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ANÁLISE DE ENSAIOS DE TRAÇÃO DE DIVER-

SOS CORPOS DE PROVA POLIMÉRICOS


TENSILE TEST ANALYSIS IN DIFFERENT POLYMERS TEST SPECIMENS

Guilherme Dias Zarur1


RESUMO

Com a crescente pesquisa e aplicação em polímeros na engenharia, nota-se uma motivação para buscar a ciência por trás do compor-
tamento mecânico. Neste contexto, o objetivo deste artigo é fazer a análise e estudo do comportamento mecânico dos seguintes ma-
teriais poliméricos: Polimetilmetacrilato (PMMA), Policarbonato (PC), Polietileno (de baixa densidade PEBD, de média densidade,
PEMD, e com carga mineral, PE+CM), Polipropileno (PP), Politereftalato de etileno (PET), Poliestireno (PS), Polibutileno tereftalato
(PBT). Tais materiais foram selecionados por serem considerados “commodities”, apresentando em sua maioria um baixo custo
envolvido, e por amplamente aplicados em diversos setores da indústria. Para tanto, foram realizados ensaios de tração em corpos
de prova considerando diferentes taxas de deformação (velocidade de ensaio). Para a obtenção de resultados, fez-se o uso da máquina
de ensaios universal, INSTRON modelo EMIC 23-100, e modelagem gráfica pelo uso de Excel. Com base nos resultados experimentais
confirmou-se as observações quanto ao fato das cadeias poliméricas e fatores de ensaio afetarem os valores obtidos. Ainda, confir-
mou-se que algumas das amostras não se demonstraram ser aqueles esperados, uma vez que seus valores obtidos de propriedades
mecânicas não condizem efetivamente com os valores teóricos como, por exemplo, o PS e o PBT. Em algumas medições foi tido
problemas com a tomada de dados da deformação vista pelo sensor óptico, que devido isso influenciaram nos resultados diretamente.
No entanto, de forma geral, os valores retirados via excel, fora os de módulo elástico, em sua maioria que demonstrou maior discre-
pância, foram aceitáveis e possíveis de se verificar nas bibliografias atuais de materiais poliméricos.

Palavras-Chave: Comportamento mecânico. Materiais Poliméricos. Ensaios de tração. Corpos de prova. Máquina de ensaios Uni-
versal.

Citação: ZARUR, Guilherme Dias. Análise de Ensaios de tração de diversos corpos de prova poliméricos.

INTRODUÇÃO
O conceito do que se trata um polímero, é proposto pela junção influenciadores de propriedades, é possível a fabricação de um
de palavras originadas do grego poli (muitos) e meros (unida- mesmo componente com múltiplas funcionalidades, levando em
des de repetição). Desta forma, pode-se colocar que os políme- conta sua composição e o método e as condições de processa-
ros são macromoléculas compostas por diversas unidades re- mento aplicadas, pois muitas das características materiais como,
petitivas, e estas são unidas por ligações químicas do tipo cova- por exemplo, a reologia, pode ser alterada. Com isto, fica evi-
lente. E, como proposto por CANEVAROLO (2006), depen- dente a necessidade de correlacionar a ciência entre o processa-
dendo da estrutura molecular, da quantidade de meros exis- mento, a estrutura e propriedade do material inicial e a funcio-
tente na cadeia e o tipo de ligação química que liga as unidades, nalidade almejada ao fim do processo.
tem-se a possibilidade de dividir nas classes de Plásticos, Bor-
Nos dias de hoje, cada vez mais é notório o uso destes materiais,
rachas e Elastômeros. A continua procura pela utilização de
substituindo alguns materiais já existentes e em outros casos,
materiais poliméricos é caracterizada principalmente pelo seu
criando funcionalidades com os mesmos. Como posto por CA-
baixo custo de produção e pela gama de propriedades e formas
NEVAROLO (2006), uma forma de classificar o grau de desen-
complexas, que podem ser obtidas por diferentes formas de
volvimento do país seria ver o consumo per-capita de material
processamento. E falando de suas propriedades mecânicas,
plástico (kg/habitante). O brasil, com dados de 2016 da ABI-
mesmo que inferior aos metais e cerâmicas. Como posto por
PLAST, tem um consumo per-capita de aproximadamente 35
RUDIN, A.; CHOI, P. (2013), vale lembrar que estas proprieda-
kg/hab. Este número, em alguns países mais desenvolvidos
des dependem diretamente da mobilidade molecular, que por
como, por exemplo, a Bélgica, tem consumo de aproximada-
sua vez, está ligada com a massa molecular do polímero, a na-
mente 180 kg/hab. Apesar de em geral parecer fácil a produção
tureza química gerada pelos grupos funcionais, se este é rami-
e entendimento por trás dos polímeros, na verdade é de uma alta
ficado ou apresenta algum tipo de ligação cruzada, se é semi-
complexidade. E isso se explica devido aos muitos mecanismos
cristalino ou amorfo, se apresenta cargas e/ou plastificantes,
que vem para descrever o comportamento mecânico da peça,
entre diversos outros fatores. E devido aos diferentes fatores
sendo as transições

O autor declara não haver nenhum potencial conflito de interesses referente ao presente artigo

1. Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Blumenau – Blumenau, Santa Catarina, Brasil.

1
térmicas (vítrea e de fusão), efeitos de cristalização, o meca- Como é possível ver na fig. 1, existe uma imensa versatilidade do
nismo de deformação, o efeito reológico do material (sólido uso dos materiais poliméricos. Podendo notar que o caso da
elástico, fluido viscoso ou ainda um material viscoelástico). E construção civil, o uso do PVC (Poli-Cloreto de vinila) é cons-
com tantas formas que podem afetar o entendimento, faz-se o tante para fabricação de tubos, conexões, mangueiras e afins. O
uso da ciência e tecnologia, o uso de máquinas capazes de en-
saiar e com os resultados destas, faz-se uma abordagem. Como PU (Poli-Uretano) pode ser utilizado para fazer isolamentos tér-
posto por CANEVAROLO (2004), em termos práticos, a análise micos, assim como o OS (Poli-Estireno). O PMMA atua na pro-
das propriedades mecânicas destes materiais é uma das consi- dução de produtos como, por exemplo, faróis automotivos de-
derações essenciais a serem feitas no processo de seleção dos vido a suas propriedades de transparência, resistência a raios
materiais poliméricos para o projeto de uma peça ou de um UV, muitas vezes podendo substituir o Policarbonato. O PC pode
produto. Estes valores de propriedades mecânicas são obtidos ser usado na produção de CD’s e DVD’s, coberturas, além de pro-
através de ensaios mecânicos padronizados, dentre os quais se
dutos de construção civil. O PET é comumente aplicado para fa-
destacam os ensaios de solicitação mecânica sob tração, flexão
e compressão. bricação de garrafas plásticas de diversos refrigerantes e bebidas.
O polietileno pode ser aplicado conforme a densidade do mesmo,
Aplicabilidade dos polímeros podendo se aplicar para fabricar desde sacolas plásticas, filmes
destinados às embalagens agrícolas e industriais, brinquedos e
No quesito aplicabilidade dos polímeros, faz-se uma considera- utilidades domésticas. O PBT é aplicado em áreas de engenharia
ção quanto ao seu uso final, dividindo em 3 principais seções, onde exige-se estabilidade dimensional, possuindo um baixo co-
sendo elas os commodities (PMMA, PE, PP, PS, PVC), que se- eficiente de expansão térmica e baixa absorção de água. E dessa
riam os polímeros mais baratos de menor exigência. Em se- forma são aplicados em componentes elétricos e eletrônicos
guida os polímeros de engenharia (PA, PC, PET, PBT, POM), como, por exemplo, conectores, bobinas, luminárias, entre ou-
que seriam materiais de aplicações mais especificas, com me- tros. Na parte de alimentos e bebidas, deve-se lembrar do fator
lhores propriedades mecânicas e resistência a temperaturas. E Shelf-life (tempo de vida na prateleira), onde os plásticos podem
por último os polímeros especiais (PEEK, PTFE, ETFE, Polii- atenuar os efeitos de degradação do alimento com as proprieda-
midas, LCP), cujo o uso fica restrito a aplicações de alta neces- des de barreira.
sidade de resistência, propriedade mecânica entre demais pro-
priedades. Tipos de polímeros
Como citado anteriormente existem teoricamente 3 tipos
2% 1% 1% 1% 1% 1% principais de polímeros, sendo eles os termoplásticos, que
2% Construção Civil
3%
2% seriam os polímeros que, ao sofrerem um aumento de
16% temperatura até sua Tg (transição vítrea), amolecem e
4% Alimentos e fluem. Apresentam a capacidade de serem moldados nes-
Bebidas tas condições. Ao ser feita a retirada das solicitações de
5% temperatura e pressão, estes solidificam e adquirem a
16% Automóveis e
5% autopeças forma do molde. Caso seja refeita a aplicação das solicita-
5% ções, é possível reiniciar o processo, ou seja, são reciclá-
Plástico e Borracha
veis. Como exemplo destes, possível visualizar na figura 2,
6% 15% tem-se o PE (Poli-Etileno), PP (Poli-Propileno), PVC
5% 8% Papel, celulose e (Poli-Cloreto de vinila), PS (Poli-Estireno), PC (Poli-Car-
impressão bonato), PBT (Poli-Butileno Tereftalato), PET (Poli- Tere-
ftalato de etileno). Em seguida tem-se os termorrígidos ou
Figura 1 - Tabela de Recursos e Usos de polímeros também conhecidos como termofixos, e estes apresentam
(2010). Fonte: IBGE. uma certa rede estrutural. E quando sujeitos a aumentos
Módulo de Módulo de Limite Módulo de
Densidade Preço Compressibi- Young Elástico Resistência a Ruptura
Polímero (𝐾𝑔/𝑚^3) (R$/Kg) lidade (GPa) (GPa) (MPa) tração (MPa) (MPa) Deformação (%)
1.18e3 -
PMMA 1.20e3 5.62 - 6.19 2.68 - 3.27 2.70 -2.90 57.8 - 63.7 72.2 -79.6 105 - 116 2.00 - 7.00
1.19e3 -
PC 1.21e3 8.38 - 9.22 2.35 - 2.47 2.32 - 2.44 59.1 -65.2 62.7 - 72.4 82.7 - 96.5 110 - 150
PEBD 917 - 932 3.64 - 4.05 0.172 -0.283 0.172 - 0.283 8.96 - 14.5 13.3 - 26.4 18.6 - 37.0 100 - 650
PP 900 - 909 4.37 - 4.82 1.60 - 1.78 1.60 - 1.78 35.4 - 38.0 36.2 - 49.0 32.1 - 55.5 43.0 - 73.2*
1.37e3 -
PET 1.40e3 4.23 - 4.66 2.76 - 4.14 2.76 - 3.10 65.0 - 70.0 70.0 - 75.0 70.0 - 75.0 65.0 - 75.0
1.04e3 -
PS 1.05e3 4.37 - 4.80 3.30 - 3.37 2.28 - 3.28 28.7 - 41.1 35.9 - 51.7 69.0 - 101 1.20 - 2.50
PE+CM 940 - 1000 4.00 - 5.50 0.283 - 0.650 0.283 - 0.650 10.0 - 20.5 14.5 - 30.0 18.6 - 40.0 100 - 1000
1.30e3 -
PBT 1.38e3 6.17 - 6.78 2.52 - 2.64 1.93 - 3.00 56.5 - 60.0 56.5 - 60.0 82.7 - 115 50.0 - 300
PEMD 918 - 940 3.74 - 4.19 0.262 - 0.517 0.262 - 0.517 9.65 - 19.3 13.1 - 27.6 18.3 - 38.6 100 - 965
Tabela 1 -Propriedades * dos polímeros utilizados em laboratório. Fonte: Autor. *Dados retirados do programa CES Selector.

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substanciais de temperatura e pressão, amolecem e fluem, ad- Comportamento mecânico dos polímeros
quirindo a forma do molde devido às reações químicas forma-
Nos polímeros, é possível elencar 5 comportamentos típicos vis-
doras de ligações cruzadas, que geram uma certa rede de liga-
tos em polímeros em ensaios de tração. Sendo eles:
ções. Diferentemente dos termoplásticos, estes não apresen-
tam a possibilidade de reiniciar o seu processo, uma vez que A. Polímero de elevado módulo de elasticidade, porém com
solidificados, terá sua forma final. Ou seja, são insolúveis, infu- baixa deformação/elongação na ruptura. Ex: Resina fe-
síveis e não-recicláveis. E dessa forma, eles necessitam ser mol- nólica;
dados em sua pré-forma, i.e., antes da existência de ligações B. Polímero com elevado módulo de elasticidade, tensão de
cruzadas. De exemplos, tem-se a Baquelite (Resina fenol-for- escoamento e de ruptura, e uma moderada elongação na
maldeído), Epóxi, entre outros. E por último, os elastômeros, ruptura. Ex: Poliacetais;
que são materiais que em temperatura ambiente, consegue se C. Polímero com alto módulo de elástico, tensão no escoa-
deformar no mínimo duas vezes o seu comprimento inicial, po- mento, elongação na ruptura e resistência máxima à tra-
dendo ainda retornar à sua forma inicial rapidamente ao ser ção. Ex: Policarbonato;
retirada a solicitação. Em geral são compostos por cadeias fle- D. Polímero de baixo módulo de elasticidade, baixa tensão
xíveis que estão “amarradas” umas às outras, com baixa densi- no escoamento, mas apresentando uma elevada defor-
dade de ligações cruzadas. Para tanto, estes devem apresentar mação e tensão no ponto de ruptura. Ex: Polietileno;
a resistência a grandes deformações (acima de 200%) e devem E. Polímero com baixo módulo de elasticidade e tensão no
recuperar a sua forma inicial ao ser retirada a tensão. O princi- escoamento, e uma elongação no ponto de ruptura de
pal exemplo é a borracha vulcanizada. moderada a elevada. Ex: Politetrafluoretileno (Teflon).

Figura 3 - Curvas típicas tensão versus deformação ob-


tidas via ensaio de tração. Fonte: Técnicas de Caracteri-
zação de Polímeros, CANEVAROLO (2004).

Podendo ainda correlacionar estes resultados com o tempo e


temperatura de aplicação de carga, se há carga de reforço no ma-
terial em estudo e da preparação dos corpos de prova (CP). E
além de fatores de teste, tem-se o comportamento deformacional
do próprio polímero, i.e., uma propriedade intrínseca depen-
dente da estrutura molecular. Em tese, há 4 mecanismos que
descrevem como, por exemplo, o fluxo viscoso que descreve a de-
formação do material como sendo irreversível e se associa com
movimentos de deslizamentos das cadeias poliméricas; a elasti-
cidade da borracha que propõe que o movimento relacionado ao
deslocamento de segmentos da cadeia em pequena escala é res-
tringido. Ou seja, movimentos como o fluxo viscoso, são impedi-
dos por uma estrutura de rede difusa. A característica principal
é uma baixa deformação permanente; a viscoelasticidade tem
uma definição proposta em sala de aula na matéria de “Estrutura
e Propriedades de Polímeros”, ministrada pela Profa. Dra. La-
rissa Nardini Carli, que seria como a sobreposição de um com-
portamento elástico e um comportamento viscoso e a resposta
reversível, mas dependente do tempo, de parte da deformação
aplicada, e por último a elasticidade Hookeana, definida pelo
movimento restrito dos segmentos da cadeia, envolvendo so-
Figura 2 - Cadeias dos polímeros utilizados em labo-
ratório. Fonte: Autor. mente estiramentos e deformações angulares das ligações pri-
márias que compõem a cadeia polimérica.

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Ainda, em polímeros, é possível fazer uma observação quanto a
distância de ligação entre os átomos da cadeia polimérica. E
fatores que modificam as propriedades mecânicas do material
nesta etapa ocorre uma defasagem entre a solicitação e a res-
como, por exemplo, a temperatura, onde essa afeta diretamente
posta, demorando dessa forma um tempo finito até que se veri-
o módulo de elasticidade o diminuindo, bem como o limite de
fique o efeito. A segunda é caracterizada pela formação de um
resistência (LRT) a tração, no entanto aumento a ductilidade. O
pescoço, com a formação de uma estrutura altamente orientada.
aumento do peso molecular do plástico tende aumentar o seu
limite de resistência à tração, isso porque dessa forma é aumen-
tado o número de entrelaçamentos das cadeias. Ou ainda o fator
de cristalinidade, que é muito importante, uma vez que existem
materiais que apresentam tanto na forma semi-cristalina como,
também, na forma amorfa. E na característica mecânica, é ob-
servado que quanto maior for a cristalinidade, tem-se um au-
mento do modulo de elasticidade e, em geral, um maior limite
de resistência à tração, tornando o material mais frágil (menor
ductilidade). Já em materiais amorfos, observa-se um desenro-
lamento e retificação parcial da cadeia polimérica, tendo como
resultado um alongamento das cadeias na direção da tensão, e
dessa forma mais dúcteis, e em alguns casos rígidos. Figura 5 - Demonstração da formação de um pescoço no
Porém, ainda em relação à cristalinidade, deve-se observar que limite de escoamento. Fonte: Fundamentos da ciência
polímeros amorfos podem ser caracterizados tanto por flexíveis e engenharia de materiais: uma abordagem integrada,
CALLISTER (2006).
e rígidos, isso porque se estes forem amorfos com a sua tempe-
ratura de transição vítrea (Tg) abaixo da temperatura ambiente E a partir da fig. 5 é possível tirar algumas informações como,
(T.A) serão considerados flexíveis (E ~1 a 10 MPa), e se apre- por exemplo, o que acontece quando se inicia o processo de for-
sentarem a Tg acima da T.A, serão produtos rígidos (E ~ 1 a 10 mação do pescoço, e este se desenvolve através das bandas de
Gpa). Já paro os Semi-cristalinos, onde se tem que a Tg e abaixo deformação, como é possível notar na fig. 6 abaixo. E em alguns
da T.A e que a temperatura ambiente é menor que a tempera- casos de polímeros, nota-se casos do processo de crazing (multi-
tura de fusão (Tm), o grau de rigidez é intermediário. fibrilamento) – comum de termoplásticos e polímeros amorfos e
vítreos - levando a um aumento da tenacidade pela maior absor-
Fratura de polímeros ção de energia da fratura, ou ainda casos de cavitação (comum
Uma definição de fratura é a dada pelo CALLISTER (2006), de polímeros vítreos reticulados, termoplásticos cristalinos e
que põe a fratura como sendo pela separação de um corpo ou borrachas).
peça em duas ou mais parte como resposta da aplicação de uma
A diferença das bandas de deformação e o crazing se dá que o
carga sobre o mesmo. Nos polímeros os valores de resistência
primeiro tem deformação constante do volume, com orientação
à fratura inferiores em relação a metais e cerâmicas. Para estes,
ao longo da direção do estresse e prevalece em polímeros semi-
ocorre os fenômenos de fratura dúctil ou frágil, com efeitos de
cristalinos. E o crazing, fig. 8 tem deformação dilatacional, com
transição dúctil-frágil.
orientação perpendicular ao estresse, mais provável de ocorrer
A fratura dúctil se caracteriza pela deformação plástica na re- em polímeros amorfos e vítreos.
gião da propagação da trinca, de forma a apresentar uma ele-
vada absorção de energia de deformação antes de falhar. Já a
fratura frágil, apresenta uma pequena deformação plástica, ou
seja, com pouco absorção de energia antes de falhar. De forma
a ter uma propagação muita rápida e contínua da trinca

Figura 6 - Mecânica de deformação dos polímeros por


bandas de deformação. Fonte: Fundamentos da ciên-
cia e engenharia de materiais: uma abordagem inte-
grada, CALLISTER (2006).

Figura 4 - Mecanismo de fratura nos polímeros. Fonte:


Fundamentos da ciência e engenharia de materiais:
uma abordagem integrada, CALLISTER (2006).
Figura 7 - Mecânica do crazing em polímeros. Fonte:
O processo trativo de materiais poliméricos é dividido em par- Fundamentos da ciência e engenharia de materiais:
tes, elástica e plástica. A primeira é dada pelo alongamento das uma abordagem integrada, CALLISTER (2006).
moléculas da região amorfa, além da variação de ângulos e a

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moldagem por injeção, a partir de chapas extrudadas, placas
Mecânica da fratura linear-elástica
moldadas por compressão, entre outros métodos de obtenção
(MFEL) destes. Os corpos de prova para o ensaio são em forma de halte-
res com a superfície da seção cruzada plana. Já para as dimen-
Para que pudesse se analisar o comportamento da fra-
sões, estas devem ser escolhidas de acordo com o comporta-
tura de polímeros, devido à dificuldade e complexi- mento mecânico do polímero (rígido ou semi-rígido).
dade, foi proposta algumas aproximações. Uma delas é
a estatística, que permite uma visualização do início do Efeito da velocidade de ensaio
processo de fratura. Em polímeros dúcteis (no estudo, A velocidade em que será feito o ensaio, é um parâmetro esco-
caso do PMMA e PS), o principal enfoque de problemas lhido dentro de um intervalo de valores estipulados por normas
é a possível transição dúctil-frágil devido a modifica- técnicas que variam de acordo com o comportamento mecânico
ções do modo de ensaio e/ou uso como, por exemplo, a do polímero e da geometria do corpo de prova. A norma ASTM
D638 (Standard Test Method for Tensile Properties of Plastics –
mudança na velocidade de ensaio.
Método para teste padrão para propriedade sob tração em polí-
No caso mais geral, as fraturas ocorrem por concentra- meros) recomenda que se o material em estudo não tiver uma
ção de tensões locais, i.e., imperfeições no material. E velocidade especificada, recomenda-se fazer o uso de velocida-
des que faça com o material rompa dentro de um intervalo de
no ano de 1920, Alan Arnold Griffith, desenvolveu um meio a cinco minutos de teste.
mecanismo para resolver o problema da concentração
de tensões infinitas na ponta de uma trinca com o uso Para um ensaio mecânico, se a amostra for estirada sob tração a
uma velocidade baixa, seu módulo será baixo. No entanto, se a
do balanço energético. Obtendo a seguinte equação:
velocidade de deformação aumentar, o módulo também irá au-
mentar. O aumento da velocidade de ensaio tende a diminuir a
𝟐𝑬𝜸 ductilidade, o alongamento na ruptura, mas aumenta as tensões
𝝈𝒇 = √ no ponto de escoamento.
𝝅𝒂
Onde 𝝈𝒇 é tensão de fratura (Pa), E é o módulo de elas-
ticidade (Pa), 𝜸 energia superficial liberada (Jm -2), e
daí possibilita o cálculo da tensão de fratura como
função de a, consolidando a então equação de Griffith
para materiais frágeis (polímeros cristalinos)

Figura 9 - Efeito da temperatura e velocidade do ensaio


sobre o comportamento mecânico. Fonte: Técnicas de
Caracterização de Polímeros, CANEVAROLO (2004)
Máquina universal de ensaios (INSTRON)
Para a realização do ensaio, fez-se o uso da máquina universal
de ensaios, INSTRON (modelo EMIC 23-100). Esta consiste ba-
sicamente de um arranjo de garras fixadoras de CP’s (uma fixa e
outra móvel), uma célula de carga, um mecanismo de direciona-
Figura 8 - Mecanismo de Griffith para falhas. Fonte:
mento e extensômetros ópticos. Na travessa dita como móvel,
Fundamentos da ciência e engenharia de materiais:
tem-se o mecanismo de direcionamento e a célula de carga. O
uma abordagem integrada, CALLISTER (2006).
direcionamento controla o sentido no qual a travessa se moverá,
Ensaio de tração em polímeros i.e., para cima ou para baixo. Bem como a velocidade com a qual
o material sofrerá o ensaio (em unidade de milímetros/minuto).
Como especificado por GARCIA; SPIM; SANTOS (2012), o en- A célula de carga (com capacidade de até 100kN), deve ser apli-
saio consiste em uma aplicação de tração uniaxial crescente em cada conforme o material em estudo, garantindo assim uma
um corpo de prova específico até sua ruptura ou alongamento maior sensibilidade de resultado.
máximo. Em contexto de resultados, mede-se a variação de
comprimento como uma função da carga aplicada, e posterior-
mente realiza-se um gráfico tensão versus deformação. É um
ensaio simplório que garante a obtenção de diversas proprie-
dades do material em estudo, sendo elas o limite de resistência
à tração, limite de escoamento, módulo de elasticidade, módulo
de resiliência, módulo de tenacidade, entre outras.
Para que seja feito o ensaio mecânico, utilizam-se corpos de
prova padronizados por normas ASTM D638 e ISO 527-1, ou
seja, há uma necessidade de garantir uma geometria, dimensão
e tolerâncias dimensionais contínuas, com o intuito de não ter
Figura 10 - Representação esquemática do dispositivo
efeitos divergentes da realidade do material. Para os materiais
de ensaio de tração uniaxial. Fonte: Técnicas de Carac-
poliméricos, os CP’s podem ser preparados a partir de
terização de Polímeros, CANEVAROLO (2004).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise Gráfica
Como parte final do experimento, foi proposta a observação grá-
fica com uso de softwares para retirada de dados das proprieda-
des mecânicas via curvas Tensão versus Deformação. E a partir
dessas se extraísse valores para o módulo de elasticidade, limite
de escoamento, limite de ruptura, deformação máxima, tenaci-
dade, ductilidade e resiliência. E para que fosse calculado, fez-se
o uso de fórmulas e métodos de aplicação destes em gráficos.

Módulo de Elasticidade (E)


Figura 11 - Polímero após ensaio de tração, onde A de-
monstra o material antes do ensaio e B após, com o O módulo é medido pela razão entre a tensão e a deformação,
empescoçamento. Fonte: Aula de ensaio de tração da dentro do limite elástico, onde nesse espaço, a deformação é con-
disciplina de Resistência e falha dos Materiais, 36 sli-
siderada reversível e proporcional a tensão.
des. SANTANA, W.
𝝈 ∆𝑭/𝑨𝒐
METODOLOGIA 𝑬= =
𝑫 ∆𝑿/𝑳𝒐
Nesta etapa, foram utilizados corpos de prova dos polímeros
PMMA, PC, PEBD, PP, PET, PS, PE+CM, PBT, PEMD. As pro- Onde E é o módulo dado em (GPa), σ é a tensão, D é a deforma-
priedades dos materiais em estudos podem, bem como a sua ção, ∆F é a força aplicada no corpo de prova, Ao é a área inicial
estrutura molecular podem ser visualizadas nas tabelas a se- do CP, ∆X é um incremento no comprimento no corpo de prova
guir. E estas peças foram previamente medidas com o uso de e Lo é a distância entre pontos no corpo de prova.
paquímetros da Digimess. Posteriormente fez-se o ensaio de Limite de Escoamento e Ruptura
tração a fim de obter as curvas de tensão versus deformação,
mudando parâmetros de distância entre pontos nos corpos de Para que fosse encontrado o limite de escoamento fez-se o uso de
uma condição, Off-set de 0,2%, nos gráficos. De forma a obter
prova e a velocidade do ensaio para cada material. Após cada
uma curva paralela àquela obtida, observando assim onde iria
ensaio, a peça era novamente medida de forma a obter os dados
tocar na curva. E naquele ponto é obtido a tensão no escoamento.
de área final obtida na peça (largura final x espessura final). E
E para o limite de ruptura, buscou-se analisar o ponto onde ocor-
além disso anotava-se dados de velocidade de ensaio, força má- reu de fato a falha material ou o momento em que a máquina
xima exercida (kN) e tensão na ruptura (MPa). deixou de gravar os dados.
Tenacidade
A tenacidade dos materiais é a capacidade deste absorver energia
total (elástica e plástica) até atingir a ruptura. E para que fosse
obtido este dado a partir da analise da área abaixo da curva ob-
tida.
Ductilidade
A ductilidade é uma forma de se determinar o grau de deforma-
ção plástica suportada até a fratura. Essa medida pode ser ex-
pressa quantitativamente pelo alongamento percentual ou a re-
Figura 12 - Corpos de provas utilizados em laboratório, 𝑨𝒐−𝑨𝒇
dução percentual da área, ou seja %𝑹𝑨 = ( ) × 𝟏𝟎𝟎
usando a lapiseira como referência de tamanho. Fonte: 𝑨𝒐
Autor.
largura inicial largura final espessura espessura final distância entre os pontos, velocidade
Polímero
(mm) (mm) inicial (mm) (mm) lo (mm) (mm/min)
PMMA 13,13 13,1 3,16 3,12 50,11 5
PC 10,46 8,4 3,19 2,48 50,59 20
PEBD 10,18 9,06 3,15 2,62 49,674 20
PP 10,37 5,67 3,18 1,57 49,675 20
PET 13,1 11,43 3,11 1,86 50,576 5
PS 10,32 10,23 3,2 3,14 50,467 5
PE+ CM 12,8 10,02 3,07 2,38 50,833 5
PBT 12,68 10,64 3,11 1,86 50,441 5
PEAD 12,68 6,30 3,07 1,55 50,767 30
Tabela 3 - Dimensões dos CP's e dados aplicados na máquina. Fonte: Autor.
6
Resiliência Deslocamento do Sensor
A resiliência é determinada como a capacidade do material de Polímero PEBD PEAD PE+CM
absorver energia mecânica no regime elástico por unidade de Módulo de Elasticidade (GPa) 0,05 0,151 0,084
volume e readquirir a forma original quando retirada a carga
Limite de escoamento (MPa) 5 15 8
que provocou a deformação. Para sua determinação faz-se o
uso da seguinte fórmula: Limite de ruptura (MPa) 8 13 14
Máxima deformação 1,1 3,1 2
e e  e2
UR =   e ; e = UR = Tenacidade (J/m3) 7,15 43,4 22
2 E 2 E Resiliência (J/m3) 0,250 0,745 0,381
Polímeros testados em laboratório Tabela 5 - Propriedades Polietilenos obtidas pelo deslo-
camento do sensor. Fonte: Autor
Para os PE, em razão dos diferentes tipos de velocidades de en-
saio, fica impossibilitado correlacionar suas deformações, po- Em relação aos demais polímeros, é possível fazer breves aproxi-
rém de forma objetiva, pode-se comentar sobre a diferença de mações de suas cadeias e observar seus resultados quanto ao que
cristalinidade entre estes. O PEBD, é um polímero parcial- era esperado na bibliografia com o que se obteve via teste mecâ-
mente cristalino (50 – 60%), ele apresenta uma combinação de nico de tração. Por exemplo, para o caso do polipropileno (PP),
propriedades de tenacidade, alta resistência ao impacto e alta que vem de estrutura carbônica, das poliolefinas da mesma
flexibilidade. Já o polietileno de alta densidade (PEAD), é li- forma que o polietileno. Ainda se tem casos de polímeros acríli-
near e altamente cristalino (acima de 90%), pois apresenta um cos (PMMA), derivados do ácido acrílico; polímeros derivados de
baixo teor de ramificações. E essa linearidade das cadeias e éster, podendo gerar cadeias saturadas (polímeros de engenha-
consequentemente a sua maior densidade do PEAD fazem com ria) ou insaturadas (termofixos), e nessa classe existe o PET e o
que a orientação, o alinhamento e o empacotamento das ca- PBT, onde a diferença entre estes se situa no grupo etileno no
deias sejam mais eficientes; as forças intermoleculares possam PET e o butileno para o PBT, dessa forma o último apresenta
agir mais intensamente, e, como isso, a cristalinidade seja uma maior cadeia. Além destes, há o policarbonato, que é carac-
maior que no caso do PEBD. As propriedades mecânicas so- terizado pela ligação com o CO3, levando a formação em geral de
frem forte influência do peso molecular, do teor de ramifica- materiais com boa resistência mecânica de tração, e os polímeros
ções e da orientação, e devido a estes fatores, o PEAD aparece estirênicos que são derivados do estireno.
com melhores propriedades mecânicas.
Em geral, de acordo com CANEVAROLO (2013), é possível clas-
sificar quanto a desempenho mecânico os polímeros existentes,
Polietileno e com base no que foi ensaiado, foi possível pôr como “commo-
16 dities”, ou seja, aqueles que são de baixo custo e baixo nível de
14 exigência mecânica, seriam as poliolefinas (PP, PE) e o poliesti-
12 reno (PS). E como termoplásticos especiais, são aqueles com o
Tensão (MPa)

custo levemente superior aos convencionais, mas com caracte-


10
rísticas mecânicas melhores. Dessa forma, tem-se desse segundo
8 grupo, o PMMA. E por último, os polímeros termoplásticos de
6 Máquina PEBD Sensor PEBD engenharia, seriam aqueles que tem bom desempenho mecânico
4 Máquina PE+CM Sensor PE+CM e com melhor resultado para dispositivos mecânicos (engrena-
2 gens, peças técnicas para automóveis, etc), seriam o PBT, o PET
Máquina PEAD Sensor PEAD e o PC.
0
0 0,5 1 1,5 2 140
Deformação (mm/mm) PMMA
120
PC
Gráfico 1 - Ensaio de tração de três tipos de Polietileno 100
Tensão (MPa)

com o uso de diferentes velocidades de ensaio. Fonte: PP


Autor. 80 PET
Deslocamento da máquina PS
60
Polímero PEBD PEAD PE+CM
40 PBT
Módulo de Elasticidade (GPa) 0,033 0,099 0,058
Limite de escoamento (MPa) 5 15 8 20
Limite de ruptura (MPa) 8 14 14 0
Máxima deformação 1,5 4 1,8 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Tenacidade (J/m^3) Deformação da máquina (mm/mm)


9,75 58 19,8
Resiliência (J/m^3) 0,379 1,136 0,552 Gráfico 2 - Ensaio de tração para diversos polímeros,
Ductilidade 25,9 74,9 39,3 observando deformação da máquina. Fonte: Autor.

Tabela 4 - Propriedades Polietilenos obtidas pelo deslocamento 7


da máquina. Fonte: Autor
140 CONCLUSÕES
PMMA
A partir do experimento realizado, foi possível obter, através do
120 PC
uso de programas gráficos (Excell 2016) e compará-los com o uso
PP
de bibliografias e programas de seleção de materiais (CES Selec-
100 PET
tor 2013). De maneira geral, é possível afirmar que os resultados
Tensão (MPa)

PS
80 foram satisfatórios a partir do momento que conseguiu-se corre-
PBT lacionar os fatores químicos intrínsecos de cada polímero, i.e.,
60 cadeia polimérica, os elementos constituintes de cada cadeia, as
ligações formadas por estas, a orientação, entre diversos outros
40 fatores.
E sobre fatores influenciadores, o mais notório em prática foi a
20
mudança de valores de velocidade de ensaio, uma vez que, o en-
saio de tração depende muito da velocidade e temperatura em
0
0 0,1 0,2 0,3 que o material é estirado, podendo dessa forma apresentar um
Deformação Sensor (mm/mm) baixo módulo ou alto módulo, e consequentemente uma alta de-
Gráfico 3 - Ensaio de tração para diversos polímeros, formação ou baixa deformação.
observando deformação do sensor. Fonte: Autor. Dessa forma, quando observado os meros, é esperado que os po-
límeros que apresentam grupos cíclicos como, por exemplo o
Deslocamento da Máquina PET, o PBT, o PS e o PC, fossem os que apresentassem maior
PS PMMA PC PET PBT PP resistência a tração, isso porque esses grupos tendem a formar
Polímero
Módulo ligações mais fortes e tornar a cadeia menos flexível, ou seja,
de Elasti- 0,58 0,56 0,29 forma um material mais rígido e , muitas vezes, frágil. E em con-
cidade trapartida, os polímeros de cadeia simples, homogênea, como,
(Gpa) 1,04 0,615 8 3 0,593 3
por exemplo, o PP e o PE, fossem os que apresentassem caracte-
Limite de
escoa- rística mais dúctil. E os de cadeia não homogênea, mas sem a
mento existência de ciclos, apresentasse característica de rigidez inter-
(MPa) 120 58 62 61 57 21 mediaria. E no final de prática, foi concluído os resultados, po-
Limite de
ruptura rém ao serem comparados, percebe-se uma discrepância de dos
(MPa) 130 62 48 52 48 16 valores de módulo elástico, e a partir daí criou-se a hipótese de
Máxima termos corpos de prova trocados, ou ainda a identidade incorreta
deforma- dos mesmos.
ção 0,16 0,13 0,35 0,15 0,24 2,2
Tenaci- Para que pudesse se firmar respostas coerentes quanto aos mes-
dade
(J/m^3) 20 7,8 19,3 8,48 12,6 40,7 mos, seria necessária uma observação de Difração de Raio-X, de
Resiliên- forma a obter os constituintes efetivos da composição. Outro
0,92
cia problema observado em prática é que em alguns momentos o
(J/m^3) 6,94 2,73 3,27 3,3 2,74 3 sensor óptico da máquina deixava de medir os pontos desenha-
Ductili-
dade 2,73 1,49 37,6 47,8 49,8 73 dos na peça, fazendo com que, no momento de obtenção de da-
Tabela 6 - Propriedades dos polímeros obtidas pelo dos, houvesse uma imprecisão/variação de valores como, por
deslocamento da máquina. Fonte: Autor exemplo, no caso do polipropileno (PP), onde sua tomada de da-
dos do deslocamento do sensor foi parada a partir do ponto 750.
Deslocamento do Sensor
Polímero PS PMMA PC PET PBT PP
Módulo de
Elasticidade
(GPa) 3,27 1,79 0,995 1,28 1,23 0,468
Limite de
escoamento
(MPa) 110 46 62 61 58 0
Limite de
ruptura
(MPa) 130 62 48 47 50 0
Máxima de-
formação 0,1 0,06 0,34 0,1 0,24 0
Tenacidade
(J/m^3) 12 3,24 18,7 5,4 12,9 0
Resiliência
(J/m^3) 1,85 0,589 1,93 1,45 1,37 0
Tabela 7 - Propriedades dos polímeros obtidas pelo des-
locamento do sensor. Fonte: Autor

8
REFERÊNCIAS

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engenharia de materiais: uma abordagem inte-
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engenharia de materiais: uma introdução. 8 ed.
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nheiros, 3. ed. ver. E ampl. São Paulo: Artliber, 2006.
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Polymer Science, 4. ed. Hoboken, N.J.: John Wiley
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Polymeric Materials, 3. ed. Hoboken, N.J.: John Wi-
ley and Sons, 2012. 407 p.
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13. BRANDRUP, J; IMMERGUT, E. H.; GRULKE, E.
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ley and Sons, 2003.2 Volumes.

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