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CURSO DE PEDAGOGIA

Silmara dos Santos Moreira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório de Estágio apresentado à Disciplina de


Estágio Curricular em Educação Infantil do Curso de
Pedagogia da Universidade Cruzeiro do Sul, como
parte dos requisitos para a obtenção do título de
licenciada em Pedagogia.

São Paulo
2018
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Curso: Pedagogia

Instituição: Universidade Cruzeiro do Sul

Nome: Silmara dos Santos Moreira

RGM: 17796485

Disciplina: Estágio Curricular em Educação Infantil

Ano/semestre de realização do estágio: 2º semestre/2018


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SUMÁRIO

1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ....................................................................... 4

2 PERCEPÇÕES DO ESTÁGIO E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................... 5

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES....................................................................... 7

3 PERFIL DA PROFESSORA REGENTE .................................................................. 9

3.1 INCLUSÃO ........................................................................................................... 9

3.2 JOGOS E BRINCADEIRAS................................................................................. 11

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 13


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1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O estágio foi realizado no Centro de Educação Nova Jornada, sendo este
localizado à Avenida Dr. Assis Ribeiro número7600 na Vila Cisper na cidade de São
Paulo/SP. Trata-se de uma escola pertencente à rede privada de ensino, sendo
vinculada a Diretoria de Ensino – Região Leste. Atende estudantes das seguintes
modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, sendo que a
observação ocorreu em uma classe de Jardim II.
Esta instituição de ensino possui uma infraestrutura realmente eficiente para i
atendimento de sua clientela: 19 salas de aula; sala de diretoria; sala de
professores; quadra de esportes coberta; cozinha; biblioteca; parque infantil;
banheiro adequado à educação infantil; banheiro adequado a alunos com deficiência
ou mobilidade reduzida; sala de secretaria; banheiro com chuveiro; refeitório;
almoxarifado; pátio coberto e lavanderia. E ainda com a finalidade de promover uma
educação de qualidade aos estudantes disponibiliza os seguintes recursos materiais:
computadores administrativos; TV; DVD; copiadoras; retroprojetor; impressoras;
aparelhos de som; projetores multimídia (datashow) e câmera fotográfica/filmadora.
Em termos de conservação do patrimônio os servidores responsáveis pela
limpeza da escola primam por manter uma rotina de modo que as dependências
estejam em perfeitas condições de uso. As salas de aula são organizadas de modo
que os alunos sejam motivados a participarem do próprio processo de ensino e
aprendizagem. Outro fator de destaque é que encontramos rampas de acesso por
quase toda a escola.
É indispensável que o espaço físico de uma unidade de ensino atenda as
demandas da comunidade escolar de maneira favorável e que se possível o mesmo
esteja adequado e adaptado para atendimento de alunos com dificuldade de
locomoção. Segundo Vygotsky, "o ser humano cresce num ambiente social e a
interação com outras pessoas, é essencial ao seu desenvolvimento" (apud DAVIS e
OLIVEIRA, 1993, p. 560) sendo assim, nada como um local estimulante e ao mesmo
tempo um local desafiador para que o aluno possa desenvolver sua aprendizagem e
seu senso crítico. Este deve ser um ambiente de interação e reflexão tanto para
educadores quanto para educandos.
Com base no observado, esta escola apresenta instalações satisfatoriamente
conservadas e, segundo relatos da equipe gestora sempre que necessário são
executados reparos para manutenção e preservação do espaço físico.
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Possui ainda, um Laboratório de Informática completo com excelentes


equipamentos os quais são disponibilizados para utilização de professores e alunos.
Existem ainda salas multiusos com amplos espaços para jogos, as quais são
visitadas nos momentos de recreação e também como suporte para o processo de
ensino e aprendizagem dos educandos.

2 PERCEPÇÕES DO ESTÁGIO E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


Neste tópico serão apresentados os dados que foram coletados no momento
do estágio que visa orientar os profissionais e os estudantes de pedagogia,
demostrando a importância que a pesquisa tem para o conhecimento do futuro
profissional. A realização do estágio supervisionado contribui consideravelmente
para que o futuro profissional da Educação seja um profissional completo, que tenha
prazer no que faz e que saiba atender aos seus alunos de acordo com as
dificuldades de cada um deles rompendo barreiras com a ajuda de pesquisas e
investigações.
O Estágio é Componente Curricular obrigatório do Curso de Graduação que
possibilita ao estagiário analisar a gestão escolar na educação infantil e/ou nos anos
iniciais do ensino fundamental onde se é possível acompanhar e desenvolver
propostas alternativas de supervisão e coordenação pedagógica, articulada ao
Projeto Político Pedagógico da escola, além de favorecer a compreensão das
avaliações concebidas dentro do ambiente escolar em seus três níveis: externa,
institucional e para aprendizagens.
A realização do estágio supervisionado na Educação Infantil é primordial para
o conhecimento e o primeiro contato em sala de aula com o início da aprendizagem,
na qual as crianças estão começando o conhecimento e entendendo o porquê e as
formas de como funciona todas as principais formas de aprendizagem.
A objetivação desse estágio tem como principal tarefa de mostrar e habituar o
formando não somente a parte teórica em que estuda na faculdade, mas sim ensinar
como funciona a parte prática, onde se aprende a lidar com pessoas, nas quais cada
um tem uma forma diferente de ser, agir, e vivem diferentes situações e dificuldades
da vida.
Nesta etapa do estágio que durou 100 horas distribuídas em cinco horas
diárias, a atividade desenvolvida foi à observação a qual se iniciou com uma visita
guiada pela gestora pelas dependências da escola onde conhecemos a estrutura da
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mesma e o sistema organizacional, sendo que esta etapa durou 25 horas e


posteriormente deu-se continuidade na Educação Infantil em uma classe do Jardim
II. A observação tem uma importância salutar no processo do estágio de futuros
docentes, tendo em vista que de acordo com Moretto (2003, p. 79):

Quando o sujeito observa, ele faz comparações entre experiências; as já


vividas e cuja representação construída constitui suas estruturas cognitivas
(seus conhecimentos), com a experiência que ele faz no momento, isto é, a
representação que ele está construindo na sua interação com o mundo das
limitações.

Dado o exposto, podemos afirmar que a observação serve de base para


adquirir informações referentes à prática pedagógica e à rotina escolar. A escola
prima pelo fato de que a formação do educador infantil encontra-se baseada na
concepção de que este profissional deve atuar como um educador e cuidador da
criança, sendo que em diversas situações os estudantes trazem problemas oriundos
do âmbito escolar que podem impactar negativamente o contexto de sala de aula.
Outro fator evidenciado é que em uma conversa informal com a gestora esta
defende a ideia de que o professor deve estar constantemente pronto para
responder a diversidade das situações existentes hoje na instituição, além de ter que
conviver com a multiplicidade dos profissionais que atuam na área tornando-se
necessário elaborar e avaliar propostas diferenciadas de formação, sendo este ainda
uma espécie de mediador entre crianças e os objetos de conhecimento, organizando
e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e
capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança. Nesta
perspectiva os docentes são orientados para que busquem compreender o processo
do desenvolvimento infantil, de modo possam entender o que as crianças se sentem
como expressam suas ideias e resolvem os problemas do cotidiano.
A proposta pedagógica da escola para a Educação Infantil é mais do que um
simples aglomerado de planos de ensino e atividades. Esse projeto é construído e
vivenciado em todos os momentos por todos os que estão envolvidos nesse
processo educativo, no qual processo a escola respeita o pluralismo de ideias e
concepções pedagógicas, valorização do profissional da educação infantil, possibilita
aos alunos a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento e a arte.
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A escola desenvolve alguns projetos pedagógicos voltados para o


desenvolvimento de hábitos de leitura, aprendizagem significativa por meio da
ludicidade. O trabalho com projetos pedagógicos é altamente positivo, pois o aluno
aprende mais do que aprenderia na situação de simples receptor de informações.
Assim a informação passa a ser tratada de forma construtiva e proveitosa e o
estudante desenvolve a capacidade de selecionar, organizar, priorizar, analisar,
sintetizar etc.
Outro fato de suma importância é que as turmas de EI são organizadas
conforme sugestões das famílias, sempre que possível, para que consigam conciliar
o horário em que os filhos estão na escola com o seu horário de trabalho.

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


O estágio em sala de aula ocorreu no período vespertino, iniciando, portanto,
às 13h15min horas e se estendendo até às 17h15min horas. Inicialmente pude
perceber que a turma possui alguns alunos que são matriculados no período integral
(04 no total), e geralmente no início das aulas eles ainda permaneciam dormindo,
sendo que em decorrência deste fato, os demais alunos desenvolviam outras
atividades na área externa e no parquinho, até que a monitora acordasse todos e os
colocassem na rodinha.
Por conseguinte, a professora convidava os demais alunos e todos se
juntavam à roda, sendo que aqueles que possuíam alguma novidade vivenciada
poderiam relatar aos colegas. Logo depois de vencida esta etapa da rotina, a
docente contava uma história, a qual nunca era terminada no mesmo dia, fazendo
assim com que a imaginação dos pequenos fosse estimulada para da próxima vez
se lembrarem do que foi contado. Comungando com essa premissa, Costa (2013,
pág.45) afirma que:

Na escola, desde o primeiro dia de sua entrada, a criança precisa ser


exposta ao contato de histórias e poema, contados oralmente pelo professor
ou mostrados em livros ao alcance dos olhos e manuseio das crianças. A
criação de um ambiente favorável à leitura irá pouco a pouco construindo na
mente infantil a imagem de uma atividade enriquecedora e prazerosa.

Posteriormente, os alunos seguiam em fila para o primeiro lanche da tarde,


que geralmente era um lanchinho rápido, de uns quinze minutos e ao término,
retornavam para a sala se reunindo em círculo para a professora explicasse a
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próxima atividade. Na primeira semana estava sendo desenvolvido um projeto


acerca dos meios de comunicação, sendo que na sala havia jornais, revistas,
televisão, computador, rádio, enfim vários materiais para um contato concreto com
esses meios pelos alunos de modo a promover uma aprendizagem significativa.
Notei que as crianças permaneciam muito interessadas e faziam perguntas para a
professora e estagiária, sendo que várias atividades foram desenvolvidas durante a
semana voltadas para o projeto.
Nas segundas e terceiras semanas foi desenvolvido um projeto voltado para o
tema Natureza e Sociedade, onde inicialmente formou-se uma roda para debate
sobre a natureza, onde foram mostradas algumas figuras, recortes etc., onde
constavam imagens da natureza, como árvores, plantas, locais com queimadas,
outros com a natureza preservada. Logo após os alunos assistiram a um vídeo
sobre a necessidade de preservação da natureza para a vida humana e dos
animais. Feito isso, seguiram de mãos dadas para uma praça que fica ao lado da
escola, e também para um bosque, onde puderam pegar as plantas, e também
perceber a diferença de temperatura dos dois ambientes: asfalto e bosque. No
retorno para sala foi confeccionado um painel com os galhos, folhas e flores que
trouxeram do passeio e assim como na primeira semana, foram desenvolvidas
diversas atividades voltadas para a temática.
Cumpre registrar que as crianças cumprem uma rotina diária, após o
desenvolvimento de atividades, por volta das 15h30, os alunos faziam fila para o
segundo lanche da tarde, sendo que após realizavam a escovação dos dentes. As
atividades eram sempre variadas, nessa parte geralmente se encaixavam as aulas
de artes ou educação física. Enquanto as crianças estavam nas aulas de educação
física a professora dava uma olhada nas agendas, se havia recado dos pais, e
também quando havia alguma comunicação para fazer essa era feita por meio da
agenda.
Durante a observação percebi que a professora possui um planejamento de
todas as atividades a serem desenvolvidas. No desenvolvimento das atividades,
pude constatar que os alunos não acompanham as atividades igualmente, cada um
tem o seu momento (ritmo), uns acompanham mais rápido, outros tem mais
dificuldades, é preciso estar atento, para que todos possam acompanhar as
aprendizagens.
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Outro aspecto evidenciado neste período, é que cada dia é imprevisível, pois
ocorrem algumas situações inusitadas, passando por desafios, dificuldades, mas
também repletos de alegrias e realizações, com crianças ansiosas pela vida e pelas
descobertas do saber e deste modo, é imprescindível que estejamos preparados
para qualquer eventualidade.

3 PERFIL DA PROFESSORA REGENTE


A professora Rochelle tem 32 anos de idade, dez deles atuando como
docente na área de Educação Infantil. Possui graduação em Pedagogia e
especialização em Educação Infantil e ludicidade. A docente se mostrou muito gentil,
educada e agindo com tranquilidade com seus alunos. Observei que existem
momentos em que os deixa mais à vontade, mas quando pede silêncio,
imediatamente é atendida, o que demonstra uma boa liderança frente aos discentes,
tratando a todos com igualdade. Nota-se que esta professora agregou em sua
vivência e prática pedagógica preceitos que se esperam de um professor de
Educação Infantil, considerando que:

O professor assume, nesse momento, o papel que cabia à figura materna,


não como substituta desta, mas como promotor de ampliação e
suplementação de um papel que apenas a mãe desempenha. As crianças
pequenas necessitam em um momento ou em outro da assistência materna,
por isso, o professor precisa agir fornecendo esses cuidados. (...) O
professor deve assumir um papel caloroso, pois, de agora em diante será o
principal esteio da vida da criança. Deve ser coerente em seu
comportamento para com ela, discernindo suas alegrias e mágoas. Além
disso, deve ser tolerante para que possa ajudá-la em suas necessidades
(VERCELLI, 2014, p. 5).

Permaneci em observação na classe de Jardim II onde a mesma atua como


regente por um período de 65 horas, sendo 05 horas diárias, sendo que duas
situações/atividades vivenciadas foram de suma importância para a minha formação
enquanto futura pedagoga.

3.1 INCLUSÃO
A classe em que realizei o estágio possui um quantitativo de 20 alunos, sendo
que um deles possui deficiência visual. Sendo que o mesmo participa de todas as
atividades desenvolvidas com o apoio de Tecnologias Assistivas, priorizando o uso
das tecnologias de informação e comunicação, o que se mostra uma perspectiva
atual e que permite efetivamente a inclusão deste aluno DV.
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Vale frisar que os alunos que apresentam esta patología, além dos obstáculos
físicos inerentes às demais deficiencias, também por vezes é vítima dos obstáculos
culturais, os quais os apontam como seres incapazes. Dado o exposto, uma das
grandes incógnitas do mundo globalizado é compreender como os deficientes
visuais conseguem concluir seus estudos considerando que a visão é considerada
fundamental para o processo de aprendizagem nos ambientes regulares de ensino,
contudo, os docentes que atuam junto a este público devem adotar metodologías de
ensino que contemplem as necessidades destes alunos e deste modo, garantam a
escolarização plena dos mesmos.
Destarte, pode-se supor que a ausência/redução da visão dificulta a rotina do
deficiente visual no seu percurso acadêmico, e para que tal obstáculo seja
perpassado, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), vem “atingindo
gradativamente a escola e, consequentemente, a prática pedagógica utilizada pelos
profesores nas salas de aula” (SANTOS, 2007, p. 20), o que o causa impactos
consideráveis no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência
visual.
É importante compreender que o desenvolvimento e a aprendizagem de uma
criança com a deficiência visual, perpassa por momentos que onde se deve enfatizar
a atividade lúdica, a utilização do material concreto, e uma didática significativa para
o aluno, sendo que o professor deve pautar suas aulas em conteúdos a qual o
educando tem acessibilidade no seu dia para que o aprendizado seja significativo, e
a, a partir disso o aluno poderá se sentir mais confiante em interagir com a turma,
pois tem a mesma potencialidade de aprender (KLAUSEN, 2013).
O processo de inclusão precisa ocorrer de forma criativa, consciente,
embasado na percepção individual enquanto contexto legal. O ensino inclusivo
precisa atender não poucos fundamentos para que seja concretizado e atenda as
demandas educacionais. Dentre estes, destaca-se, incluir todos os alunos,
educando todos juntos e prepará-los para viver em comunidade, uma vez que o
aprendizado inclusivo acontece quando os alunos estão integrados e não
segregados.
Enfim, sublinhe-se que a tecnologia auxilia na melhoria da transmissão de
conteúdos, permitindo ao aluno com Deficiência Visual, a interação, o
desenvolvimento de atividades, a criação e o acompanhamento, diferente do ritmo
das aulas tradicionais onde o docente se torna um mero transmissor de
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conhecimentos. Ao definir tradicionalista, deve-se atentar à real situação de uma


classe de professores que seguem os padrões em sala de aula que se identificam
com ritmos monótonos e repetitivos, associados ao perfil dos alunos que
permanecem apenas acompanhando, ouvindo, copiando e não interagindo com as
solicitações do professor.

3.2 JOGOS E BRINCADEIRAS


A professora desenvolve todas as atividades alicerçadas pelo uso do lúdico
através de jogos e brincadeiras em grupo, permitindo às crianças desenvolverem
ações que reflitam sobre a vida adulta, como o faz de conta e as imitações. As
crianças enxergam o adulto como modelo, tomam atitudes a partir das funções e
relações que estabelecem com ele, assumindo, conforme a sua realidade, o que
vivencia no cotidiano através das brincadeiras.
A mesma em uma conversa informal defende que jogos com regras, jogos de
construção, atividades significativas, proporcionam a assimilação da linguagem,
instigam a criatividade, desenvolvem a noção de espaço temporal, a imaginação, a
percepção, o pensamento, incentivam a socialização e interação através de teatro,
música, dança e brincadeiras livres e dirigidas. Almeida (1994, p.41) apresenta em
seus apontamentos a relevância dos jogos e brincadeiras:

A educação lúdica, na sua essência, além de contribuir e influenciar na


formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio,
um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma
prática democrática enquanto investe em uma produção séria do
conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre,
crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso
de transformação e modificação do meio.

Dado o exposto, os jogos e as brincadeiras facilitam e promovem nas


crianças a capacidade de exercitar todas as suas potencialidades. Eles podem ser
utilizados como ferramentas estimuladoras, facilitadoras e enriquecedoras que
através do lazer e com prazer estimulam satisfatoriamente todo o processo de
aprendizagem do indivíduo. Cabe ao professor propiciar através dos recursos
adequados às necessidades de sua escola jogos e brincadeiras com intuito de
garantir aos alunos um aprendizado eficaz.
Reiteramos que o lúdico permite novas maneiras de ensinar, associado a
fatores como: capacitação dos profissionais envolvidos, infraestrutura, pode-se obter
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uma educação de qualidade, capaz de ir ao encontro dos interesses essenciais à


criança, pois as atividades lúdicas não são somatórias, mas sim fazem parte do
processo de aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os aspectos observados, posso concluir que o Estágio me
proporcionou uma experiência única, pois nunca havia contemplado o ambiente
escolar como pesquisadora e observadora crítica e reflexiva. Posso afirmar que esta
prática permitirá a mudança de paradigmas e orientará o meu trabalho como futura
Pedagoga, podendo assumir ainda outras funções dentro da instituição, pois consigo
hoje relacionar as teorias estudadas e as práticas escolares.
Quero aqui destacar a importância da observação in loco dos espaços de
aprendizagem, pois estes permeados pela complexidade, abrigando sujeitos com
diferentes subjetividades, oportunizando uma visão profunda da realidade bem como
o conhecimento do meu campo de atuação. D’ Ávila e Abreu (2014, p. 17) afirmam
que: “O estágio, como ápice da socialização profissional formal e enquanto
epistemológico representa, por assim dizer, uma etapa importantíssima no processo
de desenvolvimento profissional.”
Este Estágio foi uma rica oportunidade de se viver a problematização, a
análise e a busca de soluções para as situações de ensino e aprendizagem. As
situações que ocorreram em sala de aula, me proporcionaram um novo conceito
para solução de problemas eventuais e agir no ambiente escolar, pois alguns alunos
dependem de um olhar sensível e que devemos sempre criar alternativas e
proporcionar estratégias de aprendizagens, para que possam atingir os objetivos,
que é acima de tudo se desenvolverem integralmente, além de principalmente
desenvolver o espírito investigador tão necessário para uma boa atuação didática.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORETTO, Vasco Pedro. Construtivismo: a produção do conhecimento em aula. 4
ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

KLAUSEN, Adriana Paula Nunes Siqueira. O Ensino de Artes Visuais: Algumas


possibilidades na aprendizagem da arte em alunos com Necessidades Educacionais
Especiais. Porto Alegre. 2013. Trabalho de Conclusão em licenciatura em Artes
Visuais – Curso de graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS.
Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle//67185/?sequence=
Acesso em 23 out. 2018.

COSTA, Marta Moraes da. Metodologia do ensino da literatura infantil: Curitiba:


Ibpex, 2007.

VERCELLI, Ligia de Carvalho Abôes. O Professor da Educação Infantil: a


importância de sua postura para o desenvolvimento emocional da criança pequena.
2014. Disponível em: https://centropsicanalise.com.br/wp-
content/uploads/2014/02/Ciclo-VI-Ligia-de-Carvalho-Ab%C3%B5es-Vercelli.pdf.
Acesso em 23 out. 2018.

SANTOS, M. J. A escolarização dos alunos com deficiência visual e sua


experiência educacional. Dissertação de Mestrado em educação. Universidade
Federal da Bahia. Salvador/BA. Disponível em:
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10613/1/Miralva%20dos%20Santos.pdf.
Acesso em 23 out. 2018.

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