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TEMA: ORÇAMENTO PÚBLICO NA VIDA COTIDIANA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

INTRODUÇÃO

O orçamento público tem tudo a ver com o nosso dia a dia. Grande parte
das receitas arrecadadas pelo Governo saem do nosso bolso, direta ou indiretamente. Repassamos
uma parcela do que ganhamos para o governo em forma de impostos indiretos, isto é, impostos
que estão embutidos no preço das mercadorias e das tarifas de serviços públicos. Há também
os impostos diretos, como o imposto de renda, que é pago por milhões de pessoas quando
recebem o salário ou quando prestam serviços para uma empresa ou para outras pessoas.
Assim sendo, conhecer como os dirigientes da coisa pública, eleitos pelo nosso voto, tratam
o nosso dinheiro é deveras importante. Orçamento público deveria fazer parte dos currículos
escolares, desde o momento que os nossos filhos pudessem compreender que o planejamento é o
“segredo do sucesso” dos grandes empreendimentos e, como tal, deve está presente na gestão dos
recursos públicos.
A abordagem dos contéudos de Gestão Orçamentária e Financeira, explicitada nos vídeos
propostos pela disciplina corrobora que é possível “entender” de orçamento e aguçar a fiscalização
dos recursos públicos desde a tenra jovialidade.

VINCULAÇÃO DE RECEITAS E TIPOS DE ORÇAMENTO (vídeo 11)

Basicamente grande parte da arrecadação de receita do Governo Brasil vem dos tributos
pagos sobre mercadorias, produtos produzidos e importados, porém esta não a única forma de
angariar receita. O governo também atrai receita com a prestação de serviços, venda e aluguel de
bens públicos, leilões de bens materiais aprendidos ou estornados e até mesmo por meios de
empréstimos de títulos públicos no mercado.
Tão importante quanto a arrecadação é como toda essa receita será aplicada, por isso, há
uma predeterminação para as receitas adquiridas, ou seja, uma determinada receita só poderá ser
gasta para um determinado fim ao qual ela já está vinculada por meio da Constituição Federal. Estes
tipos de receitas que já são destinadas para o orçamento público, são denominadas de receitas
vinculadas. Outras receitas não são vinculadas, mas o governo deve retirar uma porcentagem,
garantida pela Constituição, para investimento nos gastos públicos básicos como a educação, saúde
e segurança. No Brasil, a predestinação da receita não garante a realização do investimento previsto
no orçamento público, pois o modus operandi de orçamento no país é autorizativo, ou seja, o
Estado é autorizado pelo Congresso Nacional a usar os recursos para aquele fim, entretanto não é
impositiva, de forma restrita, a aplicação no que está previsto no orçamento.
DÍVIDA PÚBLICA – EMISSÃO DE TÍTULOS PÚBLICOS (vídeo 12)

Tanto como administrar as finanças famíliar exige-se planejamento e estratégia, o governo


precisa administrar de forma eficiente os gastos públicos para evitar os desperdícios e o
endividamento obrigando a fazer corte no orçamento público. Porém, quando o governo está
endividado ele necessita agir para frear, estancar, este déficit o quanto antes. Uma maneira prática
de arrecadar recursos financeiros para quitar as dívidas é fazendo empréstimos através de títulos
públicos.
Títulos públicos são papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, que representam uma forma de
financiar a dívida pública e permitem que os investidores emprestem dinheiro para o governo,
recebendo em troca uma determinada rentabilidade. Esse empréstimo é muito eficaz, mas também
pode ser tornar um problema muito grande se não for bem administrado e não houver um teto limite
para venda de títulos públicos, porque cada título vendido se torna uma dívida no futuro. O Senado
Federal é o responsável por estabelecer até quanto o governo pode se endividar. Assim as dívidas
públicas podem ser controladas mesmo quando for necessário o governo se endividar para cobrir as
despesas.

REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA (vídeo 13)

A incapacidade do governo para honrar suas dívidas, geralmente dada por algum imprevisto,
quando o gasto público foi maior do que o esperado. Assim uma solução que o governo tem é fazer
novo empréstimo através dos títulos públicos, ou seja, é uma troca de dívida. Que funciona da
seguinte forma; na data do vencimento do título ele emite outro título para substituir o anterior
prolongando mais o prazo para pagar, mas fica limitado porque não tem mais dinheiro nos cofres
públicos apenas as dívidas adquiridas.
O governo assim continua pagando os juros e a parte principal da dívida, chamada de
amortização, por muito mais tempo. Assim ocorre o refinanciamento da dívida pública, com a
venda do título público para estender o prazo de pagamento da dívida, isso não pode ser confundido
em que há mais dinheiro nos cofres públicos, mas sim que há uma dívida mais extensa a pagar. Isso
influencia no orçamento anual, pois uma boa quantia do orçamento vai para o pagamento da dívida
pública e para o refinanciamento da dívida adquirida juntamente com os juros e amortização. O
pagamento é apenas válido para um ano de orçamento e não o total da dívida ao longo dos anos.
ETAPAS OU FASES DA DESPESA PÚBLICA (vídeo 14)

Todos os recursos financeiros adquiridos pelo governo precisam ser fiscalizados após ser
autorizado, para que não haja desperdícios, mal emprego ou desvios dos recursos públicos. A
despesa pública se desenrola em três fases ou etapas, justamente para verificar se os recursos foram
aplicados para o determinado objetivo e se atendeu a demanda da sociedade.
Na primeira fase, início da despesa, o governo tem o principal papel de assumir o
compromisso de contratar e realizar o que foi autorizado no orçamento anual. Nesta etapa é feita a
contratação de pessoal, serviços e materiais necessários. Porém as contratações não podem exceder
um valor máximo estabelecido como teto para o gasto. Essa etapa é denominada de empenho, ou
seja, a despesa foi empenhada, pois já está comprometida.
A segunda fase é chamada de liquidação, que nada mais é do que a conferência de tudo o
que foi comprado ou contratado. Nesta etapa é averiguado o recebimento do produto ou da obra e se
está tudo conforme o que foi solicitado. Se tudo estiver de acordo, essa fase é considerada concluída
ou com despesa executada.
E por fim a fase do pagamento, onde os contratados e fornecedores recebem o dinheiro pela
execução do serviço ou produto fornecido. Mas pode acontecer alguns imprevistos em relação ao
serviço contratado, quando o serviço solicitado não é entregue no prazo de um ano ou quando os
contratados deixam de receber. Quando o governo não paga até o final do ano os prestadores de
serviço, há a possibilidade de prorrogar para o ano seguinte o pagamento, mas o dinheiro do gasto
será incluso em uma categoria orçamentária denominada de "restos a pagar". Também há outra
possibilidade em que o contratado não entrega o que foi empenhado, então o governo pode cancelar
o empenho da despesa, tendo em vista que os forncedores não cumpriram o acordado.

REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS

POLITIZE! Orçamento Público: Entenda como é definido. Disponível em:


http://www.politize.com.br/orcamento-publico-como-e-definido/. Acessado em: 25/10/2017.

SENADO Federal. Orçamento Fácil – Vídeo 11 – Vinculação de receitas. Disponível em:


https://www12.senado.leg.br/orcamentofacil. Acessado em: 25/10/2017.

SENADO Federal. Orçamento Fácil – Vídeo 12 – O que é dívida pública? Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/orcamentofacil. Acessado em: 25/10/2017.

SENADO Federal. Orçamento Fácil – Vídeo 13 – O que é refinanciamento? Disponível em:


https://www12.senado.leg.br/orcamentofacil. Acessado em: 25/10/2017.

SENADO Federal. Orçamento Fácil – Vídeo 14 – Fases da despesa pública. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/orcamentofacil. Acessado em: 25/10/2017.

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