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LUMENSJURIS: wwwlumenjuris.com.br Eprrones Joao de Almeida Jodo Luiz da Silva Almeida Conseuo Eorromat Alexandre Froitas Cémara ‘Amilton Bueno de Carvalho Antonio Becker ‘Augusto Zimmermann Bugénio Rosa Fausl Hassan Chowk Rrly Nascimento Filho Flévio Alves Martins Francisco de Assis M. Tavares Geraldo I. M. Prado Gustavo Sénéchal do Gottredo J. M, Leoni Lopes de Oliveira Letécio Janson ‘Manoel Mossias Peixinho ‘Marcos Jursena Villela Souto Paulo de Bessa Antunes Salo de Carvalho Rio de Janeiro ea, 10 grupo 2.022 y(t) 250-1157 Sao Paulo Rua Camerine, 95, Conjunto 2 Berra Funda - Sto Paulo, SP CEP 01150-030 ‘Telofone (11) 3658-0578 Cowssi0 Consumo Alvaro Mayrink da Coste ‘Aurélio Wander Bastos Cinthia Robert Elida Séguin Gisele Cittadino Humberto Dalla Bernardina ‘de Pinho Joas dos Santos Carvalho Filho ‘Joaé Fernando C. Farias ‘José Ribas Vieira Marcello Ciotola Marcollus Polastei Lima (Omar Gama Ben Kauss Sergio Demoro Hamilton Rio Grande do Sul Rus Gap, Jogo de Oliveira Lima, 160 Santo Antonio da Patrulha ~ Pivengueiras CEP 96500-000 ‘Teiofone (51) 662-7147 Brasilia SCLN -0, 408 - Bloco Subsolo 4 8 - Aza Nor ‘CEP 70847-500 ‘Telefenes (61) 340-9980 / 340-0928 Fax (61) 240-2748 Rrcarpo Lopr RBsIRO Mestre, em Direito Empresarial e Tributagao pele UCAM. Professor do Diroito Tributdrio dos Cursos de Pés-Graduagéo da FGV; eda UFE, @ de Graduacdo da UCAM. Procurador da Fazenda Nacional. JusTICA, INTERPRETAGAO E ELIsAO TRIBUTARIA Eprrora LUMEN Juris Rio de Janeiro 2003 Ricardo Lodi Ribetro Como se vé, 0 resgate do valor da justiga pelo direito tributario, assegura o equilibrio entre a capacidade contri- butiva e a legalidade, com a retomada da primeira sem as, conotagées vinculadas & arrecadagao da maior quantidade de recursos, caracteristica do period da jurisprudéncia dos intoresses; hd sim, uma subordinacao aos valores da justiga e da liberdade. Como salienta John Rawls,?2} 0 sis- tema de tributagéo tem o intuito de arrecadar a receita exi- gida pela justiga, devendo o governo receber os recursos necessarios ao fornecimento de bens puiblicos para que © principio da diferenga seja satisfeito, Di Ob cit, p. 907 0 Capitulo 4 A Interpretagao da Lei Tributaria A problemética da interpretagéo da lei tributéria se prende a elucidagéo da questao da hermenéutica na teoria geral do direito, estando superadas, historicamente, as teses que recomendavam uma exegese especial para o direito tributario.22 seja a partir da ética do interesse dos contribuintes, que na esfera de sua autonomia privada poderiam fazer, sem énus fiscal, tudo 0 que nao fosse ex- pressamente, ¢ som sombra de diividas, previsto em lei ~ como queriam os autores de indole formalista -, seja por meio de uma interpretagéo economicista que, desprezando a seguranga juridica, descambou para uma vistio causalis- ta da justiga, como pregavam os defensores da teoria da consideragao econémica do fato gerador. 2? Nao séo mais aceitas as teorias que consideram a norma tributéria como penel-odiosa conforme bem assina- ldo pode ser odioso aquilo que é necessé- isténcia do Estado, e que tem por tinica fina~ lade 0 beneficio dos cidadaos”. Como no Estado Fiscal, 222 A maioria dos autores assim tem entendido,sela no Brasil, seja no exte: (fe especial no Dirsito Tebutério go colocam a escola fancionalisia, como Vanont, para quem: “ eae jridioee das normas tributérise nao co distinguera das domais nor 0 doito, a opiniso que pretends negar aplicabllidade, as leis tribu- trias, dos mesmos métodos de interpretagto que 6° aplicam ds leis em sgeta! parece destituida de qualquer fandamente™. (Ob. ct, p. 181) Ricardo Lodi Rizetro Os recursos so majoritariamente oriundos dos tributos, a idéia de odiosidade ¢ inconcebivel. Desta forma, esta histo. ricamente comprovado que a vitéria das teorias que consi deravam 0 tributo como instrumento odioso propiciaram uma situagao de odiosa injustica, # que aqueles que possuiam maior riqueza, e portan- to mais acesso ao Poder Judiciario, doixaram de contribuit, causando maior oneragéo aos menos aquinhoados ot fazendo com que 0 Estado deixasse de atender as prosta, $605 sociais mais elementares parcela meis carente da populacdo. Assim, néo havendo na relagdo juridico-tributéria nenhuma caractoristica de odiosidade, ou de limitagao de diteltos individuais.2% as normas que a regulam nao se constituem excegao as regras gerais de direito, merecendo, desto modo, uma interpretagao como qualquer outra lei, 4.1. A Interpretagao da Lei na Teoria Geral do Direito Durante os periodos historicos que precederam a con- Sagragao do Estado de Direito, onde a lei era emanada da vontade do sobereno, como representante da vontade de Deus, a jurisprudéncia conviveu com a idéia de que s6 o Préprio monarca poderia interpretar as leis por ele edita. das.2 Como bem observou Carlos Maximiliano, a interpre. ‘ago auténtica era filha do absolutiemo.226 Superada a idéia teocratica quanto a origem do poder, a interpretacéo auténtica continuou a gozar de grande 12a VANOML op, 0. cit pp. clurividade na interpre. iano e @ Ordonnance civil 228 Hermontutica © Aplicegdo do Diet. Ux od. Rio de Janeiro Foxonse, 1991, p.91, ea ‘Justiga, Interpretagio o Biledo Tibutérin prestigio, aparecendo como tinica forma de solugdo para 0 esclarecimento do sentido das normas, em varios ordena- aentos 22” como na Revolugao Francesa, mediante a neces- sidade de se ouvir o Parlamento, ¢ no Império Brasileiro, em decorréncia do Poder Moderadox22# No entanto, com 0 advento do Estado de Direito, passou a ser cada vez mais aceita a atividade hermenéutica da dou- ‘tina como principal meio de esclarecimento do sentido das Jeis, com a maior ou menor abertura destas & agéo do intér- brete, de acordo com o period histérico considerado, Assim, durante o predominio das idéias formelistas da jurisprudén- cia dos conceitos, restou minimizado o papel do intérprete, a partir da crenga que o legislador poderia regular todas as situagbes relevantes ao direito. Essa postura formalista atin- giu 0 sou apogeu na primeira metade do século XX, com a teoria pura do direito, de Hans Kelsen e sua certeza de que todo 0 direito se esgotava no ordenamento juridico. Nessa fase, a interpretagio se empobreceu, limitando-se a uma ati- vidade de mera subsungao do fato & norma Como reagao as idéias formalistas da jurisprudéncia dos conceitos, a jurisprudéncia dos interesses, a partir das idéias do Philipp Heck e Jhering, colocou o juiz no centro do fenémeno hermenSutico, consagrande o predominio da in- texpretagao judicial, até hoje fendmeno de decisiva impor- téncia nos paises da Common Law. 7 Conor nts TORRES, Rearo Lebo formas do atrpretapdo °F S20 amon rem est cus pam ae nseroe she ono, em Frtoal aa ow sho do 1768, que comiavee pana ‘mute S00 tr «sit reste soon vudvogado dus coe ‘ments, incortsae nha htrpaagio absurd ue aotasee conta "ulestade dat ls cave de reneunca 0 advoyac ea unio com

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