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Administração Financeira e Orçamentária

Autoria: Wagner Luiz Villalva

Tema 05
Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos
Tema 05
Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos
Autoria: Wagner Luiz Villalva
Como citar esse documento:
VILLALVA, Wagner Luiz. Administração Financeira e Orçamentaria: Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos. Caderno de
Atividades. Anhanguera Publicações: Valinhos, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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ACOMPANHENAWEB
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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Em que aplicar o fruto do meu investimento? Essa, normalmente, é a pergunta e a dúvida de muitas empresas no
que tange a investimentos. Muitas procuram administrar seus investimentos de uma forma conservadora, outras já são
mais arrojadas, chegando até a desafiar o mercado, correndo o risco de comprometer a sua estrutura de capital. Porém,
as empresas estão sempre conectadas ao cenário nacional e internacional, pois colocarão aí o seu capital próprio.

Para levantar capital, as empresas necessitam de recursos internos e recursos externos, e talvez por isso a grande
preocupação da maioria das empresas seja em que e como investir.

Uma vez o valor monetário investido e com a taxa de retorno saudável, as empresas terão condições de se estruturar e
até distribuir dividendos, como algumas empresas que já cresceram no mercado e usam a política de dividendos para
alavancarem o número de acionistas, utilizando-os como forma de aplicar o seu dinheiro.

A cada dia que passa, a política de dividendos é considerada um diferencial para atrair novos investidores. Um mito que
existe é que uma boa política de dividendos para o acionista é aquela que se propõe a distribuir o máximo possível dos
lucros em forma de proventos, o que, com toda a certeza, não é verdade.

Cada empresa deve determinar a sua própria política, adequada às suas características e filosofias, porque existem
efeitos positivos e negativos na distribuição dos dividendos.

Cada apresentação das necessidades de investimento e financiamento é diferente de empresa para empresa.

A única certeza é que a melhor política de dividendos será aquela que for mais clara e transparente para o acionista, as
chamadas “surpresas” certamente não serão bem-vindas nesse mercado.

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PORDENTRODOTEMA
Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos.
As empresas e as pessoas normalmente decidem em que investir e o valor monetário que investem com o objetivo
de conseguir o maior retorno possível. Para se ter uma ideia de onde investir ou não investir, é necessário um ponto de
referência e este ponto de referência é chamado de taxa requerida de retorno.

A taxa requerida de retorno nada mais é do que o retorno que os investidores esperam receber como fruto de seu
investimento. Todo e qualquer investidor investe já com a visão de um retorno esperado, retorno este acima ou compatível
com o mercado. Por lógica e coerência, o investidor sempre requererá um retorno maior. Com isso, consegue-se observar
o custo do capital.

O custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que as empresas usam para calcular, descontando ou
compondo, o valor do dinheiro no tempo. É calculado considerando-se os custos dos recursos de todas as fontes, postos
à disposição da empresa, e a participação percentual de cada fonte. Como recursos, temos o capital próprio (Patrimônio
Líquido) e o capital de terceiros (Passivo a Curto Prazo e Passivo a Longo Prazo).

Vários fatores determinam o custo de capital como, por exemplo, os riscos dos lucros, a proporção da dívida na estrutura
de capital, a solidez financeira da empresa e a forma pela qual os investidores avaliam os títulos da empresa.

O custo de capital é um dos principais fatores utilizados na determinação do valor da empresa. Na área financeira, o
custo de capital tem o mesmo conceito de taxa de desconto, ou seja, alto risco significa alto custo de capital e baixo risco
significa baixo custo de capital.

O custo de capital desempenha um papel no processo de decisão e podemos explicar de outra maneira. Ao emitir
títulos, a empresa dá a garantia de pagar um retorno aos seus credores e também aos acionistas, e esse pagamento é
um custo. Esses títulos e fundos são emitidos com a finalidade de gerar lucro à empresa para posterior repasse. Essa
sistemática, conhecida também como fluxo de caixa, é medida pelo cálculo dos valores presentes dos retornos gerados
pelos investimentos e pela comparação dos investimentos com os custos de investimentos.

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PORDENTRODOTEMA
O custo de capital poderá também ser visto como prêmio pelo risco que os investidores do mercado atribuem à empresa
ou aos ativos. Para entendimento, preço de risco é a diferença entre o rendimento de um título público de um país em
relação a outro investimento considerado seguro. Ou seja, é o retorno adicional que os investidores desejam obter para
aceitar correr determinado grau de risco. Quanto maior for a probabilidade de calote deste papel e o seu risco, maior
será o prêmio. Historicamente, os títulos do governo dos EUA são considerados os mais seguros do mundo e servem
como parâmetro para medir esse prêmio.

Prêmio de risco é calculado da seguinte maneira: a diferença entre os juros oferecido nesses mercados e o investimento
considerado seguro é o prêmio de risco. O prêmio também é medido pelos Credit Default Swaps (CDS), papéis que
funcionam como um seguro contra o calote de uma dívida.

Em relação ao custo de capital de uma empresa, isso não significa que a lucratividade de cada projeto ou de cada
decisão de investimento deva ser avaliada com referência ao custo agregado. Poderão ser avaliados separadamente, e
alguns poderão até ser ajustados.

Esses ajustes de fluxo de caixa de projetos, assim como as decisões para refletir os graus de riscos individuais, são
chamados de abordagem da taxa de desconto ajustada ao risco (TDAR). Caso esse método não seja utilizado, poderão
haver distorções no valor presente dos retornos, ou mesmo os valores presentes líquidos desses projetos arriscados.

Taxa de Desconto Ajustada ao Risco (TDAR) é a taxa de retorno que deve ser obtida para compensar os proprietários
pelo risco incorrido e manter ou elevar o preço das ações.

Usando Recursos Internos e Externos para Levantar o Capital

Os fundos de investimento que a empresa tem poderão ser gerados internamente ou externamente. As origens
dos fundos disponíveis internamente serão encontradas no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do
Exercício, que relacionam o montante dos fundos gerados pela retenção do lucro e pela depreciação. Logicamente,
quanto maior forem os fundos internos que a empresa tiver, menor serão os fundos disponíveis externos, pois as fontes
externas de fundos aparecem no lado direito do Balanço Patrimonial.

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PORDENTRODOTEMA
FONTES

Externas
Internas

Lucros Retidos Outras Recursos de Recursos


Terceiros Próprios

Empréstimo Capital
Bancários Acionário
(externo)
Emissão de Aumento de
Títulos Capital

Outras

Figura 5.1: Fontes dos fundos disponíveis.

Custo do Capital Próprio

O custo do capital próprio revela o retorno desejado pelos acionistas de uma empresa em suas decisões de
aplicação de capital próprio. Como procedimento de mensuração do custo de capital próprio, podemos citar o método
do fluxo de caixa descontado dos dividendos futuros esperados pelo mercado e também o modelo de precificação dos
ativos (CAPM), como a seguir:

Ke = Rf + Bx (Rm – Rf)

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PORDENTRODOTEMA
Onde:

Ke = Custo de Capital Próprio.

Rf = Taxa de Retorno de Ativos Livre de Riscos.

B = Medida do Risco Sistemático (não diversificável do ativo).

Rm = Rentabilidade oferecida pelo mercado em sua totalidade.

Fontes de Fundos a Longo Prazo

Considera-se que o ativo permanente, de longo prazo, de uma empresa é financiado com recursos também de longo
prazo, e que o endividamento retratado no passivo circulante seja utilizado apenas para financiar o ativo circulante.
Assim, para a decisão de investimento, e, portanto, para a determinação do seu custo de capital, apenas as fontes de
financiamento de longo prazo são relevantes.

Fontes de Fundos a Longo Prazo

Ativos Passivo Circulante


Empréstimos a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Ações Preferenciais
Ações Ordinárias
Lucros Retidos

Custo de Capital Próprio

Ações Preferenciais

A atribuição de dividendos fixos ou mínimos para ações preferenciais é relativamente comum entre outros países,
embora não o seja no Brasil. Nesse caso, por não ter nenhum direito sobre o lucro integral, as ações preferenciais são
equivalentes a empréstimos, porém, sem prazo determinado de vencimento. 

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PORDENTRODOTEMA
O custo das ações preferenciais com dividendos fixos anuais (sem direito a lucro remanescente) é calculado com a
equação a seguir:

Kp = Dp/Po(1-f-d)

Onde: Kp  =  custo das ações preferenciais.

Dp = dividendo fixo por ação.

P0  =  preço corrente da ação.

f   = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das ações em percentual.

d    = despesas de underwriting, em percentual.


 
Exemplo:

Uma companhia planeja emitir ações preferenciais com dividendo anual prefixado de R$ 15,00. O preço unitário corrente
da ação preferencial no mercado é de R$ 95,00, mas os investidores exigem 10% de deságio para subscrevê-las. As
despesas de underwriting são de 4%. Qual será o custo das ações preferenciais?

Kp = R$ 15,00 = 0,1836 ou 18,36%aa

R$ 95,00 (1 – 0,10-04)
 

Ações Ordinárias

Embora tenha prioridade na distribuição de dividendos, no Brasil, geralmente as ações preferenciais têm direitos
aos mesmos dividendos das ações ordinárias. Nesse caso, os custos dos dois tipos de ações podem ser calculados da
mesma forma.

O custo da ação ordinária pode ser medido, principalmente, por meio de duas técnicas:
a) Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de Gordon).
b) Modelo de precificação de ativos de capital (CAPM – Capital Asset Pricing Model).

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PORDENTRODOTEMA
Modelo de Precificação com Crescimento Constante

Por esse modelo, para calcular o valor da ação, desconta-se o fluxo de dividendos que se espera receber, com uma
taxa de crescimento anual, durante um horizonte infinito de tempo. A equação básica é a seguinte:

Po = D1/(Ks – g)

Onde: P0 = preço corrente da ação.

  D1 = dividendo por ação esperado no ano 1.

  Ks = taxa de retorno exigida sobre a ação.

  g  = taxa anual de crescimento constante dos lucros e dividendos.

Com base nos dados mostrados, pode-se obter a equação que representa o custo da ação, que corresponde à taxa de
retorno exigida pelos acionistas.

Ks = D1 +g / P0

Se ks é a taxa de retorno exigida pelos acionistas, para a empresa é o custo da ação, pois é a remuneração que deve
ser dada aos recursos investidos pelos acionistas.

Por exemplo: a ação de uma empresa é negociada em bolsa a preço corrente de $ 100, e seu dividendo anual previsto
é de $ 15, com previsão de crescimento dos lucros e dividendos a uma taxa média anual de 2%. O custo dessa ação
pode ser calculado como segue:

          Ks= $ 15 /$ 100 + 0,02 = 0,17 ou 17% a.a.

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PORDENTRODOTEMA
Emissão de Novas Ações

Para o emissor de novas ações, o custo da ação preferencial é diferente do custo da ação ordinária, ainda que tenha
os mesmos direitos sobre o lucro remanescente, pois os seus preços de mercado são diferentes, por diversos motivos:

• Somente a ação ordinária tem direito ao voto.

• A ação preferencial tem prioridade na distribuição do lucro, etc.

O preço da emissão de novas ações deve ser inferior ao preço praticado no mercado, para despertar o interesse dos
subscritores. Além de estar subprecificada, a empresa emissora receberá um valor líquido descontado do custo de
underwriting, conforme a equação, baseada no modelo de precificação com crescimento constante:

Kn = (D1 / P0 (1 – f – d) + g

Lucros Acumulados

Os lucros acumulados são lucros retidos por diversos motivos. Caso não fossem retidos, seriam distribuídos aos
acionistas. Pela divisão do acionista, os lucros não distribuídos equivalem a um reinvestimento na empresa. Portanto,
a retenção de lucros somente se justificaria se a expectativa do retorno sobre os fundos reinvestidos fosse pelo menos
igual ao retorno que os acionistas obteriam em investimentos com o mesmo nível de risco.

Para a empresa, o custo de lucros retidos, kr, é equivalente ao custo de emissão de ações ordinárias totalmente subscritas
e integralizadas, sem o deságio e as despesas de undewriting.

Com base em dados do exemplo utilizado até agora, tem-se:

• Kr = $ 15 / $ 100 + 0,02

• Kr = $ 0,17 ou 17% a.a.

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PORDENTRODOTEMA
Estrutura de Capital

Estrutura de Capital é a combinação de capital próprio e de capital de terceiros. É a combinação ideal de capital
próprio e de capital de terceiros que irá compor uma ótima estrutura de capital para a empresa. Mas essa é uma questão
complexa para a qual, até hoje, não há respostas concretas. Deve-se considerar ainda a hipótese de que nenhuma
estrutura de capital seja melhor do que outra.

Como capital de terceiros podemos citar empréstimos a longo prazo, e como capital próprio podemos citar o patrimônio
líquido, as ações preferenciais, as ações ordinárias e os lucros retidos.

A Teoria de Modigliani-Miller

Em um cenário de mercado perfeito, a estrutura de capital escolhida pela empresa não afeta o seu valor. Em um
mercado perfeito:

• Não há imposto de renda para pessoa física nem jurídica.

• Não existem custos de colocações no mercado.

• Investidores e empresas tomam empréstimos à mesma taxa.

• Investidores e gerentes das empresas têm as mesmas informações sobre oportunidades de investimentos futuros.

• Todo endividamento é sem risco, independente da quantidade.

• A política de investimentos de capital da empresa independe da sua estrutura de capital.

A existência de impostos e o fato de juros, ao contrário dos dividendos e lucros retidos, serem uma despesa variável para
efeito de imposto de renda, fazem com que haja vantagens para a empresa que se financia com recursos de terceiros.
Assim, o valor da empresa cresceria à medida que o seu endividamento externo aumenta e seria maximizado se ela se
financiasse inteiramente com recursos de terceiros.

Se o uso do endividamento tende a aumentar o LPA, por outro lado, também aumenta o risco para os acionistas e o
custo de insolvência, o que acaba tendo um efeito contrário no preço da ação.

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PORDENTRODOTEMA
Política de Dividendos

Existem dois destinos possíveis para os lucros gerados por uma empresa: serem distribuídos para os seus acionistas
ou reinvestidos na empresa, podendo essa divisão ser total ou parcial. O que norteia essa decisão é a política de
dividendos adotada pela empresa. A parcela de lucros que é distribuída para os acionistas é denominada de dividendos
e compõe parte da remuneração que os acionistas recebem pelo capital investido na empresa. De acordo com a fórmula
de Gordon, o preço de uma ação é dado por:

P0 = D1/(Ks – G)

Onde:

ks = custo do capital próprio da empresa.

D1 = dividendos por ação esperados no ano 1.

P0 = preço corrente da ação ordinária.

g = taxa anual de crescimento constante nos dividendos e lucros.

Com isso, um acúmulo de dividendos (D1) irá aumentar o valor das ações da empresa. Mas, por outro lado, se mais
lucros são distribuídos como dividendos, haverá menos dinheiro disponível para investimentos da empresa e suas
perspectivas de crescimento futuro são negativamente afetadas (g), reduzindo o valor de suas ações. O aumento dos
dividendos tem então dois efeitos contrários. Considerando que o objetivo da empresa é maximizar o seu valor para os
acionistas, a política de dividendos ideal será aquela que maximizar o valor da empresa, através do correto equilíbrio
entre dividendos correntes e crescimento futuro.

Vários fatores poderão influenciar a política de dividendos da empresa, entre eles, poderemos citar:

a) Oportunidade de investimento da empresa.

b) Capacidade de levantar empréstimos.

c) Preferência dos acionistas para receita corrente ou futura.

d) Tributação.

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PORDENTRODOTEMA
Para o investidor, os dividendos representam um retorno que pode ser comparado a outras oportunidades de investimento.
Esse retorno é chamado de retorno sobre dividendos, o qual significa a relação entre o pagamento de dividendos e o
preço da ação.

Retorno de dividendo = Dividendos corrente/Preço corrente da ação

Ex.: se uma empresa paga R$ 20,00 de dividendos por ação e sua ação é negociada a R$ 100,00, o retorno de dividendo
será de 20% (20/100).

Cabe lembrar que os dividendos fornecem uma base para o cálculo do custo de emissão de ações ordinárias, bem como
o valor das ações de uma empresa.

Payout

O índice de distribuição de dividendos (payout) nada mais é que a taxa de distribuição de dividendos calculada
pelos lucros distribuídos divididos pelo lucro líquido. Esse indicador possibilita analisar a política de distribuição de lucros
da empresa.

Índice de distribuição de dividendos = Dividendo por ação/Lucro por ação

Ex.: Imagine que a empresa A pague dividendos de R$ 4,00 e a empresa B pague R$ 2,00. O LPA da empresa A é de
R$ 9,00 e o da empresa B é de R$ 3,00. Utilizando a fórmula indicada, teremos:

Índice de Distribuição da Empresa A = 4/9 = 44%

Índice de Distribuição da Empresa B = 2/3 = 67%

A empresa A distribui 44% do seu lucro em dividendos enquanto a empresa B distribui 67% do seu lucro em dividendos.

Esse índice de distribuição é muito útil para o cálculo do índice de preço/lucro de uma ação e poderá ser reconhecido
através da fórmula:

P/L = Índice de Distribuição de dividendos

Ks - G

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PORDENTRODOTEMA
Caso observemos o índice de distribuição da empresa A e da empresa B, e elas apresentam o mesmo Ks (0,20) e o
mesmo G (0,10):

Empresa A 0,44 - 0,10 = 2,10 Empresa B 0,67 - 0,10 = 3,25


0,20 0,20

Com isso, percebe-se que o índice de distribuição varia de setor para setor e de companhia para companhia. Companhias
de crescimento rápido precisam de todos os fundos que consigam obter, já as companhias com lucros crescentes e
seguros, como as de eletricidade, por exemplo, distribuem percentuais altos de dividendos.

Outra forma de dividendo que encontramos no mercado são as bonificações, que são o pagamento aos acionistas
atuais de um dividendo na forma de ações. Frequentemente as empresas pagam bonificações como um substituto ou
complemento aos dividendos em dinheiro. Embora as bonificações não tenham um valor real, os acionistas podem
considerar como algo que eles não possuíam antes e, portanto, tem valor.

Ex.:

O patrimônio da companhia X é o seguinte:

Ações preferenciais 300.000

Ações ordinárias (100.000 ações por $ 4 por ação) 400.000

Ágio na venda das ações 600.000

Lucros retidos 700.000

Patrimônio Líquido 2.000.000

Se a companhia X declarar uma bonificação de 10% e o preço de mercado desta ação for de $ 15, serão capitalizados
$ 150.000 ($ 10 x $ 15 X 100.000 ações). Os $ 150.000 serão distribuídos entre as contas de ações ordinárias e ágio
nas vendas das ações, com base no valor nominal da ação ordinária. O saldo resultante das contas será:

Ações preferenciais 300.000

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PORDENTRODOTEMA
Ações ordinárias (100.000 ações por $ 4 por ação) 440.000

Ágio na venda das ações 710.000

Lucros retidos 550.000

Patrimônio Líquido 2.000.000

Pagamentos de Dividendos em Dinheiro

As decisões de dividendos são tomadas a cada trimestre pelo conselho de administração, o qual estabelece as
datas de pagamento. Quanto maiores os dividendos a serem abatidos na conta de lucros retidos e automaticamente
reduzidos do caixa, maiores serão os montantes de financiamentos que deverão ser levantados externamente.

ACOMPANHENAWEB
Estrutura de capital e seus indicadores

• Este vídeo fala sobre a estrutura de capital, bem como seus indicadores, os quais fazem a
medição do endividamento de uma empresa. Mostra como calcular a dívida que a empresa tem
em relação ao seu ativo e as fórmulas que são elaboradas para o levantamento da saúde da
empresa.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=KDII2MoFmC4>. Acesso em: 12 jul. 2014.
Tempo: 09:50. Publicado em 15/07/2013.

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ACOMPANHENAWEB
O que são dividendos, e como são distribuídos

• Este vídeo mostra o que são dividendos, e como são distribuídos. Fala sobre a tributação
bem Omo as empresas que pagam mais dividendos. Fala sobre as empresas que se encontram
na bolsa de valores. Como , por exemplo, a empresas de energia elétrica, Telesp, Souza Cruz
distribuem altas taxas de dividendos. Fala sobre as empresas que pagam dividendos acima de
10% são empresas altamente estruturadas.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=RDgRRdryNZ0>. Acesso em: 12 jul. 2014.
Tempo: 10:31. Publicado em 24/08/2011.

O que é a bolsa de valores e como funciona

• Vídeo que esclarece o que são ações, explica também o que é a bolsa de valores e como
funciona. Fala da transformação de um investidor para um acionista, como negociar as ações,
como comprar diretamente as ações. Fala da necessidade de abrir uma conta em uma corretora
de valores, para a qual a empresa de corretora de valores enviará os dados bancários, para que
se possa iniciar as negociações.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aDOTor6oM64&list=PLBDxU1-FpoohLWkW9GZIzNpx-
16ayS5d1E> . Acesso em: 12 jul. 2014.
Tempo: 03:41. Publicado em 19/11/2012.

As principais diferenças entre uma ação ordinária e uma ação preferencial

• Este vídeo mostra as principais diferenças entre uma ação ordinária e uma ação preferencial,
bem como as suas aplicabilidades. Vídeo explicativo e didático, que demonstra as principais
características desses dois tipos de ação e como se trabalha com cada uma delas. Fala sobre
o direito ou não ao voto dependendo do tipo da ação. Mostra também a liquidez de cada uma
referente aos tipos de ações.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=luqP79seXfo> . Acesso em: 12 jul. 2014.
Tempo: 03:20. Publicado em 22/11/2008.

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ACOMPANHENAWEB
Estrutura de capitais

• Este vídeo fala sobre a estrutura de capitais em uma entrevista com o prof. Pedro Salaneck
Filho, administrador de empresas, proprietário da PSG Editora. Pedro fala detalhadamente
sobre a gestão de estrutura de capital focando o capital de giro. Mostra a importância de se ter
um capital de giro e que o dinheiro que literalmente sobra da empresa não é do gestor. Discute
ainda o ciclo financeiro da empresa relacionado à necessidade de capital de giro.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=qGnFvmWo4DA> . Acesso em: 12 jul. 2014.
Tempo: 27:24. Publicado em 01/03/2012.

AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

A Companhia Delta pretende emitir ações preferenciais com dividendo anual prefixado de $ 20,00. O preço unitário corrente da
ação preferencial no mercado é de $ 105,00, mas os investidores exigem 13% de deságio para subscrevê-las. As despesas de
underwriting (ofertas públicas de títulos em geral) são de 6%. Qual será o custo das ações preferenciais?

Questão 2

A ação da empresa Alfa é negociada em bolsa a preço corrente de $ 120, e seu dividendo anual previsto é de $ 20, com previsão
de crescimento dos lucros e dividendos a uma taxa média anual de 4%. Qual o custo desta ação?

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
Sabemos que vários fatores poderão influenciar a política de dividendos da empresa, entre eles, podemos citar a oportunidade
de investimento da empresa, a capacidade de levantar empréstimos, a preferência dos acionistas para receita corrente ou futura
e também a tributação.
( ) Certo.

( ) Errado.

Questão 4

Na comparação de duas empresas, percebeu-se que a empresa X paga dividendos de R$ 6,00 e a empresa Y paga R$ 4,00. O
LPA da empresa A é de R$ 11,00 e o da empresa B é de R$ 5,00. Calcule o índice de distribuição das empresas X e Y.

Questão 5

Quais as diferenças básicas entre ações ordinárias e ações preferenciais?

FINALIZANDO
Vimos, neste tema, a preocupação das empresas em investir determinado valor monetário com o intuito de
garantirem um retorno satisfatório. Para isso, há necessidade de conhecimento do melhor investimento e, principalmente,
do reconhecimento do cenário financeiro nacional e internacional.

Para que as empresas possam investir é necessário que tenham uma sólida estrutura de capital, que possa lhe garantir
estabilidade no futuro.

18
FINALIZANDO
É extremamente importante também que as empresas verifiquem o seu capital de giro, pois é este que garantirá a
sustentabilidade financeira no período de aquisição da matéria-prima ou até que o produto final seja vendido e a empresa
receba a receita da venda.

Outras empresas já mais estruturadas alavancam-se para a distribuição de dividendos, angariando acionistas com taxas
atraentes, para que eles, no futuro, possam receber seus respectivos dividendos.

REFERÊNCIAS
GITMAN, Lawrence J. Principio de Administração Financeira. 7ª ed. São Paulo: Harbra, 1997.

GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 2012.

MULLER, Aderbal Nicolas; ANTONIK, Luis Roberto. Análise Financeira uma Visão Gerencial. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

NETO, Alexandre Assaf; LIMA, Fabiano Guasti. Curso de Administração Financeira. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

SCARPIN, Jorge Eduardo. Estrutura de Capitais. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=KDII2MoFmC4>. Acesso


em: 28 mar. 2014. Duração do Vídeo: 9:50.

MARTINS, Leandro. O que são dividendos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=RDgRRdryNZ0>. Acesso em: 28
mar. 2014. Duração do Vídeo: 9:50.

VIEIRA, Dalton. Introdução ao mercado de ações. Disponível em: <http://www.youtube.com/


watch?v=aDOTor6oM64&list=PLBDxU1-FpoohLWkW9GZIzNpx16ayS5d1E>. Acesso em: 28 mar. 2014. Duração do Vídeo: 3:41.

UDU, Luiz. Principais diferenças entre ações preferenciais e ações ordinárias. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=luqP79seXfo>. Acesso em: 28 mar. 2014. Duração do vídeo: 3:20.

GESTÃO Eficaz. Gestão da Estrutura de Capitais. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=qGnFvmWo4DA>. Acesso


em: 28 mar. 2014. Duração do vídeo: 27:24.

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GLOSSÁRIO
Fundos de investimento: são uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se
juntam para a realização de um investimento financeiro.

Prêmio de risco: é a diferença entre o rendimento de um título público de um país em relação a outro investimento
considerado seguro.

Subprecificadas: se o preço atual da ação for inferior ao preço justo, dizemos que a ação está subprecificada e,
portanto, devemos comprá-la.

Teoria de Modigliani-Miller: é uma teoria sugerida por Franco Modigliani e Merton Miller (M&M) num trabalho que se
tornou um clássico na literatura financeira e estabeleceu grande controvérsia ao afirmar que o valor de uma empresa
depende apenas do fluxo gerado pelos seus ativos e do seu risco econômico.

GABARITO
Questão 1

Resposta:

Kp = R$ 20,00 = 0,2351 ou 23,51% aa


R$ 105,00 (1 – 0,13-0,06)

20
Questão 2

Resposta:

Ks= $ 20 = + 0,04 = 0,20 ou 20% a.a.


$ 120

Questão 3

Resposta: Certo. Esses fatores poderão influenciar intensamente a política de dividendos das empresas.

Questão 4

Resposta: Índice de Distribuição da Empresa X = 6/11 = 54%

Índice de Distribuição da Empresa Y = 4/5 = 80%

A empresa X distribui 54% do seu lucro em dividendos enquanto a empresa Y distribui 80% do seu lucro em dividendos.

Questão 5

Resposta:

Ações Ordinárias:
a) Direito ao voto.
b) Tendem a menor liquidez.

Ações Preferenciais:
a) Preferência na distribuição de dividendos.
b) Não possuem direito a votos nas assembleias.
c) Volume de negócios maior e consequentemente mais liquidez.

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