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O brincar com bonecas tem uma importância especial para os meninos. Todo menino deve
ter "o seu boneco" que o acompanhe em todos os seus momentos, no brincar, no consolo
de suas tristezas e nas suas alegrias. O menino não estabelece esse relacionamento
com uma bola ou um carrinho. Além disso, quando o pai presenteia o filho com um
boneco, colabora para a quebra de estereótipos que podem atrapalhar a criança em suas
relações sociais e familiares quando adulto. Ao brincar com seu de boneco, o menino
amplia sua possibilidade de se tornar um ser humano mais completo e amoroso.
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Baseado no livro “Minha Querida Boneca”, de Karin Evelin Scheven.São Paulo: FEWB, 2006.
sentido do tato, importante base para o desenvolvimento saudável da percepção do eu
no mundo.
Crianças de cabeça grande e de cabeça pequena
Comecemos observando a criança recém-nascida. Seu corpo pequeno representa o
germe a partir do qual a natureza humana deverá desenvolver-se. Se acompanharmos do
primeiro silencioso desabrochar até aproximadamente um importante momento da vida que
é aparecimento da segunda dentição, então receberemos esclarecimentos sobre aquilo
que na criança é predisposição não somente corpórea, mas também anímico-espiritual.
A cabeça do lactente, que é exageradamente grande, ganha pouco a pouco, durante
o crescimento a relação harmoniosa que o ser humano crescido possui com o resto do
organismo. Mas isto já é um processo que ocorre de maneira muito diversa e talvez
nunca igual para duas crianças. No entanto há crianças nas quais a cabeça é
desproporcionalmente grande - sem que haja sintomas patológicos. Numa criança assim,
a testa é acentuadamente curva, o rostinho por baixo dela minúsculo. Embora tenha uma
certa harmonia, dá a impressão de que estamos diante de uma criança “de cabeça
grande”.
O que significa a criança crescer “a partir da cabeça”? Significa que as forças
formadoras da cabeça lançam mão do metabolismo para agir em toda parte, formando e
modelando. Significa também que a “cabeça” ainda não é instrumento da percepção e do
pensamento como no adulto, mas ainda órgão do metabolismo, totalmente permeado por
este, totalmente vivaz.
Lentamente as forças do metabolismo se retiram da cabeça, começando lentos
processos de amortecimento, como os que se anunciam, por exemplo, no nascimento dos
primeiros dentes. Pelo fato de a vida aos poucos se retirar da cabeça, esta vai-se
transformando gradativamente em instrumento da consciência desperta e perceptiva. A
cabeça torna-se menor em relação ao resto do corpo e adquire o tamanho que comumente
consideramos normal.
Devemos observar que se as forças metabólicas continuarem ativas e operantes na
cabeça além do tempo adequado, atuarão no mesmo sentido em que fazem na criança
pequena.
Numa criança assim há, em cima de uma constituição pequena, uma cabeça
possante, com testa arredondada curvada para frente. Que a alma viverá nesse pequeno
corpo, - que cai com facilidade ao andar ou correr, pois seu sistema nervoso é
dominado pelo metabólico?
Uma alma sonhadora, em casos mais profundos uma alma cuja percepção é fugidia.
Na vida futura se tornará mais harmônica. Elas são ricas em imagens criativas,
brincam maravilhosamente, com uma fantasia abundante.
O período escolar será quase sempre um fardo pesado para este tipo de criança,
sua fantasia exagerada é cercada por todos os lados.
As crianças redondas, coradas, tornam-se pálidas e cansadas, como pode ser
notado principalmente no primeiro ano.
Podemos ajudar o sistema neuro-sensorial a atuar em conjunto com metabólico-
motor, oferecendo-lhe alimentos bem salgados lavando, às vezes, sua cabeça com água
fria e alimentando-a com raízes e coisas azedas.
Com a criança de cabeça pequena sucede que as forças criadoras ativas se
retiram cedo da região do sistema neuro-sensorial, preparando-o assim para tornar-se
instrumento da vida imaginativa. Mas isto pode acontecer com muita força, definindo
um determinado tipo de criança que se comporta de maneira oposta à anteriormente
descrita.
As crianças em que predominam o sistema neuro-sensorial parecerão mais
espertas, conscientes e inteligentes do que aquelas nas quais prevalecem o sistema do
metabolismo. Serão, por isso, mais valorizadas na escola, com seu ensino
intelectualizado e abstrato. Elas não só terão cabeça pequena, mas também serão
pálidas, por isso devem receber mais açúcar, frutas maduras, mel e outros alimentos
doces saudáveis.
Se sairmos a um passeio com uma criança de cabeça pequena e outra de cabeça
grande para conhecermos suas peculiaridades. A criança da cabeça grande logo terá
construído, com musgo, pedras e galhos, uma fazenda, por exemplo. A criança de cabeça
pequena gostará de andar ao lado do adulto e fazer perguntas ponderadas, tais como:
quem criou as árvores e como elas crescem? Irá talvez contar sobre uma porção de
inventos, pequenas máquinas que ela mesma imaginou, etc. Ela ficará contente quando o
adulto lhe der sugestões para suas brincadeiras e depois ele mesmo brincar com ela.
Nenhuma criança poderá desenvolver-se adequadamente se quem cuida dela não
puder compreendê-la em sua maneira de ser, em suas necessidades vitais.
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As forças que agem principalmente plasmando e criando formas são, ao mesmo
tempo, fornecedores de vida e estimuladores do crescimento. Por isso os educadores só
poderão educar proveitosamente quando conseguirem obter uma noção viva destas forças.
A forma esférica de sua cabeça. Isto é, o "duro", o que protege, o osso externo
determinando a forma. O que está dentro quer ser protegido. Se eu quero conhecer o
ser, o individual de um cidadão eu olho para o seu rosto. A forma quer revelar o seu
ser, mas eu sei que o essencial eu vou encontrar dentro ou atrás desta forma. Eu,
para conhecê-lo, tenho que penetrar na sua vida interior, em seus pensamentos.
Mas a forma é redonda, esférica e dura. A cabeça está colocada em repouso e
absolutamente ereta sobre o corpo. Uma cabeça pendente para baixo, para trás ou para
o lado revela um ser doente ou um ser que não está em situação harmônica e
equilibrada. A cabeça ereta sobre o corpo transmite em imagem a situação de
autoconsciência do ser humano livre.
A situação contrária existe nos membros, nas pernas e nos braços. Ao contrário
da cabeça que é esférica, sua forma é radial. O duro, o osso, o que dá a forma está
bem no interior. Por fora, está envolto por corporalidade mole. A cabeça está em
repouso e tem como característica o descanso. Em contrapartida, os braços e as pernas
têm sua motivação no movimento. As pernas estão aí para andar, correr, pular e
dançar. Os braços para trabalhar, para afagar, cuidar, etc. Movimento é o seu
princípio formativo.
No meio, o tronco, equilibra as extremidades do movimento e do repouso. No
peito, com as costelas, é captada a forma esférica da cabeça, mas não totalmente
fechada. A abertura das costelas permite movimentos, não movimentos voluntários como
nos membros, mas dominados. Os movimentos transformam-se no tronco em ritmo e este em
repouso na cabeça. O movimento dos membros transforma-se através da respiração
rítmica em calmos pensamentos. O homem só pode atuar na natureza ou no mundo através
dos braços e das pernas. Compreender o mundo e a si mesmo ele só pode na
tranqüilidade dos seus pensamentos.
A forma humana ou a sua corporalidade traz na sua gestalt básica a totalidade
da missão do ser humano. Uma boneca elaborada a partir desses conhecimentos básicos
transmite à criança a vivência de seu ser. Toda boneca que distorcer ou esconder esta
tendência básica, traz confusão para a criança em relação a si própria.
Tão logo a criança começar a se denominar por "EU", em torno do terceiro ano de
vida - e não mais na terceira pessoa-, ela se torna apta a se relacionar com o mundo
que a cerca. Cada vez mais ela aprende nas relações de vida a se colocar humanamente.
Naturalmente, isso acontece devagar, passo a passo. Também aprende, a
estabelecer uma relação com a própria corporalidade. Quando está frio, o ser humano
se agasalha, veste camisa e casaco; calça ou vestido também são necessários.
Para andar na rua são necessários sapatos para proteger os pés. O cabelo deve
ser tratado e penteado. À noite, depois de jantar, quando já estamos limpos e prontos
para dormir, precisamos de um pijama e um travesseiro para descansar a cabeça, um
cobertor para esquentar o corpo. A boneca deve ter, desde o início, esse tipo de
experiências.
A vestimenta também é uma característica humana. Nu, seu corpo fica exposto aos
rigores dos elementos da natureza. Ele é muito mais frágil que o de um animal no que
se refere à própria proteção natural. Se o homem na sua tenra idade não for
envolvido, protegido, vestido e cuidado pelas pessoas à sua volta, perecerá exposto à
natureza.
A vestimenta implica em um sentido social profundo, na medida em que envolve
vários indivíduos na sua execução. A boneca, como o ser humano, deve ser vestida
sempre de acordo com as novas situações, e isso a criança deve vivenciar.
Fonte: Scheven, Karin Evelyn. Minha Querida Boneca. São Paulo: FEWB, 2006.
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Detalhes
As proporções da boneca que vamos fazer, são equivalentes à criança de três anos.
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O rosto
O rosto não será muito definido, pois um rosto totalmente estruturado estabelece uma
impressão fixa na criança. Os olhos e a boca são apenas sugeridos, deixando livre a
fantasia, para que possa chorar ou rir, dependendo do estado anímico da criança. Toda
boneca é tanto melhor quanto mais indefinida seja sua expressão.
Preços2:
As lãs fiadas são todas de tingimento natural usando cinzas, sabão de cinza e as
cores são de:
Lã de Caarapó
Os preços são:
Osvaldo Hasimoto
16-3839-2253
Pç. Dep. Hevo Nunes da Silva 144 Centro Ituverava SP 14500-000
ALGODOEIRA ATIBAIA
Av. Tegula, 888 Ponte Alta
Cep 12952-820 Atibaia - SP
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Praticados em 2008
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Passo a passo
Esquema para acompanhar o PASSO A PASSO fotográfico publicado em até 15 dias após o
curso no YouTube, pesquise por: “Boneca Waladorf – Passo a passo ______________
(local do curso)”
2º Passo: Fio de cobre do tamanho do corpo da boneca dobrado ao meio e nas pontas
fazer uma esfera com a lã limpa. Depois colocar lã de carneiro (enchimento) por cima
e por último o algodão, deixe sempre uma esfera e use fio de overlok quando
necessário.
3º Passo: Lã de anjo (80 cm) 4 partes iguais. Forme uma estrela e centralize a cabeça
no meio deixando o fio de cobre para cima e envolvendo parte por parte.
4º Passo: Capa de malha: alinhavar em baixo de modo que possa franzir, depois colocar
a cabeça dentro deixando as pontas da estrela para fora, puxe e arremate bem.
6º Passo: Corpo de malha: deixando o bumbum para trás faça um corte no meio da cabeça
(somente no primeiro tecido). Obs: o bumbum e o corte para trás. Vista a cabeça pelo
corte deixando as pontinhas da estrela para baixo.
7º Passo: Barriga: colocar a boneca de cabeça para baixo e envolver no fio de cobre
algodão e lã de carneiro enchimento, depois envolver com as perninhas da estrela
escondendo o enchimento e abaixar o tecido.
9º Passo: Encher pernas e braços. Obs: a costura das pernas e feita de modo que o pé
fique para frente.
10º Passo: Colocar pernas e braços na boneca fazendo a mesma sutura da cabeça na
frente e atrás. Obs: não pregar a perna no bumbum, ela é pregada na costura onde foi
fechada a barriga.
11º Passo: Cabelo: Menina - uma trança de dois metros para a base (9 fios grossos ou
12 fios médios da D. Henriqueta) e depois o penteado. Menino fazer nozinhos em um
metro e meio de fios, repetir quando necessário. No menino pode também fazer uma
trança bem fina para colocar na nuca.
Recomendação bibliográfica:
BRINCADEIRAS CRIATIVAS PARA O SEU FILHO - Christopher Clouder e Janni Nicol
Publifolha, São Paulo, 2009.
MINHA QUERIDA BONECA - Karin Evelyn Scheven. São Paulo: FEWB, 2006.
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