior - Epicôndilo medial
- Espinha ilíaca postero-superior - Epicôndilo lateral
- Espinha ilíaca ântero-inferior O que é o ângulo de inclinação do fêmur?
- Espinha ilíaca postero-inferior
- Epinha isquiática maior 3. PATELA
- Tuberosidade isquiática - Ápice e base
- Incisura isquiática menor - Face anterior
- Espinha isquiática - Facetas articulares para os côndilos medial
- Forame obturado e lateral do fêmur.
- Ramo inferior do íquio
- Ramo inferior do púbis 4. TÍBIA
- Corpo do púbis - Côndilo medial
- Sínfise púbica - Côndilo lateral
- LInha pectínea - Eminência intercondilar
- Tubéeculo púbico - Tubérculo intercondilar lateral
- Crista púbica - Tubérculo intercondilar medial
- Face auricular - Área intercondilar anterior
- Tuberosidade ilíaca - Área intercondilar posterior
- Linha arqueada - Face articular fibular
- Eminência ílio-péctinea - Tuberosidade da tíbia
- Bordas anterior, medial e lateral
2. FÊMUR - Linha solear
- Epífise - Maléolo medial

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- Face articular do maléolo III - VASOS E NERVOS SUPERFICIAIS
- Incisura fibular
Retire a pele de todo o membro
5. FÍBULA inferior inclusive a nádega. Antes de fazer as
- Cabeça da fíbula incisões na pele faça sobre ela as "linhas
- Face articular da cabeça da fíbula guia" conforme acha-se esquematizado na
- Ápice da cabeça da fíbula Fig. 1. As setas indicam a direção do
- Colo rebatimento da pele. O limite demarcado
- Borda interóssea pela linha que vai desde a espinha ilíaca
- Maléolo lateral ântero-superior até o tubérculo púbico,
- Face articular para o tálus não deve ser ultrapassado.
- Fossa do maléolo lateral Disseque a veia safena magna desde
sua origem até o nível do hiato safeno. O
6. PÉ ARTICULADO que acontece com ela a partir daí? Disseque
- Cacâneo: . tuberosidade do calcâneo suas tributárias, identificando apenas aquelas
. Sustentáculo do tálus que nela desembocam nas proximidades do
- Tálus: . tróclea do tálus hiato. Ao nível do hiato safeno, disseque as
- Cubóide artérias epigástrica superficial, circunflexa
- Cuneiformes lateral, intermédio e medial superficial do ílio e pudenda externa.
- Metatársicos Identifique os linfonodos inguinais
- Falanges proximal, média e distal superficiais. Disseque a veia safena parva
- Ossos sesamóides seguindo-a até a fossa poplítea sem contudo
penetrar na fáscia. Existe alguma
comunicação entre as duas safenas?
II - ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
 Ao dissecar os vasos e nn. superficiais,
Com o auxílio de figuras do Atlas mantenha-os acolados ao plano profundo.
reconheça as diversas regiões ventrais e
dorsais do membro inferior, incluindo a Com o cadáver em decúbito dorsal
região glútea (não há necessidade de traçar disseque os seguintes nervos: n. cutâneo
as linhas limítrofes na pele). Identifique, lateral da coxa, ramos cutâneos anteriores do
utilizando o processo de palpação, as nervo femoral e nervo safeno (onde ele se
seguintes estruturas: crista ilíaca (é possível torna superficial?). Coloque o cadáver em
palpá-la em toda sua extensão), espinha decúbito ventral e continue dissecando: n.
ilíaca póstero-superior, espinha ilíaca ântero- sural, nn. cutâneos medial e lateral da sura,
superior, tubérculo púbico (nos indivíduos ramo comunicante fibular e n. cutâneo
que apresentam um panículo adiposo muito posterior da coxa .
abundante nem sempre é possível palpá-lo),
patela, côndilos medial e lateral da tíbia e do IV - REGIÃO ANTERIOR DA COXA
femur, borda anterior da tíbia e maléolos
medial e lateral. Note a conformação da Identifique e retire todos os
planta do pé. Acha-se presente o arco linfonodos inguinais superficiais. Remova
plantar? Procure depois informar-se sobre toda a tela subcutânea da região do hiato
sua importância na postura e deambulação. safeno de modo a demonstrar nitidamente as
suas bordas. O que é fáscia crivosa? Neste
processo talvez seja necessário a retirada de

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algumas das tributárias da veia safena compartimentos vascular e muscular. O que
magna na altura do hiato. Antes de fazê-o é septo ílio-pectíneo? Tente localizá-lo.
ligue as veias de modo a impedir o No compartimento muscular
extravasamento do líquido que se encontra identifique e disseque o nervo femoral. O
em seu interior. Passe agora à retirada de que acontece com este nervo depois que ele
toda a tela subcutânea das faces anterior, ultrapassa o ligamento inguinal? Disseque
medial e lateral da coxa. Os elementos os ramos da artéria femoral no trígono
vasculares e nervosos superficiais (circunflexas medial e lateral do femur e
dissecados, devem permanecer aderidos à femoral profunda). Para esta dissecação será
fáscia lata. Nos cadáveres em que a tela necessário a remoção de todas as veias
subcutânea for muito espessa, esta deve ser satélites que devem ser ligadas antes de
removida em camadas, da superfície para serem retiradas. Disseque o músculo sartório
profundidade. Estude a fáscia lata e em toda sua extensão, mobilize-o e afaste-o
identifique o trato ílio-tibial. Retorne agora de modo a expor os vasos femorais no canal
ao hiato safeno e procure identificar os vasos adutor. Disseque o nervo safeno e o nervo
femorais. para o músculo vasto medial. Continue a
As manobras descritas a seguir têm dissecação da artéria femoral profunda e
como objetivo rebater lateralmente a fáscia disseque as artérias perfurantes. Disseque o
lata da região anterior da coxa, preservando músculo vasto lateral e identifique o septo
o trato ílio-tibial e os nervos cutâneos, que inter-muscular lateral. Quais grupos
devem permanecer aderidos ao folheto musculares são por ele separados? Onde se
rebatido. Estude o trajeto dos vasos femorais insere? Qual é a sua relação com o trato ílio-
e faça a partir do hiato safeno, uma incisão tibial? Disseque o músculo reto da coxa,
na fáscia lata acompanhando-os até o terço divida-o transversalmente ao meio e
médio da coxa. Neste ponto você deve examine a superfície de corte notando o seu
conhecer bem os conceitos de bainha tendão. Rebata as duas metades de modo a
femoral, canal femoral e canal adutor ou expor o músculo vasto intermédio. Complete
sub-sartorial. Prolongue a incisão na fáscia a dissecação da artéria circunflexa lateral do
lata até a altura da base da patela e, a partir femur localizada profundamente ao músculo
daí, mude o sentido de corte dirigindo-o reto da coxa. Disseque o ligamento patelar.
lateralmente. Não prolongue esta incisão
através da face lateral da coxa porque,
caso contrário você seccionará o trato ílio-
tibial. V - REGIÃO MEDIAL DA COXA
Faça outra incisão transversal na fáscia lata
em sentido lateral e a partir do hiato safeno. Completa a retirada da tela subcutânea
Você poderá agora rebater lateralmente a da região medial da coxa, destacando assim, a
fáscia lata, bastando para isto seccionar as veia safena magna da fáscia lata. Remova agora
tributárias laterais da veia safena magna e as a fáscia lata desta região e, durante este
origens profundas dos ramos cutâneos processo, procure notar o septo intermuscular
anteriores do nervo femoral. medial situado entre o músculo vasto medial e
os músculos adutores. Observe que este septo é
Estude o trígono femoral. Quais são
muito menos espesso que o septo intermuscular
seus limites? Quais os principais elementos
lateral. Disseque o músculo grácil deixando
contidos nesta região? Disseque os músculos intacta a sua inervação. Complete a dissecação
que formam seu assoalho. Identifique os do músculo adutor longo separando-o, por
dissecação romba, do músculo adutor curto

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situado posteriormente a ele. Divida o músculo dissocie os elementos que o constituem,
adutor longo transversalmente ao meio e identifique-os e a seguir seccione-os fazendo o
disseque o ramo anterior do nervo obturatório mesmo com o ramo superficial da artéria glútea
que passa anteriormente ao músculo adutor superior e complete o rebatimento do músculo.
curto. Remova a fáscia deste músculo de modo Explique como o músculo glúteo máximo,
a individualizar bem o referido nervo. Ainda por estando situado na região glútea, insere-se no
dissecação romba, separe os adutores curtos e lábio lateral da linha áspera do femur. Disseque
magno e identifique o ramo posterior do nervo o n. isquiático, o n. cutâneo posterior da coxa e
obturatório situado entre eles. Complete a o ramo perineal deste último. Complete a
dissecação do ramo anterior do nervo dissecação da artéria e nervos glúteos inferiores
obturatório identificando seus ramos para o e retire as veias satélites. Disseque o músculo
músculo grácil. Volte às artérias femoral piriforme (qual a relação entre este, o n.
profunda, perfurantes e circunflexa medial do isquiático e os vasos e nervos glúteos superiores
femur, melhorando, se necessário, a sua e inferiores?), o tendão do músculo obturatório
dissecação. interno, os mm. gêmeos superior e inferior e o
músculo quadrado da coxa. Seccione este último
próximo à sua inserção na crista inter-
VI -REGIÃO GLÚTEA trocantérica e identifique o tendão de inserção
do músculo obturatório externo. Localize
Os nervos cutâneos da nádega (nn. novamente o ligamento sacro-tuberal, seccione-
clúneos superior, médio e inferior) não serão o próximo ao seu extremo sacral e disseque as
dissecados. Portanto, a tela subcutânea deve ser seguintes estruturas que estão passando "nó
retirada a fim de se expor a fáscia glútea. Esta dorso" da espinha isquiática: n. para o m.
retirada deve ser feita aos poucos, da superfície obturatório interno, n. pudendo e artéria
para a profundidade. Não rebata a tela em pudenda interna. Siga o n. pudendo e a artéria
blocos espessos. Antes de prosseguir a pudenda interna no canal pudendo, na parede
dissecação estude, numa pelve óssea, os lateral da fossa ísquio-retal e disseque os vasos
ligamentos sacro-tuberal e sacro-espinhal, os e nervos retais inferiores. Com a secção do
forames isquiáticos maior e menor, bem como ligamento sacro-tuberal é possível visualizar
as espinhas isquiáticas. Volte à peça e parte do ventre do músculo obturatório interno.
reconheça os limites do músculo glúteo Remova sua fáscia para torná-lo mais evidente.
máximo, identificando também a porção do Rebata o músculo glúteo médio a partir de sua
músculo glúteo médio que ser vista acima do origem fazendo para isto uma incisão arciforme
limite superior do primeiro. Remova toda a em seu ventre, junto da crista ilíaca. Esta
fáscia glútea, inclusive a relacionada com o manobra exporá o feixe vásculo-nervoso glúteo
glúteo médio, e observe a existência de septos superior que deve ser dissociado para melhor
fibrosos que, partindo dela, penetram no ventre evidenciação de seus componentes. Remova as
do glúteo máximo dividindo-o em inúmeros veias satélites. Identifique o músculo glúteo
feixes. Rebata o glúteo máximo cuidadosamente mínimo. Faça uma incisão longitudinal na fáscia
a partir de sua origem (chame o Professor para lata abaixo da espinha ilíaca antero-superior e
que demonstre a melhor maneira de fazê-lo) demonstre o ventre do músculo tensor da fáscia
assegurando-se que o ligamento sacro-tuberal lata.
será preservado.
Uma vez liberado em sua origem, o
músculo glúteo máximo ficará ainda ligado ao
VII -REGIÃO POSTERIOR DA COXA
plano subjacente pelo ramo superficial da artéria
glútea superior e pelos vasos e nervos glúteos
Remova toda a fáscia lata da face
inferiores, que nele penetram por sua face
posterior da coxa, preservando o trato ílio-tibial
profunda. Localize este feixe vásculo-nervoso,
e o nervo cutâneo posterior da coxa. Identifique

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o nervo isquiático (quais são as suas porções?) e figura, as anastomoses arteriais em torno do
disseque seus ramos para a musculatura do joelho.
jarrete. Disseque estes músculos deixando
intacta a sua inervação e irrigação. Disseque a
continuação do músculo adutor magno, quando IX - REGIÕES LATERAL E
então deve ser identificado o hiato tendíneo. POSTERIOR DA PERNA
Que elementos atravessam este espaço?
Utilizando uma boa figura, estude o Complete a retirada de toda a tela
comportamento das artérias glútea inferior, subcutânea da perna procurando manter os
circunflexas lateral e medial do femur, femoral elementos superficiais aderidos à fáscia.
profunda e perfurantes, notando as anastomoses Embora a fáscia da região posterior da perna já
existentes entre elas. tenha sido aberta no item anterior, é fácil
observar que a fáscia da perna forma uma
bainha contínua para os músculos deste
VIII - FOSSA POPLÍTEA segmento, apresentando a particularidade de
estar aderida ao periósteo da face medial da
Siga o nervo cutâneo medial da sura até tíbia. Também aqui existem septos
sua origem no nervo tibial. Será necessário abrir intermusculares. Quais são e entre quais grupos
a fáscia da perna, pois o trajeto inicial deste musculares se localizam? Faça um esquema
nervo é profundo (anterior à fáscia e entre as demonstrando os compartimentos musculares da
duas cabeças do músculo gastrocnêmio). perna. Imediatamente acima e abaixo dos
Proceda do mesmo modo com o nervo cutâneo maléolos, a fáscia da perna apresenta-se
lateral da sura ou com o ramo comunicante espessada de tal modo que são formadas
fibular "acompanhando" um dos dois até a sua estruturas que se assemelham a ligamentos.
origem no nervo fibular comum. Prolongue a Trata-se dos retináculos que serão estudados
dissecação da veia safena parva até a sua neste e no próximo item. Remova a fáscia da
desembocadura na veia poplítea, não se região lateral da perna de modo a expor os
esquecendo que podem ocorrer variações quanto músculos fibulares, tendo o cuidado de não
ao local em que isto se verifica. Faça uma boa seccionar o nervo fibular superficial que deve
exposição dos segmentos musculares que ser dissecado até o dorso do pé. Separare, por
formam os limites da fossa poplítea. Separe o dissecação romba, os tendões dos músculos
ventro do músculo plantar da cabeça lateral do fibulares longo e curto, siga-os posteriormente
músculo gastrocnêmio e disseque os ramos do ao maléolo medial e identifique aí o seu
nervo tibial para estes dois músculos. Por retináculo, que pode ser cortado em um dos
dissecação romba, destaque o músculo lados para melhor visualização dos tendões. O
gastrocnêmio do músculo sóleo situado trajeto plantar destes tendões não será
anteriormente a ele. Seccione transversalmente dissecado, portanto, estude sua inserção pelo
as duas cabeças do músculo gastrocnêmio Atlas. Retire o restante da fáscia da região
imediatamente abaixo do ponto de penetração posterior da perna procurando conservar os
de sua inervação. Identifique o músculo sóleo e vasos e nervos cutâneos. Disseque o tendão do
disseque os ramos do nervo tibial que o suprem. tríceps sural (tendão calcanear) até sua inserção
Abra e retire a bainha conjuntiva que envolve os no calcâneo. As cabeças do músculo
vasos poplíteos de modo a individualizar bem a gastrocnêmio já devem estar seccionadas.
artéria e a veia. Remova todo o tecido frouxo da Rebata-o distalmente, expondo, deste modo, o
fossa poplítea e disseque as artérias geniculares músculo sóleo. Complete a dissecação dos vasos
(com exceção da média), bem como as artérias poplíteos e do nervo tibial até o ponto em que
surais. Complete a dissecação dos vasos passam anteriormente ao arco tendíneo do
poplíteos até o hiato tendíneo. Estude, numa músculo sóleo. Localize o tendão do músculo

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plantar. Rebata o sóleo a partir de sua origem retináculos. Para que servem estas bainhas?
seccionando-o o mais próximo possível da linha Penetrando entre os músculos tibial anterior e
solear da tíbia e do dorso da cabeça da fíbula, extensor longo do hálux, disseque o nervo
observando, durante este processo, o aspecto fibular profundo e a artéria tibial anterior cujas
interno de seu arco tendíneo. Complete a veias satélites devem ser removidas. Disseque a
dissecação do músculo poplíteo. Disseque as artéria dorsal do pé situada lateralmente ao
seguintes artérias, deixando intacta a inervação tendão do músculo extensor longo do hálux. No
dos músculos posteriores profundos e lado em que estiverem em piores condições,
removendo as veias satélites: tibial anterior, seccione os retináculos demonstrando a
tronco tíbio-fibular, tibial posterior e fibular. continuidade entre esta artéria e a tibial anterior.
Complete a dissecação do nervo tibial, Localize a origem do ramo plantar profundo da
evidenciando bem seus ramos musculares. artéria dorsal do pé e disseque a primeira artéria
Remova quaisquer elementos fasciais presentes metatársica dorsal. O restante da rede arterial do
e realize uma boa exposição dos músculos dorso do pé não será dissecado, complete seu
flexor longo dos dedos, tibial posterior e flexor estudo numa figura. No dorso do pé, complete a
longo do hálux. dissecação dos tendões dos músculos tibial
anterior e extensores longos do hálux e dos
dedos. Mobilize estes tendões e disseque os
X - REGIÃO ANTERIOR DA PERNA E músculos extensor curto dos dedos e extensor
DORSO DO PÉ curto do hálux.

Continue a dissecação do nervo fibular


superficial identificando seus ramos terminais, XI - PLANTA DO PÉ
os nervos cutâneos dorsais medial e intermédio
do pé. Siga o nervo sural e note sua continuação Os nervos cutâneos da planta do pé não
como nervo cutâneo dorsal lateral do pé. serão dissecados. Observe figuras do Atlas, para
Observe bem a fáscia da perna e do dorso do pé, se ter uma idéia de sua distribuição. Remova a
nas proximidades dos maléolos, e identifique os pele e a tela subcutânea da planta do pé desde o
retináculos superior e inferior dos músculos túber do calcâneo até o nível das articulações
extensores. Note que o retináculo superior é metatarso-falângicas e note que estes planos
uma faixa transversal única, enquanto que o apresentam características que os diferenciam
inferior apresenta uma bifurcação. Remova toda dos de outras regiões. Qual é a importância
a fáscia da região anterior da perna e dor dorso funcional destes aspectos especiais? A fáscia da
do pé, deixando intactos os retináculos. Procure planta do pé apresenta-se modificada,
preservar também os nervos cutâneos do dorso constituindo uma estrutura fibrosa e espessa, a
do pé. No terço proximal da perna, a fáscia aponeurose plantar. Estude esta aponeurose
apresenta-se mais intimamente aderida aos identiicando suas partes central, lateral e medial
ventres musculares - trabalhe, portanto, com que é a menos espessa de todas elas. Complete a
cuidado para não danificá-los durante a remoção remoção da tela subcutânea na metade anterior
desta fáscia. Disseque os músculos tibial do pé, de modo a fazer uma boa exposição dos
anterior, extensor longo dos dedos e extensor cinco prolongamentos da parte central da
longo do hálux, cuja identificação será feita por aponeurose plantar. Localize as eminências
seus tendões de inserção. Não tente separar plantares medial, intermédia e lateral. Que
seus ventres no terço proximal da perna. estruturas formam estas eminências e com que
Verifique se está presente o músculo fibular partes da aponeurose plantar estão
terceiro. Com o auxílio de figuras do Atlas , relacionadas?. Retire completamente as porções
procure dissecar pelo menos, uma das bainhas lateral e medial da aponeurose plantar e rebata
sinoviais que envolvem os tendões ao nível dos sua porção central a partir do túber do calcâneo.
Neste processo o prolongamento da parte

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central da aponeurose para o hálux deve ser trata-se de importante comunicação entre as
seccionado enquanto que os outros quatro artérias tibiais anterior e posterior.
laterais devem permanecer ligados à bainha
fibrosa dos tendões flexores. Disseque o tendão XII - ARTICULAÇÕES DO MEMBRO
do músculo flexor longo do hálux. INFERIOR

APENAS NO PÉ DIREITO - A dissecação neste As articulações estão fixadas pelo


lado, terá como objetivo principal o estudo dos formol, portanto, têm sua amplitude de
músculos e tendões, que se dispõem em três movimentos reduzidas em relação ao vivo. Não
camadas da superfície para a profundidade. force as peças. Analise a apmlitude dos
Apesar de não serem necessários cuidados movimentos in vivo, observando-os em si
especiais com os elementos vasculares e mesmo ou em um colega.
nervosos, os quais serão dissecados no outro pé, Não se limite a identificar as estruturas
procure trabalhar sem mutilar a peça. Complete relacionadas. Analise a forma dos ossos que se
a dissecação do músculo flexor curto dos dedos articulam e deduza daí a congruência ou não das
seguindo seus tendões até a bainha fibrosa. peças.
Disseque os abdutores do hálux e do dedo Faça sempre a classificação morfológica
mínimo. Seccione o flexor curto dos dedos junto e funcional das articulações estudadas.
ao túber do calcâneo, rebata-o anteriormente e
disseque o músculo quadrado da planta (ou 1. ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL
flexor acessório) notando sua inserção no ponto Identifique:
de divisão do flexor longo dos dedos. Complete - Lábio do acetábulo
a dissecação dos tendões flexores longos e - Ligamento transverso do acetábulo
identifique os músculos lumbricais. Localize o - Lig. da cabeça do fêmur
tendão do flexor longo do hálux e disseque os - Lig. iliofemoral
dois ventres do flexor curto correspondente. - Lig. pubofemoral
Mobilize os tendões flexores longos e - Lig. isquiofemoral
identifique as cabeças transversa e oblílqua do
adutor do hálux. O flexor curto do dedo mínimo OBS.: Os ligamentos capsulares descritos no
não será dissecado. Retire a pele e a tela Livro Texto nem sempre são visualizados
subcutânea da face plantar do segundo dedo, distintamente nas peças disponíveis, visto que
abra a bainha fibrosa e observe como o tendão são área de reforço na cápsula, não
flexor curto é "dividido" pelo tendão flexor apresentando, portanto, limites precisos.
longo.
Qual o lig. mais forte da cápsula?
APENAS NO PÉ ESQUERDO - Rebata o Procure dar uma explicação funcional para isto
músculo flexor curto dos dedos conforme as Observe na mesa neutra um corte frontal desta
instruções dadas anteriormente. As artérias e articulação e veja: cápsula articualr, cavidade
nervos plantares serão dissecados a partir de sua articular, ligamento da cabeça do fêmur e os
origem na artéria tibial posterior e nervo tibial. tendões de inserção dos músculos obturatórios
Para isto seccione o retináculo dos flexores e, internos e externos
abrindo o ventro do músculo abdutor do hálux,
disseque as artérias e nervos plantares mediais e 2. ARTICULAÇÃO DO JOELHO
laterais deixando intactos, tanto quanto possível, Identifique:
os ramos musculares dos nervos. As veias - Cápsula aricular
satélites devem ser removidas. Identifique os - Lig. colateral tibial
nervos digitais plantares comuns. O arco plantar - Lig. colateral fibular
não será dissecado, estude-o teoricamente , pois - Lig. patelar
- Menisco medial

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- Menisco lateral
- Lig. tranverso
- Lig. cruzado anterior
- Lig. cruzado posterior
Qual a função dos ligamentos cruzados e ods
meniscos?

Faça um estudo teórico da seguintes


articulações:
- Tíbio fibulares proximal e distal
- Tíbio társicas (do tornozelo)
- Intertársicas
- Tarsometársicas
- Intermetatársicas
- Metatarso-falângicas
- Interfalângicas

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MEMBRO SUPERIOR - Tubérculos maior e menor
(Cintura Escapular e Dorso) - Sulco intertubercular
- Colo cirúrgico
- Crista do tubérculo maior
- Crista do tubérculo menor
Faça uma leitura atenta do Livro Texto
- Tuberosidade deltóide
observando suas figuras, bem como as do
- Sulco do nervo radial
Atlas e identifique, na peça óssea, os - Cristas supracondilares medial e lateral
elementos abaixo citados. - Capítulo
Procure sempre estudar o osso em - Tróclea
sua posição anatômica. Para isso é - Fossa radial
necessário determinar a qual lado o osso - Fossa coronóide
pertence. Não use lápis ou caneta para - Fossa do olécrano
apontar os acidentes ósseos, evitando, assim,
danificá-los. Utilize um estilite ou um palito. 4. ULNA
- Olécrano
I - OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR - Processo coronóide
- Incisura troclear
1. CLAVÍCULA - Tuberosidade
- Face superior - Incisura radial
- Extremidade medial - Borda interóssea
- Extremidade lateral - Borda anterior
- Face inferior - Borda posterior
- Sulco para o m. subclávio - Face medial
- Tubérculo conóideo - Face anterior
- Linha tapezóide - Face posterior
-Superfície rugosa para o ligamento costo- - Cabeça
clavicular - Processo estilóide
- Área articular
2. ESCÁPULA
- Espinha da escápula 5. RÁDIO
- Acrômio - Cabeça
- Processo coracóide - Colo
- Face costal - Tuberosidade do rádio
- Borda lateral - Borda anterior
- Borda medial - Face anterior
- Borda superior - Face lateral
- Ângulos superior e inferior - Borda posterior
- Cabeça da escápula - Face posterior
- Colo - Processo estilóide
- Cavidade glenóide - Incisura ulnar
- Tubérculos infra e supraglenoidais
- Fossa infr-espinhal 6. MÃO ARTICULADA
- Incisura espino-glenoidal - Escafóide
- Incisura da escápula - Piramidal
- Trapézio
3. ÚMERO - Capitato (grande osso)
- Cabeça do úmero - Metacárpicos
- Colo anatômico - Semilunar

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- Pisiforme existência, nesta região, de uma possível
- Trapezóide comunicação entre os sistemas venosos
- Hamato (unciforme) superficial e profundo. O trajeto braquial das
veias cefálica e basílica já está dissecado. Siga-
as agora no sentido distal dissecando toda a rede
I - ANATOMIA DE SUPERFÍCIE venosa do antebraço até o dorso da mão e
determinando a sua formação. Compare as
Com o auxílio de figuras do Atlas várias peças dissecadas e note a grande variação
reconheça as diversas regiões ventrais e dorsais apresentada pela rede venosa superficial do
do membro superior e do tórax. Não há antebraço . Às vezes num mesmo indivíduo as
necessidade de traçar as linhas limítrofes entre disposições são diferentes quando comaparamos
as várias regiões. Identifique, utilizando o um lado com o outro. Disseque os seguintes
processo de palpação, as projeções cutâneas dos nervos: cutâneo medial, lateral e posterior do
seguintes elementos: incisura jugular (do antebraço e o cutâneo medial do braço. Os
manúbrio do esterno), clavícula, acrômio, nervos cutâneos lateral e posterior do braço
espinha da escápula, epidôndilos medial e devem ser estudados apenas pela figura do
lateral do úmero e o olécrano. Localize as Atlas. A inervação cutânea das regiões anterior,
pregas axilares anterior e posterior e veja como lateral e parte da região posterior do torax é
elas delimitam uma cavidade, a fossa axilar. dada pelos ramos cutâneos anteriores e laterais
Observe a papila e a auréola mamária notando dos nervos intercostais . Aqui iremos apenas
as diferenças sexuais. O que vem a ser "cintura identificá-los emergindo do plano profundo.
escapular" e qual é a sua função? Onde isto ocorre? Com este objetivo retiraremos
então toda a tela subcutânea das regiões anterior
e lateral do torax, incluindo a mama. Não retire
II - VASOS E NERVOS SUPERFICIAIS a tela subcutânea da região axilar. Nos
cadáveres em que a hepiderme for muito
Valendo-se da mesma técnica utilizada espessa a sua remoção deverá ser feita em
quando foi dissecado o membro inferior, retire camadas, da superfície para a profundidade.
toda a pele dos membros superiores e do tórax
conforme a indicação da figura 2. A dissecação
das veias superficiais será iniciada acima da III - REGIÕES PEITORAL E
fossa cubital pois, no antebraço, a rede venosa, AXILAR
além de muito variável, pode apresentar
inúmeras anastomoses o que dificulta o início Localize a fossa axilar e determine os
do trabalho. Localize a veia cefálica e disseque- seus limites. Que estruturas formam as pregas
a, desde o início de seu trajeto braquial, até o axilares anterior e posterior? Retire toda a fáscia
sulco delto-peitoral. O que acontece com ela a que recobre o músculo peitoral maior, destaque
partir daí? Disseque a veia basílica desde as suas origens tangenciando o periósteo com a
proximidades da fossa cubital até o ponto onde lâmina do bisturi e a seguir rebata-o
ela "perfura" a fáscia braquial. Em que região lateralmente. Os vasos e nervos que penetram
do braço isto acontece? Topograficamente, no músculo peitoral maior por sua face
como se relacionam as veias cefálica e basílica profunda, e que estão unidos por tecido
com o músculo bíceps braquial? Disseque, na conjuntivo, devem ser dissociados e
fossa cubital, as comunicações existentes entre identificados. Neste ponto, já é possível
estas veias. Acha-se presente uma veia mediana visualizar o músculo peitoral menor. Verifique
do cotovelo (cubital mediana)? Observe que a se estão presentes os linfonodos peitorais
disposição da(s) comunicação(ões) pode anteriores ao longo da borda lateral deste
apresentar algumas variações. Verifique a músculo e retire-os. Do mesmo modo como foi

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feito para o músculo peitoral maior, rebata o musculocutâneo e a raiz lateral do nervo
músculo peitoral menor em direção à sua mediano. Localize agora o nervo mediano e
origem. Identifique a sua inervação e deixe-a complete o estudo de sua formação seguindo
intacta, se possível, Localize agora, na parede sua raiz medial até o fascículo medial. Disseque
torácica, o ponto de emergência do nervo o fascículo posterior. Qual é a relação
intercostobraquial e disseque-o através da tela topográfica existente entre os fascículos do
subcutânea da axila até a face medial do braço. plexo braquial e a artéria axilar? Identifique e
Remova toda a tela subcutânea que cobre a parte disseque os outros três nervos que se originam
do músculo grande dorsal relacionada com a do fascículo medial: ulnar e cutâneos mediais do
axila, bem como a fáscia muscular desta porção. braço e do antebraço. Disseque a artéria axilar e
Por dissecação romba afaste da parede torácica seus ramos com excessão da artéria torácica
este segmento muscular e identifique, em sua suprema. Do lado em que a veia axilar foi
face medial, os vasos e nervos toracodorsais. Ao retirada estes ramos são facilmente
longo da artéria toracodorsal podem ser identificáveis e do outro será necessário a
encontrados os linfonodos peitorais posteriores. retirada das tributárias desta última. Identifique
Identifique-os e retire-os. Lembre-se que as novamente o fascículo posterior do plexo
veias satélites podem ser ligadas e removidas. braquial. Localize o nervo radial e disseque-o
Utilizando uma pinça anatômica e tesoura, retire até o início do terço proximal do braço.
o tecido frouxo da axila seguindo a artéria Disseque o nervo axilar desde a sua origem até a
toracodorsal até a sua origem na artéria sua penetração no espaço quadrangular e
subescapular. Disseque a artéria circunflexa da observe a relação topográfica existente entre
escápula e note como ela se dirige este nervo e a artéria circunflexa posterior do
posteriormente. Nesta região podem ser úmero. Os limites dos espaços quadrangular e
encontrados os linfonodos subescapular. triangular serão estudados no item 4.
Identifique-os e retire-os. Abrindo a fáscia do
braço siga a veia basílica até a sua confluência
com as veias braquiais e estude a formação da IV -OMBRO
veia axilar. Para que a dissecação do plexo
braquial e dos ramos da artéria axilar seja bem Com o cadáver em decúbito ventral
feita torna-se necessário, às vezes retirar remova a tela subcutânea e a fáscia das regiões
primeiro a veia axilar juntamente com suas deltóidea, acromial e escapular. Identifique as
tributárias. Chame o professor para instruí-lo. O três origens do músculo deltóide e a seguir
que é bainha axilar? Identifique e disseque o destaque, por dissecação romba, a sua porção
músculo coracobraquial e a porção curta do espinhal do plano subjacente seccionando-a
músculo bíceps braquial que se situam então o mais próximo possível da espinha da
lateralmente ao feixe neuro-vascular. No lado escápula. Prolongue esta incisão anteriormente
em que a veia axilar foi removida este feixe já liberando também a origem acromial deste
está parcialmente dissociado. No outro lado, músculo. O deltóide poderá agora ser rebatido, o
abra a bainha axilar e identifique os elementos que exporá um feixe vásculo nervoso
componentes deste conjunto. Se você não penetrando em sua face profunda. Dissocie e
estudou a teoria referente ao plexo braquial e identifique os elementos que o constituem
à artéria axilar, interrompa a dissecação retirando em seguida as veias satélites. Localize
para fazê-lo. Retire a fáscia que recobre o as inserções dos músculos supra e infra
músculo coracobraquial e observe que seu espinhais e redondo menor. Com o braço
ventre é atravessado por um nervo. Tata-se do abduzido identifique os espaços quadrangular e
nervo musculocutâneo que deve ser dissecado, triangular, reconhecendo os elementos que
em sentido proximal até o fascículo lateral do formam seus limites e localize novamente o
plexo braquial. Note que este fascículo possui nervo axilar e a artéria circunflexa da escápula.
dois calibrosos ramos terminais, o nervo Coloque agora o cadáver em decúbito dorsal e

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identifique as inserções dos músculos da qual identificaremos os músculos esplênio da
subescapular, peitoral maior, redondo maior e cabeça, levantador da escápula e os rombóides
grande dorsal removendo quaisquer elementos maior e menor. Observe a inexistência de
conjuntivos que impeçam a realização de uma limites nítidos entre estes dois últimos
boa exposição destes terminais. músculos. Seccione os rombóides junto de sua
inserção na borda medial da escápula de modo a
demonstrar a origem do músculo serrátil
V -DORSO anterior. Examine agora a escápula e veja que
ela não se prende diretamente a nenhuma peça
1. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE óssea do esqueleto axial estando "imersa na
massa muscular". Qual é a importância
Com o cadáver em decúbito ventral faça funcional desta disposição?
o reconhecimento das diversas regiões da face
posterior do tronco. Não há necessidade de
traçar as linhas limítrofes. Identifique agora, por VI - REGIÃO ANTERIOR DO BRAÇO
palpação, o acrômio, a espinha da escápula, sua
borda medial e seus ângulos superior e inferior. Remova toda a tela subcutânea do braço
Lembre-se que o ângulo superior da escápula não se preocupando com os nervos cutâneos.
acha-se aproximadamente ao nível da 2ª costela Estude a fáscia do braço e suas relações com os
e o inferior ao nível da 7ª., sendo este último septos intermusculares medial e lateral. Estes
mais facilmente palpável. Note que a crista septos separam dois compartimentos
ilíaca é palpável em toda a sua extensão. A musculares, um anterior e outro posterior. Que
espinha ilíaca póstero-superior projeta-se, na músculos estão neles contidos? Em que outro
pele, em um ponto situado aproximadamente a segmento, já estudado, encontrou-se disposição
uns 5 cm do plano mediano, onde pode-se notar semelhante? Remova a fáscia da região anterior
uma ligeira depressão cutânea no vivente. do braço e estude o músculo bícepss braquial
Observe que o dorso apresenta um sulco identificando suas porções longa e curta bem
mediano, mais evidente no segmento lombar, ao como a aponeurose bicipital. Estude novamente
longo do qual pode-se palpar as projeções o m. córaco-braquial. Mobilize o ventre do m.
cutâneas dos processos espinhosos das bíceps de modo a expor o m. braquial. Entre
vértebras. O processo espinhoso da 4ª L. acha-se este e o m. bíceps identifique o nervo músculo-
ao nível da parte mais alta da crista ilíaca. cutâneo. Siga-o até o ponto em que se torna
superficial quando então passará a ser chamado
de n. cutâneo lateral do antebraço. Onde isto
2. MÚSCULOS DO DORSO ocorre? Localize a origem do músculo braquio-
radial e identifique o nervo radial situado
Se ainda não o fez, complete a retirada profundamente no sulco entre este e o músculo
da pele do dorso, não prolongando este braquial. Disseque a artéria braquial até a fossa
procedimento para as regiões ântero-laterais do cubital identificando seus ramos: artéria
abdome (se necessário reporte-se à fig. 2). profunda do braço, artéria colateral ulnar
Remova também toda a tela subcutânea e a superior e artéria coalteral ulnar inferior. Qual é
fáscia de modo a expor os ventres musculares. a relação topográfica existente entre a artéria
Identifique o músculo grande dorsal e trapézio. braquial e o tendão do músculo bíceps braquial?
Destaque este último do plano subjacente, Disseque os nervos mediano e ulnar, seguindo-
seccione-o de cada lado junto à sua origem nos os até o extremo distal do braço. Note a relação
processos espinhosos das vértebras torácicas e que os nervos radial e ulnar estabelecem com as
rebata-o em direção à espinha da escápula. artérias profundas do braço e colateral ulnar
Assim você terá exposto outra massa muscular superior respectivamente.

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músculo pronador redondo origina-se no
epicôndilo medial do úmero onde seu ventre não
VII - REGIÃO POSTERIOR DO pode ser perfeitamente individualizado.
BRAÇO Contudo, nas proximidades de sua inserção é
possível isolá-lo dos demais músculos, o que
Retire toda a fáscia da região posterior deve ser feito a seguir. Seccione-o agora ao
do braço e estude o músculo tríceps notando nível do seu tendão de inserção e rebata-o no
suas cabeças longa e lateral bem como seu sentido proximal. Disseque as artérias
tendão de inserção. Por dissecação romba separe recorrentes radial e ulnar bem como as
as cabeças longa e lateral localizando a cabeça interósseas comum anterior e posterior,
medial situada mais profundamente. Exponha o removendo todas as veias satélites.
trajeto profundo do nervo radial e da artéria Principalmente com relação às artérias
profunda do braço ao longo do sulco radial do interósseas, esteja atento para não confundí-las
úmero. Complete a dissecação deste feixe com os ramos arteriais musculares. Lembre-se
vásculo-nervoso e, se necessário, dos espaços que as artérias recorrentes que acabou de
quadrangular e triangular revendo os elementos dissecar participam da rede articular do cotovelo
que os atravessam. e que arranjos semelhantes ocorrem em torno de
todas as grandes articulações. Observe uma
figura que ilustre bem este fato. Disseque o
assoalho da fossa cubital removendo quaisquer
VIII - FOSSA CUBITAL
elementos conjuntivos que se oponham à
exposição dos músculos que o formam. Quais
O que é "fossa cubital"? Quais são os
são estes músculos? Volte ao nervo radial e
seus limites?
identifique seus ramos superficial e profundo
Mobilize as veias superficiais situadas
observando como este último dirige-se para a
na região da fossa cubital, seccionando qualquer
região posterior do antebraço localizando-se, no
comunicante porventura existente entre os
início de seu trajeto, dentro do ventre do
sistemas superficial e profundo. Retire toda a
músculo supinador. Faça uma boa exposição do
tela subcutânea aí encontrada com o objetivo de
tendão do músculo bíceps braquial e observe
expor claramente a aponeurose bicipital e
como ele se dirige para a tuberosidade do rádio.
observe como esta última continua-se com a
fáscia do antebraço. Corte esta expansão
aponeurótica junto à sua extremidade
bicipital e rebata-a distalmente. Identifique a IX - REGIÃO ANTERIOR DO
artéria braquial e o nervo mediano situados ANTEBRAÇO
medialmente ao tendão de inserção do
músculo bíceps. Disseque o músculo pronador Retire a fáscia da região anterior do
redondo e a porção do músculo braquio-radial antebraço preservando, tanto quanto possível,
relacionada com a fossa cubital. Mobilize este os elementos superficiais já dissecados.
último e localize, em relação com sua face Examine o músculo pronador redondo e note
profunda, o nervo radial que aí emite seus ramos que sua origem no epicôndilo medial do úmero
superficial e profundo. Siga o nervo mediano no é feita em comum com os outros músculos da
sentido distal e note como ele atravessa o ventre região anterior do antebraço. Observe que é
do músculos pronador redondo dividindo-o em impossível fazer uma identificação precisa
duas porções. Complete a dissecação da artéria destes músculos estudando-os apenas neste
braquial, note a sua bifurcação e disseque seus local. Lembre-se: o procedimento aqui será o
ramos terminais. Lembre-se que podem ocorrer mesmo realizando quando dissecamos a perna,
variações quanto ao nível em que se verifica ou seja, identificaremos os músculos por seus
esta bifurcação. Observe outras peças. O tendões de inserção, não tentando separar seus

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ventres próximos às suas origens. Complete a posterior do antebraço preservando este
dissecação do músculo braquio-radial seguindo retinárculo. O que é "tabaqueira anatômica" e
seu tendão até o punho. Note que a artéria radial quais são os seus limites? Identifique-a.
situa-se medialmente a este músculo. Disseque- Localize e disseque o ramo superficial do nervo
a ao longo de seu trajeto no antebraço radial desde o ponto em que se torna superficial
observando os seus ramos musculares. Disseque até o dorso da mão. Disseque a artéria radial no
o músculo flexor radial do carpo cujo tendão assoalho da tabaqueira anatômica. Disseque os
situa-se medialmente à artéria radial. Verifique seguintes músculos determinando a sua
se está presente o músculo palmar longo situado inervação: braquio-radial, extensores radiais
medialmente ao músculo flexor radial do carpo longo e curto do carpo, extensor dos dedos,
e disseque-o. Disseque, do lado ulnar do extensor do dedo mínimo, extensor ulnar do
antebraço, o músculo flexor ulnar do carpo e carpo, anconeu, supinador, abdutor longo do
entre estes e o músculo palmar longo (ou o polegar, extensores longo e curto do polegar e o
flexor radial do carpo) localize os tendões do extensor do índex. Lembre-que estes músculos
músculo flexor superficial dos dedos. Observe não devem ser separados uns dos outros
que este último, embora pertencente ao grupo próximo de suas origens. Identifique-os pelos
superficial, ocupa uma posição mais profunda tendões. Usando o bisturi, separe os ventres dos
que os demais componentes desta subdivisão. músculos extensor radial curto do carpo e
Disseque a artéria ulnar situada paralela e extensor dos dedos. Localize o músculo
lateralmente ao tendão do músculo flexor ulnar supinador e disseque o ramo profundo do nervo
do carpo, notando seus ramos musculares. radial em sua emergência do ventre muscular
Disseque o nervo ulnar, seus ramos para o deste último. Disseque os ramos musculares
músculo flexor ulnar do carpo e seu ramo deste nervo e note sua continuação como nervo
dorsal. Mobilize e afaste os tendões dos interósseo posterior
músculos flexor superficial dos dedos e flexor
radial do carpo de modo a expor o nervo OBSERVAÇAO: Para um perfeito
mediano e seus ramos musculares que devem entendimento das ações musculares que serão
ser dissecados. No plano profundo disseque os estudadas nestes dois itens finais é importante,
músculos flexor profundo dos dedos, pronador além dos procedimentos de rotina, fazer um
quadrado e flexor longo do polegar, o qual estudo dos seguintes tópicos do livro texto:
apresenta: cabeças umeral e radial que devem "Movimentos do polegar" e "Movimentos dos
ser reconhecidas. Recorde-se que o músculo dedos II ao V".
flexor profundo dos dedos recebe inervação
dupla (nervos interósseo anterior e ulnar) e
procure verificar este fato. Afastando os tendões XI - DORSO DA MÃO
flexores localize a membrana interóssea e
disseque o nervo e a artéria interóssea anterior Complete a retirada da pele do dorso da
desde sua origem até a borda proximal do mão até o nível das articulações metacarpo-
músculo pronador quadrado. Retorne à fossa falângicas bem como de toda a face dorsal do
cubital e faça uma revisão das artérias dedo médio. Termine a dissecação da rede
interósseas comum, anterior e posterior. venosa dorsal da mão e observe a formação das
veias cefálica e basílica. Disseque o ramo
superficial do nervo radial e o ramo dorsal do
X.- REGIÃO POSTERIOR DO nervo ulnar seguindo seus ramos digitais dorsais
ANTEBRAÇO até a linha de implantação dos dedos.
Apenas no lado em que as estruturas
O que é "retináculo dos extensores" e superficiais estiverem mal preservadas remova-
qual é a sua função? Retire a fáscia da região as juntamente com a tela subcutânea e

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identifique os tendões dos seguintes músculos: palmar curto, situado na eminência hipotenar,
extensores longo e curto do polegar, extensores no plano da tela subcutânea. Segundo alguns
radiais longo e curto do carpo, extensor dos autores este músculo seria o remanescente de
dedos, extensor do índex e extensor e observe um flexor dos dedos que corresponderia ao
do dedo mínimo. Identifique novamente o flexor curto dos dedos do pé. Retire toda a tela
retináculo extensor e observe como os tendões subcutânea da palma da mão de modo a expor a
dos músculos extensor dos dedos e extensor do aponeurose palmar. Note que a extremidade
índex passam anteriormente a este retináculo proximal desta aponeurose prende-se ao tendão
envolvidos por uma bainha sinovial comum, do músculo palmar longo ou a uma região
enquanto que o tendão duplicado do extensor do correspondente da fáscia do antebraço quando
dedo mínimo possui seu próprio envoltório este músculo está ausente. Distalmente, a
sinovial. Estude agora os tendões do músculo aponeurose palmar apresenta quatro "fitas" que
extensor dos dedos notando as conexões se situam anteriormente aos tendões flexores
intertendíneas e completando a dissecação do dos quatro dedos mediais, extendendo-se até a
tendão extensor para o dedo médio quando bainha fibrosa de cada dedo. Trabalhando com
então devem ser identificadas a aponeurose cuidado, inicie o rebatimento da aponeurose
digital dorsal e a divisão deste tendão em fitas palmar pelo seu vértice e prossiga até a linha de
central e colaterais. Trabalhando sempre do implantação dos dedos. Isto exporá os vasos e
mesmo lado, mobilize os tendões extensores e nervos digitais palmares comuns e parte do arco
remova a fáscia do dorso da mão tendo o palmar superficial que devem agora ser
cuidado de preservar os elementos vasculares dissecados. Identifique o retináculo flexor,
subjacentes a ela. Identifique novamente os localize a artéria ulnar, que penetra na palma
tendões que delimitam a tabaqueira anatômica e superficial. Observe que o nervo ulnar situa-se
continue a dissecação da artéria radial a partir medialmente à artéria ulnar. Estude a
do assoalho desta última até o ponto em que distribuição das artérias digitais palmares
penetra entre as duas cabeças do músculo comuns para os dedos e disseque as artérias
primeiro interósseo dorsal. Daí esta artéria digitais palmares próprias do dedo médio. O
dirige-se para palma da mão onde contribui para arco palmar profundo não será objeto de estudo
a formação do arco palmar profundo. Estude a prático. Deverá ser feito o estudo teórico de sua
teoria referente à rede cárpica dorsal e disseque formação bem como de suas relações com o
apenas uma das artérias metacárpicas dorsais. arco palmar superficial. O que é "canal cárpico"
Remova agora quaisquer elementos fasciais e qual é o seu conteúdo? Mobilize os tendões do
remanescentes expondo desta forma os ventres músculo flexor superficial dos dedos para
dos quatro músculos interósseos dorsais. identificar os tendões do flexor profundo dos
dedos e os músculos lumbricais. No dedo
médio, abra a bainha fibrosa longitudinalmente
XII - PALMA DA MÃO e disseque os tendões flexores notando as
relações que estabelecem entre si e
Remova a pele da palma da mão até o determinando suas inserções. Apenas do lado
nível das articulações metacarpofalângicas, bem em que as estruturas não estiverem bem
como de toda a face anterior do dedo médio. preservadas, penetre mais profundamente
Esta pele apresenta alguma característica mobilizando também os tendões do flexor
especial? Quais outras regiões apresentam profundo dos dedos para expor os músculos
aspectos semelhantes? Observe agora a tela interósseos palmares. Lembre-se que estes, bem
subcutânea. Embora o seu componente fibroso como os interósseos dorsais, ocupam os espaços
esteja aí bem representado, existe uma intermetacárpicos . Disseque, na eminência
quantidade considerável de tecido adiposo na tenar, o músculo oponente do polegar situado
camada areolar. Qual é a importância funcional posteriormente a ele. Seccione o abdutor curto
destes dois aspectos? Tente dissecar o músculo transversalmente ao meio e complete a

21
dissecação do oponente e do flexor curto do - Lig. anular
polegar. Nem sempre é possível conseguir uma - Membrana interóssea
boa separação entre estes dois últimos Por que o lig. colateral radial não se
músculos. Nas peças em que o po legar se acha prende ao rádio? Defina pronação e supinação.
abduzido é possível observar a presença da Faça um estudo teórico das seguintes
cabeça transversa do músculo adutor do polegar articulações:
estendendo-se entre o tendão do flexor longo do - Rádio-ulnar distal
polegar e o primeiro músculo lumbrical. Passe - Rádio cárpica
agora para a eminência hipotenar e disseque os - Carpicas (médiocáarpicas e intercárpicas)
músculos abdutor e flexor curto do dedo - Carpometacárpicas
mínimo. - Metacarpofalângicas
- Interfalângicas

XIV - ARTICULAÇÕES DO MEMBRO


SUPERIOR

As articulações estão fixadas pelo


formol, portanto, têm sua amplitude de
movimentos reduzidas em relação ao vivo. Não
force as peças. Analise a apmlitude dos
movimentos in vivo, observando-os em si
mesmo ou em um colega.
Não se limite a identificar as estruturas
relacionadas. Analise a forma dos ossos que se
articulam e deduza daí a congruência ou não das
peças.
Faça sempre a classificação morfológica
e funcional das articulações estudadas.

1. ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL
Identifique:
- Cápsula articular
- Lig. córaco-acromial
- Lig. córaco-umeral
- Ligs. glenoumerais superior, médio e inferior
- Tendão de origem da cabça longa do m. bíceps
braquial
- Lábo glenoidal
Veja na mesa neutra um corte frontal
desta articulação.
O principal elemento de estabilização
da articulação escápulo-umeral é o "manguito
ratador. Quais são os seus constituintes?

2. ARTICULÇÕES DO COTOVELO E RÁDIO-


ULNAR PROXIMAL
- Cápsula articular
- Lig. colateral ulnar
- Lig. colateral radial

22
CABEÇA E PESCOÇO - Conchas
- Meatos
- Espinha nasal anterior
- Protuberância mentual
- Tubérculos mentuais
I - CRÂNIO

O estudo do crânio deve ser


Vista lateral do crânio:(veja também
Mandíbula)
inicialmente teórico-prático. Leia o capítulo
- Forame mentual *
correspondente no livro texto acompanhando a
- Ângulo da mandíbula
descrição na peça. A seguir acham-se
- Gônion
relacionados os elementos que devem ser
- Linha oblíqua
identificados. Com relação aos acidentes
- Alveólos
assinalados com um asterisco, é necessário - Fossa digástrica*
saber qual ou quais estruturas os - Fissura ptérigo-maxilar*
atravessam, neles se alojam, se originam - Espinha mentual
ou se inserem (faça sua própria lista - Linha milo-hióidea *
durante a leitura inicial). Para recordação - Fossa submandibular *
oriente-se por este roteiro, reportando-se ao - Fossa sublingual *
texto apenas nos casos em que houver - Forame da mandíbula *
dúvida. - Língula
- Canal da mandíbula
Vista superior do crânio: - Sulco milo-hióideo *
- Sutura sagital - Incissura da mandíbula
- Sutura coronal. - Processo coronóide
- Sutura lambdóide - Processo condilar
- Bregma - Partes do osso temporal (escamosa,
- Lambda timpânica, temporal,
- Vértex estilóide,mastóidea)
- Eminência parietal - Processo zigomático do temporal
-Tubérculo articular
Vista posterior do crânio - Meato acústico externo *
- Forame mastóide - Processo mastóide *
- Protuberância occipital ext. - Processo estilóide *
- Linha superior da nuca - Pterion
- Processo pterigóide *
- Fissura orbital inf. *
Vista anterior do crânio:
- Fissura pterigopalatina
- Nasion
- Glabela
- Arco superciliar
Vista inferior do crânio:
- Margem supra-orbital - Forame magno *
- Incisura (forame) supra-orbital * - Crista occipital ext
- Processo zigomático do osso frontal - Linha inferior da nuca
- Forame infra-orbital * - Côndilo occipital
- Processo frontal do osso zigomático - Tubérculo faríngico *
- Forame zigomático-facial - Incisura jugular
- Abertura piriforme - Canal do hipoglosso *
- Cavidade nasal - Processo jugular *

23
- Forame jugular * clavícula, incisura jugular (no manúbrio do
- Forame lácero * esterno), proeminência laríngea da cartilagem
- Forame estilomastóideo * tireóide, borda anterior do m. trapézio, m.
- Incisura mastóidea * esternocleidomastóideo, protuberância mentual,
- Canal carótico * ângulo da mandíbula e processo mastóide. Você
- Asas do esfenóide agora é capaz de traçar, na pele, os limites do
quadrilátero cervical e dividí-lo em trígonos
- Forame oval *
anterior e posterior.
- Forame espinhoso *
- Espinha do esfenóide
- Fossa pterigóidea 2. ESTRUTURAS SUPERFICIAIS
- Lâminas lateral e medial do processo
pterigóide Remova a pele do pescoço, conforme
- Coanas acha-se indicado na fig. 3. A tela subcutânea, na
- Vômer região cervical, apresenta quantidade variável
- Palato ósseo de tecido adiposo dependendo das
características físicas do invidíduo, achando-se
Cavidade Craniana: entre as regiões em que o panículo adiposo é
- Sulco sagital * pouco desenvolvido. Observe as peças dos
- Crista galli * outros grupos. Na tela subcutânea você poderá
- Forame cego * constatar a presença de fibras musculares de
- Lâmina crivosa * trajeto aproximadamente longitudinal. O
- Processos clinóides anterior e conjunto destes feixes constitui, de cada lado,
posterior * uma lâmina aproximadamente quadrilátera e
- Sulco óptico * conhecida como músculo platisma. O platisma é
um músculo dérmico da mesma forma que o
- Canal óptico *
músculo palmar curto (localizado na eminência
- Sela túrcica *
hipotenar). Tente identificar, sobre a clavícula,
- Sulco carótico * os ramos dos nervos supraclaviculares. O
- Fissura orbital superior * platisma deverá ser rebatido, a partir da
- Forame redondo * clavícula, em direção e até à base da mandíbula.
- Protuberância occipital interna * Este rebatimento deverá ser realizado
- Sulco para o seio transverso isoladamente de cada lado e para isto você deve
- Sulco para o seio sigmóide fazer uma incisão ao longo da linha cervical
- Fossa cerebelar mediana anterior, não ultrapassando o plano do
- Meato acústico interno músculo platisma. Ao rebater este músculo
consulte constantemente figuras do Atlas, o que
Osso hióide: o auxiliará a não seccionar os ramos superficiais
- Saber a localização. Veja uma boa figura do plexo cervical, a veia jugular externa e um
no Atlas. Localize-o no cadáver. eventual veia jugular anterior. As estruturas que
estiverem penetrando pela face profunda do
platisma devem ser seccionadas para facilitar o
processo. Agora você tem exposta grande parte
II.- PESCOÇO
do músculo esternocleidomastóideo. Note seu
trajeto e deduza o significado do seu nome.
1. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
Disseque a veia jugular externa. Peça a um
colega para "soprar com a boca fechada" e
Identifique as diversas regiões cervicais.
verifique seu trajeto in vivo. Disseque os ramos
Localize por palpação, as seguintes estruturas:
superficiais do plexo cervical: n. transverso do

24
pescoço, nn. supraclaviculares, n. auricular veia e a artéria subclávia. Esta última dividida
magno e n. occipital menor. Estes estão pelo escaleno anterior em 3 porções.
emergindo na borda posterior do m. Identifique-as. Disseque os seguintes ramos da
esternocleidomastóideo, acima do ponto em que artéria subclávia: a. vertebral, a. torácica
este músculo é cruzado pela veia jugular interna, tronco tireo-cervical e seus ramos e a a.
externa. escapular descendente. Disseque o músculo
esterno-hióideo de cada lado. Afaste-os de
modo a expor os músculos esternotireóideo e
3. ESTRUTURAS PROFUNDAS tireohióideo. Identifique a glândula tireóide.
Faça uma boa exposição dos seus lobos e do seu
Determine os limites do quadrilátero ístmo. Verifique se está presente um lobo
cervical bem como dos e trígonos anterior e piramidal. A artéria tireóidea inferior já está
posterior. Disseque o nervo acessório dissecada. Disseque agora a artéria tireóidea
acompanhando-o em todo o seu trajeto no superior. Note que esta apresenta um ramo de
trígono posterior até sua penetração na face pequeno calibre que penetra na membrana
profunda do músculo trapézio. Localize os tireohióidea. Este ramo é a artéria laríngica
ventres superior e inferior do m. omohióideo e superior que é acompanhada pelo ramo interno
note como eles subdividem os trígonos anterior do nervo laríngico superior. Disseque-o.
e posterior. Disseque as origens esternal e Seccione o ístmo da glândula tireóide e afaste
clavicular do músculo esternocleidomastóideo e da traquéia cada um dos lobos desta glândula.
prossiga no sentido cranial destacando este Na profundidade do sulco resultante, disseque
músculo das estruturas profundas (faça de cada lado o nervo laríngico recorrente.
dissecação romba) e dos nervos que o cruzam Observe sua relação com a artéria tireóidea
superficialmente. Faça uma boa exposição de inferior e com a glândula tireóide, pois isto é de
sua inserção no processo mastóide. Destaque grande importância nas cirurgias desta glândula.
sua inserção. O corte deve ser feito Apenas do lado direito, seccione a origem
tangenciando o periósteo do processo mastóide. esternal do músculo esternocleidomastóideo,
O músculo esternocleidomastóideo poderá fazendo uma boa exposição da articulação
agora ser rebatido em direção à clavícula. esternoclavicular. Mobilize a clavícula de modo
Disseque o músculo omohióideo (seus dois a localizar o plano da cavidade articular e
ventres e o tendão intermediário que pode estar seccione a cápsula articular em toda a extensão
ausente ou pouco desenvolvido). O que é bainha de seu contorno (trabalhe com cuidado para não
carótica e quais são os elementos envolvidos por quebrar o bisturi). Levante a extremidade
ela? Ao remover o tecido conjuntivo da bainha esternal da clavícula e, tangenciando sua face
carótica, disseque a alça cervical bem como os inferior com a lâmina do bisturi, libere-a do
seus ramos para a musculatura infra-hióidea. músculo subclávio. Rebata a clavícula
Complete a retirada da bainha carótica e lateralmente seccionando, se necessário, o início
disseque a artéria carótica comum (até sua da porção clavicular do músculo deltóide.
bifurcação em artérias carótidas externa e Remova o músculo subclávio. Ainda do lado
interna), a veia jugular interna e o nervo vago. direito complete a dissecação do nervo vago e
Disseque o tronco simpático situado posterior e localize a origem do nervo laríngico recorrente
medialmente aos elementos que se achavam observando a "alça" feita pelo mesmo em torno
envolvidos pela bainha carótica. Identifique e da artéria subclávia. Em que nível se origina o
disseque os troncos do plexo braquial, situados nervo laríngico recorrente esquerdo? Retorne ao
entre os músculos escalenos anterior e médio. plexo braquial, localize o tronco superior e, a
Remova a fáscia, fazendo uma boa exposição partir deste disseque o nervo supra-escapular.
destes músculos. Disseque o nervo frênico que Note como a artéria supra-escapular, em sua
cruza a face anterior do músculo escaleno porção mais lateral, assume um trajeto paralelo
anterior. Localize, no trígono supraclavicular, a a este nervo, relação esta que permite identificá-

25
la. Antes de passar ao próximo item, faça uma
revisão de todas as artérias dissecadas tanto na Mobilize a glândula submandibular
sua peça quanto naquelas preparadas pelos removendo os elementos conjuntivos que
outros grupos. O que você pode concluir deste contribuem para sua fixação. Disseque o ventre
estudo comparativo? posterior do músculo digástrico e complete a
dissecação do músculo estilo-hióideo.
Determine novamente o ponto de bifurcação da
4. TRÍGONO SUBMENTUAL (SUPRA- artéria carótida comun e identifique o seio
HIÓIDEO) carotídeo. Passe agora à dissecação dos ramos
da artéria carótida externa. A artéria tireóidea
Reconheça os limites do trígono superior já está dissecada. A artéria lingual
submentual. Que músculos forma seu assoalho? nasce do contorno anterior da carótida externa
Retire a fáscia que recobre os ventres anteriores ao nível ou acima do osso hióide. Siga-a até o
dos músculos digástricos e da porção do m. ponto em que ela penetra na musculatura
milohióideo situada entre eles. Destaque os extrínseca da língua. A artéria facial também se
ventres anteriores dos músculos digástricos e origina do contorno anterior da a. carótida
rebata-os. A lâmina do bisturi deve tangenciar o externa. Siga-a cranialmente e note que ela
periósteo da fossa digástrica. Tente identificar o passa profundamente à glândula submandibular
nervo milohióideo e seu ramo para o ventre girando a seguir em torno da borda inferior do
anterior do músculo digástrico. As fibras mais corpo da mandíbula, ao nível da margem
anteriores do m. milohióideo convergem em anterior do masseter. Neste ponto a artéria facial
direção ao plano mediano onde, às vezes, pode ser comprimida e sua pulsação pode ser
identifica-se facilmente uma rafe tendínea. sentida in vivo. O restante do trajeto da artéria
Estando atento para o fato de que o ventre deste facial será dissecado no próximo item. As
músculo é laminar, seccione-o ao longo de sua artérias lingual e facial podem ainda nascer de
rafe. Descole o m. miloióideo do plano um tronco comum que é chamado então de
subjacente, distaque sua inserção do corpo do linguofacial. A artéria occipital nasce do
osso hióide e rebata-o em direção à mandíbula. contorno posterior da artéria carótida externa e
Trabalhe com cuidado porque o músculo pode ser identificada pelo seu trajeto: ela se
miloióideo fragmenta-se facilmente ao ser dirige para trás em direção ao processo
manuseado. Disseque os nervos hipoglosso e mastóideo do osso temporal. As artérias
lingual bem como o ducto da glândula auricular posterior e faríngica ascendente não
submandibular. Qual é a relação existente entre serão dissecadas. Disseque os ramos terminais
estas duas últimas estruturas? Note também o da artéria carótida externa, artérias temporal
processo profundo da glândula submandibular e superficial e maxilar. A artéria maxilar só será
sua relação com o ducto glandular. Removendo visualizada na sua origem pois distribui-se para
os elementos conjuntivos, faça uma boa as estruturas profundas da face. A artéria
exposição dos músculos genio-hióideo, temporal superficial terá sua dissecação
hioglosso e genio-glosso. Identifique o tendão completada no próximo item. Disseque o nervo
intermediário do músculo digástrico e localize a hipoglosso que pode ser identificado pela alça
porção inferior do músculo estilo-hióideo, que que o mesmo forma em torno da artéria
pode ser atravessada pelo referido tendão. Tente occipital. Disseque o ventre posterior do
identificar a inserção do músculo estiloglosso, músculo digástrico e siga-o até o tendão
na porção mais superior e posterior do músculo intermediário. Identifique novamente o músculo
hioglosso. estilo-hióideo.

5. TRÍGONOS CARÓTICO E
SUBMANDIBULAR

26
III - FACE E REGIÃO PAROTÍDICA cuidadosamente o corpo adiposo da bochecha e
identifique o músculo bucinador. Qual é a
1. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE relação existente entre este músculo e o ducto
parotídico? Onde este ducto desemboca? Às
Reconheça as diversas regiões da face e vezes é possível notar na superfície do músculo
a seguir identifique as seguintes estruturas: arco bucinador alguns filetes nervosos. São os ramos
superciliar, glabela, raiz do nariz, supercíilio, do nervo bucal que fornecem inervação
sulco palpebral superior, carúncula lacrimal, sensitiva para a pele e mucosa da bochecha. Não
sulco palpebral inferior, sulco alar, septo nasal, os confunda, portanto, com os ramos bucais do
sulco nasolabial, sulco mentolabial, mento e nervo facial. Complete a dissecação da artéria
fóvea mentual. temporal superficial, identificando-a na região
imediatamente anterior ao tragus e seguindo-a
2. MÚSCULOS MÍMICOS, VASOS E até sua bifurcação em ramos frontal e parietal.
NERVOS FACIAIS, GLÂNDULA PARÓTIDA Note que esta artéria apresenta uma localização
relativamente superficial o que torna sua
Retire a pele da face conforme acha-se pulsação facilmente palpável. Removendo o
indicado na fig. 3. Faça-o corretamente porque parênquima parotídico siga cranialmente a veia
na tela subcutânea estão localizados os jugular externa a partir do ponto em que esta
músculos mímicos, alguns dos quais serão agora "emerge" da glândula parótida e determine a sua
identificados. Disseque os músculos orbiculares formação.
do olho e da boca e zigomático maior. Estude os
demais músculos numa figura do Atlas. IV - VIAS RESPIRATÓRIAS E
Identifique, novamente, a artéria facial no ponto DIGESTIVAS SUPERIORES -
em que ela cruza a borda inferior do corpo da VÍSCERAS CERVICAIS
mandíbula e acompanhe-a até o ângulo medial
do olho onde recebe o nome de artéria angular. O estudo deste tópico será feito em
Disseque seus ramos principais, as artérias peças previamente preparadas e colocadas à
labiais superiores e inferiores. Disseque a veia disposição dos alunos. Leia os capítulos
facial. Qual o aspecto diferencial entre estes correspondentes no Livro Texto, seguindo a
dois elementos que mais chama a atenção? Em descrição nas peças. Abaixo, acham-se
alguns casos, a dissecação destes vasos até o relacionadas as estruturas que devem ser
ângulo medial do olho é praticamente localizadas.
impossível, com o procedimento usual, devido
ao fato de apresentarem um claibre muito 1. HEMI-CABEÇA
reduzido. Retire a fáscia que recobre a glândula
parótida. Note que esta glândula situa-se A. SEIOS PARANASAIS
anteriormente ao processo mastóide e ao - frontal
músculo esternocleidomastóideo. Identifique o - esfenoidal
ducto parotídico e siga-o até sua penetração no
B. CAVIDADE NASAL
corpo adiposo da bochecha. Localize, nas
- vestíbulo e limen nasi
proximidades deste ducto, os ramos do nervo
(limiar do nariz)
facial e siga-os profundamente ao parênquima
- septo nasal (porções óssea
glandular. Este procedimento implicará na
e cartilaginosa)
destruição de parte da glândula. Faça-o sem
- conchas nasais superior,
receio, pois nosso objetivo aqui é identificar as
média e inferior (e ,
divisões principais do nervo facial
eventualmente, a concha
(temporofacial e cervicofacial), o plexo
nasal suprema)
parotídico e seus ramos temporais, zigomáticos,
- recesso esfenoetmoidal
bucais e marginal da mandíbula. Retire

27
- meatos nasais superior, - cavidade bucal propriamente
médio e inferior dita
- hiato semi-lunar - vestíbulo bucal
- bula etmoidal - septo nasal
- conchas e meatos nasais
C..FARINGE - corpo adiposo da órbita
Nasofaringe (saber os limites) - câmara posterior do bulbo ocular
- palato mole - corpo da língua
- tonsila faríngica
- coanas 3. FARINGE (aberta por um corte
- óstio faríngico da tuba mediano na parede posterior)
auditiva - septo nasal
- tórus tubal - coanas
- prega salpinofaríngea - tórus tubal
- prega salpingopalatina - prega salpingopalatina
- ístmo faríngico - prega salpingofaríngea
- arco palatofaríngeo
Orofaringe (saber os limites) - óstio faríngico da tuba auditiva
- ístmo orofaríngico (ou das - palato mole
fauces) - úvula
- palato mole - raiz da língua
- úvula - epiglote
- arco palatoglosso - ádito da laringe
- fossa tonsilar - prega glossoepiglótica mediana
- tonsila palatina - prega glossoepiglótica lateral
(faringoepiglótica)
Laringofaringe (saber os - valéculas epiglóticas
limites) - pregas ariepiglóticas
- epiglote - tubérculos cuneiformes e
- ádito da laringe corniculados
- recesso piriforme - incisura interaritenóidea
OBS: note a continuidade da faringe com o - recesso piriforme
esôfago e, se a peça permitir, a relação entre OBS: Os músculos da faringe devem ser
este último e a traquéia. estudados teoricamente.

D. CAVIDADE BUCAL
- lábios e bochecha
- dentes e gengiva 4. LARINGE (estruturas externas)
- língua - osso hióide
- cavidade bucal propriamente - membrana tireohióidea
dita - proeminência laríngea da
- vestíbulo bucal cartilagem tireóide
OBS: o frênulo da língua, as pregas e papilas - tireóide
sublinguais devem ser identificadas in vivo. - lâminas da cartilagem tireóide
- cartilagem cricóide
2 - CORTE FRONTAL DA CABEÇA - músculo cricotireóideo
- seio frontal - cartilagens traqueais
- seio maxilar
- células etmoidais 5. LARINGE (corte sagital mediano)

28
- cartilagem epiglótica
- prega ariepiglótica
- cartilagem tireóide
- cartilagem cricóide (arco e
lâmina)
- cartilagens traqueais
- ádito da laringe
- vestíbulo da laringe
- prega vestibular
- prega vocal
- ventrículo da laringe
- tubérculo corniculado
- cavidade infra-glótica
- cartilagens traqueais

29
TÓRAX incisura jugular, as incisuras claviculares e as
incisuras costais. Quais são as costelas que se
articulam individualmente com o esterno e em
que locais deste osso se verificam estas
articulações? O que é ângulo esternal e qual é a
I - ESQUELETO DO TÓRAX -
importância prática do seu conhecimento? Dê
GENERALIDADES
especial atenção ao estudo da estrutura do
esterno, pois suas características favorecem a
Identifique os ossos que constituem o realização de punções que são de grande
esqueleto torácico. Observe que eles se dispõem utilidade quando se deseja avaliar o estado
de modo a formar uma "caixa óssea" de forma funcional da medula óssea
aproximadamente cônica cujo espaço interno,
chamado de "cavidade torácica", contém órgãos
de importância vital. Examine a face externa da
parede posterior do tórax e note a presença de
III - COSTELAS
duas depressões longitudinais, situadas de cada
lado das vértebras e produzidas pela orientação Quantos são os pares de costelas?
ântero-posterior das porções mediais das Observe que a maior parte delas fazem conexão
costelas. Cada uma destas depressões é entre a coluna vertbral e o esterno. O que vem a
conhecida como "sulco costo-vertebral", o qual ser "costelas verdadeiras", "costelas falsas" e
aloja as subdivisões do músculo sacroespinhal. "costelas flutuantes"? Quais são elas? Detenha-
Identifique os elementos que, em conjunto, se, agora, em um única costela, por exemplo a
delineam a "abertura superior do tórax". 4ª. Repare que trata-se de um osso alongado,
Localize os arcos costais, o ângulo infra-esternal achatado e côncavo em sua face interna (aqui é
e o apêndice xifóide. Quando comparamos dois preferível o uso do termo "interno" em lugar de
indivíduos de tipos constituicionais extremos "medial" porque o ponto de referência é uma
quais são as principais características cavidade), e que apresenta uma disposição
anatômicas diferenciais relativas ao tórax? oblíqua com relação ao plano frontal. As 12
Apesar de ser possível a sua costelas não são perfeitamente idênticas umas às
comparação com crânio no que se refere à outras, contudo a 3ª até a 9ª possuem
função protetora, o esqueleto torácico difere caracteristicas em comum, sendo por isto
daquele por constituir um envoltório conhecidas como costelas típicas. É preciso que
descontínuo, o que confere uma proteção apenas você saiba, pelo menos, as partes e os acidentes
relativa. de uma costela típica. Quais são os pontos de
O tórax não é estático. A combinação articulação de uma costela típica com a coluna
em uma só estrutura de elementos ósseos, vertebral? Não há necessidade de estudar
articulações sinoviais e peças cartilagíneas, dá detalhadamente a 1ª, 2ª 10ª, 11ª e 12ª costelas.
ao conjunto a elasticidade necessária ao Estude o texto referente às cartilagens costais e
desempenho do funçã0 respiratória. identifique-as no esqueleto. A ocorrência de
Estude os ossos de acordo com o roteiro costelas supra-numerárias e de costelas bífidas
que se segue, observando a mesma orientação não é rara, por isto leia com atenção o tópico
dada para o estudo do esqueleto dos outros "Variações e costelas supra-numerárias".
segmentos.
IV - COLUNA VERTEBRAL

II - ESTERNO A coluna vertebral é formada por um


conjunto de peças ósseas, as vértebras, unidas
Leia a descrição do esterno. Quais são entre si por ligamentos e por articulações
fibrocartilagíneas (discos intervertebrais) Uma
as partes que o constituem? Identifique a

30
vez que tais articulações são individualmente paraesternal, médio clavicular, axilar anterior e
pouco móveis (lembre-se dos conceitos axilar posterior.
básicos), qual a causa então da grande
flexibilidade da coluna? Observe o esqueleto e
note que as vértebras são progressivamente VI - CAIXA TORÁCICA : PAREDE
maiores no sentido caudal. Isto teria alguma ÂNTERO-LATERAL
explicação? Quais são as partes da coluna e
quantas vértebras compõem cada uma delas? O Identifique as cartilagens costais e as
que é curvatura primária e quais são elas? O que junções costo-condrais. O que é membrana
é curvatura secundária e quais são elas? Qual o intercostal externa? Identifique-a. Existe,
significado dos termos cifose, lordose e também, uma membrana intercostal interna que
escoliose? Estude a descrição de uma vértebra não será vista neste item. Estude-a teoricamente.
típica, identificando as suas partes fundamentais Retire toda a fáscia da parede anterior do tórax,
e os seus acidentes. Saiba quais são as bem como os retalhos dos músculos peitorais
caracaterísticas das vértebras cervicais maior e menor que ficaram fixados às costelas.
(inclusive atlas e áxis), torácicas e lombares, de Isto deverá proporcionar uma boa exposição dos
modo a poder identificar uma vértebra isolada. músculos intercostais externos. Repare o trajeto
Procure conhecer vários aspectos pois assim a de suas fibras. Prossiga retirando a fáscia que
classificação torna-se mais fácil e precisa. Leia recobre o músculo serrátil anterior e a origem
o texto referente ao sacro e ao cóccix fazendo a costal do músculo oblíquo externo do abdome.
identificação dos seus acidentes. O que é Note as expansões em forma de fita do músculo
promontório sacral? Localize-o com exatidão, serrátil anterior e como as mais inferiores se
pois trata-se de um ponto de referência interdigitam com as fibras do músculo oblíquo
importante utilizado no exame obstétrico. externo. Use a pinça anatômica e o bisturi para
Estude a teoria referente aos ligamentos destacar cada uma das digitações do músculo
longitudinais da coluna e aos discos serrátil anterior da parede torácica e, a seguir,
intervertebrais. rebata o ventre muscular posteriormente como
uma peça única. Não faça "tiras". Durante este
processo procure identificar os ramos cutâneos
V - ANATOMIA DE SUPERFÍCIE laterais dos nervos intercostais. Destaque, sem
fragmentar, a origem costal do músculo oblíquo
O tórax é a parte do tronco situada entre externo do abdome e rebata-a até a margem
o ponto de implantação do pescoço e o abdome. costal. Não prolongue esta dissecação no
Reconheça as seguintes regiões da parede sentido da parede abdominal. Complete a
torácica anterior: mamária, esternal, infra- separação do músculo grande dorsal da parede
clavicular e deltopeitoral. Na parede lateral, torácica e note como o mesmo recebe fibras
abaixo da região axilar e limitando-se musculares das últimas 3 ou 4 costelas, as quais
inferiormente com o hipocôndrio, encontramos se interdigitam com o músculo oblíquo externo
a região peitoral (ou torácica) lateral. do abdome, e seccione-as a seguir. Retire dos
Identifique, por palpação, os seguintes músculos e membranas intercostais externas do
elementos: incisura jugular (ou supraesternal), o 2º ao 6º espaços intercostais. Isto exporá os
ângulo esternal, a reborda ou margem costal e o músculos intercostais internos. Observe o trajeto
ângulo infra-esternal. A abertura deste último de suas fibras e a seguir retire-os. A remoção
pode variar entre 70º e 110º de acordo com o destas duas camadas musculares deve ser
tipo constitucional do indivíduo. No dorso, é prolongada o mais posteriormente possível e as
possível fazer a palpação dos processos incisões feitas junto às bordas superior e inferior
espinhosos de todas as vértebras torácicas. de cada costela. Localize a artéria torácica
Trace, no cadáver, as linhas esternal lateral, interna que desce posteriormente aos músculos

31
intercostais internos, 1 a 2 centímetros facilmente visível como a parietal, pois acha-se
lateralmente ao esterno. Quais são os seus intimamente aderida à superfície pulmonar.
ramos? Note suas veias satélites. Esta artéria Normalmente a cavidade pleural é
cuja origem já foi dissecada e deve ser agora preenchida por uma película líquida de
recordada é importante para a nutrição dos espessura capilar. Às vezes em decorrência de
tecidos da parede torácica e como via de doenças pulmonares ou pleurais ou ainda de
circulação colateral entre as artérias subclávia e traumatismos, pode haver acúmulo anormal de
ilíaca externa e subclávia e aorta descendente. líquido (por exemplo exudato inflamatório ou
O que é pleura parietal? E fáscia sangue) dentro desta cavidade, o que recebe a
endotorácica? Introduzindo os dedos nos designação genérica de derrame pleural. Quando
espaços intercostais, descole a pleura parietal da presentes, tais secreções podem estar
face interna das costelas. Em que plano se deu "organizadas" sob a forma de um material
esta clivagem? gelatinoso. Verifique se isto ocorreu em sua
É comum o encontro de cadáveres que peça. Introduza as mãos nas cavidades pleurais
apresentam doenças pulmonares e pleurais que, direita e esquerda, logo atrás do esterno,
pela produção de aderências anormais, desloque-as medialmente. Note que não é
dificultam este processo. Procure não danificar possível ultrapassar o plano mediano. Isto
o "saco pleural". ocorre porque a pleura costal da parede anterior,
Passaremos agora à abertura da caixa de cada lado, reflete-se posteriormente para
torácica. Para tal retiraremos parte 2ª à 6ª revestir o pericárdio. Como se chama esta linha
costelas (inclusive). Seccione cada uma das de reflexão? Qual o nome do espaço ocupado
cartilagens costais um centímetro lateralmente por sua mão? Atente para este conceito básico:
ao esterno, não se esquecendo de preservar a os sacos pleurais direito e esquerdo não
artéria torácica interna. O corpo de cada costela estabelecem normalmente entre si qualquer tipo
deve ser cortado o mais posteriormente possível, de comunicação. Constituem dois
para se conseguir uma boa via de acesso à compartimentos estanques, separados um do
cavidade. Em um dos segmentos costais outro, no plano mediano, pelo mediastino que
retirados, identifique o sulco costal e os nada mais é do que o espaço interpleural. O
elementos nele contidos. Para puncionar a mediastino contém, entre outras estruturas, o
cavidade torácica você introduziria a agulha coração e os grandes vasos.
tangenciando a borda superior ou inferior da Levante a base do pulmão e identifique
costela? Por que? Ao nível do 6º espaço a hemi-cúpula diafragmática. Lembre-se que a
intercostal (podem ocorrer variações) disseque pleura costal reflete-se para o diafragma onde
os ramos terminais da artéria torácica interna, as passa a chamar-se pleura diafragmática. Note
artérias epigástrica superior e o músculo frênico. que existe um espaço entre a hemi-cúpula
diafragmática e a parede torácica. Este é o
recesso costo-diafragmático. Seu conhecimento
VII - PLEURA é de grande importância porque pequenos
derrames pleurais podem ser diagnosticados por
Não comece este ítem antes de ter lido e produzirem opacificação desta região quando se
entendido a teoria referente à serosa pleural. O obtém uma radiografia do tórax com o paciente
que é pleura parietal? E pleura visceral? Existe em posição ortostática. Mobilize mais o pulmão
alguma continuidade entre estas duas estruturas? e tente palpar a sua raiz. Esta é constituída pelos
Qual é o conceito de cavidade pleural? elementos que penetram e saem do parênquima
Faça uma incisão cruciforme na pleura pulmonar (brônquios, artéria e veia pulmonares
parietal e rebata os quatro retalhos. Com isto artérias bronquiais, nervos e vasos linfáticos).
você terá aberto a cavidade pleural e exposto o Tais elementos acham-se envolvidos pela pleura
pulmão. Repare que a pleura visceral não é tão e é exatamente nesta região que a pleura parietal
(aqui representada por sua porção mediastinal)

32
reflete-se em direção ao pulmão onde é
chamada de pleura visceral ou pulmonar. O estudo dos pulmões deve ser teórico-
Portanto, a serosa pleural é um folheto contínuo, prático. Utilize, em concomi-tância, o Livro
constituindo um saco de dupla parede. Procure Texto, o Atlas e as peças.
entendê-lo bem pois este é um conceito Repare a forma do pulmão. Com que
fundamental. Inferiormente à raiz do pulmão, às sólido geométrico se assemelha? Compare os
vezes, é possível identificarmos, por palpação, o pulmões direito e esquerdo. Eles apresentam as
ligamento pulmonar. Procure fazê-lo. Como se mesmas dimensões? Por que? Agora observe
verifica a formação deste ligamento? Por bem a sua superfície. Note que ela é lisa e,
quantas lâminas pleurais ele é constituído? dependendo da peça, apresenta um certo brilho.
Com ambas as mãos, procure desfazer Dê uma explicação para este fato. No recém-
quaisquer aderências existentes entre a pleura nascido a superfície do pulmão apresenta uma
visceral e a pleura parietal. Observe que o coloração rósea. O mesmo acontece com a peça
pulmão, normalmente, acha-se livre dentro da que você tem em mãos? Qual a razão desta
cavidade, apresentando apenas um ponto de diferença? Veja que a superfície do órgão é
fixação. Dependendo da conformação do tórax, interrompida por sulcos profundos - as fissuras
poderá ser necessário a ressecção de mais uma pulmonares. Estas apresentam a mesma
ou duas costelas. Consulte o professor sobre a disposição nos pulmões direito e esquerdo? Elas
necessidade desta remoção. Localize, dividem o parênquima em grandes massas - os
novamente, a raiz do pulmão, e, usando o lobos pulmonares. Identifiue-os em ambos os
bisturi, seccione-a completamente o mais pulmões. Localize a língula (pulmão esquerdo).
próximo possível do parênquima pulmonar. A que parte do pulmão direito ela corresponde?
Retire o pulmão da cavidade, lave-o e coloque-o Afaste um lobo do outro e observe que as faces
em um recipiente com solução fixadora. Isto interlobares são também lisas e ligeiramente
deve ser feito dos dois lados. brilhantes. Por que? Além das fissuras existem,
Utilizando uma esponja ou toalha, limpe em todas as faces de cada pulmão, fossas e
e seque toda a cavidade. Neste ponto é possível sulcos mais ou menos pronunciados. São as
ter uma visão de conjunto da pleura parietal. impressões deixadas pelos órgãos vizinhos após
Quais são as suas porções? Identifique-as, a fixação. Isto não ocorre em um pulmão fresco
notando a continuidade existente entre elas. O e a importância do seu conhecimento advém
que é recesso retro-esofágico e qual é a sua unicamente da utilidade que têm no estudo das
importância prática? Observe como as partes relações anatômicas de cada pulmão. Após ter
costal e mediastinal se continuam na região identificado o ápice, a base, as faces e as bordas
mais superior da cavidade, formando uma de cada pulmão, passe ao estudo das
abóbada, que recebe o nome de cúpula pleural. impressões. Localize, no pulmão direito, o sulco
Note como ela se prolonga cranialmente da artéria subclávia (esta se relaciona com a
alcançando a base do pescoço, onde localiza-se cúpula pleural e logicamente com o ápice do
posteriormente ao músculo pulmão, veja no cadáver), o sulco da veia cava
esternocleidomastóideo, elevando-se 2 a 3 superior, a impressão cardíaca, o sulco da veia
centímetros acima do nível do terço medial da ázigos e os sulcos produzidos pelas costelas. No
clavícula. Este fato é de grande importância, pulmão esquerdo observe os sulcos da artéria
pois permite a ocorrência de complicações subclávia, do arco aórtico e da aorta
torácicas (pneumotórax, por exemplo) em descendente, a impressão e a incisura cardíacas.
decorrência de traumatismos cervicais. Anteriormente à extremidade inferior do sulco
da aorta descendente pode haver, no pulmão
direito, uma depressão rasa. Trata-se do sulco
esofágico.
VIII - PULMÕES Quais são os elementos que constituem
a raiz do pulmão? Identifique-os. Note que a sua

33
disposição é diferente nos pulmões direito e costal sendo, a partir daí, continuados pela
esquerdo. Como se chama, onde se situa e qual membrana intercostal interna. Retire esta
é a forma da área em que tais estruturas membrana nos 3º, 4º, 5º e 6º espaços
"penetram" ou "saem" do pulmão? Tente intercostais, identifique o músculo intercostal
identificar a superfície de corte do ligamento externo e disseque nestes espaços o nervo
pulmonar e a linha de reflexão da pleura. intercostal e os vasos intercostais posteriores.
Valendo-se do Atlas e do Livro Texto faça um Siga as artérias intercostais posteriores até sua
estudo completo da árvore brônquica. Quais são origem na aorta torácica. Como se dá a
as diferenças existentes entre os brônquios formação de um nervo intercostal? As artérias
principais direito e esquerdo? Quais são as suas intercostais posteriores têm a mesma extensão
subdivisões? Dê especial atenção ao estudo dos em ambos os lados? Por que? Identifique as
segmentos bronco-pulmonares. Qual a sua hemi-cúpulas diafragmáticas. As duas acham-se
importância prática? Quantos são em cada no mesmo nível? Explique este fato. Localize,
pulmão? Enumere-os. novamente, o nervo frênico em seu trajeto
Na mesa neutra encontram-se pulmões cervical e siga-o inferiormente até sua
nos quais foram dissecados os principais penetração no diafragma (não o "descole" do
elementos da raiz. Oriente-se por figuras do pericárdio fibroso). Qual o nome e a origem da
Atlas para identificar os brônquios principais artéria que acompanha este nervo? Disseque o
(ou primários), os brônquios lobares (ou tronco simpático expondo-o na maior extensão
secundários) e os brônquios segmentares (ou possível. Observe os gânglios (quantos você
terciários). Ainda nestas peças, localize a artéria pode contar?), os cordões interganglionares e os
pulmonar e observe como seus ramos ramos comunicantes. Quais são as estruturas
acompanham os brônquios. Um de seus ramos conectadas por estes últimos? Disseque o nervo
pode irrigar mais de um segmento assim como esplâncnico maior. Quantas "raízes" ele
um segmento pode ser suprido por mais de um apresenta? Compare várias peças. Existem ainda
ramo. Veja agora a distribuição das veias os nervos esplâncnicos menor e imo que não
pulmonares. Estas não acompanham os serão dissecados. Conheça-os teoricamente. O
brônquios percorrendo os septos conjuntivos conhecimento do tronco simpático e das
que separam os vários segmentos estruturas com ele relacionadas é fundamental
broncopulmonares, sendo portanto, para a compreensão de alguns assuntos a serem
intersegmentares. tratados na disciplina "Neuroanatomia".
Seccione a cápsula da articulação
IX - VASOS E NERVOS DO esternoclavicular que ainda está íntegra.
TÓRAX Mobilize a artéria torácica interna ao longo de
todo o seu trajeto e, a seguir, levante o esterno
Limpe a cavidade torácica retirando liberando-o cuidadosamente das estruturas
todo o excesso de líquido de fixação que possa mediastianais. Não há necessidade de removê-
estar aí acumulado. Recorde as subdivisões da lo.
pleura parietal. O que é fáscia endotorácica? No lado direito -- Disseque a veia
Com o auxílio da pinça anatômica e do ázigos na maior parte possível do seu percurso
bisturi retire toda a parte costal da pleura torácico, ao longo do qual ela recebe várias
parietal tendo o cuidado de não danificar as tributárias. Quais são elas? Que veia recebe o
estruturas subjacentes a ela. Não há necessidade sangue por ela conduzido? Localize o esôfago e
de remover as porções diafragmática e a aorta. Entre esta última e a veia ázigos,
mediastinal desta serosa. Note que, na ausência disseque o ducto torácico, seguindo-o o mais
de aderências anormais, este é um processo cranialmente possível. Tente localizar o local
facilmente realizável. Por que? onde desemboca e, se não conseguir, saiba-o
Observe como os músculos intercostais pelo menos teoricamente. Faça uma boa
internos não ultrapassam a região do ângulo exposição das veias braquiocefálica direita e

34
cava superior. Note que ao passar anteriormente fibroso. Quais são seus pontos de fixação? Com
à artéria subclávia direita, origina seu ramo uma pinça dente-de-rato tracione este folheto
laríngico recorrente e a seguir penetra no tórax, em vários pontos. Em condições normais não
passando por trás da veia cava superior. Procure deve haver aderências entre ele e a superfície
dissecar seus ramos para o plexo pulmonar, que cardíaca. Faça agora uma incisão cruciforme no
são mais facilmente identificáveis atrás da raiz pericárdio fibroso e rebata os retalhos.
do pulmão (plexo pulmonar posterior), e Conceitue pericárdio seroso. Quais são as suas
também aqueles para o plexo esofágico. subdivisões? Identifique-as. Entre quais
Localize a traquéia e o brônquio principal camadas localiza-se a cavidade pericárdica?
direito. Note a eventual presença de derrames
No lado esquerdo -- Removendo o pericárdicos e limpe a cavidade se necessário.
conjuntivo faça uma boa exposição das Introduza a mão na cavidade pericárdica
seguintes estruturas: veia braquiocefálica mobilizando o coração. Veja como este órgão
esquerda (compare-a com a direita), arco acha-se "livre" dentro desta cavidade estando
aórtico, tronco braquiocefálico (identifique seus fixado apenas pelos vasos da base. Identifique
ramos terminais) e as artérias subclávia e os seios transverso e oblíquo do pericárdio.
carótida comum esquerdas. Localize o nervo
vago no pescoço e acompanhe-o inferiormente.
Determine qual a diferença existente entre os XII - CORAÇÃO IN SITU
níveis de origem dos nervos laríngicos
recorrentes direito e esquerdo. Por que Estudo o coração in situ, reconhecendo
dilatações anormais do arco aórtico as suas faces, base e ápice. Dê especial atenção
(aneurismas) podem produzir alterações na voz? ao estudo da orientação espacial do mesmo.
Disseque o ligamento arterial. Entre quais vasos Observe como uma de suas faces acha-se
está colocado? Disseque a veia hemi-ázigos, diretamente relacionada com o diafragma. Qual
observe as suas tributárias e note como ela cruza será a orientação de um eixo que se estenda do
o plano mediano para desembocar na veia centro da base do coração até a região apical?
ázigos. Disseque a veia hemi-ázigos acessória Qual a posição dos átrios em relação aos
acompanhando-a até sua desembocadura. ventrículos? Identifique a aorta, o tronco
pulmonar, as veias cavas superior e inferior e as
veias pulmonares.
X - MEDIASTINO Chame o Professor para saber se o
coração do cadáver em que está trabalhando
Coloque o esterno novamente em deverá ser removido. Em caso afirmativo,
posição e observe que o"espaço" situado entre o seccione cada umd os vasos anteriormente
hemitórax direito e o esquerdo é ocupado por citados, o mais próximo possível da face interna
várias estruturas constituindo um "septo" que se do pericárdio fibroso. Retire o coração, lave-o e
estende desde a parede torácica anterior coloque-o num recipiente com solução fixadora.
(esterno), até a coluna vertebral. Qual o nome
desta região? Quais são as suas subdivisões?
(faça um desenho esquemático). Procure XIII - MEDIASTINO POSTERIOR
identificar, no cadáver, as estruturas situadas em E PARTE POSTERIOR DO
cada uma delas. MEDIASTINO SUPERIOR
XI - PERICÁRDIO Mobilize o pericárdio fibroso, sem
contudo retirá-lo. Complete a dissecação do
Em que divisão do mediastino localiza- esôfago (identifique o plexo esofágico formado
se o coração? Identifique e estude o pericárdio pelos nervos vagos direito e esquerdo), traquéia,

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aorta, ducto torácico e veias do sistema ázigos. A seguir estão relacionados
Em que nível ocorre a bifurcação da traquéia? os elementos que deverão ser identificados
Quais são as diferenças existentes entre os durante o estudo:
brônquios principais esquerdo e direito? Note
como o brônquio principal esquerdo cruza o 1. ANATOMIA EXTERNA :
esôfago anteriormente, o que pode produzir um
estreitamento deste órgão visível - ápice
radiograficamente. Estude as relações existentes - base
entre o esôfago, traquéia, aorta e coluna - faces (esternocostal,
vertebral. Faça uma "janela" no contorno diafragmática e pulmonar ou es-
anterior da traquéia no ponto da bifurcação e querda)
identifique a carina. Qual a sua importância? - vasos da base (aorta, tronco
Coloque novamente o coração dentro do saco pulmonar, veias cavas superior e
pericárdico e note a relação entre o átrio inferior, veias pulmonares)
esquerdo e o esôfago logo abaixo do brônquio - átrios, ventrículos, aurículas
principal esquerdo. (Observe também a relação - sulco terminal (saber a
de proximidade entre o esôfago e a aorta). localização do nó sinuatrial)
Estes aspectos são importantes porque - sulco átrio-ventricular ou
dilatações anormais do átrio esquerdo ou da coronário
aorta descendente podem ser diagnosticadas - cone arterial ou infundíbulo
pelas alterações que produzem quando se obtém - sulco interventricular anterior
uma radiografia do esôfago durante a deglutição - sulco interventricular posterior
de um meio de contraste.
2. ANATOMIA INTERNA DOS ÁTRIOS:

XIV - CORAÇÃO ISOLADO A. ÁTRIO DIREITO:


- músculos pectíneos
O coração deve ser estudado lendo o - crista terminal
capítulo correspondente no Livro Texto e tendo - óstio da veia cava superior
a peça sempre à mão. Após ter estudado a - óstio da veia cava inferior
anatomia externa do órgão e antes de abrir as - válvula da veia cava inferior
câmaras, disseque as artérias coronárias direita - válvula do seio coronário
(ramos para o ventrículo direito, ramo marginal, - óstio átrio-ventricular direito
ramos para o átrio direito, ramo interventricular (ou tricúspide) e suas
posterior) e esquerda (ramo interventricular - válvulas (ou cúspides)
anterior, ramo circunflexo, ramos para o - septo interatrial
ventrículo esquerdo, ramo marginal, ramos para - fossa oval
o átrio esquerdo) bem como as veias (magna, - limbo da fossa oval
média e pequena do coração e o seio coronário).
Abra o átrio direito, com uma incisão que passe  Pesquise a permeabilidade do forame
imediatamente à direita do sulco terminal. O oval (chame o Professor).
átrio esquerdo deverá ser aberto em cruz, as
incisões passando entre as veias pulmonares. B. ÁTRIO ESQUERDO :
Para abrir o ventrículo direito, consulte o - óstios das veias pulmonares
Professor. Estude a anatomia interna das - músculos pectíneos
câmaras cardíacas e as valvas pulmonar, aórtica, (principalmente na aurícula)
tricúspide e mitral. - óstio átrio-ventricular esquerdo
(ou mitral)

36
- valva átrio-ventricular esquerda
(ou mitral), e suas válvulas (ou
cúspides).
- válvula do forame oval

3. ANATOMIA INTERNA DOS


VENTRÍCULOS:

A. VENTRÍCULO DIREITO :
- trabéculas cárneas (cristas,
pontes, pilares)
- músculos papilares
- cordas tendíneas
- septo interventricular (partes
membranácea e muscular)
- cúspides anterior, posterior e
septal da valva átrioventricular
direita
- músculo papilar anterior
- trabécula septo-marginal
- valva do tronco pulmonar e suas
cúspides (ou válvulas
semilunares)
- seios pulmonares
- lúnula e nódulo (na borda livre
das cúspides)

B. VENTRÍCULO ESQUERDO:
Examinar a parede muscular do ventrículo
esquerdo e compará-la com a do ventrículo
direito.
- trabéculas cárneas (cristas,
pontes e músculos papilares)
- cordas tendíneas
- septo interventricular
- cúspides anterior e posterior da
valva atrio-ventricular esquerda (ou
mitral)
- valva aórtica e suas cúspides
- lúnula e nódulo (nas bordas livres das
cúspides)
- seios aórticos
- óstios coronários

Estude teoricamente o esqueleto fibroso


e o sistema de condução cardíacos.

37
ABDOME superficial, é mais rica em tecido adiposo que se
acumula em pequenas "lojas" limitadas por
septos conjuntivos esbranquiçados. Esta é a
"camada areolar" da tela subcutânea. A outra,
mais profunda e pobre em tecido adiposo,
I - ANATOMIA DE SUPERFÍCIE
apresenta-se como uma lâmina conjuntiva
aplicada à fáscia muscular, sendo por isto
Identifique as projeções cutâneas das
conhecida como "camada laminar". Entre esta
seguintes estruturas: apêndice xifóide, margem
última e a fáscia muscular, pode-se encontrar
costal, espinha ilíaca ântero-superior, tubérculo
nos indivíduos mais obesos, um acúmulo de
púbico e crista ilíaca.
tecido adiposo, da mesma forma que em pessoas
Para fins descritivos, costuma-se dividir
magras a camada areolar pode não ser
a parede ântero-lateral do abdome em nove
facilmente reconhecível.
regiões usando-se para isto, dois planos sagitais
Durante a retirada da pele não se
e dois transversais. Os dois primeiros percorrem
preocupe com os nervos cutâneos pois seu
as linhas semilunares de cada lado, estendendo-
trajeto não será estudado na prática. Quais são
se desde os tubérculos púbicos até as margens
os nervos que fornecem a inervação motora e
costais. O plano transversal superior passa ao
sensitiva para a parede ântero-lateral do
nível dos pontos mais baixos das margens
abdome? Localize os pontos de emergêlncia de
costais, enquanto que o inferior acha-se ao nível
seus ramos cutâneos anteriores e laterais.
das espinhas ilíacas ântero-superiores.
Identifique o músculo oblíquo externo e sua
Dependendo da fonte de consulta, você poderá
aponeurose. Retire a fáscia que o recobre e
encontrar diferentes descrições destes planos.
exponha o seu ventre em toda extensão. O que é
Aqui fornecemos as mais facilmente utilizáveis
ligamento inguinal? Identifique-o. Faça uma
na prática médica. Trace os planos acima
comparação entre os trajetos das fibras dos
enumerados e reconheça as nove regiões
músculos oblíquo externo e intercostal externo.
abdominais: hipocôndrios direito e esquerdo,
Coloque o cadáver em decúbito ventral
epigástrica, umbilical, lombares direita e
e rermova a tela subcutânea da região posterior
esquerda, inguinais direita e esquerda,
do abdome. Observe a sua espesura, o que pode
hipogástrica. O que é ponto médio inguinal?
tornar difícil a sua remoção. Neste caso, faça-o
Entre quais acidentes ósseos se estende o
em tiras, evitando penetrar inadvertidamente em
ligamento inguinal?
outro plano. Identifique o trígono lombar. Quais
são os seus limites? Que músculo forma seu
assoalho? Iniciando nesta região, separe, por
III - PAREDE ÂNTERO-LATERAL dissecação romba, os músculos oblíquos externo
e interno e seccione o primeiro junto da crista
Retire toda a pele da parede ântero- ilíaca, até a espinha ilíaca ântero-superior.
lateral do abdome. Para facilitar faça quatro Complete o descolamento da origem costal do
retalhos praticando uma incisão ao longo da músculo oblíquo externo, processo este iniciado
linha mediana anterior e outra transversal ao durante a dissecação do tórax, e rebata-o
nível do umbigo. Retire também a estreita faixa anteriormente até o ponto da linha semilunar.
de pele deixada no dorso. Remova agora a tela Este procedimento exporá o músculo oblíquo
subcutânea, inclusive a da região dorsal. interno. Compare a orientação de suas fibras
Naqueles casos em que a tela for muito espessa, com aquela apresentada pelos músculos
remova-a em retalhos, da superfície para a intercostal interno e oblíquo externo. Note a
profundidade, pois isto evitará que você mude continuidade existente entre as fibras do
de plano por engano. Repare que a hipoderme músculo oblíquo interno e as dos três músculos
(tela subcutânea) apresenta duas camadas às intercostais inferiores, bem como sua origem na
vêzes nitidamente distintas. Uma delas, a mais fáscia tóraco-lombar. Rebata o músculo oblíquo

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interno da mesma forma como foi feito para o lateralmente e em toda a sua extensão a partir de
músculo oblíquo externo. Com este objetivo sua borda medial. Desta forma, teremos uma
libere-o da fáscia tóraco-lombar e seccione-o visão ampla da lâmina posterior da bainha do
junto da crista ilíaca até a espinha ilíaca ântero- músculo reto do abdome e preservado os seus
superior, cortando-o também ao longo da feixes vásculo-nervosos. Estude a lâmina
margem costal. Observe como sua aponeurose posterior de sua bainha e identifique a linha
acha-se fundida anteriormente com a do arqueada (ou semicircular). Note como abaixo
músculo oblíquo externo ao longo da linha deste nível, esta lâmina é mais delgada,
semilunar. Entre os músculos oblíquo interno e permitindo, às vezes, a visualização por
transverso você encontrará alguns nervos. tansparência do conteúdo abdominal. Por que
Identifique-os. Tente dissecar o ramo cutâneo isto acontece? Disseque a artéria epigástrica
anterior do nervo ílio-hipogástrico, entre os inferior na face profunda do músculo reto do
músculos oblíquos interno e externo. Observe o abdome e estude a via de circulação colateral
músculo transverso do abdome, comparando a entre as artérias subclávia e ilíaca externa.
orientação de suas fibras com a dos músculos Verifique se está presente o músculo piramidal.
suprajacentes. Rebata-o anteriormente seguindo
a mesma orientação dada para a dissecação do
músculo oblíquo interno. Tenha o cuidado para IV - REGIÃO INGUINAL E
não perfurar o peritônio parietal. O que é fáscia FUNÍCULO ESPERMÁTICO
transversal? Identifique-a. O que é tecido
conjuntivo extra-parietal? Identifique-o. O que é ânulo inguinal superficial?
Remova toda a tela subcutânea da
região deste ânulo. Nos cadáveres do sexo
III - BAINHA DO MÚSCULO RETO masculino é possível notar que a fáscia que
DO ABDOME recobre a aponeurose do músculo oblíquo
externo ultrapassa as bordas do ânulo inguinal
Seccione longitudinalmente a lâmina superficial, continuando-se como o revestimento
anterior da bainha do músculo reto do abdome a fascial externo do funículo espermático (fáscia
meia distância entre a linha alba e a borda espermática externa). Sendo assim, para se
lateral deste músculo. Esta incisão deve evidenciar o ânulo inguinal superficial é
estender-se desde o seu extremo costal até necessário a remoção da fáscia espermática
aproximadamente 4,0 centímetros acima da externa ao longo de suas bordas. Observe que se
pube e não deve atingir o ventre muscular. trata de um orifício de forma triangular e
Usando a pinça dente-de-rato e o bisturi, rebata identifique seus pilares medial e lateral, que
os dois retalhos seccionando as linhas de fusão estão ligados à sínfise púbica e ao ligamento
das intersecções tendíneas do músculo reto do inguinal respectivamente. O que é ligamento
abdome com a lâmina anterior de sua bainha. lacunar? Nos cadáveres do sexo feminino o
Durante este processo tenha o cuidado de não ânulo inguinal superficial é menor e, em alguns
ultrapassar a linha alba nem a linha semilunar casos, é possível individualizar-se o ligamento
pois, caso contrário, você terá prejudicado redondo do útero e o nervo ílio-inguinal
seriamente e de maneira irreversível a emergindo por este orifício. Este ligamento
preparação de toda a musculatura da parede dirige-se para a tela subcutânea do lábio maior.
ântero-lateral do abdome. Observe o músculo Introduza a ponta da tesoura no ânulo
reto do abdome e classifique-o quanto ao inguinal superficial. Separe, por divulssão, a
número de ventres. Disseque, ao longo de sua aponeurose do m. oblíquo externo e seccione-a
borda lateral, as terminações dos feixes vásculo- paralelamente ao ligamento inguinal até à
nervosos que nele penetram. Descole a sua espinha ilíaca ântero-superior. Podemos agora
origem costal. Por dissecação romba, mobilize-o completar o rebatimento medial do m. oblíquo

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externo. Identifique o nervo ílio-inguinal transversal, isto só ocorrendo quando se
aderido à superfície do músculo oblíquo interno. examina a superfície interna desta fáscia.
Observe que a porção mais inferior deste Nos cadáveres do sexo feminino,
músculo origina-se dos dois terços laterais do complete a dissecação do ligamento redondo do
ligamento inguinal, a partir de onde os feixes útero até a região do ânulo inguinal profundo.
musculares arqueiam-se medial e inferiormente Abra a fáscia transversal medial e
em direção à pube. Note ainda que algumas inferiormente ao ânulo inguinal profundo. Faça
fibras do m. oblíquo interno, associadas a um para isto uma incisão em direção à cicatriz
prolongamento da sua fáscia, continuam-se umbilical com uma extensão de
inferiormente envolvendo o funículo aproximadamente 30,0 centímetros. Este
espermático, quando passam a constituir o m. procedimento exporá os vasos epigástricos
cremaster e a fáscia cremastérica. inferiores, situados no tecido conjuntivo extra-
Trabalhando com cuidado para não peritonial.
fragmentá-los separe, por dissecação romba, os Observe que o funículo espermático (ou
músculos oblíquo interno e transverso, iniciando o ligamento redondo do útero) ao penetrar na
este processo 1,0 centímetro medialmente ao cavidade abdominal através do ânulo inguinal
funículo espermático. Faça no músculo oblíquo profundo, faz uma "alça", no sentido ântero-
interno uma incisão arqueada a partir deste posterior, em torno dos vasos epigástricos
ponto e em direção à espinha ilíaca ântero- inferiores.
superior. Complete o rebatimento do m. oblíquo Determine os limites do trígono
interno em direção à linha semi-lunar. Compare inguinal. Qual é a sua importância? Estabeleça a
a extensão da origem do músculo transverso, no correspondência de planos existentes entre as
ligamento inguinal, com aquela vista para o camadas da parede abdominal e as túnicas do
músculo oblíquo interno. funículo espermático. Localize as regiões de
Verifique o arqueamento medial e projeção das fossas inguinais lateral e medial.
inferior das fibras do músculo transverso do Qual a relação entre essas duas regiões e o tipo
abdome comparando este aspecto com aquele de formação de uma hérnia inguinal? Como
visto para o m. oblíquo interno. estão relacionados o ânulo inguinal profundo e o
Identifique a fáscia transversal e, ponto médio inguinal?
dissecando as camadas musculares medial e
inferiormente, em direção à pube, localize o
tendão conjunto (ou foice inguinal). Onde ele se V - ABERTURA DA CAVIDADE
insere? Qual a sua importânica? ABDOMINAL
Se o cadáver do seu grupo for do sexo
masculino, passe agora à dissecação do funículo A parede ântero-lateral do abdome foi
espermático, desde o tubérculo púbico até a dissecada de modo a expor suas várias camadas
região do ânulo inguinal profundo. Este trabalho sem contudo fragmentá-las. Observe como
deve demonstrar a fáscia espermática externa, a todas elas permaneceram unidas ao longo das
fáscia cremastérica e o músculo cremaster, o linhas semi-lunares.
plexo venoso pampiniforme, o ducto deferente e As inserções costais dos músculos
a artéria testicular. A fáscia espermática interna oblíquo externo e retos do abdome já foram
é de difícil individualização, sendo constituída destacadas. Seccione, dos dois lados, junto da
por um prolongamento funicular da fáscia margem costal e no sentido póstero-anterior, os
transversal que se insinua através do canal músculos oblíquo interno e transverso do
inguinal como o envoltório conjuntivo mais abdome. Estas incisões devem encontrar-se no
interno do funículo espermático. Desta forma, o ápice do apêndice xifóide. Rebata agora a
ânulo inguinal profundo não pode ser visto parede abdominal, em bloco, no sentido da
como um orifício na superfície externa da fáscia sínfise púbica. Trabalhe com cuidado ao

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descolar a fáscia transversal do peritônio mesocólon sigmóide, o reto, os rins, o baço e a
parietal, para não danificar o "saco peritonial" bexiga urinária. Se o cadáver for do sexo
(chame o Professor para orientá-lo). Identifique feminino, examine a cavidade pélvica e localize
o tecido conjuntivo extra-peritonial. Em quais o útero, as tubas uterinas, o ligamento largo do
regiões ele é mais abundante? útero e os ovários.
Acompanhe o ligamento falciforme em
direção ao fígado e note como as duas lâminas
VI - PERITÔNIO peritoniais que o formam estão, de um lado,
ligadas à parede abdominal anterior e ao
Abra o peritônio parietal com uma diafragma e, do outro, à face diafragmática
incisão vertical um pouco à esquerda do plano deste órgão, envolvendo-o e constituindo o seu
mediano e outra horizontal imediatamente revestimento peritonial que se prolonga também
acima do nível do umbigo. Estas incisões devem para a sua face visceral.
ser as mais amplas possíveis. Não disseque até Colocando as mãos de cada lado do
que, com o auxílio do Livro Texto e do Atlas e ligamento falciforme e introduzindo-as entre o
com a exploração manual, tenha localizado e diafragma e o fígado, identifique os recessos
identificado as pregas, ligamentos, omentos e subfrêncios intraperitoniais anteriores direito e
recessos da cavidade peritonial. Conceitue: esquerdo (também chamados supra-hepáticos
peritônio parietal, visceral e cavidade peritonial. direito e esquerdo). Ainda com as mãos nesta
Faça uma analogia entre estes conceitos e posição, note como as lâminas peritoniais que
aqueles referentes à pleura e ao pericárdio. A formam o ligamento falciforme divergem
que conclusão você pôde chegar? Como são lateralmente, quando então passam a constituir
classificados os órgãos de acôrdo com suas as lâminas anteriores do ligamento coronário do
relações peritoniais? Quais são os limites fígado. As extremidades laterais deste ligamento
superior e inferior da cavidade peritonial? recebem o nome de ligamentos triangulares
Note que o peritônio parietal anterior direito e esquerdo. Tente alcançá-los. É possível
apresenta seis pregas que fazem saliência para a concluir, pela sua disposição, que o ligamento
cavidade, duas das quais não são muito visíveis. coronário do fígado é um importante meio de
Partindo do umbigo, identifique o ligamento fixação deste órgão. Como se chama a área da
falciforme do fígado (com o ligamento redondo face diafragmática do fígado limitada pelas
do fígado em sua borda livre), a prega umbilical linhas de reflexão das quatro lâminas peritoniais
mediana e as duas pregas umbilicais mediais. O que constituem o ligamento coronário?
que representa cada uma destas estruturas? As Tracione o estômago inferiormente para
pregas umbilicais laterais por serem saliências a esquerda e observe a existência de uma
produzidas, no peritônio parietal, pelas artérias estrutura que se estende do fígado à curvatura
epigástricas inferiores, não são facilmente menor do estômago e ao início da primeira
visíveis como as demais. Isto por que, nesta porção do duodeno. Trata-se do omento menor,
fase, estas artérias foram deslocadas de sua constituído pelos ligamentos hepato-gástrico e
posição normal pelo rebatimento do músculo hepato-duodenal. Qual é a diferença que você
reto do abdome. pode observar entre as duas porções do omento
Localize o diafragma, o fígado, a menor? Qual a razão disto? Normalmente, o
vesícula biliar, e o estômago, o omento maior, o ligamento hepato-duodenal apresenta uma borda
início da primeira porção do duodeno, a flexura livre à direita que, juntamente com a veia cava
duodeno-jejunal, o jejuno-íleo, mesentério, a inferior, constituem os limites anterior e
junção íleo ceco cólica, o ceco, o apêndice posterior de uma abertura, o forame epiplóico.
vermiforme, o cólon ascendente, a flexura Este forame comunica a cavidade peritonial
cólica esquerda, o cólon transverso, o propriamente dita com uma subdivisão desta
mesocólon transverso, a flexura cólica direita, o cavidade situada atrás do estômago e do omento
cólon descendente, o cólon sigmóide, o menor, conhecida como bolsa omental. Faça a

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pesquisa digital do forame epiplóico, Localize novamente o ligamento
colocando-se à direita do cadáver e utilizando a hepato-duodenal e, com a pinça anatômica e a
mão esquerda. A bolsa omental apresenta tesoura, remova a sua lâmina peritonial anterior
recessos os quais devem ser estudados de modo a expor as estruturas que constituem o
teoricamente e identificados à medida que pedículo hepático. Disseque o ducto colédoco, a
progredir a dissecação. artéria hepática própria e a veia porta. Para fazer
Rebata o omento maior superiormente e uma boa exposição destes elementos você
localize os sulcos para-cólicos, situados observou ser necessário a remoção, juntamente
lateralmente aos cólons ascendente e com o conjuntivo, de um tecido resistente e de
descendente. Aproveite e estude agora as característica fibrosa. Trata-se dos filetes
características macroscópicas externas do nervosos que constituem o plexo hepático.
intestino grosso. Observe que, ao tracionar o Estude as características da vesícula biliar e
cólon transverso, você mobiliza também o demonstre a formação do ducto colédoco. Siga o
estômago. Isto ocorre devido à existência de ducto hepático comum em direção ao fígado e
uma coalescência peritonial entre o cólon identifique os ductos hepáticos direito e
transverso e a curvatura maior do estômago, esquerdo removendo, se necessário, um pouco
conhecida como ligamento gástro-cólico. do parênquima hepático. Acompanhe a artéria
Volte ao mesocólon transverso e veja hepática própria até a sua bifurcação em artérias
como ele divide a cavidade peritonial numa hepáticas direita e esquerda. Disseque a artéria
parte superior e anterior, com o andar supra- cística.
mesocólico e noutra inferior e posterior, o andar Ao longo da curvatura maior do
infra-mesocólico. Neste, localize novamente a estômago, disseque as artérias gastroepiplóicas
flexura duodeno-jejunal e a junção íleo-ceco- direita e esquerda, identificando seus ramos
cólica; levante todo o intestino delgado e gástricos e omentais. Na curvatura menor, e
observe a raiz do mesentério. Sua disposição é entre as duas lâminas do ligamento hepato-
oblíqua de modo a dividir o andar infra- gástrico, disseque as artérias gástricas direita e
mesocólico em partes superior (direita) e esquerda. Observe a presença das veias gástricas
inferior (esquerda). Note que o peritônio parietal que acompanham e recebem os mesmos nomes
posterior reflete-se anteriormente ao longo da das artérias.
raiz do mesetério e alcança a alça intestinal Sem seccionar os vasos, divida o
onde passa a ser chamado de peritônio visceral. estômago em duas partes com uma incisão que
Acompanhe o tubo digestivo desde o se estenda aproximadamente do meio da
estômago até a junção íleo-ceco-cólica. Qual curvatura menor até a curvatura maior. Esta
segmento não pôde ser visto na totalidade? Por manobra produziu uma ampla via de acesso à
que? cavidade da bolsa omental. Identifique o corpo
Nos traumatismos de abdome que do pâncreas e o ligamento gastrolienal.
produzem rompimento de uma alça do intestino Siga a artéria hepática própria em
delgado existe grande probabilidade disto direção à sua origem e disseque as artérias
ocorrer ao nível da flexura duodeno-jejunal. Por hepática comum e gastroduodenal. Acompanhe
que? Se você introduzir um estilete através do a artéria gastroduodenal posteriormente à
mesocólon transverso, em que cavidade se primeira porção do duodeno e note sua
projetará a extremidade deste instrumento? continuidade com a artéria gastroepiplóica
direita. Tente identificar, durante esta
dissecação, as artérias pancreático-duodenais
VII - ESTÔMAGO E VIAS superiores anterior e posterior.
BILIARES Volte à artéria gástrica esquerda e
disseque-a até sua origem no tronco celíaco.
Estude a anatomia externa do estômago. Procure verificar a ocorrência de um ramo desta
artéria que penetra no fígado. Nestes casos

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(aproximadamente 25%), este vaso pode ser a modo a obter uma visão ampla do mesentério.
artéria hepática esquerda ou então uma artéria Ele se estende obliquamente, dividindo o andar
hepática esquerda acessória. infra-mesocólico em compartimentos superior
Remova todo conjuntivo existente ao direito e inferior esquerdo. Quais são os
nível do tronco celíaco de modo a fazer uma boa elementos que constituem o mesentério? O que
exposição das origens de seus ramos. é raiz do mesentério?
Identifique os gânglios celíacos. As artérias Utilizando uma tesoura e uma pinça
hepática comum e gástrica esquerda já estão anatômica, remova a lâmina peritonial direita
dissecadas. Disseque agora a artéria e a veia (superior) desde a raiz do mesentério até a borda
lienais (esplênicas) e acompanhe-as até o baço. mesentérica da alça intestinal. Este processo
Note o aspecto tortuoso da artéria e como ela se deve ser iniciado na flexura duodeno-jejunal,
relaciona com a borda superior do corpo do estendendo-se até a junção íleo-ceco-cólica.
pâncreas. A artéria lienal pode estar parcial ou Retirando o tecido adiposo e os
totalmente envolvida pelo parênquima linfonodos mesentéricos, disseque os vasos
pancreático em parte do seu trajeto, ao longo do mesentéricos superiores. Na convexidade da
qual fornece numerosos ramos para esta artéria mesentérica superior, disseque as artérias
glândula. Alguns destes ramos recebem nomes jejunais, ileais e as arcadas mesentéricas. Tente
especiais mas, para nossas finalidades, serão dissecar as artérias pancreático duodenais
designados genericamente de ramos inferiores. Passe agora aos ramos que se
pancreáticos. Tente encontrar alguns deles. originam de sua concavidade: artéria íleocólica,
Removendo as lâminas peritoniais ao cólica direita e cólica média. Estas artérias
nível do hilo do baço, disseque os ramos da podem variar consideravelmente quanto à sua
artéria lienal para este órgão, a origem da artéria origem. Assim sendo, é preferível denominá-las
gastroepiplóica esquerda e as artérias gástricas tendo como referência o segmento intestinal
curtas que se dirigem para o estômago através para o qual estão dirigidas. A artéria ileo-cólica
do ligamento gastrolienal. Observe a formação se dirige para a junção íleo-ceco-cólica; a artéria
da veia lienal, se necessário, complete sua cólica direita para o cólon ascendente e a artéria
dissecação seguindo-a até a desembocadura na cólica média para o cólon transverso. Estes
veia porta. Revise a dissecação da veia gástrica vasos devem ser acompanhados até às
esquerda. Onde ela desemboca? proximidades da parede intestinal quando então
Observe as peças preparadas será feita a dissecação da artéria marginal.
pelos outros grupos e note a grande Quais são as artérias que participam de sua
variabilidade das artérias do andar formação?
supramesocólico. Mobilize superiormente todas as alças
do intestino delgado e identifique o relevo
produzido pela artéria mesentérica inferior, no
peritônio parietal posterior. Remova o peritônio
VIII - INTESTINOS e disseque esta artéria, bem como os seus
ramos: artéria cólica esquerda, sigmóideas e
Observe o intestino delgado e note que retal superior. Siga as artérias cólica esquerda e
apesar de descritas, é praticamente impossível sigmóideas até os cólons descendente e
observar, no cadáver, diferenças anatômicas sigmóide e note como elas participam da
entre o jejuno e o íleo. Quais são as principais formação da artéria marginal. Disseque a veia
diferenças macroscópicas internas e externas mesentérica inferior.
entre o intestino delgado e o grosso? Volte aos vasos mesentéricos superiores
Localize a flexura duodeno-jejunla, a e remova todo o conjuntivo em torno deles de
junção íleo-ceco-cólica e reúna as alças modo a evidenciar bem a artéria e a veia na
intestinais do delgado em um bloco único de região em que cruzam anteriormente a terceira
porção do duodeno. Localize a cabeça do

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pâncreas e, deslocando para a frente e para a quantidade de parênquima pancreático. Faça
esquerda os vasos mesentéricos superiores, note uma boa exposição da confluência do ducto
a relação que estes vasos estabelecem com o colédoco com o ducto pancreático principal.
processo uncinado desta glândula. Prossiga
dissecando a veia mesentérica com a veia lienal.
Retorne à veia mesentérica inferior e complete X - FÍGADO E BAÇO ISOLADOS
sua dissecação até a desembocadura da mesma.
Onde isto ocorre? Estude a formação da veia O estudo do fígado e do baço isolados
porta, não se esquecendo de observar onde deve ser feito pela leitura do capítulo
desemboca a veia gástrica esquerda. correspondente no Livro Texto, com o auxílio
Identifique as tênias cólicas e siga a do Atlas e tendo as peças à mão. A seguir
tênia livre até o ceco, localizando, então, o relacionaremos os elementos que deverão ser
ponto de implantação do apêndice vermiforme. identificados.
Quais são as principais posições nas quais pode-
se encontrá-lo? Qual é a mais frequente? O 1. FÍGADO
apêndice não possui mesentério verdadeiro, mas - face diafragmática
é provido de uma prega de peritônio, o meso- - face visceral (impressões gástrica,
apêndice. Localize-o. Complete a dissecação da renal e cólica)
artéria íleo-cólica, identificando seus ramos - borda inferior
cecais e a artéria apendicular que deve ser - ligamento redondo
seguida ao longo do meso-apêndice. - incisura do ligamento redondo
- fissura do ligamento redondo
- lobo quadrado
IX - DUODENO E PÂNCREAS - lobo caudado
- porta do fígado
O duodeno é um órgão - fissura do ligamento venoso
predominantemente retroperitonial com - lobo direito
excessão do início de sua primeira porção, que - lobo esquerdo
recebe o ligamento hepatoduodenal. Como - área nua do fígado
consequência disto, suas principais relações são - ligamento falciforme
com o rim direito e a cabeça do pâncreas, que - ligamento coronário
também estão numa situação retroperitonial. - apêndice fibroso do fígado
Que relação existe entre o duodeno e o - sulco da veia cava inferior
mesocolon transverso? - fossa da vesícula biliar.
Seccione o peritônio que passa
anteriormente à segunda porção do duodeno e 2. BAÇO
ao rim direito. Rebata o duodeno para a - face diafragmática
esquerda, juntamente com a cabeça do pâncreas. - face visceral
Identifique as partes do pâncreas e do duodeno. - borda superior
Abra a face anterior da porção descendente do - borda inferior
duodeno com uma incisão vertical, identifique a - extremidade anterior (medial)
papila duodenal maior e tente encontrar a papila - extremidade posterior (lateral)
duodenal menor. Disseque o ducto pancreático - incisuras da borda superior
principal e seus tributários. Faça agora uma - hilo
revisão das vias biliares extra-hepáticas. Siga o
ducto colédoco posteriormente à primeira
porção do duodeno e entre a segunda porção XI - RINS E GLÂNDULAS
deste órgão e a cabeça do pâncreas. Para isto SUPRA-RENAIS: PAREDE
talvez seja necessário a remoção de certa

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ABDOMINAL POSTERIOR pode notar entre as veias supra-renais nos lados
E ESTRUTURAS direito e esquerdo? Termine a dissecação do
RELACIONADAS: ureter, seguindo-o até a abertura superior da
pelve.
As tarefas contidas neste ítem devem Continue a dissecação da aorta
ser realizadas por todos os grupos. É evidente abdominal, removendo os plexos autônomos, os
que as peças nas quais serão removidas as nervos esplâncnicos lombares e os linfonodos
vísceras permitirão uma dissecação menos pré-aórticos, ilíacos comuns e sacrais . Os ramos
trabalhosa e mais precisa. Porém, uma boa parte viscerais da aorta abdominal já estão dissecados.
das estruturas aqui pedidas poderão ser Identifique agora os seus ramos parietais:
identificadas em todas os cadáveres. lombares e sacral mediana (as artérias frênicas
Complete a remoção de todo o peritônio inferiores serão dissecadas após a remoção das
parietal posterior do compartimento inferior do vísceras). Prossiga a dissecação das artérias
andar infra-mesocólico. Disseque as artérias ilíacas comuns localizando as artérias ilíacas
gonadais desde a abertura superior da pelve até internas e externas. Observe a relação que o
suas origens. Faça o mesmo com as veias ureter estabelece com a artéria ilíaca comum.
gonadais notando a diferença entre os locais de Faça uma boa exposição da veia cava
desembocadura das veias direita e esquerda. inferior até o nível da abertura superior da pelve
Com relação ao rim, conceitue os e determine a sua formação. Disseque os
seguintes elementos fazendo um desenho troncos simpáticos lombares direito e esquerdo
esquemático: cápsula fibrosa, cápsula adiposa situados posteriormente à veia inferior e ao lado
(ou tecido adiposo peri-renal), fáscia renal e da aorta, respectivamente. Estude as relações da
tecido adiposo para-renal. Rebata o peritônio aorta e da veia cava inferior com a coluna
parietal juntamente com a fáscia renal atnerior e vertebral.
retire a cápsula adiposa, obtendo assim uma boa Disseque os músculos psoas maior,
exposição dos rins e das glândulas supra-renais. quadrado lombar e ilíaco, tendo o cuidado
Disseque o pedículo renal, identifique os de preservar os nervos que correm na
elementos que o constituem e estude a sua superfície destes músculos. Disseque, agora,
disposição. os seguintes nervos: subcostal, ílio-
Note que a arteria renal, um dos ramos hipogástrico, ílio-inguinal, cutâneo lateral da
viscerais da aorta abdominal, divide-se, de coxa, gênito-femoral, femoral e obturatório.
forma variável, em cinco artérias que nutrem o Verifique se está presente o músculo psoas
rim. Devido ao fato de haver uma insignificante menor.
sobreposição entre as porções de tecido renal
irrigadas por estas artérias, elas são designadas
artérias segmentares. É possível encontrar, em
XII - REMOÇÃO DAS VÍSCERAS .
alguns cadáveres, uma artéria originando-se
diretamente da aorta abdominal (ou
DIAFRAGMA.
precocemente da artéria renal) e penetrando ESTRUTURAS RELACIO-
isoladamente no rim. Isto ocorre, na maioria das NADAS COM A PAREDE
vezes, nos polos superior ou inferior. Já foi ABDOMINAL POSTERIOR
provado que tais artérias não são extra-
numerárias e que sua ligadura levaria Parte das instruções contidas neste item
certamente a um enfarte do segmento renal visam a remoção das vísceras abdominais em
respectivo. Procure ver uma peça que apresente dois grandes blocos. Inicialmente retiraremos
esta disposição. todos os órgãos do andar supra-mesocólico, com
Complete a dissecação da glândula excessão da metade esquerda do estômago. Em
supra-renal identificando a artéria supra-renal seguida sairão o intestino delgado e a maior
média e a veia supra-renal. Que diferença você parte do intestino grosso. Este ítem só deverá

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ser executado naqueles cadáveres indicados duodeno, o pâncreas e parte da veia cava
pelo Professor. inferior. Seccione quaisquer elementos que
O objetivo deste "esvasiamento estiverem impedindo a conclusão deste
abdominal" é permitir um estudo mais detalhado processo.
do diaframa e das estruturas relacionadas com a Complete a dissecação dos gânglios
parede abdominal posterior. Quando estiver celíacos e tente localizar o nervo esplâncnico
terminada a dissecação, estes cadáveres serão maior que pode estar "perfurando" o diafragma
utilizados por todos os demais grupos pois, ou passando pelo hiato aórtico. Siga este nervo
certamente, apresentarão determinadas até o plexo celíaco.
estruturas com maior clareza. Faça duas Disseque os vasos frênicos inferiores e
ligaduras no intestino delgado 2,0 centímetros siga-os até o diafragma. Remova todo peritônio
aboralmente à flexura duodeno-jejunal e parietal diafragmático e identifique os seguintes
separadas entre si por um intervalo de 2,0 a 3,0 elementos deste músculo: parte external, parte
centímetros. Duas outras ligaduras semelhantes costal, parte lombar, (ou vertebral), pilares
deverão ser feitas na porção mais aboral do direito e esquerdo, centro tendíneo, ligamentos
colon sigmóide. Seccione o tubo intestinal no arqueados mediais, laterais e mediano, hiatos
meio de cada um dos dois pares de ligaduras. aórtico e esofágico e o forame da veia cava
Corte os vasos e nervos mesentéricos ao longo inferior.
de sua linha de penetração no intestino delgado. Reveja e complete a dissecação das
Para liberar o ceco e o colon ascendente da estruturas relacionadas com a parede abdominal
parede posterior, seccione o peritônio e os vasos posterior, solicitadas no ítem XI.
cólicos ao nível de sua penetração no intestino.
Corte o mesocólon transverso ao longo de sua
junção com o cólon transverso o qual deve ser XIII - RIM ISOLADO
separado do duodeno, do pâncareas e do
estômago. Prossiga cortando os vasos e o O estudo do rim isolado deve ser
peritônio e complete a remoção dos cólons feito pela leitura do capítulo correspondente
descendente e sigmóide.
no Livro Texto, com o auxílio do Atlas e
Desloque o processo uncinado do
tendo a peça à mão. A seguir,
pâncreas para a direita separando-o bem dos
vasos mesentéricos superiores e corte apenas a
relacionaremos os elementos que deverão
veia mesentérica superior. Complete a ser identificados.
mobilização do pâncreas e dos vasos lienais,
cortando as artérias gástricas direita e esquerda, 1. ÓRGÃO INTEIRO
hepática comum, lienal e pancreático duodenais - face anterior
inferiores junto de suas origens. As artérias - face posterior
gastroepiplóica esquerda e gástricas curtas - borda medial
devem ser cortadas ao nível do hilo do baço. - borda lateral
Seccione também os ligamentos gastro-lienal e - polo superior
lieno-renal. Corte a veia mesentérica inferior - colon inferior
perto da flexura duodeno-jejunal. Seccione as - hilo renal
reflexões peritoniais para o fígado a começar - seio renal
pelo ligamento falciforme e passando em
2. SUPERFÍCIE DE UM CORTE FRONTAL
seguida aos ligamentos coronário e triangulares.
- cápsula fibrosa
Corte a veia cava inferior atrás do forame
- córtex renal
epiplóico e remova o tecido conjuntivo situado
- pirâmides renais (base e papilas)
atrás do pâncreas e do duodeno, liberando-os da
- colunas renais
parede posterior. Você poderá remover agora o
- hilo renal
fígado, o baço, a metade direita do estômago, o

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- seio renal
- corpo adiposo do seio renal
- pelve renal
- cálices renais maiores
- cálices renais menores

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PELVE
II - HEMI-PELVE MASCULINA

Numa hemi-pelve íntegra, identifique os


I - PELVE ÓSSEA seguintes elementos: sínfise púbica, vértebras
sacrais e promontório sacral, bexiga, próstata,
Os acidentes ósseos do osso do quadril uretra, reto e canal anal. Estude a disposição do
já foram vistos no segmento membro inferior. peritônio na cavidade pélvica e localize a
Reveja aqueles relacionados com a face pélvica escavação reto-vesical, observando a prega reto-
do osso do quadril, bem como os de suas vesical. O que é espaço retro-púbico?
bordas. Revise a anatomia do funículo
Estude, também, lembrando de colocar espermático (se a peça não o permitir, volte ao
a pelve em posição anatômica, os seguintes cadáver) e prossiga sua dissecação no sentido do
elementos: escroto de modo a exteriorizar o testículo. O que
- Linha arqueada ou terminal é túnica vaginal do testículo? Quais são as
- Abertura inferior da pelve camadas do escroto? Identifique o seio e as
- Pelve maior (ou falsa) partes do epidídimo. Abra o testículo e
- Pelve menor (ou verdadeira) reconheça a túnica albugínea e o mediastino do
- Sínfise Púbica testículo. Note a continuidade entre a cauda do
- Sacro:. Base, ápice, e faces epidídimo e o ducto deferente e acompanhe o
. Canal Sacral trajeto deste último em direção à cavidade
. Hiato Sacral abdominal. Por onde se dá a penetração do
. Forame sacral pélvico ducto deferente nesta cavidade e que relação
. Asa do sacro estabelece com os vasos epigástricos inferiores?
. Crista sacral intermédia Rebatendo inicialmente o peritônio
. Crista sacral lateral parietal e em seguida o peritônio visceral da
. Crista sacral mediana bexiga, acompanhe o ducto deferente até sua
. Forames sacrais dorsais ampola. Disseque a vesícula seminal e o seu
. Processo articular ducto. Se possível, identifique o ducto
. Promontório sacral ejaculatório. Observe as relações entre o ducto e
- Coccix o ureter e entre a vesícula seminal e a bexiga.
Identifique, ainda, na pelve óssea os Quais são as partes da bexiga?
seguintes diâmetros: Localize os limites do trígono vesical e
. diam. obstétrico conjugado - do dorso a úvula da bexiga. O que ela representa?
da sínfise púbica ao meio do promontório Distinga as três porções da uretra. Com
sacral. auxílio do Livro Texto e do Atlas estude, pelo
. diam. conjugado ântero-posterior (ou menos teoricamente, as características da uretra
verdadeiro) - da margem superior da sínfise prostática. Quais são as camadas do assoalho
púbica ao meio do promontório sacral. pélvico atravessadas pela uretra membranácea?
. diam. conjugado diagonal - entre a Identifique as partes do pênis e localize
margem inferior da sínfise púbica e o o óstio externo da uretra, a coroa e o colo da
promontório sacral. glande, o prepúcio e o local de implantação do
Estes são os diâmetros pélvicos mais frênulo do prepúcio. Em um corte transversal do
importantes na prática médica. Qual é o que pênis identifique os corpos cavernosos, o corpo
pode ser medido po via vaginal? Qual é o menor esponjoso, a uretra esponjosa e a túnica
deles? Quais são as difenças sexuais ao nível da albugínea. Em um corte longitudinal, identifique
pelve? Quais são os tipos de pelve existentes? a uretra e a fossa navicular.

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Dissecando ou usando peças preparadas, ligamento útero-sacral. Defina "canal do parto",
identifique os seguintes ramos da artéria ilíaca e explique o que são os ângulos de anteversão e
interna: ante-flexão do útero.
Localize o ovário e identifique suas
1 - Parietais: extremidades tubal e uterina, além da sua borda
Iliolombar, sacrais laterais, obturatória (esta mesovárica. O que é mesovário? O que é meso-
pode se originar da artéria epigástrica inferior salpinge? Em qual das lâminas do ligamento
em cerca de 20% dos casos), glútea superior, largo prende-se o ovário? Defina ligamento
glútea inferior e pudenda interna. suspensor do ovário ou infundíbulo pélvico.
Observe as paredes anterior e posterior
2 - Viscerais: da vagina e como elas se relacionam com a
Umbilical e vesical superior. bexiga e o reto respectivamente. A parede
anterior é mais curta que a posterior, sendo
Estude o plexo sacral e identifique o perfurada pelo colo do útero que faz protusão na
tronco lombo-sacral. cavidade vaginal. Defina fórnix da vagina é
mais profunda estando diretamente relacionada
com a escavação reto-uterina. Este é um fator
importante porque nesta região podem ser
III - HEMI-PELVE FEMININA
realizadas punções para a colheita de material
diretamente da cavidade peritonial (escavação
Numa hemi-pelve íntegra identifique os
reto-uterina).
seguintes elementos: sínfise púbica, vértebras
Estude a disposição da uretra, veja sua
sacrais, promontório sacral, bexiga, uretra,
relação com a parede anterior da vagina e como
útero, vagina, reto e canal anal. Estude a
a sua extensão é bem menor do que a uretra
disposição do peritônio na cavidade pélvica e
masculina. Isto favorece, de certo modo, a
localize as escavações reto-uterina e vesico-
progressão ascendente das infecções urinárias
uterina, bem como a prega reto-uterina.
no sexo feminino.
Estude as partes do útero e observe as
Estude a genitália externa e identifique
suas principais relações. Observe que este órgão
os seguintes elementos: monte púbico,
acha-se em continuidade com a vagina a qual
comissura labial anterior, prepúcio do clitóris,
funciona como um de seus importantes meios de
glande do clitóris, lábios menores, lábios
fixação. Identifique o ligamento redondo do
maiores, vestíbulo vaginal, óstio da vagina e a
útero e o ligamento largo. O que é paramétrio?
comissura labial posterior.
Existem outros meios de sustentação do útero?
Quais são as estruturas que se abrem no
Lembre-se que o ligamento redondo deixa a
vestíbulo vaginal?
cavidade abdominal pelo ânulo inguinal
Dissecando ou usando peças preparadas,
profundo, fazendo uma alça em torno dos vasos
identifique os seguintes ramos da artéria ilíaca
epigástricos inferiores, percorrendo o canal
interna:
inguinal e "inserindo-se" na tela subcutânea do
lábio maior. Localize agora a tuba uterina e o
1. Parietais:
ligamento próprio do ovário. Quais são as
Iliolombar, sacrais laterais, obturatória (em
porções da tuba uterina? São todas elas visíveis
cerca de 20% dos casos origina-se da epigástrica
nessa peça? No infundíbulo, identifique as
inferior), glúteas superior e inferior e pudenda
fímbrias e o local de abertura do óstio
interna.
abdominal da tuba uterina. Observe novamente
a disposição do peritônio e estude a formação do
ligamento largo e das pregas reto-uterinas. Cada 2. Viscerais:
uma delas contém uma condensação do Umbilical, vesical superior e uterina.
conjuntivo extra-peritonial conhecida como

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 Note como a artéria uterina cruza o ureter - músculo levantador do ânus
antes de ascender entre as duas lâminas do - músculo coccígeo
ligamento largo, lateralmente ao útero. Esta - músculo esfíncter externo do
relação é de grande importância cirúrgica. ânus
Estude o plexo sacral e identifique o tronco _______________________________
lombo-sacral.

Volte à região glútea e recorde o trajeto


do nervo pudendo dando especial atenção à
relação existente entre ele e a espinha isquiática.
Por que isto é importante?

IV - REGIÃO PERINEAL

Em peças previamente preparadas


identifique os seguintes elementos.

1. SEXO MASCULINO:
- músculo isquiocavernoso
- ramos do pênis
- músculo bulboesponjoso
- músculo transverso
superficial do períneo
- corpo esponjoso do pênis
- glândula bulbo-uretral (onde
desemboca o seu ducto?)
- músculo transverso profundo
do períneo
- músculo levantador do ânus
- músculo coccígeo

2. SEXO FEMININO:
- glande do clitóris
- corpo do clitóris
- músculo isquiocavernoso
- ramos do clitóris
- músculo bulbo-esponjoso
- músculo transverso
superficial do períneo
- bulbo do vestíbulo
- glândula vestibular maior
(onde desemboca o seu
ducto?)
- músculo transverso profundo
do períneo

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

CUNNINGHAM, D. Manual de Anatomia


Prática13. ed., São Paulo, Atheneu, 1976. 3 V.

GARDNER, E; GRAY, D.J.; O RAHILLY, R.


Anatomia 2. ed. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan, 1967. 891 p.

GOSS, C. M. Anatomia de Gray. 29. ed., Rio


de Janeiro, Guanabara
Koogan, 1977. 1147 p.

MIZERES, N., GARDNER, E. Método de


Dissecação. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
1978. 96 p.

SCHAEFFER, J. P. Morris s Human Anatomy.


11 ed., New York, McGraw-Hiel Book
Company, 1953. 1718 p.

SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia. 17 ed., Rio


de Janeiro, Guanabara Koogan, 1977. 3 V.

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