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Relatório Técnico
CPM RT 097/11
Abril/11 Rev. 00
Este relatório apresenta os resultados dos vários estudos feitos por profissionais de
diversas áreas para a empresa obter a Licença de Localização do projeto. Inicialmente,
conforme prevê a lei, foi feito o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), uma pesquisa ampla
que é a fonte de informações para a produção do RIMA, um documento mais objetivo e
simplificado, direcionado para a população com interesse no projeto. Ambos, EIA e RIMA,
são exigidos pela legislação brasileira.
A celulose é uma fibra de origem natural, parecida com o algodão, produzida por diversos
tipos de plantas. A madeira é, na verdade, composta por muitas fibras de celulose
"coladas" uma às outras por uma substância chamada lignina. A fábrica vai separar as
fibras de celulose da lignina e de outras substâncias presentes nos troncos de eucalipto.
A celulose é utilizada, principalmente, para a produção de papel e papelão. As fibras de
celulose são misturadas a alguns produtos químicos, e essa mistura é prensada e seca
por grandes máquinas, adquirindo a forma de folhas de papel ou placas de papelão.
O novo objetivo é aumentar a produção de celulose de fibra curta em mais 1,5 milhão de
toneladas secas ao ar por ano (tsa/ano). Para tanto, será necessário aumentar a área de
plantio de eucalipto existente em 107 mil hectares (plantio próprio e/ou arrendado e em
parceria com Produtores Florestais no Sul e Extremo Sul da Bahia). Isso será possível
com a ampliação da Veracel, nova fábrica com essa capacidade de produção maior que a
atual, que será localizada ao lado da unidade já existente nos municípios de Eunápolis e
Belmonte, na Bahia. Essa quantidade de celulose produzida vai atender à demanda do
mercado de produção de papel.
A ampliação da fábrica da Veracel será feita em quatro anos após a obtenção da licença
ambiental para instalação, conforme cronograma abaixo:
Etapas / Meses 1 a 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Planejamento
Terraplenagem
Escavações para
emissário e captação
Fundações
Alvenaria
Montagem de
equipamentos
Comissionamento e testes
Desmobilização
Partida
Tanto para fazer a ampliação da fábrica da Veracel Celulose S.A.quanto da sua área
de plantio de eucalipto na Bahia algumas atividades terão que ser realizadas.
Inicialmente, será feito o detalhamento do projeto para posterior mobilização de mão de
obra e equipamentos. A seguir, a área começa a ser preparada, com execução de
terraplenagem (movimentação de terras para ajuste do relevo do terreno), aterro,
reaproveitamento interno de solo em reaterros, formação de taludes (inclinação
encontrada em encosta para garantir estabilidade do aterro) e estoque de terra para o
paisagismo da área.
Adutora - canal que transporta água desde a captação, no rio Jequitinhonha, levando
para tratamento e depois para cada setor onde será utilizada.
Emissário - tubulação para encaminhar os efluentes tratados da fábrica até o ponto de
lançamento no rio Jequitinhonha.
Após o início da operação, está prevista com a ampliação da Veracel a geração de 2.880
empregos permanentes a mais na região. Sendo cerca de 250 empregos nas operações
industriais, 2600 empregos nas operações florestais e cerca de 30 empregos em
atividades administrativas. Atualmente, a Veracel gera 3.205 empregos permanentes
(Fonte: Veracel, dez/2010). Isso significa que, com a ampliação da Veracel, haverá um
aumento de quase de 90% no quadro atual de empregos. Durante a construção da
fábrica, serão gerados em torno de 8.000 empregos ao longo de 48 meses.
Durante o cozimento, ocorre uma ação química que separa a fibra da madeira. As fibras
separadas são a celulose industrial. Ainda dentro do digestor, acontece uma lavagem
para retirar o “caldo” do cozimento, chamada de licor preto fraco, que é usado como
combustível na caldeira de recuperação. A celulose é retirada do digestor e levada a outra
operação de lavagem nos difusores, aumentando sua pureza.
Branqueamento – Etapa da produção da celulose que retira os compostos que dão cor
escura à polpa, tornando ela branca.
Algumas características que dão qualidade à celulose:
Brancura: Quanto mais branca a celulose maior a qualidade dela e maior a aceitação
pelos compradores. Quanto mais branca, mais nobre a celulose.
Pureza: É uma característica que demonstra que a celulose está livre de outros
materiais como areia, borracha, plástico, entre outras coisas.
Essa operação é contínua. Por ano são 355 dias de operação e dez dias de parada
programada, para manutenção geral.
O consumo de água previsto para fábrica atual e futura será de 9.216 metros cúbicos por
hora (m3/h), que serão retirados do rio Jequitinhonha, um total que representa,
aproximadamente, 2,5 % do volume total de água do rio no período de estiagem. A
captação é feita abaixo do ponto de lançamento dos efluentes industriais tratados, o que
demonstra a confiança da empresa em seu sistema de tratamento de efluentes.
A fábrica devolverá ao rio cerca de 90% do volume de água captada em forma de efluente
industrial tratado. Ou seja, somente 10% serão perdidos na evaporação e consumidos na
produção de celulose. Ainda estão previstos projetos de reaproveitamento das águas de
selagem e da chuva, que poderão ser usadas em caso de incêndio, rega de jardins e
lavagem das ruas da fábrica, e a implantação de sistemas para diminuição das perdas de
água de resfriamento, após tratada.
Essas mudas são levadas para o campo e plantadas. No plantio a Veracel utiliza uma
prática conhecida como cultivo mínimo. Com essa prática, consegue-se a implantação da
nova base florestal com a menor interferência possível do solo, mantendo-o protegido
contra a erosão, mantendo sua umidade e evitando assoreamento dos cursos d’água. As
principais atividades de implantação são o combate à formiga, o preparo do solo, o plantio
e a irrigação. Em seguida temos a manutenção da floresta, que consiste em um conjunto
de atividades realizadas para garantir o crescimento e a produtividade florestal, como
controle de pragas daninhas e doenças, adubação, prevenção constante de incêndios,
entre outros. Essas atividades são realizadas de acordo com a necessidade detectada
durante os monitoramentos.
Em média, sete anos após o plantio, as árvores estão prontas para serem colhidas. Elas
são colhidas por máquinas específicas, que favorecem a sustentabilidade florestal, pois a
biomassa residual (cascas, galhos e folhas) fica retida no campo, protegendo e
CPM RT 097/11 7 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
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Para avaliar a ampliação, optou-se por não separar indústria de área de plantio. Elas
estão interligadas e uma depende da outra. Assim, as possibilidades de localização
também levaram isso em conta, chegando-se a cinco alternativas na época da instalação
de atual Veracel. A mais adequada foi a que permite a localização das fábricas próximas
ao rio Jequitinhonha. A disponibilidade de água é uma característica fundamental para a
sustentabilidade do empreendimento, no que diz respeito à unidade industrial. Além disso,
o rio também é o mais adequado para a diluição segura dos efluentes da produção depois
de tratados. A vazão de qualquer outro rio da região não seria suficiente para atender as
necessidades industriais, caso fosse escolhido.
CPM RT 097/11 9 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
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Grande parte das estradas de acesso prontas é suficiente para atender o volume de
caminhões transportadores de matéria-prima, produtos e trabalhadores da Veracel (atual
e ampliação). As linhas de transmissão de energia elétrica externa instaladas são também
suficientes para atender as duas fábricas. A proximidade das duas fábricas também
favorece a ligação entre as linhas e minimiza custos.
Distância
Nº de Área total de
Municípios Média da
municípios plantio
fábrica
92.000 hectares
Belmonte, Canavieiras, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, de plantio próprio
Alternativa
10 Itagimirim, Itapebi, Mascote, Porto Seguro e Santa Cruz 15.000 hectares 50 km
01
Cabrália de produtores
florestais
92.000 hectares
Belmonte, Canavieiras, Eunápolis, Guaratinga, Itabela,
de plantio próprio
Alternativa Itagimirim, Itapebi, Mascote, Porto Seguro, Santa Cruz
17 15.000 hectares 75 km
02 Cabrália Encruzilhada, Macarani, Maiquinique, Itapetinga,
de produtores
Itarantim, Potiraguá e Santa Luzia
florestais
92.000 hectares
Belmonte, Canavieiras, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, de plantio próprio
Alternativa
12 Itagimirim, Itapebi, Mascote, Porto Seguro, Santa Cruz 15.000 hectares 60 km
03
Cabrália, Itamaraju e Prado de produtores
florestais
De forma geral, na alternativa 01 a área de plantio ocorre nos dez municípios onde a
Veracel já tem eucalipto. Na alternativa 02 amplia-se o número de municípios onde ocorre
o plantio de dez para 17, aumentando a distribuição dele nos municípios baianos. Na
alternativa 03 aumenta-se a área plantada nos municípios onde ela já ocorre e está é
ampliada em mais dois municípios (Prado e Itamarajú).
Alternativa 1
Alternativa 2
Alternativa 3
Para saber qual alternativa seria a melhor, foram avaliados quatro conjuntos de critérios
com diferentes pesos, como apresentados no quadro.
Ao final, a opção que teve maior pontuação global foi a alternativa 02. Apesar de não ser
a melhor segundo os critérios técnicos e econômicos, uma vez que aumenta os custos
com transporte de madeira e infraestrutura, tem menor produtividade pelas condições
edafoclimáticas (solo e clima), ela é a opção preferencial por ter maiores vantagens
ambiental e social.
Por isso, a alternativa indicada pelo Estudo Ambiental foi a que inclui os seguintes
municípios: Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis, Guaratinga, Itabela,
Itagimirim, Itapebi, Itapetinga, Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto Seguro,
Potiraguá, Santa Cruz Cabrália e Santa Luzia.
Áreas
Áreas Futuras
Municípios Atuais + Futuras
(ha) (ha)
Belmonte 11.154 30.000
Canavieiras 13.874 15.000
Encruzilhada 5.000 5.000
Eunápolis 0 22.362
Guaratinga 27.854 35.000
Itabela 11.167 17.000
Itagimirim 4.448 16.000
Itapebi 18.219 19.000
Itapetinga 10.000 10.000
Itarantim 15.000 15.000
Macarani 10.000 10.000
Maiquinique 4.000 4.000
Mascote 10.097 14.000
Porto Seguro 20.766 35.000
Potiraguá 5.000 5.000
Santa Cruz Cabrália 0 25.224
Santa Luzia 2.999 3.000
TOTAL 169.578 280.586
O cozimento da madeira, descrito anteriormente, é feito por meio do processo Kraft, que é
a mistura das substâncias químicas de sulfeto de sódio e soda cáustica à temperatura de
150º C. Tal tecnologia é a mais utilizada no mundo inteiro por produzir uma celulose de
melhor qualidade com menor impacto ambiental .
Aterro industrial – área construída para a destinação final dos rejeitos da indústria de
forma ambientalmente segura.
Fontes não fósseis – os combustíveis de fontes não fósseis são aqueles que menos
contribuem para o aquecimento global.
TECNOLOGIAS FLORESTAIS
Com base nessas definições foram avaliadas quais seriam as áreas de influência da
expansão dos empreendimentos industrial e do plantio de eucalipto sobre os meios físico,
biótico e socioeconômico, considerando os vários impactos possíveis sobre cada meio.
Como resultado dessas avaliações, encontraram-se os possíveis impactos mais
abrangentes relacionados à implantação e operação da nova fábrica e à expansão do
plantio de eucalipto.
Esses impactos e suas áreas de influência mais abrangentes sobre cada meio serão
apresentados a seguir.
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1 19 RIMA – Relatório de Imp pacto Ambiental
Abril/11 ação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
Amplia
de Belmonte,
B Canavvieiras, Encruzilhaada, Eunápolis,
Guuaratinga, Itabela
a, Itagimirim, Itap
pebi, Itapetinga,
Ita
arantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Pottiraguá, Santa Crruz de Cabrália,
Santa L
Luzia E Indústria de Celulose no
Município de E
Eunápolis e Belm monte, Na Bahia
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1 20 RIMA – Relatório de Imp pacto Ambiental
Abril/11 ação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
Amplia
de Belmonte,
B Canavvieiras, Encruzilhaada, Eunápolis,
Guuaratinga, Itabela
a, Itagimirim, Itap
pebi, Itapetinga,
Ita
arantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Pottiraguá, Santa Crruz de Cabrália,
Santa L
Luzia E Indústria de Celulose no
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Áreas de influência
a da base florestal da
d Verace
el:
Áreas de influência
a dos meios físico e biótico
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Amplia
de Belmonte,
B Canavvieiras, Encruzilhaada, Eunápolis,
Guuaratinga, Itabela
a, Itagimirim, Itap
pebi, Itapetinga,
Ita
arantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Pottiraguá, Santa Crruz de Cabrália,
Santa L
Luzia E Indústria de Celulose no
Município de E
Eunápolis e Belm monte, Na Bahia
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Áreas de influência
a para o meio
m socio
oeconômic
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7 QU
UAL A RELAÇÃ ÃO DO PROJEETO COM AS P
POLÍTICAS, OS
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A ampliaçção da fábrica da Veeracel Celu
ulose S.A. e de sua área
á de plaantio aconntecerá emm
uma área a contemp plada por políticas, planos e programa as dos go overnos municipais,
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estadual e federal. Assim,
A é necessário
n um estudoo de possííveis confliitos ou incentivos do
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empreend dimento a estas
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Amplia
de Belmonte,
B Canavvieiras, Encruzilhaada, Eunápolis,
Guuaratinga, Itabela
a, Itagimirim, Itap
pebi, Itapetinga,
Ita
arantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Pottiraguá, Santa Crruz de Cabrália,
Santa L
Luzia E Indústria de Celulose no
Município de E
Eunápolis e Belm monte, Na Bahia
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com exceção de Belmonte para o dendê. A produção de flores, que a Bahia produz
somente 20% de seu consumo, também não é típica dos 17 municípios.
Como a Veracel irá expandir sua área de plantio predominantemente em áreas de pasto,
competirá por terras destinadas ao aumento da produção leiteira, visto que a região
pretendida para expansão florestal é utilizada pela pecuária extensiva.
Por outro lado, a implantação bem sucedida do PROLEITE, com utilização de vacas
leiteiras de alta produtividade, poderá reduzir em cinco a seis vezes a demanda por áreas
de pasto para a mesma produção. Tal fato poderá contrabalançar plenamente a
competitividade por terras aptas para a pecuária leiteira pelo projeto Veracel II.
II Plano Nacional de Reforma Agrária – PNRA: coordenado pelo governo federal, busca
promover transformações na estrutura agrária brasileira. A Veracel se propõe a consultar
o o Incra para verificar se a propriedade a ser adquirida está incluída no Plano Nacional
de Reforma Agrária com a finalidade de evitar a competição por terras especialmente nos
municípios em que há demanda por reforma agrária.
humanas. A Veracel desenvolve vários projetos que visam à proteção da floresta, cuja
área ocupa hoje mais de 105 mil hectares, metade das terras da empresa. Desses, cerca
de 9 mil hectares de mata preservada são Áreas de Alto Valor de Conservação, incluindo
a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel. Além disso, a
Veracel mantém o Programa Mata Atlântica – PMA, cujo objetivo é estabelecer corredores
ecológicos, que vão possibilitar a conexão entre os fragmentos de Mata Atlântica da
região, indispensáveis para a preservação da fauna e da flora desse bioma.
Neste capítulo vamos falar sobre as características das áreas influenciadas pelo projeto.
Para conhecer esses aspectos foram estudados o clima, a Geologia, o relevo, os solos e
as águas (meio físico); as plantas, os animais e as Unidades de Conservação da região
(meio biótico) e a sociedade, os serviços públicos e a economia (meio socioeconômico).
Meio biótico
Nas regiões sul e extremo sul da Bahia, onde se localizam as atuais áreas da Veracel
Celulose S.A. e as áreas que receberão a ampliação dos plantios de eucalipto, encontra-
se a Floresta Atlântica, que se destaca como um local de megadiversidade. Com base
nisso, essa área foi incluída no Corredor Central da Mata Atlântica. Hoje, estima-se que a
cobertura florestal do extremo sul representa cerca de 11,4% da área total representada
por fragmentos de Floresta Secundária em estágios inicial, médio e avançado de
sucessão ecológica, além de poucos fragmentos em estágio primário representados por
parte dos parques nacionais (Parna) do Descobrimento, Pau Brasil, Monte Pascoal,
RPPN Estação Veracel, Parque Nacional do Alto Cariri e outros fragmentos florestais
importantes por sua área física e estado de conservação (Alto Cariri, Fazenda Taquara,
Fazenda Macadâmia, Florestas do litoral de Belmonte e Cabrália entre outras).
Floresta Secundária - floresta que no passado sofreu corte raso e que se encontra
naturalmente recuperada. Na Mata Atlântica, essas florestas têm árvores de até 30
metros de altura.
Sucessão ecológica - os ambientes de solo exposto e rochas passam pelo
desenvolvimento de plantas ao longo do tempo. Em seguida são os animais que
aproveitam da presença da vegetação para se abrigarem. Com o tempo, o porte das
plantas e dos animais vai aumentando até chegar num ambiente em equilíbrio. Essa
sequência de acontecimentos chamamos de sucessão ecológica.
Corredor Central da Mata Atlântica – faixa que compreende o Estado do Espírito Santo e
parte do sul da Bahia onde foi identificado alto valor ecológico e vem recebendo iniciativas
de conservação.
A região sul da Bahia foi praticamente toda ocupada por Floresta Ombrófila Densa, sendo
atualmente ocupada por outras formas de cobertura do solo. A Floresta Ombrófila se
destaca como moradia de espécies conhecidas comercialmente pelo alto potencial
madeireiro, como pau-brasil. Hoje essa planta só é encontrada em poucas áreas como a
Estação Ecológica do Pau Brasil, RPPN Estação Veracel, e em algumas fazendas de
cacau da região acima dos rios Jequitinhonha e Pardo. A Floresta Ombrófila Densa foi
subdividida em Floresta Primária e Floresta Secundária.
A vegetação de Floresta Primária tem grande diversidade biológica, sofreu poucas ações
do homem e não teve suas características originais mudadas. São considerados como
fragmentos florestais com vegetação primária aqueles que, apesar de já terem passado
por alguma atividade de extração (corte de madeira) mantêm suas características e
diversidade biológica.
Uma espécie é considerada rara quando seus representantes estão apenas em uma
pequena área, quando ocorrem sob condições específicas e/ou quando há poucos
representantes da população em um local.
Ocorrência da espécie de bromélia (Vriesia procera) Ocorrência da espécie de orquídea (Brassavola sp.)
na área de estágio médio de regeneração de floresta na área de estágio médio de regeneração de floresta
ombrófila densa, presente na área de influência direta ombrófila densa, presente na área de influência direta
da Veracel Celulose, município de Santa Cruz da Veracel Celulose, município de Porto Seguro,
Cabrália, Bahia. Bahia.
Já as espécies que podem ter seus frutos vendidos são Cajá-mirim, Cajarana, Seriguela,
Jenipapo, Caju, Mangaba, Jabuticaba, entre outras. Na localidade há grande oferta de
espécies que são utilizadas pelas comunidades locais e populações ribeirinhas para cura
de doenças. Com base nas pesquisas, foram listadas as espécies de Pau-ferro
(problemas de asma), São-joão (poder adstringente), Copaíba (cicatrizante, anti-
inflamatório, tratamento de bronquites e doenças de pele), Braúna-do-sertão (uso da
casca para distúrbios do sistema nervoso), Amescla (problemas respiratórios, sinusites,
gripes e resfriados), Cobi (diurética e laxativa).
Outras espécies servem para fins decorativos, como os tipos de ipê amarelo, branco,
felpudo, roxo; Pata-de-vaca, Pau-ferro, Bougainvillea, orquídeas e bromélias.
Para identificação das espécies de animais presentes, foram feitas incursões aos vários
municípios da área de influência. O estudo revelou o total de 83 espécies de anfíbios
distribuídas entre doze famílias, sendo 39 espécies endêmicas da Mata Atlântica da Bahia
que se distribuem geralmente desde o norte Espírito Santo até o Estado de Sergipe.
Anfíbios - sapos, pererecas e rãs, por exemplo. São animais que dependem da água pelo
menos durante uma fase do seu ciclo de vida. Por isso, eles têm grande sensibilidade às
alterações ambientais, sendo excelentes indicadores da qualidade ambiental.
Em relação às aves, foram listadas 612 espécies, que corresponde a 34% de todas as
aves registradas para o país e 90% do número de espécies listadas para toda a extensão
da Mata Atlântica. Foram encontradas 126 espécies próprias ou de distribuição restrita, o
que representa quase 60% de todas as listadas para os estados do domínio da Mata
Atlântica. Ao mesmo tempo, também há grande número de espécies ameaçadas, devido
ao alto grau de endemismo da região e das condições ambientais e pressões feitas pelo
homem.
Cerca de 17% das espécies de mamíferos com ocorrência provável na área estão sob
ameaça de extinção. Na área do empreendimento estão registradas 37 espécies alvo de
caçadores. A caça já levou espécies a se tornarem extintas em algumas sub-regiões (ex.:
Anta na região sul) e ameaça seriamente outras regiões.
Nas análises das águas do rio Jequitinhonha foram encontradas espécies comuns aos
rios brasileiros. Peixes e suas larvas e ovos, plâncton (plantas e animais microscópicos
presentes na água) e bentos (animais que vivem no fundo dos rios ou aderidos a
vegetação das margens dos rios), revelaram valores de qualidade e quantidade
compatíveis com este tipo de rio, e similares a outros do estado da Bahia.
Meio físico
O conjunto das áreas dos 17 municípios da ampliação da área plantada da Veracel ocupa
uma faixa que se estende desde o litoral até uma região mais central da região sul da
Bahia. A localidade tem relevo de plano a suave com leve declínio até o Oceano Atlântico.
A fábrica está localizada próxima à costa, em uma região de clima tropical.
Em geral, o período de mais chuva na região acontece nos meses de outubro, novembro
e dezembro. Já o período mais seco fica entre os meses de inverno (junho, julho, agosto)
e no início da primavera.
O barulho emitido pela fábrica também foi estudado em seis locais localizados no seu
entorno , além de quatro na sua cerca limítrofe e dois no conjunto de emissário e
captação. Na cerca da fábrica os níveis de ruído medidos estão dentro dos limites
recomendados pela Norma Brasileira (NBR – 10151) e nas instalações do emissário e
captação é recomendável o uso de protetores auditivos. As medições realizadas em
fragmentos de mata Atlântica e de eucalipto apresentaram alguns valores um pouco
acima daqueles recomendados para áreas de sítios e fazendas, no entanto trata-se de um
ruído do próprio ambiente (ruído de fundo), compatíveis com os valores encontrados em
áreas mais distantes como na Estação Veracel (Reserva Particular do Patrimônio Natural
de propriedade da empresa e localizada a cerca de 60 km da fábrica). Esses valores
normais do ponto de vista ambiental.
Na região sul e extremo-sul as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano todo, aliadas
às baixas fertilidades dos solos na maior parte da região, são fatores limitantes à
agricultura, uma vez que há predomínio de lavouras permanentes (café e mamão,
principalmente) na maior parte dos municípios, possivelmente possibilitada pelo superávit
hídrico e médias de temperatura. O predomínio de áreas de baixa a média erodibilidade é
também favorável ao desenvolvimento das lavouras permanentes, enquanto a baixa e
média fertilidade verificada na maior parte da região não representa um fator limitante
para este tipo de atividade. O predomínio de relevo plano a suave também propicia o
desenvolvimento de atividades agropecuárias. Há uma regularidade de chuvas e
temperaturas médias são propícias também à colonização predominante por Floresta
Ombrófila Densa. As planícies quaternárias propiciam desenvolvimento de restingas nos
terrenos arenosos e manguezais em regiões de influência fluviomarinha nos municípios
de Canavieiras, Belmonte, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.
Desde 2002, a Veracel monitora periodicamente o rio Jequitinhonha de acordo com o que
foi estabelecido no plano de monitoramento aprovado pelo IMA, uma vez que o rio lhe
fornece água e recebe o efluente tratado da fábrica.
Os níveis de oxigenação das águas monitoradas são bons. . Os resultados obtidos para
os três pontos de monitoramento estiveram dentro dos limites da legislação (Resolução
CONAMA 357/2005) para os parâmetros de qualidade de água, exceto Alumínio e Ferro,
em função das características do solo da região, e Cor e Turdidez em função das cheias
do rio. A Temperatura da água está em torno de 27ºC em todo o percurso e o
monitoramento também mostrou que as vazões mínimas têm estado entre 90 e 120 m³/s
no período de seca.
Para a avaliação das novas áreas pretendidas para expansão florestal foi aumentado o
número de pontos de monitoramento de qualidade de água, totalizando 40 pontos de
amostragem, distribuídos por toda a Área de Influência Direta do empreendimento.
Como resultado, foi observada em grande maioria dos pontos uma qualidade de água
Boa, segundo o Índice de Qualidade de Água (IQA - CETESB), tanto para abastecimento,
quanto para a preservação da vida aquática. Dos 40 pontos amostrados, apenas cinco
tiveram IQA classificado como Aceitável, sendo estes amostrados nos rios Catolé,
Frades, Caraíva e no Córrego d’ água. O rio Córrego d’água apresentou contaminação
por esgoto doméstico, advindo das localidades próximas a este curso d´água.
Unidades de Conservação
APA Coroa vermelha, Porto Seguro. APA Caraíva Trancoso, limite sul rio Caraíva.
Meio socieconômico
A área influenciada pelo projeto está localizada nos municípios que pertencem
originariamente às Capitanias de Porto Seguro, Bahia de Todos os Santos e São Jorge
dos Ilhéus. Esta área demorou a ser ocupada por causa de várias dificuldades durante o
século XVI (16). Dentre os principais motivos, estavam o tipo de relevo que dificultava a
entrada de estrangeiros e ajudava aos índios a protegerem seus territórios.
Ficando isolada por causa da Mata Atlântica de um lado, pelo oceano Atlântico de outro e
pelas grandes distâncias entre os territórios, essas cidades tiveram dificuldade para seu
desenvolvimento mesmo com o passar dos anos. Apenas a cidade de Belmonte, que fica
mais ao norte, teve chances de se desenvolver, no final do século XIX e início do século
XX, por causa do cultivo de cacau (lavoura cacaueira), do crescimento da exploração de
diamante e por servir de interligação com o mar para as ocupações interioranas vindas do
nordeste de Mina Gerais através do rio Jequitinhonha.
Na década de 1970, foi construída a rodovia BR-101, que corta a região longitudinalmente
a leste da BR-116 e por dentro da mata, ligando as cidades próximas e o resto do país.
Durante a implantação da rodovia, aconteceu uma grande movimentação na região por
causa dos trabalhadores e começaram a aparecer núcleos de ocupação, que mais tarde
deram origem as cidades como Teixeira de Freitas, Itabela, Eunápolis, Itagimirim e
Itapebi.
Fonte: CEPLAC
Evolução do Desmatamento na Região Sul da Bahia.
Para conhecer a população da área de influência estudada, temos que entender como ela
é formada. A região onde a Veracel vai ampliar seus negócios é conhecida por ter sofrido
com o êxodo rural, ou seja, a saída de pessoas do campo para a cidade. Esse fenômeno,
muitas vezes, é relacionado à instalação da fábrica e base florestal da empresa. No
entanto, de acordo com os dados a seguir, veremos que não é verdade.
Com essa diferença de definições, alguns municípios foram criados na área de interesse
do projeto. Ou seja, os municípios “antigos” perderam população para os recém-criados.
Exemplo disso foi a criação do município de Eunápolis a partir dos municípios de Porto
Seguro e Santa Cruz Cabrália. Outro fator que levou a diminuição da população rural na
localidade foram as variações das Leis de Perímetros Urbanos que ampliaram as áreas
urbanas, o número de distritos, vilas e setores censitários de vários municípios da Área de
Interesse do Projeto. Na região, a área que sofre conseqüências mais visíveis foi
Mascote.
Outro ponto que devemos lembrar é que em alguns municípios onde a plantação da
Veracel é maior, como é o caso de Belmonte, Eunápolis e Porto Seguro, houve
crescimento da população rural entre os anos de 2000 e 2007. Como conclusão pode-se
dizer que, de acordo com os dados oficiais acima discutidos, não se pode afirmar que
houve um êxodo rural na Área de Interesse do Projeto nem que a Veracel possa ter sido a
responsável pelo que teria ocorrido.
Na Bahia, assim como no Brasil, as últimas décadas foram marcadas por uma aceleração
do processo de urbanização com a redução do pessoas morando em áreas rurais. Isso
aconteceu principalmente por causa da concentração das atividades econômicas em
determinados espaços geográficos.
CPM RT 097/11 45 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Em Eunápolis merece destaque o fato de que entre 2000 e 2007 a população rural
aumentou sua participação tanto em termos absolutos quanto relativos. Com efeito, a
população campesina (do campo) cresceu de 4.959 pessoas em 2000 para 5.842
habitantes em 2007 e aumentou sua participação de 5,9% para 6,3% durante a década.
No município de Belmonte, o processo de urbanização vem ocorrendo lentamente à
medida que o grau de urbanização que era de 49,2% em 1991 evoluiu para 53,9% em
2000 e praticamente ficou estável ao perfazer 54,0% em 2007. Diante deste contexto, o
município de Belmonte ainda contava com uma população rural de 9.805 habitantes em
2007. Já em Santa Cruz Cabrália, o processo de urbanização foi intensificado durante
esta década uma vez que o contingente de população recenseada em áreas urbanas
cresceu de 13.527 para 17.099 habitantes entre 2000 e 2007. Durante o mesmo período,
o grau de urbanização evoluiu de 56,6% para 70,2%.
Dentre os dez municípios que mais apresentaram contração de população rural durante a
década de 1990, se destacam:
leitura dos dados e conclusão de intenso êxodo rural, a grande maioria dos habitantes
não mudou de residência entre os levantamentos censitários. Com efeito, entre os
levantamentos censitários de 1991 e 2000, constata-se que os povoados de São João do
Paraíso, Teixeira do Progresso e Pimenta - pertencentes à sede municipal - foram
transformados em distritos no ano de 1999. Desse modo, essas alterações ocorridas na
estrutura territorial-administrativa do município entre os levantamentos censitários de
1991 e 2000 terminaram influenciando o processo de enumeração das populações urbana
e rural de Mascote, já que as populações dessas localidades contribuíam em 1991 para a
população rural do município (já que eram povoados) e no Censo 2000 uma significativa
parte dela passou a contribuir na população urbana, por ocasião da criação dos distritos e
a conseqüente constituição das vilas – que são consideradas áreas urbanas.
Diante desse contexto, tal alteração contribuiu para aumentar a população urbana do
município e reduzir a população rural entre os recenseamentos. Somente na recém-
criada vila de São João do Paraíso a população alcançava 8.307 habitantes em 2000.
Além disso, cabe ainda lembrar que o total de população recenseada em 2000 nessas
três novas vilas (urbanizada, por conseguinte) era de 10.108 habitantes – valor
praticamente idêntico ao aumento de 10.280 habitantes observados na população urbana
do município entre 1991 e 2000.
No caso de Mascote, portanto, é possível inferir que frente a contração total de população
rural de 14.365 habitantes observada entre 1991 e 2000, aproximadamente um
contingente de aproximadamente 10.000 foi decorrente da criação dos novos distritos.
Nessa perspectiva, a redução de população rural que poderia ser atribuída à dinâmica
demográfica passaria a ser algo em torno de 4.000 habitantes e não mais de 14.365
pessoas. A repercussão sobre a taxa de crescimento seria ainda mais expressiva; a
magnitude de -15,15% ao ano passaria para -2,85% ao ano ao se desconsiderar o
contingente (aproximado) de população rural que passou a ser recenseada como urbana
por conta da transformação dos povoados em distritos.
Nos municípios de Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro a população rural aumentou
significativamente – a um ritmo de 13,41% e 3,97% ao ano respectivamente – durante a
década de 1990, estimulada pelo expressivo crescimento populacional vivenciado por
esses municípios em função do franco desenvolvimento, sobretudo, do setor turístico e
terciário.
Em Santa Cruz Cabrália a população rural sofreu uma significativa diminuição (-3.019
habitantes) ao declinar de 10.361 para 7.342 pessoas entre 2000 e 2007 segundo uma
taxa de -5,04% ao ano. Em contrapartida, a população urbana aumentou de 13.527 para
17.768 habitantes (+4.241) a um ritmo anual de 4,18%.
Após a divulgação dos primeiros resultados do Censo 2010, conheça agora o crescimento
da população total residente nos últimos dez anos. Tratando-se da distribuição da
população por situação do domicílio, o Censo 2010 demonstrou que a população
brasileira passou a ser mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81,3% dos brasileiros
viviam em áreas urbanas e atualmente são 84,0%.
As informações do Censo 2010 demonstram que, entre os anos de 2000 e 2010, apenas
quatro municípios apresentaram crescimento da população rural, sendo que todos fazem
parte da região Extremo Sul do estado e do bloco de municípios onde a Veracel já atua:
Belmonte, Eunápolis, Itabela e Porto Seguro.
População total e taxa média geométrica de crescimento anual dos municípios da AID -
1991-2010
Quem mora na área de influência, o que elas fazem e quais serviços estão
disponíveis na região?
Para conhecer a população que vive nos municípios em questão, foram utilizados dados
da Contagem da População de 2007. Isso porque as informações do Censo 2000 estão
distantes da realidade atual da economia e do mercado de trabalho da região; e os dados
do Censo 2010 não estavam ainda disponíveis no momento da realização do Estudo de
Impacto Ambiental.
Na região estudada, os municípios com maior população foram Porto Seguro (114.459
habitantes), Eunápolis (93.984 pessoas) e Itapetinga (63.243 habitantes). E os que tinham
a população com menos de 10 mil habitantes, ou seja, de porte pequeno, foram Itagimirim
(7.049 pessoas) e Maiquinique (8.324 habitantes).
A atividade pesqueira, por causa da proximidade com o mar e dos mangues, é favorecida
em Canavieiras, Belmonte, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Muitas famílias têm
nessa atividade o seu principal meio de sobrevivência. De um modo geral, a pesca ainda
é feita pela forma artesanal.
atende apenas à sede. No entanto, mais de 90% dos domicílios localizados na área
urbana são atendidos pelo sistema de abastecimento de água.
Na área foi identificada bastante pobreza (famílias que tem renda mensal de no máximo
meio salário mínimo per capita). Em 2000, diversos municípios eram pobres, ou seja, com
várias famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Das 133.879 famílias existentes nos
17 municípios, cerca de 64.664 estava abaixo da linha de pobreza, isto é, 48,3%. Essa
proporção era a mesma da média da Bahia (48,1%).
Mesmo diante da indisponibilidade dos dados do Censo 2010 é possível inferir que, a
despeito da melhoria das condições de vida observadas no país ao longo da década de
2000, os níveis de pobreza ainda são elevados na área de influência direta. Com efeito, o
Programa Bolsa Família contemplava em dezembro de 2009 um contingente total de
62.286 famílias, enquanto que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também
assumia grande relevância ao beneficiar 20.683 pessoas, sendo 12.197 pessoas idosas e
8.486 pessoas com deficiência.
A distribuição por município revela que 89 indígenas (1,01%) habitam a aldeia Patiburi no
município de Belmonte e pertencem à etnia Tupinambá. Com cinco aldeias – Velha, Barra
Velha, Boca da Mata, Imbiriba e Meio da Mata, todas da etnia Pataxó, Porto Seguro
abriga 3.890 indígenas e um não indígena, com 3.900 pessoas vivendo em aldeias.
O maior contingente indígena está abrigado em duas aldeias – Coroa Vermelha e Mata
Medonha, em Santa Cruz Cabrália, onde residem 4.835 pessoas, sendo 4.829 indígenas
e seis não indígenas. Observa-se que a população indígena residente em Santa Cruz
Cabrália pertence às etnias Atikum, Pataxó e Tupiniquim, com ampla maioria da etnia
Pataxó, que participa com 99,77% do total.
Comunidade indígena Patiburi Tupinambá. Uma das comunidades que vivem na área de influência do
empreendimento
POPULAÇÃO EM IDADE
%
MUNICÍPIOS POTENCIALMENTE ATIVA
TOTAL DA ÁREA
DE 16 A 64 ANOS DE IDADE
Porto Seguro 71.234 21,9
Eunápolis 59.879 18,4
Itapetinga 40.594 12,5
Canavieiras 21.387 6,6
Itabela 15.243 4,7
Santa Cruz Cabrália 15.067 4,6
Guaratinga 13.625 4,2
Encruzilhada 13.568 4,2
Belmonte 12.546 3,9
Itarantim 11.063 3,4
Macarani 9.883 3,0
Mascote 9.741 3,0
Santa Luzia 8.960 2,8
Itapebi 6.819 2,1
Potiraguá 6.307 1,9
Maiquinique 5.057 1,6
Itagimirim 4.268 1,3
TOTAL 352.241 100,0
Movimentos de migração
Muitas pessoas que vivem na região vieram de outros lugares do estado e do País. Essas
pessoas são chamadas de emigrantes, quando saem de sua localidade de origem e
imigrantes quando chegam a outro local. Os dados censitários feitos a cada cinco anos
permitem avaliar e medir a intensidade e origem/destino da migração durante um período
próximo à data de realização do censo, assim como a representatividade dessa em
relação à população residente.
CATEGORIAS DE MIGRANTES
MUNICÍPIOS Imigrantes Imigrantes Intra- Imigrantes
Total
Interestaduais estaduais Internacionais
Extremo Sul
Belmonte 198 984 0 1.182
Eunápolis 3.769 5.991 10 9.770
Guaratinga 277 898 0 1.174
Itabela 660 2.242 0 2.903
Itagimirim 511 528 4 1.043
Itapebi 215 1.255 0 1.470
Porto Seguro 5.923 20.966 305 27.195
Santa Cruz Cabrália 1.464 4.638 41 6.143
Litoral Sul
Canavieiras 907 2.456 0 3.363
Mascote 299 1.058 0 1.357
Santa Luzia 340 1.237 12 1.588
1995-2000
MUNICÍPIOS Emigrantes intra- TOTAL
Emigrantes Interestaduais
Estaduais
Litoral Sul
Canavieiras 1.984 2.769 4.753
Mascote 411 1.605 2.017
Santa Luzia 714 1.838 2.552
Sudoeste
Encruzilhada 667 602 1.269
Itapetinga 2.743 4.011 6.754
Itarantim 883 890 1.773
Macarani 715 1.117 1.832
Maiquinique 311 512 823
Potiraguá 379 1.014 1.393
Fonte: IBGE - Microdados do Censo 2000.
No caso de Porto Seguro foram 19.367 novos habitantes que passaram a residir no
município, sendo que os principais fluxos de migrantes foram oriundos do próprio Estado
da Bahia – 13.172 imigrantes intra-estaduais, o correspondente a 68,0% do total. Os
imigrantes provenientes de outras unidades da federação do país (interestaduais)
totalizaram 5.838 pessoas (30,1% do total). Tratando-se dos imigrantes internacionais, um
conjunto de 357 estrangeiros (1,8% do total) fixou residência em Porto Seguro. Ainda que
tenha arrefecido em comparação com a década de 1990, o município continuou
recebendo migrantes em função, sobretudo, da continuidade do desenvolvimento das
atividades turísticas com destaque para os novos empreendimentos surgidos nos distritos
de Arraial D’ajuda e Trancoso.
O município de Eunápolis recebeu 12.058 novos migrantes entre 2000 e 2007, sendo que
dois terços (7.797 pessoas ou 66,2% do total) migraram de outros municípios baianos e
um terço (4.045 indivíduos ou 33,5% do total) se deslocaram de outras unidades
federativas. A imigração internacional foi pouco representativa – 34 pessoas, apenas
0,3% do total. A atratividade do município de Eunápolis durante esse período esteve
bastante associada a implantação da unidade fabril da Veracel e todos os outros
empreendimentos direta e indiretamente associados, que impulsionou a economia
municipal e regional.
CATEGORIAS DE MIGRANTES
MUNICÍPIOS Imigrantes Imigrantes Intra- Imigrantes
Total
Interestaduais estaduais Internacionais
Extremo Sul
Belmonte 394 947 4 1.345
Eunápolis 4.045 7.979 34 12.058
Guaratinga 830 1.133 3 1.966
Itabela 720 2.277 6 3.003
Itagimirim 291 629 1 921
Itapebi 147 476 0 623
Porto Seguro 5.838 13.172 357 19.367
Santa Cruz Cabrália 798 2.455 54 3.307
Litoral Sul
Canavieiras 872 1.506 24 2.402
Mascote 112 729 1 842
Santa Luzia 308 1.282 0 1.590
Sudoeste
Encruzilhada 647 739 0 1.386
Itapetinga 1.956 3.613 18 5.587
Itarantim 508 806 0 1.314
Macarani 548 507 1 1.056
Maiquinique 381 471 0 852
Potiraguá 61 431 0 492
Fonte: IBGE – Microdados da Contagem da População de 2007.
Distribuição % dos Imigrantes com 5 anos e mais de idade por categoria, segundo os
municípios de residência - Municípios da AID - 2000-2007
CATEGORIAS DE MIGRANTES
MUNICÍPIOS Imigrantes Imigrantes Intra- Imigrantes
Total
Interestaduais estaduais Internacionais
Extremo Sul
Belmonte 29,3 70,4 0,3 100,0
Eunápolis 33,5 66,2 0,3 100,0
Guaratinga 42,2 57,6 0,2 100,0
Itabela 24,0 75,8 0,2 100,0
Itagimirim 31,6 68,3 0,1 100,0
Itapebi 23,6 76,4 - 100,0
Porto Seguro 30,1 68,0 1,8 100,0
Santa Cruz Cabrália 24,1 74,2 1,6 100,0
Litoral Sul
Canavieiras 36,3 62,7 1,0 100,0
Mascote 13,3 86,6 0,1 100,0
Santa Luzia 19,4 80,6 - 100,0
Sudoeste
Encruzilhada 46,7 53,3 - 100,0
Itapetinga 35,0 64,7 0,3 100,0
Itarantim 38,7 61,3 - 100,0
Macarani 51,9 48,0 0,1 100,0
Maiquinique 44,7 55,3 - 100,0
Potiraguá 12,4 87,6 - 100,0
Fonte: IBGE – Microdados da Contagem da População 2007.
Diante disso, pode-se entender que em relação à migração interna os fluxos imigratórios
para Eunápolis e Porto Seguro entre 2000 e 2007 foram principalmente vindos dos
municípios da própria região Extremo Sul, seguido por outros provenientes de municípios
localizados no Litoral Sul e pela capital baiana.
Imigrantes intraestaduais com 5 anos e mais de idade por município de origem, que
fixaram residência nos municípios de Eunápolis e Porto Seguro - 2000-2007.
A taxa de alfabetização por faixa etária leva em conta a população com faixa etária de 5 a
9 anos de idade, muito embora, para efeito do presente estudo, seja mais importante os
segmentos que estão aptos a ingressar no mercado de trabalho ou próximo disso, isto é,
a partir dos 15 anos.
De forma geral é possível afirmar que os segmentos etários de mais elevada taxa de
alfabetização são aqueles compreendidos entre 10 e 24 anos, ou seja, de 10 a 14, de 15
a 19 e de 20 a 24 anos, sendo que os municípios de Itapetinga e Eunápolis apresentam
os melhores desempenhos, com taxas de 95,14% e 94,35% respectivamente, no
segmento etário de 15 a 19 anos.
Por outro lado, é possível observar que os segmentos etários a partir de 55 anos, em
especial de 70 e mais anos, têm taxas de alfabetização menores, a exemplo do município
de Encruzilhada, que apresenta taxa de 16,62% de alfabetização do segmento etário de
70 e mais anos.
A rede de ensino existente nos 17 municípios que compõem a AID, de acordo com
informações do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Anísio Teixeira – INEP, conta com um total de 1.115 estabelecimentos de ensino, sendo
411 de ensino infantil, o que representa 36,86% do total, 643 estabelecimentos de ensino
fundamental (57,67%) e 61 estabelecimentos de ensino médio (5,47%).
No que diz respeito ao número de alunos matriculados, verifica-se que a rede de ensino
da AID abriga 158.826 alunos, com maior concentração no ensino fundamental (69,62%),
o ensino médio aparece em seguida com 16,22% dos alunos matriculados e o ensino
infantil responde por 14,16% das matrículas.
Em relação aos docentes que atuam na rede de ensino da área, verifica-se que perfazem
um total de 6.657, com maior concentração no ensino fundamental (68,21%). No ensino
médio são 1.128 docentes (16,94%), e no ensino infantil, 988 docentes, o que representa
14,84% do total de docentes em atuação na AID.
Número total de estabelecimentos, matrículas e docentes por curso no ano de 2008 - Municípios
da AID
No conjunto dos municípios em estudo verifica-se que Porto Seguro, localizado na região
Extremo Sul, é aquele que tem o maior número de estabelecimentos de ensino que
oferecem educação infantil. O município conta com 75 estabelecimentos do total de 411
da rede de estabelecimentos de ensino infantil, o que perfaz 18,25% do total. Os
municípios de Canavieiras e Eunápolis, localizados na região Sul e Extremo Sul
respectivamente, também têm importantes participações, o primeiro com 14,84% e o
segundo com 10,46% dos estabelecimentos de educação infantil existentes na AID. No
âmbito dos municípios da região Sudoeste, apenas Itapetinga tem participação importante
no contexto da educação infantil, uma vez que conta com 9,25% dos estabelecimentos
existentes no conjunto dos 17 municípios da AID.
No que diz respeito ao número de docentes do ensino infantil, verifica-se que Eunápolis
também tem maior participação com 189 docentes (19,13%). Porto Seguro, também no
Extremo Sul, tem 16,50% de participação, com um total de 163 docentes no ensino
infantil. Itapetinga no Sudoeste (9,31%) e Canavieiras no Litoral Sul com 8,70% também
têm importantes participações no contexto do número de docentes na educação infantil.
Quanto ao número de docentes, verifica-se que Porto Seguro mantém o maior quadro
com 804 professores e participação de 17,71%. Eunápolis aparece logo a seguir com 771
docentes (16,98%) e Itapetinga tem 416 professores e participação de 9,16%. Em
contrapartida, Maiquinique, com apenas 88 docentes, tem o menor em atuação no ensino
fundamental, apresentando uma participação de 1,94% no conjunto dos municípios da
AID.
No que concerne ao número de alunos matriculados, verifica-se que Porto Seguro tem
6.185 alunos matriculados (24,00%), Eunápolis 4.348 (16,87%) e Itapetinga 2.989
(11,60%). Também em relação ao número de alunos, esses três municípios concentram
mais de 52,47% das matrículas.
Define-se esta taxa como sendo a porcentagem de pessoas com 15 anos e mais,
residentes em determinado espaço geográfico, que não sabem ler nem escrever pelo
menos um bilhete simples no idioma que conhecem, em relação à população residente
com a mesma faixa etária. A taxa de analfabetismo geralmente é utilizada como um dos
indicadores de avaliação da situação de desenvolvimento socioeconômico da população
em seu aspecto educacional, sendo que essa faixa etária (população de 15 anos ou mais)
coincide com a População em Idade Ativa – PIA, daí ser um fator essencial na
determinação do grau de escolarização da população que pode ser utilizada como mão-
de-obra no contexto estudado.
Ensino Fundamental
Taxas de Aprovação
Inicialmente, com base nos atributos, é possível dividir os municípios analisados em dois
grupos principais. O primeiro diz respeito aos seis municípios que no período analisado
apresentaram taxa de aprovação mais elevada que a média do Estado da Bahia (66,2%).
Este grupo é composto pelos municípios de Belmonte (69,0%), Encruzilhada (68,0%),
Eunápolis (69,9%), Guaratinga (74,4%), Porto Seguro (71,6%) e Santa Cruz Cabrália
(74,0%). O segundo grupo é mais extenso e formado pelos municípios que têm taxa de
aprovação menor que a média do Estado da Bahia, a exemplo de Canavieiras (61,7%)
Itabela (57,4%), Itagimirim (53,0%), Itapebi (55,9%), Itarantim (49,9%), Macarani (65,4%),
Maiquinique (26,0%), Mascote (58,7%), Potiraguá (56,9%) e Santa Luzia (59,9%).
A peculiaridade fica por conta do município de Itapetinga, que tem taxa igual àquela
registrada pela média do Estado da Bahia. Cabe ainda ressaltar o fraco desempenho do
município de Maiquinique, com uma taxa de aprovação da ordem de 26,0%, muito aquém
da média do estado e também das taxas registradas pelos municípios da AID.
Taxas de Reprovação
Ensino Médio
Taxas de Aprovação
Em relação à reprovação no ensino médio, verifica-se que existe uma série de municípios
com taxas inferiores à média do estado da Bahia (10,2%), a exemplo de Encruzilhada
1,7%, Eunápolis (7,6%), Itabela (4,1%), Itagimirim (0,8%), Itapebi (3,4%), Macarani
(1,8%), Mascote (3,0%), Potiraguá (0,3%), Santa Cruz Cabrália (1,8%) e Santa Luzia
(9,6%). Entretanto, percebe-se que em muitos casos essa taxa menor vem acompanhada
de baixa taxa de aprovação e de elevadas taxas de abandono, como no município de
Maiquinique, em que a taxa de abandono no ensino médio no ano de 2005 atingiu
incríveis 65,8%. Em Santa Cruz Cabrália a taxa de abandono também é bastante elevada
(33,6%)..
Cursos Profissionalizantes
A AIDs conta com duas instituições de ensino que ministram cursos profissionalizantes.
Os cursos profissionalizantes oferecidos por essas instituições têm como pré-requisitos
para acesso a conclusão do ensino fundamental para acesso aos cursos integrados e
término do ensino médio para ingresso nos chamados cursos subseqüentes.
PROEJA
Ensino superior
Saúde pública
Indicadores de morbimortalidade
No item referente ao percentual de mortes por causas mal definidas, verifica-se que o
município de Encruzilhada é aquele que apresenta o pior indicador com 44,3% do total de
óbitos enquadrado nessa categoria. No outro extremo encontra-se o município de
Eunápolis com 1,5%. Entre os municípios com rede de saúde mais estruturada, Eunápolis
apresenta um indicador de 1,5% dos óbitos por causas mal definidas, Porto Seguro 11,8%
e Itapetinga obtém o pior resultado, com 25,8% dos óbitos enquadrados nessa categoria.
Em relação ao importante indicador que revela o Índice de Mortalidade Infantil por 1.000
nascidos vivos, o município de Canavieiras é aquele mais bem situado, com 6,1 óbitos por
1.000 nascidos vivos, seguido de Itarantim, que tem 7,9 óbitos por 1000 nascidos vivos.
Outro elemento que se apresenta como importante indicador da qualidade dos serviços
disponibilizados, e efetivamente prestados pela rede de saúde pública na AID, está
relacionado ao percentual de óbitos por causas mal definidas, que em Encruzilhada, na
região sudoeste, chega a 44,32% o que demonstra a fragilidade do sistema de saúde
local. No Litoral Sul, os óbitos por causas mal definidas atingem 36,73% no município de
Mascote e 35,82% em Santa Luzia, em Itapetinga 25,83%. No sentido oposto, verifica-se
que em Eunápolis, localizado na região Extremo Sul, atinge apenas 1,52% do total de
óbitos e em Maiquinique, na região Sudoeste, 3,03%.
Segundo informações coletadas em campo para este trabalho (base do SAMU / Porto
Seguro), está em andamento um processo de regionalização, que abrange os municípios
de Belmonte e Santa Cruz Cabrália, o que inclui a disponibilização de uma ambulância
para cada município e mais uma para Porto Seguro, que hoje conta com uma ambulância
avançada e duas básicas, totalizando quatro ambulâncias para o município.
Estabelecimentos Nº %
Centro de saúde/unidade básica de saúde 169 27,26
Central de regulação de serviços de saúde 11 1,77
Centro de Atenção Psicossocial 13 2,10
Clinica especializada/ambulatório especializado 68 10,97
Consultório isolado 220 35,48
Centro de Apoio a Saúde da Família 1 0,16
Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular 1 0,16
Hospital Dia 2 0,32
Hospital especializado 2 0,32
Hospital geral 20 3,23
Policlínica 14 2,26
Posto de Saúde 25 4,03
Pronto socorro geral 3 0,48
Policlínica 14 2,26
Unidade de Atenção à Saúde Indígena 2 0,32
Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 48 7,74
Unidade de vigilância em saúde 16 2,58
Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg 2 0,32
Unidade móvel de nível pré -hosp-urgência/emergência 2 0,32
Unidade móvel terrestre 1 0,16
TOTAL 620 100,00
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil
CNES -2010.
Municípios Nº %
Belmonte 20 3,23
Canavieiras 31 5,00
Encruzilhada 16 2,58
Eunápolis 143 23,06
Guaratinga 14 2,26
Itabela 24 3,87
Itagimirim 7 1,13
Itapebi 12 1,94
Itapetinga 98 15,81
Itarantim 24 3,87
Macarani 17 2,74
Maiquinique 5 0,81
Mascote 7 1,13
Porto Seguro 163 26,29
Potiraguá 10 1,61
Santa Cruz Cabrália 20 3,23
Santa Luzia 9 1,45
TOTAL 620 100,00
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil
CNES -2010.
Nos municípios da AID são os seguintes percentuais dos estabelecimentos de saúde que
estão voltados para atendimento básico, que são Centros de Saúde / Unidade de Saúde:
Belmonte 40,00%, Canavieiras 41,94%, Encruzilhada 56,25%, Guaratinga 50,00%, Itabela
41,67%, Itagimirim 42,36%, Itapebi 33,33%.
MUNICÍPIOS
Estabelecimentos
Belmonte Canavieiras Encruzilhada Eunápolis Guaratinga Itabela Itagimirim Itapebi
Centro de saúde/unidade
8 13 9 24 7 10 3 4
básica de saúde
Centro de Apoio a Saúde da
1 - - - - - - -
Família
Central de regulação de
- - - 1 2 1 1 1
serviços de saúde
Clinica
especializada/ambulatório - 4 - 25 - 4 - 1
especializado
Consultório isolado 3 7 3 60 - 1 1 1
Centro de Atenção
1 1 1 3 - 1 - -
Psicossocial
Farmácia Medic Excepcional e
- - - 1 - - - -
Prog Farmácia Popular
Hospital especializado - - - 1 - - - -
Hospital Dia - - - - - - - 1
Hospital geral 2 1 1 4 1 1 1 -
Policlínica - 1 - 6 - 2 - -
Posto de Saúde 1 - 1 - 3 - - 2
Pronto Socorro Geral 1 - - - - - - -
Unidade de serviço de apoio
2 2 - 15 - 3 - 1
de diagnose e terapia
Unidade de vigilância em
saúde 1 1 1 2 1 1 1 1
Unid Mista - atend 24h:
atenção básica, intern/urg - 1 - - - - - -
Unidade móvel de nível pré -
hosp-urgência/emergência - - - 1 - - - -
Total 20 31 16 143 14 24 7 12
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES -2010.
MUNICÍPIOS
Estabelecimentos Santa
Porto Santa
Itapetinga Itarantim Macarani Maiquinique Mascote Potiraguá Cruz
Seguro Luzia
Cabrália
Centro de saúde/unidade
13 6 5 2 6 39 5 10 5
básica de saúde
Centro de Apoio a Saúde
2 - - - - 1 - 2 -
da Família
Central de regulação de
2 - 1 - - 2 - 1 -
serviços de saúde
Clinica
especializada/ambulatório 18 3 1 1 - 8 1 2 -
especializado
Consultório isolado 44 5 4 - - 86 1 3 1
Centro de Atenção
2 1 1 1 - 2 1 1 -
Psicossocial
Farmácia Medic
Excepcional e Prog 1 - - - - - - - -
Farmácia Popular
Hospital especializado 1 - - - - - - - -
Hospital Dia 4 - - - - 1 - - -
Hospital geral 1 8 3 - - 4 1 - 1
Policlínica - - - - - 2 - - -
Posto de Saúde 9 - 1 1 1 12 - - 1
Pronto Socorro Geral 1 1 1 - - 1 1 1 1
Unidade de serviço de
apoio de diagnose e - - - - - 1 - - -
terapia
Unidade de vigilância em
- - - - - 1 - - -
saúde
Unid Mista - atend 24h:
- - - - - 1 - - -
atenção básica, intern/urg
Unidade móvel de nível
pré -hosp- - - - - - 2 - - -
urgência/emergência
Total 98 24 17 5 7 163 10 20 9
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil - CNES -2010.
O HRE passou a contar com 98 leitos, ganhou mais três salas de cirurgia, uma
maternidade-berçário de alto risco e raios-X de alta resolução. Começa agora a
preparação para a segunda etapa da reforma, que prevê a implantação de 12 leitos de
UTI e uma ala de pediatria.
Vale salientar que 15,44% dos leitos não são credenciados ao SUS - Sistema Único de
Saúde. São 10 leitos em Canavieiras, 118 leitos em Eunápolis, 20 leitos em Itapetinga e
14 leitos em Porto Seguro
No que se refere à relação de leitos de internação por 1000 habitantes, verifica-se que o
município de Itapetinga é aquele que tem a maior disponibilidade, com 3,3 leitos por 1000
habitantes. Em Itagimirim a relação é de 2,9 leitos por 1000 habitantes e em Eunápolis 2,8
por 1000. Verifica-se ainda que em Itagimirim todos os leitos existentes são
disponibilizados para o Sistema Único de Saúde – SUS, o que teoricamente facilita o
acesso da população local.
Uma comparação entre os resultados das pesquisas de 2005 e 2009 aponta os seguintes
aspectos, que merecem ser destacados:
Os leitos de internação sob administração pública, que em 2005 eram 551, caíram para
476 em 2009, enquanto que os leitos administrados pela iniciativa privada passaram de
496 para 633, com aumento de 27,62%;
Das 136.130 famílias da AID atendidas pelo PSF, 81,28% dos seus domicílios contam
com serviços de abastecimento de água através de rede de distribuição geral; 82,95%
contam com coleta de lixo; 53,42% contam com rede de esgoto; 37,07% contam com
fossas e 9,51%, que correspondem a 12.943 famílias, lançam o esgoto a céu aberto.
No que se refere à tipologia das habitações, 88,15% contam com casas construídas com
tijolos. Quanto ao consumo de água, 75,53% utilizam água filtrada, enquanto que, vale
salientar, 18.324 famílias consomem água sem tratamento, o que corresponde a 13,50%
das famílias atendidas pelo programa.
No contexto dos domicílios atendidos pelo Programa de Saúde da Família – PSF verifica-
se que a coleta de lixo ganha sua expressão máxima no município de Itapetinga, no qual
95,28% dos domicílios atendidos pelo PSF contam com coleta de lixo direta. O município
de Itagimirim (93,95%) e Porto Seguro (93,06%) são dois outros exemplos de boa
cobertura por parte dos serviços de limpeza pública. No sentido oposto, em função da
precariedade dos serviços de limpeza e coleta de resíduos sólidos, estão os municípios
de Encruzilhada e Guaratinga, respectivamente com 55,93% e 60,36% dos domicílios
com atendimento de coleta de lixo, o que resulta em 33,45% dos domicílios de Guaratinga
e 26,07% de Encruzilhada, cobertos pelo PSF, fazem a disposição de lixo a céu aberto.
Santa Luzia é outro exemplo negativo, em função de ter 20,18% dos seus domicílios com
disposição a céu aberto.
No que se refere aos padrões construtivos das casas referenciadas pelos domicílios
atendidos pelo PSF, verifica-se que o tijolo aparece como material predominante. O
exemplo mais representativo é o município de Itapetinga, em que 96,97% das casas são
feitas do material supramencionado, fato que se repete de maneira semelhante em
Maiquinique (96,82%), Porto Seguro (95,08%) e Macarani (95,84%). Em relação ao
material construtivo, talvez seja o município de Santa Luzia (53,58%) o único que destoa
do padrão construtivo que utiliza tijolo.
Em relação ao consumo de água tratada (filtrada, fervida, clorada) verifica-se que parcela
significativa utiliza a primeira forma – água filtrada. No município de Maiquinique, os
domicílios que utilizam água filtrada somam 98,07%. Em Itarantim, o percentual atinge
92,60%, em Macarani 91,28%, sendo esses, portanto, os mais significativos em termos de
consumo de água filtrada. Em relação à utilização de água fervida, verifica-se que o
município de Eunápolis é aquele que tem participação mais expressiva (18,17%). No que
se refere à utilização de água clorada, o destaque cabe ao município de Belmonte
(34,65%), seguido de Potiraguá (20,34%) e Santa Luzia (17,11%).
Vale ressaltar que ainda há um número expressivo de domicílios atendidos pelo PSF nos
municípios que compõem a AID que consomem água sem nenhum tratamento. Em
Itabela, os que consomem água sem tratamento representam 27,69%, em Guaratinga
20,76%, em Canavieiras 16,68%, em Santa Luzia 16,62%, em Itagimirim 16,42% e vários
outros que têm menor participação, mas que mesmo assim representam um percentual
expressivo.
Pelo que foi visto no diagnóstico da Saúde Pública dos municípios da AID, o Aedes
aegypti como principal responsável pela transmissão da dengue na AID. Em seguida, em
nível de importância, pode-se citar o caramujo Biomphalaria glabrata, hospedeiro
intermediário do Schistosoma mansoni, é o mais importante vetor de endemias. No que
diz respeito às zoonoses, chama atenção dentre as ocorrências médicas de registro
obrigatório na AID os elevados percentuais de atendimento antirrábico e, em menor
escala, os acidentes com animais peçonhentos. Vale salientar que entre os anos de 2008
e 2009 houve 11.704 doenças transmitidas por mosquitos, a exemplo de malária, dengue
e leishmaniose.
Quais são os serviços de saúde pública que devem sofrer os maiores impactos com
o empreendimento?
Em função da dinâmica demográfica ocorrida ao longo dos últimos anos nos municípios
do entorno da unidade industrial da Veracel (Eunápolis, Belmonte, Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália), bem como da melhor infraestrutura de saúde disponível no município de
Eunápolis, que funciona como pólo de referência nessa área, é possível que a rede de
saúde deste município deva sofrer os maiores impactos, seja no que diz respeito à
absorção das demandas, como também de novos investimentos, notadamente da
iniciativa privada, como tem acontecido nos últimos anos, como foi o caso do grande
investimento da Veracel no hospital de Eunápolis. Em seguida, a rede de saúde de Porto
Seguro, a terceira mais bem aparelhada da AID, também poderá absorver parte das
demandas adicionais referentes aos serviços de saúde.
Tendo em vista o cenário previsto, deverão ser viabilizados esquemas alternativos para o
atendimento da demanda adicional destes serviços de Saneamento Básico em
Barrolândia, Ponto Central e na cidade de Itagimirim. Eunápolis, Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália certamente poderão absorver a demanda adicional representada pela
construção da nova fábrica de celulose. A primeira destas três últimas cidades, devido à
estrutura dos seus serviços, e as duas últimas por já contar com seus sistemas
dimensionados para atendimento aos picos de demanda do turismo. Contudo, nos casos
de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, há que se observar que os serviços de
Saneamento Básico operam certamente próximo às suas capacidades máximas nos
períodos de alta estação turística (do Natal até o Carnaval e durante os meses de junho e
julho). De forma análoga, nestes períodos os sistemas de Saneamento Básico deverão
ser reforçados por estratégias alternativas.
Dessa forma, a maior demanda por serviços de saúde pública deve se concentrar nas
cidades do entorno da fábrica da Veracel, considerando um raio de cerca de 100 km.
Entretanto, deve ser mais intenso nos municípios de Belmonte, Itapebi, Itagimirim
Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, notadamente Eunápolis e Porto Seguro,
em função da existência de rede de saúde pública mais estruturada, muito embora esteja
aquém do padrão desejado para suprir as demandas atuais, o que deve se agravar como
o aumento da procura por serviços de saúde decorrente do afluxo de pessoas em busca
de trabalho.
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Índice de atendimento urbano de água (%) Índice de atendimento total de água (%)
Observa-se que para 76% dos municípios em estudo, o índice de atendimento urbano de
água é superior à 90%, ou seja, mais de 90% dos domicílios localizados na área urbana
são atendidos pelo sistema abastecimento de água. Estes índices demonstram uma
condição similar aos índices de abastecimento de água para domicílios urbanos do Brasil,
do Nordeste e da Bahia, segundo a SEI - Superintendência de Estudos Econômicos e
Sociais da Bahia.
Apenas para o município de Encruzilhada os dados divulgados pelo SNIS com relação ao
abastecimento urbano de água foram desconsiderados nesta análise, por apresentarem
incoerência com dados divulgados no ano 2000.
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Índice de atendimento urbano de água (%) Índice de atendimento total de água (%)
Percentagem da população urbana e população total da AID atendidascom abastecimento de água, 2008 e 2009.
25.000
22.500
20.000
17.500
15.000
12.500
10.000
7.500
5.000
2.500
0
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Índice de atendimento total de esgotamento (%)
120
100
80
60
40
20
Índice de coleta de esgoto (%) Índice de tratamento de esgoto (%)
Saneamento e doenças
A análise dos casos notificados (número e coeficiente de incidência por 100.000 hab.) de
algumas doenças de notificação obrigatória, segundo o ano de ocorrência, nos municípios
da AID do empreendimento nos anos de 2005 e 2006, contidos no item de Saúde Pública
deste EIA revela dados preocupantes quanto à ocorrência da esquistossomose, uma das
mais importantes doenças de veiculação hídrica.
2500
2000
1500
1000
500
2500
2000
1500
1000
500
Além da esquistossomose ser, por si mesma, uma grave afecção da saúde, ela pode ser
tomada como indicadora de outras doenças de veiculação hídrica. Assim sendo, diante do
quadro acima descrito tem-se um grave problema de saúde pública na AID do
empreendimento, decorrente das seguintes causas principais:
A análise dos dados dos domicílios da AID atendidos pelo Programa de Saúde da Família
mostra existência de situações que propiciam a disseminação de doenças de veiculação
hídrica e ajudam a explicar as altas incidências da esquistossomose e demais doenças de
veiculação hídrica, a saber:
Percentuais significativos de residências abastecidas com água in natura ou sem boa
qualidade;
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
Total de domicílios Coleta por empresa pública ou privada
Relação entre o total de domicílios da AID do empreendimento e o total de domicílios atendidos pelo serviço de
coleta de lixo. Ano 2000.
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
(%)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Domicílios nos quais é queimado (%) Domicílios nos quais é enterrado (%)
Domicílios nos quais é jogado em terreno baldio ou logradouro (%) Domicílios nos quais é jogado em rio, lago ou mar (%)
Domicílios com acesso ao serviço de coleta de lixo (%) Domicílios onde tem outro destino (%)
POPULAÇÃO EM IDADE
%
MUNICÍPIOS POTENCIALMENTE ATIVA
TOTAL DA ÁREA
DE 16 A 64 ANOS DE IDADE
Porto Seguro 71.234 21,9
Eunápolis 59.879 18,4
Itapetinga 40.594 12,5
Canavieiras 21.387 6,6
Itabela 15.243 4,7
Santa Cruz Cabrália 15.067 4,6
Guaratinga 13.625 4,2
Encruzilhada 13.568 4,2
Belmonte 12.546 3,9
Itarantim 11.063 3,4
Macarani 9.883 3,0
Mascote 9.741 3,0
Santa Luzia 8.960 2,8
Itapebi 6.819 2,1
Potiraguá 6.307 1,9
Maiquinique 5.057 1,6
Itagimirim 4.268 1,3
TOTAL 352.241 100,0
Fonte: IBGE - Microdados da Contagem da População - 2007.
Com esse intuito, mesmo diante das limitações, será procedida uma estimativa para a
região com base nos indicadores laborais referentes ao conjunto do Estado da Bahia.
Segundo os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do
IBGE, a proporção da população potencialmente ativa (de 16 a 64 anos de idade) que
estava economicamente ativa, ou seja, inserida no mercado de trabalho no ano de 2007,
era de 74,8%. Tratando-se da procura por trabalho, a taxa de desocupação era de 8,2%
da População Economicamente Ativa (PEA). Aplicando-se esses indicadores referentes à
média do Estado para a região em estudo, obtêm-se os seguintes resultados: do
contingente de 352.241 pessoas em idade potencialmente ativa, cerca de 263.476
pessoas fariam parte da PEA e 21.605 estariam na condição de desocupadas (sem
trabalho).
Do ponto de vista do perfil profissional da mão de obra, parte das atividades demandas
pelo empreendimento, sobretudo na fase de operação, exige qualificação específica que
nem sempre é encontrada na região. Diante dessa necessidade, a Veracel vem
promovendo cursos de qualificação profissional para a população economicamente ativa
regional, com o intuito de absorver, cada vez mais, trabalhadores da região. A maioria dos
cursos é oferecida em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI), o que assegura a qualidade dos mesmos.
INDUSTRIAL 212 483 695 252 252 252 252 252 947
FLORESTAL 378 1617 1995 2601 2523 2255 2374 2133 4596
TOTAL 688 2517 3205 2882 2803 2532 2651 2409 6087
Ainda segundo a FGV, “seguindo o mesmo raciocínio aplicado na geração de renda, além
dos 741 empregos diretos da Veracel, suas atividades sustentaram mais 29,6 mil postos
de trabalho nos demais setores de atividade da economia brasileira, totalizando 30,4 mil
empregos no ano de 2006”.
Indústria
Na região Litoral Sul da Área de Influência Direta, os destaques na indústria ficam por
conta da extração mineral (granito) e fabricação de produtos cerâmicos (bloco e telha) em
Santa Luzia; a fabricação de laticínios e da carne de charque em Canavieiras e da
extração de calcário/dolomita e beneficiamento associado em Mascote.
No município de Santa Cruz Cabrália, o destaque fica por conta da empresa Santa Cruz
Açúcar e Álcool Ltda. (Usina Santa Cruz), voltada para a produção de álcool etílico anidro
e hidratado.
Comércio e serviços
Com base nas informações do CEMPRE, Eunápolis possuía, no ano de 2008, 1.963
estabelecimentos empresariais que desenvolviam suas atividades no setor terciário, o
equivalente a 88,8% do total de empresas do município. O setor de Comércio: reparação
de veículos automotores e motocicletas era o de maior relevância em Eunápolis, e
abrigava em 2008 um contingente de 1.308 empresas – o correspondente a 59,1% do
tecido empresarial local.
Para analisar a geração de emprego e nível tecnológico por setor foram consideradas as
três ocupações que mais geraram novos empregos durante o período de janeiro de 2003
a dezembro de 2009. Tais ocupações, além de refletirem o processo de geração de
emprego ao longo de um período de seis anos, permitem também analisar, por
aproximação, o nível tecnológico por segmento econômico.
Em Itapetinga, os destaques ficaram por conta de 6.882 novos empregos surgidos entre
2003 e 2009 na ocupação de trabalhador polivalente da confecção de calçados e 306
vagas na ocupação de acabador de calçados, conforme informações dispostas na tabela
seguinte.
A segunda ocupação que mais gerou emprego em Eunápolis durante os anos de 2003 e
2009, foi a de embalador, a mão, por intermédio da criação de 255 vagas. Essa ocupação
também assumiu relevância em Itabela, sendo a terceira mais representativa em função
da abertura de 135 vagas, atrás apenas dos postos para trabalhador agropecuário em
geral (com 470 vínculos empregatícios) e trabalhador da cultura de café (com 206
postos).
Em Santa Cruz Cabrália, a geração de novos empregos foi liderada pela atividade de
produção de álcool, na medida em que as principais ocupações geradas foram as de
trabalhador da cultura da cana de açúcar (290 empregos) e de xaropeiro (85 vagas).
O setor agropecuário era o responsável pelas três ocupações que mais geraram emprego
no município de Guaratinga entre 2003 e 2009 – trabalhador volante da agricultura (119
empregos), trabalhador da pecuária (bovinos de corte) (42 vagas) e trabalhador
agropecuário em geral (26 postos).
Por fim, em Santa Luzia o destaque ficava por conta das vagas criadas para trabalhador
na manutenção de edificações (25). Em seguida, figuravam a ocupação de trabalhador
CPM RT 097/11 105 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Nos municípios de pequeno porte observa-se uma exígua presença de empregos formais.
Ademais, além do pouco contingente existente, a grande maioria dos vínculos é gerada
pela Administração Pública, particularmente pelas prefeituras.
Vale destacar que desse conjunto, em seis municípios a Administração Pública gerava
mais de 60,0% dos empregos formalizados, sendo que em Santa Luzia (73,7%), Mascote
(71,4%) e Itapebi (69,9%) a representatividade chegava a mais de 70,0%.
Ainda com base nos dados da RAIS de 2009 será procedida uma análise das ocupações
que apresentam os maiores estoques de vínculos empregatícios na área de influência
direta, ou seja, aquelas que são mais empregadoras.
Tratando-se dos salários pagos por setor de atividade econômica, observam-se algumas
particularidades que merecem destaque. Na Administração Pública, setor que mais
emprega no mercado formal em diversos municípios, a remuneração média mais baixa
era observada em Maiquinique (R$ 547,09) ao passo em que a mais elevada era
encontrada em Eunápolis (R$ 1.199,97). Os valores médios também eram superiores a
R$ 1.000,00 em Porto Seguro (R$ 1.182,29) e Santa Cruz Cabrália (R$ 1.166,36).
dezembro de 2009 (R$ 465,00). Esse padrão é bastante determinado pelo tipo de
Indústria de Transformação que responde pela maioria das vagas do setor na região em
estudo, isto é, a indústria calçadista. Com efeito, entre os cinco municípios com unidades
fabris desse segmento, as remunerações oscilavam de 1,3 salário mínimo (em
Maiquinique) até 1,5 salário mínimo (em Itapetinga).
No Setor Terciário, os salários médios no Comércio oscilavam de 1,1 salário mínimo (em
Itarantim e Macarani) até 1,9 salário mínimo em Eunápolis (R$ 786,70). Já nos Serviços
os destaques ficavam por conta de Eunápolis (R$ 979,60 ou 2,1 salários mínimos) e
Maiquinique (R$ 925,99 ou cerca de dois salários mínimos).
Frente a esse contexto, para alguns casos específicos, a análise da estrutura setorial de
salários não pode prescindir da observação do número de empregos existentes em cada
setor, conforme consta nas tabelas de números de empregos formais, dispostas em
tópico anterior - Número de empregos formais e sua estrutura por setor de atividade
econômica.
CPM RT 097/11 111 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Segundo os dados do Censo 2000, do IBGE, cerca de 68,0% dos trabalhadores da região
Extremo Sul desempenham suas atividades no âmbito da informalidade. Mesmo sem
ainda dispor das informações do Censo 2010, é possível ter uma idéia de que os níveis
da informalidade ainda sejam elevados. Com efeito, com base nos dados da Contagem
da População 2007, a População em Idade Ativa (PIA) de 16 anos ou mais de idade do
Território de Identidade Extremo Sul era de 475 mil pessoas. Por outro lado, segundo as
informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), o número total de empregos formais existentes em dezembro de 2009
era de 106.586.
Em oito dos 21 municípios que integram o território, o emprego público respondia por
mais da metade de todo o mercado de trabalho formal, chegando a proporções
extremamente expressivas em Jucuruçu (76,7%), Alcobaça (70,7%), Itapebi (69,9%),
Itanhém (67,1%) e Vereda (66,9%).
Em alguns municípios, a referida participação na massa salarial total era ainda mais
expressiva, a exemplo de Belmonte (22,1%), Itagimirim (16,9%) e Eunápolis (15,9%).
Massa salarial total mensal gerada pelo emprego formal dos municípios e pela Veracel -
Municípios da área de atuação direta da Veracel, 2009
Salário Massa Salarial Salário Médio Massa Salarial Massa Salarial Massa Salarial Veracel
Municípios Médio Total Adm. Pública Adm. Pública Excluindo a Total % Massa % Massa Excluindo
(Em R$) (Em R$) (Em R$) (Em R$) Adm Pública (Em R$) Total Adm. Pública
Eunápolis 1.088 20.316.224 1.200 4.576.800 15.739.424 3.234.325 15,9 20,5
Sta.C. Cabrália 881 2.731.100 1.166 1.498.310 1.232.790 58.414 2,1 4,7
Porto Seguro 831 16.763.763 1.182 5.081.418 11.682.345 2.092.582 12,5 17,9
Belmonte 868 1.426.124 941 780.089 646.035 314.783 22,1 48,7
Guaratinga 788 1.242.676 879 902.733 339.943 14.730 1,2 4,3
Itabela 722 2.113.294 846 792.702 1.320.592 183.254 8,7 13,9
Itagimirim 701 479.484 685 297.290 182.194 80.521 16,8 44,2
Itapebi 920 825.240 943 591.261 233.979 45.631 5,5 19,5
Canavieiras 646 1.512.932 689 960.466 552.466 - - -
Mascote 766 724.636 835 563.625 161.011 - - -
Outros - - - - - 29.673 - -
Total 909 48.135.473 1.047 16.044.694 32.090.779 6.053.913 12,6 18,9
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Veracel
Obs. A massa salarial da Veracel está ligeiramente superestimada em comparação com a massa salarial municipal já que os dados do Ministério e
do Trabalho e Emprego são referentes a dezembro de 2009 e neste mês o valor do salário mínimo vigente era de R$ 465,00.ao passo em que os dados
da Veracel são de julho de 2010 e já incorporam o valor do novo salário mínimo de R$ 510,00.
Fábrica de celulose
Custos Diretos
Indiretos 125.116 4,0%
Construção Civil 394.192 12,7%
Equipamentos e Materiais 1.440.362 46,5%
Montagem/Pintura/Isolamento 283.703 9,2%
Sobressalentes 43.044 1,4%
Frete 56.046 1,8%
Subtotal - Custos Diretos 2.342.463 75,7%
Custos Indiretos
Instalações Temporárias 58.457 1,9%
Engenharia e Gerenciamento 256.268 8,3%
Pré-Operação e Assistência à partida 58.391 1,9%
Seguro Durante a Construção 17.513 0,6%
Subtotal - Custos Indiretos 390.629 12,6%
Total Geral - Sem Impostos 2.733.092 88,3%
A tabela abaixo apresenta o detalhamento das Taxas e Impostos previstos para serem
recolhidos aos cofres públicos pela Veracel durante a implantação da Unidade Industrial
Veracel II.
Descrição R$ x 1000 %
Base florestal
Com base nesta metodologia, verifica-se que, do conjunto dos municípios da Área de
Influência Direta, apenas sete (Eunápolis, Porto Seguro, Belmonte, Itagimirim, Itapetinga,
Macarani e Maiquinique) estavam situados entre os 100 mais bem desenvolvidos
economicamente no estado da Bahia.
Sudoeste
Encruzilhada 4.957,73 391º 4.919,27 394º 4.963,78 358º 4.990,40 95º
Itapetinga 5.076,43 20º 5.096,55 30º 5.122,40 13º 5.011,01 26º
Itarantim 5.004,68 119º 5.019,44 131º 5.007,80 112º 4.986,86 182º
Macarani 5.013,07 91º 5.014,97 144º 5.038,10 59º 4.986,26 204º
Maiquinique 5.045,46 42º 5.105,16 26º 5.047,35 47º 4.984,60 344º
Potiraguá 4.979,78 266º 4.969,89 264º 4.984,21 218º 4.985,25 283º
Extremo Sul
Belmonte 5.010,83 99º 5.044,86 76º 4.998,40 139º 4.989,42 112º
Eunápolis 5.109,66 14º 5.166,42 12º 5.112,24 14º 5.050,97 18º
Guaratinga 4.976,77 279º 4.969,47 266º 4.972,43 299º 4.988,44 133º
Itabela 5.010,63 101º 5.024,84 113º 5.015,77 91º 4.991,34 82º
Itagimirim 5.020,39 70º 5.086,20 36º 4.990,38 178º 4.985,22 289º
Itapebi 4.987,13 209º 4.981,95 223º 4.984,80 216º 4.994,64 60º
Porto Seguro 5.049,34 39º 5.063,16 60º 5.057,42 41º 5.027,53 23º
Santa Cruz Cabrália 4.988,95 196º 4.981,73 224º 4.993,97 163º 4.991,15 87º
Litoral Sul
Canavieiras 4.998,90 137º 5.020,38 126º 4.985,90 207º 4.990,50 93º
Mascote 4.989,12 195º 4.982,52 221º 4.999,45 134º 4.985,39 273º
Santa Luzia 4.977,21 275º 4.957,68 295º 4.988,56 189º 4.985,46 268º
Fonte: SEI, 2006.
O IDS está fundamentado no pressuposto de que a população dos municípios está sendo
atendida por serviços de educação e saúde, ao tempo em que tem acesso aos serviços
de água tratada e energia elétrica. Encerra também a idéia de que os chefes de família
recebem, de algum modo, uma remuneração mensal.
Para exprimir este conceito, o IDS é construído através dos seguintes índices:
ISB - Índice dos Serviços Básicos: O índice dos serviços básicos é expresso através
das variáveis consumo de água tratada e de energia elétrica residencial, considerados
serviços essenciais.
IRMCH - Índice da Renda Média dos Chefes de Família: Este índice expressa o
rendimento médio dos chefes de família, supondo toda unidade familiar com um chefe
auferindo rendimento mensal.
MUNICÍPIOS IDS CLASSIF. INS CLASSIF. INE CLASSIF. ISB CLASSIF. IRMCH CLASSIF.
Sudoeste
Encruzilhada 4.903,62 411º 4.937,52 382º 4.863,36 412º 4.870,55 406º 4.943,62 308º
Itapetinga 5.104,00 19º 5.052,03 54º 5.038,01 102º 5.137,26 27º 5.190,24 19º
Itarantim 5.037,13 86º 5.043,98 75º 5.024,12 128º 5.054,05 91º 5.026,42 103º
Macarani 5.043,10 75º 5.013,49 156º 5.082,98 35º 5.070,12 76º 5.006,27 129º
Maiquinique 5.046,46 70º 5.054,93 46º 5.021,42 137º 5.107,34 47º 5.002,76 134º
Potiraguá 4.962,11 326º 5.013,96 154º 4.914,08 393º 4.941,25 314º 4.979,72 195º
Extremo Sul
Belmonte 5.041,98 76º 5.048,82 63º 5.056,56 70º 5.063,80 84º 4.999,00 150º
Eunápolis 5.136,69 9º 5.054,67 49º 5.060,50 61º 5.141,18 24º 5.294,01 8º
Guaratinga 4.989,21 215º 5.031,96 103º 4.964,04 299º 4.940,04 318º 5.021,39 108º
Itabela 5.015,40 125º 5.002,96 189º 4.966,75 284º 5.023,02 139º 5.069,41 69º
Itagimirim 5.057,29 60º 5.001,79 197º 5.072,07 46º 5.040,37 110º 5.115,61 42º
Itapebi 5.022,87 109º 4.986,03 248º 5.034,91 107º 5.039,21 116º 5.031,50 99º
Porto Seguro 5.077,72 38º 4.982,94 258º 4.928,84 375º 5.112,27 43º 5.294,56 7º
Santa Cruz Cabrália 5.017,74 117º 4.967,28 308º 4.951,28 330º 4.972,73 234º 5.183,21 21º
Extremo Sul
Canavieiras 5.000,16 171º 4.988,18 242º 4.921,02 382º 5.045,30 102º 5.047,20 85º
Mascote 5.009,62 138º 4.972,41 291º 5.040,57 96º 5.043,23 105º 4.982,67 190º
Santa Luzia 4.966,67 308º 4.981,03 263º 4.963,92 300º 4.967,50 251º 4.954,27 275º
Fonte: SEI, 2006.
A mesma característica, com menor intensidade, pode ser observada em Mascote já que
o município desfrutava do 137º lugar no ranking do IDE e apenas 171º no caso do IDS e
em Maiquinique – 42º no IDE e 70º no IDS.
Para efeito de análise comparada entre países e outras unidades geográficas, o PNUD
estabeleceu três categorias de desenvolvimento em função dos valores do índice:
Pelo fato de demandar informações dos censos demográficos (de realização decenal), as
últimas informações disponíveis acerca do IDH-M se referem ao ano 2000.
Em Porto Seguro, o crescimento do IDH-M de 0,590 em 1991 para 0,699 em 2000 fez
com que o município conquistasse 15 posições na classificação estadual, ao passar de
40º para 25º.
Frente ao universo dos municípios em análise, além de Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e
Porto Seguro, apenas Itapetinga (24º) figurava entre os 100 melhores situados do estado
da Bahia no ano de 2000.
Região sudoeste
Culturas permanentes são culturas de longa duração, que podem proporcionar colheitas
por vários anos sucessivos, sem necessidade de novos plantios.
Valor da
Municípios da Área colhida
Quantidade produzida produção
região Sudoeste da Principais Produtos (Hectares)
(Mil Reais)
AID
2002 2008 2002 2008 2008
Banana (t) 800 2500 8000 35000 22050
Café (em grão) (t) 5.000 3.600 5850 2.808 9.968
Coco-da-baía
- 55 - 220 77
Encruzilhada (mil frutos)
Laranja (t) - 30 - 390 70
Mamão (t) - 5 - 125 38
Maracujá (t) - 29 - 348 94
Banana (t) 5 5 25 35 21
Itapetinga
Cacau (em amêndoa) (t) - 10 - 3 11
Banana (t) 8 7 48 42 32
Itarantim
Laranja (t) 15 10 120 80 13
Banana (t) 4 4 24 26 18
Macarani
Café (em grão) (t) 45 40 27 24 64
Maiquinique Banana (t) 6 6 30 39 27
Banana (t) 48 46 336 322 225
Potiraguá Cacau (em amêndoa) (t) 405 1.072 61 252 630
Coco-da-baía
3 3 9 9 4
(mil frutos)
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal - 2002, 2008.
Nas lavouras temporárias, observando-se pela ordem dos valores de produção, em 2008,
os cultivos da mandioca, cana-de-açúcar, feijão, abacaxi e milho são os principais
destaques da área de Influência Direta.
200
160
120
80
40
0
Abacaxi (Mil Frutos) Cana-de-açucar (t) Feijão (t) Mandioca (t) Milho (t)
Fonte: IBGE/PAM
O cultivo do abacaxi no município de Itabela registrou uma redução da área colhida, que
caiu de 140 para 100 hectares entre 2002 e 2008. Entretanto, os ganhos de produtividade
(de 22 para 40 mil frutos/hectare) fizeram com que a quantidade produzida saltasse de
3,1 para 4,0 milhões de frutos.
região Extremo Sul pela ordem do Valor da Produção, em 2008, são: mamão, cacau,
coco-da-baia, banana e café, como pode ser visualizado na Tabela 468
Belmonte apresenta-se como o segundo maior produtor, havendo mais que duplicado a
área colhida de mamão, que passou, no período analisado, de 220 para 480 hectares. A
produção obtida também aumentou consideravelmente, evoluindo de 7.700 para 29.760
toneladas entre 2002 e 2008, propiciada pelo forte aumento de produtividade – de 35.000
para 62.000 quilogramas/hectare, superando inclusive a média estadual em 2008, que era
de 54.095 quilogramas/hectare.
O café é uma cultura permanente que vem ganhando cada vez mais espaço na
agricultura dos municípios da região Extremo Sul. Em Itabela, a área colhida foi ampliada
de 1.900 para 2.353 hectares, e a quantidade produzida de 1.140 para 1.412 toneladas.
No município de Eunápolis, a área colhida foi ampliada em 24,0%, ao passar de 900 para
1.120 hectares entre 2000 e 2008. A produção cresceu de 540 para 672 toneladas
durante o mesmo período. Tanto em Itabela quanto em Eunápolis, o nível de
produtividade do café se manteve em 600 quilogramas/hectare – bastante abaixo daquela
correspondente à média estadual (1.085 quilogramas/hectare).
Já em Santa Luzia, a área colhida de mandioca aumentou cerca de 34,0% (de 149 para
200 hectares) e a quantidade produzida praticamente dobrou, ao passar de 1.133 para
2.400 toneladas entre 2000 e 2008.
Em Mascote e Santa Luzia é relevante o plantio de cacau. Mascote registrou uma área
colhida de 7.042 hectares, em 2002, e, em 2008, colheu uma área 77% maior (12.456
hectares), propiciando um aumento mais que proporcional na produção, que avançou
360%, saindo de 2.336 para 10.746 toneladas.
Evolução da pecuária
Em que pese as posições alcançadas pelos efetivos caprino e ovino, o foco, neste estudo,
será dirigido para o rebanho bovino, tendo em vista a sua representatividade econômica e
por ser esta criação a que apresenta, na AID, os maiores registros nesta espécie animal.
Os efetivos caprino e ovino, embora estadual e nacionalmente importantes, se
concentram em outras regiões do território baiano.
Nesse sentido, a região Sudoeste (15,4%), a Extremo Sul (13,9%) e a região Oeste
(11,7%), são aquelas onde se encontram os maiores rebanhos da espécie bovina. Em
relação às variações do efetivo no período 2002 a 2008, o rebanho estadual apresentou
uma ampliação da ordem de 12,6%. Os maiores acréscimos ocorreram na região
Nordeste (34,0%), Oeste (30,1%) e Sudoeste (23,7%). As maiores retrações foram
observadas na região Baixo Médio São Francisco (20,6%), Recôncavo Sul (13,0%) e
Extremo Sul (10,5%).
Ranking
Bahia e Efetivo Variação % do Efetivo 2002 a 2008
(ref. 2008)
Principais Municípios
2002 2008
Bahia 9.856.290 11.099.880 - 12,6
Itamaraju 148.365 156.783 1º 5,7
Guaratinga 137.680 144.341 2º 4,8
Itanhém 141.529 143.281 3º 1,2
Itapetinga 96.214 143.151 4º 48,8
Vitória da Conquista 92.612 142.165 5º 53,5
Itarantim 101.630 140.345 6º 38,1
Medeiros Neto 128.816 124.268 7º -3,5
Itambé 115.100 123.721 8º 7,5
Ibicuí 89.414 115.035 9º 28,7
Ipirá 102.000 110.320 10º 8,2
Macarani 58.280 105.828 11º 81,6
Wanderley 65.000 104.300 12º 60,5
Correntina 110.430 92.481 13º -16,3
Jacobina 68.536 88.489 14º 29,1
Prado 82.715 87.147 15º 5,4
Serra do Ramalho 42.121 84.254 16º 100,0
Muquém de São Francisco 79.300 82.625 17º 4,2
Eunápolis 97.228 81.894 18º -15,8
Xique-Xique 72.985 80.675 19º 10,5
Riachão das Neves 61.000 79.837 20º 30,9
Fonte: IBGE - PPM - 2002 e 2008.
Com base nos dados divulgados pelo IBGE, fica explícita a importância da bovinocultura
nos municípios objetos desta análise. Por outro lado, ademais de serem grande
produtores de bovinos, observa-se que, de 2002 a 2008, a AID ampliou a sua
participação, em relação ao total do rebanho estadual, de 9,7%, em 2002, para 10,7%, em
2008.
Entre os municípios da AID inseridos na região Extremo Sul, cabe evidenciar o tamanho
do efetivo bovino de Guaratinga no ano de 2008 (144.341 cabeças), se constituindo no
maior rebanho entre todos os 17 municípios estudados, representando 1,3% de todo o
plantel bovino do Estado. Estão, também, entre os mais relevantes, em 2008, os
rebanhos de Itarantim (140.345 cabeças), Eunápolis (81.894 cabeças) e Itapetinga
(143.151).
Bahia, Regiões Econômicas e Municípios 2002 Part. % 2008 Part. % Variação % 1990 a 2008
Total do Estado 9.856.290 100,0 11.099.880 100,0 12,6
Municípios da AID 954.217 9,7 1.188.322 10,7 24,5
Sudoeste 339.522 3,4 554.012 5,0 63,2
Encruzilhada 35.000 0,4 38.505 0,3 10,0
Itapetinga 96.214 1,0 143.151 1,3 48,8
Itarantim 101.630 1,0 140.345 1,3 38,1
Macarani 58.280 0,6 105.828 1,0 81,6
Maiquinique 32.190 0,3 51.296 0,5 59,4
Potiraguá 16.208 0,2 74.887 0,7 362,0
Extremo Sul 581.953 5,9 539.527 4,9 -7,3
Belmonte 47.472 0,5 47.623 0,4 0,3
Eunápolis 97.228 1,0 81.894 0,7 -15,8
Guaratinga 137.680 1,4 144.341 1,3 4,8
Itabela 57.542 0,6 49.392 0,4 -14,2
Itagimirim 87.099 0,9 71.858 0,6 -17,5
Itapebi 65.481 0,7 76.485 0,7 16,8
Porto Seguro 65.522 0,7 50.438 0,5 -23,0
Santa Cruz Cabrália 23.929 0,2 17.496 0,2 -26,9
Litoral Sul 32.742 0,3 94.783 0,9 189,5
Canavieiras 10.300 0,1 65.823 0,6 539,1
Mascote 16.105 0,2 22.560 0,2 40,1
Santa Luzia 6.337 0,1 6.400 0,1 1,0
Fonte: IBGE - PPM - 2002 e 2008.
A grande participação da pecuária bovina apresentada pela AID pode ser observada na
Figura 985 abaixo, a qual evidencia que o conjunto dos 17 municípios da citada área
alcança 10,7% do total da pecuária bovina de todo o estado da Bahia.
10,7%
89,3%
Fonte: IBGE/PPM
Região Sudoeste
Na região Extremo Sul, cujo total dos municípios da AID aí inseridos representam 4,9% do
rebanho baiano, apenas os municípios de Guaratinga e Itapebí apresentaram aumento de
plantel no período 2002 a 2008, sendo, (4,8%) e (16,8%) e atingindo, em 2008, um
número de cabeças de 144.341 e 76.485, respectivamente. Os demais municípios,
também com grandes quantitativos, registraram retrações em seus rebanhos. O município
de Eunápolis, que apresenta o segundo maior rebanho entre os municípios da AID na
região Extremo Sul, registrou, de 2002 para 2008, um decréscimo de 15,8%, com o seu
quantitativo reduzindo-se de 97.228 para 81.894 cabeças. Os municípios de Guaratinga e
Eunápolis são também aqueles que apresentam os maiores rebanhos das outras mais
importantes espécies da agropecuária.
Efetivo e Evolução dos Principais rebanhos da Pecuária nos municípios da AID na Região
Extremo Sul.
Efetivo e Evolução dos Principais rebanhos da Pecuária nos municípios da AID na Região
Extremo Sul. (Continuação)
Efetivo e Evolução dos Principais rebanhos da Pecuária Municípios da Região Litoral Sul
da AID - 2002 e 2008
Ano Var. %
Município Tipo de rebanho
2002 2008 2008/2002
Bovino 10.300 65.823 539,06
Muar 1.200 1.480 23,33
Canavieiras Suíno 4.300 5.632 30,98
Ovino 610 695 13,93
Aves 11.600 15.242 31,40
Bovino 16.105 22.560 40,08
Equino 990 690 -30,30
Mascote Muar 1.968 1.400 -28,86
Suíno 2.364 1.890 -20,05
Aves 1.773 1.190 -32,88
Bovino 6.337 6.400 0,99
Muar 927 690 -25,57
Santa Luzia
Suíno 1.525 1.040 -31,80
Aves 14.340 10.200 -28,87
Fonte: IBGE - PPM - 2002 e 2008.
Tendo em vista a expressividade do rebanho bovino nos municípios que compõem a AID,
a produção de leite, salvo naqueles casos que se pressupõe a especialização para
produção de carne, também se apresenta como relevante, tanto na região quanto em
relação ao total produzido pelo Estado da Bahia.
Em relação ao total produzido na Bahia, a AID, em 2008, tem uma participação de 9,2%,
bem próxima da participação do rebanho bovino (10,7%), como pode ser visualizado na
figura a seguir.
9,2%
90,8%
Fonte: IBGE/PPM
Com base nas informações disponibilizadas pelo IBGE, os municípios objeto deste
estudo, e que compõem a AID, respondem por 19,9% de toda a madeira em tora
destinada à produção de papel e celulose do estado da Bahia. Nesse sentido, o município
de Eunápolis tem uma participação de cerca de 8,2%, Belmonte 4,1%, Santa Cruz
Cabrália 3,5%, Porto Seguro 2,8%, Itabela 1,2%, Itagimirim 0,8% e Itapebi 0,6%.
O município de Itabela assume uma posição diferenciada, pois, além de produzir madeira
destinada à produção de celulose, ele é o município mais importante na produção de
toras destinadas a outros usos, representando 7,31% da produção baiana.
Conforme pode ser observado, a madeira em tora para papel e celulose é o principal
(praticamente o único) tipo de produto da silvicultura nos municípios da AID. Em função
disso, a quantidade produzida pode apresentar oscilações, em determinados anos, pois,
face à sua destinação, a produção resultante dos cortes está diretamente atrelada aos
ciclos de crescimento do produto (eucalipto) e às necessidades do seu uso como matéria-
prima (cortes a cada sete anos para produção de celulose).
No ano de 2008, a quantidade produzida de madeira em tora para papel e celulose atingiu
na AID 2,37 milhões de metros cúbicos. Nesse ano, a produção de Eunápolis
correspondeu a 983 mil metros cúbicos. Nos municípios de Itagimirim e Itapebi, em
contrapartida, a quantidade produzida de madeira assumiu dimensões modestas, sendo,
respectivamente, cerca de 96 mil e 75 mil metros cúbicos.
Quantidade produzida na Silvicultura por tipo de produto nos municípios, com produção,
na área em estudo - 2002 e 2008
Ano Part. %
Município Tipo de produto da silvicultura
2002 2008
1 - Madeira em tora (m3) 5.643.324 12.126.280 100,00
Bahia 1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 5.135.648 11.924.025 100,00
1.2 - Madeira, tora. outras finalidades (m3) 507.676 202.255 100,00
1 - Madeira em tora (m3) 2.378.997 2.408.622 19,86
AID 1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 2.321.359 2.370.431 19,88
1.2 - Madeira, tora. outras finalidades (m3) 57.638 38.191 18,88
1 - Madeira em tora (m3) 41.591 486.474 4,01
Belmonte
1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 41.591 486.474 4,08
1 - Madeira em tora (m3) 1.102.528 1.006.475 8,30
Eunápolis 1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 1.044.890 983.073 8,24
1.2 - Madeira, tora. outras finalidades (m3) 57.638 23.402 11,57
1 - Madeira em tora (m3) 519.666 159.948 1,32
Itabela 1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 519.666 145.159 1,22
1.2 - Madeira, tora. outras finalidades (m3) - 14.789 7,31
1 - Madeira em tora (m3) - 95.955 0,79
Itagimirim
1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) - 95.955 0,80
1 - Madeira em tora (m3) - 74.644 0,62
Itapebi
1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) - 74.644 0,63
1 - Madeira em tora (m3) 190.971 336.980 2,78
Porto Seguro
1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 190.971 336.980 2,83
1 - Madeira em tora (m3) 524.241 418.745 3,45
Santa Cruz Cabrália
1.1 - Madeira, tora, p/ papel e celulose (m3) 524.241 418.745 3,51
Fonte: IBGE - PEVES - 2008.
Em relação à produção obtida pelo município de Eunápolis, maior produtor da AID, tal
produção situa o município como o quinto maior do estado em Silvicultura, com
representatividade de 8,2%. Na dianteira estão, em ordem de importância, Nova Viçosa
(19,7%), Mucuri (14,5%), Caravelas (14,3%) e Alcobaça (11,1%), conforme pode ser
observado na Tabela 487, que classifica os municípios do estado na produção da
silvicultura, em 2008.
Com base nos dados do Censo Agropecuário 2006 é possível identificar a importância da
presença da agricultura familiar nos municípios em estudo.
Dentre o conjunto dos oito municípios que não apresentavam a maioria de trabalhadores
vinculados à agricultura familiar na estrutura ocupacional, os destaques ficavam por conta
de Itapetinga – com apenas 13,3% de pessoas ocupadas em atividades da agricultura
familiar – Itapebi (17,7%) e Potiraguá (24,7%). Nesses municípios havia um amplo
predomínio da agricultura não familiar (predominantemente empresarial) na absorção dos
trabalhadores ocupados nos estabelecimentos agropecuários.
Frente a esse contexto, apenas quatro municípios abrigavam mais da metade (55,3%) do
total de trabalhadores familiares do conjunto dos 17 municípios analisados. Por outro
lado, em cinco municípios existiam apenas 1.090 ocupados na agricultura familiar –
Potiraguá (116 pessoas), Itapebi (160), Itapetinga (173), Itagimirim (185) e Maiquinique
(456 trabalhadores).
Nos municípios de Guaratinga (77,3%), Santa Luzia (77,1%), Mascote (74,0%), Porto
Seguro (74,0%) a proporção de pessoal ocupado com laços de parentesco com o
produtor superava os 70,0%, indicando a forte presença da agricultura familiar.
No que tange à ocupação da área total, pela agricultura familiar, os números evidenciam
que o total dos municípios contidos na AID apresenta um percentual de ocupação de
16,2%, também inferior à média do estado que ostenta 34,1%.
Entre as regiões, compostas pelos municípios objeto deste estudo, aquela em que a
agricultura familiar apresenta um maior percentual de estabelecimentos é a do Litoral Sul
(71,3%). Nela destaca-se o município de Santa Luzia, com um percentual de 76,5%. Nele,
à área ocupada responde, também, pelo maior (31,4%).
Direta, referente a tal plantio, atinge 30,25%, caracterizando a importância dessa cultura
no sistema produtivo das famílias.
A produção animal é também importante nos hábitos rurais da Área de Influência Direta,
sendo praticado na chamada agricultura familiar por 65,5% dos estabelecimentos. Em
termos de valor da produção, essa atividade implementada no âmbito das famílias
representa 28,2% do total, ou seja, familiar e não familiar.
Quantidade
Área de Influência Produção Área colhida Valor da produção
Agricultura produzida
Direta Vegetal (ha) (Reais)
(kg)
Total 18.463.114 9.177 21.668.894
Arroz em casca 1.130 3 758
Feijão 335.735 760 382.677
Total
Mandioca 11.900.086 3.434 3.472.196
Milho em grão 1.002.016 656 345.692
Café 5.224.147 4.324 17.467.571
AID
Total 12.317.603 5.885 10.517.145
Arroz em casca 1.130 3 758
Agricultura Feijão fradinho 222.590 563 237.717
familiar Mandioca 9.786.358 2.864 2.735.695
Milho em grão 400.896 493 176.458
Café 1.906.629 1.962 7.366.517
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.
A leitura dos valores de produção dos produtos que compõem a Área de Influência Direta,
quando comparados com o total do valor de produção da própria agricultura familiar,
evidencia o peso exercido pelo valor específico do café no mercado, colocando-o na
primeira posição, com uma participação de 40,0% de todo o valor gerado pela agricultura
familiar na área objeto deste estudo. Com menor valor específico, porém com uma
quantidade bastante expressiva, está a mandioca, a qual tem representatividade de
79,5% nas quantidades produzidas e 48,7% da área colhida.
Quantidade Valor da
Área colhida
Produção Vegetal produzida produção
(%)
(%) (%)
Total 100,00 100,00 100,00
Principais Arroz em casca 0,01 0,05 0,01
AID
Produtos Feijão 1,81 9,57 2,26
Mandioca 79,45 48,67 26,01
Milho em grão 3,25 8,38 1,68
Café 15,48 33,34 70,04
Fonte: IBGE - Censo agropecuário 2006.
Por região, podem ser observadas, para aqueles produtos em que as informações não
são identificadas, as suas respectivas grandezas, tanto em quantidades produzidas, área
e valor da produção. No caso da região Sudoeste, fica evidente a importância do
município de Encruzilhada, em quantidade produzida, área colhida e valor da produção,
tanto na agricultura familiar quanto em seu conjunto, como pode ser visto na tabela a
seguir. Com valores também representativos, embora não tenha o caráter disseminado
como Encruzilhada, aparece o município de Itarantim. Vale salientar, que o município de
Potiraguá não aparece nesse recorte de levantamento estatístico, dada a sua pequena
representatividade da agricultura familiar em termos de lavouras. Vê-se, por exemplo, nos
dados anteriormente apresentados em que as informações são consolidadas em
CPM RT 097/11 155 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Com base nos resultados do Censo Agropecuário de 2006 pode-se perceber o peso
econômico de tal atividade na Área de Influência Direta. Nela, a bovinocultura do total dos
municípios considerados neste trabalho representa mais de 10% da bovinocultura do
estado, tendo um rebanho de 1,029 milhões de cabeças. Desse número, 168,4 mil
cabeças são criadas por estabelecimentos que operam no regime de agricultura familiar.
Portanto, fica patente que há um expressivo quantitativo de rebanho, cerca de 84%, cujas
características dos estabelecimentos proprietários não se enquadram como agricultura
familiar e, portanto, podem ser melhor enquadrados em categorias econômicas de
intensidades de exploração mais capitalistas.
Nº de estab. % do Nº de % do Nº de
Tipo de
Estado e AID agropec. com estab. no N º de cabeças cabeças no
agricultura
bovinos Estado Estado
Total 314.243 100,00 10.229.459 100,00
Estado da Bahia
Familiar 263.799 100,00 4.436.907 100,00
Total 7.064 2,25 1.029.115 10,06
Área de Influência Direta
Familiar 4.187 1,59 168.412 3,80
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.
10,1%
89,9%
3,8%
96,2%
Os municípios de Belmonte, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, que compõem a Área
de Influência Direta do empreendimento da Veracel (AID), integram a Zona Turística
Costa do Descobrimento. O grande destaque fica por conta de Porto Seguro, um dos
principais destinos turísticos do Brasil. Esta Zona Turística teve seu nome originado do
fato de ser formada por um conjunto de atrativos históricos e naturais e de ser
considerada o berço da história, da cultura e da civilização brasileira. A ZT Costa do
Descobrimento possui a mais extensa rede hoteleira da Bahia.
Cercada também por diversos atrativos naturais - como praias, baías, enseadas, falésias,
recifes de corais, manguezais e rios navegáveis -, a região possui condições para a
prática do turismo de aventura e ecoturismo. Considerada o berço da história e da cultura
do Brasil, a Costa do Descobrimento foi tombada como Patrimônio Natural Mundial pela
UNESCO, em 1999.
Imóvel rural: para fins de Cadastro Rural, é o prédio rústico, de área contínua, formado
de uma ou mais parcelas de terra, pertencentes a um mesmo proprietário, que seja ou
possa ser utilizado em exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou
agroindustrial, independentemente de sua localização.
Módulo fiscal: unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada município,
considerando os seguintes fatores:
Distribuição dos Imóveis e Área, por Classificação, na Área de Influência Direta, em 2005.
SUDOESTE
Classificaçãodos Imóveis Total de Área
% %
Imóveis (ha)
Minifúndio 1.789 47,49 38.448 6,15
Pequena Propriedade 1.162 30,85 128.328 20,52
Média Propriedade 586 15,56 247.911 39,64
Grande Propriedade 145 3,85 209.389 33,48
Não classificados * 85 2,26 1.325 0,21
Total 3.767 100,00 625.402 100,00
Fonte: INCRA/DF/DFC - Apuração Especial nº 00588 - SNCR - Dez/05
* Imóveis rurais que não possuem informações da área explorável ou com informação de áreas
divergentes entre os Formulários Dados sobre Estrutura e Dados sobre Uso.
A região Extremo Sul apresenta uma distribuição dos imóveis nas categorias de
minifúndios e pequenas propriedades, com percentuais bastante semelhantes, embora
com ocupações de áreas bastante distintas. Os minifúndios correspondem a 35,4% dos
imóveis e as pequenas propriedades, 35,8%. Entretanto, os minifúndios ocupam 3,9% das
áreas e as pequenas propriedades ocupam 16,3%. As médias propriedades respondem
por 19% dos imóveis e ocupam 32,9% das áreas, enquanto as grandes propriedades que,
em número de imóveis respondem por 7,2%, ocupam a maior proporção das áreas
(46,2%).
EXTREMO SUL
Classificaçãodos Imóveis Total de Área
% %
Imóveis (ha)
Minifúndio 2.941 35,36 46.852 3,87
Pequena Propriedade 2.973 35,75 196.856 16,25
Média Propriedade 1.580 19,00 398.321 32,87
Grande Propriedade 597 7,18 559.592 46,18
Não classificados * 226 2,72 10.063 0,83
Total 8.317 100,00 1.211.683 100,00
Fonte: INCRA/DF/DFC - Apuração Especial nº 00588 - SNCR - Dez/05
* Imóveis rurais que não possuem informações da área explorável ou com informação de áreas
divergentes entre os Formulários Dados sobre Estrutura e Dados sobre Uso.
LITORAL SUL
Classificação dos Imóveis Total de % Área %
Imóveis (ha)
Minifúndio 1.271 37,20 10.558 4,84
Pequena Propriedade 1.380 40,39 50.824 23,31
Média Propriedade 534 15,63 77.110 35,37
Grande Propriedade 135 3,95 79.211 36,33
Não classificados * 97 2,84 330 0,15
Total 3.417 100,00 218.032 100,00
Fonte: INCRA/DF/DFC - Apuração Especial nº 00588 - SNCR - Dez/05
* Imóveis rurais que não possuem informações da área explorável ou com
informação de áreas divergentes entre os Formulários Dados sobre
Estrutura e Dados sobre Uso.
A análise da estrutura fundiária terá, neste trabalho, o objetivo identificar a maneira como
as propriedades rurais estão distribuídas nos territórios municipais e quais os seus
tamanhos médios. Tais informações permitem, após o cotejo das dimensões das áreas e
com o número de proprietários das respectivas áreas, a observação do nível de
concentração fundiária da região em estudo.
No Brasil e em suas Unidades da Federação (UF’s), o índice apresenta variações que são
compatíveis com as histórias de ocupação relativas a cada uma das regiões,
apresentando, portanto, valores bastante diferenciados. O índice de Gini apresenta, entre
as diversas unidades da federação, o maior valor absoluto de concentração fundiária no
estado de Alagoas (0,871).
Em seis municípios, dentre aqueles que compõem a Área de Influência Direta, o nível de
concentração fundiária se apresenta menos intenso (forte) que a média do Estado (muito
forte) em seis municípios. São eles: Itapetinga, Macarani, Maiquinique, Potiraguá,
Mascote e Santa Luzia. Os demais municípios revelam concentrações fundiárias na
mesma faixa média do Estado. Vale ressaltar que, embora tais municípios estejam na
mesma faixa de concentração, os seus valores absolutos são menores que a média
observada para a Bahia e para o Brasil. A concentração fundiária, na Área de Influência
Direta, no período 1996 a 2006 apresentou retração nos municípios de Maiquinique,
Itapebi e Mascote. Os demais registraram aumento.
No estrato que vai de 50 a menos de 100 hectares, houve uma redução, tanto da
participação do número de estabelecimentos (de 19,0 para 13,9%) quanto da área
utilizada, que passou de 8,3 para 7,3%.
No estrato que congrega as propriedades com áreas na faixa de 500 a menos de 1.000
hectares, houve redução do percentual de estabelecimentos (de 4,1 para 3,9%), com
concomitante aumento do tamanho da área, que passou de 18,1 para 20,5%, sugerindo
um aumento da concentração de terras.
O estrato de 1.000 a 5.000 hectares, típico das grandes propriedades, revelou, entre 1975
e 1995, uma redução de sua participação, em termos de número de propriedades (de 2,6
para 2,2%), porém, com ligeiro aumento da participação da área ocupada, que passeou
de 28,6% para 28,2%.
Com base, portanto, nas informações relativas aos preços médios, por hectare, das
terras, divulgados pela FGV para o estado da Bahia e, realizando-se o respectivo
deflacionamento dos mesmos com o Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna (IGP-
DI), da mesma fundação, para que seja possível a verificação das tendências dos preços
das terras, a média dos preços da economia.
Pode-se constatar que a série a qual se analisa, e que corresponde a um período em que
a economia passou a conviver com níveis de inflação mais baixos e no qual houve um
realinhamento de preços, com redução das gigantescas expectativas inflacionárias, os
preços das terras apresentaram variações, nas pontas, superiores aos aumentos médios
de preços de toda a economia, a exceção dos preços cobrados das áreas de para
lavouras. Vale salientar, que o ano de 1995 ainda trazia em grande parte do seu percurso,
resquícios inflacionários que ainda se propagaram do ano 1994.
Com base nos preços corrigidos pelo IGP-DI e, fazendo a conversão para índices de base
fixa, centrados em 1995, ficam mais perceptíveis as mudanças ocorridas, ao longo do
período, em relação aos preços praticados na venda de terras no estado da Bahia.
120
100
80
60
40
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
IGP-DI
LAVOURAS MATAS PASTAGENS
Índice da Variação do Preço Médio das Terras na Bahia, por hectare e por Uso, de 1995 a 2009.
No que diz respeito à posse da terra na Área de Influência Direta, o Censo Agropecuário
de 2006 traça um painel que permite observar que, do ponto de vista da condição legal
das terras, 88,1% dos estabelecimentos pertencem a seus efetivos proprietários e estão
dispostos em 97,4% da área ocupada pelo total de municípios objeto deste estudo. Esse
resultado demonstra uma grande proporção de proprietários na AID, a qual supera os
valores registrados no estado, onde as terras próprias respondem por 87,6%, e a área
correspondente alcança 95,5%.
Por região, considerando-se os municípios da AID, vê-se que a região Sudoeste tem o
maior percentual de terras próprias (94,9%) e a área, (99,0%). Nesta área, as maiores
participação das terras próprias, em percentual de estabelecimentos, se encontram nos
municípios de Macarani (99,83%) e Maiquinique (99,1%). Nos demais municípios os
percentuais se encontram, também, acima dos 90%.
Quanto ao uso da terra por classe de atividade, a tabela seguinte explicita a sua
distribuição em relação à Área de Influência Direta, com seus respectivos percentuais de
participação. Nela é possível verificar a predominância das áreas utilizadas para lavouras,
assim como para pastagens e matas. O número total, tanto de estabelecimentos quanto o
de área, em todas as tabelas, não corresponde ao somatório das diversas utilizações,
dado que, um mesmo estabelecimento pode estar enquadrado em vários dos itens, além
de poder utilizar, simultaneamente, a área para diversos fins.
Segurança Pública
A Polícia Militar tem como estrutura mais de trinta e cinco unidades da Polícia Militar,
entre Batalhões, Companhias, Pelotões, Postos Policiais Militares e Destacamentos.
A Região conta também com a atuação das Companhias de Ações Especiais, que atuam
regionalmente com a função de dar suporte às estruturas locais de segurança, como a
Companhia de Ações Especiais da Região Cacaueira - CAERC, a Companhia de Ações
Especiais da Mata Atlântica - CAEMA, e a Companhia de Ações Especiais do Sudoeste e
Gerais - CAESG,
SEGURANÇA PÚBLICA
- POLÍCIA CIVIL
- POLÍCIA MILITAR
Relação das principais unidades da Polícia Militar que servem à AID - 2010
UNIDADES DENOMINAÇÃO MUNICÍPIO SEDE
Batalhão 2º Batalhão da Polícia Militar Ilhéus
Batalhão 8º Batalhão da Polícia Militar Porto Seguro
Batalhão 9º BPM - Vitória da Conquista Vitória da Conquista
Companhia Independente 7ª. Companhia Independente de Polícia Militar Eunápolis
Companhia Independente 8ª. Companhia Independente de Polícia Militar Itapetinga
Companhia Independente 62ª. Companhia Independente de Polícia Militar Camacan
Companhia 5ª Companhia do 8º Batalhão de Polícia Militar Barrolândia-Belmonte
2º Pelotão da 1ª Companhia Independente de Polícia
Pelotão Canavieiras
Rodoviária
Companhia 5ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar Ilheus
2º Pelotão da 6ª Companhia do 9º Batalhão de Polícia
Pelotão Encruzilhada
Militar
Posto Policial Militar do 2º Pelotão da 6ª Cia/PM do 9º BPM
Posto Policial Militar Vila Bahia - Encruzilhada
do 2º Comando de Policiamento Militar
Posto Policial Militar do 2º Pelotão da 6ª Cia/PM do 9º BPM Vila do Café -
Posto Policial Militar
do 2º Comando de Policiamento Militar Encruzilhada
Companhia Independente 7ª Companhia Independente de Polícia Militar Vila Colônia - Eunápolis
Destacamento Policial Militar da 7ª Companhia
Destacamento Policial Militar Guaratinga
Independente de Polícia Militar
Pelotão Pelotão da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar Itabela
Posto Policial Militar de Monte Pascoal, da 7ª Companhia
Posto Policial Militar Itabela
Independente de Polícia Militar.
Destacamento Policial Militar do 3º Pelotão da 7ª
Destacamento Policial Militar Itagimirim
Companhia Independente de Polícia Militar
8ª Companhia Independente de Polícia Militar do Comando
Companhia Independente Itapetinga
de Policiamento da Região Sul
Posto do 3º Pelotão da 1ª Companhia Independente de
Companhia Independente Itapetinga
Polícia Rodoviária
Pelotão 1º Pelotão - Posto Itapetinga Itapetinga
Posto 3.4/1 da 3ª Companhia do Batalhão de Polícia
Posto Itapetinga
Rodoviária
2º Pelotão da 8ª Companhia Independente de Polícia
Pelotão Itarantim
Militar do Comando de Policiamento Região Sul
5 º Pelotão da 8ª Companhia Independente da Polícia
Pelotão Macarani
Militar do Comando de Policiamento Região Sul
Destacamento Policial Militar do 2º Pelotão da
Destacamento Policial Militar Maiquinique
8ª Companhia Independente Policial Militar
2
Em geral as companhias contam com escolas de aperfeiçoamento de praças, a exemplo da 7 ª. CIPM de Eunápolis.
CPM RT 097/11 175 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Relação das principais unidades da Polícia Militar que servem à AID - 2010
UNIDADES DENOMINAÇÃO MUNICÍPIO SEDE
5º Pelotão da 62ª Companhia Independente da Polícia São João do Paraíso -
Pelotão
Militar Mascote
Sede municipal- Porto
Batalhão 8º Batalhão de Polícia Militar
Seguro
Arraial D’Ajuda - Porto
Companhia 3º Cia. do 8º Batalhão de Polícia Militar
Seguro
Companhia 2ª Cia. do 8º Batalhão de Polícia Militar no Baianão;- Porto Seguro
3º Pelotão da 3ª CIA do 8º Batalhão de Policia Militar;
Pelotão Caraíva - Porto Seguro
4ª Cia. do 8º Batalhão de Polícia Militar - Sede municipal;
Companhia Centro - Porto Seguro
Cidade Alta - Porto
Grupamento 6º Grupamento de Bombeiro Militar
Seguro
5º Pelotão da 3ª Cia.do 8º Batalhão de Policia Militar Pindorama - Porto
Pelotão
Seguro
Pelotão 2º Pelotão da 3ª Cia. do 8º Batalhão de Policia Militar Trancoso - Porto Seguro
Posto do 5º Pelotão da 1ª CIPRv Vale Verde - Porto
Posto
Seguro
Pelotão 4º Pelotão da 3ª Cia do 8º Batalhão de Polícia Militar Vera Cruz - Porto Seguro
Destacamento Policial Militar Destacamento Policial Militar do 2º Pelotão da 8ª CIPM Potiraguá
Companhia 4ª Companhia do 8º Batalhão de Polícia Militar Santa Cruz Cabrália
4º Pelotão da 62ª Companhia Independente de Polícia
Pelotão Santa Luzia
Militar
Fonte: COSMOS - Pesquisa de Campo, novembro de 2010.
AID conta com a atuação das Companhias de Ações Especiais, que atuam regionalmente
com a função de dar suporte às estruturas locais de segurança, notadamente em
momentos de crise, representados por ações do crime organizado e eventos de
convulsão social. Na área em estudo existem três companhias, elencadas a seguir:
Essas definições permitem compreender o motivo pelo qual existe uma preocupação
recorrente para muitos atores sociais com relação aos empreendimentos que se inserem
nas paisagens fazendo alterações extensas nas fitofisionomias nativas ou já
estabelecidas na região a ser ocupada.
Conforme visto até aqui, a ampliação da Veracel (indústria e área plantada) é um projeto
que irá gerar impactos positivos e negativos em sua Área de Influência durante a
implantação e após a entrada em operação. Para potencializar os impactos positivos e
reduzir ou eliminar os negativos, a Veracel Celulose os identificou e traçou medidas e
programas específicos, conforme tabela abaixo.
É recomendável que os trabalhadores sejam desligados gradativamente e que alguns sejam reaproveitados na etapa de operação do empreendimento, naquelas
áreas em que exista aderência e/ou continuidade com as atividades desempenhadas anteriormente. Os trabalhadores residentes na área de influência direta do
empreendimento devem ser priorizados.
Capacitar alguns trabalhadores para que os mesmos possam desempenhar uma nova função no empreendimento – a referida capacitação poderá ser realizada em
parceria com as instituições públicas que desempenham as ações de qualificação social e profissional e de intermediação de mão-de-obra.
Diminuição do nível de emprego, ocupação e massa
salarial com o término da implantação da ampliação da Alta -45 Deflagrar estratégias para que alguns trabalhadores possam ser absorvidas na rede já existente e consolidadas de fornecedores da empresa.
VERACEL
Promover o acompanhamento por profissionais de serviço social dos trabalhadores demitidos, orientado-os em relação às iniciativas mais adequadas para sua
recolocação no mercado de trabalho, mudança de domicílio, dentre outras ações.
Para minimizar o impacto decorrente da contração da renda circulante oriundo da redução da massa salarial – que comprometerá os negócios surgidos e/ou
ampliados na fase de construção da fábrica - o empreendimento poderá firmar novas parcerias locais para aquisição de insumos na própria localidade, como forma
de manter parte dos empregos e das ocupações que foram criadas pelo efeito-renda.
Criar possibilidades e mecanismos para que os moradores e/ou trabalhadores dos imóveis trabalhem nas atividades de plantio de eucalipto.
Capacitar os moradores que desejarem trabalhar no plantio de eucalipto.
Alteração da dinâmica demográfica da área de influência Alta -36 Disseminar as informações geradas pelo Projeto Agrovida – Alimentos para as partes interessadas da área de influência do empreendimento.
Continuar os investimentos em tecnologia florestal para aumento da produtividade do eucaliptal, reduzindo a necessidade de ocupação de novas áreas e,
desse modo, a demanda por aquisição de terras.
Evitar a aquisição de minifúndios e de pequenas propriedades nas quais se desenvolve a agricultura familiar.
Adoção de mecanismos de incentivo e benefícios em prol do alcance da meta de Acidentes Zero no Trânsito.
Adoção de Programa de Segurança no Trabalho, contemplando atividades prévias de treinamento sobre: informações sobre condições e meio ambiente de
trabalho; riscos inerentes à função; uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPI), informações sobre os equipamentos de proteção coletiva (EPC)
existentes no canteiro de obra. Ademais, deverá contemplar iniciativas de prevenção de acidentes por intermédio da avaliação de riscos e todos os demais
elementos constantes no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) que integra a Norma Regulamentadora Nº 18
Aumento dos índices de acidentes de trabalho no (NR 18) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), levando-se em conta, inclusive, a recém publicada Portaria Nº 201 de 21 de Janeiro de 2011, que altera a NR
Alta -36
canteiro de obras 18.
Firmar parcerias com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (SINDUSCON-BA), com o Centro Estadual de Referência em Saúde do
Trabalhador (CESAT) vinculado à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e com a FUNDACENTRO do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para
identificação e posterior adoção de boas práticas de prevenção de acidentes na área da construção civil.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, reduzindo-se assim a
necessidade de mão-de-obra extra-regional. Da mesma forma, deverá recomendar às empreiteiras contratadas para a execução dos serviços, que assim o façam.
Essa medida também se constitui num meio de envolver a comunidade perante o empreendimento, além de evitar o afluxo demasiado de pessoas estranhas à
comunidade.
Implantação de Programa de Comunicação Social incluindo a divulgação dos principais aspectos do empreendimento, tornando públicos os prazos e as
quantidades de trabalhadores necessários, bem como a sua qualificação prévia.
Implantação de um amplo e permanente Programa de Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e de Gravidez Indesejada e na
Alteração do modo de vida e do comportamento da
Adolescência. É imperioso que esse programa de prevenção seja delineado, implantado e executado em parceria com o poder público, valendo-se das vantagens
população dos núcleos urbanos vizinhos da fábrica de
comparativas oriundas das ações dos Agentes Comunitários Saúde / Programa Saúde da Família, que, além de apresentaram significativa capilaridade e cobertura
celulose (Barrolândia e ponto central), dos alojamentos Alta -36
populacional, contam também com grande conhecimento acumulado sobre as especificidades das realidades locais. É importante e estratégico que o público-alvo
de trabalhadores e dos municípios de Itagimirim, Itapebi,
do programa seja composto tanto pelos trabalhadores envolvidos com a obra, quanto pela população residente nas comunidades e núcleos urbanos mais próximos
Belmonte e Santa Cruz Cabrália
aos alojamentos de trabalhadores. As ações do programa de prevenção devem chegar também às escolas de ensino fundamental e médio para que seja
assegurada a participação dos/das adolescentes e jovens, que se constituem no grupo de maior risco. É recomendável que todos os trabalhadores envolvidos no
programa de prevenção sejam cadastrados e que, ao longo das oficinas, seja mencionado que, caso, necessário, quando do nascimento de um filho cuja mãe for
abandonada e se tratar de uma criança ou adolescente, o Conselho Tutelar/Ministério Público poderão solicitar teste de reconhecimento da paternidade – trata-se
de uma ação de caráter predominantemente preventivo e inibitório.
Criação de uma baseline sobre a natalidade e incidência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na área de influência direta do empreendimento
para permitir o monitoramento da evolução do comportamento da natalidade e das DST ao longo de todo o período de construção da fábrica de celulose. A adoção
dessa medida permitirá avaliar a eficácia do Programa de Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e de Gravidez Indesejada e na Adolescência
e adoção de eventuais ajustes no mesmo, caso se faça necessário em função dos resultados oriundos do monitoramento.
Elaborar um Programa de Engenharia de Tráfego para a AID, com os seguintes objetivos principais:
Estabelecer os roteiros de transporte de pessoas, matérias-primas, insumos, máquinas e equipamentos e celulose para a operação da Base Florestal e da Fábrica de
Celulose;
Propor soluções (obras e/ou procedimentos operacionais) para as travessias urbanas pelo tráfego a ser gerado;
Estudar uma maneira de evitar a queda de cascas e pedaços de madeira de eucalipto nas rodovias da AID durante o transporte da Base Florestal até a Fábrica de Celulose.
Sugerida ao Estado da Bahia – Avaliar a possibilidade de implantação de rodovia entre Santa Maria Eterna e a Fábrica de Celulose, buscando reduzir o tráfego de carreta de madeira
no trecho norte da BR-101.
Incentivar o abastecimento de parte da frota de veículos em postos de combustíveis localizados em vários municípios da AID, principalmente naqueles com economia e
comércio menos desenvolvidos, de modo a distribuir a renda gerada ao longo da mesma.
Incentivar a localização das empresas de transporte em vários municípios da AID, principalmente naqueles com economias e comércio menos desenvolvidos, de modo a
distribuir a renda gerada ao longo da mesma.
Não competir por hospedagem com as atividades turísticas do polo Porto Seguro - Santa Cruz Cabrália nas épocas de altas estações turísticas.
Localizar e projetar cuidadosamente os Alojamentos de Trabalhadores, de modo a reduzir os impactos ambientais nas pequenas cidades, vilas e
Aumento da demanda por infraestrutura urbana e
Média -30 povoados próximos.
Serviços Públicos
Divulgar para os Setores Primário e Terciário da Economia da AID as oportunidades de negócio a serem geradas na etapa de implantação da ampliação
da Base Florestal e da Fábrica de Celulose da Veracel.
Incentivar a qualificação dos Setores Primário e Terciário da Economia da AID para os mesmos beneficiarem-se das oportunidades de negócio a serem
geradas na etapa de implantação da ampliação da Base Florestal e da Fábrica de Celulose da Veracel.
Realizar o planejamento ambiental de corredores ecológicos (paisagem) em cada propriedade adquirida visando identificar, antes da fase de implantação, a
existência de corredores ecológicos, e planejar a manutenção da continuidade destes corredores conciliadas com a implantação do projeto florestal.
Plano de Enriquecimento Florístico de Áreas de Reserva Legal, de Matas Sujeitas a Regime de Preservação e de Áreas de Preservação Permanente.
Fragmentação de florestas e interferências em corredores
Média -28
ecológicos
Continuidade do Plano de Monitoramento da Fauna e Flora.
Continuidade do plantio de eucalipito, preferencialmente em mosaico, nos tabuleiros costeiros. Ou seja, nos platôs preservando os vales e estabelecendo
trampolins ecológicos.
Elevação dos níveis de ruído em áreas de sítios e fazendas Média -27 Construção de barreira acústica com grelhas incorporadas e/ou material absorvente acústico, em torno das bombas emissoras de ruído dos emissários.
Com base em levantamento de ortofotocartas de 1995, foi definido como premissa de projeto Veracel II, a restrição para compra de terras florestadas naquela ocasião. Cabe
ressaltar que essa restrição está estabelecida como condicionante da LO ora vigente para Veracel I.
Perda de área vegetada e da biodiversidade associada Média -27
Implantar Programa de Comunicação eficaz e Programa de Educação Ambiental com a população diretamente afetada informando que a Veracel não adquiri áreas
desmatadas recentemente, e que são monitoradas as áreas através de fotos aéreas e de satélite
Disseminar as informações geradas pelo Projeto Sistema Agroflorestal para as partes interessadas da Área de Influência Direta;
Alteração do uso e ocupação do solo pela aquisição e
arrendamento de terras pela VERACEL e seus fomentados Média -24 Continuar os investimentos em tecnologia florestal para aumento da produtividade do eucaliptal, reduzindo a demanda por terras;
para formação da Base Florestal
Evitar a aquisição de terras em áreas agrícolas com grande produção de alimentos.
Seguir a condicionante da licença de localização do primeiro projeto Veracel que somente permite a aquisição de propriedades com menos de 50 ha em casos
excepcionais e com anuência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, tendo em vista que tais áreas são, em geral, produtoras de alimentos.
Realizar por meio do Plano de Supressão da Vegetação uma avaliação técnica em cada área a serem implantados plantios florestais visando detectar a presença
de espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.
Alteração ou supressão da vegetação existente, com ênfase Por meio do Plano de Resgate de Fauna e Flora promover o salvamento de espécies da flora raras, endêmicas e ameaçadas nas áreas onde ocorrerá limpeza ou
Média -22
para espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção supressão de vegetação
Nos talhões reservados ao plantio, em caso de identificação de indivíduo arbóreo, mantê-lo dentre o eucalipto plantado.
Plano de Enriquecimento Florístico de Áreas de Reserva Legal, de Matas Sujeitas a Regime de Preservação e de Áreas de Preservação Permanente.
Continuação do Plano de Monitoramento da Flora e Fauna
Elaborar um Programa de Engenharia de Tráfego para a AID, com os seguintes objetivos principais:
Estabelecer os roteiros de transporte de pessoas, matérias-primas, insumos, máquinas e equipamentos para o plantio e manutenção da Base Florestal e
construção da Fábrica de Celulose;
Estimar o volume de tráfego em cada trecho das rodovias a serem utilizadas;
Propor soluções (obras e/ou procedimentos operacionais) para as travessias urbanas pelo tráfego a ser gerado;
Identificar a necessidade de eventuais obras rodoviárias complementares;
Projeto de Sinalização Rodoviária Complementar;
Estratégia de transporte de cargas pesadas;
Aumento do tráfego de veículos na AID do Controle do peso das cargas;
empreendimento durante a implantação e manutenção da Média -22
Base Florestal e da construção da Fábrica de Celulose Treinamento dos motoristas das empresas prestadoras de transporte rodoviário;
Identificação de locais com maior concentração de fauna silvestre sob risco de atropelamento pelos veículos;
Projeto de Atendimento de Emergências relacionados com acidentes de tráfego.
Levando em conta a viabilidade econômica do empreendimento, tentar melhorar o traçado das rodovias vicinais que serão recuperadas ou construídas para a
implantação e operação da Base Florestal para atendimento das demais propriedades rurais e núcleos populacionais vizinhos.
Incentivar o abastecimento de parte da frota de veículos em postos de combustíveis localizados em vários municípios da AID, principalmente naqueles com
economia e comércio menos desenvolvidos, de modo a distribuir a renda gerada ao longo da mesma.
Incentivar a localização das empresas de transporte em vários municípios da AID, principalmente naqueles com economias e comércio menos desenvolvidos, de
modo a distribuir a renda gerada ao longo da mesma.
Destinar 20% da Área de Proteção Adicional (APAD) para o conceito de “Área para Produção de Alimentos – APAL” pela pequena agricultura e
Agricultura Familiar, priorizando as famílias, situadas na Área de Influência Direta,cadastradas pelo INCRA e pelos movimentos sociais que não tem acesso à
terra para produzir.;
Aquisição e arrendamento de terras pela VERACEL para
Média -22
formação da base florestal Disseminar as informações geradas pelo Projeto Agrovida para as partes interessadas da Área de Influência Direta;
Continuar os investimentos em tecnologia florestal para aumento da produtividade do eucaliptal, reduzindo a demanda por terras.
Priorizar para implantação dos talhões e áreas distantes de núcleos habitacionais, povoados e localidades que são abastecidas por mananciais
subterrâneos e superficiais de pequeno porte.
Redução da disponibilidade hídrica em períodos de seca Média -22
Escolhas de áreas para implantação da base florestal que priorize locais onde as condições sejam menos propícias para recarga de aqüíferos,
preservando as áreas de recarga mais efetiva. Levar em consideração também a profundidade do lençol freático.
Definir estratégias de compra que evitem a elevação abrupta dos preços das terras na Área de Influência Direta;
Reduzir, sempre que possível, a compra de pequenas propriedades, diminuindo o número de negociações e, portanto, o consequente aumento da
especulação;
Elevação dos preços da terra e especulação imobiliária Utilização de áreas inadequadas à agricultura ou de baixo uso alternativo do solo;
Média -20
na área de influência direta
Intensificar o programa de produtor florestal, pois, desta maneira, reduz-se a necessidade de aquisição da terra, ficando as terras utilizadas em mãos dos
seus proprietários;
Continuar os investimentos em tecnologia florestal para aumento de produtividade do eucaliptal, que permite a redução da área plantada, reduzindo,
consequentemente, a necessidade de aquisição de terras.
Projeto e construção de obras de arte adequadas;
Manutenção periódica dos sistemas de drenagem;
Alteração de regime hidrológico, de fluxos de Drenagem alcançando o nível inferior do fundo da seção transversal do curso de água;
Média -20 Escolha de áreas para implantação de base florestal que priorize locais onde as condições sejam menos propícias para recarga de aqüíferos, preservando as
escoamento superficial e formação de alagamentos
áreas de recarga mais efetiva. Levar em consideração também a profundidade do lençol freático.
Adoção de sistemas de irrigação parcimoniosos no consumo de água.
Desmobilização da mão-de-obra por desativação do
Média -18
canteiro de obras da implantação da fábrica
De forma a se evitar acidentes com produtos perigosos que possam vir a contaminar o ambiente terrestre na região das obras, a estocagem de combustíveis,
óleos lubrificantes e quaisquer outras substâncias químicas líquidas deverá ser realizada em locais distantes de qualquer corpo de água. Adicionalmente, este
armazenamento deverá contemplar bacias de contenção construídas conforme estabelecido em norma técnica.
Todos os resíduos a serem gerados pelo empreendimento em sua Fase de Implantação deverão ter o seu manejo consolidado em um Programa de
Gerenciamento de Resíduos específico para a fase de implantação deste empreendimento.
Todos os resíduos a serem gerados na Fase de Operação do empreendimento e o respectivo manejo dos mesmos deverão ser consolidados em um Plano Diretor
de Resíduos, que deverá contemplar a unidade já implantada (VERACEL I).
Para evitar que restos de combustíveis, lubrificantes e resíduos diversos gerados na obra venham contaminar o ambiente terrestre, os mesmos deverão receber
tratamento, reciclagem ou disposição final conforme as regras estabelecidas pelo gerenciamento de resíduos. A empresa responsável pelas obras deverá ser
também responsável pelo gerenciamento dos resíduos gerados na implantação do empreendimento, passando neste caso, pela fiscalização do empreendedor.
Contaminação do solo e águas subterrâneas Média -18
O óleo gerado no separador de água e óleo deverá ser encaminhado para reciclagem.
Inspecionar periodicamente as tubulações enterradas de transferência de óleo combustível para verificação de vazamentos.
O solo das áreas de oficina e de manutenção de máquinas e equipamentos deverá ser compactado e/ou impermeabilizado.
Durante as obras a manutenção de máquinas e equipamentos deverá ser executada preferencialmente no interior da oficina mecânica. Em caso de manutenção de
campo utilizar mantas oleofílicas para recobrir o solo nos locais de manutenção, devendo os óleos lubrificantes usados ser envazados e armazenados
adequadamente até serem retirados da área e encaminhados para re-refino através de empresa devidamente licenciada para esta atividade.
Nos serviços realizados com utilização de comboio móvel de combustíveis e óleos lubrificantes para abastecimento das máquinas nas obras, este comboio deverá
ser dotado de equipamentos de segurança e coleta de resíduos em caso de acidentes, bem como seu pessoal treinado para o uso adequado dos mesmos.
O lençol freático na região do empreendimento deverá ser monitoramento conforme o “Programa de Monitoramento do Lençol Freático” descrito no capítulo
referente aos Programas Ambientais.
Treinar e reciclar permanentemente a mão-de-obra diretamente responsável pelo manejo de resíduos nas fases de implantação e de operação da unidade industrial.
Monitoramento automático da qualidade do ar no entorno do empreendimento dos poluentes PTS, PM10, SO2, CO e NOx.
Monitoramento de TRS por meio de uma rede de percepção de odor.
Monitoramento automático das fontes pontuais de maior impacto na qualidade do ar entorno da Veracel
Monitoramento manual das fontes pontuais de menor impacto na qualidade do ar no entorno do empreendimento no mínimo uma vez por ano.
Alteração na qualidade do ar Média -18
Operar as máquinas e equipamentos de forma regular, mantendo-se o nível de performance garantido pelo seu fabricante, para que não ocorram anomalias que
possam acarretar emissões acima dos níveis previstos no projeto desse equipamento, respeitando os limites das concentrações de emissão da Resolução CONAMA
382/2006.
Implantação de Plano de Comunicação Social para esclarecimento da população em geral sobre as principais características do empreendimento, a exemplo de:
Conhecimento prévio da percepção e expectativas da população acerca do empreendimento;
Localização;
Cronograma;
Expectativas da população em relação ao empreendimento Média -18
Características técnicas;
Empregos a serem gerados nas etapas de construção e operação;
Tipos de postos de trabalho e qualificação escolar necessária para ocupá-los.
Priorizar áreas mais planas e de pastagens onde não seja necessária a retirada da pastagem para o plantio dos povoamentos florestais.
Na abertura das vias de circulação evitar cortes profundos, criação de taludes artificiais e exposições excessivas do horizonte B e C dos solos locais, normalmente com
maior dificuldade de drenagem.
A profundidade e largura das valas para assentamento das tubulações de óleo combustível, drenagem, água, telefone e outros deverão se limitar às dimensões necessárias
e estabelecidas pelo projeto de engenharia.
O processo construtivo deverá reduzir ao mínimo o período de tempo em que os solos tenham que permanecer expostos e priorizar as obras de terraplenagem na estação
mais seca do ano.
Intensificação de dinâmica superficial Baixa -6
Iniciar o processo de pavimentação e paisagismo imediatamente após a terraplanagem, reduzindo o período em que o solo ficará exposto à ação das águas pluviais.
Avaliar a necessidade de encaminhar a saída das águas das vias de circulação para estruturas de dissipação de energia. Caso estas estruturas venham a ser instaladas, no
sopé destes dissipadores deverão ser instaladas caixas de brita para contenção de sólidos e redução do impacto das águas.
Evitar disposição de material terroso junto às linhas preferenciais de escoamento das águas pluviais.
Implantar sistema de drenagem nas estradas e canteiros de obra, de modo a evitar o acúmulo de águas pluviais e, por conseqüência, a instalação de processos erosivos.
Deverão ser construídas canaletas e outros dispositivos de drenagem que evitem o aumento das velocidades de escoamento superficial que possam causar erosão.
Estruturas de drenagem deverão ser dotadas de dissipadores de energia.
Dimensionar de forma correta as tubulações para passagem de águas sob as vias de circulação, evitando-se o acúmulo de água a montante de tais vias.
Divulgar periodicamente as categorias de serviços e materiais da cadeia produtiva da celulose para as entidades de classe locais e regionais;
Dinamização da economia local e regional pelo aquecimento Priorizar a contratação de fornecedores locais e regionais.
do setor terciário, decorrente da aquisição de bens e Média 20 Estimular as Prefeituras Municipais no desenvolvimento de planos de atratividade de empresas para a Área de Influência Direta.
serviços, na área de influência e na região Aquisição de bens e serviços periodicamente demandados pelo empreendimento junto às comunidades/fornecedores locais, a exemplo de alimentos para o
refeitório e fornecimento de refeições para os trabalhadores, priorizando as APALs.
Aumento da atividade econômica e da magnitude do Divulgar periodicamente as categorias de serviços e materiais da cadeia produtiva da celulose para as entidades de classe locais e regionais;
setor secundário pela implantação da fábrica de celulose Alta 33 Estimular as Prefeituras Municipais no desenvolvimento de planos de atratividade de empresas para a Área de Influência Direta;
da VERACEL Aquisição de bens e serviços periodicamente demandados pelo empreendimento junto às comunidades/fornecedores locais, a exemplo de alimentos para o
refeitório e fornecimento de refeições para os trabalhadores, priorizando as APALs.
Interferências nas áreas protegidas por lei: reserva legal,
área de preservação permanente e unidades de Alta 39 Manutenção dos procedimentos de averbação de Reserva Legal com priorização para Corredores Ecológicos.
conservação
Priorizar a contratação de fornecedores locais e regionais.
Divulgar periodicamente as categorias de serviços e materiais da cadeia produtiva da celulose para as entidades de classe locais e regionais.
Dinamização da economia local e regional pelo
aquecimento do setor terciário, decorrente da aquisição Alta 39 Estimular as Prefeituras Municipais no desenvolvimento de planos de atratividade de empresas para a Área de Influência Direta.
de bens e serviços, na área de influência e na Bahia
Aquisição de bens e serviços periodicamente demandados pelo empreendimento junto às comunidades/fornecedores locais, a exemplo de alimentos para o
refeitório e fornecimento de refeições para os trabalhadores, priorizando as APALs.
Descentralizar a produção de mudas de eucalipto e das essências nativs na área de influência direta além de Eunápolis, proporcionalmente à área plantada em
cada município.
Sempre que possível, respeitando-se critérios de natureza técnica (a exemplo da necessidade de oferta de água e questões de logística), instalar os viveiros de
mudas nas proximidades de comunidades com maiores níveis de vulnerabilidade social e ambiental. Nesse caso, os impactos positivos da circulação da renda
oriunda do pagamento de salários seriam ainda mais significativos para a promoção do desenvolvimento local e melhoria das condições de vida da população
residente na área de influência direta.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, levando-se em conta critérios
de gênero, cor ou raça e deficiência. Não se trata de estabelecer cotas para mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência, mas sim de internalizar no
processo seletivo que existem barreiras e preconceitos no mercado de trabalho que costumam impedir que esses segmentos populacionais disputem uma
Aumento da geração, da qualidade do emprego e da
oportunidade de trabalho em condições de igualdade. Parte da mão-de-obra poderá ser recrutada e contratada mediante parceria com as instituições públicas de
renda nos demais municípios da área de influência, além Alta 39
intermediação de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho
de eunápolis
(SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e sistemas de intermediação municipais sob
responsabilidade das prefeituras, quando existentes.
Promover o treinamento e capacitação profissional de novos trabalhadores locais e regionais para que possam se inserir no empreendimento em análise, levando-
se em conta critérios de gênero, cor ou raça e deficiência. A capacitação profissional poderá ser desenvolvida em parceria com as instituições públicas de formação
e treinamento de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho
(SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e Sistema S, além das administrações municipais.
Na área de influência direta do empreendimento há unidades do SINEBAHIA nos municípios de Belmonte, Eunápolis, Itapebi, Itapetinga, Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália. Em todas elas são oferecidos serviços de Intermediação de Mão de Obra e de Qualificação Profissional. A maioria das unidades também oferece os
serviços de Seguro-Desemprego e emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, levando-se em conta critérios
de gênero, cor ou raça e deficiência. Não se trata de estabelecer cotas para mulheres, negros, indígenas e pessoas portadoras de necessidades especiais, mas
sim de internalizar no processo seletivo que existem barreiras e preconceitos no mercado de trabalho que costumam impedir que esses segmentos populacionais
disputem uma oportunidade de trabalho em condições de igualdade. Parte da mão-de-obra poderá ser recrutada e contratada mediante parceria com as
Aumento dos índices de geração de emprego e renda na
Alta 42 instituições públicas de intermediação de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de
área de influência
Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e sistemas de
intermediação municipais sob responsabilidade das prefeituras, quando existentes.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, levando-se em conta critérios
de gênero, cor ou raça e deficiência. Não se trata de estabelecer cotas para mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência, mas sim de internalizar no
processo seletivo que existem barreiras e preconceitos no mercado de trabalho que costumam impedir que esses segmentos populacionais disputem uma
oportunidade de trabalho em condições de igualdade. Parte da mão-de-obra poderá ser recrutada e contratada mediante parceria com as instituições públicas de
intermediação de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho
(SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e sistemas de intermediação municipais sob
responsabilidade das prefeituras, quando existentes.
Promover o treinamento e capacitação profissional de novos trabalhadores locais e regionais para que possam se inserir no empreendimento em análise, levando-
se em conta critérios de gênero, cor ou raça e deficiência. A capacitação profissional poderá ser desenvolvida em parceria com as instituições públicas de formação
e treinamento de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho
(SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e Sistema S, além dos Administrações
MunicipaisAdministrações Municipais. Na área de influência direta do empreendimento há unidades do SINEBAHIA nos municípios de Belmonte, Eunápolis,
Itapebi, Itapetinga, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Em todas elas são oferecidos serviços de Intermediação de Mão de Obra e de Qualificação Profissional. A
maioria das unidades também oferece os serviços de Seguro-Desemprego e emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Estabelecer parcerias com os governos municipal, estadual e federal para promover a elevação da escolaridade da população e dos trabalhadores, pari passu as
ações de treinamento e qualificação profissional, como forma de reduzir o descompasso existente entre os níveis de escolaridade/formação exigidos pelos postos
de trabalho que serão criados e os níveis de instrução da População Economicamente Ativa (PEA). Nessa vertente, se torna estratégico firmar parceria com a
Superintendência de Educação Profissional (SUPROF) da Secretaria de Educação do Estado da Bahia e com o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Estado da Bahia (IFET-BA).
O significativo contingente de 2.169 vagas que serão abertas para iniciantes abre espaço para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Em função do
Aumento dos níveis de geração de empregos temporários
Alta 42 tamanho da população jovem, da elevada taxa de desemprego juvenil (18,7% entre a população baiana de 18 a 24 anos de idade, no ano de 2009) e da
e renda na área de influência, estado da Bahia e Brasil
significativa proporção de adolescentes e jovens de 15 a 24 anos de idade que não estudam nem trabalham (19,0% na Bahia, em 2009) e, que, portanto, vivem
numa situação de enorme vulnerabilidade social, é recomendável que o empreendimento procure absorver ao máximo a população juvenil, sobretudo naquelas
vagas destinadas a iniciantes. Nesse contexto, é possível e extremamente recomendável estabelecer parcerias com os três níveis de governo (municipal, estadual
e federal), pois já existem diversos programas voltados para a inserção laboral juvenil – principalmente entre aqueles de maior vulnerabilidade social - que integram
capacitação profissional, elevação dos níveis de escolaridade e ações de valorização dos direitos humanos e da cidadania, conforme relação abaixo:
§ Programa Estadual de Inserção de Jovens no Mundo Trabalho – Trilha, desenvolvido pela Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte do Estado da Bahia
(SETRE). O programa é direcionado para jovens em situação de desemprego involuntário com idade entre 18 e 19 anos, que estejam cursando ou tenham
concluído o ensino médio na rede pública e que pertençam a uma família cadastrada no Programa Bolsa Família do Governo Federal. Alguns cursos possuem
duração de 350 horas (4 meses) e outros alcançam 600 horas (6 meses). É importante destacar que alguns cursos oferecidos abarcam formação técnica
diretamente associada às demandas do empreendimento Veracel II, sobretudo na fase de implantação, a exemplo de Construção Civil, Metal Mecânica, Agro-
Extrativismo, Meio Ambiente, Administração, Auxiliar de Escritório e Alimentação. É importante mencionar que ao final do ano de 2010 diversas turmas concluíram
os cursos, sendo que algumas nos municípios da área de influência direta a exemplo de Itapetinga (90 jovens foram certificados no curso de Agro-Extrativismo no
dia 22 de novembro) e Eunápolis (120 jovens certificados nos cursos de Administração e de Turismo).
§ Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM Trabalhador, concebido pelo Governo Federal, sendo que na Bahia, o programa está sendo implantado
por meio da SETRE em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para participar, é preciso que o jovem possua entre 18 e 29 anos de idade, esteja
em situação de desemprego, resida com famílias que possuam renda familiar per capita de até um salário mínimo e deve estar cursando ou ter concluído o ensino
fundamental, ou ainda que esteja cursando ou tenha concluído o ensino médio, mas sem estar cursando o ensino superior.
A parceria seria de suma importância na medida em que potencializará e promoverá sinergia entre os esforços de capacitação e ampliação da escolaridade juvenil
e alcançará, efetivamente, a inserção de parte desse segmento de jovens no mercado de trabalho, que se constitui na dimensão mais difícil de concretização dessa
modalidade de programas governamentais.
Desenvolver parcerias com o poder público e atrair investidores em infraestrutura de serviços de consumo coletivo, como forma de equalizar os problemas relativos ao
Disponibilização de infraestrutura e novos equipamentos Alta 42 aumento da demanda, decorrente do afluxo populacional para a área.
Divulgar periodicamente as categorias de serviços e materiais da cadeia produtiva da celulose para as entidades de classe locais e regionais;
Aumento da produção da silvicultura e ampliação do valor
Alta 42 Estimular as Prefeituras Municipais no desenvolvimento de planos de atratividade de empresas para a Área de Influfência Direta.
agregado do setor primário
Aquisição de bens e serviços periodicamente demandados pelo empreendimento junto às comunidades/fornecedores locais, a exemplo de alimentos para o refeitório e
fornecimento de refeições para os trabalhadores, priorizando as APALs.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, levando-se em conta critérios de
gênero, cor ou raça e deficiência. Não se trata de estabelecer cotas para mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência, mas sim de internalizar no processo
seletivo que existem barreiras e preconceitos no mercado de trabalho que costumam impedir que esses segmentos populacionais disputem uma oportunidade de trabalho
em condições de igualdade. Parte da mão-de-obra poderá ser recrutada e contratada mediante parceria com as instituições públicas de intermediação de mão-de-obra,
integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho,
Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e sistemas de intermediação municipais sob responsabilidade das prefeituras, quando existentes.
Aumento dos níveis de geração dos empregos permanentes
e renda e da qualidade dos empregos na área de influência, Alta 45
Promover o treinamento e capacitação profissional de novos trabalhadores locais e regionais para que possam se inserir no empreendimento em análise, levando-se em
na Bahia e no Brasil pela Base Florestal
conta critérios de gênero, cor ou raça e deficiência. A capacitação profissional poderá ser desenvolvida em parceria com as instituições públicas de formação e treinamento
de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) da
Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e Sistema S, além dos Administrações Municipais. Na área de influência direta
do empreendimento há unidades do SINEBAHIA nos municípios de Belmonte, Eunápolis, Itapebi, Itapetinga, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Em todas elas são
oferecidos serviços de Intermediação de Mão de Obra e de Qualificação Profissional. A maioria das unidades também oferece os serviços de Seguro-Desemprego e emissão
da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Priorizar a contratação de trabalhadores locais e regionais, principalmente aqueles que já trabalharam no empreendimento Veracel I, levando-se em conta critérios de
gênero, cor ou raça e deficiência. Não se trata de estabelecer cotas para mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência, mas sim de internalizar no processo
seletivo que existem barreiras e preconceitos no mercado de trabalho que costumam impedir que esses segmentos populacionais disputem uma oportunidade de trabalho
em condições de igualdade. Parte da mão-de-obra poderá ser recrutada e contratada mediante parceria com as instituições públicas de intermediação de mão-de-obra,
integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) da Secretaria do Trabalho,
Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e sistemas de intermediação municipais sob responsabilidade das prefeituras, quando existentes.
Aumento dos níveis de geração dos empregos permanentes
e renda e da qualidade dos empregos na área de influência, Alta 45 Promover o treinamento e capacitação profissional de novos trabalhadores locais e regionais para que possam se inserir no empreendimento em análise, levando-se em
Bahia e Brasil, pela operação da fábrica de celulose conta critérios de gênero, cor ou raça e deficiência. A capacitação profissional poderá ser desenvolvida em parceria com as instituições públicas de formação e treinamento
de mão-de-obra, integrantes do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda – a exemplo do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SINEBAHIA) da
Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE) do Governo do Estado da Bahia e Sistema S, além dos Administrações Municipais. Na área de influência direta
do empreendimento há unidades do SINEBAHIA nos municípios de Belmonte, Eunápolis, Itapebi, Itapetinga, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Em todas elas são
oferecidos serviços de Intermediação de Mão de Obra e de Qualificação Profissional. A maioria das unidades também oferece os serviços de Seguro-Desemprego e emissão
da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
As 87 oportunidades de trabalho que serão abertas para iniciantes, criam espaço para a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Em função do tamanho da população
jovem, da elevada taxa de desemprego juvenil (18,7% entre a população baiana de 18 a 24 anos de idade, no ano de 2009) e da significativa proporção de adolescentes e
jovens de 15 a 24 anos de idade que não estudam nem trabalham (19,0% na Bahia, em 2009) e, que, portanto, vivem numa situação de enorme vulnerabilidade social, é
recomendável que o empreendimento procure absorver ao máximo a população juvenil, sobretudo naquelas vagas destinadas a iniciantes. Nesse contexto, é possível e
extremamente recomendável estabelecer parcerias com os três níveis de governo (municipal, estadual e federal), pois já existem diversos programas voltados para a
inserção laboral juvenil – principalmente entre aqueles de maior vulnerabilidade social - que integram capacitação profissional, elevação dos níveis de escolaridade e ações
de valorização dos direitos humanos e da cidadania, conforme relação abaixo:
§ Programa Estadual de Inserção de Jovens no Mundo Trabalho – Trilha, desenvolvido pela Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte do Estado da Bahia
Aumento dos níveis de geração dos empregos permanentes (SETRE). O programa é direcionado para jovens em situação de desemprego involuntário com idade entre 18 e 19 anos, que estejam cursando ou tenham concluído o
e renda e da qualidade dos empregos na área de influência, Alta 45 ensino médio na rede pública e que pertençam a uma família cadastrada no Programa Bolsa Família do Governo Federal. Alguns cursos possuem duração de 350 horas (4
Bahia e Brasil, pela operação da fábrica de celulose meses) e outros alcançam 600 horas (6 meses).
§ Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM Trabalhador, concebido pelo Governo Federal, sendo que na Bahia, o programa está sendo implantado por meio
da SETRE em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para participar, é preciso que o jovem possua entre 18 e 29 anos de idade, esteja em situação de
desemprego, resida com famílias que possuam renda familiar per capita de até um salário mínimo e deve estar cursando ou ter concluído o ensino fundamental, ou ainda
que esteja cursando ou tenha concluído o ensino médio, mas sem estar cursando o ensino superior.
A parceria seria de suma importância na medida em que potencializará e promoverá sinergia entre os esforços de capacitação e ampliação da escolaridade juvenil e
alcançará, efetivamente, a inserção de parte desse segmento de jovens no mercado de trabalho, que se constitui na dimensão mais difícil de concretização dessa
modalidade de programas governamentais.
• Medida 5 (Maximizadora)
Firmar parcerias com o Sistema S e universidades da região com o intuito de identificar e formar arranjos produtivos potenciais para o aproveitamento de oportunidades
criadas pelo pleno funcionamento do empreendimento.
ATRAÇÃO EXCESSIVA DE TRABALHADORES EM BUSCA Elaboração de um programa de comunicação social para prestar esclarecimentos à população em geral. As ações desse Programa deverão informar antecipadamente o
DE OPORTUNIDADES DE EMPREGO NOS NÚCLEOS contingente de mão de obra a ser demandado e sua distribuição ao longo do período de construção da fábrica, o perfil das ocupações requeridas, as condições de
URBANOS VIZINHOS DA FÁBRICA DE CELULOSE contratação de mão-de-obra, além da dimensão do empreendimento e os seus possíveis desdobramentos na localidade. A medida irá inibir expectativas superestimadas
(BARROLÂNDIA E PONTO CENTRAL), DOS ALOJAMENTOS Alta -33 decorrentes da falta de informação precisa e confiável e, conseqüentemente, minimizará a atração de grandes fluxos de trabalhadores e as eventuais tensões sociais daí
DE TRABALHADORES E DOS MUNICÍPIOS DE ITAGIMIRIM, derivadas.
ITAPEBI, BELMONTE SANTA CRUZ CABRÁLIA, EUNÁPOLIS
E PORTO SEGURO. Reforçar a prestação de serviços públicos e a infra-estrutura urbana.
Aplicação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de forma unificada para as plantas industriais, atual e nova.
Aplicação de Plano de Gerenciamento de Resíduos para as atividades de implantação.
Incremento na geração de resíduos e efluentes Média -27 Manutenção do monitoramento do efluente da fábrica e da qualidade da água do Rio Jequitinhonha.
Para a nova fábrica, incorporar as boas práticas já consolidadas na gestão dos resíduos e efluentes na fábrica atual.
Executar as tarefas implantação da infraestrutura florestal, preparo do solo, plantio e manejo de acordo com o Programa de Conservação de Solo e Água
Inspecionar sazonalmente os talhões de eucalipto e estradas e controlar processos erosivos em desenvolvimento através de práticas mecânicas como
terraceamento, retirada de água de estradas e sua condução adequada até os talvegues, retirada da água impedindo sua concentração em sulcos em formação e seu
encaminhamento adequado até o talvegue mais próximo
Executar todas as práticas agrícolas respeitando as curvas de nível do terreno e implementar outras práticas vegetativas e mecânicas de conservação do solo e da
água como terraceamento, faixas vegetativas, entre outras. Projetar e construir as vias de acesso de forma que os maiores comprimentos sejam paralelos às curvas de nível
e implementar práticas de controle de erosão provocada por águas de escoamento superficial no interior das mesmas, principalmente:
Desenvolvimento de processos erosivos Alta -33
• Impedir a concentração de grandes volumes de água e a conduzi-las de forma adequada até os talvegues;
• Minimizar a altura dos taludes de corte e de aterro;
• Construir taludes com declividade compatível com a resistência do terreno;
• Vegetar os taludes de montante e jusante das estradas preferencialmente com gramíneas;
• Construir canaletas de pé e de topo dos taludes dotando-as de brita compactada, solocimento ou concreto em sua parte inferior.
• Evitar a implantação de vias de circulação com declividades elevadas.
• Reduzir o tempo de exposição do solo no seu preparo
Taxa de fecundidade: é estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o
fim de seu período reprodutivo.
O período em que mais trabalhadores estarão envolvidos nas obras será entre o 35º mês
(ou 9º após o começo da construção) até o 45º mês (ou 19º após o início da obra),
quando haverá 5.200 homens trabalhando. Muitos desses trabalhadores serão de outras
partes do Estado e do país e irão morar temporariamente nos alojamentos oferecidos pela
Veracel.
Por isso, é necessário tomar medidas para diminuir esses impactos, tais como:
Essas definições permitem compreender o motivo pelo qual existe uma preocupação
recorrente para muitos atores sociais com relação aos empreendimentos que se inserem
nas paisagens fazendo alterações extensas nas fitofisionomias nativas ou já
estabelecidas na região a ser ocupada.
O que será feito nas operações florestais para diminuir esse impacto?
Por quê? Essas medidas serão feita para que a unidade industrial seja abastecida com
eucalipto de maneira sustentável, ou seja, que não cause danos ao meio ambiente e ao
mesmo tempo tenha baixo custo e alta qualidade.
A empresa vai realizar palestras educativas, exposições e oficinas com temas voltados
para educação e conscientização das pessoas em relação à conservação da Mata
Atlântica e outros assuntos relacionados à proteção ambiental..
Por quê?
• Realizar informes periódicos nos rádios, Televisão, jornais, sites locais e da empresa
(www.veracel.com.br) e outros meios de comunicação sobre o empreendimento, seus
controles ambientais e programas de geração de emprego e renda. Divulgar o canal de
comunicação “Fale conosco”, disponível no site da empresa para receber os
questionamentos da comunidade;
• Promover a realização de visitas periódicas da comunidade às instalações da fábrica,
área florestal, Terminal Marítimo de Belmonte e Estação Veracel; Participação em
reuniões públicas para apresentação do empreendimento e conhecer as necessidade e
reivindicações da população;
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Uso do solo.
Por quê?
Por quê?
Será feito planejamento, recolhidas amostras de peixes e outros organismos que vivem
no rio e feitas analises em laboratório. Em seguida, os dados serão estudados e será feito
um relatório.
Por quê?
Patrimônio arqueológico
• Pesquisa arqueológica;
• Marcação dos sítios arqueológicos;
• Resgate de objetos arqueológicos (artefatos) encontrados nos sítios;
• Guarda dos artefatos resgatados;
• Educação a população sobre a importância da conservação patrimonial;
• Procedimentos legais.
Por quê?
Para estudar a área e identificar restos arqueológicos, saber quais sítios arqueológicos
vão ser afetados pelas obras e registrar a descoberta de novas ocorrências. O Programa
cumpre a legislação, e protege o patrimônio arqueológico. Sítio arqueológico é um local
ou grupo de locais onde ficaram preservados testemunhos e evidências de atividades do
passado histórico (pré-histórico ou não).
A qualidade do ar
Serão instalados instrumentos nas chaminés para medição contínua das emissões
atmosféricas, incluindo material particulado e odor.
Será mantida a rede de percepção de odor, formada por moradores das comunidades do
entorno da fábrica, que serão periodicamente treinados para reconhecer o odor da fábrica
e comunicar sobre essas ocorrências nas comunidades.
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Fauna e Vegetação.
• Animais nas áreas da empresa ou mesmo em estradas, não devem ser coletados,
molestados, atropelados, perseguidos e nem mortos, sejam eles peçonhentos ou não.
As orientações sobre as proibições acima também se aplicam a ninhos, ovos ou
filhotes de qualquer natureza;
• Se forem encontrados animais silvestres feridos por causa de armadilhas, será
chamada a área de meio ambiente florestal que fará os contatos com o IBAMA para
saber o que fazer;
• Se forem encontradas armadilhas para capturar animais silvestres ou domésticos em
áreas da empresa, a vigilância deve ser acionada para desarmar e recolher tais
apetrechos, solicitando emissão do respectivo Boletim de Ocorrências (BO).
CPM RT 097/11 202 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Por quê?
Por quê?
Patrimônio arqueológico
CPM RT 097/11 203 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00
Por quê?
Para preservar e proteger o patrimônio arqueológico para posterior estudo pelo IPHAN.
Sítio arqueológico é um local ou grupo de locais onde ficaram preservados testemunhos e
evidências de atividades do passado histórico (pré-histórico ou não).
• Sinalização Viária, realizado pela Veracel em uma gestão compartilhada com o DERBA
e o DNIT;
• Os motoristas dos veículos das Veracel serão capacitados em direção defensiva e
deverão obedecer à normas de segurança com relação ao modo de se portar no
trânsito
• Identificar os trechos das vias que precisam ser adequados para atender às
necessidades e particularidades do trânsito dos veículos e caminhões que servem à
Veracel e vizinhança.
• Realizar melhorias nas estradas que dão acesso as áreas da empresa, incluindo
alargamento do leito da via, terraplenagem, correção de curvas fechada etc.
• Aspersão de água nas vias de acesso e estradas não pavimentadas em pontos
prioritários, com o objetivo de minimizar o efeito dessas emissões sobre a população
local;
• Controle de máquinas e equipamentos, manutenção dos seus veículos para que estes
funcionem com seus motores regulados, visando minimizar a emissão de ruídos e de
gases de combustão.
• Comunicação Social visando informar, na fase de corte e transporte do eucalipto, as
alterações do trânsito que irão ocorrer. Serão conscientizadas quanto ao incremento do
tráfego viário, os cuidados que deverão adotar e também será divulgado em todos os
veículos e em placas específicas um número de telefone para contato, em caso de
ocorrência de alguma emergência.
Por quê?
Por quê?
11 EQUIPE TÉCNICA
Conheça os profissionais responsáveis por cada etapa deste estudo.
Revisão Técnica Marcio Luiz Pereira de Souza – Eng. Químico, Civil e Sanitarista
CREA-SP Nº 038540-D
Pesquisadora de campo – entrevistas e coleta de informações Terezinha de Jesus
Lima e Silva – Assistente Social e Lívia da Silva Mendes - Turismóloga
Usos da Água Danilo Gonçalves dos Santos Sobrinho - Engº. Sanitarista e Ambiental
CREA/BA 46.734/D e Sarah Rabelo Silva - Engª.Agrícola e Ambiental. Especialista em
Segurança, Meio Ambiente e Saúde. Mestranda em Engenharia Ambiental Urbana.
CREA/BA 47.102/D
Pedologia e Aptidão Agrícola dos Solos Marco Aurélio Costa Caiado – Eng. Agrônomo,
PhD. - CREA-ES Nº 3757-D/ES
Aptidão Agrícola dos solos Aladim Fernando Cerqueira – Agrônomo, M.Sc CREA-ES Nº
6332-D
Resíduos Sólidos
Resíduos Sólidos Marcio Luiz Pereira de Souza – Eng. Químico, Civil e Sanitarista
CREA-SP Nº 038540-D
CPM RT 097/11 208 RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
Abril/11 Ampliação da Fábrica e Base Florestal nos Municípios
de Belmonte, Canavieiras, Encruzilhada, Eunápolis,
Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Itapetinga,
Itarantim, Macarani, Maiquinique, Mascote, Porto
Seguro, Potiraguá, Santa Cruz de Cabrália,
Santa Luzia E Indústria de Celulose no
Município de Eunápolis e Belmonte, Na Bahia
Resolução CEPRAM nº 3.961 de 2009
Rev.00