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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE ENGENHARIA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO VÁRZEA GRANDE

MEIO AMBIENTE, SOCIEDADE, ÉTICA E RESPONSABILIDADE

Docente: Mônica Aragona


Dra. em Biologia Animal
http://lattes.cnpq.br/9194357390613404
AULA 10
UNIDADE 2.
COMPONENTE SOCIOECONÔMICO (28 H)
7. Devolução e discussão da prova (2h); Trabalho em grupo para
desenvolvimento do seminário de conclusão da disciplina (2h);
8. Formação social, política e econômica do Brasil – componentes étnico-
raciais e diversidade cultural (afrodescendentes, indígenas, migrantes
diversos) – DOCUMENTÁRIO “O POVO BRASILEIRO” – Darcy Ribeiro –
Atividade 1 (4 h);

9. Formação Social, Política e Econômica do Brasil – os processos históricos da


formação social, política e econômica do Brasil; O capitalismo e a sociedade de
consumo no contexto histórico; teoria das necessidades básicas (pirâmide de
Maslow) (4 h)
FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO BRASIL

A situação atual é muito


diferente da vivida
durante o período
colonial???

Estamos de mãos atadas, submissos


ao capitalismo reinante de
exploração absoluta da mão de obra
barata e dos recursos naturais
- De 1500 a 1530: envio de algumas expedições com objetivos de reconhecimento
territorial e construção de feitorais para a exploração do pau-brasil (mão-de-obra
indígena );
- A partir de 1530: chega ao Brasil a expedição chefiada por Martim Afonso de
Souza com as funções de 1) estabelecer núcleos de povoamento no litoral, 2)
explorar metais preciosos e 3) proteger o território de invasores;
- A colonização do Brasil teve início em 1530 e passou por fases (ciclos)
relacionadas à exploração, produção e comercialização de um determinado
produto (ciclos da cana-de-açúcar, ouro e café).
- Vale ressaltar que a colonização do Brasil não foi pacífica, pois teve como
características principais a exploração territorial, uso de mão-de-obra escrava
(indígena e africana), utilização de violência para conter movimentos sociais e
apropriação de terras indígenas.
Ciclo do Açúcar (séculos XVI e XVII)

Grandes quantidades de açúcar eram produzidas nos engenhos estabelecidos


na região Nordeste. O produto era exportado, principalmente para o
mercado europeu, enriquecendo os senhores de engenho e engordando os
cofres da corte portuguesa. A mão-de-obra escrava africana foi usada em
larga escala e muitos lucraram com o seu tráfico.

Nesta época, muitos portugueses com recursos econômicos vieram para o


Brasil para administrar engenhos de açúcar ou ocupar cargos públicos.

Ciclo do Ouro (século XVIII)

Embora o processo de colonização tenha sido praticamente todo efetivado


nos séculos XVI e XVII, podemos considerar que ele foi finalizado no século
XVIII com a descoberta de minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás
e Mato Grosso. A “corrida do ouro” trouxe ao Brasil milhares de portugueses
em busca de um enriquecimento rápido. Nesta época muitas cidades foram
fundadas e a região central do Brasil começou a ser povoada.
• A escravidão durou quase 300 anos o extermínio dos povos indígenas
persiste até hoje;
• O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o
econômico;
• A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho
escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas;
• Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que
defendia a abolição da escravidão no Brasil;
• A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados
brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870;
• Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos
engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos;
• Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento
de indústrias;
• Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo
brasileiro, pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos
lentamente;
• A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico
de escravos no Brasil. 21 anos mais tarde foi promulgada a Lei do Ventre-
Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da
decretação da lei;
• No ano de 1885, foi promulgada a Lei dos Sexagenários que beneficiava os
negros com mais de 65 anos de idade;
• Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade
total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei,
assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão
em nosso país.

Porém, a liberdade não garantiu aos ex-escravos melhorias significativas


em suas vidas. Como o governo não se preocupou em integrá-los à
sociedade, muitos enfrentaram diversas dificuldades para conseguir
emprego, moradia, educação e outras condições fundamentais de vida.

Vale lembrar que muitos fazendeiros preferiram importar mão-de-obra


europeia à contratar os ex-escravos como assalariados.
O Capitalismo e a Sociedade de Consumo
O QUE FAZ A MÁQUINA GIRAR???? COMO A MÁQUINA GIRA???

 Sociedade de consumo é um termo bastante utilizado para representar os


avanços de produção do sistema capitalista, que se intensificaram ao longo do
século XX notadamente nos EUA e que, posteriormente, espalharam-se pelo
mundo.

 Nesse sentido, o desenvolvimento econômico e social é pautado pelo


aumento do consumo, que resulta em lucro ao comércio e às grandes
empresas, gerando mais empregos, aumentando a renda, o que acarreta
ainda mais consumo.

 Uma ruptura nesse modelo representaria uma crise, pois a renda diminuiria, o
desemprego elevar-se-ia e o acesso a elementos básicos seria mais
dificultado.

 Uma das grandes críticas ao sistema capitalista é a emergência desse modelo.


 Suas raízes estão vinculadas ao processo de Revolução Industrial, mas foi
a emergência do American Way Of Life (jeito americano de viver) em
1910, nos EUA, que intensificou essa problemática.

 A consequência foi uma crise de superprodução das fábricas, que ficaram


com grandes estoques de produtos sem um mercado consumidor capaz
de absorvê-los, gerando a crise de 1929.
 Na época, para combater os efeitos da crise, o governo desenvolveu
formas de intervir na economia e provocar o seu aquecimento em um
plano chamado New Deal (Novo Acordo).
 Consequentemente, para que as fábricas continuassem produzindo em
massa e os produtos difundissem-se, foram estabelecidos modelos de
desenvolvimento pautados na melhoria de renda e no crédito facilitado
com o objetivo de ampliar ainda mais o consumo.
 Com isso, a crise econômica do século XX teve fim, mas uma problemática
ainda maior se estabeleceu, pois o consumo pelo consumo é uma maneira
contraditória e ineficaz de manter o desenvolvimento das sociedades.

 Tal dinâmica não se modificou mesmo com a retomada do modelo neoliberal


a partir da década de 1970 em todo o mundo.

 As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela


perspectiva econômica, mas também pelo viés ambiental.

 Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos


recursos naturais para a geração de matérias-primas voltadas à fabricação de
mais e mais mercadorias.

 Estimativas apontam que seriam necessários seis planetas e meio para


garantir os recursos naturais para a humanidade caso todos os países
mantivessem o mesmo nível de consumo dos EUA.
Quais são as necessidades básicas de
um indivíduo?
* Abraham Maslow foi um psicólogo
comportamental, membro da Human Relations
School, em finais da década de 50.
* Nasceu em Brooklyn, licenciou-se em Wisconsin
e doutorou-se na Universidade de Columbia.
* Desenvolveu a Teoria da Motivação Humana .

Teoria da motivação humana: Segundo Maslow muito do


comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas
necessidades e pelos seus desejos.
 As necessidades se constituem em fontes de motivação.
 A pirâmide é dividida conforme classes de necessidades humanas.
 Na base da pirâmide estão as necessidades de nível mais baixo, porém
somente quando elas forem satisfeitas que se passa para a próxima
etapa.
 Um ser humano tende a satisfazer suas necessidades primárias (mais
baixas na pirâmide de Maslow), antes de buscar as do mais alto nível.
1 – Necessidades fisiológicas: São aquelas que relacionam-se com o ser humano como ser
biológico. São as mais importantes: necessidades de manter-se vivo, de respirar, de
comer, de descansar, beber, dormir, ter relações sexuais etc.

2 – Necessidades de segurança: São aquelas que estão vinculadas com as necessidades


de sentir-se seguros: sem perigo, em ordem, com segurança, de conservar o emprego etc.

3 – Necessidades sociais: São necessidades de manter relações humanas com harmonia:


sentir-se parte de um grupo, ser membro de um clube, receber carinho e afeto dos
familiares, amigos e pessoas do sexo oposto.

4 – Necessidades de estima: Existem dois tipos: o reconhecimento das nossas


capacidades por nós mesmos e o reconhecimento dos outros da nossa capacidade de
adequação. Em geral é a necessidade de sentir-se digno, respeitado por si e pelos outros,
com prestígio e reconhecimento, poder, orgulho etc. Incluem-se também as necessidades
de autoestima.

5 – Necessidades de auto realização: Também conhecidas como necessidades de


crescimento. Incluem a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se
pode ser, fazer o que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as
necessidades de estima: a autonomia, a independência e o auto controle.
consumo

- Atendimento das necessidades


básicas; - Consumir é indispensável para
fazer girar a economia e para o
- Fator de motivação de desenvolvimento dos países;
crescimento pessoal/social; - O consumo é considerado, por
- Associação com conceitos de alguns economistas, como a "mola
bem estar, realização, felicidade; propulsora" da economia mundial;
- Papel social do consumo; - Consumir gera procura e maior
produção por parte das indústrias;
- Consumir deixou de ser um
- Estimula surgimento de novos
simples ato de subsistência;
empregos, o aumento de salários
passou a ser uma forma de lazer,
e o investimento em novas
de libertação e até mesmo de
tecnologias para aprimorar a
cidadania;
produção.
- Homens e mulheres são levados - Significa ter trabalhadores com
a consumir mesmo sem salários melhores levados a
necessidade, apenas pelo ato de consumir mais;
comprar

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