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INTEGRIDADE SUPERFICIAL
SEMESTRE 2006.1
TURMA: 1
ALUNOS:
• José Ferreira da Silva Júnior;
• Rairam Francelino C. de Almeida;
• Márcio Thompson da C. Gomes;
• Leiliane Alves de Oliveira;
• Vilsinéia do Anjos Fontes.
NATAL, 26/04/2006
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 03
2. OBJETIVO............................................................................................................................. 03
3. INTEGRIDADE SUPERFICIAL........................................................................................... 03
4. EFEITOS FÍSICOS E FUNCIONAIS.................................................................................... 05
4.1. Efeitos: Alterações Superficiais........................................................................................... 09
4.1.2. Falhas................................................................................................................................ 09
4.1.3. Ondulações........................................................................................................................ 10
4.14. Rugosidade Superficial....................................................................................................... 10
4.2. Efeitos: Alterações Sub-superficiais..................................................................................... 10
4.2.1. Fatores Mecânicos............................................................................................................. 11
4.2.2. Tensão Residual................................................................................................................. 11
4.2.3. Micro ou Macro Trincas.....................................................................................................11
4.2.4. Deformação Plástica.......................................................................................................... 12
4.2.5. Alterações de Microdurezas...............................................................................................12
4.2.6. Distorções na Usinagem.................................................................................................... 12
4.2.7. Forças de Fadiga................................................................................................................ 13
4.2.8. Queima Superficial............................................................................................................ 13
4.3. Fatores Metalúrgicos.............................................................................................................13
4.3.1. Recristalização................................................................................................................... 13
4.3.2. Transformações de Fases................................................................................................... 13
4.3.3. Ataque Intergranular.......................................................................................................... 14
4.3.4. Recolagem de Camadas..................................................................................................... 14
5. MEDIDAS DE CONTROLE.................................................................................................. 15
6. COMO MEDIR A INTEGRIDADE SUPERFICIAL............................................................. 16
7. TÉCNICAS DE USINAGEM QUE RESULTAM EM BOA INTEGRIDADE
SUPERFICIAL ........................................................................................................................... 18
7.1. Usinagem por Abrasão Ultra Sonora ................................................................................... 18
7.2. Usinagem por feixe de elétrons............................................................................................ 19
7.3. Usinagem por Descargas Elétricas....................................................................................... 19
8. ESTUDOS DE CASO ............................................................................................................ 20
9. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 25
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 26
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1. INTRODUÇÃO
Com o objetivo de atender a todas as especificações do mercado, onde podemos
destacar a indústria automobilística, aeroespacial, naval, civil, petroquímica, dentre
outros; e minimizar efeitos negativos causados por um mau acabamento da superfície
usinada, houve em 1964, o início do estudo da Integridade Superficial, visando à
melhoria do acabamento da superfície.
A qualidade de uma superfície feita no processo de usinagem está tornando-se
cada vez mais importante, para satisfazer a qualidade do componente final, por
conseguinte, a longevidade e a confiabilidade dos componentes sofisticados nos mais
diversos tipos de indústria.
Este assunto pode se dividir em duas partes, a primeira é a textura da superfície,
que governa a aspereza, esta é essencialmente um estudo da topografia; a segunda é a
metalurgia da superfície que é um estudo da natureza da camada gerada pelo processo
de usinagem, onde os materiais estão submetidos a altas temperaturas, tensões cíclicas
como também seu ambiente de trabalho, onde podem acarretar superfícies com tensões
residuais, e fragilidade superficial, comprometendo a performance do componente em
serviço.
2. OBJETIVO
Este trabalho realiza um estudo teórico sobre a integridade superficial, seu
controle, como também uma análise qualitativa e quantitativa dos efeitos físicos e
funcionais, como também estudo de casos práticos.
3. INTEGRIDADE SUPERFICIAL
Normalmente os processos de usinagem removem material dos componentes
manufaturados, cada processo de remoção de metal produz uma alteração superficial
característica, esta alteração superficial modifica as propriedades das camadas
superficiais sem modificar as propriedades do interior do material, podendo ser extensa
e profunda ou superficial e rasa.
A integridade superficial pode ser definida como sendo a soma de todos os
elementos que determinam as condições que existem em uma superfície de uma peça
acabada, ou seja, é a característica através da qual podem ser relacionadas ou
identificadas algumas exigências ou alterações metalúrgicas, nas quais poderão
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desenvolver-se devido ao processo de fabricação, tais como: transformação de fases
através do encruamento e/ou temperatura, distribuição e tamanho de grão,
recristalização, inclusões no material e tensões residuais.
Estas exigências e/ou alterações metalúrgicas estão associadas diretamente à
natureza da camada superficial, e tem em muitos casos, uma forte influência nas
propriedades mecânicas do produto final, isto se acentua em alguns materiais e sob
determinadas operações referentes à usinagem.
Na figura 1, é observado dois tipos de superfície, a topográfica e a metalúrgica.
Superfície Usinada
Topográfica
Superfície
Metalúrgica
Material
Base
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4. EFEITOS FÍSICOS E FUNCIONAIS
Como discutido anteriormente, devido ao processo de usinagem, temos efeitos
em sua superfície, onde serão geradas alterações na integridade superficial. As mais
comuns podem ser classificadas em três grandes grupos:
• Alterações Mecânicas, entre as quais as variações de dureza, o aparecimento de
fissuras e a criação de tensões residuais, onde geralmente, os processos de fabricação
por arranque de material são responsáveis pelo surgimento de danos na superfície do
material.
• Alterações Químicas, que incluem efeitos de corrosão ou de contaminação do material
da peça, podendo gerar, por exemplo, concentrações de tensão que irão afetar a
resistência mecânica do componente.
• Alterações Metalúrgicas, onde observamos o aparecimento do fenômeno denominado
capa branca, inclusões no material e mudanças de fase, devido, por exemplo, a variação
de temperatura.
Capa branca
Zona retemperada
Zona revenida
Substrato
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Desta forma o conceito de integridade superficial não pode ser definido apenas
em uma dimensão e não abrange somente a rugosidade da superfície ou a sua forma
geométrica, pois engloba também outras características da superfície e sub-superfície,
na figura 3 mostra uma classificação de alterações que podem ocorrer em uma peça
usinada por um processo dito convencional.
Integridade
Superficial
Alteração de Recolagem de
Microdureza Camadas
Distorções na
Usinagem
Forças de Fadiga
Queima Superficial
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As operações convencionais e não convencionais de usinagem produzem uma
variedade de alterações superficiais e sub-superficiais. As mais conhecidas e as suas
respectivas profundidades de penetração estão incluídas nas tabelas 1 e 2.
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Tabela 2 – Comparação de profundidade do efeito da integridade superficial
observado em processos de remoção de metal.
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4.1 – Efeitos: Alterações Superficiais
As principais causas que provocam alterações superficiais são: altas
temperaturas e altos gradientes de temperaturas gerados durante a operação de
usinagem, a deformação plástica e o cavaco deformado plasticamente, reações químicas
e a conseqüente absorção na superfície usinada.
Na figura 4, é observado alterações superficiais de uma superfície usinada, a
combinação de vários fatores podem ser divididos em: Falhas, Ondulações e
Rugosidade Superficial.
4.1.2 – Falhas
São defeitos localizados na topografia da superfície de uma peça. São não-
intensionais, inesperadas e indesejáveis. Podem ser causadas por defeitos inerentes, tais
como: inclusões, trincas, bolhas, ou podem surgir também durante o processo de corte.
Normalmente as falhas devem ser evitadas na fabricação de uma superfície, pois
representam erros de fabricação. A rugosidade superficial por sua vez é um parâmetro
que é especificado de acordo com a aplicação da superfície usinada.
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4.1.3 – Ondulações
Ondulações consistem de irregularidades superficiais ou erros geométricos cujos
espaçamentos estão em uma escala dimensional maior que as irregularidades
consideradas como rugosidades. Pode ser causada por vibrações e deflexões da
ferramenta e/ou peça, devido a forças de corte, temperaturas de corte ou erros de fixação
da peça ou ferramenta. Peças longas e finas são mais sensíveis a forças elásticas e
dinâmicas. Como resultado, as ondulações são mais pronunciadas. Por outro lado, peças
grandes (grandes seções transversais) são rígidas e as alturas das ondulações são
pequenas.
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4.2.1 – Fatores Mecânicos
Estes fatores estão relacionados com a geração de tensões residuais tanto de
tração quanto de compressão na sub-superfície e gerar trincas nesta região
comprometendo a integridade superficial do material, no qual poderá causar uma falha
quando submetido ao um esforço estático ou dinâmico.
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4.2.4 – Deformação Plástica
A deformação plástica ocorre por si mesma na superfície ao usinar um material.
Durante o processo de corte a aresta postiça de corte, é geralmente formada entre a
ferramenta e o cavaco. Este processo é formado principalmente a baixas velocidades de
corte e tem tendência a ser mais pronunciado quando a usinagem é feita com
ferramentas de aço rápido. Parte desse material formado sai com o cavaco, mas outra
parte permanece na peça. Muitas vezes é formada uma trinca entre a aresta postiça de
corte e a superfície da peça. Esse defeito pode ser crítico na resistência à fadiga. Em
uma operação de abrasão, como o fresamento, o cavaco deformado plasticamente
(debris) engastado na peça e a aresta postiça de corte contribuem para a rugosidade da
superfície da peça usinada.
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remoção da tensão residual anterior da peça ou pela introdução de uma nova tensão
residual na peça. A distorção da peça de trabalho é uma função da intensidade de tensão
residual induzida pelo processo de usinagem. A distorção também é uma função da
dureza da peça e do módulo de elasticidade.
4.3.1 – Recristalização
Alguns materiais, cuja superfície é deformada plasticamente durante a operação
de usinagem, sofrem recristalização. Isto ocorre quando o material é subseqüentemente
aquecido abaixo da temperatura de recristalização.
4.3.2 – Transformações de Fases
Quando certos materiais são usinados, uma transformação de fases pode ser
realizada na superfície e/ou sub-superfície, como mostra a figura 7. Devido as altas
temperaturas introduzidas no processo de usinagem, os materiais podem sofrer
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transformações de fase. Podendo a nova fazer ser benéfica ou não ao produto usinado,
por exemplo, se a peça sofreu algum tipo de tratamento térmico para obter alguma
propriedade específica, a usinagem pode modificar a fase da superfície, apagando o
tratamento térmico aplicado. A seguir, na figura 7, é mostrado um exemplo do silicato
de alumínio que modificou suas propriedades na superfície com o advento da usinagem.
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5. MEDIDAS DE CONTROLE
É de suma importância obter o controle da integridade superficial, visto que este
é dependente de uma série de fatores, como rugosidade da superfície ou sua forma
geométrica, defeitos intrínsecos do material como: inclusões, trincas, bolhas, ou defeitos
gerados através do processo de usinagem.
Este termo engloba também outras características da superfície e de camadas
abaixo desta, são irregularidades finas ou erros micro-geométricos resultantes da ação
inerente do processo de usinagem, como: marcas de avanço, aresta postiça de corte,
desgaste da ferramenta, etc.
De uma grande variedade de forma de controle de integridade superficial, têm-se
como as mais comuns alterações mecânicas; entre as quais as variações de dureza, o
aparecimento de defeitos e a criação de tensões residuais. Alterações químicas, que
incluem efeitos de corrosão ou de contaminação do material da peça e alterações
metalúrgicas, entre as que se encontram o aparecimento de capa branca, de inclusões no
material e as transformações de fase.
Os danos na camada superficial da peça podem ser identificados como
conseqüência da realização de operações de usinagem sem controle, ou mal executadas.
A escolha incorreta do par fluido-ferramenta, a utilização de condições de usinagem e
de afiação e/ou material da ferramenta inadequados e uma lubrificação/refrigeração não
eficiente pode afetar, negativamente, as propriedades mecânicas do componente
usinado, pela diminuição de sua resistência à fadiga e ao desgaste. Isto se deve à
incidência dos danos térmicos oriundos do processo de usinagem, os quais provocam
alterações microestruturais, pela introdução de uma zona termicamente afetada pelo
calor, levando ao surgimento de tensões residuais.
O controle de temperatura na usinagem, portanto, pode oferecer vantagens,
especialmente em aplicações de alta precisão e exigências de integridade superficial.
Para se obter um material com uma boa integridade superficial, ou seja, com
poucos danos em sua superfície após o processo de usinagem, pode-se observar os
parâmetros da usinagem, utilização de fluidos lubrificantes e/ou refrigerantes, utilização
da ferramenta de corte compatível com o material que está sendo usinado.
Utilizando a técnica de usinagem por abrasão ultrasonora é especialmente
adequada ao processamento mecânico de materiais duros, frágeis e não condutores
elétricos, como o quartzo, onde os processos tradicionais e alguns não-tradicionais de
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usinagem não são aplicáveis. Em relação aos outros processos de usinagem, a vantagem
principal é uma melhor preservação da integridade superficial do material usinado.
A variação da qualidade superficial na usinagem por abrasão ultrasonora pode ser
obtida com a variação da granulometria do abrasivo empregado.
Através de tensões residuais compressivas. O choque por jateamento introduz uma
controlada tensão compressiva que acentua de uma magnitude predeterminada e a uma
profundidade na superfície. Para se conseguir uma superfície com estas tensões
compressivas através do jateamento, é necessário um rígido controle deste processo. Os
parâmetros básicos que devem ser controlados são o tamanho do grão, limpeza, e
uniformidade da força de choque; o tempo de exposição; a pressão do aplicada; a
distância do jato da superfície; e o ângulo de jateamento na superfície. Tensões
compressivas também podem ser conseguidas através do polimento.
Alterações geradas na superfície no processo de fabricação influenciarão
diretamente nas propriedades e no comportamento do material.
De fato a rugosidade de uma superfície é controlada por vários parâmetros: máquina
ferramenta, propriedades do material da peça, geometria e material da ferramenta e
processo de usinagem.
As ondulações geradas na superfície podem ser controladas estudando-se as
vibrações e as deflexões da ferramenta e da peça, devido às forças que atuam na
usinagem, como também a fixação da peça e o posicionamento da ferramenta. Para seu
controle devem-se utilizar peças grandes (grandes seções transversais) que são rígidas
que tenderão a defletir menos a peça como também evitar as ondulações.
Medição da rugosidade
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A superfície da peça apresenta perfis de rugosidade bastante diferentes (apresenta
saliências e reentrâncias irregulares) entre si. Para dar acabamento adequado às
superfícies é necessário, portanto, determinar o nível em que elas devem ser usinadas,
ou seja, deve-se adotar um parâmetro que possibilite avaliar a rugosidade. A rugosidade
pode ser avaliada através de um aparelho denominado rugosímetro, onde este pode fazer
um perfil de rugosidade, existem vários tipos de medição de rugosidade, o mais
conhecido e usual é a Rugosidade Média Aritmética (Ra). A seguir temos na figura 9,
valores de rugosidade para diferentes tipos de processos de usinagem.
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- Trincas, devido às tensões excessivas no resfriamento.
Observação microscópica
A análise microscópica consiste no estudo dos produtos metalúrgicos, com o
auxílio de um microscópio, permitindo observar a granulação do material, a natureza,
forma, quantidade e distribuição dos diversos constituintes ou de certas inclusões, etc,
que em seu conjunto conduzem a uma série de conclusões interessantes e de utilidade
prática.
Medição da microdureza
A microdureza é a resistência à penetração que o material impõe a um
indentador. Existem várias formas de medir a microdureza, como o ensaio de
Microdureza Vickres, Microdureza Knoop, Microdureza Rockwell, dentre outros. O
processo consiste em trazer à superfície do material altamente polida e/ou atacada, um
indentador com ponta de diamante, lapidada com precisão, em três facetas, formando
entre si um ângulo sólido, reto, sendo o ponto de interseção a ponta de trabalho. Sob a
pressão determinada, durante um determinado tempo. Para se obter o resultado, mede-se
a impressão, pelo uso de um microscópio óptico perfeitamente calibrado, e faz uma
relação com a carga aplicada, achando assim, o valor da microdureza.
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7.2 Usinagem por feixe de elétrons
Este método baseia-se no princípio de que o bombardeamento de elétrons gera
energia, ou seja, quando os elétrons são acelerados e concentrados em um feixe, uma
intensa energia cinética é produzida.
Quando o feixe assim concentrado choca-se contra uma superfície bem definida,
o impacto faz com que a energia cinética transforme-se em energia térmica, alcançando
altíssimas temperaturas, capazes de fundir praticamente todos os tipos de materiais
conhecidos.
Dependendo do modo como o feixe é aplicado sobre a peça, pode ser usado para
outras finalidades, além da soldagem, como o tratamento térmico, o corte de materiais e
a microusinagem.
A figura 10 é mostrado como a localização do ponto de foco possibilita a
obtenção de diferentes aplicações do feixe.
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remove-se o material por descargas elétricas, onde ocorre uma transmissão de calor que
provoca a fusão e a evaporação de volumes de material. Em muitos casos tem se
mostrado que o processo de usinagem por descarga elétrica tem contribuído
consideravelmente na obtenção de peças com boa integridade superficial,
principalmente com adição de pós ao fluído dielétrico.
8. ESTUDOS DE CASO
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superfícies das amostras não mostraram nenhuma alteração da microestrutura. Baseado
nos resultados pode ser concluído que o aço M-50 “Hard Turning é um processo de
manufatura favorável”. Uma possível aplicação para este processo é a usinagem de um
eixo principal para motor aéreo.
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abrasiva. Choques de jateamento tornaram a camada de tensão residual altamente
compressiva.
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Figura 11 - Máxima capa branca (15 mícrons) observada
em Sverker (primeiro corte).
Também, a mínima capa branca observada através de microfotografia em
Sverker 21 mostra-se na seguinte figura, com uma espessura de uns 7-8 mícrons.
Apreciam-se zonas nas que quase não há capa branca.
No caso do aço Orvar, as capas afetadas parecem ser algo menores. Assim, a
máxima observada por microfotografia foi de uns 7 mícrons, e a mínima de 4 mícrons.
Ambas mostram-se nas seguintes figuras.
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Os ensaios de microdureza revelam uma profundidade algo maior de capa
afetada, já que, logicamente, incluem a capa revenida.
Observou-se uma profundidade da capa afetada máxima de uns 30-35 mícrons
para as provetas correspondentes ao primeiro corte no caso do Sverker 21. A análise das
provetas cortadas incluiu um estudo do aparecimento de gretas devidas ao processo de
erosão. Estas gretas, que costumam-se denominar microfissuras, aparecem na zona
correspondente à capa branca, na que se dá martensita (dura e frágil). Também podem
ser devidas a uma resolidificação defeituosa do material que previamente se havia
fundido em alguma faísca anterior.
Nas provas realizadas unicamente detectaram-se gretas na capa branca, não
havendo encontrado em nenhum dos casos gretas na zona revenida.
A Figura 15 mostra uma das microfissuras encontradas numa das provetas
cortadas em Sverker.
Repassos - Apesar de que é lógico pensar que se o primeiro corte não danifica o
material, os posteriores repassos (de menor energia) também não o farão. Realizaram-se
análises de provetas cortadas em condições de 1 e 2 repassos em Sverker 21. Os
resultados mostram valores da capa de entre 4 e 6 mícrons no caso de corte e um
repasso, baixando a espessura de capa até 2-3 mícrons no caso de corte e dois repassos.
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ferramenta, aderência da fase macia na superfície já usinada, remoção gradual dos
fragmentos do material através de cavacos e a quebra da fase eutética que é frágil.
Por fim, há uma relação entre a quantidade da fase dúctil e a rugosidade da nova
superfície formada.Assim, conhecendo o quanto de fase dúctil tem o material pode-se
prever a rugosidade superficial do mesmo. Dessa forma, as análises microestruturais,
bem como as medidas de rugosidade, são a base para se entender as características de
uma superfície e as condições pelas quais ela foi trabalhada.
9. CONCLUSÃO
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. LIVROS
[1] FERRERESI, D.; Fundamentos da Usinagem dos Metais. 1. ed. São Paulo:
Editora Edgard Bücher e EDUSP, 1970.
[5] Walmsley AD, Lumley PJ, Blunt L, Spence D.Surface integrity of composite
inlays following ultrasonic vibration.
2. HOMEPAGES
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