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Valter Machado da Fonseca
Objetivos
Ao concluir a leitura e a refl exão sobre os principais tópicos deste
roteiro, esperamos que você seja capaz de:
Considerações iniciais
Roteiro de Estudo 1
Fizemos ainda importantes considerações sobre a dinâmica
da Terra, sobre as propriedades das rochas, bem como sua
importância para a construção civil. Assim, naquela unidade de
estudo, fi zemos as considerações iniciais sobre a aplicabilidade
da Geologia à Engenharia Civil. Podemos dizer, desta forma, que
em nosso estudo anterior construímos as bases teóricas para
compreendemos a relevância dos estudos geológicos para as
edifi cações dos diversos setores da Engenharia Civil.
Contextualizando o nosso estudo
Vocês devem ter percebido que a grande maioria das construções
da cidade de Porto Príncipe (capital do Haiti) sucumbiu durante o
terremoto. Se compararmos este fenômeno com os que ocorrem no
Japão, podemos verifi car que em território japonês, a grande maioria
das construções resiste aos abalos. Isto ocorre, devido às diferenças
entre as tecnologias das construções japonesas e as haitianas.
Percebese que a construção civil no Japão já consegue fazer um
planejamento adaptando as edifi cações e fundações à ocorrência dos
terremotos em seu território, o que não acontece no Haiti. Também
é importante salientar a precária situação socioeconômica do povo
2 Roteiro de Estudo
haitiano. Então, a catástrofe do Haiti envolveu aspectos naturais,
sociais e econômicos. A tragédia haitiana serviu para mostrar, entre
outras coisas desagradáveis, também a necessidade de um pleno
planejamento das construções e edifi cações da Engenharia Civil,
que deve sempre levar em consideração a dinâmica das forças
que atuam internamente no planeta, dentre elas, a movimentação
das placas tectônicas, furacões, maremotos, terremotos, falhas,
fraturas e deformações das rochas e estruturas geológicas. Assim,
ao se planejar quaisquer atividades no campo da Engenharia Civil,
devese, sempre, levar em consideração os aspectos naturais das
estruturas que compõem a dinâmica externa e interna da Terra.
TERRA: fundamentos da dinâmica interna
No roteiro de estudos anterior – já citado na introdução deste estudo
– afi rmamos que o nosso planeta possui movimentos (dinâmica).
Ao contrário do que muitos pensam, ele não é estático, parado,
muito pelo contrário, existe um conjunto de forças tanto externas,
quanto internas que o mantém em movimento, em sintonia com a
dinâmica do universo. Assim, ele possui uma dinâmica externa –
que tratamos no estudo anterior – e outra interna, que trataremos
nesse estudo que agora iniciamos. Portanto, neste roteiro,
trataremos, especialmente, da dinâmica interna do planeta Terra.
Figura 1: representação esquemática das forças que atuam sobre a Terra
Fonte: Acervo do autor
A ação do clima sobre as estruturas geológicas
Durante algum tempo, a defi nição de clima esteve ligada apenas
a algumas condições atmosféricas, conforme a citação de Sorre
(2006, p. 90).
Desta forma, para se defi nir o clima, tornase necessário relacioná
lo à ocorrência de fenômenos que obedecem a uma frequência
constante ao longo do tempo. Assim, para se conceituar o clima,
é preciso relacionálo, além dos aspectos atmosféricos, também à
frequência em que acontecem os fenômenos climáticos ao longo
do tempo. Então, o tempo é outro elemento fundamental para se
defi nir o clima do planeta, de um continente, de um país, de uma
região. O clima pode mudar até mesmo de um bairro para outro.
Sorre (2006) continua:
Denominamos clima à série de estados atmosféricos sobre
determinado lugar em sua sucessão habitual. Cada um
desses estados caracterizase pelas suas propriedades
dinâmicas e estáticas da coluna atmosférica, composição
química, pressão, tensão dos gases, temperatura, grau
de saturação, comportamento quanto aos raios solares,
poeiras ou matérias orgânicas em suspensão, estado do
4 Roteiro de Estudo
campo elétrico, velocidade de deslocamento das
moléculas, etc. É o que a linguagem comum designa sob
o nome de tempo. A palavra tempo corresponde, portanto,
a uma combinação complexa, na qual, conforme o caso,
um ou mais dos elementos que acabamos de enumerar
desempenham um papel preponderante. Dizemos que
o tempo é quente, seco, chuvoso ou calmo. Porém, a
temperatura, a pressão, o estado elétrico, etc., só podem
ser isolados por um artifício de análise. A noção de tempo, e
por consequência, a noção de clima, são noções sintéticas.
[...] Consideraremos, enfi m, como fatores do clima, as
circunstâncias que determinam a existência e regulam a
sucessão dos tipos de tempo. Tais são: latitude, altitude,
situação relativa às massas oceânicas e continentais, aos
centros de ação e aos movimentos gerais da atmosfera,
exposição, declividade etc (SORRE, 2006, p.90).
A atmosfera terrestre: o ontem e o hoje
A atmosfera nos dias de hoje evoluiu a tal ponto, que permite a
existência de milhares de formas de vidas, tanto animais, como
vegetais. Na medida em que ela foi evoluindo, foi eliminando os
gases nocivos e possibilitando o aparecimento das primeiras formas
de vida, as quais também evoluíram até atingir o atual estágio.
Confi guração atual da atmosfera
A atual composição atmosférica é preponderante para a existência
de todas as formas de vida presentes na terra e é um dos
principais elementos que infl uem sobre as formações climáticas.
Conti (1998) discorre sobre a importância da atmosfera:
Roteiro de Estudo 5
A existência da atmosfera é vital para a manutenção da
biosfera terrestre. É nela que se passam os fenômenos
climáticos. Se não existisse essa massa gasosa, não
haveria vida na Terra, nem ocorreriam ventos, nuvens e
outros fenômenos meteorológicos. A composição peculiar
de nossa atmosfera torna a Terra muito diferente dos
demais planetas conhecidos. Sabese, por exemplo,
que as atmosferas de Júpiter e Saturno são compostas,
basicamente, de hidrogênio, hélio, amônia e metano. A Lua,
nosso satélite natural, é desprovida de atmosfera. Ao longo
do tempo geológico, a composição da atmosfera terrestre
vem sofrendo algumas variações, o que gera condições
climáticas também adversas (CONTI, 1998, p.1112).
A citação de Conti demonstra a importância da atmosfera para a
existência e sobrevivência das espécies de seres vivos.
Quadro 1: Divisão da atmosfera pelo critério térmico
É onde fi ca a Camada de Ozônio. Nela também
chegam os Balões Meteorológicos, Aviões
Estratosfera de 12 a 50 km 60°C a 5°C
Supersônicos, Nuvens geradas por explosões
atômicas e Matéria de erupções de vulcões.
Nesta região da atmosfera, as ondas de rádio são
Mesosfera de 50 a 80 km 5°C a 95°C refl etidas, ou seja, elas encontramse, chocamse
com os gases e voltam à superfície terrestre.
É a região que antecede o espaço sideral e onde
Em torno de fi cam muitos dos satélites artifi ciais. As moléculas
Exosfera de 500 a 800 km
1000ºC gasosas começam a libertarse da gravidade
terrestre.
Fonte: quadro elaborado pelo autor
Quadro 2: Divisão pelo critério das condições químicas
Fonte: quadro elaborado pelo autor
6 Roteiro de Estudo
É na homosfera que vivem todas as formas de vida do
ambiente terrestre.
Alguns dados necessários (história da dinâmica da terra)
Para relembrar:
• há 400 milhões de anos, havia o Pangea, que reunia todas
as terras num único continente;
• há 225 milhões de anos, o Pangea se parte no sentido leste
oeste, formando a Laurasia ao norte, e Gondwana, ao sul;
• há 60 milhões de anos, a Terra assume a atual conformação Placas tectônicas
São os vários
e posição dos continentes; blocos em que a
• atualmente, a África e a América do Sul se afastam 7 cm por crosta está dividida.
ano, ampliando a área ocupada pelo oceano Atlântico. O São separadas
por grandes
mar Vermelho está se alargando. A África migra na direção fendas vulcânicas
da Europa. A região nordeste da África está se partindo. em permanente
atividade no fundo
do mar, por onde
Importante: o magma sobe
para a superfície
• Esta nova confi guração continua a evoluir, ainda que adicionando novos
lentamente. A ação humana sobre os recursos do planeta materiais à crosta,
o que expande
tem acelerado as modifi cações na superfície terrestre. Outra o fundo do mar
força que atua na remodelagem da superfície e na disposição e movimenta os
dos continentes no mapa do planeta é o movimento das blocos que formam
a superfície em
placas tectônicas. diferentes direções.
Ao se movimentar,
as placas se chocam
entre si e provocam
Glaciações: a Terra já passou, pelo menos, por 3 grandes alterações no relevo.
períodos glaciais, a saber: Em cada choque, a
placa que apresenta
• no período PréCambriano, anterior a 600 milhões de anos; menor viscosidade
(mais aquecida)
• no Paleozóico Superior, entre 600 e 225 milhões de anos afunda sob a mais
atrás; viscosa (menos
• no Pleistoceno, entre 1,8 milhões de anos até 11 mil antes aquecida). A parte
que penetra tem
do presente. Este período fi cou conhecido por "idade das o nome de Zona
glaciações"; de Subducção.
• nontudo, sabese também que a Terra deve ter passado Este movimento e
choque entre as
por períodos glaciais de curta duração, como foi o caso da placas tectônicas dá
chamada "Pequena Era Glacial", que ocorreu entre os anos origem às cadeias
de 1645 e 1715 de nossa era. de montanhas.
Ao fenômeno de
formação das
montanhas, dáse o
nome de orogenia.
Roteiro de Estudo 7
A p o si ç ão d a Ter r a em r el ação ao s o l : i n cl in aç ão ,
movimentos de rotação, translação e estações do ano.
Figura 2: Posições da Terra em relação ao sol
Fonte: CEFET – Santa Catarina/SC (2003)
Figura 3: Relação altura do Sol/quantidade de energia que atinge a Terra
Fonte: CEFET – Santa Catarina/ SC (2003)
8 Roteiro de Estudo
O fenômeno da tropicalidade
A tropicalidade é o fenômeno que ocorre com as áreas que se situam
entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio. Estas áreas, por se
situarem na zona intertropical, recebem maior quantidade de energia
solar e, consequentemente, possuem vegetação exuberante,
maiores quantidades de evaporação e, devido a isso, também
são privilegiadas pela maior quantidade de precipitação (chuva).
É pertinente recorrer a Conti (1998), que explica esta situação:
Os gregos, durante a Antiguidade clássica, já sabiam que
nosso planeta era esférico e, por esse motivo, identifi caram
zonas climáticas formando “anéis” paralelos do equador
para os polos, ou seja, da latitude 0° a 90°. Sabiam também
que o eixo de rotação da Terra era inclinado em relação
ao plano de translação (plano da eclíptica), formando com
este um ângulo de 23° 27’ 33’’. Esses graus de latitude
correspondem aos trópicos de Câncer, no hemisfério
Norte, e de Capricórnio, no hemisfério Sul. O Sol, em seu
movimento aparente, realiza, anualmente, um vaivém entre
os dois trópicos. Os círculos polares, traçados na latitude
de 66° 33’ em cada hemisfério, marcam os limites do dia ou
da noite polar, ou seja, além dessas linhas o dia (no verão)
e a noite (no inverno) apresentam duração superior a 24
horas. São as áreas extremas do globo, onde dominam as
geleiras e o frio (CONTI, 1998, p.17).
Genericamente, podese afi rmar que as regiões tropicais correspondem às fl orestas úmidas e
às savanas (Cerrado no Brasil); as regiões temperadas às regiões de estepes e das fl orestas de
coníferas; e as situadas além dos círculos polares são caracterizadas pelas tundras e geleiras.
Podese dizer que as áreas intertropicais são as que recebem a maior quantidade de energia
solar. Justamente por serem privilegiadas em incidência de energia solar, são também as que
possuem as maiores fl orestas do globo (fl orestas tropicais), além de possuírem os maiores
índices de precipitação pluviométrica (chuvas), pelo fato da ocorrência de maior evaporação e,
consequentemente, melhores condições para a formação de nuvens.
Roteiro de Estudo 9
As regiões tropicais são de baixa latitude, onde há uma
grande concentração de calor, em virtude da pequena
inclinação dos raios solares, o que produz temperatura
médias muito altas, sempre superiores a 18°C. Porém,
há que se considerar que as baixas latitudes, quando
associadas a grandes altitudes, geralmente apresentam
características distintas em relação à temperatura, uma vez
que esta diminui na ordem de 6º C a cada 1000 m. Contudo,
a variação anual de temperatura, também chamada de
Amplitude Térmica amplitude térmica, é também muito pequena em qualquer
Denominase altitude, pois, é um dado que depende unicamente da latitude.
Amplitude Térmica
à diferença entre
a maior e menor
temperatura anuais Apesar de as maiores e mais viçosas fl orestas pertencerem às
de um determinado
lugar, região ou regiões intertropicais, nessa faixa do globo não só existem regiões
território. úmidas, mas também outras muito secas, conforme demonstrado
na Tabela 1, a seguir:
Tabela 1: Exemplos de dados climáticos
Para compreender estes contrastes, devese analisar o intercâmbio
de infl uências entre o oceano e a atmosfera, fator que infl uencia,
de forma decisiva no regime e nos níveis de chuva.
Em todas as regiões do mundo, em especial em áreas tropicais, as
águas frias produzem climas secos, pois, difi cultam a evaporação
e, consequentemente, a formação de nuvens. Já, nas águas
quentes, os climas são úmidos, que provocam muita evaporação
e formação de grande quantidade de nuvens. Nas regiões
intertropicais, o período no qual se concentram a maior quantidade
de chuvas está relacionado com o movimento aparente do sol. Isto
quer dizer que os verões geralmente são chuvosos e os invernos
são marcados pela estiagem.
O Brasil é um país privilegiado, no que se refere à tropicalidade.
O país recebe grande quantidade de energia solar, possui a maior
fl oresta tropical do mundo, a fl oresta Amazônica e possui, na
maioria do seu território, quatro estações bem defi nidas, possuindo
um verão de chuvas concentradas e um inverno ameno.
10 Roteiro de Estudo
Mas, qual é a relação do clima com a dinâmica terrestre?
O ciclo hidrológico
O sol e a água são elementos fundamentais para a evolução dos
processos de formações climáticas. O sol fornece a energia para
a ativação e desenvolvimento de todo o processo de constituição
climática, já a água participa ativamente de todo este processo,
uma vez que é elemento essencial para a formação das nuvens,
das correntes marinhas e de todas as formas de precipitação.
Ela é a substância química mais abundante na face da Terra, sendo
responsável direta pela manutenção do nível dos oceanos, pelo
sistema de refrigeração do planeta, pela manutenção do equilíbrio Equilíbrio térmico
térmico de todos os ecossistemas do ambiente terrestre, além de Equilíbrio térmico
é o controle das
ser a protagonista para a manutenção e preservação de todas as temperaturas médias
formas de vida do planeta. Neste sentido, não tem sentido analisar dos vários lugares,
as formações climáticas sem considerar a quantidade e qualidade territórios ou regiões
do planeta
das águas envolvidas nos processos dessas formações, seja em
nível global, continental, regional ou local. Portanto, o estudo do
Ciclo Hidrológico é essencial para a compreensão dos processos
de formações climáticas.
Roteiro de Estudo 11
Figura 4: O Ciclo Hidrológico
Fonte: Adaptado de Wikipédia, 2010.
A água existe no planeta em seus três estados: sólido, líquido e
gasoso, sendo que a maior quantidade está em estado líquido,
devido às enormes dimensões dos mares e oceanos. A quantidade
de água no planeta é regulada pelo ciclo hidrológico, o que faz
que a quantidade de água existente seja constante. A Tabela 2, a
seguir, demonstra a quantidade água existente no planeta, bem
como os principais reservatórios existentes no mundo.
Tabela 2: Quantidade de água existente no planeta e seus principais
reservatórios.
Reservatórios de água da terra
Volume em
Reservatório % do total quilômetros
cúbicos
Oceano 97,25% 1.370.000.000
Calotas polares/geleiras 2,05% 29.000.000
* Água subterrânea 0,68% 9.500.000
* Lagos 0,01% 125.000
Solos 0,005% 65.000
Atmosfera 0,001% 13.000
* Rios 0,0001% 1.700
Biosfera 0,00004% 600
TOTAL 100% 1.408.700.000
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2001
Os reservatórios de água disponíveis para o consumo humano (água
potável) estão destacados em negrito e com asterisco na tabela
(águas subterrâneas, lagos e rios) e correspondem a 0,69004%
do total da água do planeta, o que corresponde a 9.926.700Km 3
de água. Notase que esta quantidade é quase irrisória, se
comparada ao total de água existente no ecossistema planetário.
12 Roteiro de Estudo
As águas subterrâneas: importantes reservas de água
potável do planeta
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não existe água
somente na superfície da Terra. Ela se encontra, ainda, entre
as partículas do solo e
em reservatório abaixo O solo é formado por partículas de
da superfície do planeta tamanhos variados, que formam
– os lençóis freáticos e os minúsculos e fi nos canais, os quais
são preenchidos por água. Essa
aquíferos. A água subterrânea água é denominada água capilar, por
constitui importantes reservas, lembrar fi os de cabelo.
extremamente puras e que
servem para o consumo
humano. Infelizmente, as atividades industriais e agroindustriais
têm iniciado o processo de poluição dessas águas, trazendo
enormes prejuízos para a continuidade da vida de inúmeras
espécies, tanto animais quanto vegetais. Esta poluição se dá
por intermédio da infi ltração de poluentes industriais, efl uentes
líquidos, insumos agrícolas, pesticidas e herbicidas utilizados nas
plantações, principalmente nas monoculturas.
Agora, sugerimos que você leia um artigo do Prof. Valter
Machado da Fonseca sobre este importante aquífero. O
texto está disponível ao fi nal deste roteiro.
A contaminação das águas subterrâneas
O texto de Fonseca (2009), nos chama a atenção para a relevante
problemática da contaminação das águas e, em especial, dos
aquíferos subterrâneos. As águas subterrâneas são nossa
principal reserva de água doce, disponível para uso humano, em
todo o planeta.
Infelizmente, o homem não tem planejado suas ações, quando se
trata do uso e manejo dos recursos da natureza. Vemos, a cada
dia que passa, aumentar as fontes de poluição desses corpos
d’água. A superprodução de mercadorias fez surgir também a
superprodução e acumulação de efl uentes domésticos e industriais.
O descarte desses resíduos é feito diretamente no solo, o que
promove a infi ltração de poluentes que acabam por contaminar
os lençóis e aquíferos subterrâneos ou é feito diretamente nos
corpos d’água.
Roteiro de Estudo 13
redução na capacidade produtiva individual do poço ou de poços
próximos, com aumento nos custos de bombeamentos;
indução de fl uxos laterais de água salina da costa marítima;
A Figura 5 mostra a deposição incorreta de efl uentes que provocam
a contaminação das águas subterrâneas.
Figura 5: Representação de deposição incorreta de efl uentes sólidos e líquidos.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Dinâmica interna e externa: conjugação de dois sistemas
complexos
As forças internas são originadas no núcleo a partir das altas
pressões e temperaturas que atuam no interior da Terra. Essas forças
internas interagem com as forças externas que decorrem da ação
dos agentes e fatores que atuam sobre as estruturas geológicas
14 Roteiro de Estudo
e que modifi cam as feições dessas estruturas. Esses elementos
e fatores interagem entre si, dando origem às diversas formações
climáticas. Então, essa conjugação de forças internas e externas
transforma, modifi cam as estruturas geológicas e os diversos
recursos naturais, num processo, às vezes abrupto, mas na
maioria das vezes de forma lenta, gradual e contínua.
Figura 6: a) Distribuição atual das evidências geológicas de existência de geleiras há 300
Ma. As setas indicam a direção do movimento das geleiras. b) Simulação de como seria a
distribuição das geleiras com os continentes ligados (juntos).
Fonte: Teixeira et. al, 2008.
A Figura 7, a seguir, mostra a Pangea e a divisão dos continentes
em dois grandes blocos: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul.
Esta divisão se dava pela existência do Mar de Tethys.
Roteiro de Estudo 15
Figura 7: A Pangea.
Fonte: Teixeira et. al, 2008.
Tectônica de placas: a dança dos continentes
Os estudos científi cos demonstram que o nosso planeta é formado
de várias camadas. Porém, para esse estudo em particular,
interessanos o estudo da litosfera. A litosfera é a camada sólida da
Terra. Esses mesmos estudos mostram que a litosfera – a camada
mais sólida, rígida e resistente do planeta – é fragmentada em 12
placas que deslizam, convergem ou se separam umas em relação
às outras à medida que se movem sobre a astenosfera, menos
resistente e dúctil. As placas são geradas onde se separam e
recicladas onde convergem, em um processo contínuo de criação/
destruição. A teoria da tectônica de placas descreve a energia
envolvida nesse processo e o movimento dessas placas.
Graças à tectônica de placas, a ciência consegue explicar muitos
fenômenos geológicos, como terremotos, vulcanismo, magmatismo,
distribuição e origem de diversas feições geológicas. Enfi m,
explica a distribuição de inúmeras feições geológicas de grandes
proporções que resultam do movimento ao longo dos limites de
placa, como: cadeias de montanhas, associações de rochas,
estruturas do fundo do mar, vulcões e terremotos. Press et. al.
(2007, p.4748) disserta sobre a importância da tectônica de placas:
Na década de 1960, uma grande revolução no pensamento
sacudiu o mundo da Geologia. Por quase 200 anos, os
geólogos desenvolveram diversas teorias tectônicas (grego
tekton, “construtor”) – o termo geral que eles usaram para
descrever a formação de montanhas, o vulcanismo e outros
processos que formam feições geológicas na superfície da
Terra. No entanto, até a descoberta da tectônica de placas,
nenhuma teoria conseguiu, isoladamente, explicar de modo
satisfatório toda a variedade de processos geológicos. A
tectônica de placas não é apenas abrangente, mas também
elegante: muitas observações podem ser explicadas por
alguns poucos princípios simples. Na história da ciência,
16 Roteiro de Estudo
as teorias simples que explicam muitas observações
geralmente se mostram mais duradouras. [...] As ideias
básicas da tectônica de placas foram reunidas como
uma teoria unificadora da Geologia há menos de 40
anos. A síntese científi ca que conduziu a essa teoria, no
entanto, começou muito antes, início do século XX, com o
reconhecimento das evidências da deriva continental.
Figura 8: Reconstituição da posição dos continentes de 2,0 bilhões de anos até 100 milhões
de anos atrás.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Já, a Figura 9, a seguir, indica a confi guração e distribuição atual
das placas tectônicas em todo o território do globo terrestre.
Figura 9: Distribuição geográfi ca das placas tectônicas da Terra. Os números representam as
velocidades em cm/ano entre as placas.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Roteiro de Estudo 17
O movimento entre as placas
A litosfera está delimitada por um conjunto de 12 placas tectônicas,
subdivididas em dois grupos: as placas oceânicas que formam
os assoalhos dos mares e oceanos e as placas continentais que
formam os continentes. Como as placas tectônicas são sólidas,
pois são parte da litosfera e deslizam sobre um material pastoso,
situado acima do núcleo terrestre, elas possuem um movimento
lento, gradual e contínuo. Esse movimento é resultante de um
processo que envolve a produção e desprendimento de energia.
O movimento das placas tectônicas é responsável pela formação
de montanhas, ilhas, diversas feições geológicas e vulcões. Assim,
o movimento das placas tectônicas está associado à modelagem
e remodelagem do relevo terrestre.
Figura 10: Modelo de movimento de uma placa curva sobre uma superfície
esférica.
Fonte: Teixeira et. al. (2006)
18 Roteiro de Estudo
Percebese que os pontos 1 e 2 na placa “B” exibem diferentes
velocidades, pois têm de percorrer diferentes distâncias no mesmo
intervalo de tempo, tendo o ponto 2 uma velocidade maior que o ponto 1.
A tectônica de placas e as feições geológicas
A modelagem do relevo: os processos orogênicos
A formação de várias feições do relevo da Terra está diretamente
ligada à movimentação das placas tectônicas. Apesar de esta
movimentação ser lenta e gradual, na casa de poucos mm ou
cm por ano, ela é infl uenciada por altas pressões e temperaturas
decorrentes do interior do planeta, das regiões do núcleo ou
próximas a ele.
Figura 11: Formação de Ilhas a partir do choque entre duas placas
oceânicas.
Fonte: Wikipédia (2010). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Orogênese
Roteiro de Estudo 19
Figura 12: Formação de cadeia de montanhas a partir do choque entre
uma placa oceânica e uma continental.
Fonte: Wikipédia (2010) disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Orogênese
Figura 13: Formação de cordilheira a partir do choque entre duas placas
continentais.
Fonte: Wikipédia (2010). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Orogênese
20 Roteiro de Estudo
Eventos geológicos associados à tectônica de placas:
vulcanismo e terremotos
Como já foi afi rmado neste roteiro, o interior da Terra é repleto de
forças decorrentes de altas pressões e temperaturas provenientes
da grande quantidade de energia térmica existentes nas porções
mais internas do planeta.
Assim, essas forças internas exercem enormes pressões sobre a
litosfera, provocando tensões nas placas tectônicas. Essas tensões
podem distender ou contrair essas placas provocando dobras,
falhas e fraturas. Essas regiões, em especial as área de fraturas
causam fi ssuras nas placas, originando zonas de baixa resistência.
São por essas fi ssuras existentes nas zonas de baixa resistência
que o magma, existente no núcleo da Terra, sai para a superfície
terrestre. À expulsão desse magma, dáse o nome de vulcanismo.
Portanto, as atividades vulcânicas são resultantes da movimentação
do magma pelas áreas de cisalhamento das placas tectônicas.
Devido às enormes pressões e temperaturas com que o magma
chega à superfície da Terra, ele provoca distorções, alterações e
transformações nas feições do relevo e nas estruturas geológicas
que compõem a paisagem terrestre.
Figura 14: representação esquemática de um Estratovulcão.
Fonte: Wikipédia (2010). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulcão
LEGENDA
8. Cone
1. Câmara magmática 9. Camadas de lavas expelidas pelo vulcão
2. Rocha 10. Garganta
3. Chaminé 11. Cone secundário ou parasita
4. Base 12. Fluxo de lava
5. Depósito de lava 13. Ventilação
6. Fissura 14. Cratera
7. Camadas de cinzas emitidas pelo vulcão 15. Nuvem de cinza
Roteiro de Estudo 21
A Figura 14 é uma representação esquemática de um Estratovulcão.
A fi gura representa um corte demonstrando os diversos
compartimentos e materiais relacionados à atividade vulcânica.
Figura 15: Vulcão Mayon
Fonte: Wikipédia (2010). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulcão
Os materiais vulcânicos
Massas magmáticas, em estado de fusão total ou parcial, e que são expelidos para a
Lavas
superfície terrestre, durante a atividade vulcânica.
São fragmentos que podem ter duas origens distintas. A primeira
referese ao material que deriva diretamente do magma, de maneira
explosiva (durante o estado de fusão ou de material já consolidado).
Materiais piroclásticos
A segunda referese à fragmentação ou transformação de materiais
preexistentes de parte do invólucro do edifício vulcânico, ligada à
explosão do magma.
Durante as erupções e períodos de calmaria, as exalações gasosas podem
Gases vulcânicos ter grande importância. Essas exalações ainda podem continuar, mesmo
longo tempo após a extinção das atividades vulcânicas.
22 Roteiro de Estudo
Tipos de materiais piroclásticos
O material mais fi no é também chamado de tufo vulcânico, sendo
de consistência bastante fofa. Nas erupções iniciais predominam
justamente estes produtos vulcânicos. Os produtos piroclásticos
são classifi cados segundo o tamanho dos ejetólitos, nome genérico
dado aos fragmentos de natureza piroclástica.
Roteiro de Estudo 23
Quadro 3: Principais materiais vulcânicos.
Produtos
Processos Observações
Componentes Rochas
Erupção Derrame de Rocha Material fundido contendo cristais e
Lava
efusiva lava vulcânica bolhas de gás.
Poeira/cinza
Tufo fi no Partículas menores que 0,062mm.
fi na
Brecha
Blocos Fragmentos rígidos > 64mm.
piroplástica
Erupção Púmice
Emulsões gasosas superaquecidas
explosiva (fragmentos
com fragmentos de púmice ou escória
com
(dimensões entre Lapilli e Bombas),
granulação Ignimbrito
cristais de cinza e fragmentos do
de cinzas a
conduto e/ou de rochas preexistentes,
blocos, rico em
Fluxo em matriz vítrea.
vesículas)
piroplástico
Brechas de Fragmentos vesiculares restritos às
Escórias
escórias proximidades dos condutos vulcânicos.
Brechas de Depósitos de grandes blocos de lavas
Blocos e cinzas blocos e sustentados por cinzas, próximos dos
cinzas condutos de vulcões.
Fluxo viscoso de lama com fragmentos
inconsolidados de variadas dimensões,
Fluxo de
Lahar Lahanito originados do retrabalhamento de
lama
depósitos de encostas vulcânicas por
Fenômenos chuvas, degelo, e/ou tremores da terra.
vulcânicos
Semelhantes aos fl uxos de lama, porém
associados
Avalanches com matiz mais grossa (menor teor de
lama).
Gêiser; Emanações gasosas e fl uidos contendo
fumarola minerais dissolvidos.
Fonte: Teixeira et al, 2006.
24 Roteiro de Estudo
Figura 16: Fragmentação de uma massa continental e desenvolvimento de margens continentais
passivas.
Fonte: Teixeira et. Al, 2006.
Segundo Teixeira et al (2008), os fatores físicos, em particular
a temperatura e a pressão hidrostática/litostática, são função
da profundidade na crosta terrestre e permitem distinguir dois
domínios distintos: o superfi cial e o profundo. Esses domínios
deformacionais são caracterizados pela formação de estruturas
geológicas distintas. Os autores continuam:
O domínio superfi cial caracterizase por uma deformação
essencialmente rúptil, enquanto o domínio profundo
caracterizase por uma deformação dúctil. Neste último,
a rocha pode sofrer fusão parcial, se a temperatura for
sufi cientemente elevada. Portanto, estruturas formadas a
cerca de 40 Km de profundidade, com pressão na ordem
de 10 kilobares e temperaturas de 800° a 1000° C são
muito diferentes de estruturas formadas em superfície. Isto
signifi ca dizer que, para o estudo das estruturas geológicas,
é necessário levar em consideração o nível crustal em que
ela foi formada (TEIXEIRA et al, 2008, p.405).
Roteiro de Estudo 25
A formulação dos autores auxilianos na compreensão de que as
deformações nas rochas e estruturas geológicas ocorrem tanto
na superfície quanto nas profundezas da Terra, e que o grau de
deformação dessas estruturas vai depender de sua posição no
interior da litosfera.
As dobras
As dobras são deformações dúcteis que afetam corpos rochosos
da crosta terrestre. Achamse associadas a cadeias de montanhas
de diferentes idades e possuem expressão na paisagem, sendo
visíveis em imagens de satélite. São caracterizadas por ondulações
de dimensões variáveis e podem ser quantifi cadas individualmente
por parâmetros como amplitude e comprimento de onda. A sua
formação se deve à existência de uma estrutura planar anterior,
que pode ser o acamamento sedimentar ou a foliação metamórfi ca
(clivagem, xistosidade, bandamento gnáissico).
Figura17: Representação esquemática dos elementos geométricos de uma dobra.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
LEGENDA
Sa = superfície axial; Zc = zona de charneira
Lc = linha de charneira Fl = flanco
Li = linha de inflexão
Figura 18: Mecanismos de formação de dobras: Flambagem (a) e Cisalhamento (b).
Fonte: Teixeira et al, 2008.
26 Roteiro de Estudo
As duas fi guras anteriores destacam aspectos geométricos de
formação das dobras. Geralmente, as dobras formam feições
geológicas curvas e/ou onduladas, conforme se pode observar
in locu, no campo. A Figura 19, a seguir, destaca uma dobra
observada no campo.
Figura 19: Dobras infrafoliais em gnaisses do Grupo Paraíba do
Sul, Rio de Janeiro (Rod. Presidente Dutra/Serra das Araras)
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Figura 20: Dobra recumbente em quartzitos do Grupo Andrelândia, Serra de Carrancas, Minas Gerais.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Roteiro de Estudo 27
As falhas geológicas
Elas aparecem como superfícies isoladas e de discreta ou pequena
expressão, ou, no caso mais corriqueiro, surge como uma zona
deformada (região de fraqueza) de grande magnitude, denominada
zona de falha ou de fratura. Nestes locais, o deslocamento total é
dado pela soma dos deslocamentos locais ou individuais.
A condição necessária para que haja a ocorrência de falha geológica
é que tenha ocorrido um deslocamento ao longo da superfície.
Porém, se a movimentação ocorre de forma perpendicular à
superfície, a feição ou estrutura geológica receberá o nome de fratura.
O relevo originado de falhamentos é, em geral, estruturado, bem
nítido em fotografi as aéreas e imagens de satélites. Contudo,
em determinadas ocasiões, quando a falha é referenciada numa
coluna estratigráfi ca (uma camada de carvão, por exemplo), a sua
identifi cação é imediata; em outros casos, é mais difi cultada sua
identifi cação, mesmo para os especialistas no assunto.
Elementos de uma falha
Figura 21: Elementos geométricos de uma falha: blocos de falha, muro ou lapa, teto ou
capa, escarpa de falha.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
28 Roteiro de Estudo
Classifi cação das falhas geológicas
Figura 22: Classifi cação de falhas com base no movimento relativo entre blocos adjacentes. Nesta
representação esquemática, temos: (a) Falha normal; (b) Falha inversa; (c) Falha transcorrente; (d) Falha
oblíqua.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
Roteiro de Estudo 29
Figura 23: Falhas inversas em gnaisses do Complexo Mantiqueira. Pedreira
nos arredores de Itumirim/MG.
Fonte: Teixeira et al, 2008.
A fi gura 23, anterior, é uma fotografi a de uma falha observada em
pesquisa de campo, numa região do interior do estado de Minas Gerais.
Na foto, dá, perfeitamente, para se observar os planos de falhas.
A tectônica de placas e os terremotos
Mas, o que é um terremoto, afi nal?
Segundo Teixeira et al. (2008, p.4445);
Com o lento movimento das placas litosféricas (tectônicas),
da ordem de alguns centímetros por ano, tensões vão se
acumulando em vários pontos, principalmente perto de suas
bordas. As tensões acumuladas podem ser compressivas
ou distensivas, dependendo da direção de movimentação
relativa entre as placas [...]. Quando essas tensões atingem
o limite de resistência das rochas, ocorre uma ruptura;
30 Roteiro de Estudo
o movimento repentino entre blocos de cada lado da
ruptura geram vibrações em todas as direções. O plano
de ruptura forma o que se chama de falha geológica.
Os terremotos podem ocorrer no contato entre duas
placas tectônicas (caso mais frequente) ou no interior de
uma delas [...], sem que a ruptura atinja a superfície. O
ponto onde se inicia a ruptura e a liberação das tensões
acumuladas é chamado de hipocentro ou foco. Sua
projeção na superfície é o epicentro, e a distância do foco
à superfície é a profundidade focal.
Figura 24: Representação esquemática das tensões sobre as placas tectônicas: em (A)
temos uma tensão compressiva e em (B) uma tensão distensiva.
Fonte: Acervo do autor.
Os dois modos principais de propagação das vibrações de ondas
sísmicas são a onda “P” (a), longitudinal (vibração paralela à
direção de propagação), e a onda “S” (b), transversal (vibração
perpendicular à direção de propagação). Junto à superfície da
Terra, propagamse também as ondas superfi ciais: onda Rayleigh
(c), que é uma combinação de ondas “P” e “S” em que cada
partícula oscila num movimento elíptico, e ondas Love, com
oscilação horizontal transversal. Nas ondas de superfície, as
amplitudes diminuem com a profundidade. Veja a fi gura 25, a
seguir, e note que, na passagem das ondas sísmicas, o meio se
deforma elasticamente.
Roteiro de Estudo 31
Figura 25: representação dos diferentes tipos de propagação de ondas
produzidas pelas vibrações sísmicas.
Fonte: Teixeira et al. (2008).
Para não concluir, resumindo o nosso estudo
Chegamos ao fi nal de nosso texto introdutório. Fizemos importantes
análises, considerações e refl exões sobre a dinâmica interna
da Terra. Verifi camos a relevância de olharmos o nosso planeta
enquanto um sistema vivo, dinâmico, longe daquelas visões que o
consideram como simples estruturas mortas, estáticas.
Verifi camos que todos os aspectos, elementos e organismos que
compõem o ambiente terrestre são interdependentes e interligados.
A conjugação de todos esses elementos e fatores compõe a
dinâmica interna e externa da terra. Verifi camos, ainda, que as
feições e estruturas geológicas estão em constante mutação,
em transformação, ocasionada pelas forças que incidem sobre a
dinâmica do planeta.
32 Roteiro de Estudo
Nosso estudo abordou ainda aspectos relativos ao uso e manejo
corretos dos recursos hídricos, em especial os reservatórios
subterrâneos. É importante estarmos atentos para a relevância
da preservação desses recursos nos tempos atuais, em que
a água potável se encontra seriamente ameaçada. Fizemos
também importantes análises acerca das temáticas relativas à
tectônica de placas e aos eventos geológicos a ela associados,
como as deformações das rochas e estruturas geológicas, as
transformações do relevo terrestre, a formação de cadeias de
montanhas (orogenia), a ocorrência dos fenômenos relativos ao
vulcanismo e terremotos.
Leituras Complementares
Texto 1
CONTI, José Bueno. Clima e meio ambiente. São Paulo: Atual,
1998. (Série meio ambiente)
Texto 2
GUERRA, Antônio José Teixeira; CUNHA, Sandra Baptista da.
Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1996.
Neste livro, os autores levantam relevantes aspectos relacionados
ao debate das discussões relativas às grandes temáticas
ambientais. Os autores fazem a relação entre as feições do relevo
terrestre com os principais problemas ambientais da atualidade,
apontando para soluços práticas, de acordo com as diversas
realidades das várias regiões do Brasil e do planeta. Fazem, ainda,
uma importante discussão acerca dos problemas relacionados às
enchentes, deslizamentos de massas (solos).
Roteiro de Estudo 33
Texto 3
ROSS, Jurandyr Luciano Sanchez. Geomorfologia: ambiente e
planejamento. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1991.
Texto 4
TEIXEIRA, Wilson et. al. Decifrando a Terra. São Paulo:
Companhia das Letras, 2008.
Tratase de uma obra de grande densidade teórica, muito bem
ilustrada e que traz dados importantíssimos para a pesquisa sobre
as estruturas e dinâmica da Terra. Os autores trabalham de forma
ampla, todas as questões relativas às estruturas geológicas, às
deformações dessas estruturas, aos processos de intemperismo,
à tectônica e placas e aos processos orogênicos. É uma obra
importante para estudiosos de Geologia, Geografi a, Construção
Civil, Biologia e demais ciências correlatas.
Atividades
Atividade 1
O esquema, a seguir, representa o conjunto de forças responsáveis
pela dinâmica da Terra, explique, com suas palavras, as forças
representadas no esquema.
Atividade 2
Hoje em dia, muito se tem falado sobre importância da atmosfera,
sua relação com a qualidade de vida e com a saúde ambiental
do planeta. Os principais debates que vemos na grande rede de
comunicação de massa (TVs, rádio e jornais) enfatizam o problema
da emissão de poluentes para a atmosfera, as alterações climáticas
e os problemas do aquecimento global, principal tema de discussão
34 Roteiro de Estudo
das grandes conferências internacionais. Com base nessas
informações e no conteúdo de nosso estudo, escreva:
a) o que é a atmosfera;
b) qual é a importância do estudo da atmosfera para a
construção civil.
Atividade 3
Observe a tabela, a seguir, e identifi que os reservatórios de água
que podem ser utilizados pelas atividades humanas, inclusive as
da construção civil. Explique por que os demais reservatórios não
podem ser utilizados pelo homem para desenvolver suas atividades.
Reservatórios de água da terra
Volume em
Reservatório % do total
quilômetros cúbicos
Oceano 97,25% 1.370.000.000
Calotas polares/geleiras 2,05% 29.000.000
Água subterrânea 0,68% 9.500.000
Lagos 0,01% 125.000
Solos 0,005% 65.000
Atmosfera 0,001% 13.000
Rios 0,0001% 1.700
Biosfera 0,00004% 600
Atividade 4
Marque “V” para as afi rmativas verdadeiras e “F” para as falsas, a
seguir, assinale a alternativa que contém a sequência correta.
Roteiro de Estudo 35
f) ( ) O estudo do vulcanismo e dos terremotos é importante
para a Engenharia Civil, pois de sua ocorrência depende a
segurança de muitas edifi cações, fundações e edifi cações,
pois geralmente esses fenômenos estão associados a áreas
de falhas e fraturas geológicas, regiões de instabilidade
geológica que podem colocar em risco as construções.
A alternativa que contém a sequência correta é:
a) ( ) V, F, V, V, F, V.
b) ( ) F, V, V, V, V, V.
c) ( ) F, V, V, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V, V, V.
e) ( ) F, V, V, V, V, F.
Atividade 5
Releia o nosso texto de estudos e marque a alternativa incorreta:
36 Roteiro de Estudo
Atividade 6
Observe a fi gura, a seguir:
Fonte:
Analisea e escreva um pequeno texto explicando o que poderia ser
feito para evitar a contaminação do lençol de água subterrâneo.
Referências
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Agregados minerais
para a construção civil: areia, brita e cascalho. Brasília (DF),
2010. 06 pag.
CARNEIRO, Celso Dal Ré. Viagem virtual ao Aquífero Guarani
em Botucatu (SP): formação Pirambóia e Botucatu, Bacia do
Paraná. Terra e didática, 3(1): p. 5073. Disponível em:<http://
www.ige.unicamp.br/terraedidatica/>. Acesso em: mar. 2010.
CENTRO Federal de Educação Tecnológica – CEFET. Terra e
estações do ano. Gerência Educacional de Formação Geral e
Serviços. Curso Técnico de Meteorologia. Santa Catarina: 2003.
CONTI José Bueno. Clima e meio ambiente. São Paulo: Atual,
1998. ___ (Série meio ambiente)
FONSECA, Valter Machado da. Aquífero Guarani: a maior
reserva de água subterrânea da América do Sul. In: Jornal de
Uberaba, dia 11/01/2010, p.02.
Roteiro de Estudo 37
GUERRA, Antônio José Teixeira & CUNHA, Sandra Baptista
da. Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1996.
LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003.__(Biblioteca
Universitária. Série 3, Ciências puras; v. 1).
LEPSCH, Igor F. Formação e conservação dos solos. São
Paulo: Ofi cina de Textos, 2002.
PRESS, Frank et. al. Para entender a Terra. Tradução de
Rualdo Menegat...[et. al.]. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanchez. Geomorfologia: ambiente e
planejamento. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1991.
SORRE, Max. Objeto e Método da Climatologia. In: Revista
do departamento de Geografi a. São Paulo: FFLCHUSP, 18
(2006), p. 8998.
TEIXEIRA, Wilson et. al. Decifrando a Terra. Wilson Teixeira et.
al. (Org.). São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
38 Roteiro de Estudo
Aquífero Guarani: a maior reserva de água subterrânea da América do Sul
Valter Machado da Fonseca
O sistema capitalista, por um lado, conseguiu imprimir com grande efi ciência, o avanço
técnicocientífi co nas áreas de superprodução de bens de consumo, da indústria química
e petroquímica, da automação, robótica, nuclear, armamentos, da engenharia genética, de
eletroeletrônicos, de alimentos etc.; além de imprimir um novo ritmo à indústria da informática,
das telecomunicações e dos transportes. Por outro lado, ele promoveu a marginalização de
largas camadas da humanidade, o aparecimento de novas doenças, o ressurgimento de
males medievais, principalmente nos países atrasados; a desnutrição, o acúmulo de todo o
tipo de lixo, a destruição de grande parte da vegetação, a contaminação das águas e do solo, a
substituição de biomas inteiros, como o Cerrado e a Mata Atlântica, por atividades agropecuárias.
As consequências do impacto ambiental foram as mais drásticas possíveis. Já no início da
Revolução Industrial, com a utilização das máquinas a vapor, iniciouse um violento ataque
à biomassa do planeta, com milhões de km² de fl orestas virgens sendo devoradas para a
manutenção da indústria de base, principalmente a siderurgia.
A degradação das fl orestas veio acompanhada da deterioração das águas por produtos
químicos e resíduos, advindos das indústrias. Com a superprodução industrial, surgem
outros tipos de poluição que afetam, além das águas superfi ciais e subterrâneas, também os
solos, a atmosfera e os seres vivos, dentre eles o homem. Hoje convivemos com os perigos
decorrentes da poluição atmosférica, do acúmulo de lixo doméstico e resíduos industriais,
do excesso de lixo tóxico e nuclear, além dos problemas causados pela emissão de gases
tóxicos para a atmosfera, como o efeito estufa, o aquecimento global, as chuvas ácidas e o
buraco na camada de ozônio.
A Revolução Industrial trouxe em seu bojo um ataque violento à biomassa do planeta,
promovendo em seu início os primeiros grandes impactos ambientais sobre as forças de
equilíbrio dos ecossistemas. A indústria petroquímica aliada à superprodução de bens de
consumo trouxe um dos piores tipos de poluição, cujas consequências drásticas estão mais
visíveis na modernidade. A superprodução de bens de consumo produz milhões de toneladas
de lixo doméstico e resíduos industriais, que poluem não somente o ambiente terrestre,
como também as águas, sejam elas superfi ciais ou subterrâneas.
As técnicas avançadas da produção industrial aplicada à agricultura e mais recentemente o
desenvolvimento da biotecnologia especialmente a biotecnologia de alimentos, tem produzido
uma gigantesca quantidade de insumos agrícolas e agrotóxicos que causam a contaminação
dos rios, lagos, solos e aquíferos subterrâneos. Os produtos químicos aplicados à agricultura
contaminam além das águas e dos solos, também os alimentos consumidos pela população
trazendo prejuízos irreparáveis à saúde humana.
É neste contexto que ocorre a degradação ambiental, fruto da ação antrópica, onde o
impacto atinge não somente a natureza, mas também o próprio homem como ser social
que deveria estar em interação com a natureza e como parte integrante dela. Portanto, a
problemática da contaminação das águas deve ser enfrentada, considerando o conjunto de
fatores degradantes e que é fruto da ação do próprio homem sobre a natureza.
A emissão de gases tóxicos para a atmosfera, proveniente das indústrias, da queima dos
combustíveis fósseis utilizado nos automóveis, a emissão do clorofl uorcarbono (CFC) etc.,
provocou a poluição atmosférica, o que deu origem ao aparecimento do buraco na camada
de ozônio, interferindo diretamente na saúde humana e das diversas espécies animais.
Roteiro de Estudo 39
Segundo fontes do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), o Aquífero Guarani é a principal reserva subterrânea de água
doce da América do Sul e um dos maiores sistemas aquíferos do mundo, ocupando uma área
total de 1,2 milhões de km² na Bacia do Paraná e parte da Bacia do ChacoParaná. Estende
se pelo Brasil (840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina,
(255.000 Km²), área equivalente aos territórios da Inglaterra, França e Espanha juntas.
Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total) abrangendo os Estados de
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. O Aquífero Guarani, denominação do geólogo uruguaio Danilo Anton em memória do povo
indígena da região, tem uma área de recarga de 150.000 Km² e é constituído pelos sedimentos
arenosos da Formação Pirambóia na Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e
arenitos Botucatu no topo (Missiones, no Paraguai; Tacuarembó, no Uruguai e na Argentina).
O Aquífero Guarani constituise em uma importante reserva estratégica para o
abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e do lazer.
Sua recarga natural anual (principalmente pelas chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que
desta, 40 Km³/ano constitui o potencial explotável sem riscos para o sistema aquífero. As
águas em geral são de boa qualidade para o abastecimento público e outros usos, sendo
que em sua porção confi nada, os poços têm cerca de 1.500 m de profundidade e podem
produzir vazões superiores a 700 m³/h. Por ser um aquífero de extensão continental com
característica confi nada, muitas vezes jorrante, sua dinâmica ainda é pouco conhecida,
necessitando maiores estudos para seu entendimento, de forma a possibilitar uma
utilização mais racional e o estabelecimento de estratégias de preservação mais efi cientes.
Figura 1: Localização geográfi ca do Aquífero
Guarani
Fonte: Wikipédia, 2009.
O Aquífero Guarani como fonte de água potável e a prática das monoculturas
Um exemplo clássico de utilização das águas do Guarani é o abastecimento de água da
cidade de Ribeirão Preto (SP). Toda a cidade (100%) é abastecida pelas águas do Aquífero
Guarani. Grande parte deste abastecimento é feita sem planejamento, conforme informam
estudos da UNICAMP, como se o reservatório tivesse um tempo de vida infi nita. Segundo
denúncias do Núcleo de Economia Agrícola (NEA), do Instituto de Economia da UNICAMP,
“Os cerca de 500 poços artesianos abandonados em Ribeirão Preto, a redução do nível da
água em cerca de 60% e a possibilidade de contaminação dos mananciais próximos às áreas
40 Roteiro de Estudo
agrícolas, ameaçam a existência da maior reserva de água potável da América Latina: o
Aquífero Guarani”. Como a cidade de Ribeirão Preto, existe, aproximadamente, uma centena
de outras cidades do sudeste que exploram as águas do aquífero.
Apesar de ser um problema, este não é o maior deles. O maior problema de contaminação
das águas, tanto superfi ciais quanto subterrâneas, se liga ao uso e manejo incorretos dos
solos agrícolas, por intermédio das práticas das monoculturas voltadas para a exportação.
Agora as preocupações se avolumam com a volta da monocultura da canadeaçúcar, que
arrasa os solos e diminui o nível de água dos lençóis freáticos. Este tipo de monocultura
afeta a bioestrutura dos solos, ressecandoos, deixandoos em vias de desertifi cação. O
uso massivo de agrotóxicos e de todo tipo de herbicidas e pesticidas, as altas dosagens de
insumos agrícolas, acabam contaminando as águas superfi ciais e subterrâneas.
Portanto, o Aquífero Guarani é um recurso natural de valor estratégico incalculável, como fonte
de água potável, para esta e para as futuras gerações. Cabe a toda a população brasileira
zelar pela garantia da preservação deste valiosíssimo recurso da natureza, como forma de
garantir a continuidade da vida no planeta. Para encerrar, nada melhor que a citação de
Paulo César de Almeida Freitas (2006): “Acredito ser de uma insensatez e irresponsabilidade
sem limites, a utilização das águas do aquífero Guarani, pois como se sabe, é um recurso
fi nito e por isto deveria ser objeto de uma legislação específi ca, que viesse proteger este
tão importante manancial, que representa um recurso hídrico estratégico, por ocasião de
uma eventual escassez. Escassez esta que pelas evidências hoje observadas, já se pode
antever, resultado da insaciável e insana sede do poder demonstrada até então pelo ser
humano, que faz com que seres racionais ajam contra si próprios e seus descendentes,
agredindo implacável e cruelmente o meio ambiente. É como relata a obra “O clamor das
águas”, que em certo trecho diz: “Caso nos próximos trinta anos, o homem não tiver revertido
o quadro de degradação e fl agelo por ele imposto à natureza, a vida por sobre a terra estará
irremediavelmente comprometida. Ou seja, baseado nesta previsão, caso não promovamos
uma radical mudança em nossas atitudes comportamentais, a geração que hoje habita o
planeta poderá ser... a última”.
Diante do exposto, espero que doravante ajamos com responsabilidade e senso
preservacionista a fi m de não deixarmos como legado às futuras gerações, uma terra árida,
desértica, com altas temperaturas, enfi m, um lugar que não ofereça um mínimo de condições
de sobrevivência.
Roteiro de Estudo 41
REFERENCIAL DE RESPOSTAS
COMPONENTE CURRICULAR
Tecnologia em Solos e Geotecnia
Roteiro de Estudo1
Geologia aplicada à Engenharia Civil: tecnologia em solos e geotecnia
Atividade 1 p. xx
Estarão corretos os textos que apontarem que a Terra constitui um sistema dinâmico de
forças. É um sistema em equilíbrio, no qual interagem forças originadas do centro da Terra
[de dentro para fora] e forças externas [de dentro para fora]. Nesse sistema, as forças
externas (Fe) estão em equilíbrio com as forças internas (Fi).
Atividade 2 p. xx
Seu estudo é importante para a construção civil, pois é por intermédio dela que
ocorrem a maioria dos fenômenos, como precipitação, evaporação, formação das
massas de ar etc. esses fenômenos interferem diretamente sobre a dinâmica externa
de Terra, modifi candoos e alterandoos. Ela também se liga ao manejo correto e
efi ciente dos recursos naturais, portanto, os eventos atmosféricos devem ser
levados em consideração no planejamento e execução de obras da construção civil.
Atividade 3 p. xx
Observando os dados da tabela, podemos verifi car que os reservatórios de água que podem
ser utilizados para o consumo e atividades humanas são os lagos, águas subterrâneas e
rios. Os demais são enviáveis para o consumo, além de que sua utilização pode provocar
forte desequilíbrio ambiental.
Atividade 4 p. xx
A alternativa que contém a sequência correta é a letra ‘B’: F, V, V, V, V, V.
Atividade 5 p. xx
A alternativa incorreta é a (D) Para a Engenharia Civil, o mais importante é o estudo da
dinâmica interna da Terra, uma vez que as construções e edifi cações serão feitas na
superfície da Terra, por isso interessa a ela saber o que está ocorrendo na parte interna do
planeta.
Na ilustração, podemos observar que as construções estão em locais erradas e dispostas
em posição incorreta. Podemos observar que estas construções atingem diretamente os
corpos d’água, e a fábrica ainda produz chuva ácida. A ilustração mostra que não houve
nenhum planejamento das edifi cações.
Roteiro de Estudo 43