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Introdução
recepção das obras sob o ponto de vista do mercado editorial -ainda que
que era a matéria e espaço da literatura. Surgem produções que articulam uma
maioria, que circulam dentre um grupo limitado, visto que a distribuição desses
Nas plásticas a busca por uma nova objetividade advinda das vanguardas e
lugar da galeria e museu, das fronteiras entre público e privado. Obras como
Tropicália (1967), de Oiticica -figura 1-, e Nós somos os propositores (1968), de
figura 1
figura 2
dos movimentos que emergiram nas referidas décadas, tal qual a pop art,
As três cadeiras (1965), de Joseph Kosuth (figura 3), que geram subversão
1
texto completo do livro-objeto:
"Nós somos os propositores: nós somos o molde, cabe a você soprar dentro
dele e o sentido da nossa existência.
Nós somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e chamamos você para que o
pensamento viva através de sua ação.
Nós somos os propositores: não lhe propomos nem o passado nem o futuro, mas o agora."
figura 3
semelhante à realizada por
e expandido.2
As artes e os artistas
nacionais não mais trabalham com a noção de um projeto único capaz de,
produção contemporânea.
2
ARCHER, Michael Arte Contemporânea: Uma história Concisa.São Paulo: Martins Fontes, 2012. p.59
3
Idéia presente na obra de Alois Riegl presente em Conceitos Fundamentais da história da arte: O
problema da evolução dos estilos na arte mais recente. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
4
termo desenvolvido por Clement Greenberg em Pintura modernista, 1961.
contemporânea, novas dimensões pela constante decomposição das certezas,
A arte passa a ocupar um novo espaço e acaba por realizar um novo tipo de
mas sim como espaço/tempo do poder terrorista dos mídia, dos signos e da
cultura dominante.5
5BAUDRILLARD, Jean Kool Killer ou a insurreição pelos signos In: Revista Cinema/Cine
olho, n. 5, jul/ago 1979.
que diz respeito às abordagens interdisciplinares entre poesia e artes plásticas,
outros como:
que decompõem o
poema e sua imagem,
bem como o
procedimento de
análise literária que,
por muitas vezes,
desarticula e observa
separadamente cada
verso, colocando-o,
figura 5 por sua vez, no lugar
da própria pulsão-vida do leitor e do poeta -lugares esses que se mesclam pela
postura adotada pelo eu lírico -, similares a obras como True Rouge (1997), de
Tunga (imagem 5), que, ao mesclar tons de vermelho e objetos do cotidiano,
cria a sensação de mal estar e proximidade, de algo que em si, apesar de
familiar, se rompeu, ou perdeu, como, também, nos versos é como voltar e
achar as crianças crescidas, e sentar na varanda para trocar pensamentos e
memórias de um tempo que passou.
Em artistas outros, como Mira Schendel ou Cy Twombly, a junção de símbolos
práticas formais.
Objetivos
Metodologia
BARROS, Maria Lúcia de, Atrás dos olhos pardos: uma leitura da poesia de
BOSI, Viviana. Tal ser, tal forma: comentários a textos inéditos de Ana Cristina
Fontes, 2005.
CESAR, Ana Cristina A teus pés prosa/poesia. Instituto Moreira Salles. SP:
Ática, 1998.
1999
2003.
Portátil, 2014.