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ESTRUTURAS TUBULARES

DE AÇO
Prof. Alberto Leal, MSc.
GRUPO HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 2

CAPÍTULO 01
Introdução

1.1 Breve histórico


1.2 Designação
1.3 Fabricação
1.4 Aplicações
1.5 Vantagens e desvantagens
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1. Introdução
1.1 Breve histórico
▪ O excelente comportamento das
estruturas tubulares é conhecido há
muito tempo.

▪ Um bom exemplo é a ponte Firth of


Forth, localizada na Escócia, com vão
livre de 521 m e composta por perfis
laminados de seção vazada. A referida
ponte foi construída em 1890.
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1. Introdução
1.1 Breve histórico

▪ No mesmo século 19, os irmãos


Mannesmann desenvolveram um
método que facilitou a fabricação de
tubos com menor espessura.

▪ No século anterior, um pesquisador


inglês, Whitehouse, desenvolveu
metodologias para soldagem de tubos.

▪ No entanto, os tubos com costura,


soldados, foram impulsionados a partir
das pesquisas do americano Fretz
Moon.
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1. Introdução
1.1 Breve histórico
▪ Especialmente, depois da 2a Guerra
Mundial, as seções vazadas com costura
ganharam ainda mais espaço no
mercado de estruturas tubulares.

▪ Equipamentos para corte das


extremidades dos tubos, formando
“bocas de lobo”, facilitou as ligações
entre tubos.

▪ Em 1952, Stewarts e Lloyds


desenvolveram os tubos retangulares de
aço, permitindo ligações planas entre
tubos.
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1. Introdução
1.1 Breve histórico

▪ Nos últimos 50 anos, muitos problemas


relacionados à fabricação, soldagem e
ligações foram resolvidos.

▪ Um campo de estudo relevante para as


estruturas tubulares é a determinação
da capacidade resistente das ligações.

▪ As primeiras recomendações para


aplicações em treliças foram feitas por
Jamm, 1951.
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1. Introdução
1.1 Breve histórico
▪ Nos anos 60, uma série de resultados
teóricos e experimentais foram
apresentados na Europa, muito em
decorrência dos estudos do CIDECT.

▪ Comité International pour le


Développement et l’Etude de la
Construction Tubulaire.

▪ International Committee for the


Development and Study of Tubular
Structures.

▪ Nos últimos 25 anos, muita pesquisa


tem sido desenvolvida sobre assuntos
relacionados ao comportamento sob
ações cíclicas, seções transversais
mistas, resistência às altas
temperaturas, dentre outros aspectos.
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1. Introdução
1.2 Designação
▪ Nos países europeus, são comuns as
seguintes denominações:

❑ Circular Hollow Sections (CHS)


❑ Rectangular Hollow Sections (RHS)
❑ Square Hollow Sections (SHS)

• No Canadá e Estados Unidos, é comum


denominar Hollow Structural Sections
(HSS).

• Na Europa, é usual denominar


Structural Hollow Sections (SHS).
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1. Introdução
1.3 Fabricação
▪ Os perfis tubulares podem ser
fabricados com costura e sem costura.
Nos tubos sem costura, a fabricação é
desenvolvida em duas etapas.

▪ Na primeira fase, um elemento em


formato de agulha (mandril) é inserido
no interior de uma barra maciça para
permitir a formação da região vazada.

▪ Na segunda fase, regula-se o diâmetro


do tubo para finalidade commercial.
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1. Introdução
1.3 Fabricação
▪ Nos tubos com costura, laminadores
transformam uma chapa numa
geometria circular

▪ Em seguida, o elemento estrutural é


soldado longitudinalmente para
finalização do processo de fabricação do
tubo.

▪ Os tubos retangulares, por sua vez, são


formados a partir dos circulares. O
processo pode ocorrer tanto sob altas
temparaturas quanto “a frio”.

▪ É possível fabricar os tubos


retangulares com costura e sem
costura, exatamente como ocorre para
elementos circulares.
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1. Introdução
1.3 Fabricação

• A figura acima ilustra as primeiras técnicas utilizadas para fabricação de tubos


estruturais de aço. Ao longos dos séculos, o processo foi sendo gradativamente
aperfeiçoado.
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1. Introdução
1.3 Fabricação

• A figura evidencia a transformação de um tubo circular em seção retangular


num processo industrial sob altas temperaturas.
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1. Introdução
1.3 Fabricação

• O equipamento acima retratado é destinado à realização de cortes nas


extremidades dos tubos para formação de “bocas de lobo”, facilitando a ligação
entre elementos circulares.
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1. Introdução
1.3 Fabricação

• Uma das metodologias de fabricação de tubos com costura é através da


soldagem por indução. Para tanto, é importante a presença de laminadores de
pressão para conformidade do processo.
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1. Introdução
1.4 Aplicações

• As estruturas tubulares de aço são aplicáveis a diversos tipos de construções.


Coberturas de estádios, passarelas, pontes, viadutos e edifícios são alguns
exemplos.
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1. Introdução
1.4 Aplicações

• As coberturas de estádios, por exemplo, podem ser compostas por elementos


vazados com segmentos retilíneos ou curvos, a depender das características do
projeto arquitetônico.
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1. Introdução
1.4 Aplicações

• As estruturas tubulares também são bastante utilizadas em função não apenas


das excelentes características estruturais, mas também pelo aspecto estético
que propiciam a determinados ambientes.
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1. Introdução
1.4 Aplicações
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1. Introdução
1.4 Aplicações
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1. Introdução
1.4 Aplicações
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1. Introdução
1.4 Aplicações
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1. Introdução
1.4 Aplicações
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Dentre as vantagens no emprego das estruturas tubulares, vale destacar a


elevada eficiência e possibilidade de redução no consumo de materiais.
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Em virtude do afastamento da área de aço em relação aos eixos principais de


inércia, evidencia-se momentos de 2ª ordem (de inércia) elevados sem requerer
alto consumo de material.
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Outra vantagem no emprego de seções vazadas é a possibilidade de inserção de


concreto no interior do tubo, permitindo ganhos significativos de capacidade
resistente e proteção contra altas temperaturas.
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Estruturas tubulares oferecem vantagens também no que se refere à proteção


corrosiva. Os cantos mais arredondados dos tubos resultam em melhor proteção
se comparados aos cantos “vivos” das seções abertas (Wardenier et al, 2010).

• Outro ponto positivo é a menor área a ser protegida. Os tubos apresentam área
entre 20% e 50% menor se comparados a outros tipos de seções (Wardenier et al,
2010).
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens
• As seções vazadas podem apresentar
ainda vantagem no aproveitamento da
região central.

• É bastante comum o preenchimento


interno com concreto para formação de
estruturas mistas de aço e concreto.

• Nos pilares, o preenchimento permite o


aumento da capacidade resistente e
reduz a esbeltez do elemento estrutural,
dentre outrs aspectos.

• Pode-se utilizar ainda para vigas mistas


de aço e concreto, onde a região interna
preenchida permite aumento da
capacidade resistente à flexão.
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Em relação às desvantagens, sabe-se que os custos associados aos perfis


tubulares apresentam maior valor agregado, tendo em vista a complexidade do
processo de fabricação.
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1. Introdução
1.5 Vantagens e desvantagens

• Ainda sobre desvantagens, as estruturas tubulares exigem um conhecimento


mais específico para desenvolvimentos de projetos estruturais. O projeto de
ligações, por exemplo, deve ser feito com bastante cuidado e tendo em vista
resultados experimentais.
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7.500mm

CAPÍTULO 02

7.500mm
Barras sujeitas à compressão
simples

2.1 Considerações iniciais


2.2 Flambagem global
2.3 Flambagem local
2.4 Capacidade resistente
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.1 Considerações iniciais

• Peças comprimidas são encontradas em componentes de treliças, sistemas de


contraventamento e pilares de edifícios com ligações rotuladas.

• A capacidade resistente dos elementos sujeitos à compressão simples é


influenciada pelas características geométricas e do material especificado.
Neste sentido, deve-se observar as dimensões da seção transversal, as
condições de contorno do elemento estrutural e a tensão limite de
escoamento do aço.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.1 Considerações iniciais

• As dimensões da seção transversal, assim como o formato, são relevantes ao


estudo e avaliação da flambagem local. O procedimento de cálculo consiste
na determinação da esbeltez dos elementos da seção e, em seguida,
estabelecer um comparativo com os limites destacados na literatura técnica.

• A esbeltez dos elementos da seção transversal é dada em função da razão


entre o comprimento e a espessura do segmento analisado. Nos perfis
tubulares, deve-se observar o comprimento não enrijecido.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.1 Considerações iniciais

σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε

• A capacidade resistente dos elementos, em conformidade com os requisitos


estabelecidos pela ABNT NBR 8800:2008, pode ser avaliada através de fatores
de redução local e global.

• A capacidade resistente máxima é pelo produto entre área bruta da seção


transversal e tensão limite de escoamente, tendo em vista que o modelo
constitutivo adotado é do tipo “elástico, perfeitamente plástico”.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2 Flambagem Global

• Os primeiros resultados teóricos sobre instabilidade foram obtidos por Leonhardt


Euler (1707-1783) através de investigações de barras comprimidas.

• Considerando um elemento estrutural isento de imperfeições geométricas, sujeita


a um carregamento perfeitamente centrado e com comportamento elástico linear,
sabe-se que a força crítica de flambagem é dada por:

𝜋 2 𝐸𝐼
𝑁𝑐𝑟 = 2
𝐿
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2 Flambagem Global
𝑃Τ𝑃𝑐𝑟

Deslocamento lateral [cm]

• Em elementos estruturais reais, existem variáveis adicionais que afastam as


trajetórias de equilíbrio em relação à trajetória fundamental de Euler. Neste
sentido, imperfeições geométricas causadas pela falta de retilineidade das peças
induzem pequenas excentricidades na configuração inicial.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2 Flambagem Global
𝑃Τ𝑃𝑐𝑟

Deslocamento lateral [cm]

• Note que, em decorrência da existência de pequenos deslocamentos iniciais, os


elementos comprimidos comportam-se estão sujeitos, na realidade, ao efeito da
ação simultânea de momentos fletores e esforços normais.
• Outro aspecto que reduz a capacidade resistente dos elementos reais refere-se
ao efeito das tensões residuais oriundas do processo de fabricação.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.1 Fator de redução global χ

• No intuito de avaliar a capacidade resistente dos elementos comprimidos, um


dos aspectos mais relevantes refere-se à definição do fator de redução global χ.
• As curvas retratadas na literatura técnica são denominadas “curvas de
resistência” e são obtidas através de resultados experimentais. A ABNT NBR
8800:2008 prevê uma relação única para elementos de aço em geral.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.1 Fator de redução global χ

• No caso de estruturas tubulares de aço, a curva de elementos comprimidos é


dada por expressão diferente daquelas adotadas para o aço convencional, tendo
em vista que os tubos apresentam imperfeições geométricas e de material
menos pronunciadas.
• Maiores informações podem ser obtidas através da ABNT NBR 16.239:2013.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.1 Fator de redução global χ

1
χ=
(1 + λ𝑜 4,48 )1Τ2,24

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• Um importante detalhe relacionado ao comportamento da relação entre o fator


de redução e a esbeltez reduzida λ0 é que, para esbetezes elevadas, a curva
experimental se aproxima gradativamente das expressões clássicas de Euler.

• O coeficiente Q será visto adiante e reflete o coeficiente de redução local (Anexo


F da ABNT NBR 8800:2008).
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.2 Procedimento de análise – Fator χ

1
χ=
(1 + λ𝑜 4,48 )1Τ2,24

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• O procedimento de análise do fator de redução global consiste na determinação


da esbeltez reduzida (λ0), cujo valor depende da área de seção transversal,
tensão limite de escoamento do material e da força crítica de Euler.

• Nota-se que, como a força crítica de Euler é uma variável, características


geométricas e condições de contorno são fundamentais para definição de χ.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟

1
χ=
(1 + λ𝑜 4,48 )1Τ2,24

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

• A força crítica de Euler pode ser determinada a partir das recomendações do


Anexo E da ABNT NBR 8800:2008, contemplando seções do duplo eixo de
simetria, seções com apenas um eixo de simetria e seções assimétricas.

• Durante este curso, serão estudados apenas seções duplamente simétricas,


típicas dos perfis com formato I.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟

1
χ=
(1 + λ𝑜 4,48 )1Τ2,24

λ0 representam a esbeltez
reduzida do elemento estru-
tural.

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
λ0 =
𝑁𝑒

𝜋 2 𝐸𝐼𝑥 𝜋 2 𝐸𝐼𝑦 1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤


𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑦 = 𝑁𝑒𝑧 = 2 + 𝐺𝐽
(𝐾𝑥 𝐿𝑥 )2 (𝐾𝑦 𝐿𝑦 )2 𝑟0 (𝐾𝑧 𝐿𝑧 )2

Flambagem por flexão em Flambagem por flexão em Flambagem por torção em


torno do eixo principal de torno do eixo principal de torno do eixo longitudinal
maior inércia menor inércia z
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
𝑟0 = 𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 + 𝑥02 + 𝑦02

𝑟𝑥 , 𝑟𝑦 representam o raio de
giração relativo aos eixos
principais.

𝑥0 , 𝑦0 representam as coorde-
nadas do centro de cisalha-
mento em relação ao eixos
principais.

𝐶𝑤 é a constante de empenamento da seção transversal.

𝐽 é a constante de torção da seção transversal. É comum, na literatura técnica, o emprego de


𝐼𝑡 para representar esta característica geométrica.

𝑟0 é o raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento, dado pela
expressão acima descrita.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.2.3 Força crítica 𝑁𝑐𝑟
𝑟0 = 𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 + 𝑥02 + 𝑦02

𝑟𝑥 , 𝑟𝑦 representam o raio de
giração relativo aos eixos
principais.

𝑥0 , 𝑦0 representam as coorde-
nadas do centro de cisalha-
mento em relação ao eixos
principais.

• Nos perfis tubulares, as coordenadas do centro de cisalhamento na direção dos


eixos principais são iguais ao valor nulo, simplificando o procedimento de
análise das características geométricas da seção transversal.

• Nas tabelas de fabricantes das referidas seções transversais, os raios de giração


em torno dos eixos x e y são fornecidos.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3 Flambagem Local

• A avaliação da flambagem local observa as características (esbeltez) dos


elementos que compõem a seção transversal dos elementos submetidos à
compressão simples.

• A estabilidade das chapas na seção é realizada também para outros tipos de


esforços solicitantes, não apenas para peças comprimidas axialmente. Os
estudos que permitem uma avaliação objetiva do problema foram originados
através do comportamento de chapas metálicas isoladas.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.1 Considerações iniciais

• O procedimento de análise do fator de redução local consiste, num primeiro


instante, na classificação dos elementos que compõem a seção transvesal.
Mais especificamente, as chapas são classificadas quanto à esbeltez, isto é,
relação entre comprimento e espessura (λ = 𝑏Τ𝑡).

• Em seguida, os valores são comparados com limites estabelecidos pela


literatura técnica em função das condições de contorno e do tipo de esforço
solicitante atuante na seção transversal.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.1 Considerações iniciais

• Caso a esbeltez (λ = 𝑏Τ𝑡) sejam menores que os valores limites, pode-se


afirmar que o elemento é classificado como “compacto” e, portanto, não
sujeito ao efeito da flambagem local. Neste sentido, o fator redutor Q assume
valor unitário.

• Por outro lado, se os valores de esbeltez foram mais elevados, pode-se adotar
uma abordagem baseada na “largura efetiva (𝑏𝑒𝑓 )”. Desta forma, o fator
redutor Q é dado pela razão entre 𝑏𝑒𝑓 Τ𝑏.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.1 Considerações iniciais
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.1 Considerações iniciais
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.2 Classificação da seção transversal

• Os elementos da seção transversal podem ser caracterizados segundo as


condições de contorno apresentadas. Neste sentido, é usual adotar a
classificação como “Elementos AA” e “Elementos AL”.

❑ Elementos AA: componentes da seção transversal com duas bordas


longitudinais vinculadas.

❑ Elementos AL: componentes da seção transversal com apenas um borda


longitudinal vinculada.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• A obtenção do fator Q, conforme mencionado anteriormente, é baseada na


classificação da seção transversal e, posteriormente, no conceito de largura
efetiva.

• Tendo em vista que, durante este curso, o enfoque principal é seção


transversal em formato I, o procedimento para avaliação da perda de
capacidade resistente pelo efeito local será direcionado aos grupos 02 e 04 da
Tabela F.1 (ABNT NBR 8800:2008).
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• Nos elementos caracterizados como AA, o fator de redução é indicado pela


denominação 𝑄𝑎 e pode ser obtido através da razão entre área efetiva e área
bruta.
𝐴𝑔 representa a área bruta.
𝑄𝑎 = 𝐴𝑒𝑓 Τ𝐴𝑔
𝐴𝑒𝑓 representa a área efetiva, dada por
𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑔 − σ 𝑏 − 𝑏𝑒𝑓 𝑡
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• A largura efetiva dos elementos tipo AA é dada por:

𝐶𝑎 é um coeficiente igual a 0,38 para mesas ou


𝐸 𝐶𝑎 𝐸
𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∙ 𝑡 ∙ 1− ≤𝑏 almas de seções tubulares retangulares e 0,34
𝜎 𝑏 Τ𝑡 𝜎 para todos os outros elementos.

𝜎 é a tensão que pode atuar no elemento


OBS: A tensão 𝜎 pode ser adotada, analisado, tomada igual a χ ∙ 𝑓𝑦 . O fator χ obtido
conservadoramente, igual a 𝑓𝑦 . para 𝑄 = 1,0.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• Uma vez determinados os fatores para os elementos AA e AL, pode-se


determinar o fator de redução local 𝑄 através da expressão abaixo
representada:
𝑄 = 𝑄𝑠 ∙ 𝑄𝑎

• Caso a seção seja composta apenas por elementos AA, o fator 𝑄𝑠 é igual ao
valor unitário. De maneira análoga, se houver apenas elemento AL, o fator 𝑄𝑎
vale 1,0.
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.3.3 Procedimento de análise – Fator Q

• Para os elementos com seção transversal circular, o fator de redução local


pode ser obtido através das expressões a seguir:

Seções compactas: DΤt ≤ 0,11 EΤfy ...............................................Q = 1,00

0,038 E 2
Seções semicomp: 0,11 EΤfy < DΤt ≤ 0,45 EΤfy ................................Q = +
DΤt fy 3
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2. Barras sujeitas à compressão simples


2.4 Capacidade resistente

• A capacidade resistente dos elementos submetidos à compressão simples pode


ser obtida através da consideração dos efeitos global e local. Neste sentido, a
ABNT NBR 8800:2008 diz que o esforço normal resistente de cálculo é dado
pela seguinte expressão:

χ𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾α1
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CAPÍTULO 03
Barras sujeitas à flexão
7.500mm
simples de alma não esbelta

7.500mm
3.1 Considerações iniciais
3.2 Plastificação parcial e total
3.3 Capacidade resistente
3.4 Contenção Lateral Contínua

3.4.1 Mesa semicompacta


3.4.2 Alma semicompacta
3.4.3 Limite momento nominal

3.5 Seção Circular


3.6 Seção Retangular
3.7 Flambagem Lateral por Torção
3.8 Estado Limite de Serviço
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.1 Considerações iniciais

• Os elementos sujeitos à flexão devem atender aos requisitos descritos pelo


ELU e pelo ELS.

• A resistência à flexão de vigas pode ser afetada pela flambagem local dos
elementos que compõem a seção transversal. A flambagem lateral por torção é
um outro ponto a ser observado durante o dimensionamento.
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.1 Considerações iniciais

• Na figura acima, pode-se observar o efeito da flambagem local da mesa na


ligação entre viga e pilar metálico. Este é um dos efeitos que deve ser
considerado no dimensionamento de vigas metálicas sujeitas à flexão simples.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 61

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.1 Considerações iniciais

• Uma das formas de ocorrência do Estado Limite Último (ELU) de estruturas


tubulares de aço é a “Flambagem Local da Parede”. Neste sentido, em peças
submetidas à flexão, deve-se limitar a esbeltez para evitar perda de eficiência
estrutural.
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.1 Considerações iniciais

• Seções tipo I apresentam pequena rigidez numa das direções.

• Perfis laminados geralmente não apresentam perda de capacidade resistente


associada ao cisalhamento. Perfis soldados são mais susceptíveis a problemas
relacionados ao esforço cortante em função da esbeltez da alma.

• Costuma-se concentrar a área de aço em regiões mais afastadas em relação ao


eixo neutro para maior eficiência à flexão.
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total

• Revisando os conceitos da Resistência dos Materiais, agora no que tange à


distribuição das tensões normais em elementos submetidos à flexão simples,
sabe-se que as seções inicialmente planas permanecem planas após a
deformação.

• As tensões normais são dadas em função do momento fletor atuante, do


momento de inércia e da coordenada (y) de um ponto na seção transversal.
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total

• Nesse contexto, a expressão que define a tensão normal atuante num


determinado ponto da seção transversal é dada por:

𝑀∙𝑦 𝑀 ∙ 𝑦𝑚á𝑥 𝑀
𝜎= → 𝜎𝑚á𝑥 = =
𝐼 𝐼 𝑊

• No entanto, em função do comportamento dúctil do aço, admitindo a


possibilidade de grandes deformações, a distribuição de tensões num estágio
de carregamento próximo à ruptura, é bastante diferente.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 65

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• É possível afirmar, baseado em ensaios experimentais, que os elementos de aço
submetidos à flexão simples podem alcançar níveis de tensão mais elevados.

• Neste sentido, a ruptura do aço está associada à plastificação de todos os


pontos que compõem a seção transversal.

𝑍 ∙ 𝑓𝑦
𝑀𝑚á𝑥 =
𝛾𝛼1
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 66

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• O dimensionamento das barras à flexão está diretamente ligado com os
conceitos de:

❑ Momento de início de plastificação Mr;


❑ Momento de plastificação total Mp;

• A figura ao lado representa o diagrama tensão/deformação convencionado para


as análises estruturais. O modelo é denominado “Elástico, perfeitamente
plástico”.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 67

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total

• Observando o diagrama momento/curvatura, algumas informações


relevantes podem ser verificadas. Até o instante onde a seção transversal
alcança o momento de início da plastificação, o comportamento do aço é
elástico linear.

• Após o início da plastificação, o diagrama apresenta comportamento não


linear. Num ponto intermediário, compreendido entre o momento de início da
plastificação e o momento de plastificação total, o diagrama de tensões na
seções transversal ilustra a plastificação parcial.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 68

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• As fibras mais internas da seção transversal vão gradativamente
plastificando até o ponto de plastificação total da seção transversal. No
ponto onde o momento fletor atinge a plastificação total, a seção torna-se
uma rótula plástica.

• Em seções simétricas, a Linha Neutra Elástica (LNE) e a Linha Neutra


Plástica (LNP) coincidem.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 69

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε

• Para a determinação do momento de início da plastificação, utiliza-se o


Módulo Resistente W, igual à razão entre o momento de 2ª ordem e a
distância ymáx.

• Por outro lado, para determinação do momento de plastificação total, utiliza-


se o Módulo Plástico Z.
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 70

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• O Módulo Plástico Z é obtido através da equação de equilíbrio de momentos na
seção transversal.

ℎ/2

෍ 𝑀 = 0 → 𝑀𝑝 = 2 න 𝑦 ∙ 𝑓𝑦 ∙ 𝑑𝐴
0

𝑍 = 𝐴𝑡 ∙ 𝑦𝑡 + 𝐴𝑐 ∙ 𝑦𝑐
PROF.ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 71

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.2 Plastificação parcial e total
σ
𝜎𝑦

𝜀𝑦 ε
• Um parâmetro geralmente mencionado na literatura técnica é o “Coeficiente de
Forma”, cuja característica é retratar a relação entre os momentos de início de
plastificação e de plastificação total.

𝑀𝑝 𝑍
=
𝑀𝑦 𝑊
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 72

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente

• No estudo da capacidade resitente dos elementos sujeitos à flexão simples, deve-


se observar a possibilidade de ocorrência de três efeitos que reduzem a eficiência
da estrutura.
OBS: O procedimento de cálculo é
❑ Flambagem Local da Mesa (FLM) similar ao adotado para determinação da
❑ Flambagem Local da Alma (FLA) capacidade resistente à compressão
❑ Flambagem Lateral por Torção (FLT) simples.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 73

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente

• Neste sentido, a literatura técnica geralmente indica a verificação isolada da


flambagem local da mesa, flambagem local da alma e flambagem lateral por
torção.

• No estudo da flambagem local, isto é, da estabilidade da seção transversal, é


comum mencionar uma abordagem baseada da premissa de “contenção lateral
contínua”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 74

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente
Ilustrações extraídas
das notas de aula do
Prof. Alexandre Pacheco

• A contenção lateral contínua indica que o elemento estrutural submetido à


flexão simples não está sujeito aos efeitos da flambagem lateral por torção.
Portanto, as únicas formas de perda de eficiência da estrutura ocorrem através
da FLM e FLA.

• Para que haja contenção lateral efetiva, é preciso que a viga metálica apresente
restrições à translação “fora do plano” e rotações.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 75

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente

• Na avaliação da perda de eficiência causada pelas flambagens local e global, é


importante definir a capacidade resistente nominal máxima da estrutura. Neste
sentido, pode-se afirmar que o momento resistente nominal máximo é dado pelo
produto:
Mn,máx = Mp OBS: No caso da compressão simples, a
força normal máxima foi determinada a
Mp = Z ∙ fy partir do produto entre área de seção
transv. e tensão limite de escoamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 76

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente

• O procedimento de análise da FLA e FLM consiste na determinação da esbeltez


dos elementos que compõem a seção transversal e, em seguida, comparação dos
valores com os limites λ𝑝 e λ𝑟 , tabelados pela ABNT NBR 8800:2008.

Elemento compacto: esbeltez λ é inferior ao limite λ𝑝 .


Elemento semicompacto: esbeltez λ compreendida entre λ𝑝 e λ𝑟 .

Elemento esbelto: esbeltez λ é superior ao limite λ𝑟 .


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 77

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.3 Capacidade Resistente

• O momento resistente de cálculo, para vigas sujeitas ao efeito de flexão simples,


pode ser obtido através da expressão a seguir:

MRd = Mn Τγα1 𝑀𝑛 é o momento resistente nominal ou característico;

𝛾𝛼1 é o coeficiente de ponderação, dado em função da


combinação de ações adotada para o ELU.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 78

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.4 Contenção lateral contínua

• As barras sujeitas à flexão simples e que apresentam contenção lateral


contínua devem ser verificadas em relação à flambagem local da alma e
flambagem local da mesa.

• Geralmente, a perda de eficiência causada pela flambagem local da seção


transversal pode ser avaliada de maneira isolada para a alma e para a mesa. No
entanto, em casos onde a alma e a mesa são caracterizados como elementos
esbeltos, deve-se prever uma interação entre os modos de flambagem.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 79

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.4 Contenção lateral contínua

• Neste subitem, serão avaliadas as seguintes possibilidades de ocorrência da


flambagem local dos componentes da seção transversal:

❑ Mesa/Alma compacta ❑ Mesa esbelta OBS: Uma diferença fundamental


❑ Mesa semicompacta ❑ Alma esbelta entre a mesa semicompacta e alma
❑ Alma semicompacta semicompacta é a influência das
tensões residuais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 80

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.4.1 Mesa semicompacta
Nas seções semicompactas, o
momento resistente nominal
pode ser interpolado
linearmente pela expressão:

λ − λ𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 −𝑀𝑟 )
λ𝑟 − λ𝑝 𝑝

• As expressões que definem o momento de início da plastificação para mesas


semicompactas deve contemplar a presença de tensões residuais na mesa
comprimida.

• O momento de início da plastificação, para mesas semicompactas, é dado pela


expressão:
𝑊𝑐 , 𝑊𝑡 são os módulos resistentes elásticos associados às fibras
𝑀𝑟 = 𝑊𝑐 ∙ 𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 mais comprimidas e mais tracionadas, respectivamente;
𝜎𝑟 é a tensão residual de compressão nas mesas, definida pelo
𝑀𝑟 < 𝑊𝑡 ∙ 𝑓𝑦 valor de 30%𝑓𝑦 .
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 81

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.4.2 Alma semicompacta

Nas seções semicompactas, o


momento resistente nominal
pode ser interpolado
linearmente pela expressão:

λ − λ𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 −𝑀𝑟 )
λ𝑟 − λ𝑝 𝑝

• A expressão que define o momento de início da plastificação para alma


semicompactas, por sua vez, não é influenciada significativamente pela
presença de tensões residuais e pode ser escrita por:

𝑊𝑐 , 𝑊𝑡 são os módulos resistentes elásticos associados às fibras


𝑀𝑟 = 𝑊𝑐 ∙ 𝑓𝑦 mais comprimidas e mais tracionadas, respectivamente;

𝑀𝑟 < 𝑊𝑡 ∙ 𝑓𝑦 OBS: As tensões residuais não são avaliadas na expressão que


define o momento de início da plastificação.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 82

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.4.3 Limite para momento nominal

Nas seções semicompactas, o


momento resistente nominal
pode ser interpolado
linearmente pela expressão:

λ − λ𝑝
𝑀𝑛 = 𝑀𝑝 − (𝑀 −𝑀𝑟 )
λ𝑟 − λ𝑝 𝑝

• Nos casos de almas e mesas semicompactas, segundo ABNT NBR


8800:2008, o momento resistente máximo deve estar limitado ao valor
descrito a seguir:

Mn,máx < 1,50 W ∙ fy /γα1

• Esta limitação é realizada, segundo Pfeil (2009), quando a análise estrutural


é desenvolvida com base no comportamento elástico do material.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 83

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.5 Seção circular
• Os elementos estruturais de seção circular vazada
apresentam particularidades em relação ao
comportamento estrutural quando sujeitos à flexão,
D tendo em vista que o único Estado Limite Último
(ELU) aplicável refere-se à flambagem local das
paredes do tubo.

• As expressões a seguir são válidas para tubos com


relação 𝐷Τ𝑡 não superior a 0,45 ∙ 𝐸 Τ𝑓𝑦 (ABNT NBR
8800:2008).

Seções compactas: λ < λ𝑝 ........................MRd = MplΤγα1 λ = 𝐷 Τ𝑡


1 0,021E
Seções semicomp: λ𝑝 < λ < λ𝑟 ..................MRd = + fy W λ𝑝 = 0,07 𝐸 Τ𝑓𝑦
γα1 DΤt

Seções esbeltas: λ > λ𝑟 .............................MRd =


1 0,021E
+ fy W λ𝑟 = 0,31 𝐸 Τ𝑓𝑦
γα1 DΤt
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 84

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.6 Seção retangular
• Os elementos estruturais de seção tubular
retangular devem ser verificados quanto à
Flambagem Local da Mesa (FLM) e Flambagem
150 mm

Local da Alma (FLA).

• É preciso observar ainda a Flambagem Lateral


100 mm por Torção (FLT), conforme será visto nos
capítulos subsequentes, quando a flexão
ocorre em torno do eixo de maior inércia.

Os limites λ𝑝 e λ𝑟 relativos à Flambagem Os limites λ𝑝 e λ𝑟 relativos à Flambagem Local


Local da Mesa (FLM), aplicável às seções da Alma (FLA), aplicável às seções tubulares
tubulares retangulares equivalem: retangulares equivalem:

λ𝑝 = 1,12 ∙ 𝐸 Τ𝑓𝑦 λ𝑝 = 2,42 ∙ 𝐸 Τ𝑓𝑦

λ𝑟 = 1,40 ∙ 𝐸 Τ𝑓𝑦 λ𝑟 = 5,70 ∙ 𝐸 Τ𝑓𝑦


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 85

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção

Configuração deformada após


flambagem lateral por torção

• O comportamento da flambagem lateral de vigas metálicas pode ser entendido


a partir da associação com a flambagem de barras comprimidas axialmente.

• A mesa superior e um trecho da alma estão sujeitos à compressão e, portanto,


podem sofrer flambagem em torno do eixo de menor inércia. O momento fletor
que provoca flambagem lateral depende da esbeltez da mesa comprimida no
seu próprio plano
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 86

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção

Configuração deformada após


flambagem lateral por torção

• Em elementos estruturais compostos por seções tubulares, o efeito da


flambagem lateral por torção é reduzido em função da elevada rigidez à torção e
à flexão em torno do eixo de menor inércia.

• De qualquer maneira, para elementos estruturais em geral, a redução de


eficiência produzida pela FLT é influenciada, dentre outros aspectos, pelas
condições de contorno em termos de travamento lateral.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 87

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção
0,13 ∙ E 2,00 ∙ E
λp = J∙A λr = J∙A
Mpl Mr

lb representa a distância entre contenções laterais

• Nas verificações relativas à FLT, as vigas


metálicas são caracterizadas em função
da esbeltez global, dada pela razão lb Τry :

❑ Vigas curtas: Efeito da FLT pode ser desprezado e o esgotamento da capacidade


resistente é dado pela plastificação total da seção.

❑ Vigas intermediárias: Perda de eficiência produzida pela FLT e o esgotamento da


capacidade resistente é dado por flambagem inelástica. O diagrama de tensões é
caracterizado pela plastificação parcial da seção

❑ Vigas longas: Perda acentuada de eficiência produzida pelo efeito de flambamge


lateral em regime elástico. O momento resistente é dado em função do momento
crítico 𝑀𝑐𝑟 .
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 88

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção
0,13 ∙ E
λp = J∙A
Mpl

2,00 ∙ E
λr = J∙A
Mr

• Nas seções tubulares retangulares, segundo a ABNT NBR 8800:2008, as


expressões que definem o momento de início da plastificação (𝑀𝑟 ) e o momento
crítico (𝑀𝑐𝑟 ) são:

𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ) ∙ 𝑊 2,00 ∙ 𝐶𝑏 ∙ 𝐸
𝑀𝑐𝑟 = 𝐽∙𝐴
λ

• É válido destacar que as seções tubulares circulares não são susceptíveis à


Flambagem Lateral por Torção.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 89

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção
Determinação da esbeltez
do elemento estrutural

Determinação do limite de
λ < λ𝑝
esbeltez λ𝑝
N S

Determinação do limite de Momento nominal =


esbeltez λ𝑟 Momento plastificação total

S
Momento nominal --> Interp.linear
λ𝑝 < λ < λ𝑝

N Momento nominal = Momento crítico


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 90

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.7 Flambagem Lateral por Torção

𝑀𝐴 𝑀𝐶
𝑀𝐵

• O coeficiente 𝐶𝑏 é uma alternativa para avaliar os efeitos favoráveis oriundos da


não uniformidade do diagrama de momentos fletores. Segundo a ABNT NBR
8800:2008, a expressão que define o referido coeficiente, é dada em função dos
valores dos momentos fletores entre contenções laterais.

• O procedimento para obtenção do coeficiente 𝐶𝑏 consiste na divisão do diagrama


entre contenções laterais em 4 (quatro) segmentos.

12,5𝑀𝑚á𝑥 𝑀𝐴 , 𝑀𝐵 , 𝑀𝐶 representam os momentos


𝐶𝑏 = fletores numa distância a 1/4, 1/2 e
3,0𝑀𝐴 + 4,0𝑀𝐵 + 3,0𝑀𝐶 + 2,5𝑀𝑚á𝑥
3/4 do vão entre contenções laterais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 91

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.8 Estado Limite de Serviço
7.500mm
7.500mm

• As estruturas de aço sujeitas à flexão simples, destinadas à sustentação de


pavimentos e de coberturas, devem ser concebidas para evitar deslocamentos
excessivos em serviço.

• Nesse contexto, deve-se avaliar os deslocamentos máximos, obtidos em


combinações específicas, e compará-los com os deslocamentos admissíveis.
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3. Barras sujeitas à flexão simples


3.8 Estado Limite de Serviço
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 93

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.8 Estado Limite de Serviço
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 94

3. Barras sujeitas à flexão simples


3.8 Estado Limite de Serviço
7.500mm
7.500mm

• No caso de vigas de pisos, é comum limitar os deslocamentos máximos a um


valor L/350.

• A combinação dos carregamentos atuantes a ser adotada é a frequente,


considerando as ações permanentes com seus valores característicos e a ação
variável com seu valor “frequente”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 95

CAPÍTULO 04
Sistemas treliçados
7.500mm

4.1 Considerações iniciais

7.500mm
4.2 Requisitos mínimos
4.3 Comprimento equivalente
4.4 Análise estrutural
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 96

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais

• Uma das aplicações das estruturas tubulares é o sistema estrutural


treliçado.

• Diversos pesquisadores têm estudado o comportamento estrutural das


treliças compostas por perfis tubulares com intuito de estabelecer
metodologias simples de cálculo.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 97

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais

• A norma brasileira de perfis tubulares (ABNT NBR 16.239:2013) destacar


importantes aspectos relativos à análise estrutural e dimensionamento de
tais elementos.

• Neste sentido, sugere que, satisfeitas algumas condições, as diagonais e


montantes podem ser tratados como rotulados nas extremidades. Os
banzos devem ser considerados como elementos contínuos, rotulados nas
extremidades.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 98

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 99

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 100

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 101

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 102

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 103

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 104

4. Sistemas treliçados
4.1 Considerações iniciais
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 105

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

Requisitos necessários (ABNT NBR 16.239:2013)

❑ Os ângulos formados entre as diagonais e os banzos não podem ser


inferiores a 30º.

❑ As extremidades dos tubos que se encontram numa ligação devem ser


preparadas de forma que não haja mudança no formato da seção
transversal.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 106

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

❑ Em ligações com afastamento, visando melhor soldagem, a dimensão g deve


ser maior ou igual à soma das espessuras das diagonais ou montantes
ligados.

❑ Em ligações com sobreposição, a razão entre a sobreposição q e a dimensão


p deve ser maior ou igual a 0,25.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 107

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

❑ Quando as barras sobrepostas tiverem espessuras ou resistências ao


escoamento diferentes, a barra com menor produto entre essas duas
grandezas deve se sobrepor à outra.

❑ Quando as barras sobrepostas tiverem larguras diferentes no plano da


ligação, a barra com menor largura deve se sobrepor à mais larga.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 108

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

❑ A espessura nominal da parede dos perfis tubulares não pode ser inferior a
2,5 mm.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 109

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

❑ Os momentos fletores resultantes da excentricidade podem ser desprezados


no dimensionamento das ligações se os seguintes limites forem
respeitados:

- 0,55𝑑0 ≤ 𝑒 ≤ 0,25𝑑0 para tubos circulares.


- 0,55ℎ0 ≤ 𝑒 ≤ 0,25ℎ0 para tubos retangulares.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 110

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos

❑ Os momentos fletores resultantes de forças transversais aplicadas nas


barras, entre nós, devem ser levados em consideração. Nesta situação, os
banzos devem ser considerados como barras contínuas simplesmente
apoiadas nos extremos.

❑ As excentricidades podem ser desprezadas no dimensionamento das


diagonais e montantes. No entanto, devem ser considerados nos banzos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 111

4. Sistemas treliçados
4.2 Requisitos mínimos
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 112

4. Sistemas treliçados
4.3 Comprimento equivalente

• O comprimento de flambagem dos banzos podem ser tomados por um valor


0,9𝑙, no plano e fora do plano.

• Diagonais e montantes ligados aos banzos por meio de soldas, o


comprimento de flambagem pode ser considerado como:

❑ 0,90𝑙 para 𝛽 > 0,60 𝛽 será definido mais


❑ 0,75𝑙 para 𝛽 ≤ 0,60 adiante.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 113

4. Sistemas treliçados
4.4 Análise estrutural

• Os elementos estruturais treliçados geralmente são analisados através da


premissa de que as diagonais e montantes possuem extremidades rotuladas.

• Por outro lado, os banzos da treliças geralmente são dimensionados como


elementos submetidos a esforços combinados de tração axial, flexão e
cisalhamento.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 114

4. Sistemas treliçados
4.4 Análise estrutural

• Segundo Wardenier et al (2010), as verificações das treliças com juntas


sobrepostas deve ser avaliada considerando continuidade dos banzos e
extremidades rotuladas para diagonais/montantes.

• Em treliças com espaçamento entre as diagonais, mesmo considerando todos os


elementos com extremidades rotuladas, os deslocamentos são subestimados com
valores entre 5-10%, em decorrência da flexibilidade das ligações.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 115

4. Sistemas treliçados
4.4 Análise estrutural

• No intuito de obter uma análise confiável e em conformidade com os requisitos


estabelecidos pelo Estado Limite de Serviço – Deslocamentos Excessivos,
sugere-se a amplificação dos deslocamentos em cerca de 10% (Wardenier et al,
2010).
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 116

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

Avaliar o Estado Limite de Serviço – Deslocamentos Excessivos (ELS-DE) para


uma treliça de cobertura, submetida ao efeito de ações variáveis e
permanentes, sabendo que:

❑ Vão livre: 15.000 mm


❑ Espaçamento entre treliças: 2.500 mm
❑ Sucção interna de vento: 0,45 kN/m2
❑ Barras formadas por tubos quadrados 50x50x3,6 mm
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 117

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

1º Passo: Determinação das ações variáveis e permanentes, em consonância


com os requisitos estabelecidos pela ABNT NBR 6120:1980.

• Sobrecarga..........................................................................0,25 kN/m2
• Peso próprio – Telha Simples...............................................0,05 kN/m2
• Peso próprio – Outros..........................................................0,10 kN/m2
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 118

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

• Sabendo que o espaçamento entre treliças equivale 2.500 mm e que a


distância entre os nós do banzo superior é de 750 mm, pode-se afirmar que as
forças características concentradas valem:

• Sobrecarga..........................................................................0,47 kN
• Peso próprio – Telha Simples...............................................0,10 kN
• Peso próprio – Outros..........................................................0,20 kN
• Vento – Sucção interna........................................................0,85 kN
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 119

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

2º Passo: Análise estrutural da treliça para distintas combinações de cálculo.

Combinação frequente – 01: P = 0,10 + 0,20 + 0,47 ∙ 0,7 + 0,85 ∙ 0 ≅ 0,63 kN


Combinação frequente – 02: P = 0,10 + 0,20 + 0,85 ∙ 0,3 + 0,47 ∙ 0,6 ≅ 0,84 kN
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 120

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

• Adotando as recomendações feitas por Wardenier et al (2010) e permitindo


rotação nas extremidades das diagonais, nota-se que os deslocamentos
relativos à combinação frequente de ações equivale a 18 mm, inferior ao limite
imposto pela ABNT NBR 8800:2008 igual a L/250.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 121

4. Sistemas treliçados
4.4.1 Exercício-01

• Através da análise estrutural de um segundo modelo estrutural, nota-se que a


adoção de dois apoios com restrições à translação horizontal permite redução
nos deslocamentos verticais no meio do vão do sistema treliçado.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 122

4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• A treliça acima descrita, sujeita à ação de forças concentradas distribuídas


sobre os nós do banzo superior, é composta por perfis tubulares.

• Admite-se que, para efeito de projeto básico, não há excentricidades


causadas pela ligação entre diagonais e banzos. Aço ASTM A501 (𝑓𝑦 =
250 𝑀𝑃𝑎 e 𝑓𝑢 = 400 𝑀𝑃𝑎

• Dimensionar as barras da treliça acima representada.


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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• Uma sugestão para análise estruturais consistentes é a criação de dois


modelos estruturais.

• Considerando o modelo sugerido pela ABNT NBR 16.239:2013 com diagonais


rotuladas nas extremidades e banzos tratados como elementos contínuos.
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• Além disto, um segundo modelo pode ser idealizado com todas as ligações
entre os elementos tratadas como rígidas.

• A diferença básica entre os dois modelos é que as diagonais serão


dimensionadas ora à compressão simples, ora à flexo compressão.
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• Neste exercício, será tratado com maiores detalhes o modelo com diagonais
rotuladas, tendo em vista que será possível aproveitar o tema central da
presente aula.
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• Os esforços solicitantes máximos de compressão nas diagonais podem ser


vistos na região próxima aos apoios, como esperado.

• Neste sentido, pode-se dimensionar as diagonais para a referida carga e


considerando um comprimento equivalente de 0,9𝐿.
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

1º Passo: Pré dimensionamento das diagonais comprimidas.

𝛾𝛼1 ∙𝑁𝑐,𝑆𝑑 1,10∙23,1


𝐴𝑛𝑒𝑐 = = ≅ 1,46 𝑐𝑚2 ∅33,4 𝑥 3,2𝑚𝑚
χ𝑒𝑠𝑡 ∙𝑓𝑦 0,70∙25

• Não considerada influência do efeito local.


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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

2º Passo: Avaliação do fator de redução local 𝑄.

𝐷 33,4
= ≅ 10,4 < 0,11 𝐸 Τ𝑓𝑦 = 88
𝑡 3,2

• A hipótese inicial da ausência de efeitos da flambagem local é verificada.


PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 129

4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

3º Passo: Avaliação do fator de redução global χ.

1 3,04 ∙ 25
χ= = 0,99 λ𝑜 = = 0,424
(1 + λ𝑜 4,48 )1Τ2,24 𝜋 2 ∙ 20000 ∙ 3,5Τ(0,9 ∙ 45)2
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

4º Passo: Determinação da capacidade resistente.

Q ∙ χ ∙ Ag ∙ fy
Nc,Rd =
γα1 Nc,Sd 23,1
= ≅ 34%
Nc,Rd = 68,4 kN Nc,Rd 68,4
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4. Sistemas treliçados
4.4.2 Exercício-02

• Fica evidente que, dentre as opções para tubos circulares, aquele escolhido
para este exercício oferece uma folga considerável de capacidade resistente.

• A razão existente entre os esforços solicitantes e os esforços resistentes é de


apenas 34%.
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4. Sistemas treliçados
4.4.3 Exercício-03
8.200mm
8.200mm

Seja um pavimento composto por vigas treliçadas tubulares e placas de


madeira (painel wall). Pede-se para pré dimensionar a treliça, sabendo que:

❑ Ação permanente.................................................................1,0 kNΤm2


❑ Ação variável........................................................................2,0 kNΤm2
❑ Espaçamento entre treliças...................................................1.250 mm
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. ESTRUTURAS TUBULARES DE AÇO 133

Referências bibliográficas
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800 – Projetos de 1kN 2kN
estruturas de aço e de estruturas mistas de
aço e concreto de edifícios. 2008. V
M
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS N
TÉCNICAS (ABNT). NBR 16239 – Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de
aço e concreto de edificações com perfis
tubulares. 2013.
1kN 2kN

• Wardenier, J; Packer, J.A; Zhao, X.L; van der


Vegte, G.J. Hollow Sections in Structural
Applications. CIDECT, Geneva, Switzerland,
2010.
1m 2m 3m

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