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AFO PARA CONCURSOS

| MÓDULO 1 – Prof. Leandro Ravyelle


OS: 0029/2/17-Gil OS: 0029/2/17-Gil

AFO
PARA CONCURSOS
MÓDULO 1

Prof. Leandro Ravyelle

CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222
1
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220
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CONCURSO:

Divisão de aulas
Aula 1: Noções de Orçamento Público: Conceito; Instrumentos Básicos de Planejamento; Princípios
Orçamentários;
ASSUNTO: Aula 2: Técnicas de Elaboração Orçamentária; Recursos para execução dos programas:
Aula 3: Exercício Financeiro; Créditos Orçamentários
Aula 4: Créditos Adicionais.

''Se você traçar metas absurdamente altas e falhar,


seu fracasso será muito melhor que o sucesso de
todos” – James Cameron
Análise do último edital TRF 5ª região
Noções de Administração Financeira e Orçamentária: Noções de Orçamento Público: Conceito; Instrumentos Básicos de
Planejamento; Princípios Orçamentários; Técnicas de Elaboração Orçamentária; Recursos para execução dos programas:
Exercício Financeiro; Créditos Orçamentários e Créditos Adicionais.

LEGISLAÇÃO - CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...)
Art. 30. Compete aos Municípios:
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (...)
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts.
49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso
forçado; (...)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição; (...)
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e,
especialmente, contra:
VI - a lei orçamentária; (...)
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de
2003)
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.

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§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de
moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo
na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a
realização do disposto no § 11 do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

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Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental,
pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas
caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam
sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que
se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo
Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas
relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será
computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou
encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos
impedimentos de ordem técnica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista no §11 deste artigo, for
destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo destinatário e não

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integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o
caput do art. 169. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a programação, na forma do § 11
deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o
remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei
sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de
2015)
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não
deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei
orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias previstas no § 11 não serão de execução
obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 14. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 86, de 2015)
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira prevista no § 11 deste
artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado
fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a
mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 86, de 2015)
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e
impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares
ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

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X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de
despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos
de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento
de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão
ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa
prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais,
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos,
serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar
referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de
remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo,
emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
TÍTULO X
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos, distribuindo-se os
recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a partir da situação verificada no biênio
1986-87.
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. (...)

Considerações iniciais...
O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo. Dessa forma, pode-se definir a Administração
Financeira e Orçamentária como a disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na Administração
Pública, bem como os atos que potencialmente poderão afetar o patrimônio do Estado. O estudo de AFO visa assegurar a
execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a direção, o controle e a
tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases.
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por
certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados
pela política econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. De acordo com Abrúcio e
Loureiro, “o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas. Através
dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los
entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas
centrais de uma ordem democrática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe
inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo
de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo”.

FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO


O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados, utilizando os instrumentos de intervenção de
que dispõe o Estado. A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave (1974), a qual se tornou clássica. Ele
propôs uma classificação denominada de funções fiscais. Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento
de ação do Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias funções do orçamento: alocativa,
distributiva e estabilizadora.
1. Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. É o Estado oferecendo determinados bens e
serviços necessários e desejados pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor público pode
atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via mecanismos que propiciem condições para que sejam
viabilizados pelo setor privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária eficiência de
infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios.
Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o desenvolvimento, porém são necessários altos valores
com retornos demorados, que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa área. Outro aspecto relevante é
a existência de externalidades, que afastam o mercado da eficiência econômica, sendo denominadas de positivas quando as
ações implicam em benefícios sociais além dos custos privados, como a instalação de uma linha de metrô que diminui o
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número de veículos transitando; e de negativas quando as ações implicam em prejuízos sociais além dos custos privados,
como no caso da poluição de um rio por uma indústria. No caso de externalidades positivas, a função alocativa se evidenciará
no incentivo governamental, como por meio de subsídios e desoneração da tributação; ao passo que no caso de
externalidade negativa deverá haver um desincentivo governamental, como por meio de maior tributação, de multas e até
de proibição.
Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem características peculiares que tornam inviável seu
fornecimento pelo sistema de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e de uma forma
indivisível, independentemente de o particular querer ou não usufruir desse bem. Já os bens meritórios (ou semipúblicos)
excluem a parcela da população que não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo setor
privado, no entanto, podem e devem também ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua importância para a sociedade,
como a educação e a saúde.

2. Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da necessidade de
correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista, contrabalanceando equidade e eficiência. Os instrumentos
mais usados para o ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se como exemplo de medida distributiva
o imposto de renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentação, transporte e moradia populares.
Outro exemplo é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular, financiados por tributos incidentes sobre os bens
consumidos pelas classes de rendas mais altas.

3. Função estabilizadora: visa manter a estabilidade econômica, diferenciando-se das outras funções por não ter como
objetivo a destinação de recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção de elevado nível de
emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se, ainda, a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de
razoável taxa de crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação sobre a demanda agregada, que
representa a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora age na demanda agregada de forma a
aumentá-la ou diminuí-la.

Questões de prova!
1. IBFC- EBSERH Analista Administrativo - Administração (HUAP-UFF) 2016 - Leia as afirmações abaixo e assinale a
alternativa correta.

I. A alocação de recursos pela atividade estatal acontece quando não houver eficiência da iniciativa privada ou quando a
natureza da atividade indicar a necessidade da presença do Estado.
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II. O Estado deverá controlar os setores que produzem em bem público, entendido como o bem que não se limita a um
único consumidor, mas deve estar à disposição de todos.
III. Para financiar a produção de bens públicos, o setor governamental utiliza-se da tributação, ou seja, dos impostos
cobrados direta ou indiretamente dos agentes econômicos e dos cidadãos.

a) Todas as afirmações estão corretas


b) Nenhuma das afirmações está correta
c) Somente a afirmação I está correta
d) Somente a afirmação II está correta
e) Somente a afirmação III está correta

2. IBFC- EBSERH Analista Administrativo - Administração (HUAP-UFF) 2016 - Leia a frase a seguir e assinale a alternativa
que preenche corretamente a lacuna. ________________ é o processo pelo qual o governo divide os recursos para a
utilização no setor público e privado, oferecendo bens públicos, semipúblicos ou meritórios, como rodovias, segurança,
educação, saúde entre outros, aos cidadãos. Dessa forma está associada ao fornecimento de bens e serviços não
oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

a) Função distributiva
b) Função estabilizadora
c) Inflação
d) Função alocativa
e) Fundo monetário

3. FGV - Prefeitura de Cuiabá - MT Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal 2016 - Em relação às funções do
governo, analise as afirmativas a seguir. I. A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função distributiva
ou estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os valores arrecadados. II. A expansão do sistema de água e
esgoto para áreas desfavorecidas está relacionada à função distributiva. III. Um programa de estímulo às contratações
de jovens por empresas, em contrapartida de abono fiscal, é considerado função estabilizadora.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

O orçamento público no Brasil


No orçamento impositivo, uma vez consignada uma despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. No
Brasil, é adotado para a execução de emendas parlamentares individuais.
No orçamento autorizativo, adotado no Brasil na quase totalidade da LOA, o Poder Público tem a discricionariedade para
avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou não ser executado.

TIPOS DE ORÇAMENTO
1. Orçamento Legislativo: a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder Legislativo.
Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de
1891.
2. Orçamento Executivo: a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder Executivo. É típico de
regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937.
3. Orçamento Misto: a elaboração e a execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o
controle. Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988.

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Questão de prova!
4. 2015- CESPE – TCU Auditor Federal de Controle Externo - Considerando a evolução conceitual da terminologia usada
em referência ao orçamento, o Brasil utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história.
(  ) Certo (  ) Errado

Disposições constitucionais
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) vemos essa integração, por meio da
definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo.
Segundo o art. 165 da CF/1988:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais”.
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na Administração Pública brasileira, com a integração
entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O PPA, assim como a
LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros precários instrumentos de planejamento,
como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que
possui quatro anos de duração.
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as
diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento mais
próximo do estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a
distância entre o plano e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos existentes
antes da CF/1988.
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É
o orçamento propriamente dito.

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Questão de prova!
5. (CESPE – Agente Administrativo - DPU – 2016) As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do
Poder Executivo.
(  ) Certo (  ) Errado

ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL


Plano Plurianual
O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de planejamento da esfera pública. Como atualmente o
planejamento é determinante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA assume um papel de
protagonismo no que diz respeito à execução do orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano. O trecho constitucional que traz algo como uma
“definição do PPA” é o seguinte:
Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada.
Outro trecho da Constituição que reforça, ao mesmo tempo, a importância do PPA e sua “preferência” pelas despesas com
investimentos é o art. 167, § 1º:
Art. 167, § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Questão de prova!
6. FCC –TRF5R 2012 - De acordo com a Constituição Federal brasileira de 1988, uma despesa que não pode ser iniciada
sem prévia inclusão no Plano Plurianual ou sem lei que autorize a sua inclusão, é a despesa com

A) construção de um hospital, cuja execução será em três anos.


B) aquisição de material de consumo, cujo uso será em três meses.
C) construção de uma praça, cuja execução será em oito meses.
D) passagens e diárias para participação em eventos técnicos.
E) juros e encargos da dívida fundada.

E os tais “programas de duração continuada”?


Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em orçamento público no Brasil, esse termo não foi
bem delimitado pela CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja duração se estenda no tempo, mas
isso retiraria o caráter estratégico do PPA (não se pode “planejar tudo” atribuindo a mesma relevância a todos os
elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não há definição, “programas de duração continuada”,
pelo menos na esfera federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à prestação de serviços à
comunidade.
Outro trecho da CF/88 interessante para nosso estudo é o seguinte:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja só:

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Art. 21. Compete à União: (...)


IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Questão de prova!
7. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2012) Em relação ao Plano Plurianual, considere:

I. Lei que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
II. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
Plano Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
III. Lei que dispõe sobre o Plano Plurianual estabelece as normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos e das operações de créditos para as despesas de
capital.
IV. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância
com o Plano Plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Está correto o que se afirma apenas em

A) II e III.
B) III e IV.
C) II e IV.
D) I e III.
E) I e II.

Prazos para o Ciclo do Orçamento


Na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e
estarão em vigor enquanto não for editada a lei complementar prevista na CF/1988, a qual deve versar sobre o tema.

Questão de prova!
8. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se com os planos nacionais, regionais e
setoriais.
(  ) Certo (  ) Errado

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Lei de Diretrizes Orçamentárias


As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são:
art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. A LDO é
anual no sentido de que a cada ano teremos uma LDO (LDO-2016, LDO-2017, LDO-2018 etc). Todavia, a vigência (duração) da
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento do primeiro período legislativo e
orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo
do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2016 terá vigência já em 2016 para que oriente a
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2017, quando ocorrerá a execução Orçamentária.
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro
(15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17
de julho). A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO, ou seja, não haverá recesso parlamentar se a
LDO não for aprovada. Ainda, as emendas parlamentares destinadas à modificação do projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias não poderão ser aprovadas se forem incompatíveis com o plano plurianual.
Além disso, a LDO deve trazer “linhas de conduta” para as agências de fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos
estatais, que terão sua forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo que a LDO houver
estabelecido.
Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como
quanto a outros fatores que levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criaçãode cargos, empregos e funções ou alteração
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.
Questão de prova!
9. (FCC/ANALISTA/PGE-BA/2013) É função da Lei de Diretrizes Orçamentárias

A) estabelecer as metas e prioridades da Administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
B) estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

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C) fixar o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
D) não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.
E) conter o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.

10. (CESPE – Auditor - Conselheiro Substituto – TCE/PR – 2016) As propostas orçamentárias que visem a criação de cargos,
empregos e funções devem constar na LDO.
(  ) Certo (  ) Errado

11. (FCC/ANALISTA/TCE-AP/2012) Para a concessão de vantagem ou aumento de remuneração dos servidores públicos da
administração pública direta NÃO é necessário

A) obediência aos limites com despesa com pessoal fixados na Lei de Responsabilidade Fiscal.
B) prévia dotação orçamentária suficiente para atender os acréscimos às projeções da despesa com pessoal.
C) abertura de crédito extraordinário para custear este aumento de despesa imprevisível e urgente.
D) autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.
E) respeitar o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.

Lei Orçamentária Anual


A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de
despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito.
Quanto aos prazos, a Lei Orçamentária Anual federal, conhecida ainda como Orçamento Geral da União (OGU), também
segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária anual deverá ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro)
do exercício de sua Elaboração.
Para falar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da Constituição de 1988.
Começamos, então, com a Lei:
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
Questão de prova!
12. FCC TRF5R – 2012 De acordo com a Lei no 4.320/1964, a Lei do Orçamento conterá a discriminação

A) da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo.
B) dos ativos e passivos financeiros de forma a evidenciar a gestão financeira dos recursos públicos.
C) dos bens, direitos e obrigações decorrentes da política econômica financeira e do programa de trabalho do Governo.
D) dos ativos e passivos de forma a evidenciar a gestão patrimonial dos recursos públicos.
E) da receita, despesa e obrigações de forma a evidenciar a situação econômica e financeira do ente público.

Um ponto a se destacar inicialmente é que a evidenciação da “política econômica e financeira” e do “programa de trabalho
do governo”, até hoje, é realizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela.
E a composição “física” da LOA, como é?
Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

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O orçamento fiscal é o “orçamento geral”, por natureza. A palavra “fiscal”, resgatando a informação lá do Direito Tributário,
diz respeito a “recursos obtidos pelo Estado”. Por exemplo, um tributo fiscal tem por objetivo, primordialmente, a obtenção
de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com intenções para além desta – embora também envolvesse a obtenção de
receita.
Então, o orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A
maior parte dos programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.
O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a receitas e despesas relativas à área da seguridade
social. Conforme a Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a assistência social. Para
assegurar que os recursos permaneçam vinculados a essas subáreas tão importantes, até um “perfil orçamentário” à parte
foi criado pela CF/88.
Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respeito às aplicações de recursos no capital social
de empresas das quais a União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto – ou seja, são
empresas em que a União tem supremacia no tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto
empresas públicas quanto sociedades de economia mista.

Mais um trecho interessante para a leitura:


Art. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo:
Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Questão de prova!
13. (FCC/ANALISTA/DPE-RS/2013) Em relação à Lei Orçamentária Anual, a qual compreende o orçamento fiscal,
investimento das empresas e seguridade social, é correto afirmar que o orçamento
A) da seguridade social, abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

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B) de investimento das empresas abrange todas as despesas correntes e de capital das empresas estatais em que a União
participe do seu capital social com ou sem direito a voto.
C) fiscal abrange somente as receitas tributárias e as despesas a elas vinculadas.
D) da seguridade social abrange apenas as receitas de contribuições dos servidores ativos e inativos e as despesas com
pagamentos de aposentadorias e pensões.
E) fiscal estabelece normas de gestão orçamentária, financeira e patrimonial da administração pública direta e indireta,
bem como as condições para a instituição e funcionamento de fundos.

14. (FCC - Analista Judiciário – Judiciária – TRT/14ª – 2016) De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO, é
INCORRETO afirmar:

A) Compreende as metas e prioridades da Administração pública.


B) Orienta a elaboração do Plano Plurianual − PPA e da Lei Orçamentária Anual − LOA.
C) Dispõe sobre alterações na legislação tributária.
D) Compreende as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
E) Estabelece as políticas para as agências financeiras oficiais de Fomento.

15. (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/8 – 2016) As alterações na legislação tributária somente podem
vigorar após serem incluídas na lei de diretrizes orçamentárias.
(  ) Certo (  ) Errado

15. (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/PI – 2016) A autorização para aumento de remuneração dos
membros do Poder Legislativo deve estar contida no PPA.
(  ) Certo (  ) Errado

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO
De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes
da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode conhecer, a
priori, todas as receitas e despesas do governo. Está na Lei 4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º.”
O art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o constituinte determina a abrangência da LOA:
“§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá:
I –o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II –o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”

2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE


Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano. Está na Lei
4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”
E também na nossa Constituição Federal de 1988:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
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I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”
É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência limitada a
um exercício financeiro. A ideia, em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao Congresso
permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos públicos. No Brasil, tal princípio coincide com o ano civil,
segundo a Lei 4.320/1964:
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”

3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE


Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um
para cada ente da Federação em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos e permite
ao Poder Legislativo o controle racional e direto das operações financeiras de responsabilidade do Executivo. Também está
consagrado na Lei 4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”
Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o princípio da unidade foi efetivamente colocado em
prática somente com a CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas, como o orçamento
monetário, o qual sequer passava pela aprovação legislativa. Concluindo, o princípio da totalidade não necessariamente
significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento
necessariamente multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento,
com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem
distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si.
Unidade: O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da
federação em cada exercício financeiro.
Totalidade: há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação.

4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO


O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento ou em qualquer das espécies
de créditos adicionais nos seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que
apenas este último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer
deduções. Também está na Lei 4.320/1964:
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da
entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.”
Não importa se o saldo líquido será positivo ou negativo, o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos
montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação de matérias sem nenhuma
pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a Lei Orçamentária não
poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de
créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o
orçamento não pode conter matéria de Direito Penal. Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o
conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de
se tirar proveito de um processo legislativo mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência com
seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao
princípio possibilitam uma pequena margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações
orçamentárias. Possui previsão no art. 165 da CF/1988:
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“§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo
na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.”
E também no art. 7º da Lei 4.320/1964:
“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a
insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar
para atender a sua cobertura.
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se incluirá na receita quando umas
e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo
realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar da
própria Lei de Orçamento”.
Finalizando, é fundamental guardar que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por ARO.

6. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO


O princípio da especificação ou discriminação (ou ainda, especialização) determina que, na Lei Orçamentária Anual, as
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a
função de acompanhamento e controle do gasto público por toda a sociedade, evitando a chamada “ação guarda-chuva”,
que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um
detalhamento tão grande de receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a seguir o princípio
da especificação. O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio da especificação não tem
status constitucional (não tem previsão constitucional), porém está em pleno vigor por estar amparado pela legislação
infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5º dispõe:
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.”
As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha que, se
tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais despesas são classificadas como despesas de capital e
também chamadas de investimentos em regime de execução especial. O referido art. 20 ainda determina que os
investimentos sejam discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações. A LRF
estabelece a vedação de consignação de crédito orçamentário com finalidade imprecisa1, exigindo a especificação da
despesa. Esse mesmo artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de contingência2. A reserva de
contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que são episódicas, contingentes ou
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações
emergenciais. As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são quanto à dotação global, pois
não necessitam de discriminação. Não deve ser confundido com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos.
Cuidado para não confundir Orçamento Bruto com Discriminação. O princípio da discriminação (ou especialização ou
especificação) determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicação dos
recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público. Já o princípio do orçamento
bruto impede a inclusão apenas dos montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a apuração e a divulgação dos dados da arrecadação
líquida, sem a indicação das deduções previamente efetuadas a título de restituições, ferem o princípio do orçamento bruto.

7. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO


O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir
recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura
de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do
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Poder Legislativo. Entretanto, há uma exceção, acrescida pela Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015: ato
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir recursos de
uma categoria de programação no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções.
Veja os dispositivos constitucionais:
“Art. 167. São vedados:
(...)
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
(...)
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra poderão
ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa
prevista no inciso VI deste artigo.”

8. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS


O princípio da quantificação dos créditos orçamentários veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados. Está na
CF/1988:
“Art. 167. São vedados:
(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.”
A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. O princípio da quantificação dos
créditos orçamentários determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva dotação, limitada, ou seja,
cada crédito deve ser acompanhado de um valor determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.
O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio:
“Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.”

9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública, que são legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões
sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial. É condição de eficácia do ato a
divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a informação na elaboração
e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer interessado às informações necessárias ao
exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.

10. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA


A transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados com publicidade, mas também com ampla
prestação de contas em diversos meios. A LRF determina ampla divulgação, inclusive em meio eletrônico, dos instrumentos
de planejamento e orçamento, da prestação de contas e de diversos relatórios e anexos:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; da liberação ao
pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução

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orçamentária financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e da adoção de sistema integrado de administração
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.

11. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO


O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas na lei
orçamentária anual. A LRF determina que a lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.”
A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário, caso em que as receitas sejam menores que as
despesas. Assim, o princípio do equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está explicitado na CF/1988). No entanto,
contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas operações
de crédito, que também devem constar do orçamento.

12. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS


O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida
para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Está na Constituição Federal, no art. 167,
inciso IV:
“Art. 167. São vedados:
(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.”
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a
despesas tornam essas despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar a flexibilidade na
alocação das receitas de impostos. Caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculação, mesmo que
em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único do art. 8º da LRF:
“Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.”
Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos. Apenas os impostos não podem ser vinculados por
lei infraconstitucional. As ressalvas são:
a) Repartição constitucional dos impostos;
b) Destinação de recursos para a Saúde;
c) Destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino;
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.

13. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO


O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada, planejada. O princípio da programação decorre
da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e a forma de
programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da programação é decorrente da evolução das funções do
orçamento e que não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-programa. O princípio da

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programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais,
regionais e setoriais de desenvolvimento.

14. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE


Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Executivo para
discussão e aprovação pelo Congresso Nacional.

15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE


O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício
ou interesse, precisam manipulá-lo. Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.
Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento eficiente de
governo e administração.

16. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE OU CONSISTÊNCIA


O princípio da uniformidade ou consistência dispõe que o orçamento deve manter uma mínima padronização ou
uniformidade na apresentação de seus dados, de forma a permitir que os usuários realizem comparações entre os diversos
períodos. O orçamento de cada ente deve apresentar e conversar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura
que permita comparações entre os sucessivos mandatos. Apesar de facilitar para os usuários, tal princípio perdeu um pouco
de importância, pois atualmente é possível fazer realinhamentos de séries históricas utilizando outros meios, que trazem
dados passados para a formatação atual.

Questões de prova!
16. 2016 FCC TRT- 3R Analista Judiciário – Administrativa - Um analista judiciário examinou o orçamento previsto para o
Poder Judiciário referente ao exercício de 2015 e verificou que a peça orçamentária abordou aspecto relacionado ao
cumprimento do princípio orçamentário da exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça orçamentária

A) incluiu todas as receitas e todas as despesas.


B) foi elaborada para um período determinado.
C) autorizou a contratação de operação de crédito.
D) conteve dotações específicas para despesas com pessoal.
E) foi autorizada pelo Poder Legislativo.

17. 2016 FAFIPA – APPA/PR - Investimentos públicos em logística e infraestrutura, como a ampliação de modais
ferroviários, podem contribuir para a criação de novas rotas, bem como ampliar a capacidade de movimentação de
cargas até os Portos de Paranaguá e Antonina. Para realizar esses investimentos o governo precisa elaborar um
orçamento público, pautado em uma série de princípios. Nesse contexto, é CORRETO afirmar que:

A) O princípio orçamentário que preceitua que todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma única lei
orçamentária é o princípio do equilíbrio.
B) No orçamento público, devem constar apenas conceitos e informações que se relacionem com a fixação de despesa, ou
com a previsão de receita, o que é conhecido com o princípio da unidade.
C) A necessidade de que todas as parcelas de receita e de despesas sejam apresentadas em seus valores brutos refere-se
ao princípio da exclusividade.
D) O princípio que pressupõe que o orçamento público deve conter todas as despesas e também todas as receitas da
administração pública é o princípio da universalidade.

18. IBFC 2016 - Técnico de Controle Externo TCM-RJ - Segundo os artigos 3º e 4º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orçamentária
deverá conter todas as receitas e despesas. Isso possibilita controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios
administrados pelo ente público. Este é o princípio orçamentário da:

A) Universalidade, que significa a obrigatoriedade de figurar no orçamento, pelas suas respectivas totalidades, as receitas
e as despesas que deverão ser realizadas pela entidade pública, sem quaisquer deduções

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B) Anualidade ou Periodicidade, que significa que o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado
período de tempo, geralmente um ano
C) Legalidade, que significa que o Poder Público somente pode fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei
expressamente autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei
D) Unidade, que significa que cada ente da federação (União, Estado ou Município) deve possuir apenas um orçamento,
estruturado de maneira uniforme.

19. IFCE 2014 Administrador - No que diz respeito aos princípios orçamentários, marque a alternativa incorreta:

A) De acordo com o princípio da globalização, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos
Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta.
B) Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de um ano.
C) De acordo com o princípio da inteligibilidade, o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e
compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo.
D) O princípio da especialização determina que o administrador público não pode transpor, remanejar, ou transferir
recursos sem autorização.
E) O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação do orçamento em programas, dispondo que o
orçamento deva ter o conteúdo e a forma de programação.

20. IFCE 2014 Administrador - O orçamento deve conter apenas previsão de receita e fixação de despesas, com exceção das
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
Trata-se do princípio da(o)

A) Totalidade.
B) Orçamento bruto.
C) Exclusividade.
D) Quantificação dos créditos orçamentários.
E) Publicidade.

21. IFCE 2012 Auditor - Sobre aos princípios orçamentários, é correto afirmar-se que

A) o princípio do orçamento bruto determina que a lei orçamentária deverá conter todas as receitas e despesas, para
possibilitar o controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios administrados pelo ente público.
B) o princípio da não vinculação das receitas dispõe que a receita orçamentária dos tributos não pode ser vinculada a
órgãos ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela Constituição.
C) o princípio da universalidade estabelece que cada ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios)
deve possuir apenas uma única lei orçamentária.
D) o princípio da anualidade estabelece que o orçamento se limita a período determinado de tempo, o chamado exercício
financeiro que, de acordo com o artigo 34 da Lei nº 4.320/64, coincide com o ano civil.
E) o princípio da exclusividade definiu que todas as receitas e despesas constarão na lei de orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.

22. CONSULPLAN 2014 Contador – CBTU - A seleção dos objetivos que se procuram alcançar, assim como a determinação
das ações que permitam atingir tais fins e o cálculo e a consignação dos recursos humanos, materiais e financeiros, para
a efetivação dessas ações, é o que estabelece o Princípio Orçamentário da :

A) Unidade.
B) Anualidade.
C) Programação
D) Universalidade.

23. CONSULPLAN 2014 MAPA- Agente administrativo - Sobre os princípios orçamentários, é INCORRETO afirmar que,
segundo o

A) princípio do equilíbrio, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total
das receitas estimadas para o mesmo período.
B) princípio da anualidade, da temporalidade ou, ainda, da periodicidade, a autorização do gasto deve ser dada para cada
exercício financeiro que coincidirá com o ano civil.

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C) princípio de unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja, cada esfera do Governo (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) deve possuir apenas um orçamento, tendo como fundamentação uma única política orçamentária e uma
estrutura uniforme.
D) princípio da clareza, o orçamento público deve expressar o programa de trabalho de cada entidade do setor público,
detalhando, por meio de categorias apropriadas, como, onde e com que amplitude o setor público irá atuar no exercício
a que se refere a Lei Orçamentária.

24. IADES 2014 - Metrô/DF - Constitui-se em uma violação ao princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da
Constituição Federal, incluir na Lei Orçamentária Anual (LOA) dispositivo referente à autorização para

A) abrir crédito suplementar.


B) contratar operações de crédito de longo prazo.
C) contratar operação de crédito por antecipação de receita orçamentária.
D) contrair operações de crédito para atender insuficiência de caixa do governo.
E) instituir imposto sobre comércio eletrônico

25. CONSULPLAN 2013 TER-MG - Os Princípios Orçamentários visam estabelecer regras norteadoras básicas, a fim de
conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do Orçamento
Público. Válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos – União, Estados,
Distrito Federal e Municípios – são estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais, infraconstitucionais e pela
doutrina. Sobre os Princípios Orçamentários, assinale a afirmativa INCORRETA.

A) A Lei Orçamentária Anual de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público em cumprimento ao estabelecido de
forma expressa na legislação.
B) O princípio da unidade ou totalidade expressa que todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício
financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual (LOA),
exclusivamente, para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, não se aplicando ao Orçamento de Investimento das
Empresas Estatais.
C) Na elaboração e execução do orçamento público considera-se o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao
qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na Lei Orçamentária Anual (LOA) irão se referir. No
caso brasileiro, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil e, por isso, será de 1º de janeiro até 31 de dezembro de
cada ano, em atendimento ao princípio da anualidade e da periodicidade.
D) As disposições contidas nos artigos 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determinam ao governo,
por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a execução
orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a
execução da despesa, as quais expressam o mesmo que o princípio orçamentário da transparência.
E) A elaboração da proposta ou projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) é de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder
Executivo. Cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, se
subordina aos ditames da lei. A aprovação do projeto de orçamento ocorre quando convertido em lei, em cumprimento
ao princípio da legalidade aplicado à Administração Pública, segundo o qual a Constituição Federal de 1988, no seu Art.
165, estabelece a necessidade de formalização legal das leis orçamentárias.

GABARITO.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A D E C A C E A C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A A B E E C D A D C
21 22 23 24 25
D C D E B

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III - Quadro demonstrativo do programa anual de


trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e
de prestação de serviços.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as
receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas
Presidência da República em lei.
Casa Civil
Parágrafo único. Não se consideram para os fins
Subchefia para Assuntos Jurídicos
deste artigo as operações de credito por antecipação da
o
LEI N 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964. receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias, no ativo e passivo financeiros. (Veto
Texto compilado Estatui Normas Gerais de
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Direito Financeiro para
Mensagem de veto
elaboração e contrôle dos Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as
Vigência orçamentos e balanços da despesas próprias dos órgãos do Govêrno e da
União, dos Estados, dos administração centralizada, ou que, por intermédio dêles se
Partes mantidas pelo
Municípios e do Distrito devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Congresso Nacional
Federal. Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
sanciono a seguinte Lei; de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR parágrafo único.
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei
financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do deduções.
Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso
XV, letra b, da Constituição Federal. § 1º As cotas de receitas que uma entidade pública
deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no
TÍTULO I orçamento da entidade obrigada a transferência e, como
Da Lei de Orçamento receita, no orçamento da que as deva receber.

CAPÍTULO I § 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo


anterior, o calculo das cotas terá por base os dados
Disposições Gerais apurados no balanço do exercício anterior aquele em que
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a
da receita e despesa de forma a evidenciar a política transferência. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
econômica financeira e o programa de trabalho do Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter
Govêrno, obedecidos os princípios de unidade autorização ao Executivo para:
universalidade e anualidade.
I - Abrir créditos suplementares até determinada
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento: importância obedecidas as disposições do artigo 43;
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
por funções do Govêrno; II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro,
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa operações de crédito por antecipação da receita, para
segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº atender a insuficiências de caixa.
1; § 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado
respectiva legislação; a utilizar para atender a sua cobertura.

IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e § 2° O produto estimado de operações de crédito e
da Administração. de alienação de bens imóveis sòmente se incluirá na receita
quando umas e outras forem especìficamente autorizadas
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: pelo Poder Legislativo em forma que jurìdicamente
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
aplicação dos fundos especiais; § 3º A autorização legislativa a que se refere o
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito,
dos Anexos nºs 6 a 9; poderá constar da própria Lei de Orçamento.

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Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa Receita Patrimonial


de cada órgão do Govêrno ou unidade administrativa, a que
Receitas Imobiliárias.
se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma
Receitas de Valores Mobiliários.
do Anexo nº 2.
Participações e Dividendos.
§ 1° Os itens da discriminação da receita e da Outras Receitas Patrimoniais.
despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão
Receita Industrial
identificados por números de códigos decimal, na forma dos
Anexos nºs 3 e 4. Receita de Serviços Industriais.
Outras Receitas Industriais.
§ 2º Completarão os números do código decimal
referido no parágrafo anterior os algarismos Transferências Correntes
caracterizadores da classificação funcional da despesa,
Receitas Diversas
conforme estabelece o Anexo nº 5.
Multas.
§ 3° O código geral estabelecido nesta lei não
Contribuições
prejudicará a adoção de códigos locais.
Cobrança da Divida Ativa.
CAPÍTULO II Outras Receitas Diversas.
Da Receita RECEITAS DE CAPITAL
Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas Operações de Crédito.
entidades de direito publico, compreendendo os impostos, Alienação de Bens Móveis e Imóveis.
as taxas e contribuições nos termos da constituição e das Amortização de Empréstimos Concedidos.
leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu Transferências de Capital.
produto ao custeio de atividades gerais ou especificas Outras Receitas de Capital.
exercidas por essas entidades. (Veto rejeitado no D.O.
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes
05/05/1964)
categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de
Art. 10. (Vetado). Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
1982)
Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes
categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária,
Capital. de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos
§ 1° São Receitas Correntes as receitas tributária,
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público
patrimonial, industrial e diversas e, ainda as provenientes
ou privado, quando destinadas a atender despesas
de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
classificáveis em Despesas Correntes. (Redação dada
direito público ou privado, quando destinadas a atender
pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982)
despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da
§ 2º São Receitas de Capital as provenientes da
realização de recursos financeiros oriundos de constituição
realização de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os
de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; os
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em
privado destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento
Corrente. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
Corrente.
1982)
§ 3º O superávit do Orçamento Corrente resultante
§ 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante
do balanceamento dos totais das receitas e despesas
do balanceamento dos totais das receitas e despesas
correntes, apurado na demonstração a que se refere o
correntes, apurado na demonstração a que se refere o
Anexo n. 1, não constituirá item da receita orçamentária.
Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.
§ 4º A classificação da receita por fontes obedecerá (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982)
ao seguinte esquema:
§ 4º - A classificação da receita obedecerá ao
seguinte esquema: (Redação dada pelo Decreto Lei nº
RECEITAS CORRENTES 1.939, de 1982)
Receita Tributária
Impostos.
Taxas.
Contribuições de Melhoria.

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RECEITAS CORRENTES I - subvenções sociais, as que se destinem a


instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou
RECEITA TRIBUTÁRIA
cultural, sem finalidade lucrativa;
Impostos.
II - subvenções econômicas, as que se destinem a
Taxas. emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial,
comercial, agrícola ou pastoril.
Contribuições de Melhoria.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
RECEITA PATRIMONIAL destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários
à realização destas últimas, bem como para os programas
RECEITA AGROPECUÁRIA
especiais de trabalho, aquisição de instalações,
RECEITA INDUSTRIAL equipamentos e material permanente e constituição ou
aumento do capital de emprêsas que não sejam de caráter
RECEITA DE SERVIÇOS
comercial ou financeiro.
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as
OUTRAS RECEITAS CORRENTES dotações destinadas a:
RECEITAS DE CAPITAL I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em
utilização;
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
II - aquisição de títulos representativos do capital de
ALIENAÇÃO DE BENS
emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS quando a operação não importe aumento do capital;
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL III - constituição ou aumento do capital de entidades
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
CAPÍTULO III
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para
Da Despesa investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes de direito público ou privado devam realizar,
categorias econômicas: (Vide Decreto-lei nº 1.805, de independentemente de contraprestação direta em bens ou
1980) serviços, constituindo essas transferências auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de
DESPESAS CORRENTES Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
Despesas de Custeio dotações para amortização da dívida pública.

Transferências Correntes Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art.


12, a discriminação ou especificação da despesa por
DESPESAS DE CAPITAL elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de
Investimentos govêrno, obedecerá ao seguinte esquema:

Inversões Financeiras DESPESAS CORRENTES

Transferências de Capital Despesas de Custeio

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as Pessoa Civil


dotações para manutenção de serviços anteriormente Pessoal Militar
criados, inclusive as destinadas a atender a obras de Material de Consumo
conservação e adaptação de bens imóveis. Serviços de Terceiros
Encargos Diversos
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as
dotações para despesas as quais não corresponda Transferências Correntes
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para Subvenções Sociais
contribuições e subvenções destinadas a atender à Subvenções Econômicas
manifestação de outras entidades de direito público ou Inativos
privado. Pensionistas
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos Salário Família e Abono Familiar
desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de Juros da Dívida Pública
custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes.
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DESPESAS DE CAPITAL suplementação de recursos de origem privada aplicados a


êsses objetivos, revelar-se mais econômica.
Investimentos
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre
Obras Públicas
que possível, será calculado com base em unidades de
Serviços em Regime de Programação Especial
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos
Equipamentos e Instalações
interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência
Material Permanente
prèviamente fixados.
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de
Emprêsas ou Entidades Industriais ou Agrícolas Art. 17. Somente à instituição cujas condições de
funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos
Inversões Financeiras
oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
Aquisição de Imóveis
II) Das Subvenções Econômicas
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de
Emprêsas ou Entidades Comerciais ou Financeiras Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa emprêsas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
em Funcionamento mediante subvenções econômicas expressamente incluídas
Constituição de Fundos Rotativos nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado,
Concessão de Empréstimos do Município ou do Distrito Federal.
Diversas Inversões Financeiras
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como
Transferências de Capital subvenções econômicas:
Amortização da Dívida Pública a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre
Auxílios para Obras Públicas os preços de mercado e os preços de revenda, pelo
Auxílios para Equipamentos e Instalações Govêrno, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
Auxílios para Inversões Financeiras
b) as dotações destinadas ao pagamento de
Outras Contribuições.
bonificações a produtores de determinados gêneros ou
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o materiais.
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda
repartição a que serão consignadas dotações próprias.
financeira, a qualquer título, a emprêsa de fins lucrativos,
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão sido expressamente autorizada em lei especial.
consignadas dotações a unidades administrativas
SEÇÃO II
subordinadas ao mesmo órgão.
Das Despesas de Capital
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da
despesa far-se-á no mínimo por elementos. (Veto SUBSEÇÃO PRIMEIRA
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Dos Investimentos
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros
de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras
meios de que se serve a administração publica para
aplicações.
consecução dos seus fins. (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964) Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho
que, por sua natureza, não possam cumprir-se
§ 2º Para efeito de classificação da despesa,
subordinadamente às normas gerais de execução da
considera-se material permanente o de duração superior a
despesa poderão ser custeadas por dotações globais,
dois anos.
classificadas entre as Despesas de Capital.
SEÇÃO I
SUBSEÇÃO SEGUNDA
Das Despesas Correntes
Das Transferências de Capital
SUBSEÇÃO ÚNICA
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio
Das Transferências Correntes para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio
das emprêsas privadas de fins lucrativos.
I) Das Subvenções Sociais
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das
transferências de capital à conta de fundos especiais ou
possibilidades financeiras a concessão de subvenções
dotações sob regime excepcional de aplicação.
sociais visará a prestação de serviços essenciais de
assistência social, médica e educacional, sempre que a
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TÍTULO II Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de


Aplicação de Capital será anualmente reajustado
Da Proposta Orcamentária
acrescentando-se-lhe as previsões de mais um ano, de
CAPÍTULO I modo a assegurar a projeção contínua dos períodos.
Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de
Capital abrangerá:
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder
Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos I - as despesas e, como couber, também as receitas
estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos previstas em planos especiais aprovados em lei e
Municípios, compor-se-á: destinados a atender a regiões ou a setores da
administração ou da economia;
I - Mensagem, que conterá: exposição
circunstanciada da situação econômico-financeira, II - as despesas à conta de fundos especiais e, como
documentada com demonstração da dívida fundada e couber, as receitas que os constituam;
flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e
III - em anexos, as despesas de capital das entidades
outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e
referidas no Título X desta lei, com indicação das
justificação da política econômica-financeira do Govêrno;
respectivas receitas, para as quais forem previstas
justificação da receita e despesa, particularmente no
transferências de capital.
tocante ao orçamento de capital;
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de
II - Projeto de Lei de Orçamento;
Recursos e de Aplicação de Capital sempre que possível
III - Tabelas explicativas, das quais, além das serão correlacionados a metas objetivas em têrmos de
estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas realização de obras e de prestação de serviços.
distintas e para fins de comparação:
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios que se pretendem obter com a realização de cada
anteriores àquele em que se elaborou a proposta; programa.
b) A receita prevista para o exercício em que se Art. 26. A proposta orçamentária conterá o
elabora a proposta; programa anual atualizado dos investimentos, inversões
financeiras e transferências previstos no Quadro de
c) A receita prevista para o exercício a que se refere
Recursos e de Aplicação de Capital.
a proposta;
SEÇÃO SEGUNDA
d) A despesa realizada no exercício imediatamente
anterior; Das Previsões Anuais
e) A despesa fixada para o exercício em que se Art. 27. As propostas parciais de orçamento
elabora a proposta; e guardarão estrita conformidade com a política econômica-
financeira, o programa anual de trabalho do Govêrno e,
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere
quando fixado, o limite global máximo para o orçamento de
a proposta.
cada unidade administrativa.
IV - Especificação dos programas especiais de
Art. 28 As propostas parciais das unidades
trabalho custeados por dotações globais, em têrmos de
administrativas, organizadas em formulário próprio, serão
metas visadas, decompostas em estimativa do custo das
acompanhadas de:
obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de
justificação econômica, financeira, social e administrativa. I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma
estabelecida no artigo 22, inciso III, letras d, e e f;
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária,
para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas II - justificação pormenorizada de cada dotação
principais finalidades, com indicação da respectiva solicitada, com a indicação dos atos de aprovação de
legislação. projetos e orçamentos de obras públicas, para cujo início ou
prosseguimento ela se destina.
CAPÍTULO II
Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de
Da Elaboração da Proposta Orçamentária
arrecadação organizar demonstrações mensais da receita
SEÇÃO PRIMEIRA arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a
estimativa da receita, na proposta orçamentária.
Das Previsões Plurienais
Parágrafo único. Quando houver órgão central de
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão
orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas
objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital,
mensalmente.
aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no
mínimo um triênio.
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Art. 30. A estimativa da receita terá por base as elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
demonstrações a que se refere o artigo anterior à cronológica. (Regulamento)
arrecadação dos três últimos exercícios, pelo menos bem
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa
como as circunstâncias de ordem conjuntural e outras, que
anulada no exercício; quando a anulação ocorrer após o
possam afetar a produtividade de cada fonte de receita.
encerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão se efetivar.
revistas e coordenadas na proposta geral, considerando-se
Art. 39. As importâncias relativas a tributo, multas e
a receita estimada e as novas circunstâncias.
créditos da Fazenda Pública, lançados mas não cobrados ou
TÍTULO III não recolhidos no exercício de origem, constituem Dívida
Ativa a partir da data de sua inscrição.
Da elaboração da Lei de Orçamento
Parágrafo único. As importâncias dos tributos e
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no
demais rendas não sujeitas a lançamentos ou não lançadas,
prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
serão escrituradas como receita do exercício em que forem
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta
arrecadas nas respectivas rubricas orçamentárias, desde
a Lei de Orçamento vigente.
que até o ato do recebimento não tenham sido inscritas
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei como Dívida Ativa.
de Orçamento que visem a:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza
a) alterar a dotação solicitada para despesa de tributária ou não tributária, serão escriturados como receita
custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
proposta; rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto
Lei nº 1.735, de 1979)
b) conceder dotação para o início de obra cujo
projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes; § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis
pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos,
c) conceder dotação para instalação ou
na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em
funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a
criado;
respectiva receita será escriturada a esse título.
d) conceder dotação superior aos quantitativos (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
prèviamente fixados em resolução do Poder Legislativo para
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda
concessão de auxílios e subvenções.
Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal
TÍTULO IV relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida
Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda
Do Exercício Financeiro
Pública, tais como os provenientes de empréstimos
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de
civil. qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros,
laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
processuais, preços de serviços prestados por
I - as receitas nêle arrecadadas; estabelecimentos públicos, indenizações, reposições,
restituições, alcances dos responsáveis definitivamente
II - as despesas nêle legalmente empenhadas.
julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança,
empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras
distinguindo-se as processadas das não processadas. obrigações legais. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735,
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de 1979)
de créditos com vigência plurienal, que não tenham sido § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em
liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor
último ano de vigência do crédito. na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para data da notificação ou intimação do devedor, pela
as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da
inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a
com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
atualização monetária e os juros de mora, de acordo com
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar
com prescrição interrompida e os compromissos preceitos legais pertinentes aos débitos tributários.
reconhecidos após o encerramento do exercício (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
correspondente poderão ser pagos à conta de dotação § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos
específica consignada no orçamento, discriminada por mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os

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valores correspondentes à respectiva atualização acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
tratam oart. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) (Vide Lei nº
de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de 6.343, de 1976)
dezembro de 1978. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735,
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis,
de 1979)
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a
§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita importância dos créditos extraordinários abertos no
na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Incluído pelo exercício. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Decreto Lei nº 1.735, de 1979)
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por
TÍTULO V decreto do Poder Executivo, que dêles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo.
Dos Créditos Adicionais
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de
ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo
despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na
expressa disposição legal em contrário, quanto aos
Lei de Orçamento.
especiais e extraordinários.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a
I - suplementares, os destinados a refôrço de importância, a espécie do mesmo e a classificação da
dotação orçamentária; despesa, até onde fôr possível.
II - especiais, os destinados a despesas para as quais TÍTULO VI
não haja dotação orçamentária específica;
Da Execução do Orçamento
III - extraordinários, os destinados a despesas
CAPÍTULO I
urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
intestina ou calamidade pública. Da Programação da Despesa
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei
autorizados por lei e abertos por decreto executivo. de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder
Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e
despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a
especiais depende da existência de recursos disponíveis para
utilizar.
ocorrer a despesa e será precedida de exposição
justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo
anterior atenderá aos seguintes objetivos:
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo,
desde que não comprometidos: (Veto rejeitado no D.O. a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo
05/05/1964) útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor
execução do seu programa anual de trabalho;
I - o superávit financeiro apurado em balanço
patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado no b) manter, durante o exercício, na medida do
D.O. 05/05/1964) possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa
realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
insuficiências de tesouraria.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 49. A programação da despesa orçamentária,
III - os resultantes de anulação parcial ou total de
para feito do disposto no artigo anterior, levará em conta os
dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,
créditos adicionais e as operações extra-orçamentárias.
autorizados em Lei; (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964) Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas
durante o exercício, observados o limite da dotação e o
IV - o produto de operações de credito autorizadas,
comportamento da execução orçamentária.
em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) CAPÍTULO II
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença Da Receita
positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
sem que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em cada
transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
exercício sem prévia autorização orçamentária, ressalvados
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
a tarifa aduaneira e o impôsto lançado por motivo de
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os guerra.
fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças
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Art. 52. São objeto de lançamento os impostos § 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os
diretos e quaisquer outras rendas com vencimento empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto
determinado em lei, regulamento ou contrato. nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da
responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V,
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição
do Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.
competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a
(Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976)
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio
Art. 54. Não será admitida a compensação da
empenho.
obrigação de recolher rendas ou receitas com direito
creditório contra a Fazenda Pública. § 1º Em casos especiais previstos na legislação
específica será dispensada a emissão da nota de empenho.
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer
recibos das importâncias que arrecadarem. § 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa
cujo montante não se possa determinar.
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que
paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem § 3º É permitido o empenho global de despesas
como a data a assinatura do agente arrecadador. (Veto contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 61. Para cada empenho será extraído um
§ 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via. documento denominado "nota de empenho" que indicará o
nome do credor, a representação e a importância da
Art. 56. O recolhimento de tôdas as receitas far-se-á
despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação
em estrita observância ao princípio de unidade de
própria.
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de
caixas especiais. Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado
quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do
artigo 3º desta lei serão classificadas como receita Art. 63. A liquidação da despesa consiste na
orçamentária, sob as rubricas próprias, tôdas as receitas verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito, ainda que não previstas no Orçamento. (Veto crédito.
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
CAPÍTULO III
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
Da Despesa
II - a importância exata a pagar; (Vide Medida
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de Provisória nº 581, de 2012)
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
III - a quem se deve pagar a importância, para
pagamento pendente ou não de implemento de condição.
extinguir a obrigação.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos
Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder
feitos ou serviços prestados terá por base:
o limite dos créditos concedidos.
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder
o limite dos créditos concedidos. (Redação dada pela Lei II - a nota de empenho;
nº 6.397, de 1976)
III - os comprovantes da entrega de material ou da
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição prestação efetiva do serviço.
Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho
do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da
exarado por autoridade competente, determinando que a
despesa prevista no orçamento vigente. (Incluído pela
despesa seja paga.
Lei nº 6.397, de 1976)
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no
ser exarada em documentos processados pelos serviços de
mesmo período, assumir, por qualquer forma,
contabilidade. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
compromissos financeiros para execução depois do término
do mandato do Prefeito. (Incluído pela Lei nº 6.397, de Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por
1976) tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se
excepcionais, por meio de adiantamento.
aplicam nos casos comprovados de calamidade pública.
(Incluído pela Lei nº 6.397, de 1976) Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades
orçamentárias poderão quando expressamente
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determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por I - a legalidade dos atos de que resultem a
órgãos centrais de administração geral. arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de
parcelas das dotações de pessoal, de uma para outra II - a fidelidade funcional dos agentes da
unidade orçamentária, quando considerada indispensável à administração, responsáveis por bens e valores públicos;
movimentação de pessoal dentro das tabelas ou quadros
III - o cumprimento do programa de trabalho
comuns às unidades interessadas, a que se realize em
expresso em têrmos monetários e em têrmos de realização
obediência à legislação específica.
de obras e prestação de serviços.
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda
CAPÍTULO II
Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na
ordem de apresentação dos precatórios e à conta dos Do Contrôle Interno
créditos respectivos, sendo proibida a designação de casos
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de
ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
contrôle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das
adicionais abertos para êsse fim.
atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de
casos de despesas expressamente definidos em lei e
execução orçamentária será prévia, concomitante e
consiste na entrega de numerário a servidor, sempre
subseqüente.
precedida de empenho na dotação própria para o fim de
realizar despesas, que não possam subordinar-se ao Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas
processo normal de aplicação. anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão,
poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em
ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou
alcance nem a responsável por dois adiantamentos.
valores públicos.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a
proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação,
adjudicação de obras e serviços serão regulados em lei,
caberá o contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.
respeitado o princípio da concorrência.
Parágrafo único. Êsse controle far-se-á, quando fôr o
TÍTULO VII
caso, em têrmos de unidades de medida, prèviamente
Dos Fundos Especiais estabelecidos para cada atividade.
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou
receitas especificadas que por lei se vinculam à realização órgãos equivalentes verificar a exata observância dos
de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade
de normas peculiares de aplicação. orçamentária, dentro do sistema que fôr instituído para
êsse fim.
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias
vinculadas a fundos especiais far-se-á através de dotação CAPÍTULO III
consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.
Do Contrôle Externo
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que
Art. 81. O contrôle da execução orçamentária, pelo
o instituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em
Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da
balanço será transferido para o exercício seguinte, a crédito
administração, a guarda e legal emprêgo dos dinheiros
do mesmo fundo.
públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará
determinar normas peculiares de contrôle, prestação e
contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas
tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
competência específica do Tribunal de Contas ou órgão
equivalente. § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas
ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de
TÍTULO VIII
Contas ou órgão equivalente.
Do Contrôle da Execução Orçamentária
§ 2º Quando, no Município não houver Tribunal de
CAPÍTULO I Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores
poderá designar peritos contadores para verificarem as
Disposições Gerais
contas do prefeito e sôbre elas emitirem parecer.
Art. 75. O contrôle da execução orçamentária
compreenderá:

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TÍTULO IX Art. 93. Tôdas as operações de que resultem débitos


e créditos de natureza financeira, não compreendidas na
Da Contabilidade
execução orçamentária, serão também objeto de registro,
CAPÍTULO I individuação e contrôle contábil.
Disposições Gerais CAPÍTULO III
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Da Contabilidade Patrimonial e Industrial
Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem
de caráter permanente, com indicação dos elementos
ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
necessários para a perfeita caracterização de cada um dêles
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de e dos agentes responsáveis pela sua guarda e
Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos administração.
agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos
realizada ou superintendida pelos serviços de contabilidade.
dos bens móveis e imóveis.
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e
organizados de forma a permitirem o acompanhamento da
imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade
execução orçamentária, o conhecimento da composição
administrativa e os elementos da escrituração sintética na
patrimonial, a determinação dos custos dos serviços
contabilidade.
industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e
a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos
devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas
Art. 86. A escrituração sintética das operações
patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.
financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das
partidas dobradas. Art. 98. A divida fundada compreende os
compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a
obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a
financeiro de obras e serviços públicos. (Veto rejeitado
administração pública fôr parte.
no D.O. 05/05/1964)
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada
com individuação do devedor ou do credor e especificação
com individuação e especificações que permitam verificar, a
da natureza, importância e data do vencimento, quando
qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como
fixada.
os respectivos serviços de amortização e juros.
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que
administração orçamentária, financeira patrimonial e
não organizados como emprêsa pública ou autárquica,
industrial.
manterão contabilidade especial para determinação dos
CAPÍTULO II custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração
patrimonial e financeira comum.
Da Contabilidade Orçamentária e Financeira
Art. 100 As alterações da situação líquida
Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus
patrimonial, que abrangem os resultados da execução
registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes,
orçamentária, bem como as variações independentes dessa
a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos
execução e as superveniências e insubsistência ativas e
mesmos créditos, e as dotações disponíveis.
passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa
CAPÍTULO IV
far-se-á de acôrdo com as especificações constantes da Lei
de Orçamento e dos créditos adicionais. Dos Balanços
Art. 92. A dívida flutuante compreende: Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão
demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
Financeiro, no Balanço Patrimonial, na Demonstração das
II - os serviços da dívida a pagar; Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13,
14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos
III - os depósitos;
números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.
IV - os débitos de tesouraria.
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se- receitas e despesas previstas em confronto com as
á por exercício e por credor distinguindo-se as despesas realizadas.
processadas das não processadas.

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Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita § 2º As variações resultantes da conversão dos
e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta
pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados patrimonial.
com os saldos em espécie provenientes do exercício
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis
anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
e imóveis.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão
TÍTULO X
computados na receita extra-orçamentária para compensar
sua inclusão na despesa orçamentária. Das Autarquias e Outras Entidades
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais,
evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, inclusive de previdência social ou investidas de delegação
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e para arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos
indicará o resultado patrimonial do exercício. Estados, dos Municípios e do Distrito Federal terão seus
orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo,
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
salvo se disposição legal expressa determinar que o sejam
I - O Ativo Financeiro; pelo Poder Legislativo. (Vide Decreto nº 60.745, de
1967)
II - O Ativo Permanente;
Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição
III - O Passivo Financeiro;
as emprêsas com autonomia financeira e administrativa
IV - O Passivo Permanente; cujo capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
V - O Saldo Patrimonial; Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no
artigo anterior vincular-se-ão ao orçamento da União, dos
VI - As Contas de Compensação.
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, pela inclusão:
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e
I - como receita, salvo disposição legal em contrário,
valores realizáveis independentemente de autorização
de saldo positivo previsto entre os totais das receitas e
orçamentária e os valores numerários.
despesas;
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens,
II - como subvenção econômica, na receita do
créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa
orçamento da beneficiária, salvo disposição legal em
de autorização legislativa.
contrário, do saldo negativo previsto entre os totais das
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas receitas e despesas.
fundadas e outras pagamento independa de autorização
§ 1º Os investimentos ou inversões financeiras da
orçamentária.
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas realizados por intermédio das entidades aludidas no artigo
fundadas e outras que dependam de autorização legislativa anterior, serão classificados como receita de capital destas
para amortização ou resgate. e despesa de transferência de capital daqueles.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados § 2º As previsões para depreciação serão
os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas computadas para efeito de apuração do saldo líquido das
nos parágrafos anteriores e que, imediata ou mencionadas entidades.
indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais compreendidas no artigo 107 serão publicados como
obedecerá as normas seguintes: complemento dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a que estejam
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de
vinculados.
renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando
em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já
balanço; referidas, obedecerão aos padrões e normas instituídas por
esta lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição
ou pelo custo de produção ou de construção; Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação
fixar, os balanços serão remetidos ao órgão central de
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio
contabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do
ponderado das compras.
Distrito Federal, para fins de incorporação dos resultados,
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e salvo disposição legal em contrário.
créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao
lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.

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TÍTULO XI Waldyr Ramos Borges


Expedito Machado
Disposições Finais
Oswaldo Costa Lima Filho
Art. 111. O Conselho Técnico de Economia e Finanças Júlio Forquim Sambaquy
do Ministério da Fazenda, além de outras apurações, para Amaury Silva
fins estatísticos, de interêsse nacional, organizará e Anysio Botelho
publicará o balanço consolidado das contas da União, Wilson Fadul
Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e Antonio Oliveira Brito
outras entidades, bem como um quadro estruturalmente Egydio Michaelsen
idêntico, baseado em dados orçamentários.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.3.1964,
§ 1º Os quadros referidos neste artigo terão a retificado em 9.4.1964 e retificado em 3.6.1964
estrutura do Anexo nº 1.
§ 2 O quadro baseado nos orçamentos será
publicado até o último dia do primeiro semestre do próprio LEI N. 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964
exercício e o baseado nos balanços, até o último dia do Partes vetadas pelo Presidente
segundo semestre do exercício imediato àquele a que se da República e mantidas pelo
referirem. Congresso Nacional, do Projeto
Art. 112. Para cumprimento do disposto no artigo que se transformou na Lei
precedente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito nº.4.320,de 17 de março de
Federal remeterão ao mencionado órgão, até 30 de abril, os 1964 (que estatui normas
orçamentos do exercício, e até 30 de junho, os balanços do gerais de direito financeiro
exercício anterior. para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da
Parágrafo único. O pagamento, pela União, de auxílio União, dos Estados, dos
ou contribuição a Estados, Municípios ou Distrito Federal, Municípios e do Distrito
cuja concessão não decorra de imperativo constitucional, Federal ).
dependerá de prova do atendimento ao que se determina
neste artigo. VETO
Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes O Presidente da República Faço saber que o
normas, o Conselho Técnico de Economia e Finanças do Congresso Nacional decreta e eu promulgo na forma do
Ministério da Fazenda atenderá a consultas, coligirá Parágrafo 3º do Artigo 70 da Constituição Federal os
elementos, promoverá o intercâmbio de dados seguintes dispositivos da Lei nº 4.320, de 17 de março de
informativos, expedirá recomendações técnicas, quando 1964.
solicitadas, e atualizará sempre que julgar conveniente, os "Art. 3º ...................................................................
anexos que integram a presente lei.
Parágrafo único Não se consideram para os fins
Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, deste artigo as operações de crédito por antecipação da
poderão ser promovidas, quando necessário, conferências receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas
ou reuniões técnicas, com a participação de representantes compensatórias no ativo e passivo financeiros".
das entidades abrangidas por estas normas.
....................................................................................
Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de
1 de janeiro de 1964. "Art. 6º ................................................................

Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de .....................................................................................


1º de janeiro de 1964 para o fim da elaboração dos 2º - Para cumprimento do disposto no parágrafo
orçamentos e a partir de 1º de janeiro de 1965, quanto às anterior, o cálculo das cotas terá por base os dados
demais atividades estatuídas. (Redação dada pela Lei nº apurados no balanço do exercício anterior aquele em que
4.489, de 1964) se elaborar a proposta orçamentária do Governo obrigado à
Art. 115. Revogam-se as disposições em contrário. transferência".
Brasília, 17 de março de 1964; 143º da .....................................................................................
Independência e 76º da República. "Art. 7º ..................................................................
JOÃO GULART I .........................................................................
Abelardo Jurema
Sylvio Borges de Souza Motta ..........................................obedecidas as disposições
Jair Ribeiro do artigo 43". ..................................
João Augusto de Araújo Castro
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"Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas .....................................................................................


entidades de direito público, compreendendo os impostos,
"Art. 55 .......................................................................
as taxas e contribuições nos termos da Constituição e das
leis vigentes em matérias financeira destinando-se o seu 1º - Os recibos devem conter o nome da pessoa que
produto ao custeio de atividades gerais ou específicas paga a soma arrecadada, proveniência, e classificação, bem
exercidas por essa entidades." como a data e assinatura do agente arrecadador".
..................................................................................... .....................................................................................
"Art. 14 ................................................................ "Art. 57 Ressalvado o disposto no parágrafo único
do artigo 3º desta lei.............................
.....................................................................................
.....................................................................................
subordinados ao mesmo órgão ou
repartição.....................................................................". "Art. 58 ......................................................................
..................................................................................... ..............................................................ou não
"Art. 15 ....................................................................... .........................................................................".
.........................................................no "Art. 64 ................................................................
mínimo............................................................" Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá
ser exarada em documentos processados pelos serviços de
"Art. 15
contabilidade".
.................................................................................................
.............................................................
1º Entende-se por elementos o desdobramento da
despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros "Art. 69.................................................................
meios de que se refere a administração pública para
.....................................................................................
consecução dos seus fins".
.......................................................nem o responsável por
..................................................................................... dois adiantamentos".
"Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e .....................................................................................
especiais depende da existência de recursos disponíveis
"Art. 98. A dívida fundada será escriturada com
para ocorrer à despesa e será precedida de exposição
individuação e especificações que permitem verificar, a
justificativa.
qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como
§1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, os respectivos serviços de amortização e juros".
deste que não comprometidos;
.....................................................................................
I – o superavit financeiro apurado em balanço .......................................................
patrimonial do exercício anterior;
Brasília, 4 de maio de 1964; 1432 da Independência
II – os provenientes de excesso de arrecadação; e 76º da República.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de H. Castello Branco.
dotações orçamentárias ou de créditos adicionais,
autorizados em lei;
Presidência da República
IV – o produto de operações de crédito autorizadas,
Casa Civil
em forma que juridicamente possibilite o Poder Executivo
Subchefia para Assuntos
realizá-las.
Jurídicos
§2º Entende-se por superavit financeiro a diferença
positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro
conjugando-se ainda, os saldos dos créditos adicionais LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.
transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. Mensagem de veto Estabelece normas de
§3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os finanças públicas voltadas
fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças para a responsabilidade na
acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a gestão fiscal e dá outras
realizada, considerando-se ainda, a tendência do exercício. providências.

§4º Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
provenientes de excesso de arrecadação deduzir-se-á a Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
importância dos créditos extraordinários abertos no Complementar:
exercício".
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CAPÍTULO I c) na União, nos Estados e nos Municípios, a


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema
o de previdência e assistência social e as receitas
Art. 1 Esta Lei Complementar estabelece normas de
provenientes da compensação financeira citada no § 9º do
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na
art. 201 da Constituição.
gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da o
Constituição. § 1 Serão computados no cálculo da receita corrente
o líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei
§ 1 A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a o
Complementar n 87, de 13 de setembro de 1996, e do
ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e
fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
Constitucionais Transitórias.
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados o
entre receitas e despesas e a obediência a limites e § 2 Não serão considerados na receita corrente líquida
condições no que tange a renúncia de receita, geração de do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os
despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas recursos recebidos da União para atendimento das
o
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive despesas de que trata o inciso V do § 1 do art. 19.
o
por antecipação de receita, concessão de garantia e § 3 A receita corrente líquida será apurada somando-
inscrição em Restos a Pagar. se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze
o
§ 2 As disposições desta Lei Complementar obrigam a anteriores, excluídas as duplicidades.
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. CAPÍTULO II
o
§ 3 Nas referências: DO PLANEJAMENTO
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Seção I
Municípios, estão compreendidos: Do Plano Plurianual
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste o
Art. 3 (VETADO)
abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Seção II
Ministério Público;
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias
b) as respectivas administrações diretas, fundos, o
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes; Art. 4 A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o
o
disposto no § 2 do art. 165 da Constituição e:
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
I - disporá também sobre:
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de
Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando a) equilíbrio entre receitas e despesas;
houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser
Contas do Município. efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II
o o
o
Art. 2 Para os efeitos desta Lei Complementar, deste artigo, no art. 9 e no inciso II do § 1 do art. 31;
entende-se como: c) (VETADO)
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito d) (VETADO)
Federal e cada Município; e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do dos resultados dos programas financiados com recursos dos
capital social com direito a voto pertença, direta ou orçamentos;
indiretamente, a ente da Federação; f) demais condições e exigências para transferências de
III - empresa estatal dependente: empresa controlada recursos a entidades públicas e privadas;
que receba do ente controlador recursos financeiros para II - (VETADO)
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral
III - (VETADO)
ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles o
provenientes de aumento de participação acionária; § 1 Integrará o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e
nominal e primário e montante da dívida pública, para o
outras receitas também correntes, deduzidos:
exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
a) na União, os valores transferidos aos Estados e o
§ 2 O Anexo conterá, ainda:
Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao
inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; ano anterior;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios II - demonstrativo das metas anuais, instruído com
por determinação constitucional; memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos

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três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias,
delas com as premissas e os objetivos da política econômica ou em legislação específica.
nacional; o
§ 4 É vedado consignar na lei orçamentária crédito
III - evolução do patrimônio líquido, também nos com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação o
§ 5 A lei orçamentária não consignará dotação para
dos recursos obtidos com a alienação de ativos; investimento com duração superior a um exercício
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no §
o
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 1 do art. 167 da Constituição.
o
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de § 6 Integrarão as despesas da União, e serão incluídas
natureza atuarial; na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a
pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive
V - demonstrativo da estimativa e compensação da
os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
investimentos.
obrigatórias de caráter continuado. o
o § 7 (VETADO)
§ 3 A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de o
Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos Art. 6 (VETADO)
o
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas Art. 7 O resultado do Banco Central do Brasil, apurado
públicas, informando as providências a serem tomadas, após a constituição ou reversão de reservas, constitui
caso se concretizem. receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o
o
§ 4 A mensagem que encaminhar o projeto da União décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balanços
apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas semestrais.
o
monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e § 1 O resultado negativo constituirá obrigação do
as projeções para seus principais agregados e variáveis, e Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será
ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente. consignado em dotação específica no orçamento.
o
Seção III § 2 O impacto e o custo fiscal das operações realizadas
Da Lei Orçamentária Anual pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados
o trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de
Art. 5 O projeto de lei orçamentária anual, elaborado
diretrizes orçamentárias da União.
de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de o
diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei § 3 Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil
Complementar: conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração
das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção
I - conterá, em anexo, demonstrativo da
das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de
compatibilidade da programação dos orçamentos com os
títulos, destacando os de emissão da União.
objetivos e metas constantes do documento de que trata o
o o
§ 1 do art. 4 ; Seção IV
II - será acompanhado do documento a que se refere o Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas
o o
§ 6 do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de Art. 8 Até trinta dias após a publicação dos
compensação a renúncias de receita e ao aumento de orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
despesas obrigatórias de caráter continuado; orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I
o
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de do art. 4 , o Poder Executivo estabelecerá a programação
utilização e montante, definido com base na receita financeira e o cronograma de execução mensal de
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes desembolso. (Vide Decreto nº 4.959, de 2004) (Vide
orçamentárias, destinada ao: Decreto nº 5.356, de 2005)
a) (VETADO) Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a
finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
b) atendimento de passivos contingentes e outros
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
riscos e eventos fiscais imprevistos.
o
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
§ 1 Todas as despesas relativas à dívida pública, o
Art. 9 Se verificado, ao final de um bimestre, que a
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão,
realização da receita poderá não comportar o cumprimento
constarão da lei orçamentária anual.
o
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas
§ 2 O refinanciamento da dívida pública constará no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito Público promoverão, por ato próprio e nos montantes
adicional. necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de
o
§ 3 A atualização monetária do principal da dívida empenho e movimentação financeira, segundo os critérios
mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

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o o
§ 1 No caso de restabelecimento da receita prevista, § 2 O montante previsto para as receitas de operações
ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos de crédito não poderá ser superior ao das despesas de
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional capital constantes do projeto de lei orçamentária. (Vide
às reduções efetivadas. ADIN 2.238-5)
o o
§ 2 Não serão objeto de limitação as despesas que § 3 O Poder Executivo de cada ente colocará à
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da mínimo trinta dias antes do prazo final para
dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os
o
§ 3 No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o estudos e as estimativas das receitas para o exercício
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a memórias de cálculo.
o
limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados Art. 13. No prazo previsto no art. 8 , as receitas
pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5) previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em
o
§ 4 Até o final dos meses de maio, setembro e metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em
fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o separado, quando cabível, das medidas de combate à
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações
o
audiência pública na comissão referida no § 1 do art. 166 ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da
da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas evolução do montante dos créditos tributários passíveis de
estaduais e municipais. cobrança administrativa.
o
§ 5 No prazo de noventa dias após o encerramento de Seção II
cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em Da Renúncia de Receita
reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou
Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de
objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e receita deverá estar acompanhada de estimativa do
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
operações e os resultados demonstrados nos balanços. iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao
Art. 10. A execução orçamentária e financeira disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos
identificará os beneficiários de pagamento de sentenças uma das seguintes condições: (Vide Medida Provisória
judiciais, por meio de sistema de contabilidade e nº 2.159, de 2001) (Vide Lei nº 10.276, de 2001)
administração financeira, para fins de observância da I - demonstração pelo proponente de que a renúncia
ordem cronológica determinada no art. 100 da foi considerada na estimativa de receita da lei
Constituição. orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as
CAPÍTULO III metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei
DA RECEITA PÚBLICA de diretrizes orçamentárias;
Seção I II - estar acompanhada de medidas de compensação,
no período mencionado no caput, por meio do aumento de
Da Previsão e da Arrecadação
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e contribuição.
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência o
§ 1 A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio,
constitucional do ente da Federação.
crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
Parágrafo único. É vedada a realização de geral, alteração de alíquota ou modificação de base de
transferências voluntárias para o ente que não observe o cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
disposto no caput, no que se refere aos impostos. contribuições, e outros benefícios que correspondam a
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas tratamento diferenciado.
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na o
§ 2 Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão condição contida no inciso II, o benefício só entrará em
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos vigor quando implementadas as medidas referidas no
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele mencionado inciso.
a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas o
§ 3 O disposto neste artigo não se aplica:
utilizadas.
o I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos
§ 1 Reestimativa de receita por parte do Poder
nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma
Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão
do seu § 1o;
de ordem técnica ou legal.

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II - ao cancelamento de débito cujo montante seja prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos
inferior ao dos respectivos custos de cobrança. recursos para seu custeio.
o o
CAPÍTULO IV § 2 Para efeito do atendimento do § 1 , o ato será
DA DESPESA PÚBLICA acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais
Seção I o o
previstas no anexo referido no § 1 do art. 4 , devendo seus
Da Geração da Despesa efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares compensados pelo aumento permanente de receita ou pela
e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou redução permanente de despesa.
assunção de obrigação que não atendam o disposto nos o o
§ 3 Para efeito do § 2 , considera-se aumento
arts. 16 e 17. permanente de receita o proveniente da elevação de
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
ação governamental que acarrete aumento da despesa será criação de tributo ou contribuição.
acompanhado de: o o
§ 4 A comprovação referida no § 2 , apresentada pelo
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da
subseqüentes; despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei
II - declaração do ordenador da despesa de que o de diretrizes orçamentárias.
o
aumento tem adequação orçamentária e financeira com a § 5 A despesa de que trata este artigo não será
lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano executada antes da implementação das medidas referidas
o
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. no § 2 , as quais integrarão o instrumento que a criar ou
o
§ 1 Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: aumentar.
o o
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa § 6 O disposto no § 1 não se aplica às despesas
objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de
abrangida por crédito genérico, de forma que somadas remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37
todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, da Constituição.
o
previstas no programa de trabalho, não sejam § 7 Considera-se aumento de despesa a prorrogação
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; daquela criada por prazo determinado.
II - compatível com o plano plurianual e a lei de
diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as
diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses
Seção II
instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
o Das Despesas com Pessoal
§ 2 A estimativa de que trata o inciso I do caput será
acompanhada das premissas e metodologia de cálculo Subseção I
utilizadas. Definições e Limites
o
§ 3 Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar,
considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei entende-se como despesa total com pessoal: o somatório
de diretrizes orçamentárias. dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos
o
§ 4 As normas do caput constituem condição prévia e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos,
para: funções ou empregos, civis, militares e de membros de
Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de
vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
bens ou execução de obras;
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
o
o § 3 do art. 182 da Constituição. de qualquer natureza, bem como encargos sociais e
Subseção I contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado previdência.
o
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado § 1 Os valores dos contratos de terceirização de mão-
a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou de-obra que se referem à substituição de servidores e
ato administrativo normativo que fixem para o ente a empregados públicos serão contabilizados como "Outras
obrigação legal de sua execução por um período superior a Despesas de Pessoal".
o
dois exercícios. § 2 A despesa total com pessoal será apurada
o
§ 1 Os atos que criarem ou aumentarem despesa de somando-se a realizada no mês em referência com as dos
que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência.

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Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da II - na esfera estadual:
Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o
de apuração e em cada ente da Federação, não poderá Tribunal de Contas do Estado;
exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
discriminados:
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
Estados;
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
o
III - na esfera municipal:
§ 1 Na verificação do atendimento dos limites
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o
definidos neste artigo, não serão computadas as despesas:
Tribunal de Contas do Município, quando houver;
I - de indenização por demissão de servidores ou
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o
empregados;
Executivo.
II - relativas a incentivos à demissão voluntária; o
§ 1 Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera,
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma
o
6 do art. 57 da Constituição; proporcional à média das despesas com pessoal, em
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três
o
de período anterior ao da apuração a que se refere o § 2 exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da
do art. 18; publicação desta Lei Complementar.
o
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do § 2 Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela I - o Ministério Público;
União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da
o II - no Poder Legislativo:
Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional n 19;
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo
da União;
específico, custeadas por recursos provenientes:
b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
o
Contas;
b) da compensação financeira de que trata o § 9 do
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal
art. 201 da Constituição;
de Contas do Distrito Federal;
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de
fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da
Contas do Município, quando houver;
alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu
superávit financeiro. III - no Poder Judiciário:
o
§ 2 Observado o disposto no inciso IV do § 1 , as
o a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da
despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais Constituição;
serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando
referido no art. 20. houver.
o
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não § 3 Os limites para as despesas com pessoal do Poder
poderá exceder os seguintes percentuais: Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art.
I - na esfera federal: 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação
o
da regra do § 1 .
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o o
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; § 4 Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos
Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).
para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as o
§ 5 Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a
despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os
entrega dos recursos financeiros correspondentes à
incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da
o despesa total com pessoal por Poder e órgão será a
Emenda Constitucional n 19, repartidos de forma
resultante da aplicação dos percentuais definidos neste
proporcional à média das despesas relativas a cada um
artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
destes dispositivos, em percentual da receita corrente o
líquida, verificadas nos três exercícios financeiros § 6 (VETADO)
imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Subseção II
Complementar; (Vide Decreto nº 3.917, de 2001) Do Controle da Despesa Total com Pessoal
d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque
Público da União; aumento da despesa com pessoal e não atenda:

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I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de
Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § Poder ou órgão referidos no art. 20.
o
1 do art. 169 da Constituição; Seção III
II - o limite legal de comprometimento aplicado às Das Despesas com a Seguridade Social
despesas com pessoal inativo.
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do §
nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do o
5 do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências
titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. do art. 17.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites o
§ 1 É dispensada da compensação referida no art. 17 o
estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de aumento de despesa decorrente de:
cada quadrimestre.
I - concessão de benefício a quem satisfaça as
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal condições de habilitação prevista na legislação pertinente;
exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são
II - expansão quantitativa do atendimento e dos
vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver
serviços prestados;
incorrido no excesso:
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou
fim de preservar o seu valor real.
adequação de remuneração a qualquer título, salvo os o
derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou § 2 O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou
contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive
37 da Constituição; os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e
inativos, e aos pensionistas.
II - criação de cargo, emprego ou função;
CAPÍTULO V
III - alteração de estrutura de carreira que implique
aumento de despesa; DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
IV - provimento de cargo público, admissão ou Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-
contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a se por transferência voluntária a entrega de recursos
reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
servidores das áreas de educação, saúde e segurança; de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os
V - contratação de hora extra, salvo no caso do
o destinados ao Sistema Único de Saúde.
disposto no inciso II do § 6 do art. 57 da Constituição e as o
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias. § 1 São exigências para a realização de transferência
voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou
orçamentárias:
órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no
mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. I - existência de dotação específica;
22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois II - (VETADO)
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da
primeiro, adotando-se, entre outras, as providências Constituição;
o
previstas nos §§ 3º e 4 do art. 169 da Constituição.
o
IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
§ 1 No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de
Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela
tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente
extinção de cargos e funções quanto pela redução dos
transferidor, bem como quanto à prestação de contas de
valores a eles atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5)
o
recursos anteriormente dele recebidos;
§ 2 É facultada a redução temporária da jornada de
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à
trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga
educação e à saúde;
horária.(Vide ADIN 2.238-5)
o c) observância dos limites das dívidas consolidada e
§ 3 Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e
mobiliária, de operações de crédito, inclusive por
enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:
antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de
I - receber transferências voluntárias; despesa total com pessoal;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; d) previsão orçamentária de contrapartida.
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as o
§ 2 É vedada a utilização de recursos transferidos em
destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que finalidade diversa da pactuada.
visem à redução das despesas com pessoal. o
o o
§ 3 Para fins da aplicação das sanções de suspensão de
§ 4 As restrições do § 3 aplicam-se imediatamente se transferências voluntárias constantes desta Lei
a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro

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Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de contratos, convênios ou tratados e da realização de


educação, saúde e assistência social. operações de crédito, para amortização em prazo superior a
CAPÍTULO VI doze meses;
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR II - dívida pública mobiliária: dívida pública
PRIVADO representada por títulos emitidos pela União, inclusive os
do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou III - operação de crédito: compromisso financeiro
déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão
específica, atender às condições estabelecidas na lei de e aceite de título, aquisição financiada de bens,
diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou recebimento antecipado de valores provenientes da venda
em seus créditos adicionais. a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
o outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
§ 1 O disposto no caput aplica-se a toda a
derivativos financeiros;
administração indireta, inclusive fundações públicas e
empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições IV - concessão de garantia: compromisso de
precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida
Brasil. por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
o
§ 2 Compreende-se incluída a concessão de V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de
empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive títulos para pagamento do principal acrescido da
as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a atualização monetária.
o
concessão de subvenções e a participação em constituição § 1 Equipara-se a operação de crédito a assunção, o
ou aumento de capital. reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências
a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle dos arts. 15 e 16.
o
direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e § 2 Será incluída na dívida pública consolidada da
despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do
lei ou ao custo de captação. Banco Central do Brasil.
o
Parágrafo único. Dependem de autorização em lei § 3 Também integram a dívida pública consolidada as
específica as prorrogações e composições de dívidas operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
decorrentes de operações de crédito, bem como a receitas tenham constado do orçamento.
concessão de empréstimos ou financiamentos em o
§ 4 O refinanciamento do principal da dívida mobiliária
desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o
consignado na lei orçamentária. montante do final do exercício anterior, somado ao das
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser operações de crédito autorizadas no orçamento para este
utilizados recursos públicos, inclusive de operações de efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização
crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro monetária.
Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos Seção II
de recuperação ou financiamentos para mudança de
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito
controle acionário.
o Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação
§ 1 A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a
desta Lei Complementar, o Presidente da República
cargo de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas
submeterá ao:
instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.
o I - Senado Federal: proposta de limites globais para o
§ 2 O disposto no caput não proíbe o Banco Central do
montante da dívida consolidada da União, Estados e
Brasil de conceder às instituições financeiras operações de
Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art.
redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos
52 da Constituição, bem como de limites e condições
e sessenta dias.
relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;
CAPÍTULO VII
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO limites para o montante da dívida mobiliária federal a que
Seção I se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição,
Definições Básicas acompanhado da demonstração de sua adequação aos
limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são o
o disposto no inciso I do § 1 deste artigo.
adotadas as seguintes definições: o
§ 1 As propostas referidas nos incisos I e II do caput e
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante
suas alterações conterão:
total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras
do ente da Federação, assumidas em virtude de leis,

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I - demonstração de que os limites e condições impedido de receber transferências voluntárias da União ou


guardam coerência com as normas estabelecidas nesta Lei do Estado.
Complementar e com os objetivos da política fiscal; o o
§ 3 As restrições do § 1 aplicam-se imediatamente se
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a o montante da dívida exceder o limite no primeiro
cada uma das três esferas de governo; quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder
III - razões de eventual proposição de limites Executivo.
o
diferenciados por esfera de governo; § 4 O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a
IV - metodologia de apuração dos resultados primário e relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das
nominal. dívidas consolidada e mobiliária.
o
o
§ 2 As propostas mencionadas nos incisos I e II do § 5 As normas deste artigo serão observadas nos casos
caput também poderão ser apresentadas em termos de de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das
dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua operações de crédito internas e externas.
apuração. Seção IV
o
§ 3 Os limites de que tratam os incisos I e II do caput Das Operações de Crédito
serão fixados em percentual da receita corrente líquida Subseção I
para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos
Da Contratação
os entes da Federação que a integrem, constituindo, para
cada um deles, limites máximos. Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o
o cumprimento dos limites e condições relativos à realização
§ 4 Para fins de verificação do atendimento do limite,
de operações de crédito de cada ente da Federação,
a apuração do montante da dívida consolidada será
inclusive das empresas por eles controladas, direta ou
efetuada ao final de cada quadrimestre.
o o
indiretamente.
§ 5 No prazo previsto no art. 5 , o Presidente da o
§ 1 O ente interessado formalizará seu pleito
República enviará ao Senado Federal ou ao Congresso
fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e
Nacional, conforme o caso, proposta de manutenção ou
jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o
alteração dos limites e condições previstos nos incisos I e II
interesse econômico e social da operação e o atendimento
do caput.
o
das seguintes condições:
§ 6 Sempre que alterados os fundamentos das
I - existência de prévia e expressa autorização para a
propostas de que trata este artigo, em razão de
contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
instabilidade econômica ou alterações nas políticas
adicionais ou lei específica;
monetária ou cambial, o Presidente da República poderá
encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais
solicitação de revisão dos limites. dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de
o operações por antecipação de receita;
§ 7 Os precatórios judiciais não pagos durante a
execução do orçamento em que houverem sido incluídos III - observância dos limites e condições fixados pelo
integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos Senado Federal;
limites. IV - autorização específica do Senado Federal, quando
Seção III se tratar de operação de crédito externo;
Da Recondução da Dívida aos Limites V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da
Constituição;
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da
Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um VI - observância das demais restrições estabelecidas
quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término nesta Lei Complementar.
o
dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo § 2 As operações relativas à dívida mobiliária federal
menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro. autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos
o
§ 1 Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele adicionais, serão objeto de processo simplificado que
houver incorrido: atenda às suas especificidades.
o o
I - estará proibido de realizar operação de crédito § 3 Para fins do disposto no inciso V do § 1 ,
interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos
ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da recursos de operações de crédito nele ingressados e o das
dívida mobiliária; despesas de capital executadas, observado o seguinte:
II - obterá resultado primário necessário à recondução I - não serão computadas nas despesas de capital as
da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a
limitação de empenho, na forma do art. 9 .
o contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal,
o tendo por base tributo de competência do ente da
§ 2 Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e
Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do
enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também
ônus deste;
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II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o I - financiar, direta ou indiretamente, despesas


inciso I for concedido por instituição financeira controlada correntes;
pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria
das despesas de capital; instituição concedente.
III - (VETADO) o
§ 2 O disposto no caput não impede Estados e
o
§ 4 Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Municípios de comprar títulos da dívida da União como
Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da aplicação de suas disponibilidades.
Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma
atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido instituição financeira estatal e o ente da Federação que a
o acesso público às informações, que incluirão: controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
I - encargos e condições de contratação; Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas instituição financeira controlada de adquirir, no mercado,
consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão títulos da dívida pública para atender investimento de seus
de garantias. clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para
o
§ 5 Os contratos de operação de crédito externo não aplicação de recursos próprios.
conterão cláusula que importe na compensação automática Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão
de débitos e créditos. vedados:
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação I - captação de recursos a título de antecipação de
de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda
o
dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7 do art.
de que a operação atende às condições e limites 150 da Constituição;
estabelecidos. II - recebimento antecipado de valores de empresa em
o
§ 1 A operação realizada com infração do disposto que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a
nesta Lei Complementar será considerada nula, maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução dividendos, na forma da legislação;
do principal, vedados o pagamento de juros e demais III - assunção direta de compromisso, confissão de
encargos financeiros. dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
o
§ 2 Se a devolução não for efetuada no exercício de mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval
ingresso dos recursos, será consignada reserva específica na de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
lei orçamentária para o exercício seguinte. empresas estatais dependentes;
o
§ 3 Enquanto não efetuado o cancelamento, a IV - assunção de obrigação, sem autorização
amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as orçamentária, com fornecedores para pagamento a
o
sanções previstas nos incisos do § 3 do art. 23. posteriori de bens e serviços.
o
§ 4 Também se constituirá reserva, no montante Subseção III
equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita
inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as Orçamentária
o
disposições do § 3 do art. 32.
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de
Subseção II receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o
Das Vedações exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da no art. 32 e mais as seguintes:
dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início
Lei Complementar. do exercício;
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos
entre um ente da Federação, diretamente ou por incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;
intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa III - não será autorizada se forem cobrados outros
estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da encargos que não a taxa de juros da operação,
administração indireta, ainda que sob a forma de novação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica
refinanciamento ou postergação de dívida contraída financeira, ou à que vier a esta substituir;
anteriormente.
o
IV - estará proibida:
§ 1 Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as
a) enquanto existir operação anterior da mesma
operações entre instituição financeira estatal e outro ente
natureza não integralmente resgatada;
da Federação, inclusive suas entidades da administração
indireta, que não se destinem a: b) no último ano de mandato do Presidente,
Governador ou Prefeito Municipal.

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o
§ 1 As operações de que trata este artigo não serão I - não será exigida contragarantia de órgãos e
computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. entidades do próprio ente;
167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou
no inciso II do caput. Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá
o
§ 2 As operações de crédito por antecipação de receita consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente
realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas arrecadadas e provenientes de transferências
mediante abertura de crédito junto à instituição financeira constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para
vencedora em processo competitivo eletrônico promovido retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da
pelo Banco Central do Brasil. dívida vencida.
o o
§ 3 O Banco Central do Brasil manterá sistema de § 2 No caso de operação de crédito junto a organismo
acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito
no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções e fomento para o repasse de recursos externos, a União só
cabíveis à instituição credora. prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no §
o
Subseção IV 1 , as exigências legais para o recebimento de
transferências voluntárias.
Das Operações com o Banco Central do Brasil o
§ 3 (VETADO)
Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o o
Banco Central do Brasil está sujeito às vedações constantes § 4 (VETADO)
o
do art. 35 e mais às seguintes: § 5 É nula a garantia concedida acima dos limites
I - compra de título da dívida, na data de sua colocação fixados pelo Senado Federal.
o o
no mercado, ressalvado o disposto no § 2 deste artigo; § 6 É vedado às entidades da administração indireta,
II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de inclusive suas empresas controladas e subsidiárias,
instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
o o
Federação por título da dívida pública federal, bem como a § 7 O disposto no § 6 não se aplica à concessão de
operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo garantia por:
efeito final seja semelhante à permuta; I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua,
III - concessão de garantia. nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;
o
§ 1 O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao II - instituição financeira a empresa nacional, nos
estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, termos da lei.
existente na carteira das instituições financeiras, que pode o
§ 8 Excetua-se do disposto neste artigo a garantia
ser refinanciado mediante novas operações de venda a prestada:
termo.
o
I - por instituições financeiras estatais, que se
§ 2 O Banco Central do Brasil só poderá comprar submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras
diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a privadas, de acordo com a legislação pertinente;
dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de
carteira.
o o
natureza financeira por ela controladas, direta e
§ 3 A operação mencionada no § 2 deverá ser indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à
realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em exportação.
leilão público. o
o
§ 9 Quando honrarem dívida de outro ente, em razão
§ 4 É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da de garantia prestada, a União e os Estados poderão
dívida pública federal existentes na carteira do Banco condicionar as transferências constitucionais ao
Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo ressarcimento daquele pagamento.
para reduzir a dívida mobiliária.
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido
Seção V honrada pela União ou por Estado, em decorrência de
Da Garantia e da Contragarantia garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em acesso a novos créditos ou financiamentos até a total
operações de crédito internas ou externas, observados o liquidação da mencionada dívida.
disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da Seção VI
União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Dos Restos a Pagar
Senado Federal.
o
Art. 41. (VETADO)
§ 1 A garantia estará condicionada ao oferecimento de
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido
contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a
no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
entidades por este controladas, observado o seguinte:

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pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do
o
disponibilidade de caixa para este efeito. disposto no inciso II do § 5 do art. 165 da Constituição.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus
de caixa serão considerados os encargos e despesas balanços trimestrais nota explicativa em que informará:
compromissadas a pagar até o final do exercício. I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com
CAPÍTULO VIII respectivos preços e condições, comparando-os com os
DA GESTÃO PATRIMONIAL praticados no mercado;
Seção I II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título,
especificando valor, fonte e destinação;
Das Disponibilidades de Caixa
III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da
o de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos
Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3 do
ou condições diferentes dos vigentes no mercado.
art. 164 da Constituição.
o CAPÍTULO IX
§ 1 As disponibilidades de caixa dos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem Seção I
os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em Da Transparência da Gestão Fiscal
conta separada das demais disponibilidades de cada ente e
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão
aplicadas nas condições de mercado, com observância dos
fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em
limites e condições de proteção e prudência financeira.
o
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos
§ 2 É vedada a aplicação das disponibilidades de que e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e
o
trata o § 1 em: o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as
como em ações e outros papéis relativos às empresas versões simplificadas desses documentos.
controladas pelo respectivo ente da Federação; Parágrafo único. A transparência será assegurada
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados também mediante incentivo à participação popular e
e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas. realização de audiências públicas, durante os processos de
Seção II elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos.
Da Preservação do Patrimônio Público
Parágrafo único. A transparência será assegurada
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital
também mediante: (Redação dada pela Lei
derivada da alienação de bens e direitos que integram o
Complementar nº 131, de 2009).
patrimônio público para o financiamento de despesa o
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de § 1 A transparência será assegurada também
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. mediante: (Redação dada pela Lei Complementar nº
o o 156, de 2016)
Art. 45. Observado o disposto no § 5 do art. 5 , a lei
orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos I – incentivo à participação popular e realização de
projetos após adequadamente atendidos os em andamento audiências públicas, durante os processos de elaboração e
e contempladas as despesas de conservação do patrimônio discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº 131,
orçamentárias. de 2009).
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente II – liberação ao pleno conhecimento e
encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações pormenorizadas sobre a execução
informações necessárias ao cumprimento do disposto neste orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
artigo, ao qual será dada ampla divulgação. público; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação II - liberação ao pleno conhecimento e
de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto acompanhamento da sociedade, em tempo real, de
o
no § 3 do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito informações pormenorizadas sobre a execução
judicial do valor da indenização. orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público; e (Redação dada pela Lei Complementar nº
Seção III
156, de 2016)
Das Empresas Controladas pelo Setor Público
III – adoção de sistema integrado de administração
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de
gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao
desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia

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disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei Complementar de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os
nº 131, de 2009) (Vide Decreto nº 7.185, de 2010) empréstimos e financiamentos concedidos com recursos
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no
Municípios disponibilizarão suas informações e dados caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, impacto fiscal de suas atividades no exercício.
formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de Seção II
contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em Da Escrituração e Consolidação das Contas
meio eletrônico de amplo acesso público. (Incluído
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de
pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
o
contabilidade pública, a escrituração das contas públicas
§ 3 Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios observará as seguintes:
encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na
I - a disponibilidade de caixa constará de registro
periodicidade a serem definidos em instrução específica
próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo
deste órgão, as informações necessárias para a constituição
ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados
do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas
o de forma individualizada;
públicas interna e externa, de que trata o § 4 do art. 32.
(Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016) II - a despesa e a assunção de compromisso serão
o o o registradas segundo o regime de competência, apurando-
§ 4 A inobservância do disposto nos §§ 2 e 3
o se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos
ensejará as penalidades previstas no § 2 do art. 51.
financeiros pelo regime de caixa;
(Incluído pela Lei Complementar nº 156, de 2016)
o o III - as demonstrações contábeis compreenderão,
§ 5 Nos casos de envio conforme disposto no § 2 ,
isolada e conjuntamente, as transações e operações de
para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito Federal
cada órgão, fundo ou entidade da administração direta,
e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a
autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal
que se refere o caput. (Incluído pela Lei
dependente;
Complementar nº 156, de 2016)
o IV - as receitas e despesas previdenciárias serão
§ 6 Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20,
apresentadas em demonstrativos financeiros e
incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais
orçamentários específicos;
dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar
sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a
mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de
a autonomia. (Incluído pela Lei Complementar nº 156, compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de
de 2016) modo a evidenciar o montante e a variação da dívida
pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do
tipo de credor;
parágrafo único do art. 48, os entes da Federação
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso VI - a demonstração das variações patrimoniais dará
a informações referentes a: (Incluído pela Lei destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes
Complementar nº 131, de 2009). da alienação de ativos.
o
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas § 1 No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-
unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no ão as operações intragovernamentais.
o
momento de sua realização, com a disponibilização mínima § 2 A edição de normas gerais para consolidação das
dos dados referentes ao número do correspondente contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da
processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à União, enquanto não implantado o conselho de que trata o
pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, art. 67.
quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; o
§ 3 A Administração Pública manterá sistema de
(Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009). custos que permita a avaliação e o acompanhamento da
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o
recursos extraordinários. (Incluído pela Lei dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de
Complementar nº 131, de 2009). governo, das contas dos entes da Federação relativas ao
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio
Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no eletrônico de acesso público.
respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável o
§ 1 Os Estados e os Municípios encaminharão suas
pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
cidadãos e instituições da sociedade.
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do
Parágrafo único. A prestação de contas da União respectivo Estado, até trinta de abril;
conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências
II - Estados, até trinta e um de maio.
financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional
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o
§ 2 O descumprimento dos prazos previstos neste III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação
artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
ente da Federação receba transferências voluntárias e o
§ 2 Quando for o caso, serão apresentadas
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao justificativas:
refinanciamento do principal atualizado da dívida
I - da limitação de empenho;
mobiliária.
II - da frustração de receitas, especificando as medidas
Seção III
de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.
o
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3 do art. 165 da Seção IV
Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério
Do Relatório de Gestão Fiscal
Público, será publicado até trinta dias após o encerramento
de cada bimestre e composto de: Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido
pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20
I - balanço orçamentário, que especificará, por
Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
categoria econômica, as:
I - Chefe do Poder Executivo;
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a
realizar, bem como a previsão atualizada; II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a
dos órgãos do Poder Legislativo;
dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
III - Presidente de Tribunal e demais membros de
II - demonstrativos da execução das:
Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente,
a) receitas, por categoria econômica e fonte, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder
especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o Judiciário;
exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos
exercício e a previsão a realizar;
Estados.
b) despesas, por categoria econômica e grupo de
Parágrafo único. O relatório também será assinado
natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação
pelas autoridades responsáveis pela administração
para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no
financeira e pelo controle interno, bem como por outras
bimestre e no exercício;
definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido
c) despesas, por função e subfunção. no art. 20.
o
§ 1 Os valores referentes ao refinanciamento da dívida Art. 55. O relatório conterá:
mobiliária constarão destacadamente nas receitas de
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei
operações de crédito e nas despesas com amortização da
Complementar, dos seguintes montantes:
dívida.
o a) despesa total com pessoal, distinguindo a com
§ 2 O descumprimento do prazo previsto neste artigo
o inativos e pensionistas;
sujeita o ente às sanções previstas no § 2 do art. 51.
b) dívidas consolidada e mobiliária;
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido
demonstrativos relativos a: c) concessão de garantias;
I - apuração da receita corrente líquida, na forma d) operações de crédito, inclusive por antecipação de
o
definida no inciso IV do art. 2 , sua evolução, assim como a receita;
o
previsão de seu desempenho até o final do exercício; e) despesas de que trata o inciso II do art. 4 ;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a
inciso IV do art. 50; adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - resultados nominal e primário; III - demonstrativos, no último quadrimestre:
o
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4 ; a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão e um de dezembro;
referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
realizados e o montante a pagar. 1) liquidadas;
o
§ 1 O relatório referente ao último bimestre do 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por
exercício será acompanhado também de demonstrativos: atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite
o
da Constituição, conforme o § 3 do art. 32; do saldo da disponibilidade de caixa;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência 4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e
social, geral e próprio dos servidores públicos; cujos empenhos foram cancelados;

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c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b Seção VI


do inciso IV do art. 38. Da Fiscalização da Gestão Fiscal
o
§ 1 O relatório dos titulares dos órgãos mencionados Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o
nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle
informações relativas à alínea a do inciso I, e os interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o
documentos referidos nos incisos II e III. cumprimento das normas desta Lei Complementar, com
o
§ 2 O relatório será publicado até trinta dias após o ênfase no que se refere a:
encerramento do período a que corresponder, com amplo I - atingimento das metas estabelecidas na lei de
acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. diretrizes orçamentárias;
o o
§ 3 O descumprimento do prazo a que se refere o § 2 II - limites e condições para realização de operações de
o
sujeita o ente à sanção prevista no § 2 do art. 51. crédito e inscrição em Restos a Pagar;
o
§ 4 Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão III - medidas adotadas para o retorno da despesa total
ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e
que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o 23;
art. 67.
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art.
Seção V 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada
Das Prestações de Contas e mobiliária aos respectivos limites;
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder V - destinação de recursos obtidos com a alienação de
Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as
Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário desta Lei Complementar;
e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as VI - cumprimento do limite de gastos totais dos
quais receberão parecer prévio, separadamente, do legislativos municipais, quando houver.
respectivo Tribunal de Contas. o
o
§ 1 Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou
§ 1 As contas do Poder Judiciário serão apresentadas órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
no âmbito:
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal o o
no inciso II do art. 4 e no art. 9 ;
Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos
II - que o montante da despesa total com pessoal
respectivos tribunais;
ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de
III - que os montantes das dívidas consolidada e
Justiça, consolidando as dos demais tribunais.
o
mobiliária, das operações de crédito e da concessão de
§ 2 O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento)
será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão dos respectivos limites;
o
mista permanente referida no § 1 do art. 166 da
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se
Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais
encontram acima do limite definido em lei;
e municipais.
o V - fatos que comprometam os custos ou os resultados
§ 3 Será dada ampla divulgação dos resultados da
dos programas ou indícios de irregularidades na gestão
apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
orçamentária.
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio o
§ 2 Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os
conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do
cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas
Poder e órgão referido no art. 20.
constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. o
o § 3 O Tribunal de Contas da União acompanhará o
§ 1 No caso de Municípios que não sejam capitais e o o o
cumprimento do disposto nos §§ 2 , 3 e 4 do art. 39.
que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será
de cento e oitenta dias. CAPÍTULO X
o
§ 2 Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites
art. 20, pendentes de parecer prévio. inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as
Art. 58. A prestação de contas evidenciará o dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e
desempenho da arrecadação em relação à previsão, concessão de garantias.
destacando as providências adotadas no âmbito da Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que
fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações devidamente escriturados em sistema centralizado de
de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e liquidação e custódia, poderão ser oferecidos em caução
judicial, bem como as demais medidas para incremento das para garantia de empréstimos, ou em outras transações
receitas tributárias e de contribuições.

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previstas em lei, pelo seu valor econômico, conforme Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso
definido pelo Ministério da Fazenda. de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da
Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de Constituição.
despesas de competência de outros entes da Federação se Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70
houver: serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional
orçamentária anual; ou estadual por período igual ou superior a quatro
trimestres.
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme o
sua legislação. § 1 Entende-se por baixo crescimento a taxa de
variação real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a
Art. 63. É facultado aos Municípios com população
1% (um por cento), no período correspondente aos quatro
inferior a cinqüenta mil habitantes optar por:
o
últimos trimestres.
I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4 do art. 30 ao o
§ 2 A taxa de variação será aquela apurada pela
final do semestre;
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou
II - divulgar semestralmente: outro órgão que vier a substituí-la, adotada a mesma
a) (VETADO) metodologia para apuração dos PIB nacional, estadual e
b) o Relatório de Gestão Fiscal; regional.
o
c) os demonstrativos de que trata o art. 53; § 3 Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas
as medidas previstas no art. 22.
III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano o
plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos § 4 Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas
Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que na condução das políticas monetária e cambial,
o
trata o inciso I do art. 5 a partir do quinto exercício reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo referido no
seguinte ao da publicação desta Lei Complementar. caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro
o quadrimestres.
§ 1 A divulgação dos relatórios e demonstrativos
deverá ser realizada em até trinta dias após o encerramento Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma
do semestre. permanente, da política e da operacionalidade da gestão
o fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal,
§ 2 Se ultrapassados os limites relativos à despesa
constituído por representantes de todos os Poderes e
total com pessoal ou à dívida consolidada, enquanto
esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades
perdurar esta situação, o Município ficará sujeito aos
técnicas representativas da sociedade, visando a:
mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite
definidos para os demais entes. I - harmonização e coordenação entre os entes da
Federação;
Art. 64. A União prestará assistência técnica e
cooperação financeira aos Municípios para a modernização II - disseminação de práticas que resultem em maior
das respectivas administrações tributária, financeira, eficiência na alocação e execução do gasto público, na
patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na
das normas desta Lei Complementar. transparência da gestão fiscal;
o
§ 1 A assistência técnica consistirá no treinamento e III - adoção de normas de consolidação das contas
desenvolvimento de recursos humanos e na transferência públicas, padronização das prestações de contas e dos
de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata
instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples
amplo acesso público. para os pequenos Municípios, bem como outros,
o necessários ao controle social;
§ 2 A cooperação financeira compreenderá a doação
de bens e valores, o financiamento por intermédio das IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
o
instituições financeiras federais e o repasse de recursos § 1 O conselho a que se refere o caput instituirá
oriundos de operações externas. formas de premiação e reconhecimento público aos
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em
reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a
pelas Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei
Municípios, enquanto perdurar a situação: Complementar.
o
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as § 2 Lei disporá sobre a composição e a forma de
disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70; funcionamento do conselho.
II - serão dispensados o atingimento dos resultados Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado
o
fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9 . o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado
ao Ministério da Previdência e Assistência Social, com a

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finalidade de prover recursos para o pagamento dos Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político,
benefícios do regime geral da previdência social. associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ao
o
§ 1 O Fundo será constituído de: respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do
Ministério Público o descumprimento das prescrições
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto
estabelecidas nesta Lei Complementar. (Incluído pela
Nacional do Seguro Social não utilizados na
Lei Complementar nº 131, de 2009).
operacionalização deste;
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam
o cumprimento das determinações dispostas nos incisos II e
adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de
III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A:
lei;
(Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
III - receita das contribuições sociais para a seguridade
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito
social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art.
Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil)
195 da Constituição;
habitantes; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa 2009).
física ou jurídica em débito com a Previdência Social;
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos; 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;
VI - recursos provenientes do orçamento da União. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
o
§ 2 O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até
Seguro Social, na forma da lei. 50.000 (cinquenta mil) habitantes. (Incluído pela Lei
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a Complementar nº 131, de 2009).
instituir regime próprio de previdência social para seus Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo
servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará serão contados a partir da data de publicação da lei
com base em normas de contabilidade e atuária que complementar que introduziu os dispositivos referidos no
preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial. caput deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja 131, de 2009).
despesa total com pessoal no exercício anterior ao da Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos
publicação desta Lei Complementar estiver acima dos prazos previstos no art. 73-B, das determinações contidas
limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e no art. 48-
o
no respectivo limite em até dois exercícios, eliminando o A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3 do art.
excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. 23. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
(cinqüenta por cento ao ano), mediante a adoção, entre Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data
outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23. da sua publicação.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, o
Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar n 96, de 31 de
o
no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3 maio de 1999.
do art. 23. o
Brasília, 4 de maio de 2000; 179 da Independência e
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da o
112 da República.
Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a
Pedro Malan
despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos
Martus Tavares
no art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita
corrente líquida, a despesa verificada no exercício Este texto não substitui o publicada no DOU de 5.5.2000
imediatamente anterior, acrescida de até 10% (dez por
cento), se esta for inferior ao limite definido na forma do
art. 20.
Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos
Poderes e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder,
em percentual da receita corrente líquida, a do exercício
anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o
término do terceiro exercício seguinte.
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei
o
Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei n
o
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei n
o
1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei n 201, de 27
o
de fevereiro de 1967; a Lei n 8.429, de 2 de junho de 1992;
e demais normas da legislação pertinente.

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