You are on page 1of 54

CICLO DE KREBS E

FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA

Prof. Hemerson Rosa


hemerdarosa@gmail.com
1
Visão Geral do Ciclo de Krebs e Metabolismo Aeróbio

• O ciclo do ácido cítrico, também denominado ciclo de Krebs, ou ciclo do


ácido tricarboxílico (TCA), realiza a descarboxilação do piruvato liberando
CO2 e intermediários energeticamente carregados.

• A maioria das células eucariotas e muitas bactérias normalmente são


aeróbicas e oxidam os seus combustíveis orgânicos completamente até CO2
e H2O.

• O ciclo do ácido cítrico é uma rota central para a produção de energia a


partir de vários combustíveis metabólicos, incluindo carboidratos, ácidos
graxos e aminoácidos 2
Visão Geral do Ciclo de Krebs e Metabolismo Aeróbio

ATENÇÃO

• O Piruvato formado na quebra da glicose (glicólise), pode seguir diferentes rotas


dependendo se dispõe ou não de O2. Na presença de O2 ele entra via ciclo de
Krebs gerando intermediários que depois seguiram via cadeia transportadora de
elétrons (na chamada respiração celular)

• Na ausência de O2 ele será reduzido a lactato ou etanol (em microorganismos),


produtos da fermentação sob condições anaeróbicas.

• Antes de entrar no Ciclo de Krebs o Piruvato é oxidado até Acetil-CoA por uma
complexo enzimático denominado Piruvato Desidrogenase
3
Visão Geral do Ciclo de Krebs e Metabolismo Aeróbio

REFORÇANDO

• Então, em condições aeróbicas, o Acetil-CoA é oxidado


completamente a CO2 e H2O.

• Esta fase aeróbica do catabolismo é denominada respiração


celular.

4
A respiração celular ocorre em
3 grandes estágios 1º Estágio
Oxidação de
moléculas
orgânicas a Aceil-
CoA

2º Estágio
Ciclo de Krebs

3º Estágio
Cadeia
transportadora de
elétrons
5
Visão Geral do Ciclo de Krebs e
Metabolismo Aeróbio

• A respiração celular ocorre em 3


grandes estágios.

• No 1º estágio: as moléculas dos


combustíveis orgânicos – glicose,
ácidos graxos e aminoácidos – são
oxidados para liberar fragmentos de
2 átomos de carbono na forma de
um grupo acetila do acetil-coenzima
A (acetil-CoA). 6
Visão Geral do Ciclo de Krebs e
Metabolismo Aeróbio

• No 2º estágio: esses grupos


acetila (acetil-CoA) são
introduzidos no ciclo do ácido
cítrico, o qual os oxida
enzimaticamente até CO2.

• A energia liberada pela oxidação


é conservada nos
transportadores de elétrons
reduzidos, NADH e FADH2. 7
Visão Geral do Ciclo de Krebs e
Metabolismo Aeróbio
• No 3º estágio: esses cofatores
reduzidos (NADH e FADH) são
oxidados, desfazendo-se de prótons
(H+) e elétrons.
Cadeia
• Os elétrons são conduzidos ao transportadora de
elétrons
longo de uma cadeia de moléculas
transportadoras de elétrons
(complexos 1,2,3,4 e 5) conhecida
como cadeia respiratória, até o O2
(aceptor de elétrons), o qual eles
reduzem para formar H2O e
8
produzir após isso ATP.
Visão Geral do Ciclo de Krebs e
Metabolismo Aeróbio
• Durante este processo na cadeia transportadora de elétrons, uma grande
quantidade de energia é liberada e conservada na forma de ATP, através do
processo chamado fosforilação oxidativa.

9
Mitocôndria

Espaço intermembrana

Cadeia de transporte de
elétrons

10
11
Visão Geral do Ciclo de Krebs e
Metabolismo Aeróbio

O ciclo é uma série de oito reações


que oxida os grupos acetil do acetil-
CoA, formando duas moléculas de
CO2, de maneira que a energia livre
liberada é conservada nos compostos
reduzidos, NADH e FADH2

Seu nome é devido ao produto da


primeira reação, o citrato

Uma volta completa produz três


moléculas de NADH, uma de FADH2,
um composto de alta energia (GTP ou
ATP), e 2 CO2.
12
Piruvato até Acetil-CoA

• Produção do Acetil-CoA

O complexo da piruvato desidrogenase


• A reação completa da piruvato desidrogenase é a descarboxilação
oxidativa, um processo irreversível de oxidação no qual o grupo
carboxila é removido do piruvato na forma de 1 molécula de CO2 e os 2
carbonos remanescentes tornam-se o grupo acetila do acetil-CoA.

13
Formação de Acetil-CoA a partir do Piruvato

complexo da piruvato desidrogenase


(E1 + E2 +E3)

Para formar Acetil-CoA cinco coenzimas são necessárias: o pirofosfato de


tiamina (TPP), a lipoamida, a coenzima A (CoA), o FAD e o NAD+. Isso é feito
por um agrupamento de enzimas chamado Complexo Piruvato desidrogenase.
O qual vai tirar uma molécula de CO2 (descarboxilação) e vai produzir uma
molécula de NADH. 14
Entrada do Acetil-CoA no Ciclo
de Krebs

O ciclo de Krebs tem 8 passos

15
O Ciclo de Krebs

1. Formação do CITRATO

1º Passo: condensação do acetil-CoA + oxaloacetato  citrato (enzima =


citrato sintase). A reação retira a conenzima A (CoA) e adiciona uma molécula
de H2O (água)

Citrato sintase

16
O Ciclo de Krebs

2. Formação do ISOCITRATO

 2º Passo: desidratação (saída de água) seguida de uma hidratação (entrada


de água) do citrato  formando isocitrato (enzima = aconitase). Isso para
mudar a Hidroxila de posição (HO), do carbon 3 para o 2.

17
O Ciclo de Krebs

3. Formação do α-CETOGLUTARATO

 3º Passo: descarboxilação oxidativa do isocitrato  -cetoglutarato (enzima


= Isocitrato desidrogenase). Neste passo ocorre a saída do 1º CO2 e formação
do 1º NADH (por isso é chamado descarboxilação oxidativa)

Isocitrato desidrogenase
18
O Ciclo de Krebs

4. Formação do SUCCINIL-COA

 4º Passo: descarboxilação oxidativa do -cetoglutarato  succinil-CoA


(enzima = Complexo -cetoglutarato desidrogenase). Neste passo ocorre a
saída do 2º CO2 e formação do 2º NADH

19
O Ciclo de Krebs

5. Formação do SUCCINATO

 5º Passo: fosforilação ao nível do substrato do succinil-CoA  succinato


(enzima = succinil-CoA sintetase)
 Neste passo ocorre a formação de GTP (ATP)  fosforilação ao nível do
substrato e não ao nível da cadeia respiratória.

20
O Ciclo de Krebs

6. Formação do FUMARATO

 6º Passo: desidrogenação do succinato  fumarato (enzima = succinato


desidrogenase)
 Neste passo ocorre a formação de FADH2

Succinato Fumarato
21
O Ciclo de Krebs

7. Formação do MALATO

7º Passo: hidratação do fumarato  malato (enzima = fumarase)

22
O Ciclo de Krebs

8. Regeneração do OXALOACETATO

 8º Passo: desidrogenação do malato  oxaloacetato (enzima = malato


desidrogenase). Neste passo ocorre a formação do 3º NADH e a
regeneração do oxaloacetato, o qual pode se unir a uma nova molécula de
acetil-CoA, dando continuidade ao ciclo.

23
Oxaloacetato Citatro
Citrato
sinatse

Aconitase

Malato

NADH Aconitase

Fumarato FADH Isocitrato

Succinato
ATP

24
25
O Ciclo pode
abastecer outras
rotas de síntese
dependendo da
necessidade da
célula.
Regulação do Ciclo

Moléculas que inibem


(vermelho) e ativam (verde) o
ciclo de Krebs conforme a
demanda energética da célula.

Lembrando quando a célula já


está com seu que o suprimento
energético elevado, ou seja,
bastante ATP, isso irá inibir o
Ciclo e as vias anteriores
(glicólise)
Cadeia Transportadora de elétrons
ou
Cadeia respiratória
ou
Fosforilação oxidativa

29
Respiração celular

• Estágio 3 – Fosforilação Oxidativa

• A fosforilação oxidativa é a síntese de ATP direcionada pela transferência


de elétrons ao oxigênio.

• É responsável pela maior parte da síntese de ATP pelos organismos


aeróbicos.

30
Respiração celular

• Estágio 3 – Fosforilação Oxidativa

• Todas as etapas enzimáticas na degradação oxidativa dos carboidratos,


gorduras e aminoácidos nas células aeróbicas convergem para esta
etapa final da respiração celular, onde os elétrons fluem dos
carreadores (NADH + H, FADH) para o O2, produzindo energia para a
geração do ATP.

31
Respiração celular

• Estágio 3 – Fosforilação Oxidativa

 A fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias (na membrana


mitocondrial interna) e envolve a redução do O2 até H2O com
elétrons doados pelo NADH e FADH2.

32
Cadeia Respiratória
Os elétrons doados pelo NADH e FADH percorrerm através de 5 Complexos
Enzimáticos:

I- NADH desidrogenase: transfere elétrons à ubiquinona (UQUQH2)

II- Succinato desidrogenase: transfere elétrons à ubiquinona (succinatoUQH2)

III- Ubiquinona-citocromo oxidorretutase: transfere elétrons da ubiquinona ao citocromo


(UQcitocromo)
IV- Citocromo oxidase: transfere elétrons do citocromo c ao O2, reduzindo-o a H2O (citocromo  O2)

V – ATP-sintase: forma ATP a partir de um contra-gradiente de elétrons de H. Toda vez 33


Cadeia Respiratória

Complexo I: NADH até ubiquinona


O complexo I ou complexo da NADH
desidrogenase catalisa a seguinte reação:
UQH2
NADH + H+ + UQ NAD+ + UQH2 -
onde a ubiquinona (UQ) aceita um íon
hidreto (H-, 2 elétrons e um próton) do
NADH.

34
Cadeia Respiratória

4H+
• O fluxo de elétrons através da Espaço inter-membranas
ubiquinona do Complexo I até o
próximo Complexo III é
acompanhado pela movimentação
de 4 prótons (H+) da matriz
mitocondrial interna para o espaço
entre as membranas.

Matriz mitocondrial interna

35
Cadeia Respiratória

• O ubiquinol (UQH2, a forma


totalmente reduzida da
Ubiquinoda) difunde-se na
membrana do Complexo I até
o Complexo III onde é oxidado
a UQ (observe que ele não
interage com o complexo II).

36
Cadeia Respiratória

• No complexo III a Ubiquinona


descarrega seus elétrons a
uma molécula chamada
Citocromo c. O qual irá se
difundir até o complexo IV.

• Nesse processo o Complexo III


bombeia mais 4 prótons para
o espaço inter-membranas

37
Cadeia Respiratória

• No Complexo IV, os elétrons


recebidos da molécula do
Citocromo C serão repassados a
uma molécula de oxigênio (O2)
que também recebe prótons de
Hidrogênio da matriz para formar
água H2O. Respiração celular
aeróbica.

• O complexo IV nesse processo


bombeia mais 2 prótons de H+
para o espaço inter-membranas. 38
Cadeia Respiratória
• Antes de seguir na cadeia, voltemos ao
Complexo II (Succinato desidrogenase).

• O Complexo II vai interagir somente com


o FADH. Assim ele recebe somente
elétrons do FADH e passa para a
Ubiquinona. Porém não bombeia prótons
para o espaço inter-membranas.

• O Complexo II é o mesmo do Ciclo de


Krebs, é uma enzima de membrana ligada
a coenzima FADH. Por isso da sua
interação somente com esse carreador. 39
Cadeia Respiratória

• Os processos que ocorrem nos complexos I, III e IV são acompanhados


pela movimentação de prótons de Hidrogênio da matriz para o espaço
inter-membranas (espaço entre as MME e MMI). Eles são chamados
bombas de prótons.

• Isso contribui para a força próton motora ou força motora de prótons.


Pois gera um contra-gradiente, diferenças de cargas onde fica positivo
fora e negativo dentro.

40
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP sintase (Complexo V)

 A transferência de elétrons ao longo da cadeia de transporte é


energeticamente favorecida, pois o NADH é um forte doador de elétrons e o
oxigênio é um ávido aceptor de elétrons.
 Entretanto, o fluxo de elétrons do NADH ou FADH para o oxigênio não
resulta diretamente em síntese de ATP.

 Como acontece a síntese de ATP? Hipótese quimiosmótica


41
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP sintase

 Hipótese quimiosmótica:
Explica como a energia livre gerada pelos transporte de elétrons pela
cadeia de transporte é usada para produzir ATP a partir do ADP + Pi.
 Bomba de Prótons e ATP Sintetase

42
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP sintase


 Bomba de Prótons
 O transporte de elétrons é acoplado ao bombeamento de prótons (H+)
através da MMI, da matriz ao espaço intermembrana.

 Este processo cria, através da MMI, um gradiente elétrico (com mais cargas
positivas do lado de fora que no lado de dentro da membrana) e um
gradiente de pH (a parte externa da membrana possui um pH menor que a
parte interna).

43
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP


sintase
 Bomba de Prótons
 A energia gerada por este
gradiente de prótons é
suficiente para estimular a
síntese de ATP.

44
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP sintase


 ATP sintetase
 o complexo enzimático ATP sintetase
(complexo V) sintetiza ATP utilizando a
energia do gradiente de prótons gerada
pela cadeia de transporte.

45
Cadeia Respiratória

• Síntese de ATP pela ATP sintase


 ATP sintetase
 A hipótese quimiosmótica propõe que,
após os prótons terem sido transferidos
para o lado citosólico da MMI, podem
reentrar na matriz mitocondrial
passando através de um canal na
molécula de ATP sintetase, resultando
na síntese de ATP a partir de ADP + Pi e
ao mesmo tempo dissipando os
gradientes de pH e elétrico.
46
Síntese de ATP pela
ATP sintase

47
48
49
50
51
52
Observação:

O NADH advindo do
Glicólise e outras oxidações
no citosol celular, não tem
como entrar na
mitocôndria. Então ele doa
seus elétrons (H+) para
Oxaloacetato que vira
Malato. Agora o Malato
entra na Mitocondria pelo
transportador de malato e
se oxida gerando um NADH
e oxaloacetato de novo. O
NADH gerado agora sim
pode doar seus elétrosn p
53
o complexo I
54

You might also like