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Unidade II

Teoria
Psicanalítica

Objetivos da Unidade

• Descrever os principais aspetos da teoria da psicanalítica;


• Conhecer como surgiu a psicanálise;
• Indicar a estrutura e dinâmica da personalidade segundo a
psicanálise;
• Diferenciar inconsciente, consciente e pré-consciente;
• Diferenciar as fases do desenvolvimento psicossexual
infantil.
Aula produzida a partir das informações contidas no capítulo 1:
Evolução Histórica da Psicanálise (p. 1-10), da obra
Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica, clínica - Uma
abordagem didática, do autor ZIMERMAN.

REFERÊNCIAS

ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria,


técnica, clínica - Uma abordagem didática. Artmed Editora,
2009.
Disciplina fundada por Freud e na
qual podemos, com ele, distinguir
três níveis:
Método de investigação

• a) Um método de investigação que consiste essencialmente em


evidenciar o significado inconsciente das palavras, ações, das
produções imaginárias (sonhos, fantasias e delírios) de um sujeito.
Este método baseia-se principalmente nas associações livres do
sujeito, que são a garantia da validade da interpretação. A
interpretação psicanalítica pode estender-se a produções humanas
para as quais não se dispõe de associações livres (LAPLANCHE,
PONTALIS, 2016, p.384-385).
LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Psicanálise.
In:_____. Vocabulário da psicanálise. São Paulo:
Martins Fontes, 2016.
Método psicoterápico

• b) Um método psicoterápico baseado nesta investigação e o


especificado pela interpretação controlada da resistência, da
transferência e do desejo. O emprego da psicanálise como sinônimo
de tratamento psicanalítico está ligado a este sentido; exemplo:
começar uma psicanálise (ou uma análise) (LAPLANCHE, PONTALIS,
2016, p.384-385).

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Psicanálise.


In: ______.Vocabulário da psicanálise. São Paulo:
Martins Fontes, 2016.
Conjunto de teorias psicanalíticas e
psicopatológicas

• c) Um conjunto de teorias psicanalíticas e psicopatológicas em que


são sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico
de investigação e de tratamento (LAPLANCHE, PONTALIS, 2016, p.384-
385).

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand. Psicanálise.


In:______. Vocabulário da psicanálise. São Paulo:
Martins Fontes, 2016.
Principais Teorias
Consciente

Pré-consciente
Teoria Topográfica
ou Teoria do
Inconsciente
Inconsciente
Teoria Topográfica do Inconsciente (1ª Tópica)
• 1)O Consciente – Inclui porções da vida mental a que
o indivíduo tem acesso de forma imediata.
• É tudo aquilo que eu sei de forma imediata,
instantânea.
• Inclui raciocínios, percepções e pensamentos.

ROUDINESCO, Elisabeth. Dicionário de psicanálise. Zahar, 1998.


Teoria Topográfica do Inconsciente (1ª Tópica)
• 2)O Pré-Consciente – Inclui as partes da vida mental que podem ser
trazidas ao consciente após um esforço de concentração da atenção.

• Para Roudinesco (1998, p.596), “o pré-consciente age como protetor


do consciente: faz triagens e seleciona, com a finalidade de afastar as
moções desagradáveis que possam importunar o consciente”.

ROUDINESCO, Elisabeth. Dicionário de psicanálise. Zahar, 1998.


Teoria Topográfica do Inconsciente (1ª Tópica
• O Pré-Consciente é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode
tornar-se consciente com facilidade.

• O Pré-Consciente é como uma vasta área de posse das lembranças de


que a consciência precisa para desempenhar suas funções.
Teoria Topográfica ou do Inconsciente (1ª Tópica)

• 3)O Inconsciente – É constituído por conteúdos


reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-
conscientes /conscientes por causa das censuras
internas.

• É desconhecido para o indivíduo, contudo partes do


seu conteúdo possam às vezes, passar para a pré-
consciência e daí podem se manifestar no consciente.
Teoria Topográfica ou do Inconsciente (1ª
Tópica
• O material reprimido não é esquecido nem perdido, mas sim
recalcado;
• Memórias antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar
que não perderam nada de sua força emocional;
• Os processos mentais inconscientes são atemporais (não se sujeitam
ao tempo e a lógica).
Como chegar ao Inconsciente?
• Vias sintomas;
• Via chistes ou pilhérias (gracejos sem graça);
• Atos falhos (uma manifestação não intencional de uma ideia
reprimida que perturba o discurso e a conduta de um indivíduo);
• Via sonhos.
Instâncias da Personalidade Humana (2ª Tópica)
• A partir de 1920 alguns conceitos psicanalíticos sofreram
reformulações;

• E, na obra “O Ego e o Id”, Freud demonstra que o primeiro modelo de


divisão do psiquismo em inconsciente, pré-consciente e consciente já
não é mais suficiente (primeira tópica). Introduzindo assim as três
instâncias: Id, Ego e Superego (segunda tópica).
• Esses dois modelos não são excludentes, são complementares;
• O ego é uma instância de regulação dos fenômenos psíquicos, pois
busca equilibrar as exigências do id (reserva de pulsões) e do
superego;
• Na primeira tópica, o objetivo era “tornar consciente aquilo que
estava inconsciente”;
• Na segunda tópica, o objetivo “Lá onde estava o Id, deve surgir o
Ego”.
Id

• É o sistema original da personalidade, sendo os componentes


psicológicos presentes no nascimento, onde estão incluídos
os instintos;

• É o reservatório inicial da energia psíquica, vive sempre em


conflito com o Ego e Superego;

• O Id é extremamente instintivo que tem como objetivo


principal a satisfação dos desejos.
Ego
• É a parte executiva e consciente da personalidade;
• Segundo Freud, o Ego surgiu como uma parte do Id que se
desenvolveu devido a uma influência do mundo externo real, que
precisa lidar com a realidade;
• O Ego recebe os estímulos e utiliza mecanismos de proteção contra
eles;
• Dessa forma, o Ego faz a mediação entre o Id e o mundo exterior.
Superego
• É o resultado do longo período de infância, em que o
ser humano em crescimento vive na dependência dos
pais;

• Forma-se no Ego uma instância específica, na qual


prossegue a influência parental;

• É a integração das forças sociais repressivas que o


indivíduo encontra no decurso do seu
desenvolvimento infantil (família, religião e
sociedade).
NEUROSE E PSICOSE
• Para Freud “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e
o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um
distúrbio semelhante nas relações entre o ego e o mundo
externo”;

• Neurose: Distúrbio psíquico de um recalque imperfeito de


desejos que foram censurados, os desejos procuram meios de se
manifestar, esses meios são os sintomas neuróticos.
Alucinação e Delírio
• Alucinações são vivências que o sujeito experimenta, relacionadas à
senso-percepção, podendo ser visuais, auditivas, motoras, de
sensações corporais. Enfim, são coisas que a pessoa sente, vivencia;

• Já o delírio é ligado ao pensamento. São ideias que a pessoa cria,


constrói, muitas vezes para dar conta das experiências alucinatórias
que vivencia. É como uma espécie de história que o sujeito cria e que
de certa forma, por mais “fora da realidade” que possa parecer,
estrutura a sua realidade.
Tipos de Psicose
• Paranoia ou transtorno de personalidade delirante: grande
sintoma é o delírio (grandeza, perseguição e delírio de ciúme);

• Esquizofrenia: mais desestruturante com os laços sociais,


estranha a si mesmo, afastamento da personalidade;

• Alterações severas de humor: empobrecimento afetivo, apatia


e desmotivação, alucinações (olfativas, cheiro de putrefação).
A PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA
PSICOSE
• Para uma neurose o fator decisivo seria a predominância da influência
da realidade, enquanto para uma psicose esse fator seria a
predominância do id;

• Na psicose a perda de realidade estaria necessariamente presente, ao


passo que na neurose, segundo pareceria, essa perda seria evitada;
• A neurose é o resultado de uma repressão fracassada;

• A mesma objeção surge de maneira sobremodo acentuada


quando estamos lidando com uma neurose na qual a causa
excitante (a ‘cena traumática’) é conhecida e onde se pode ver
como a pessoa interessada volta as costas à experiência, e a
transfere à amnésia.
A TEORIA DA
SEXUALIDADE
A TEORIA DA SEXUALIDADE
• O fator sexual tem um papel decisivo como ponto de partida para os
sintomas;

• As neuroses sexuais são intensas;

• O traumatismo originário está relacionado as experiências sexuais


vividas antes da puberdade.
TRÊS ENSAIOS SOBRE A SEXUALIDADE
• Uma das obras mais importantes de Freud;

• Nela a opinião popular e científica são desafiadas sobre a


sexualidade;

• Freud argumenta que a sexualidade não começa na puberdade, mas


na primeira infância;

• A obra é dividida em três ensaios.


Primeiro ensaio: as aberrações sexuais
• Freud critica os preconceitos populares e científicos segundo a qual
as perversões (homossexualidade, zoofilia etc.) resultam de uma
degeneração ou tara constitutiva;

• Ele busca a verdadeira origem na infância (no desenvolvimento


psicossexual);
Primeiro ensaio: as aberrações sexuais
• Desvios sexuais em relação ao objeto sexual (a pessoa da qual emana
a atração sexual);

• Desvios em relação à meta sexual (ao ato que leva a pulsão).


Desvios sexuais em relação ao objeto sexual
• Entre essas perversões estão a homossexualidade, pedofilia, zoofilia,
necrofilia etc.;

• Essas perversões decorrem da um componente adquirido da


sexualidade humana e não inata ou constitutiva.
A Inversão
• Invertidos absolutos – o objeto sexual só pode ser do mesmo
sexo, enquanto o sexo oposto nunca é para eles objeto de
anseio sexual;

• Invertidos anfígenos (hermafroditas sexuais) – seu objeto


pode pertencer ao mesmo sexo quanto ao outro;

• Invertidos ocasionais – na falta do objeto sexual normal,


tomam como objeto sexual alguém do mesmo sexo.
Segundo ensaio: a sexualidade infantil
• A sexualidade está presente na criança e não apenas na puberdade;

• Amnésia infantil – os adultos tem pouca ou nenhuma lembrança de


seus primeiros anos;

• Tanto a amnésia infantil quanto a amnésia histérica tem como causa a


repressão;
Segundo ensaio: a sexualidade infantil
• A vida sexual da criança manifesta-se de forma observável por volta
dos 3 a 4 anos;

• A manifestação das pulsões sexuais se chocam com os obstáculos


externos (como a educação) e internos (repulsa, pudor e moral, os
dois últimos a expressão da repressão).
As manifestações da sexualidade infantil
• Freud toma a sucção como exemplo da sexualidade infantil;

• Isso pode continuar até a maturidade ou persistir por toda vida, aqui
está excluído qualquer propósito de nutrição;

• Durante a amamentação os lábios da criança tem o papel de zona


erógena que está na fonte da sensação de prazer;

• A pulsão sexual na criança é essencialmente masturbatória oral, mas


também ligadas à zona anal.
As manifestações da sexualidade infantil
• Três fases da masturbação infantil:

• 1)O onanismo do bebê na época do aleitamento;

• 2)Em torno dos 3 ou 4 anos;

• 3)Onanismo na puberdade.
Terceiro ensaio: as metamorfoses da puberdade
• A sexualidade infantil é autoerótica - narcisista (se não resolvida,
temos um viciado em masturbação);

• A sexualidade pós-pubertária é centrada na escolha do objeto;

• Na puberdade ocorre uma integração progressiva das pulsões


parciais, que culmina na escolha do objeto;
Terceiro ensaio: as metamorfoses da puberdade
• Escolha de objeto – relação de objeto de amor que se dirige a uma
pessoa sentida como uma pessoa total, modo de relação em que
intervém um outro par de opostos;

• Existe um papel decisivo desempenhado pela sexualidade infantil no


futuro normal ou patológico do indivíduo.
A Teoria dos Instintos (pulsão ou impulso)
• Sinônimos;
• É uma necessidade psíquica e orgânica;
• Pressão ou necessidade que nos dirige para um determinado fim;
• São as forças que existem por trás das tensões geradas pela
necessidade;
• Toda pulsão tem uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um
objeto.
Pulsão de vida X Pulsão de morte
• Pulsão de vida: toda demanda interna que nos leva a buscar o prazer,
a criar e a realizar projetos;

• Pulsão de morte: a demanda que nos conduz ao isolamento,


estagnação e atos de destruição e morte;

• Todo ser humano possui;


• A meta da pulsão de vida é estabelecer conexões cada vez
maiores no intuito de buscar o prazer;
• A pulsão de morte visa desfazer ou dissolver os nexos, as
conexões, destruir as coisas. Fazendo com que aquilo que é vivo
passe ao estado inorgânico (Freud);
• Os instintos não estão restrito a uma das províncias da psique,
eles estão em toda parte.
A TEORIA DA
LIBIDO
A TEORIA DA LIBIDO
• Freud retirou o termo do contexto meramente sexual (sexologia) e a
integrou na conceituação de pulsão, na relação com o objeto (libido
objetal) e na identidade narcísica (libido do eu);

• Disse que EROS entendido como pulsão sexual era melhor


compreendida como pulsão de vida, contrapondo THANATOS (pulsão
de morte);
• Freud fez da libido uma “energia” na vida psíquica (pulsão),
tendo como finalidade a satisfação de um desejo, fixando-se
em objetos;

• É a energia que vem das pulsões e que afeta nosso


comportamento, direcionando-o;

• A libido, que é uma dimensão fundamental da pulsão, fixa-se


em objetos: a libido objetal pode deslocar-se mudando de
objeto e de objetivo.
Roudinesco (1998) afirma que Freud definiu
quatro fases:
• o estádio oral – 0 a 1 ano, em que o prazer sexual está ligado à
excitação da cavidade bucal e à sucção (comer/ser comido);
• o estádio anal (ou sádico-anal) – 02 a 04 anos, em que o
erotismo se define em relação à atividade de defecação e de
acordo com um simbolismo obsessivo das fezes, do dom e do
dinheiro;
• o estádio fálico – 04 a 06 anos, em que a unificação das pulsões
parciais, tanto no menino quanto na menina, efetua-se sob a
primazia do órgão genital masculino;
• O estado de latência – 06 a 11 anos - os desejos sexuais não
resolvidos na fase anterior são reprimidos pelo superego;
• o estádio genital – a partir de 11 anos que se institui na
puberdade e marca a passagem para a sexualidade adulta.
Oral 0 a 1 ano
• Oral - onde o interesse está centrado na boca;
• O desejo e o prazer nessa fase localizam-se
primordialmente na boca, na ingestão de alimentos e
o seio materno;
• O bebê associa que a presença da mãe traz saciedade
a fome (mãe nutriente X mãe acalentadora);
• A mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do
prazer.
O tipo oral:
• 1) Oral precoce ou receptivo: pessoa dependente, espera que tudo
lhe seja dado, sem qualquer reciprocidade;

• 2) sádico-oral (aparecimento dos dentes), não espera que alguém lhe


dê voluntariamente qualquer coisa. Decide empregar a força e a
astúcia para conseguir o que deseja. Explorador e agressivo.
Consequências da Fixação
• Em adultos, existem muitos hábitos orais bem desenvolvidos e um
interesse contínuo em manter prazeres orais;
• Comer, chupar, morder, lamber ou beijar com estalo, são expressões
físicas destes interesses;
• Pessoas que mordem constantemente, fumantes e os que costumam
comer demais;
Consequências da Fixação
• O sarcasmo do adulto, o arrancar o alimento de alguém, a fofoca, têm
sido descritos como relacionados a esta fase do desenvolvimento;

• A passividade, a dependência e os transtornos alimentares estariam


ligados a dificuldades na fase oral.
Anal (2 a 4 anos)

• Anal (2 a 4 anos) onde o prazer está no ânus e na retenção;


• Nessa fase, a criança tem o desejo de controlar os
movimentos esfincterianos (obtendo prazer) e começa
também a entrar em conflito com a exigência social de
adquirir hábitos de higiene;
• Eliminar as fezes é prazeroso, contudo, existe a
necessidade social de controlar esse ato até chagar ao local
adequado.
Anal sadístico ou sádico-anal – 02 a 04 anos

• Impulsivamente avarento, sua segurança reside no isolamento.


• Opta por situações ordenadas, metódicas, parcimoniosas
(econômico) e obstinadas.
Consequências da Fixação
• Conflitos na questão de controle, de guardar para si ou entregar;
• O caráter anal é caracterizado por três traços que são: ordem,
parcimônia (econômico) e teimosia;
• Freud fala do "caráter anal" cujo comportamento está intimamente
ligado a experiências sofridas durante esta época da infância.
Fálica - 04 a 06 anos
• Onde o interesse está centrado na região do
pênis/clitóris;
• Essa fase só ocorre depois da superação das fases oral
e anal;
• Quando o desejo e o prazer localizam-se
primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do
corpo que excitam tais órgãos;
• Freud chamou essa fase de organização genital
infantil (organização infantil da libido).
Desenvolvimento Psicossexual

• Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais


importante para o desenvolvimento, tanto dos homens
quanto das mulheres;
• Ele afirmava que essa fase é melhor caracterizada por "fálica"
uma vez que é o período em que uma criança se dá conta de
seu pênis ou da falta de um;
• É a primeira fase em que as crianças tornam-se conscientes
das diferenças sexuais;
Desenvolvimento Psicossexual

• Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico;


• O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da masturbação,
acompanhada de importantes fantasias;
• Nessa fase fálica, também ocorre o complexo de Édipo.
Complexo de Édipo
• Retirada da Peça de Sófocles;
• Ciúmes dos pais;
• Pai é um rival;
• Desejo de matar o pai e se casar com a mãe;
• Medo de castração e renúncia ao amor.
Desenvolvimento Psicossexual

• Angustiada, a criança esquiva-se dos pais tomados como objetos


sexuais para salvar seu precioso pênis-Falo;

• Com a renúncia aos pais e a submissão à Lei do interdito do incesto,


consuma-se assim o momento culminante, o apogeu do complexo de
Édipo masculino.
Desenvolvimento Psicossexual

• Finalmente, a criança consegue preservar seu Falo,


mas ao preço de abandonar seus pais sexualizados;
• Sob ameaça, o menino angustiado tem de escolher
entre proteger a mãe ou o pênis;
• É o pênis que ele protege e é a mãe que ele
abandona;
• Ao renunciar à mãe, dessexualiza globalmente os dois
pais e recalca desejos, fantasias e angústia.
Desenvolvimento Psicossexual

• Aliviado, pode agora abrir-se a outros objetos desejáveis,


mas dessa vez legítimos e adaptados às suas possibilidades
reais;
• Somente assim, separada sexualmente dos pais, a criança
pode desejar outros parceiros escolhidos fora de sua
família.
Consequências da Fixação
• Dificuldades na formação do superego (regras sociais);

• Não compreensão dos papéis sexuais (inibição,


promiscuidade);

• Angústia de castração (problemas com ereção ou ejaculação


precoce).
Latência - 06 a 11 anos
• Período onde os desejos sexuais não resolvidos na fase anterior são
reprimidos pelo superego;
• A sexualidade não avança, os anseios sexuais perdem o vigor e são
temporariamente abandonados;
• O ego desenvolve a moralidade e o sentimento de vergonha e
repulsa.
Genital – a partir de 11 anos
• Fase final do desenvolvimento biológico e psicológico que ocorre com
início da puberdade e o consequente retorno da energia libidinal aos
órgãos sexuais;
• Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de
suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de
satisfazer suas necessidades eróticas no outro.

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