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DEMOCRACIA LIBERAL,
NEOLIBERALISMO,
GLOBALIZAÇÃO:
CAMINHOS DEFINITIVOS
E ÚNICOS DO PROGRESSO
OU
ESTRATÉGIAS DE DOMÍNIO
MUNDIAL
EM PROVEITO DE POUCOS?
1
Copyright © 2002 by Jorge Boaventura
Digitação: Antônio César Caldas Pinto
2002
Impresso no Brasil
2
ÍNDICE
PREFÁCIO 07
DEDICATÓRIA 09
CAPÍTULO I
REALIDADES QUE APARÊNCIAS MASCARAM
E OCULTAM 15
CAPÍTULO II
HOMEOSTASE CIVILIZACIONAL: O SURGIMENTO, JÁ
MUITO PRÓXIMO, DE UMA NOVA CIVILIZAÇÃO, SOBRE
OS ESCOMBROS DA NOSSA 25
CAPÍTULO III
RESUMO DESCRITIVO DE ASPECTOS FUNDAMENTAIS
DA REALIDADE CONTEMPORÂNEA 35
CAPÍTULO IV
COM EXEMPLOS DE INVERDADES POSTAS EM CURSO
3
DE VERDADES OCULTADAS DA OPINIÃO PÚBLICA 71
4.1 — O MERCADO 72
4.2 — A QUESTÃO DO PADRÃO MONETÁRIO
INTERNACIONAL 74
4.3 — O TANTAS VEZES ALEGADO AMOR AO QUE
DENOMINAM DEMOCRACIA 77
4.4 — A CAMPANHA CONTRA AS FORÇAS ARMADAS.
SUA MOTIVAÇÃO E SEU SIGNIFICADO 80
4.5 — AS ONGS, SUA MISTERIOSA PROLIFERAÇÃO E A
CONTRADIÇÃO QUE REPRESENTAM 83
4.6 — AS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS DE NOTÍCIAS 85
4.7 — A “IDADE DAS TREVAS 87
4.8 — O “RENASCIMENTO 93
4.9 — A DEMOCRACIA NASCEU NA GRÉCIA 102
4.10 — A TEORIA DA EVOLUÇÃO 109
CAPÍTULO V
IDÉIAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS A SEREM
DESTACADOS ANTES DE PROSSEGUIR 115
CAPÍTULO VI
ALGUNS ASPECTOS VERDADEIRAMENTE
SURPREENDENTES DA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA 125
4
CAPÍTULO VII
A CIÊNCIA ATUAL NOS LEVA À CONCLUSÃO DA
EXISTÊNCIA DE UM DOMÍNIO QUE NÃO CORRESPONDE
AO QUE NÃO É, AINDA, CONHECIDO, MAS AO QUE NÃO
É CONHECÍVEL 139
CAPÍTULO VIII
EXISTIRÃO O ACASO E O CAOS? 151
CAPÍTULO IX
UM HIATO HISTÓRICO QUE NÃO EXISTIU, MAS
PREVALECEU, COMO INDÍCIO CLARO DE MANIPULAÇÃO
DE INFORMAÇÕES 157
CAPÍTULO X
A QUESTÃO DO DIREITO NATURAL 171
CAPÍTULO XI
QUAIS SÃO OS CONTROLADORES DO “MOTOR DE
EFICÁCIA HISTÓRICA”, QUAL A ORIGEM
DA SUA POTÊNCIA E QUAIS SÃO
OS FATORES QUE A INTEGRAM 179
CAPÍTULO XII
O QUE FAZER, ENTÃO? 189
POSFÁCIO 209
BIBLIOGRAFIA 213
5
6
PREFÁCIO
7
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
implicações.
Não me cabe, nem seria próprio ou factível,
antecipá-las. Insisto, porém, no caráter surpreendentemente
revelador das mesmas. E faço, também, questão de sublinhar que,
quanto lhe esteve ao alcance, o autor procurou expressar-se
sempre, mesmo quando argumenta dentro das mais avançadas
fronteiras da ciência moderna, em linguagem acessível à
compreensão do leitor, ainda que não especializado naquele
domínio. Da mesma maneira, no que se refere aos argumentos de
natureza sociológica, filosófica ou econômica.
Creio, também, ser de justiça, louvar a iniciativa
dos editores em dar a lume obra tão revolucionária e polêmica
prestando, assim, um serviço inestimável ao que, ao menos eu,
suponho seja a verdade, e aos interesses da nossa gente e de
quantos venham a tomar conhecimento da obra que se resolveram
a editar.
Creio, ainda, que devo confessar a minha
satisfação ao verificar que Jorge Boaventura, que acredito um
dos mais profundos e sérios pensadores da atualidade brasileira,
cujo pensamento tantos têm feito o possível para que não se difunda
e seja adequadamente conhecido, a despeito de tudo, não cedeu à
tentação que o meu saudoso avô, conselheiro Ruy-Barbosa,
expressou nas seguintes palavras: “De tanto ver triunfar as
nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer
a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos
maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.”
Jorge Boaventura persevera no bom combate. E,
com a edição desta obra, presta mais um serviço, ao mesmo tempo
em que o seu surgimento comprova que nem tudo está perdido e
que, espero, além dele, muitos mantenham a chama da esperança
e do amor ao que pareça verdadeiro à luz das suas consciências.
João Valentin Ruy-Barbosa
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DEDICATÓRIA
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
O Autor.
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ESCLARECIMENTO PRELIMINAR
INDISPENSÁVEL
Parece muito evidente um paradoxo que marca os
dias que vivemos nesta transição de século e de milênio: a par de
extraordinários e cada vez mais acelerados progressos da Ciência
e da Tecnologia, a permanência de brutais desigualdades entre os
homens e as nações, ao mesmo tempo em que se eternizam, e em
muitos casos se agravam, áreas de conflitos que vêm sacrificando
milhões de vidas, seja pela ação direta de armas de destruição que
na maioria dos casos os litigantes não produzem, seja pela fome,
endêmica ou aguda, que vitima mulheres e homens, adultos e
crianças, circunstâncias indicativas da presença de ignorância e
barbárie.
É que, segundo nos parece e submetemos à
consideração pela inteligência e, sobretudo, pela consciência do
leitor, — aquela voz que nunca deixa de falar-nos no íntimo, ainda
que, muitas vezes, quase inaudível, diante de fatores e estímulos
que nos tornam pouco menos que surdos em relação a ela, — na
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1
MOON, Sun Myung Rev. Dr. – Princípio Divino, Ed. Associação do Espírito Santo
para a unificação do Cristianismo Mundial – 1977.
Esclarecimento Preliminar Indispensável
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
Teresópolis, 02/01/2001
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CAPÍTULO I
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo I - Realidades que Aparências Mascaram e Ocultam
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1
LANGER, Susanne K. – Ensaios Filosóficos, Ed. Cultrix – 1971.
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*
Uma das causas da fácil propagação do uso de drogas entre os jovens. (NA)
Capítulo I - Realidades que Aparências Mascaram e Ocultam
2
19
GUÉNON, René – La Crisis del Mondo Moderno, Ed. Huenul, B.Aires – 1966.
*
Observar a coincidência do período histórico, com o que está assinalado em nosso texto. (N.A.)
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Capítulo I - Realidades que Aparências Mascaram e Ocultam
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Capítulo I - Realidades que Aparências Mascaram e Ocultam
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CAPÍTULO II
HOMEOSTASE CIVILIZACIONAL:
O SURGIMENTO, JÁ MUITO PRÓXIMO,
DE UMA NOVA CIVILIZAÇÃO, SOBRE OS
ESCOMBROS DA NOSSA
2.1 — O SENTIDO GENÉRICO DO CONCEITO DE
HOMEOSTASE
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Capítulo II - Homeostase Civilizacional: O Surgimento,
já muito próximo, de uma Nova Civilização, sobre os Escombros da Nossa
todos sabemos.
Dentro da mesma ignorância acerca de realidade
que não se detiveram para identificar, lançaram-se igualmente à
exploração dos recursos energéticos disponíveis — o carvão,
primeiro, a que logo se seguiu o petróleo. Ambos, como se sabe,
esgotáveis e sem perspectivas práticas de reposição. Ávidos,
exploraram-nos a ponto de, agora, já se configurar o fantasma do
seu esgotamento sendo que, no caso de outros recursos não
renováveis, como minérios de fundamental importância industrial,
de há muito passaram a buscar suprimento e reservas para o futuro,
pela prática, ostensiva ou não, do imperialismo. É que as atividades
extrativas predatórias a que nos estamos referindo, foram levadas
a cabo, de certo ponto de vista, de maneira competente,
impulsionando o progresso material que passaram a comandar os
que as praticavam, e que constituem, hoje, o chamado Primeiro
Mundo. Da mesma maneira, têm eles todas as razões para se
preocuparem com as fontes hídricas de energia cujo teto, na maioria
deles, já alcançado, tem resultado no emprego de reatores nucleares.
Estes, entretanto, apresentam o problema dos rejeitos, ou “lixo”,
nos quais estão presentes perigosos elementos radioativos, cuja
meia-vida conta-se por milhares de anos. Não bastassem esses
motivos de preocupação, têm eles, ainda, o consistente na
perspectiva da escassez de água potável, vislumbrável em projeções
a cada dia mais inquietantes. Por tudo isso, e considerando que em
nossa pátria possuímos cerca de 16% da água potável do planeta;
considerando a variada e colossal riqueza mineral que possuímos;
a fantástica riqueza da biodiversidade, possivelmente a maior do
mundo; o fato de termos uma área insolada por tempo maior do
que a de qualquer outro país, parece-nos incompreensível, para
não dizer claramente suspeita, a nossa abstinência em fazer valer
a nossa posição nas negociações internacionais nas quais, quase
sempre, nos temos mantido em atitude de clara e melancólica —
para não dizer vergonhosa — subserviência. Haverá exagero na
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Capítulo II - Homeostase Civilizacional: O Surgimento,
já muito próximo, de uma Nova Civilização, sobre os Escombros da Nossa
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integrar-se.
Pois bem, acrescentaremos agora que os homens
são, sobretudo, seres espirituais — não necessariamente no sentido
religioso. E que, por isso, serão tanto mais livres, quanto maior o
espaço alcançado pelas ideações criadas por suas mentes. Tais
ideações, e os sentimentos que desencadeiam, disciplinam e
alimentam o comportamento individual, no sentido da manutenção
e do aperfeiçoamento não descaracterizador do formato
civilizacional, são inquestionavelmente dependentes — e, portanto,
o “envolvimento” em que se constituem — da sua fonte
alimentadora, insubstituível em termos de confiabilidade e eficácia,
que é sempre, quaisquer que sejam as feições que assuma, a
instituição familiar. Essa instituição em nossa civilização está em
crise galopante, conforme indicam as estatísticas. Em vários países
do chamado Primeiro Mundo, as uniões conjugais estabelecidas
legalmente estão mostrando uma duração média inferior a três anos
e meio. Menor, portanto, do que a necessária à individuação. O
que dizer, portanto, do envolvimento? Basta observar o que vem
ocorrendo no mundo, em termos de insegurança, de violência, de
degradação de costumes, em um quadro em que, no Primeiro
Mundo, algumas sociedades estão refertas de bens materiais, mas
indigentes espiritualmente falando, ao menos em termos dos
alicerces dos quais se originou a nossa civilização. Há como que
uma cinificação crescente, possibilitada pelas bases institucionais
fundadas em liberalismo que, no fundo, assenta em uma postura
de naturalismo agnóstico * antagônico do que decorreria da
aceitação coerente dos valores sobre os quais nasceu e desenvolveu-
se a nossa civilização. Como, porém, o caos realmente não existe,
sendo sempre prenunciador do surgimento de uma nova ordem,
superior à que a antecede — segundo foi suscitado pelo prêmio
Nobel Ilya Prigogine — parece-nos, realmente em rápida
aproximação, uma nova civilização sobre os escombros desta. E o
futuro próximo, anterior ao surgimento daquela nova ordem,
30
*
Assunto que pretendemos discutir mais adiante nesta obra. (N.A.)
Capítulo II - Homeostase Civilizacional: O Surgimento,
já muito próximo, de uma Nova Civilização, sobre os Escombros da Nossa
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Capítulo II - Homeostase Civilizacional: O Surgimento,
já muito próximo, de uma Nova Civilização, sobre os Escombros da Nossa
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CAPÍTULO III
RESUMO DESCRITIVO
DE ASPECTOS FUNDAMENTAIS
DA REALIDADE CONTEMPORÂNEA
3.1 — REMOVENDO OBSTÁCULOS
Em nosso “Esclarecimento preliminar
indispensável”, fizemos menção à existência de equívocos
promovidos e transformados em verdadeiras superstições pelos
interesses que os engendraram e os alimentam com sucesso, a
despeito dos frutos nefastos que, desde há muito, têm produzido.
Trata-se do fenômeno mencionado por Michael Novak em sua obra
“O Espírito do Capitalismo Democrático”, segundo o qual idéias,
no mundo moderno, podem prevalecer sobre realidades concretas,
mesmo quando estas as desmintam frontalmente. Refere-se o autor
ao formidável poder da mídia e das técnicas de comunicação, cada
vez mais sofisticadas, de que pode dispor e cuja eficácia, dizemos
nós, cresce na medida em que as sociedades, esvaziadas da crença
em valores permanentes, entregam-se, ainda que sem percebê-lo,
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
Hoje substituído pelo neoliberalismo e a globalização. (N.A.)
*
Assunto, aliás, tratado em trabalho. deste autor, editado na série “Tema Atual”, pela coragem e honestidade editorial
de –“PRESENÇA”, sob o titulo: “Posição do Marxismo no Processo Cultural do Ocidente”.(N.A.)
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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NOVAK, Michael – O Espírito do Capitalismo Democrático.
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
São os “dogmas laicos” a que se refere Guénon. (N.A.)
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
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*
Para nossa honra, prefaciada pelo grande Gilberto Freyre. (N.A.)
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*
Curiosa mudança de avaliação. (N.A.)
Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
O assinalado é factual, reconhecendo o autor que nem todos podem ou são obrigados
a aceitar a validade daqueles valores originários ou de suas fontes. (N.A.)
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
Pela sua grande importância, estamos voltando a ele novamente. (N.A.)
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Contemporânea
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*
Na interpretação do mosaismo. (N.A.)
Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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TOYNBEE, Arnold – Sociedade do Futuro, Ed. Zahar, 2a ed.
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
Daí, do ponto de vista da ética cristã, a precedência do trabalho sobre o capital. (N.A.)
Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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3
FADDEN, Charles J. Mac Dr – Filosofia do Comunismo, Ed. União Gráfica, Lisboa.
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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CARTA ENCÍCLICA LEÃO XIII – Libertas, Ed. Paulinas.
5
CARTA ENCÍCLICA LEÃO XIII – Rerum Novarum, Ed. Paulinas.
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
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Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
Por intermédio, exatamente, de um golpe militar, fato que não é posto em realce pelos que, influenciados pelos
“dogmas laicos”, a que se referiu Guenón, os fulminam hoje, por definição e em qualquer caso. (N.A.)
Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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*
Implantação defendida pela maioria dos que, hoje no poder, apresentam-se como
democratas perseguidos por “negra e sanguinária ditadura militar”... (N.A.)
Capítulo III - Resumo Descritivo de Aspectos Fundamentais da Realidade
Contemporânea
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4.1 — O MERCADO
O leitor, com toda certeza, conhece e tem sentido a
presença, cada vez mais despótica e mais acentuada de um certo
Sr. Mercado, do qual, diga-se de passagem, ninguém conhece o
endereço, o CPF ou o telefone, o fax ou o endereço eletrônico,
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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*
E várias outras observações, altamente preocupantes poderiam ser feitas. Deixamos de registra-las
para não sermos mais extensos do que o estritamente indispensável. (N.A.)
Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
77
*
Das quais trataremos mais adiante, ainda neste capítulo. (N.A.)
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
temos referido.
Mas a manipulação da opinião pública, pela desinformação ou pela
sonegação de informações, leva ainda a maioria a não se dar conta
de que o objetivo de impor o que chamam de democracia, não se
faz acompanhar de qualquer coerência. Não parecem sociedades
classificáveis como democráticas, segundo a ótica dos detentores
do tacape, países como a Arábia Saudita, ou como a China
Continental. Ambos objetos do maior respeito e carinho daqueles,
digamos, “democratas”. A primeira, por flutuar em um mar de
petróleo, sob o controle das chamadas “sete irmãs” e, por isto
mesmo, não se importam os “defensores da democracia”, que ali
impere um regime de monarquia absoluta e que, segundo suas leis,
o simples furto de uma fruta leva o autor do delito a ter a mão
direita amputada — o que, positivamente, não parece coincidir
com acendrado amor aos direitos humanos, dos manipuladores do
tacape, tão presente em outros casos. Quanto à China Continental,
cujo chefe de governo era recebido em Washington, com tapete
vermelho e a mais risonha cordialidade, ao mesmo tempo em que
era massacrada a Sérvia, inclusive, segundo se noticia agora, com
o uso de explosivos preparados tendo como componentes alguns
resíduos ricos em urânio, encontráveis no chamado “lixo nuclear”,
quanto à China, dizíamos, representa um mercado — e aí está a
explicação do carinho a ela manifestado — de mais de um bilhão
de consumidores, além de colossal contingente de mão de obra
comparativamente baratíssima...*
Os fatos que estamos oferecendo à consideração do
leitor aparecem em “flashes” desconectados na mídia, além de
truncados e insuficientes, e nunca sob o enfoque que, neste
momento, estamos submetendo à análise pela inteligência e pela
consciência do leitor.
A apreensão do sentido fundamental representado
pelo império real da lei do mais forte serve também à compreensão
do verdadeiro objetivo da campanha que, de maneira sistemática,
79
*
Neste momento, surgem indícios, veementes, de que os controladores do “motor”, os quais, segundo pensamos, montaram e desmontaram
a União Soviética, desconfiados de que Beijing está se preparando para recalcitrar, estão providenciando a eventual, e temerária,
desmontagem da China. (N.A.)
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
que era conhecido como José “Pepe” Filgueres, para que se torne
claro o que, com respeito àquele país e a certas peculiaridades
suas, quisemos dizer.
Por outro lado, em virtude mesmo da gênese que
lhes atribuímos, as Forças Armadas de qualquer país, representam
instituições de tendência conservadora, e são instruídas e
doutrinadas no sentido de terem como sua missão fundamental, a
defesa das instituições e da soberania nacionais. E é daí, dessa
noção de que lhes incumbe defender a soberania nacional, que
vem a especial hostilidade que lhes é dedicada pelos que, no
momento atual, impulsionam o que denominam como
neoliberalismo e globalização. Percebe o leitor que, de nenhuma
maneira, estamos nos referindo às pessoas que integram as Forças
Armadas, mas sim à gênese dessas instituições e ao papel que, em
virtude dela, lhes incumbe. Aquelas pessoas podem ser boas ou
más, excelentes ou péssimas, e suas lideranças podem ser mais ou
menos fiéis a natureza da sua missão. Nada disso alterará, no que
respeita à gênese e ao papel que lhes incumbe desempenhar, o que
foi dito acima.
E agora endereçamos à inteligência do leitor a
pergunta: Em um mundo em que o cenário internacional vive,
evidente e indiscutivelmente, sob a lei do mais forte; e em um país
como o nosso, em que superabundam riquezas que começam a
escassear, ou são inexistentes, em outros países que manejam, como
têm manifestamente manejado, o tacape, será inteligente
enfraquecer as Forças Armadas, pela carência de meios materiais
indispensáveis ao cumprimento eficaz da missão básica que lhes
está afeta e pela campanha sistemática, ainda que geralmente sutil,
visando a desacreditá-las perante a opinião pública, como vem
sendo feito entre nós e em outros países, pela insaciável cobiça
dos defensores da “democracia” e dos “direitos humanos”? Ou
trata-se de lesão a interesses fundamentais da Nação, e não
simplesmente do Estado ou, ainda menos, de tais ou quais
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*
Visão Cristã da Economia que veio a ser abandonada sobretudo por influência de Adam Smith, na obra em que ele
desvinculou a Filosofia moral da Economia em sua célebre obra “Inquiry on the Causes of the Wealth of the Nations”,
já na idade moderna.(N.A.)
Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
clássica, foi São Tomás de Aquino; que São Luís não foi outro
senão Luiz IX, Rei de França; que São Fernando foi o Rei Fernando
III, de Espanha; que Santa Adelaide foi esposa do imperador Oto,
o Grande, a quem substituiu no poder, por alguns anos, após sua
morte — todos medievais. E, para não tornar demasiadamente
extensa esta lista, como exemplo de “barbárie”, da “brutalidade” e
da “perversidade” medievais, podemos citar São Francisco de
Assis!* Não acha, assim, o leitor, que têm zombado e desrespeitado
demais a nossa inteligência, os que controlam a propaganda,
fazendo incluir, até em compêndios escolares, tão flagrantes
falsificações da verdade? Pois, na mesma medida, impingem-nos
outras mentiras, das quais ainda daremos exemplos, no tópico que
irá seguir-se.
Em tempo: não queremos significar que o vasto
período medieval não teve falhas e erros gravíssimos. Nem que
deva ser restaurado hoje, o que seria impraticável por muitas razões.
Mas aviltá-lo como tem sido aviltado é um desrespeito que cumpre
desmascarar e com cujo desrespeito não concordam, repitamos,
os medievalistas, em nenhuma parte do mundo.
4.8 — O “RENASCIMENTO”
Como já tivemos a oportunidade de assinalar
anteriormente, é de fato surpreendente, para não dizer espantosa,
a facilidade com que, no ocidente que, ao menos oficialmente,
continua a declarar-se cristão, aceita-se e difunde-se a idéia de que
o período da História em que o cristianismo teve, sem sombra de
dúvida, maior influência na avaliação da criatura humana, da sua
natureza e do seu destino — com as projeções e conseqüências
sociais e políticas fáceis de depreender — foi um período de negras
trevas. Diga-se de passagem, que não estamos tentando insinuar a
idéia de que todos devam ser cristãos, ou, sequer, a de que todos
tenham uma convicção de natureza transcendentalista e religiosa.
Assinalamos, isto sim, o absurdo que se contém na referida
93
*
Em “Os Sofrimentos e o Caos deste Final de Século”, ed. Presença, deste autor, bem como em outras obras, das
quais algumas figurarão na bibliografia final deste livro, o leitor poderá encontrar outras e surpreendentes informações
sobre o período medieval. (N.A.)
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
95
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
proveio.
Por via de conseqüência, intérpretes considerados
idôneos do referido texto passam a ter, também autoridade.
Vejamos, entretanto, ainda algumas opiniões do autor que estamos
citando: ... “soprava sobre o mundo ocidental uma fresca aragem
de inquietação. Suas conseqüências foram múltiplas. Mas,
fundamentalmente, todas elas se achavam vinculadas ao nosso
próprio planeta, sua amplitude e beleza, e as possibilidades de uma
vida melhor em sua superfície. Havia muitos motivos para esta
evolução do interesse do homem, do céu que se cria estar lá em
cima, para a terra que sabia achar-se em torno dele”.
... “todas estas coisas tocaram de modo profundo o
homem europeu. A beleza da carne e da paisagem florescia na
pintura. Os navios europeus sulcavam os mares de todo mundo.
Saíram os homens a procura de uma vida melhor nas novas terras,
começando a desejar vida melhor já nesta terra, em vez de só no
céu.
... “Queriam os homens explorar todo o alcance da
sua inteligência”.
Como pode ver o leitor, o autor insuspeito de que
acabamos de fazer algumas citações, deixa entrever nelas que,
realmente, o chamado Renascimento trouxe a marca da
reintrodução no ocidente, de disposições e tendências mais próprias
do paganismo vigente na denominada antigüidade clássica, do que
do fundamentalismo cristão, em vigor no período mais
característico do medievo. E dizemos insuspeito o autor que
estamos citando, não apenas por tratar-se de um liberal confesso,
como por ter, na mesma obra a que estamos recorrendo e referindo-
se à encíclica “Immortale Dei”, na qual Leão XIII profliga o que
chamou de “princípios modernos de liberdade desenfreada”, como
igualmente condena que em tal sociedade “a autoridade é apenas a
vontade do povo”, afirmado que os princípios que Leão XIII
condena “são exatamente aqueles em que cremos tão
96
Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
103
1
ARISTÓTELES – Politique, Ed. du Seuil - Paris
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
106
2
LATAPIÉ, Eugênio – Consideraciones sobre la Democracia,
Ed. Afrodisio Aguado – Madrid, 1965.
Capítulo IV - Com Exemplos de Inverdades Postas
em Curso e de Verdades Ocultadas da Opinião Pública
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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114
CAPÍTULO V
116
Capítulo V - Idéias e Conceitos Fundamentais a serem Descartados antes de Prosseguir
117
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo V - Idéias e Conceitos Fundamentais a serem Descartados antes de Prosseguir
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Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
destina.
Por isso, talvez, é que John Salisbury, reportando-
se à liberdade, a qualificou como o mais nobre dos ideais, à exceção
da virtude, se é, continuou ele, que se pode falar de liberdade na
ausência da virtude, ou pode-se falar desta na ausência da liberdade.
John Salisbury, sacerdote católico do período medieval, latinista
ilustre que, transferido para a França, chegou a bispo da diocese
de Chartres, resumiu assim o sentido finalista que, na conformidade
da visão cristã, deve ter o exercício da liberdade, que não pode
corresponder, como já o dissemos anteriormente, a uma espécie
de carta sem destinatário e, na verdade, sem conteúdo logicamente
inteligível.
120
* Cabe aqui recomendar ao leitor que observe como, nas notas de dólares americanos, no sinete correspondente ao
Departamento do Tesouro, em pequeninos algarismos, figura a data 1789, quando a Declaração da Independência
dos EUA é de 1776. Mas foi com a Revolução Francesa, de 1789, que se tornou possível o art. 6º da “Declaração
Universal dos Direitos dos Homens e dos Cidadãos” que desvinculou a nossa civilização de suas bases culturais...(N.A.)
Capítulo V - Idéias e Conceitos Fundamentais a serem Descartados antes de Prosseguir
exercício, que, como já foi dito, deve ter, em nossa cultura, sentido
finalista e comprometido com a virtude. E, não apenas vem
confundindo coisas tão sérias, como vem tentando impor a
confusão, e já a esta altura pelo uso da coação e da força explícita
e brutal, como reiteradamente tem acontecido nos dias estranhos,
estranhíssimos, que estamos vivendo.
Têm-lhes servido de pretextos, especialmente, as
alegações de que o fazem para defender os direitos humanos.
Quando se referem a esses direitos, entretanto, fazem-no, não no
sentido em que os seres humanos são conceituados na
conformidade das nossas raízes culturais, mas no sentido que
resulta da sua desvinculação daquelas raízes, em uma espécie de
volta à visão de Protágoras, que pretendia o homem como medida
de todas as coisas. Ou, em comparação mais recente, com a que
predominou como marca do Iluminismo e do Racionalismo e surgiu
triunfante, no plano político-institucional, no artigo 6º da
Declaração dos Direitos dos Homens e dos Cidadãos, promulgada
pela Assembléia Nacional Francesa, em 1791. No referido artigo,
estabelecia-se, como foi visto anteriormente, que “A lei é a
expressão da vontade geral.”* com isto, repitamos, desvinculava-
se o ser humano de compromissos com qualquer coisa fora do
âmbito de sua própria capacidade, elidindo-se a necessidade do
reconhecimento e prevalência de um referencial fixo de conteúdo
axiológico, passando tudo a depender da vontade de legisladores,
vontade, como também já vimos, volúvel e influenciável
predominantemente pelos detentores dos meios hábeis para a
realização do referido predomínio.
O desvio frontal em relação ao que é o ser humano
na conformidade das nossas origens culturais é tão flagrante, e os
seus perigos tão grandes, que Jean Madiran, um pensador católico
contemporâneo, o considerou de conseqüências maiores sobre a
civilização moderna do que o emprego da pólvora, a invenção da
imprensa e o cisma do cristianismo ocidental, resultante da Reforma
121
*
Os interesses que, por detrás do pano, comandaram os acontecimentos, revelam-se claramente no art. 17, o último
da citada “Declaração”, na qual a propriedade particular é classificada como “sagrada”, não podendo ser desrespeitada,
a não ser por motivo de grave ameaça à segurança pública e, ainda assim, por intermédio de prévia e justa indenização.
(N.A.)
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
122
* E marcou a desvinculação do processo civilizatório a que pertencemos, de suas bases
culturais. (N.A.)
Capítulo V - Idéias e Conceitos Fundamentais a serem Descartados antes de Prosseguir
123
*
Praticados, não algumas vezes, mas bilhões e bilhões de vezes, ao longo de séculos e
séculos. (N.A.)
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
124
CAPÍTULO VI
ALGUNS ASPECTOS
VERDADEIRAMENTE
SURPREENDENTES DA CIÊNCIA
CONTEMPORÂNEA
No final do capítulo anterior, fizemos referência à
interconversibilidade entre matéria e energia, decorrência da teoria
da relatividade restrita, formulada por Albert Einstein, ainda no
primeiro quartel do século passado. A ela, e à fórmula que a
exprime, E=mc2, na qual “E” é energia, “m” é massa, e “c” é a
velocidade da luz, da ordem de 300.000 quilômetros por segundo,
chegou o grande cientista, por intermédio de elaboração teórica,
confirmada mais adiante por investigações experimentais. De resto,
chegou ele, também, a outras conclusões surpreendentes, como a
de que o tempo depende do referencial em que seja considerado,
125
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
126
Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
127
*
Porque, como se sabe, o quociente da divisão por zero é igual ao infinito.(N.A.)
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
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Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
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Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
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Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo VI - Alguns Aspectos Verdadeiramente Surpreendentes da Ciência
Contemporânea
137
138
CAPÍTULO VII
139
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
140
Capítulo VII - A Ciência Atual nos Leva à Conclusão da Existência de um Domínio que
não Corresponde ao que não é, ainda, conhecido, mas ao que não é conhecível
141
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
142
Capítulo VII - A Ciência Atual nos Leva à Conclusão da Existência de um Domínio que
não Corresponde ao que não é, ainda, conhecido, mas ao que não é conhecível
143
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo VII - A Ciência Atual nos Leva à Conclusão da Existência de um Domínio que
não Corresponde ao que não é, ainda, conhecido, mas ao que não é conhecível
145
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
146
*
Grifos a concepções extremamente importantes. (N.A.)
1
GUITTON, Jean – Deus e a Ciência, Ed. Editorial Notícias – Lisboa, 1992.
Capítulo VII - A Ciência Atual nos Leva à Conclusão da Existência de um Domínio que
não Corresponde ao que não é, ainda, conhecido, mas ao que não é conhecível
147
*
A simetria perfeita a que se referem os físicos é a situação que corresponde à
indiferenciação das quatro forças básicas, a que foi feita referência no texto. (N.A.)
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
148
Capítulo VII - A Ciência Atual nos Leva à Conclusão da Existência de um Domínio que
não Corresponde ao que não é, ainda, conhecido, mas ao que não é conhecível
149
150
CAPÍTULO VIII
EXISTIRÃO O ACASO E O CAOS?
Chegamos, agora, à oportunidade de voltar às
descobertas e idéias já mencionadas no capítulo anterior, ao menos
pela menção de seus inspiradores e construtores, Bénard e Ilya
Prigogine.
Quanto a Bénard, falamos da sua “simetria”. Em
que consistiu o que veio a ser designado como “simetria de
Bénard”? Veio da sua observação surpreendente, acerca do
movimento aparentemente caótico e casual das moléculas de água,
movimento conhecido como “movimento Browniano”. Na verdade,
o pesquisador de que estamos tratando observou, em suas
experiências, que aquele movimento, ao ser elevada a temperatura
da água, não apenas apresentava uma aceleração na velocidade
com que se moviam as moléculas. Mais; a partir de um dado
patamar de temperatura, na verdade começavam a organizar-se
aquelas moléculas em pequenos hexágonos, lembrando a forma
151
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
152
Capítulo VIII - Existirão o Acaso e o Caos?
153
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
155
*
Diz-se imagem holográfica a obtida com raios laser, de um determinado objeto. Em uma fotografia comum, cortada ao meio a imagem
obtida, teríamos o objeto dividido ao meio, cada parte figurando em uma metade. Numa imagem holográfica, ainda que seja tão subdividida
quanto possível, em cada fragmento, por ínfimo que seja, aparecerá o objeto inteiro. (N.A.)
156
CAPÍTULO IX
157
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
158
Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
159
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
uma cruz rodeada dos dizeres “in hoc signo vinces”. O símbolo do
cristianismo foi então, por sua ordem, pintado nos escudos dos
soldados que marchavam sob suas ordens e, travada a batalha, saiu
dela vitorioso. Mais adiante, já imperador, fez figurar nos
estandartes, denominados lábaros, das legiões, o símbolo cristão.
Sem que se saiba ao certo a data da sua conversão, o fato é que as
iniciativas apontadas foram os primeiros sinais claros dessa
conversão. Em 313, pelo édito de Nicomédia, mais conhecido,
embora equivocadamente, como édito de Milão, ele recomendou
a todas as autoridades que lhe eram subordinadas, que adotassem
atitude de tolerância em relação às religiões, inclusive a cristã,
determinando, igualmente, que esta fosse reparada das injustiças e
danos sofridos até então. Em 330, já imperador, transferiu a capital
do império para uma antiga colônia grega, Bizâncio a qual, em sua
homenagem, passou a ser designada como Constantinopla e hoje,
situada na Turquia européia, chama-se Istambul.
Oficializado que foi o cristianismo como religião
do império, recomendou Constantino tolerância também em relação
às religiões pagãs, antes predominantes.
Mas, veja o leitor: tudo isso, já no século IV da
nossa era. No século seguinte, teve início o que a desinformação
dos controladores do “motor de eficácia histórica” leva a maioria
a crer que o ocidente penetrou na “treva medieval”. Antes, assim,
no paganismo, teria havido mais luz; a treva, pois, teria começado
com o alastramento do cristianismo. E a chamada civilização
ocidental cristã, com as massas sideradas pela desinformação,
repete-o sem se dar conta do que está, na verdade, dizendo. Depois
da “treva medieval”, há um intervalo em que se fala do
Renascimento, descrito como um período em que ressurgiram
vigorosamente as artes plásticas e outras manifestações da cultura,
que teriam estado hibernando ou mortas durante as “trevas”. Esse
intervalo, porém, sempre do ponto de vista do pano de fundo do
pensamento do homem comum, de que se compõem as massas,
160
Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
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164
Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
165
*
Etimologicamente, república significa “coisa pública”. Sob a luz da ética cristã, algo
orientado para o bem comum. (N.A.)
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
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166
**
Filioque – o filho proveniente de si mesmo, por ser idêntico, em natureza, ao Pai.
(N.A.)
Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
167
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Capítulo IX - Um Hiato Histórico que não existiu, mas Prevaleceu,
como indício claro de Manipulação de Informações
169
170
CAPÍTULO X
171
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
172
Capítulo X - A Questão do Direito Natural
tal como possa ser apreendida pela inteligência dos homens, que
brota o Direito natural. Ele não é algo que substitua o Direito
positivo, pois, segundo as referidas raízes, o homem é não apenas
“imago Dei”, mas também “capax Dei”. Não apenas imagem de
Deus mas, na conformidade, do livro do Gênese a eles foi
determinado que crescessem, se multiplicassem e dominassem a
terra. Em relação a esta, portanto, ele passou a ser sujeito, cabendo-
lhe, no que seja justo, modificá-la na conformidade das suas
necessidades e com o uso da imanência das suas faculdades,
imanência da qual é o único titular entre os seres vivos.
Então, ao Direito natural o que cabe é como que
emoldurar o Direito positivo, para que não seja entregue, sem
quaisquer limites além das preferências de maiorias eventuais e
volúveis, todo o Direito. A fim de que, o melhor possível, as leis
não discrepem da justiça.
Problemas da natureza do que estamos neste
momento levantando, não têm tido, para satisfação dos
controladores do “motor de eficácia histórica”, o necessário realce.
Observe o leitor que a Revolução francesa, como a americana,
que a antecedeu de apenas treze anos, ocorreram no último quartel
do “século das luzes”, do “Racionalismo”, em que se estava
ressuscitando, como já vimos, ao menos em nível de suas lideranças
intelectuais ostensivas, o sonho de Protágoras, de fazer do homem
a medida de todas as coisas. Iniciava-se a grande aceleração da
vitoriosa marcha de dissipação da “ignorância externa”, cujos
magníficos resultados estimulavam a tendência do homem para
prosternar-se diante de si mesmo. O tempo, porém, continuou o
passar, e os frutos de certos descaminhos, a manifestarem-se, cada
vez mais claramente. E eles são tantos e tão dolorosamente amargos
que, hoje, pensamos, se configura oportunidade para a revisão
daqueles descaminhos. Continua operando o 2 o plano da História,
e continua a “escrita por linhas tortas” a que o povo se refere.
Agora, já é possível ver claramente que, como tudo se resume a
173
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
174
* Grau de confusão que permite que, com dinheiro público, seja realizada em grande escala a propaganda enganosa:
“Faça sexo seguro, use camisinha”. Propaganda não apenas enganosa, mas criminosa, pois o uso da “camisinha”
reduz o risco de contágio, mas não o elimina. O poder público deveria promover campanhas em favor do sexo
responsável, como expressão de amor em matrimônios permanentes entre cônjuges saudáveis. Mas isso seria
contrariar a licenciosidade em que se tenta transformar a liberdade... (N.A.)
Capítulo X - A Questão do Direito Natural
175
1
ROMMEN, Heinrich – O Estado no Pensamento Católico, Ed. Paulinas – 1965.
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Capítulo X - A Questão do Direito Natural
177
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
178
CAPÍTULO XI
179
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo XI - Quais são os Controladores do “Motor de Eficácia Histórica”,
qual a Origem da sua Potência e quais são os Fatores que a Integram
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
182
1
CHEVALIER, Jean-Jacques – História do Pensamento Político, Ed. Zahar – 1983.
Capítulo XI - Quais são os Controladores do “Motor de Eficácia Histórica”,
qual a Origem da sua Potência e quais são os Fatores que a Integram
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Capítulo XI - Quais são os Controladores do “Motor de Eficácia Histórica”,
qual a Origem da sua Potência e quais são os Fatores que a Integram
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Progresso ou Estratégias de Domínio Mundial em Proveito de Poucos?
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Capítulo XI - Quais são os Controladores do “Motor de Eficácia Histórica”,
qual a Origem da sua Potência e quais são os Fatores que a Integram
passado teve e ainda tem de ruim, mas também do que ele possuiu,
e ainda possui, como realização e como possibilidade de progresso
verdadeiro — que não se confunde, necessariamente, com
desenvolvimento econômico — e depende da redução da
“ignorância interna”, que pretendem as suas vítimas, poderosas
quanto o sejam nesta vida fugacíssima, que seja mantida e
aprofundada?
A ameaça é poderosa, mas existe, pensamos, o “2o
plano da História”. Os controladores do poder, do “motor” e da
sua potência, já estão tornando patente a própria existência. E esta,
aqui e ali, começa a suscitar reações. Por outro lado, sua insaciável
ambição, cuja satisfação vão conquistando ao desamparo da
verdadeira justiça, por esta razão mesma, gera desarmonia e
desequilíbrio, cujas conseqüências imprevisíveis, mas
factualmente, podem ser devastadoras, se atentarmos para os
princípios, ou para a falta de princípios, de lideranças capazes, em
seu desvario, de acarretar a maior catástrofe de que tem registro a
História dando, aliás, continuidade às que já ocorreram no século
que passou, e continuam a ocorrer neste em que estamos apenas
começando a penetrar.*
187
188
CAPÍTULO XII
O QUE FAZER, ENTÃO?
O leitor, supomos, não terá dúvida sobre que, para
fazer-se alguma coisa, a condição preliminar e indispensável é
querer fazê-lo. Para isso, para que queiramos fazê-lo, vejamos:
“... penso que Lutero teve razão quando disse que o homem tem
que se horrorizar consigo mesmo para chegar ao bom caminho”.
A citação que acabamos de fazer não se refere a nenhum pensador
luterano mas é, para surpresa de muitos, do cardeal Joseph
Ratzinger,1 atual prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina
de Fé, nome atual do que, no passado, era conhecido como Santa
Inquisição.
E para que nos horrorizemos com o que está se
passando em nossos dias, em nome de uma liberdade que não é
outra coisa senão a depravação daquele valor sublime a que se
referiu John Salisbury, associando-o à virtude, na forma que já
tivemos ocasião de oferecer à consideração do leitor, basta pensar
189
1
RATZINGER, Joseph Cardeal – O Sal da Terra, Ed. Imago - 1977
Democracia Liberal, Neoliberalismo, Globalização: Caminhos Definitivos e Únicos do
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190
Capítulo XII - O que Fazer, Então?
191
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192
Capítulo XII - O que Fazer, Então?
193
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194
2
HUGHES, Emmet J. – Ascensão e Decadência da Burguesia, Ed. Agir – 1945.
*
Para Ulpiano, “a vontade do príncipe (do governante) é justa por ser sua vontade. Comparar com “l’ État cest moi”, do
“rei sol” Luiz XIV, “Renascentista”. (N.A.)
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CARTA ENCÍCLICA JOÃO PAULO II – Fides et Ratio – Ed. Paulinas
Obs.: As obras em que não figuram as editoras foram extraviadas da minha biblioteca antes da organização desta
bibliografia.
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para o consumismo absurdo a que nos referimos. Integram a referida “nação pluriestatal”,
representantes de várias etnias e tamanho é o seu poder global, que o chefe formal do
poder igualmente formal dos EUA, acaba de assinar ato autorizando o Departamento de
Defesa daquele país a prender estrangeiros, nos EUA e em qualquer país do mundo,
qualquer ser humano que seja considerado suspeito para que seja submetido a julgamento
secreto, à revelia da autorização de autoridades locais, perante tribunal militar, autorizando,
quando lhes pareça conveniente, até a pena de morte. O espantoso fato em questão
evidencia: 1º - a existência real da “nação pluriestatal” a que nos temos referido; 2º - o
desespero em que ela se encontra, pois semelhante violação do Direito Internacional e
às mais comezinhas normas da civilização, nem notórios déspotas contemporâneos
como Hitler, Mussolini ou Stálin, jamais se abalançaram a tentar fazer. Trata-se ,
pensamos, do 2º plano da História rasgando os véus da mentira, atrás das quais se tem
sempre escondido, para mostrar, à luz do dia, a verdadeira face daquela “nação
pluriestatal” e do seu núcleo heterogêneo de poder, que entra assim em irreversível
declínio. (N.A.)
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Paulinas
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Obs.: As obras em que não figuram as editoras foram extraviadas da minha biblioteca
antes da organização desta bibliografia.(N.A.)