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Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História. As sociedades sem escrita, mas sobre as quais há registos
escritos por povos que já conheciam aescrita e que coexistiam com elas, são descritas pelaProto-História (é o caso, por exemplo, dos
povos celtas da cultura de La Tène).
Índice
Historiador
As concepções da História
As concepções formais da História
As concepções filosóficas da História
Documentos e fontes históricas
Periodização histórica
Pré-História
História
A era cristã e a divisão da História
Estudo da História
Por continente
Por país
Por período
Por campo
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Historiador
O indivíduo que estuda e escreve sobre a história e é considerado uma autoridade
neste campo, é denominado historiador.[2] Historiadores se preocupam com a
narrativa contínua e metódica, e também com a narrativa que pode ser descontínua e
subjetiva, bem como a pesquisa dos eventos passados relacionados ao ser humano, e
o estudo dos eventos ocorridos ao longo do tempo e também no espaço. Embora o
termo historiador possa ser usado para descrever tanto os profissionais quanto os
amadores da área, costuma ser reservado para aqueles que obtiveram uma graduação
acadêmica na disciplina.[3] Alguns historiadores, no entanto, são reconhecidos
unicamente com mérito em seu treinamento e experiência no campo.[3] Tornou-se
uma ocupação profissional no fim doséculo XIX.
As concepções da História
História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupaçãodidática (ver: Didática da história). O
historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os
erros do passado. Os gregos Heródoto e T ucídides e o romano Cícero ("A Historia é a mestra da vida") representam
esta concepção.
História Científica - Agora há uma preocupação com averdade, com o método, com aanálise crítica de causas e
consequências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das ideias filosóficas
que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussãodialética (de Hegel e Karl Marx) do
século XIX e se consolida com asteses de Leopold Von Ranke, criador do Rankeanismo, o qual contesta o
chamado "Positivismo Histórico" (que não é relacionado aopositivismo político de Augusto Comte) e posteriormente
com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX.
História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores francesesMarc Bloch e Lucien Febvre fundaram em
1929 uma revista de estudos, a A " nnales d'histoire économique et sociale",[4][5] onde rompiam decididamente com
o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites (ver:
Revisionismo histórico). Para estes estudiosos, o quotidiano, aarte, os afazeres do povo e a psicologia social são
elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade. Surgindo ainda
o movimento da Nova História Crítica e da Nova História.
Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação de Deus.
Tudo, a partir da origem daTerra, deve ser explicado pelaDivina Providência. No passado mais remoto, areligião
justificava a guerra e o poder dos governantes. NaIdade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da
informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História.
Santo Agostinho, no livro A Cidade de
Deus, formula essa interpretação. No século XVII,Jacques Bossuet, na obra Discurso Sobre a História Universal,
afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E noséculo XIX, o historiador italiano Césare Cantu
produziu uma obra chamadaStoria universale de profundo engajamento providencialista.
Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de Fenomenologia do Espírito, seu
corporificador. Defende que os factos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado
pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de
ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela
ideia como geradora darealidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva dahumanidade
tem razão idealista.
Concepção Cíclica - De acordo com as teorias cíclicas da história o progresso das sociedades humanas
desenvolve-se de acordo com grandes ciclos que se repetem ao longo dos tempos, independentemente da vontade
dos homens. A explicação cíclica da história teve origem noshistoriadores da Grécia Antiga. O polímata árabe Ibn
Khaldun na sua obra Muqaddimah, escrita em 1377, delineou sobre uma teoria cíclica da História. No século XVIII,
Giambattista Vico no no livro Ciência Nova, publicada em 1725, foi o primeiro pensador da história a propor uma
teoria cíclica da história em que as cidades humanas passavam inevitavelmente por certas fases distintas de
desenvolvimento ao longo dos tempos. Já mais recentemente,Oswald Spengler e Arnold J. Toynbee também
sugeriram que a história humana se desenrola em ciclos, pois encontramos sempre a evidência deste princípio nas
inúmeras civilizações cuja ascensão e queda, evoluindo sempre mais altos que os anteriores, são a confirmação da
evolução cíclica da espécie humana.
Concepção Materialista- Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A
partir da publicação doManifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do
Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão
determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam
ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de
vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. Noprefácio de Crítica da Economia Política,
Karl Marx escreveu:
Crítica objetiva - Verifica o valor extrínseco, externo de um documento; se é original ou apenas uma cópia.
Crítica subjetiva - Verifica o valor intrínseco, interno, de um documento. É um trabalho especializado, comparativo,
que só pode ser realizado pelasciências auxiliares da História: Arqueologia (estuda ruínas, objetos antigos);
Paleontologia (fósseis); Heráldica (emblemas e brasões); Epigrafia (inscrições lapidares);Numismática (moedas);
Genealogia (linhagens familiares); Paleografia (estudo da escrita antiga)Antropologia, Linguistica e Geografia
Periodização histórica
O passado da humanidade se divide em dois grandes grupos, aPré-História e a História. História
Paleolítico
Idade
Pré-História da Mesolítico
Pedra
A pré-história é o período que inicia com o surgimento do ser humano anterior à escrita, Neolítico
inventada na Mesopotâmia a cerca de 4 000 a.C. Caracteriza-se, grosso modo, pelo Idade do
Pré-história Cobre
nomadismo e atividades de caça. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os
homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades. A Pré-História Idade
Idade do
dos
divide-se em três períodos:[7][8][9] Metais
Bronze
Idade do
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, quando descobriu-se ofogo; Ferro
Neolítico ou Idade da Pedra Polida, quando ocorreu aRevolução Agrícola,
sendo domesticado os animais, e o início da prática dadomesticação de Antiguidade Oriental
espécies vegetais;
Idade Antiguidade
Idade dos Metais, quando iniciou-se a fundição dos metais e a utilização Antiga Clássica
deste na fabricação de instrumentos, sendo o último período da Pré-História
demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das Antiguidade tardia
primeiras civilizações da Antiguidade,Egito e Mesopotâmia.
Alta Idade Média
Idade
História Média
Idade Média Baixa Plena
A História divide-se em quatro períodos: Idade
Média Idade
Média
Idade Antiga – A Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até
Tardia
476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romanodo Ocidente. É
estudada com estreita relação aoPróximo Oriente, onde floresceram as Idade Moderna
primeiras civilizações, sobretudo no chamadoCrescente Fértil, que atraiu,
pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes doEgito, Palestina, Idade Contemporânea
Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações
clássicas, Grécia e Roma [10] (ver: Arte e cultura clássicas). Relacionados
Idade Média – A Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453,
quando ocorre a conquista deConstantinopla pelos turcos otomanos e
consequente queda doImpério Romano do Oriente. É estudada com relação às trêsculturas em confronto em torno
da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelomodo de produção feudal em algumas regiões da Europa.[11]
Idade Moderna – A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão daRevolução
Francesa. Compreende o período da invenção daImprensa, os descobrimentos marítimose o Renascimento.
Caracteriza-se pelo nascimento domodo de produção capitalista.[12]
Idade Contemporânea – A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve
conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções,Nova
a
Ordem Mundial [13] e a ideia de "fim da história."
Estudo da História
Por período
Idade Média
Pré-História
Idade Moderna
Idade Antiga
Idade Contemporânea
Ver também
História oral
Análise macro-histórica
História alternativa
Anais
Historiador
Ciências auxiliares de História
Historiografia
Crónica
Lista de tópicos de história
Referências
Ática. p. 5-6. 432 páginas.ISBN 85-08-02735-5
1. Joseph, Brian (Ed.); Janda, Richard (Ed.) (2008).The Verifique |isbn= (ajuda)
Handbook of Historical Linguistics. [S.l.]: Blackwell
7. O surgimento do ser humano e os períodos pré-
Publishing (publicado em 30 de Dezembro de 2004).
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p. 163. ISBN 978-1405127479
ria-2-o-surgimento-do-ser-humano-e-os-periodos-pre-h
2. "historian (http://wordnet.princeton.edu/perl/webwn?s= istoricos.jhtm) UOL Educação. Acessado em
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8. O mundo e a Pré-História.(http://www.brasilescola.co
3. Herman, A. M. (1998).Occupational outlook handbook: m/historiag/pre-historia.htm)Brasil Escola por Rainer
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4. CAIRE-JABINET, Marie-Paule (2003) "Introdução à 9. A Pré-História. (http://www.brasilescola.com/historiag/a
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5. Hughes-Warrington, Marnie (2002) "50 Grandes Acessado em 15/02/2012.
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6. Souza, Osvaldo Rodrigues de (1990). «1-O que é a lizacoes.htm). Brasil Escola por Leandro Carvalho.
História?». História Geral 30 ed. São Paulo: Editora Acessado em 15/02/2012.
11. Idade Média (http://www.brasilescola.com/historiag/ida 13. Idade Contemporânea (http://www.brasilescola.com/his
de-media.htm). Brasil Escola por Rainer Sousa. toriag/idade-contemporanea.htm). Brasil Escola por
Acessado em 15/02/2012. Rainer Sousa. Acessado em 15/02/2012.
12. Idade Moderna (http://www.brasilescola.com/historiag/i
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Acessado em 15/02/2012.
Bibliografia
arqueologia das palavras". In: ZIERER, Adriana
AGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio.Os Annales e a (coord.). Revista Outros Tempos, São Luís,
historiografia francesa: tradições críticas de Marc Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), volume
Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000. 1, 2004 (ISSN 1808-8031).[3]
BARROS, José D'Assunção.O Campo da História. DOSSE, François. História a prova do tempo: da
Petrópolis: Vozes, 2009, 6a edição.[1] história em migalhas ao resgate do sentido. São
BURKE, Peter. A Escola dos Annales. 1929-1989. São Paulo: Editora da UNESP, 2001.
Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulista, 1991. LE GOFF, Jacques. História e memória. São Paulo:
COSTA, Ricardo da. "Para que serve a História? Para Editora da UNESP, 1992.
nada…". In: NetHistória (ISSN 1679-8252)[2] Super Interessante, Pag 09.Modos de ver a História:
COSTA, Ricardo da. "O conhecimento histórico e a As Visões dos historiadores mais importantes do
compreensão do passado: o historiador e a século XXI. São Paulo: Editora Abril, 2007.
arqueologia das palavras". In: ZIERER, Adriana
Ligações externas
Em inglês
Em português
IHGB - site do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Página visitada em 12 de Julho de 2014.
IH - site do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro(link para mais informações). Página
visitada em 12 de Julho de 2014.
APH - site da Academia Portuguesa da História. Página visitada em 12 de Julho de 2014.
IHC - Instituto de História Contemporânea daUniversidade Nova de Lisboa. Página visitada em 12 de Julho de
2014.
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