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Manual de EFT

Emotional Freedom Tecniques

PARTE II

TÉCNICAS BÁSICAS

Artur Barata
Manual de Técnicas Básicas de EFT – Parte II

Artur J. C. R. Barata

EFT Advanced Practitioner


Hipnoterapeuta Clínico
Terapeuta de Vidas Passadas

Telm: +351 965871266

E-mail: artbarata@viagemaocentrodamente.com

Website
http://viagemaocentrodamente.com/

Facebook
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Mente/678588858839887

Maia, 2013

Artur Barata 2013 (2)


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PARTE II
TÉCNICAS BÁSICAS

Artur Barata 2013 (3)


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LEMBRANDO…

A AFIRMAÇÃO DA DESCOBERTA

Todas as emoções negativas são provocadas por uma interrupção / alteração no sistema
energético do corpo.

 A EFT baseia-se no princípio de que muitos dos problemas físicos, doenças e


ansiedade das pessoas são originados por questões emocionais negativas não
resolvidas…
e
 que a causa de todas as emoções negativas é devida a uma interrupção/alteração
no sistema energético do corpo.

Esse processo CAUSADOR DAS EMOÇÕES NEGATIVAS pode ser melhor compreendido
através da representação gráfica seguinte:

Em relação a estas correntes de energia estabeleceu-se um princípio básico, aquilo que é


considerado o “elo perdido” no que às emoções diz respeito:

1. sempre que ocorre um pensamento ou uma lembrança stressante, esse processo


provoca uma interrupção/alteração das correntes energéticas nos meridianos;
2. a alteração/interrupção da energia nos meridianos faz com que se instalem no
corpo as emoções negativas.

Artur Barata 2013 (4)


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Recorrendo à EFT, através de batidas com os dedos das mãos em alguns pontos terminais
dos meridianos transportadores de energia existentes à superfície da pele, ao mesmo
tempo que a mente se vai sintonizando no problema (emoção, assunto físico ou outro)
que incomoda, é possível redireccionar as correntes de energia no sentido correcto
resolvendo a interrupção.

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A RECEITA BÁSICA

Como iniciar a terapia? A resposta é: executando um conjunto de procedimentos a que se


dá o nome de Receita Básica.

Como acontece em todas as receitas, também aqui podemos enumerar os constituintes


pela sua ordem:

1. Identificação do problema ou assunto a tratar;


2. Medição da Intensidade do problema ou assunto (numa escala de 0 a 10);
3. Preparação (Set-Up);
4. Sequência ou Rodada (batidas nos pontos de acupunctura);
5. Revisão da Intensidade do Problema ou Assunto e nova Sequência;
6. Procedimento Gama 9 (quando é atingido o nível de intensidade um);
7. Teste.

PASSOS DA RECEITA BÁSICA

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA OU ASSUNTO

A Identificação do Problema ou Assunto a tratar é claramente uma fase muito


importante.

Esta afirmação deriva do facto do nosso inconsciente não saber lidar com
generalidades para resolver os problemas.

Daqui se deduz que quanto mais concreto e específico for o problema ou assunto
sobre o qual vamos fazer o tapping melhor e mais rapidamente será solucionado.

É por isso que alguns autores também chamam a esta fase “Clarificação” e
aconselham a que se faça uma descrição do evento ou situação tão específica
quanto possível do tipo “no momento em que… ou quando [este problema]
aconteceu… ”, atribuindo-lhe, depois, um determinado grau de intensidade na
escala de “0 a 10”.

Clarificar o problema de um modo específico é o primeiro passo para uma


experiência de tapping bem sucedida.

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Em determinadas situações, como por exemplo nos casos de depressão, que é um


transtorno composto por um estado negativo permanente, perda de apetite ou
comer demais, dificuldade em dormir, tristeza, perda generalizada de interesse,
apatia, etc., não é fácil identificar um “aspecto” por onde se possa começar a
trabalhar.

Nestes casos ou em situações do género, quando há muitos “problemas” em


simultâneo, a pessoa poderá escolher aquilo a que poderemos chamar o Assunto
Mais Premente (AMP).

Por outras palavras, devemos escolher o assunto que mais nos perturba.
Todos temos um desses assuntos que predomina no nosso espaço mental e
emocional. Se se perguntar, “O que é que o(a) perturba mais neste instante
preciso?”, que resposta me poderia dar? Esse é o seu AMP.

Por exemplo, “O meu chefe põe-me louco(a)!” ou, “Estou furioso com minha
mulher (marido)!”, ou, “Ela (ele) mentiu-me!”, etc..

Seguem-se exemplos de situações complexas e generalistas que poderão surgir e


que deverão ser correctamente clarificadas:

o Estou deprimido;
o Não estou satisfeito com a minha relação;
o Não gosto do meu emprego;
o Não consigo acabar nada a tempo;

Uma possível solução é a desconstrução deste tipo de afirmação tornando-as


específicas, remetendo-as para o que aconteceu, onde e quando aconteceu, quem
estava envolvido e como se sentiu em relação ao que aconteceu.

Exemplos:

A. Estou deprimido:
A semana passada vi a minha ex e lá andámos às turras por causa das
condições do divórcio. Estou com receio de perder a custódia do filho e de ter
de pagar uma pensão altíssima.

Artur Barata 2013 (7)


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B. Não estou satisfeito com a minha relação:


Quando ontem à tarde me encontrei com ela(ele), passou o tempo todo à
volta do telemóvel e não quis saber de mim. Fiquei desanimado(a) e triste.

C. Não gosto do meu emprego:


Na reunião mensal de trabalho realizada na sala de reuniões, o meu patrão
criticou o meu relatório à frente de toda a gente. Fiquei embaraçado(a) e
raivoso(a).

D. Nunca consigo acabar nada a tempo:


Ontem andei a divagar durante todo o dia e acabei por não fazer o trabalho
que era para ser entregue hoje de manhã. Levei um raspanete e senti-me
muito em baixo.

Muitas vezes é difícil identificar a emoção negativa. Nem sabemos bem o que
temos e muito menos conseguimos dar-lhe um nome.
Sendo assim, a melhor maneira de abordar a questão é “saber” que sentimos o
que sentimos e dar-lhe um nome: “este problema”, apenas para haver uma
referência concreta.
Mais tarde, “este problema” poderá ser (e deverá ser) correctamente identificado
ou será substituído por um “aspecto” diferente.

Numa situação ou noutra, tendo o problema referenciado, o passo seguinte é


tentar localizá-lo no corpo. Isso porque as emoções negativas (provocadas pela
interrupção da energia nos meridianos - o efeito zzzzt) localizam-se em órgãos e
tecidos do corpo.

Essa é a razão porque uma dor ou um problema emocional deverá ser entendido
não como “O que é que está errado comigo?”, mas como “O que é que o meu
corpo me está a tentar dizer?”

LEMBRE-SE !

A dor, a ansiedade, ou outro qualquer sintoma perturbador não aparecem por


acaso, vindos de lado nenhum!

Por trás há sempre uma causa. Procure identificar a origem!

Artur Barata 2013 (8)


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Associada à dor e ou às emoções negativas, poderemos encontrar imagens


(grandes ou pequenas, a cores ou a preto e branco), sons (altos ou baixo, perto ou
distantes), sensações e mesmo cheiros.

Isso acontece porque é assim - associando coisas - que a mente inconsciente grava
em memória aquilo que é por nós considerado importante.

Desse modo, será importante (mas não absolutamente necessário), saber se às


dores ou emoções negativas que sentimos podermos associar imagens, sons,
sensações, etc., de acontecimentos e outras situações.

Se alguma vez ficar bloqueado(a) a tentar descobrir uma palavra ou frase que
identifique com clareza e precisão o que está a sentir, foque toda a sua atenção
nessa sensação, sentimento ou emoção.

A seguir tente imaginar ou visualizar uma imagem do que aconteceu ou está a


acontecer e tente descreve-la: se é grande ou pequena, se está perto ou longe, se
é a cores ou a preto e branco, se há sons, palavras, etc..

Com isso em mente é sobre esse conjunto que vai aplicar o resto dos
procedimentos da Receita Básica.

Artur Barata 2013 (9)


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2. MEDIÇÃO DA INTENSIDADE DO PROBLEMA OU ASSUNTO

Depois de Identificado o problema, devemos em seguida Medir a Intensidade


utilizando para isso uma escala de “0” a “10” - EUSS, Escala de Unidades
Subjectivas de Stress (SUD, em inglês).

O número “0” representa nenhuma dor ou stress e “10” o valor máximo de


intensidade do problema (dor, emoção negativa, mau hábito, crença limitante,
etc.).

Com este processo podemos avaliar em que posição estamos no processo de


redução/eliminação do problema à medida que vamos fazendo as sequências de
batidas.

Chamo a atenção para este passo da Receita Básica porque muitos não lhe dão a
importância devida.

Os iniciados, em especial, têm tendência a desvalorizar este procedimento e


poderão ficar mais tarde confusos sem saber ao certo se houve ou não melhoria da
sua situação.

Devido a isso, poderá também haver tendência a não considerar a EFT como a
origem do alívio dos sintomas do seu problema. Gary Craig chama a esse
fenómeno o Efeito Apex.

Este processo de “Medição da Intensidade do Problema ou Assunto” é totalmente


subjectivo.

Sendo assim, se não tiver a certeza do valor do seu problema “adivinhe-o”. É tão
simples como isso e não é tão importante assim ser absolutamente rigoroso na
classificação da intensidade. Faça como se soubesse.

À medida que se vai tornando mais experiente na utilização da técnica este


processo tornar-se-á mais fácil ou pelo menos não tão difícil.

Artur Barata 2013 (10)


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3. PREPARAÇÃO OU SET-UP

Após a Identificação do Problema ou Assunto e Medição de Intensidade


correspondente, a Receita Básica tem uma rotina inicial para preparar o sistema de
energia do corpo.

Essa rotina, chamada "Preparação” (Set-Up), é de vital importância em todo o


processo e “alinha” o sistema energético do corpo de modo a que o restantes
procedimentos da Receita Básica possam realizar convenientemente o trabalho.

Porque que se deve fazer a Preparação (Set-Up)? Porque é necessário que o nosso
sistema de energia esteja correctamente orientado antes de tentarmos remover
os bloqueios existentes. A Preparação é, assim, o meio destinado a corrigir a
Inversão Psicológica.

Todas as pessoas têm em algum grau aquilo a que podemos chamar de Inversão
Psicológica (IP), também conhecida como autossabotagem, o “reversal” dos
falantes de língua inglesa.

Mas como reconhecer a existência de um processo de autossabotagem a decorrer


numa pessoa?

Muitas vezes deparamo-nos com aqueles(as) que “lutam” com determinados


sentimentos, emoções negativas, hábitos ou doenças e, apesar de todos os
esforços, não conseguem livrar-se deles. Estão a autossabotar-se.

Este processo de autossabotagem não é consciente. As pessoas comprometem-se,


dizem querer melhorar, mas não conseguem atingir os resultados alcançados
de forma permanente.

Ou ainda, não têm persistência, desistem com facilidade ou têm muitas recaídas.

É essa também a razão porque algumas doenças se tornam crónicas e respondem


pobremente aos tratamentos convencionais.

Também se diz a este propósito que há uma interferência eléctrica (perturbações


nos canais de energia) que pode bloquear a eficácia do tapping.

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Esta interferência eléctrica (poderíamos chamar-lhe curto-circuito) é


habitualmente designada por Inversão Geral de Polaridade (IGP).

A título de exemplo, é como tentar fazer funcionar um


aparelho de pilhas com os polos das pilhas ao contrário.

Para que o aparelho consiga trabalhar, é necessário que


o polo negativo de uma pilha esteja em contacto com o
polo positivo de outra.

Falar de IGP é sensivelmente o mesmo que falar de IP. Pelo menos em termos
práticos os efeitos são os mesmos, ou seja, quer a Inversão Geral de Polaridade
quer a Inversão Psicológica produzem o mesmo efeito (interferência no sistema de
energia).

Esta IGP/IP aparece em todas as pessoas, mesmo as mais positivas, em cerca de


40% das vezes.

A IGP/IP é causada fundamentalmente por pensamentos negativos que a maioria


das vezes ocorrem a nível inconsciente, baseados em vidas alicerçadas em hábitos,
crenças derrotistas e baixa auto-estima.

A Inversão Psicológica também pode ser provocada por doenças como a depressão
ou hábitos como o fumar, comer em excesso e consumo de drogas e mesmo pela
sensibilidade a determinados tipos de alimentos.

É importante fazer notar que a maioria das pessoas não está ciente deste espírito
de auto sabotagem ou de que a sua energia corre em sentido contrário porque
sofreu uma inversão de percurso.

Resumindo, para fazer face a esta situação é necessário que a IGP/IP seja corrigida,
quer pensemos que isso seja ou não necessário e mesmo que não esteja presente.
Normalmente, não sabemos se está ou não.

Em algumas situações, a utilização simples da Frase da Preparação poderá não ser


suficiente para corrigir a IGP/IP porque poderá acontecer haver uma situação de
Síndrome dos Benefícios Secundários (SBS).

Artur Barata 2013 (12)


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Sendo assim, antes de prosseguir, e para aprofundar desde já este assunto,


recomendo que passe à leitura das páginas 28 e 29.

Como, então, fazer a PREPARAÇÃO?

O processo da PREPARAÇÃO ou SET-UP é bastante simples. Basta, durante alguns


segundos, fazer a massagem no(s) Ponto(s) Dorido(s) ou, em alternativa, o tapping
no(s) Ponto(s) Karate, cuja localização pode identificar nas figuras seguintes.

Estes são os Pontos da EFT que devem ser “batidos” ou massajados durante esta
fase.

Dito isto, o processo funciona do seguinte modo:


Enquanto estimula com os dedos um ou ambos os Pontos Doridos ou o(s) Ponto(s)
Karate, pensa no problema que quer tratar e vai fazendo, em simultâneo, a
seguinte afirmação, que funciona como frase modelo:

Ainda que eu tenha este problema [em lugar da palavra “problema” vai colocar a
situação que deseja tratar] gosto de mim e aceito-me total, completa e
profundamente.

Esta Frase de Preparação deve ser dita três vezes.

Pode colocar-se a questão de saber em qual dos pontos EFT, o Ponto Karate ou um
ou ambos os Pontos Doridos se devem fazer as “batidas” nesta fase da Preparação.

Artur Barata 2013 (13)


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Gary Craig diz que após anos de experimentação, lhe parece que massajar os
Pontos Doridos traz um pouco mais de eficiência ao processo e recomenda que
seja feito dessa maneira. Contudo, a grande maioria dos praticantes utiliza
somente o Ponto Karate, talvez por ser mais cómodo.

Em resumo, a Preparação não é mais do que uma afirmação específica dividida em


duas partes:

 Na primeira parte constata-se a existência de um determinado “problema”;


 Na segunda parte faz-se uma afirmação de aceitação ainda e apesar de se
ter esse “problema”.

Segundo Dawson Church, PhD (in “The EFT Manual”, 2º Edition, 2010/2011),
poderá considerar-se este passo da EFT (o relembrar um incidente específico do
passado) como uma exposição em termos psicológicos.

Com o assunto a tratar assim exposto, faz-se, de seguida, uma afirmação de auto-
aceitação que é responsável pela introdução da possibilidade de mudança
cognitiva.

Este conjunto composto pela exposição e pela possibilidade de mudança cognitiva,


contraria os condicionamentos da resposta stressante às situações normalmente
vividas com o problema.

O corpo humano responde sempre de um modo automático e pré-programado a


determinados estímulos. Isso foi aprendido no passado como resposta da mente
subconsciente na primeira vez em que o problema ocorreu.

Quando essa resposta condicionada for devidamente contra-condicionada pela


restante parte dos procedimentos da Receita Básica da EFT, a memória não mais
despoleta o comportamento stressante habitual.

Embora seja possível pensar apenas na Frase da Preparação recomenda-se que


esta seja dita em voz alta.

Contudo, se tiver pessoas próximas de si pode dize-la em silêncio, para si


mesmo(a).

Artur Barata 2013 (14)


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Sobre estas afirmações devo acrescentar que não importa se acredita nelas ou
não. Diga-as apenas.
Pode dize-las com ênfase e sentimento, mas se o fizer de um modo rotineiro o
processo funciona na mesma.

Outra coisa importante a reter e que se deve incorporar na frase preparatória, é


que esta deve ser tão específica quanto possível.

Por exemplo, é preferível, em vez de “Mesmo que eu tenha esta dor…”, dizer,
“Mesmo que eu tenha esta dor de cabeça…”.

Melhor ainda, deve dizer-se “Mesmo que eu tenha esta dor no lado direito da
minha cabeça…” ou

ainda melhor, “Mesmo que eu tenha esta dor no lado direito da minha cabeça
perto dos olhos…gosto de mim e aceito-me total, completa e profundamente”.

Para terminar, a frase completa será assim: “Mesmo que eu tenha esta dor que
parece um capacete no lado direito da minha cabeça, perto dos olhos…gosto de
mim e aceito-me total, completa e profundamente.”

Nota:

Algumas pessoas poderão ter problemas em dizer a frase “…gosto de mim e aceito-
me total, completa e profundamente” e isso poderá ser devido a profundos
sentimentos de baixa auto-estima.

Se for uma dessas pessoas, poderá substituir essa afirmação por outra mais
simples: “Estou bem. Vou estar bem” ou,

“Sinto-me assim mas vou sentir-me melhor daqui a pouco. Tudo está a melhorar”
ou alguma semelhante que esteja de acordo com a sua perspectiva da situação.

Artur Barata 2013 (15)


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4. A SEQUÊNCIA

A Sequência consiste em realizar uma série de “batidas” em cada um dos 10


pontos de acupunctura assinalados na figura anterior ao mesmo tempo que se vai
dizendo o remanescente da Frase de Preparação em cada um desses pontos.

É importante dizer que existe uma “versão longa” e uma “versão curta” da
Sequência da EFT. A que é aqui apresentada constitui uma “versão longa”, porque
a versão “curta” cobre apenas 8 pontos de acupunctura .

Na sua fase inicial, a terapia incluía, também, alguns pontos de acupunctura


existentes nas pontas dos dedos das mãos (assinalados na Parte I deste Manual).

A Sequência de batidas é, então, o processo que permite a irradicação do “efeito


zzzzzt” do sistema energético do corpo.

Deve preferencialmente procurar “bater” com firmeza e convicção mas não com
tanta força que se magoe.

Nesta fase da Receita Básica não se diz a Frase de Preparação completa.

Se utilizarmos a frase exemplo anterior poderemos dizer “Esta dor” ou, melhor
ainda, porque mais específica) “Esta dor de cabeça” desde o Ponto “1” ao Ponto
“10”.

Esta pequena frase recebe o nome de Frase lembrete (ou Frase remanescente).
Devem fazer-se as “batidas” utilizando os dedos indicador e o médio da mão
dominante mas também pode utilizar a mão não dominante se o desejar.

O número de “batidas” em cada ponto varia entre 5 e 7; não se preocupe,


contudo, em contá-las.

Em alguns dos pontos (que se encontram em duplicado, como os 3 iniciais e


também o 6º, 7º 8º e 9º), pode utilizar ambas as mãos.

No seu modo mais simples essa sequência de pontos é percorrida uma única vez
dando-se várias batidas em cada um dos pontos da sequência.

Artur Barata 2013 (16)


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Os 10 Pontos de Acupunctura da Sequência

Habitualmente, utilizo 10 pontos, iniciando as batidas no IN (Início da Sobrancelha)


e terminando no TC (Topo da Cabeça).

1. Início da Sobrancelha (IN);


2. Lado do Olho (LO);
3. Debaixo do Olho (DO);
4. Debaixo do Nariz (DN);
5. Debaixo do Queixo (DQ);
6. Osso da Clavícula (OC)
7. Debaixo do Braço (DB);
8. Debaixo do mamilo (DM);
9. Pulso (P);
10. Topo da Cabeça (TC)

Na versão que aqui apresento, no fim desta sequência (que termina no TC -Topo
da Cabeça), com os olhos fechados, inspira-se profundamente e ao expirar
lentamente “abraçando” e massajando suavemente o pulso com o indicador e o
polegar diz-se a palavra paz.

Este é um procedimento da PNL chamado “ancoragem”, associando o gesto a uma


imagem e a uma sensação agradável. Por isso, deve procurar uma imagem de paz e
calma qualquer retirada das suas recordações recentes, ou mais antigas.

Artur Barata 2013 (17)


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5. REVISÃO DA INTENSIDADE DO PROBLEMA E NOVA SEQUÊNCIA

À medida que continuarmos a fazer várias “rodadas” da Sequência, o nível de


intensidade do problema ou assunto vai baixando.

No final de cada Sequência devemos sempre fazer a avaliação do Nível de


Intensidade do Problema ou Assunto.

A partir do momento em que o nível de intensidade do problema ou assunto ficar


reduzido a um valor abaixo de 5, quer na próxima Preparação quer na Sequência
que se lhe segue devemos incluir a expressão “…este resto de problema / algum
deste problema…”.

Utilizando o exemplo anterior, na Fase de Preparação deveríamos utilizar a


expressão “Ainda que eu tenha alguma dor de cabeça, gosto de mim e aceito-me
total, completa e profundamente.”

Ao fazer a Sequência, a Frase Lembrete deverá ficar assim ao longo dos pontos de
acupunctura: “Este resto de dor ou Alguma dor”.

Outros exemplos:

“Mesmo que eu ainda tenha algum deste medo de voar…”;


“Ainda que eu tenha alguma desta ansiedade…”, etc..

Devemos repetir quer a Fase da Preparação (no fim de uma rodada) quer a
Sequência até que o nível de intensidade do problema ou assunto vá diminuindo e
chegue ao valor “0”.
Quando o nível de intensidade do problema atingir um valor de intensidade “1”,
devemos utilizar o Procedimento Gama 9.

IMPORTANTE

Volto a repetir, entre duas sequências ou rodadas completas deverá ser feita
sempre a Avaliação da Intensidade do Problema ou Assunto.

Em práticas avançadas (Método de Escolha ou da Ponte Golden Gate) faz-se a


avaliação apenas ao fim de uma série de 3 Sequências ou rodadas seguidas .

Artur Barata 2013 (18)


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Como foi dito, essa avaliação é sumamente importante porque é através dela que
saberemos se estamos a progredir ou continuamos no mesmo nível inicial de
Intensidade do Problema ou Assunto.

Caso não haja variação na intensidade do assunto que se está a tratar, ao fim de
digamos, três ou quatro rodadas e respectiva Preparação, alguma coisa está a
impedir a resolução do problema.

Quando isso acontece, temos de suspeitar que o bloqueio poderá ser devido à
existência de um SBS (Síndrome dos Benefícios Secundários) ou outro factor
limitante.

Artur Barata 2013 (19)


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6. O PROCEDIMENTO GAMA 9

Já se disse que quando o nível de intensidade do problema atingir um valor


próximo de 1”, devemos utilizar o Procedimento Gama 9.
Este Procedimento consiste em bater continuamente com os dedos no Ponto
Gama.

O Ponto Gama localiza-se entre as


bases do dedo mindinho e dedo
anelar, a cerca de 2 a 3 cm destas.

Enquanto se “bate” continuamente com os dedos indicador e médio nesse ponto,


vá repetindo a Frase lembrete (remanescente) e executa-se o seguinte
procedimento:

1. Olhos fechados;
2. Olhos abertos;
3. Olhos abertos olhando para “algo” em baixo, à esquerda, enquanto se
mantém a cabeça direita;
4. Olhos abertos olhando para “algo” em baixo, à direita, enquanto se mantém a
cabeça direita ;
5. Rolar os olhos num grande círculo no sentido dos ponteiros do relógio;
6. Rolar os olhos num grande círculo no sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio;
7. Cantarolar durante 2 segundos uma canção (normalmente utiliza-se o
parabéns a você);
8. Contar de 1 a 5;
9. Cantarolar de novo uma canção durante 2 segundos (utiliza-se outra porção
do parabéns a você).

Parece que a utilidade deste Procedimento Gama 9 tem a ver com facto de que
num evento traumático, os olhos de uma pessoa se alargam (provavelmente para
captar o maior número de informações possível), as pupilas estreitam-se (para
melhor concentração na situação perigosa), o cérebro congela e o tempo
expande-se.

Artur Barata 2013 (20)


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Com este procedimento o cérebro entra em modo de sobrevivência e não processa


os eventos do mesmo que o faria em situações normais.

Além disso, os investigadores do cérebro crêem que o movimento R.E.M. (Rapid


Eyes Movements) dos olhos durante o sono tem por finalidade processar os
eventos do dia, que são libertados depois disso.

Pensa-se que uma das razões pela qual o sono é perturbado após um evento
traumático se deve às substâncias químicas libertadas durante os sonhos
perturbadores e isso assusta, levando à interrupção do processamento natural dos
acontecimentos.

Os olhos são uma parte do cérebro que lhe dá informações do exterior.

Sempre que os olhos se abrem e fecham ou se movimentam, estamos a activar


uma parte diferente do cérebro.

Quando cantarolamos, contamos e voltamos a cantarolar, estamos a activar


respectivamente, a parte direita, esquerda, e de novo a direita.

Significa dizer, então, que ao utilizarmos este protocolo (Gama 9) estamos a ajudar
o cérebro a processar o evento traumático.

O Procedimento Gama 9 é muitas vezes descrito como uma técnica destinada a


equilibrar o cérebro, equilibrando as várias funções por ele desempenhadas.

O criador desta técnica foi o Dr. Roger Callahan, que defende a ideia de que o
cérebro precisa de tratar os problemas individualmente.

É como se ele precisasse de se ligar à frequência certa de cada evento traumático


para que o tratamento possa funcionar correctamente.

Artur Barata 2013 (21)


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7. TESTE

No final do Procedimento Gama 9 a intensidade do problema deverá estar situada


no número “0”.

Nessa altura deve fazer-se um teste trazendo à memória o problema inicial,


procurando-se sentir a resposta emocional correspondente.

Pense seriamente no problema, na situação geradora do sintoma e tente sentir o


que sentia inicialmente. Se não conseguir sentir nada estará com o problema a
zero (o), ou seja, resolvido.

Se voltar a sentir algum tipo de emoção à volta do assunto então ainda não está no
zero (o), tendo “sobrado” qualquer coisa que é conveniente eliminar.

Nessa altura terá que fazer de novo a Preparação e executar mais uma ou mais
Sequências e /ou mais um Procedimento Gama 9 até atingir o zero.
Depois deste último Procedimento Gama 9, deverá realizar novo Teste.

Para finalizar, depois de se atingir o zero (0), poderá realizar-se uma outra
sequência de “batidas”, mas desta vez na positiva.

Artur Barata 2013 (22)


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A RAIZ DO(S) PROBLEMA(S)

Na sequência do que tem sido dito é lógico pensar que de longe, a maneira mais rápida
para se resolver um problema complexo ou clarificar sintomas que resistem ao
tratamento é descobrir a questão central do problema, ou seja, a raiz ou âmago do
problema.

Estes problemas originais são interrupções fundamentais do sistema energético que se


podem formar na infância ou mais tarde, em resposta a uma dificuldade ou evento
traumático.

Em algumas situações, a raiz ou origem do problema poderá ser óbvia. Por exemplo:
“Desde que me separei não paro de engordar”; “desde que o meu negócio faliu que a dor
que tenho nas costas não para de aumentar”.

Contudo, a maior parte das vezes, a raiz do problema (a causa original) está oculta. Por
alguma razão a mente subconsciente resolveu afastar da memória do dia a dia as
ocorrências dolorosas exactamente por isso mesmo, porque são muito dolorosas.
Porque é que tenho dificuldade em falar em público? Porque é que sou tão tímido(a)?
Porque é que os meus relacionamentos falham constantemente? Porque é que os meus
negócios nunca dão certo? Porque é que me sinto sempre tão triste? Porque é que ando
sempre insatisfeito? Porque é que tenho tanto medo de andar de elevador?... Etc., etc.,
poderão ser alguns dos muitos problemas cujo âmago está oculto no subconsciente.

Esta questão de saber qual a causa original de um problema é absolutamente necessária


em algumas situações para que as pessoas possam verdadeiramente atingir o nível
emocional “0”, ou seja, se sintam verdadeiramente libertas da opressão que tão
fortemente e durante tanto tempo as condicionou.

Por exemplo, o Jorge (nome fictício) tem muita dificuldade de falar em público porque no
seu quarto ano do básico, a professora o ridicularizou em frente à turma.
Este acontecimento da infância é, de facto, a raiz do problema que tem de ser conhecida e
resolvida com a EFT.

Enquanto isso não acontecer, servirá sempre como fonte auto-sabotadora de qualquer
tentativa de resolução da dificuldade de falar em público do Jorge, por mais esforços
conscientes que este faça no sentido de os debelar.

Artur Barata 2013 (23)


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Manual de Técnicas Básicas de EFT – Parte II

OS ASPECTOS DO PROBLEMA

Muitos dos recém-chegados à EFT apresentam os seus problemas emocionais da seguinte


maneira:

 Sinto-me abandonado(a) e estou sempre ansioso(a);


 Sinto-me mal porque tive muitos problemas na infância. Odeio o meu pai (a minha
mãe);
 Tenho a minha autoestima muito em baixo. Não consigo fazer nada em condições;
 Sinto-me deprimido(a) e esgotado(a), etc..

Para essas pessoas esse é o problema e é para os resolver que desejam fazer a EFT.
Apesar da percepção das pessoas sobre os seus problemas, as situações atrás presentadas
ou similares são apenas sintomas dos verdadeiros problemas. O verdadeiro problema são
situações anteriores não resolvidas (a maior parte das vezes na infância).

Os sentimentos e emoções que sentimos


simplesmente não surgem do nada. Têm uma
origem (uma raiz) e é sobre esta que se deve
sempre procurar fazer o tapping.

Podemos considerar, como diz Gary Craig, que


estas emoções são os sintomas que
correspondem ao “tampo de uma mesa”,
enquanto o ou os verdadeiros causadores
dessa situação são eventos ocorridos no
passado recente ou mais antigo (muitas vezes na infância) e que têm associadas essas
emoções, as “pernas da mesa”. Resumindo, a maior parte das vezes o que acontece é
que se faz a EFT sobre os sintomas e não ao evento causador desses sintomas.

Concretamente, é habitual muitos principiantes e mesmo praticantes da EFT, terem a


tendência de aplicar as técnicas sobre o “tampo da mesa” e não sobre as “pernas”, por
exemplo, fazendo uma afirmação do tipo: “Embora eu tenha esta sensação de
abandono…”.

É claro que uma afirmação de Preparação tão generalista dificilmente poderá produzir
bons resultados, embora por vezes isso possa acontecer.

Artur Barata 2013 (24)


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Resultado: em regra obtém-se algum alívio, mas a emoção stressante persiste e continua
a minar o bem-estar do praticante.

Por outro lado, é importante dizer que uma abordagem tão vaga e generalista como esta
pode criar um ambiente propício ao desvio da atenção do(a) paciente.

A atenção da pessoa poderá estar desconcentrada e com tendência a pular de evento


para evento não só enquanto faz a Fase de Preparação como durante a própria Sequência.

Este tipo de abordagem promove a imprecisão fazendo com que o problema a ser tratado
“volte”. O que “volta”, como é óbvio, é o problema ainda não resolvido (as “pernas da
mesa”.)

Por vezes, determinado problema pode trazer um outro associado. Uma fobia a cães, por
exemplo, poderá não se centrar somente no medo do cão em si, a que poderemos chamar
problema global.

É que por baixo desse problema global poderão existir outros aspectos: a fobia será mais
forte quando o cão ladra, ou quando corre , ou quando mostra os dentes, ou em relação a
cães com determinado tipo de pelo, ou em determinadas situações concretas, etc..

O aspecto é, assim, a parte menor de um evento específico que traz um sentimento


negativo ao ser lembrado.

Muitas vezes, ao tratar com a EFT um aspecto e conseguir que ele chegue à intensidade
“0”, poderá surgir um outro menor relacionado com o primeiro e responsável pelo não
desaparecimento do problema.

Daí ser necessário identificar e tratar cada aspecto do problema para que haja libertação
emocional total.

A percepção da mudança do aspecto que está a ser tratado é muito importante, para que
se perceba o progresso que está a ser conseguido (ou não).

O praticante ou terapeuta que não consiga perceber esta mudança, tenderá a achar que o
trabalho não está a funcionar, quando na verdade está e muito bem.

Artur Barata 2013 (25)


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Deve ter bem presente que enquanto os diferentes aspectos de um problema não forem
resolvidos e levados até zero (0) pela utilização da Receita Básica poderá não notar alívio
por aí além.

De qualquer maneira, haverá nesse caso, sempre aquela sensação de que alguma coisa
não está resolvida.

A título de exemplo, se uma situação que o(a) incomoda for acompanhada de dor de
cabeça, dor de estômago e dor de dentes, não se sentirá curado(a) enquanto tudo não
desaparecer.

A dor poderá sofrer alterações mas continuará a ser dor.


O mesmo acontece com os problemas emocionais que contenham aspectos diferentes.
Poderá não experimentar nenhum alívio enquanto cada um deles não for resolvido.

Esta situação poderá ser comparada ao descascar de uma cebola: livra-se de uma camada
e surge de imediato uma outra por baixo.

TIPOS BÁSICOS DE MUDANÇA DE ASPECTO

Existem dois tipos básicos de mudança de aspecto:

1. Mudança de cena ou mudança de memória (o “cenário” altera-se);

2. Mudança de sentimento ou emoção (o “cenário”ou memória mantém-se).

No primeiro caso muda-se o “cenário” mas mantém-se o sentimento / emoção.

No segundo, mantém-se o “cenário” mas altera-se o sentimento/emoção.

Depois de cada Sequência ou rodada, deve procurar perguntar-se sempre :

 O nome do sentimento é o mesmo do início ou mudou?

 Ainda me estou a lembrar do mesmo evento específico, ou a minha mente foi


buscar outro evento?

Artur Barata 2013 (26)


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Caso o evento ainda seja o mesmo, é ainda a mesma cena que me incomoda, ou é outra
diferente?

Se o cenário ou sentimento mudou, identifique o nome do novo sentimento ou nova


situação.

Nota: Neste caso modifique também a Frase de Preparação bem como a Frase lembrete.

Outra pergunta muito importante. Após cada Sequência , se ainda estiver a sentir algo
negativo, pergunte-se sempre: Quando penso neste assunto, qual é o motivo porque me
sinto assim? O que há atrás disto?

Alguns profissionais e praticantes desta modalidade de energia psicológica poderão


utilizar questões similares às que já referi para detectar aspectos do problema ou
numa situação de SBS, que abordarei um pouco mais adiante.

Um desses profissionais é Ângela Vieira, que em


http://www.youtube.com/watch?v=5Q6HXlyiqxQ propõe as quatro questões
apresentadas para descobrir associações mentais inconscientes :

1. O que é que este problema me faz lembrar?


2. O que é que este problema me faz sentir?
3. O que é que eu estou a ganhar com isto (em ter esta doença ou este problema)?
4. O que é que eu estou a perder com isto?

Ângela Vieira afirma que quando fazemos estas questões poderemos aceder à
informação guardada em memória, muitas vezes a um nível inconsciente.

Para apreender a informação do inconsciente não deve nunca esforçar-se, utilizando a


mente consciente. Relaxe (o que faz o cérebro entrar em estado alfa), e permita que a
informação aflore.

Faça uma lista dos motivos que vierem à tona (por mais disparatados que lhe pareçam) e
anote-os. Poderão constituir aspectos que devem ser tratados.

Procure estar atento(a). Após cada Sequência poderá acontecer que os motivos mudem,
aos poucos ou rapidamente.

Artur Barata 2013 (27)


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O QUE FAZER QUANDO OS RESULTADOS NÃO SURGEM

Poderá perfeitamente acontecer que depois de algum tempo não se estejam a conseguir
progressos na resolução do problema.

Isso pode surgir devido aos motivos seguintes:

 Pode ter uma IP (Inversão Psicológica) ou uma IGP (Inversão Geral de Polaridade).
 Esta IP ou IGP pode estar associada a uma SBS (Síndrome dos Benefícios
Secundários)

Ter uma SBS pode significar que o inconsciente percebe que é mais fácil manter a situação
actual do que mudar (porque essa situação é conhecida, porque é confortável, mesmo
que seja má, porque traz algum tipo de benefício enquanto durar, etc.).

A inversão por SBS ocorre geralmente em pessoas com doenças crónicas ou similares, ou
que tenham sofrido um trauma, tenham vícios e hábitos antigos, crenças limitantes, etc..

Para estas pessoas, perder a sua condição limitante é como perder a identidade.

Reparar uma SBS é fácil! Basta simplesmente fazer o “tapping” no Ponto Karate enquanto
se vão dizendo frases de inversão do procedimento como, por exemplo, as que se
seguem:

 Mesmo que eu não queira realmente ver-me livre deste problema (fobia, raiva, dor
crónica, hábito, vício, etc.), gosto de mim e aceito-me total, completa e
profundamente.
 Mesmo que eu não saiba realmente como agir no futuro se me livrar deste
problema (excesso de peso, fumar, etc.), gosto de mim e aceito-me total, completa
e profundamente.
 Mesmo que eu não queira perdoar à minha mãe…
 Ainda que o meu superior seja um parvo e eu não lhe queira perdoar o ter-me dado
uma tão má classificação…
 Embora eu esteja cheio(a) de medo porque penso que nunca irei melhorar desta
doença e ainda por cima posso ficar inutilizado(a) para sempre…
 Por razões que neste momento desconheço sinto que não quero realmente livrar-
me deste problema…

Artur Barata 2013 (28)


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Repare que ao formular a Frase da Preparação do modo acima referido está a reconhecer
ter um problema psicológico que está a boicotar (autossabotar) a sua evolução, mesmo
desconhecendo as razões profundas porque o faz, já que se trata de um processo
inconsciente.

De facto, o inconsciente tem sempre razão e actua sempre em benefício da pessoa. Ao


fazer o que faz fá-lo porque um dia (devido a algo que aconteceu no passado) chegou à
conclusão que essa foi a via escolhida para a pessoa estar em segurança. A mensagem
ficou gravada e a resposta dada pela mente a uma determinada situação segue
invariavelmente o mesmo percurso: a um dado estímulo segue-se uma determinada
reacção. É uma situação deste tipo que é observável nas fobias e nos ataques de pânico,
nas adições (tabaco, álcool e drogas), mas que pode ocorrer em qualquer outra situação
aparentemente menos complexa, como adiar a resolução de um problema
(procrastinação) ou a execução de um projecto, por exemplo.

A solução? Não passa por combater o problema utilizando a força de vontade, mas
preparando-o (ao inconsciente) para aceitar uma alteração a esses procedimentos
elaborando uma frase que reconheça a existência do problema, ou seja, fazendo a
Preparação (Set-Up).

Poderá haver outras razões pelas quais não se conseguem obter resultados:
 por não se fazerem as afirmações de um modo suficientemente específico;
 devido a desidratação;
 por sensibilidade a alguma coisa;
 por haver necessidade de se descobrir a origem/raiz do problema ou situação.

Depois de lançadas as perguntas, devemos “apanhar” os primeiros pensamentos que nos


vêm à mente (por muito estranhos ou diferentes do assunto a tratar que possam parecer )
e trabalhá-los com a Receita Básica da EFT.

Trabalhar o(s) pensamento(s) que tenha(m) vindo à tona poderá alterar o assunto ou
problema que se tenha estado a trabalhar e isso implica reformular quer a Frase de
Preparação quer a Frase lembrete.

Artur Barata 2013 (29)


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CONCLUSÃO

Como se pode verificar, a EFT/TLE é nos seus princípios e funcionamento uma técnica
muito simples e é nessa simplicidade que reside talvez, a sua maior eficácia.

Para além de simples, é gratuita, não causa dependência, e pode ser utilizada em qualquer
lugar e em qualquer momento.

A chave do seu sucesso reside tanto numa aprendizagem correcta dos seus princípios
funcionais aqui expostos como numa prática que se deseja muito frequente.

Ou seja, deve-se praticar, praticar, praticar e praticar…

Quantas vezes deve ser utilizada? Há limites para a sua utilização? A resposta é: não há
limites, diários ou de outro tipo qualquer. O seu desejo de parar e o cansaço são o seu
limite.
Que assuntos ou problemas poderão ser tratados com a EFT? A resposta, aparentemente
pretensiosa, parece, até agora, uma só: todos! Experimente.

Para além da prática, devo dizer que há um outro conceito fundamental da EFT (que já foi
referido) e que deve ser considerado, podendo determinar o sucesso ou insucesso da sua
aplicação: é ele a persistência.

Repito, persistência não é teimosia, pretendendo que o problema desapareça à força de


“batidelas” e afirmações. Persistência é querer, é ter vontade de seguir em frente
desejando resolver o problema.

Muitas vezes, não nos apetece fazer o “trabalho de casa”, e essa atitude é muito mais
frequente do que se possa imaginar.

Também isso é uma SBS, uma forma de autosabotagem. O seu inconsciente quer protege-
lo(a) da mudança porque é esse o seu papel (manter a homeostasia, o equilíbrio, o status
quo), ainda que a situação vivida no presente seja péssima.

Por conseguinte, persistir significa não desistir até, como diz Robert Smith (o autor da
FasterEFT, uma das variantes da EFT), morrer ou obter resultados.

Artur Barata 2013 (30)


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Lembre-se: as suas limitações são as limitações que poderá impor à técnica. Não existem
outras.

Experimente tratar o seu “problema” com a EFT, pratique e seja persistente seguindo as
orientações deste Manual. Poderá ficar surpreendido(a) com os resultados!

Artur Barata 2013 (31)


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Craig, Gary, The EFT Manual, 2º Edition, Energy Psychology Press, Santa Rosa, 2010/2011.

Kappas, Susie, Advanced EFT, Emotional Freedom Tecnique - Part 2, American Hypnosis
Association, 2009.

Lima, André, Manual de EFT – Nível 1, 2012.

Vieira, Ângela, http://www.youtube.com/watch?v=5Q6HXlyiqxQ

Artur Barata 2013 (32)


http://www.viagemaocentrodamente.com/

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