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Conselho Nacional de Justiça

Presidente Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha


Corregedor Nacional de Justiça Ministro João Otávio de Noronha
Conselheiros Ministro Aloysio Corrêa da Veiga
Maria Iracema Martins do Vale
Márcio Schiefler Fontes
Daldice Maria Santana de Almeida
Fernando César Baptista de Mattos
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
André Luiz Guimarães Godinho
Valdetário Andrade Monteiro
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila

Secretário-Geral Júlio Ferreira de Andrade


Diretora-Geral Julhiana Miranda Melloh Almeida
Departamento
Poder de Pesquisas
Judiciário Judiciárias

JUSTIÇA EM
NÚMEROS
2018

Brasília, 2018
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.

Conselho Nacional de Justiça


Departamento de Pesquisas Judiciárias
Diretora Executiva Maria Tereza Aina Sadek
Diretora de Projetos Fabiana Luci de Oliveira
Diretora Técnica Gabriela de Azevedo Soares
Pesquisadores Igor Stemler
Danielly Queirós
Lucas Delgado
Rondon de Andrade
Estatísticos Filipe Pereira
Davi Borges
Jaqueline Barbão
Apoio à Pesquisa Alexander da Costa Monteiro
Pâmela Tieme Aoyama
Pedro Amorim
Ricardo Marques
Thatiane Rosa
Terceirizados Bruna Leite
Lucineide Franca
Estagiária Doralice Pereira de Assis
Diagramação Ricardo Marques
Capa Eronildo Bento de Castro

C775j
Justiça em Números 2018: ano-base 2017/Conselho Nacio-
nal de Justiça - Brasília: CNJ, 2018.

Anual.
212 f:il.
I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração
pública - estatística - Brasil.

CDU: 342.56
Apresentação

A 14ª edição do Relatório Justiça em Números, preparada pelo Conselho Nacional de Justiça, cumpre
o dever deste órgão com o cidadão, cujo direito à informação é constitucionalmente assegurado, sendo
também instrumento de conhecimento de dados essenciais para a definição de políticas públicas do
Poder Judiciário.
Sem os elementos constantes das estatísticas judiciárias oficiais, os princípios e as metas afirmadas
para a administração do Poder Judiciário seriam definidas sem o substrato fático imprescindível para
se ancorarem.
A importância deste Relatório é reconhecida pela sequência administrativa própria do Poder Público
e pela consequência social que a gestão responsável impõe. Sem a ciência dos dados apurados e
apresentados no Relatório Justiça em Números, a efetividade da prestação dos serviços judiciais seria
fruto de escolhas aleatórias e a legitimidade das opções não seria atingida.
A eficiência do serviço prestado pelo Judiciário é exigência do cidadão e obrigação do Estado. A
sociedade se transformou e não quer qualquer instituição ou órgão desconhecido do Poder Público.
O Poder Judiciário, em outros tempos um estranho para o cidadão, dá-se a saber em seus dados
específicos. E o Relatório Justiça em Números é fonte deste conhecimento para o cidadão, mas também,
como antes mencionado, para oferecer-se à análise pelos seus servidores. Referência para estudos de
todos, o Relatório é acervo de pesquisa interna e externa. Assim, o Judiciário conta com o olhar daquele
que, não compondo os seus quadros, percebe, de forma inusitada, o que a sensibilidade amortecida
do seu servidor não atenta.
Como em outras edições, também nesta se apresentam a atuação dos órgãos do Poder Judiciário,
suas receitas e suas despesas, as estruturas orgânicas, mostrando-se como se desenvolvem as ati-
vidades judicantes, suas dificuldades em números e suas possibilidades para melhor atendimento da
demanda social.
As informações apresentadas neste relatório permitem que se conheça, de forma clara e objetiva,
a especialização dos órgãos do Judiciário, o número de varas, juizados especiais, auditorias militares
e zonas eleitorais.
A comparação dos dados relativos a cada grau de jurisdição permite que se verifique como o Judi-
ciário desempenha a sua obrigação de julgar. Foram estudados temas como a evolução da implantação
de processos judiciais eletrônicos, a necessidade de aproveitamento dos sistemas implementados e
o aprimoramento da interoperabilidade para que eles se comuniquem, e para que todos os atores do
sistema de justiça atuem de forma integrada.
Tem-se, no Relatório, os problemas que precisam ser resolvidos para a prestação da jurisdição em
tempo razoável, como constitucionalmente assegurado ao cidadão. Principalmente, busca-se enten-
der em que áreas o Poder Judiciário há de atentar prioritariamente para sua mudança em benefício do
jurisdicionado, por ser indiscutível que a tardia prestação jurisdicional é inaceitável. Demonstram-se,
também, as dificuldades com que lida o Judiciário, com volume de processos e modelo de legislação
processual que adia a finalização dos casos submetidos à jurisdição.
Não há milagre no serviço público. Não é permitida, também, a indolência de conhecimento para
que se propiciem as melhorias reclamadas, legitimamente, pela sociedade. O Justiça em Números
2018 responde a esta exigência de conhecimento para que não se viva de crença milagreira. Por igual,
oferece dados para que se vença o desânimo diante de problemas que não são pequenos. Inova pela
maior densidade e especificidade dos dados, pela maestria com que o Departamento de Pesquisas
Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça esquadrinhou os elementos obtidos e os examinou.
Manteve-se o que tinha sido avanço em outras edições, aprimorou-se a formulação apresentada,
cumprindo o dever de informar e divulgar o que é o Poder Judiciário, como ele vem atuando e como
ele deveria ser para se tornar o que o cidadão precisa e espera.

Ministra Cármen Lúcia


Presidente do Conselho Nacional de Justiça
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9
2 PANORAMA DO PODER JUDICIÁRIO 11
2.1 Estrutura do primeiro grau 19
2.2 Classificação dos tribunais por porte 26
2.3 Infográficos 30
3 RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS 56
3.1 Despesas e receitas totais 56
3.2 Despesas com pessoal 61
3.3 Quadro de pessoal 66
4 GESTÃO JUDICIÁRIA 72
4.1 Litigiosidade 73
4.1.1 Acesso à Justiça 78
4.1.2 Indicadores de produtividade 83
4.1.3 Indicadores de desempenho e de informatização 90
4.1.4 Recorribilidade interna e externa 96
4.2 Política de priorização do primeiro grau em números 101
4.2.1 Distribuição de recursos humanos 101
4.2.2 Indicadores de produtividade 102
4.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização 112
4.2.4 Recorribilidade interna e externa 117
4.3 Gargalos da execução 121
4.3.1 Execuções fiscais 125
4.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução 129
4.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução 133
5 ÍNDICE DE CONCILIAÇÃO 137
6 TEMPOS DE TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS 142
7 JUSTIÇA CRIMINAL 152
8 ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE COMPARADA DA JUSTIÇA: IPC-JUS 158
8.1 Justiça Estadual 159
8.1.1 Resultados 159
8.1.2 Análises de cenário 163
8.2 Justiça do Trabalho 166
8.2.1 Resultados 166
8.2.2 Análises de cenário 169
8.3 Justiça Federal 173
8.3.1 Resultados 173
8.3.2 Análises de cenário 176
9 DEMANDAS MAIS RECORRENTES SEGUNDO AS CLASSES E OS ASSUNTOS 180
9.1 Assuntos mais recorrentes 180
9.2 Classes mais recorrentes 192
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 197
REFERÊNCIAS 199
ANEXO I - METODOLOGIA 201
ANEXO II - LISTA DE TABELAS E FIGURAS 211
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

1 Introdução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em sua atribuição legal de dar transparência e publicidade às informações relativas
à atuação do Poder Judiciário brasileiro, publica a 14ª edição do Relatório Justiça em Números. Elaborado continuamente
desde 2005 pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), unidade responsável pelo recebimento e pela sistematização
das estatísticas judiciárias nacionais, o relatório de 2018 compreende os anos de 2009 a 2017.
O DPJ busca, a cada nova edição, aprimorar a qualidade dos dados e a especificidade dos indicadores. Para o relatório de
2018 a proposta era aferir a produtividade dos tribunais e magistrados, assim como o tempo de duração dos processos, con-
siderando as diversas competências, e não apenas por segmento de justiça. No entanto, a forma como os dados são enviados
pelos Tribunais ao CNJ ainda não permite esse cálculo.
Esta limitação será superada com o aprimoramento do “Selo Justiça em Números”, que visa a extração de dados analíticos
de todas as unidades judiciárias, de acordo com as regras das Tabelas Processuais Unificadas, e nos padrões do Modelo Nacio-
nal de Interoperabilidade (MNI), permitindo o acesso aos dados por processo e não mais de forma agregada como é feito hoje.
O 14ª Relatório Justiça em Números reúne informações dos 90 órgãos do Poder Judiciário, elencados no art. 92 da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil de 1988, excluídos o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça, que
recebem relatórios à parte. Assim, o Justiça em Números inclui: os 27 Tribunais de Justiça Estaduais (TJs); os cinco Tribunais
Regionais Federais (TRFs); os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs); os três
Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs); o Superior Tribunal de Justiça (STJ); o Tribunal Superior do Trabalho (TST); o Tri-
bunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM).
O diagnóstico apresentado é amplo e abrange aspectos relativos à estrutura judiciária, aos recursos humanos e financeiros
e à movimentação processual. Na prestação jurisdicional está a atividade-fim do Poder Judiciário. O foco principal desta publi-
cação compreende os dados de litigiosidade (número de processos recebidos, em trâmite e solucionados), com detalhamento
dos indicadores de acordo com o grau de jurisdição e a fase em que os processos se encontram - conhecimento ou execução.
As estatísticas consideram as peculiaridades de cada segmento de justiça e os portes dos tribunais.
Os indicadores e as variáveis calculados são fundamentados na Resolução CNJ 76/2009, que, em seus anexos, traz o
detalhamento de glossários e fórmulas que norteiam o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Em conformidade com a política do CNJ de modernização do Judiciário, interoperabilidade entre sistemas e utilização de
processos judiciais eletrônicos, os dados reunidos neste relatório estão disponíveis aos magistrados, servidores e cidadãos
brasileiros por meio do “Justiça em Números Digital”, ferramenta interativa on-line que permite livre navegação pelas estatísticas
oficiais. Para utilizar essa ferramenta, o usuário deve acessar os painéis em dashboard disponíveis no link paineis.cnj.jus.br.
Apesar da verificação e checagem da consistência feita periodicamente pela equipe de estatística do Departamento de
Pesquisas Judiciárias, cabe salientar que os dados são fornecidos pelos tribunais que integram o Sistema de Estatística do
Poder Judiciário (SIESPJ), sendo de sua responsabilidade exclusiva o encaminhamento de dados fidedignos, conforme o art.
4º da Resolução CNJ 76/2009.
O relatório está estruturado em nove seções. Após a introdução, a segunda seção traz um panorama da atuação do Poder
Judiciário, em três tópicos: o primeiro delineia a estrutura das unidades judiciárias de primeiro grau, com os quantitativos de
varas, juizados especiais, zonas eleitorais e auditorias militares. O segundo traz a classificação dos Tribunais de Justiça, dos
Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais de acordo com o porte (pequeno, médio e grande). O ter-
ceiro tópico retrata os principais indicadores por meio de infográficos. Uma novidade desta seção é a cartografia das comarcas
e unidades judiciárias.
A terceira seção apresenta informações relativas aos recursos financeiros e humanos do Poder Judiciário nacional, subdi-
vidindo-se em três tópicos: despesas e receitas totais; despesas com pessoal e quadro de pessoal.
Em “Gestão Judiciária e Litigiosidade”, quarta seção, são divulgados os dados relativos à movimentação processual, organi-
zada em quatro tópicos. O primeiro traz os principais indicadores de desempenho e produtividade, além de estatísticas inéditas
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Relatório Justiça em Números 2018

sobre justiça gratuita e acesso à justiça. O segundo tópico detalha os indicadores por instância, em consonância com a Política
Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição regulamentada pela Resolução CNJ 194/2014. No terceiro tópico
é feita uma análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com particular atenção às
execuções fiscais.
A quinta seção aborda os indicadores de conciliação. A sexta, traz uma análise dos tempos médios de tramitação proces-
sual. A sétima, retrata a justiça criminal, apresentando um panorama das ações e execuções penais incluindo indicadores de
tempo de tramitação.
Na oitava seção, é mostrado o IPC-Jus, Índice de Produtividade Comparada da Justiça, indicador sintético que compara a
eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise de fronteira denominada Data Envelopment Analysis (DEA). São
também apresentados estudos de cenário, com o objetivo de contrastar o desempenho atual dos tribunais com o desempenho
esperado para esses órgãos, segundo um modelo retrospectivo.
A nona seção traz dados detalhados sobre as demandas existentes no Poder Judiciário, com segmentação dos casos novos
por classe processual e por assunto.
Por fim, em considerações finais, estão sumarizados os principais resultados e tendências verificados no relatório. Nos
anexos constam a metodologia e as listas de tabelas e figuras.
Os gráficos apresentados no relatório procuram permitir uma leitura conjunta dos órgãos do Poder Judiciário, ao inserir
na mesma página e na mesma figura informações relativas aos noventa tribunais. No entanto, ao adotar tal metodologia de
visualização gráfica, tornam-se inevitáveis comparações entre segmentos, o que não é recomendável, pois, as variáveis e os
indicadores podem ter comportamentos diversos em razão da própria natureza processual. Por tal razão, em alguns gráficos é
possível que ocorram variações nas ordens de grandeza entre os ramos de justiça. Optou-se por manter, na maioria dos casos,
a escala do próprio segmento, para melhor visualização, nos gráficos de linha, dos comportamentos ascendentes e descen-
dentes ao longo dos anos e, nos gráficos de barras, visando permitir a comparação entre tribunais do mesmo segmento, em
detrimento das comparações entre justiças.

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JUSTIÇA EM
NÚMEROS

2 Panorama do Poder Judiciário


O Poder Judiciário brasileiro está organizado em cinco ramos ou segmentos de justiça: Justiça Estadual, Justiça do Traba-
lho, Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Militar. Os quadros abaixo trazem um sumário explicativo das competências e da
estrutura de cada ramo de justiça e dos quatro Tribunais Superiores: STJ, STM, TSE e TST.

O que é a Justiça Estadual:


A Justiça Estadual, integrante da justiça comum (junto com a Jus-
tiça Federal), é responsável por julgar matérias que não sejam da com-
petência dos demais segmentos do Judiciário – Federal, do Trabalho,
Eleitoral e Militar, ou seja, sua competência é residual.

Como ela se organiza:


Cada estado tem a atribuição de organizar a sua justiça. Já o Poder
Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela União. Hoje,
a Justiça Estadual está presente em todas as unidades da federação,
reunindo a maior parte dos casos que chega ao Judiciário, encarre-
gando-se das questões mais comuns e variadas, tanto na área cível
quanto na criminal.

Como é sua estrutura:


Do ponto de vista administrativo, a Justiça Estadual é estruturada em
duas instâncias ou graus de jurisdição:
• 1º grau: composto pelos Juízes de Direito, pelas varas, pelos fóruns,
pelos tribunais do júri (encarregado de julgar crimes dolosos contra
a vida), pelos juizados especiais e suas turmas recursais.
• 2º grau: é representado pelos Tribunais de Justiça (TJs). Nele, os
magistrados são desembargadores, que têm entre as principais atri-
buições o julgamento de demandas de competência originária e de
recursos interpostos contra decisões proferidas no primeiro grau.

O que são os juizados especiais?


Criados pela Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, os juizados espe-
ciais têm competência para a conciliação, o processamento, o julgamento
e a execução das causas cíveis de menor complexidade (causas cujo valor
não exceda a quarenta vezes o salário mínimo, por exemplo) e das infrações
penais de menor potencial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e os
crimes para os quais a lei defina pena máxima não superior a dois anos. As
turmas recursais, por sua vez, integradas por juízes em exercício no primeiro
grau, são encarregadas de julgar recursos apresentados contra decisões
dos juizados especiais.

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Relatório Justiça em Números 2018

O que é a Justiça do Trabalho:


A Justiça do Trabalho concilia e julga as ações judiciais entre
empregados e empregadores avulsos e seus tomadores de serviços
e outras controvérsias decorrentes da relação do trabalho, além das
demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sen-
tenças, inclusive as coletivas.

Como ela se organiza:


São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do
trabalho, atuantes, estes últimos, nas varas do trabalho.

Como ela é formada:


A jurisdição da Justiça do Trabalho é dividida em 24 regiões. Do ponto de
vista hierárquico e institucional, cada uma destas regiões é estruturada em dois
graus de jurisdição:
• 1º grau: composto pelas varas de trabalho onde atuam os juízes do traba-
lho. Sua competência é determinada pela localidade em que presta servi-
ços ao empregador, independentemente do local da contratação (seja de
caráter nacional ou internacional).
• 2º grau: composto pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). Neles
são julgados recursos ordinários contra decisões das varas do trabalho, os
dissídios coletivos, ações originárias, ações rescisórias de suas decisões
ou das varas e os mandados de segurança contra atos de seus juízes.

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JUSTIÇA EM
NÚMEROS

O que é a Justiça Federal:


De acordo com o disposto nos artigos 92 e 106 da Constituição Federal, a Justiça
Federal, ramo integrante da estrutura do Poder Judiciário, é constituída pelos Tribunais
Regionais Federais e pelos juízes federais.
A Justiça Federal, juntamente com a Justiça Estadual, compõe a chamada justiça
comum. Compete, especificamente, à Justiça Federal, julgar as causas em que a União,
entidades autárquicas ou empresas públicas federais sejam interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes; as causas que envolvam estados estrangeiros ou
tratados internacionais; os crimes políticos ou aqueles praticados contra bens, serviços
ou interesses da União; os crimes contra a organização do trabalho; a disputa sobre os
direitos indígenas, entre outros. Exclui-se da competência da Justiça Federal as causas
de falência, as de acidente de trabalho e as de competência das justiças especializadas.
Em razão de inclusão definida pela Emenda Constitucional n. 45/2004, a Justiça
Federal também passou a julgar causas relativas a graves violações de direitos humanos,
desde que seja suscitado pelo Procurador-Geral da República ao Superior Tribunal de
Justiça incidente de deslocamento de competência.

Como é sua estrutura:


A organização do primeiro grau de jurisdição da Justiça Federal está discipli-
nada pela Lei n. 5.010, de 30 de maio de 1966, que determina que em cada um dos
estados, assim como o Distrito Federal, se constituirá uma seção judiciária. Loca-
lizada nas capitais das unidades da federação, as seções judiciárias são formadas
por um conjunto de varas federais, onde atuam os juízes federais. Cabe a eles
o julgamento originário da maior parte das ações submetidas à Justiça Federal.
O segundo grau de jurisdição da Justiça Federal é composto por cinco Tri-
bunais Regionais Federais (TRFs), com sedes em Brasília (TRF 1ª Região), Rio de
Janeiro (TRF 2ª Região), São Paulo (TRF 3ª Região), Porto Alegre (TRF 4ª Região)
e Recife (TRF 5ª Região).
Os TRFs englobam duas ou mais seções judiciárias, conforme definido a seguir:
TRF 1ª Região - Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mara-
nhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins;
TRF 2ª Região - Espírito Santo e Rio de Janeiro;
TRF 3ª Região - Mato Grosso do Sul e São Paulo;
TRF 4ª Região - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
TRF 5ª Região - Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte
e Sergipe.
Nas comarcas onde não houver vara federal, os juízes estaduais são compe-
tentes para processar e julgar determinados tipos de processos (art. 15, Lei n.
5.010/1966).

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Relatório Justiça em Números 2018

O que é a Justiça Eleitoral:


A Justiça Eleitoral é um ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro,
responsável pela organização e realização de eleições, referendos e plebis-
citos, pelo julgamento de questões eleitorais e pela elaboração de normas
referentes ao processo eleitoral.

Como foi criada:


A Justiça Eleitoral foi criada pelo Código Eleitoral de 1932 (Decreto n.
21.076, de 24 de fevereiro de 1932). Atualmente, é regida principalmente pelo
Código Eleitoral de 1965 (Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965) e sua existência e
estrutura possuem previsão legal nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal
de 1988, os quais, dentre outras determinações, instituem o Tribunal Superior
Eleitoral como seu órgão máximo, de última instância, e impõem a existência de
um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada estado e no Distrito Federal.

Como é a sua estrutura:


A Justiça Eleitoral é estruturada em dois graus de jurisdição, não possuindo,
entretanto, quadro próprio de magistrados:
• 1º Grau: composto por um juiz eleitoral em cada zona eleitoral, escolhido dentre
os juízes de direito, e pelas juntas eleitorais, de existência provisória apenas nas
eleições e compostas por um juiz de direito e por dois ou quatro cidadãos de notória
idoneidade.
• 2º Grau: é representado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que possuem
em sua composição dois desembargadores do Tribunal de Justiça, dois juízes de
direito, um juiz do Tribunal Regional Federal (desembargador federal) ou um juiz
federal e dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. Os juízes
dos TREs, salvo por motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca
por mais de dois biênios consecutivos.

O que são as Juntas Eleitorais?


São órgãos colegiados de caráter temporário do primeiro grau da Justiça
Eleitoral, constituídos apenas no período de realização de eleições (60 dias
antes do pleito até a diplomação dos eleitos) e suas principais atribuições
são de apuração dos votos e expedição dos diplomas aos eleitos. As demais
competências estão elencadas no artigo 40 do Código Eleitoral.

14
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

O que é a Justiça Militar Estadual:


A Justiça Militar Estadual é um ramo especializado do Poder
Judiciário brasileiro, responsável por processar e julgar os militares
dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros militar) nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil.

Como ela se organiza:


Cada estado tem competência para criar sua Justiça Militar Esta-
dual por meio de lei de iniciativa dos Tribunais de Justiça. Porém, a
criação de um Tribunal de Justiça Militar Estadual só é possível se o
estado possuir um efetivo superior a vinte mil integrantes das forças
militares estaduais, dentre polícia militar e corpo de bombeiros militar
(§3º do artigo 125 da CF/88). Todas as unidades da federação pos-
suem Justiça Militar Estadual, sendo que três estados dispõem de Tri-
bunal de Justiça Militar (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo).

Como é sua estrutura:


A Justiça Militar Estadual é estruturada em duas instâncias ou
graus de jurisdição:
• 1ª Grau: é constituída pelas auditorias militares, composta
por um juiz de direito, também denominado juiz auditor,
responsável pelos atos de ofício, e pelos Conselhos de Justiça,
órgão colegiado formado por quatro juízes militares (oficiais
das armas) e o próprio juiz auditor, com a função de processar
crimes militares.
• 2º Grau: é representado pelos Tribunais de Justiça Militar, nos
estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nos
demais estados e no Distrito Federal, essa função cabe aos
próprios Tribunais de Justiça (TJs).

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Relatório Justiça em Números 2018

O que é a Justiça Militar da União:


A Justiça Militar da União (JMU) é um ramo do Poder Judiciário brasileiro,
a quem compete processar e julgar militares das Forças Armadas e civis que
cometerem crimes militares previstos em lei. É o segmento de justiça mais antigo
do Brasil, tendo sido o Superior Tribunal Militar a primeira Corte do País a ser
criada, em 1º de abril de 1808, pelo então Príncipe-Regente de Portugal, Dom
João VI.

Como é sua estrutura:


A JMU é estruturada em dois graus de jurisdição, uma primeira instância e um tribunal
superior, o Superior Tribunal Militar (STM), além de uma Auditoria de Correição.
1ª instância: Composta por 19 Auditorias, divididas em 12 Circunscrições Judiciárias
Militares (CJM). As Auditorias têm jurisdição mista, ou seja, cada uma julga os feitos
relativos à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. O julgamento é realizado pelos Conselhos
de Justiça, formados por quatro oficiais e pelo Juiz-Auditor.
Auditoria de Correição: É exercida pelo Juiz-Auditor Corregedor, com autuação
em todo o território nacional. A Auditoria de Correição é um órgão de fiscalização e
orientação judiciário-administrativa.
Os recursos às decisões de primeira instância são remetidos diretamente para o STM,
a quem cabe, também, julgar originalmente os oficiais-generais.

16
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

O que são os Tribunais Superiores:


Os Tribunais Superiores são os órgãos máximos de seus ramos de
justiça, atuando tanto em causas de competência originária quanto
como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São eles: Superior Tri-
bunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os magistrados
que compõem esses colegiados são denominados Ministros.

Superior Tribunal de Justiça:


É o Tribunal Superior da Justiça comum (estadual e federal) para causas
infraconstitucionais (que não se relacionam diretamente com a Constituição
Federal), sendo composto por 33 ministros. Sua principal função é unifor-
mizar e padronizar a interpretação da legislação federal brasileira, ressal-
vadas as questões de competência das justiças especializadas (Eleitoral e
Trabalhista). Suas competências estão previstas no art. 105 da Constitui-
ção Federal, dentre as quais o julgamento em recurso especial de causas
decididas em última ou única instância pelos Tribunais Regionais Federais,
pelos Tribunais de Justiça ou pelos Tribunais de Justiça Militar dos estados
quando a decisão recorrida contrariar lei federal.

Superior Tribunal Militar:


O STM é um órgão da Justiça Militar da União, composto por quinze
Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovados pelo Senado Federal, sendo três oficiais-generais da Marinha,
quatro oficiais-generais do Exército, três oficiais-generais da Aeronáutica
- todos da ativa e do posto mais elevado da carreira - e cinco civis,
escolhidos pelo Presidente da República. O Superior Tribunal Militar, um
dos três Tribunais Superiores especializados do Brasil, tem a atribuição
de julgar os recursos oriundos da primeira instância da Justiça Militar
da União, bem como a competência originária para processar e julgar os
oficiais-generais e decretar a perda do posto e da patente dos oficiais
das Forças Armadas julgados indignos ou incompatíveis para o oficialato.

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Relatório Justiça em Números 2018

Tribunal Superior Eleitoral


Órgão máximo da Justiça Eleitoral, o TSE é composto por 7 minis-
tros titulares e 7 ministros substitutos. São 3 titulares e 3 substitutos
provenientes do STF, 2 titulares e 2 substitutos oriundos do STJ e 2
titulares e 2 substitutos da classe jurista, advogados indicados pelo
STF e nomeados pela Presidência da República. Sua principal função é
zelar pela lisura de todo o processo eleitoral. Ao TSE cabe, entre outras
atribuições previstas no Código Eleitoral, julgar os recursos decorrentes
das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), inclusive sobre
matéria administrativa.

Tribunal Superior do Trabalho:


Órgão máximo da Justiça do Trabalho, o TST é composto por 27
ministros. Sua principal função é a de uniformizar as decisões sobre
ações trabalhistas, consolidando a jurisprudência deste ramo do direito.
O TST possui competência para o julgamento de recursos de revista,
recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e
dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de
mandados de segurança e embargos opostos às suas decisões e ações
rescisórias, dentre outras constantes no art. 114 da Constituição Federal.

2.1 Estrutura do primeiro grau


O primeiro grau do Poder Judiciário está estruturado em 15.398 unidades judiciárias - um aumento de 20 unidades em
relação ao ano anterior1. Esse quantitativo é subdividido em 10.989 varas estaduais, trabalhistas e federais (71%); 1.606 (10,4%)
juizados especiais; 2.771 (18%) zonas eleitorais; 13 auditorias militares estaduais; e 19 auditorias militares da União, conforme
observado nas Figuras 1, 2 e 4.
A maioria das unidades judiciárias pertence à Justiça Estadual, que possui 10.035 varas e juizados especiais e 2.697 comarcas
(48,4% dos municípios brasileiros são sede da Justiça Estadual). A Justiça do Trabalho está sediada em 624 municípios (11,2%
dos municípios) e a Justiça Federal em 279 (5% dos municípios).

Figura 1: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de justiça, em 2017


Justiça Estadual
10.035
65,2% Justiça Militar Estadual
13
0,1%
Auditoria Militar da União
19
0,1%
Justiça Federal
988
6,4%
Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho
2.771 1.572
10,2%
18,0%

1 Os tribunais de justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro retificaram a quantidade de unidades judiciárias referente ao ano de 2016, reduzindo esse quantitativo em mais de 600
unidades.
18
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 2: Diagrama do número de unidades judiciárias de 1º grau, em 2017

Total de unidades judiciárias


15.398

Justiça do Justiça Militar Auditorias


Justiça Estadual Justiça Federal Justiça Eleitoral
Trabalho Estadual Militares da União
10.035 (65,2%) 988 (6,4%) 2.771 (18%)
1.572 (10,2%) 13 (0,1%) 19 (0,1%)

Varas Varas
8.644 (86,1%) 773 (78,2%)

Juizados JEFs
1.391 (13,9%) 215 (21,8%)

Figura 3: Unidades judiciárias de primeiro grau da Justiça Estadual, por competência, em 2017

Varas Exclusivas Cíveis 2.338


Varas Exclusivas Criminais 1.256
Outras Varas, não adjuntas a Juizados Especiais 1.438
Juízo Comum

Varas Cíveis e Criminais 495


Varas Exclusivas de Infância e Juventude 155
Varas Exclusivas de Execução Penal 113

Varas Exclusivas de Violência Doméstica 122

Varas de Infância e Juventude que acumulam idoso e/ou família 76

Juizados Especiais que acumulem mais de uma competência 767


Juizado Juizado Especial

Juizados Especiais Cíveis 471

Juizados Especiais Criminais 92

Juizados Especiais da Fazenda Pública 61


Varas com

Varas de Juízo Único 1.933

Outras Varas com Juizado Especial Adjunto 718

0 500 1.500 2.500

19
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 4: Número de municípios-sede e unidades judiciárias por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
Municípios−Sede Unidades Judiciárias Municípios−Sede Unidades Judiciárias
319 TJSP 1.745 262 TRE−SP 426
296 TJMG 848 294 TRE−MG 304
165 TJRS 757 168 TRE−BA 200
81 TJRJ 631 158 TRE−PR 186
161 TJPR 548 143 TRE−RS 165
203 TJBA 728 79 TRE−RJ 165
150 TJPE 507 113 TRE−GO 129
184 TJCE 425 120 TRE−PE 122
111 TJSC 371 106 TRE−CE 109
127 TJGO 362 89 TRE−MA 108
79 TJMT 321 83 TRE−SC 104
112 TJPA 315 91 TRE−PA 100
69 TJES 313 89 TRE−PI 82
107 TJMA 312 66 TRE−PB 77
16 TJDFT 210 58 TRE−RN 69
78 TJPB 246 33 TRE−SE 29
58 TJRN 219 58 TRE−AM 70
54 TJMS 178 47 TRE−MT 58
69 TJPI 172 47 TRE−ES 58
39 TJSE 151 45 TRE−MS 54
55 TJAL 151 50 TRE−AL 42
61 TJAM 137 34 TRE−TO 33
42 TJTO 120 22 TRE−RO 32
23 TJRO 103 1 TRE−DF 19
18 TJAC 59 12 TRE−AP 13
12 TJAP 54 8 TRE−AC 9
8 TJRR 52 7 TRE−RR 8

Trabalho Federal
Municípios−Sede Unidades Judiciárias Municípios−Sede Unidades Judiciárias
32 TRT2 217 96 TRF1 294
65 TRT3 158 51 TRF3 217
100 TRT15 153
27 146 63 TRF4 201
TRT1
55 TRT4 132 26 TRF2 149
41 TRT9 97 43 TRF5 127
32 TRT5 88
27 TRT6 70
30 TRT12 60
19 TRT8 55 Militar Estadual
22 TRT18 48
Unidades Judiciárias
15 TRT7 37
6 TRT10 35 TJMSP 6
26 TRT23 38 TJMRS 4
20 TRT14 32 TJMMG 3
12 TRT11 32
14 TRT13 27
18 TRT24 26
9 TRT17 24
9 TRT21 23
16 TRT16 23
11 TRT19 22
7 TRT20 15
11 TRT22 14

20
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

A Figura 5 apresenta o percentual da população de cada unidade da Federação que reside em município sede da Justiça
Estadual, indicando o quanto as estruturas físicas do Poder Judiciário estão acessíveis à população. Observa-se que 83,4% da
população brasileira reside em município-sede da Justiça Estadual. Isso significa que, apesar das comarcas corresponderem
a 48,4% dos municípios, elas estão em locais com grande concentração populacional. As unidades da Federação com maior
cobertura são o Distrito Federal, o Rio de Janeiro, o Ceará, o Amazonas e o Amapá. Em situação inversa encontram-se os estados
do Pará, Espírito Santo, de Alagoas e Sergipe - com menos da metade da população residente em sede de comarca.
Figura 5: Percentual da população residente em municípios sede de comarca da Justiça Estadual, em 2017
RJ 99,6%
SP 87,4%
PR 84,8%
MG 81,5%
RS 76,2%
DF 100,0%
CE 99,7%
PE 95,5%
GO 91,9%
MT 90,0%
BA 85,2%
MA 80,0%
SC 63,2%
PA 48,9%
ES 44,7%
AM 99,5%
AP 98,0%
AC 94,8%
MS 92,7%
RR 85,3%
RO 82,2%
RN 81,5%
PI 79,1%
PB 77,5%
TO 71,6%
AL 49,0%
SE 42,2%
Total 83,4%
0% 20% 40% 60% 80% 100%

As Figuras 6 a 10 trazem a malha territorial das comarcas brasileiras, com mapeamento dos municípios que são sede de
comarca. Os municípios pintados na cor verde são aqueles em que há comarca. Os dados foram extraídos do sistema Módulo
de Produtividade Mensal que possui um cadastro nacional de todas as unidades judiciárias e suas respectivas comarcas.

21
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 6: Distribuição geográfica das comarcas na região Sul, em 2017

Figura 7: Distribuição geográfica das comarcas na região Sudeste, em 2017

Figura 8: Distribuição geográfica das comarcas na região Centro-Oeste, em 2017

22
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 9: Distribuição geográfica das comarcas na região Nordeste, em 2017

Figura 10: Distribuição geográfica das comarcas na região Norte, em 2017

23
Relatório Justiça em Números 2018

A Figura 11 mostra a localização e concentração das unidades judiciárias no território. Nota-se grande concentração na faixa
litorânea do País, com distribuição mais esparsa nos estados da região Norte, e nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Figura 11: Localização das unidades judiciárias da Justiça Estadual, Federal, Trabalhista e Militar, em 2017

RR
AP

AM PA
MA CE
RN
PB
PI
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DF
GO
MG
ES
MS
SP RJ
PR

SC
RS

As Figuras 12 a 16 apresentam a distribuição populacional por unidade judiciária para o total do Poder Judiciário e por seg-
mento de justiça, com informações agrupadas por Unidade da Federação.
Na Figura 12, é possível observar que os três maiores índices de habitantes por unidade judiciária de primeiro grau estão nos
estados do Maranhão e do Pará, seguidos pelo estado do Amazonas. Esses três estados possuem 9% da população brasileira,
37% da extensão territorial do Brasil e apenas 7% das unidades judiciárias.
O estado do Maranhão apresenta o maior índice de habitantes por unidade judiciária também na Justiça do Trabalho, com
23 varas trabalhistas. O estado de São Paulo ocupa, no cômputo geral, o quarto maior índice de concentração de habitantes
por unidade judiciária.

24
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 12: Habitantes por unidade judiciária, em 2017 Figura 13: Habitantes por varas e juizados especiais
estaduais

RR RR
AP AP

AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PB PB
PI PI PE
PE
AC AL AC AL
TO SE TO SE
RO RO
MT BA MT BA
DF DFT
GO GO

Abaixo de 4.748 MG Abaixo de 13.973 MG


ES ES
4.748 |− 5.732 MS 13.973 |− 17.895 MS
5.732 |− 6.716 SP RJ 17.895 |− 21.817 SP RJ
6.716 |− 7.699 PR 21.817 |− 25.739 PR
Acima de 7.699 Acima de 25.739
SC SC
RS RS

Figura 14: Habitantes por zona eleitoral Figura 15: Habitantes por vara do trabalho

RR
AP

PA TRT11 TRT8
AM
MA CE TRT16 TRT7
RN TRT21
PI PB TRT22 TRT13
PE TRT6
AC AL TRT19
TO SE TRT10 TRT20
RO TRT14
MT BA TRT23 TRT5
DF
GO
TRT18
Abaixo de 63.402 MG Abaixo de 126.757 TRT3
ES TRT17
63.402 |− 87.544 MS 126.757 |− 171.157 TRT24
87.544 |− 111.686 SP RJ 171.157 |− 215.557 TRT15 TRT1
111.686 |− 135.828 215.557 |− 259.958 TRT2
PR TRT9
Acima de 135.828 Acima de 259.958
SC TRT12

RS TRT4

25
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 16: Habitantes por vara e juizado especial federal

RR
AP

AM PA
MA CE
RN
PI PB
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DF
GO

Abaixo de 161.044 MG
ES
161.044 |− 222.374 MS
222.374 |− 283.703 SP RJ
283.703 |− 345.032 PR
Acima de 345.032
SC
RS

2.2 Classificação dos tribunais por porte


O Brasil é um País de extensões continentais. Alguns tribunais de um mesmo ramo possuem realidades muito distintas,
sendo recomendável o uso de estatísticas comparativas, levando-se em consideração tais diferenças.
Dessa forma, a classificação dos tribunais por porte tem por objetivo criar grupos que respeitem características distintas
dentro do mesmo ramo de justiça.
Para a classificação por porte, foram consideradas as variáveis: despesas totais; casos novos; processos pendentes; número
de magistrados; número de servidores (efetivos, requisitados, cedidos e comissionados sem vínculo efetivo); e número de tra-
balhadores auxiliares (terceirizados, estagiários, juízes leigos e conciliadores). A consolidação dessas informações forma um
escore único, por tribunal, a partir do qual se procede ao agrupamento em três categorias, segundo o respectivo porte: tribunais
de grande, médio ou pequeno porte2.
As Tabelas 1 a 3 apresentam os dados utilizados para o agrupamento, os escores obtidos, o ranking, bem como a classi-
ficação em grupos de cada um dos tribunais da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral. A distribuição
dos portes conforme os segmentos de justiça podem ser melhor visualizados nas Figuras 17 a 19. Observa-se que os tribunais
dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aparecem como de grande porte nos três ramos de
Justiça, enquanto os tribunais dos estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul entre os de pequeno porte.
Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes, as regiões geográficas e os dados demográficos. Nota-se que, na Justiça
Estadual, as regiões Sul e Sudeste são compostas, basicamente, por tribunais de grande porte (com exceção do TJSC e do TJES).
Os cinco maiores tribunais estaduais (TJRS, TJPR, TJSP, TJRJ e TJMG) concentram 65% do Produto Interno Bruto (PIB)
nacional e 51% da população brasileira, ao passo que os cinco menores tribunais estaduais (TJRR, TJAC, TJAP, TJTO, TJAL) são
os responsáveis por apenas 2% do PIB e 3% da população.

2 Detalhes técnicos estão disponíveis no anexo metodológico, que contém informações sobre a técnica estatística empregada, no caso, a análise de componentes principais.
26
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 17: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça Figura 18: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais
segundo o porte, em 2017 do Trabalho segundo o porte, em 2017

RR
AP

PA TRT11 TRT8
AM
MA CE TRT16 TRT7
RN TRT21
PB TRT22 TRT13
PI PE TRT6
AC AL TRT19
TO SE TRT14 TRT10 TRT20
RO
MT BA TRT23 TRT5
DFT
GO
TRT18
Grande porte MG Grande porte TRT3
ES TRT17
Médio porte MS Médio porte TRT24
Pequeno porte SP RJ Pequeno porte TRT15 TRT1
TRT2
PR TRT9

SC TRT12

RS TRT4

Figura 19: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais


Eleitorais segundo o porte, em 2017

RR
AP

AM PA
MA CE
RN
PI PB
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DF
GO

Grande porte MG
ES
Médio porte MS
Pequeno porte SP RJ
PR

SC
RS

27
Relatório Justiça em Números 2018

Tabela 1: Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano-base 2017

Despesa Total da Casos Casos Número de Força de Trabalho


Grupo Tribunal Escore*
Justiça Novos Pendentes Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TJ - São Paulo 4,333 11.830.621.214 5.648.114 20.591.965 2.651 68.676
2 TJ - Rio de Janeiro 1,257 4.246.447.528 2.171.880 11.038.643 901 25.183
1º Grupo:
3 TJ - Minas Gerais 1,033 5.074.376.809 1.804.222 4.130.451 1.040 27.756
Grande Porte
4 TJ - Paraná 0,529 2.676.067.497 1.561.020 2.872.349 902 18.526
5 TJ - Rio Grande do Sul 0,504 2.930.897.666 1.458.958 3.711.894 813 16.382
1 TJ - Bahia 0,301 3.597.816.383 1.028.967 2.811.404 585 12.947
2 TJ - Santa Catarina 0,115 2.132.567.740 803.793 3.247.550 493 12.772
3 TJ - Pernambuco -0,063 1.591.004.069 568.764 2.014.653 540 9.540
4 TJ - Distrito Federal e Territórios -0,073 2.676.427.175 431.758 674.538 389 12.379
2º Grupo: 5 TJ - Goiás -0,103 1.539.071.304 562.065 1.678.787 419 11.425
Médio Porte 6 TJ - Mato Grosso -0,250 1.425.228.913 515.402 1.026.027 290 8.317
7 TJ - Ceará -0,267 1.130.442.324 395.496 1.165.743 445 5.841
8 TJ - Maranhão -0,301 1.308.472.932 436.677 1.141.435 328 5.155
9 TJ - Espírito Santo -0,305 1.218.940.538 320.743 937.791 343 7.066
10 TJ - Pará -0,328 1.164.390.926 275.209 1.060.390 344 6.005
1 TJ - Mato Grosso do Sul -0,400 977.542.271 344.795 889.979 215 5.374
2 TJ - Rio Grande do Norte -0,421 1.121.094.806 235.430 492.786 247 4.838
3 TJ - Paraíba -0,422 869.937.382 230.148 628.894 277 5.063
4 TJ - Amazonas -0,474 832.247.101 210.185 945.406 207 2.900
5 TJ - Rondônia -0,513 681.841.308 227.728 346.331 176 3.685
3º Grupo: 6 TJ - Sergipe -0,523 547.906.034 246.537 355.553 152 4.148
Pequeno Porte 7 TJ - Piauí -0,528 617.085.696 169.137 534.547 179 3.076
8 TJ - Alagoas -0,548 514.038.539 217.732 597.717 150 2.347
9 TJ - Tocantins -0,568 580.158.673 152.072 305.404 129 2.849
10 TJ - Amapá -0,647 365.860.538 74.002 104.020 78 1.745
11 TJ - Acre -0,656 289.563.297 67.865 119.060 71 1.781
12 TJ - Roraima -0,683 215.720.418 48.886 59.218 53 1.309

28
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tabela 2: Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano-base 2017

Despesa Total Casos Casos Número de Força de Trabalho


Grupo Tribunal Escore*
da Justiça Novos Pendentes Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TRT 02ª Região - São Paulo 2,86 2.479.657.247 689.170 1.035.669 538 6.612
2 TRT 15ª Região - Campinas 1,74 1.577.078.378 550.615 691.766 416 4.770
1º Grupo:
3 TRT 01ª Região - Rio de Janeiro 1,61 1.991.250.576 468.220 593.062 330 5.122
Grande Porte
4 TRT 03ª Região - Minas Gerais 1,27 1.784.592.045 397.570 394.986 321 4.871
5 TRT 04ª Região - Rio Grande do Sul 1,04 1.572.215.495 324.745 458.613 292 4.149
1 TRT 09ª Região - Paraná 0,45 1.008.574.271 250.002 376.553 212 2.929
2 TRT 05ª Região - Bahia 0,41 1.067.153.137 221.437 333.045 214 3.031
3 TRT 06ª Região - Pernambuco 0,00 781.176.255 171.093 203.463 155 2.386
2º Grupo: 4 TRT 12ª Região - Santa Catarina -0,14 790.147.014 152.035 172.455 130 1.875
Médio Porte 5 TRT 18ª Região - Goiás -0,32 493.477.229 133.926 123.762 107 1.962
6 TRT 10ª Região - Distrito Federal e Tocantins -0,33 610.489.135 96.340 142.400 103 1.872
7 TRT 08ª Região - Pará e Amapá -0,34 579.669.428 125.223 103.077 116 1.666
8 TRT 07ª Região - Ceará -0,45 425.101.468 101.395 133.293 83 1.541
1 TRT 11ª Região - Amazonas e Roraima -0,59 439.959.975 82.042 64.532 61 1.286
2 TRT 13ª Região - Paraíba -0,64 438.813.459 62.528 52.152 70 1.052
3 TRT 23ª Região - Mato Grosso -0,64 298.482.293 62.527 73.701 81 1.093
4 TRT 17ª Região - Espírito Santo -0,66 309.974.291 68.025 65.616 66 1.106
5 TRT 16ª Região - Maranhão -0,67 210.815.928 69.651 117.716 57 1.033
3º Grupo:
6 TRT 14ª Região - Rondônia e Acre -0,71 359.349.248 44.963 38.793 62 985
Pequeno Porte
7 TRT 24ª Região - Mato Grosso do Sul -0,72 253.323.971 53.826 73.273 64 823
8 TRT 21ª Região - Rio Grande do Norte -0,73 274.719.312 54.913 66.196 55 889
9 TRT 19ª Região - Alagoas -0,75 217.433.528 50.915 80.396 52 796
10 TRT 20ª Região - Sergipe -0,83 173.028.905 42.493 64.003 36 650
11 TRT 22ª Região - Piauí -0,85 146.666.228 48.188 58.728 37 556

29
Relatório Justiça em Números 2018

Tabela 3: Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano-base 2017
Despesa Total Casos Casos Número de Força de Trabalho
Grupo Tribunal Escore*
da Justiça Novos Pendentes Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TRE - São Paulo 3,37 734.133.082 20.780 12.330 400 5.376
2 TRE - Minas Gerais 1,56 588.301.853 4.084 4.525 314 3.565
1º Grupo: 3 TRE - Bahia 1,51 291.508.690 11.547 17.600 207 2.574
Grande porte 4 TRE - Rio de Janeiro 1,25 504.198.823 10.042 11.444 172 2.017
5 TRE - Paraná 0,76 325.411.426 13.270 4.604 193 1.706
6 TRE - Rio Grande do Sul 0,54 325.505.355 8.269 5.112 172 1.677
1 TRE - Pernambuco 0,29 218.970.717 10.108 5.239 129 1.480
2 TRE - Pará 0,22 185.235.534 8.639 7.154 113 1.390
3 TRE - Maranhão 0,05 190.709.295 8.027 5.895 117 915
4 TRE - Ceará 0,01 206.059.016 4.400 4.093 116 1.613
2º grupo: 5 TRE - Goiás -0,06 154.102.522 7.188 6.508 99 871
Médio porte 6 TRE - Piauí -0,13 164.014.158 3.364 7.903 92 884
7 TRE - Santa Catarina -0,17 208.274.992 3.988 3.251 105 1.158
8 TRE - Sergipe -0,19 98.392.321 20.406 1.069 36 534
9 TRE - Paraíba -0,24 147.102.087 4.594 6.391 84 725
10 TRE - Rio Grande do Norte -0,287 93.699.143 5.287 7.568 65 734
1 TRE - Amazonas -0,43 136.418.435 2.427 6.097 67 560
2 TRE - Mato Grosso -0,49 120.332.330 3.375 4.294 65 678
3 TRE - Espírito Santo -0,53 129.965.048 3.371 3.806 57 625
4 TRE - Mato Grosso do Sul -0,63 119.826.018 2.922 2.084 56 728
5 TRE - Alagoas -0,67 117.449.666 3.435 2.515 49 436
3º grupo:
6 TRE - Tocantins -0,77 92.604.063 3.246 1.894 40 452
Pequeno porte
7 TRE - Rondônia -0,90 83.473.777 1.708 820 36 430
8 TRE - Distrito Federal -0,90 96.745.146 437 759 28 655
9 TRE - Acre -1,05 58.406.679 1.134 841 18 245
10 TRE - Amapá -1,06 53.891.742 728 1.105 17 267
11 TRE - Roraima -1,06 43.953.956 2.414 408 15 214

2.3 Infográficos
Neste tópico são apresentados, na forma de infográficos, os principais indicadores para o Poder Judiciário e por segmentos
de justiça, proporcionando uma visão geral dos recursos orçamentários e humanos, dos indicadores de litigiosidade, dos tempos
médios dos processos e das demandas mais recorrentes segundo classe e assunto. Para a visualização de cada tribunal, basta
utilizar o QR-code abaixo para acessar o painel do “Justiça em Números Digital” e selecionar a unidade desejada.

http://paineis.cnj.jus.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=qvw_l%2FPainelCNJ.qvw&host=QVS%40neodimio03&anonymous=true&shee-
t=shResumoDespFT

30
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Poder Judiciário
Despesa Total
R$ 90.846.325.160

Estagiários Despesas de
R$ 673.365.615 Capital
(0,8%) R$ 2.231.734.282
(25,7%)
Outras
R$ 2.800.649.498
(3,4%) Recursos Outras
Terceirizados Humanos Despesas
R$ 3.507.277.086 R$ 82.2 Milhões R$ 8.6 Milhões
90,5% 9,5%
(4,3%)
Benefícios
R$ 5.587.136.331
6,8% Pessoal e encargos Outras despesas correntes
R$ 69.609.869.913 R$ 6.436.292.434
(84,7%) (74,3%)

magistrado e servidor 1% 14% 65% 19%


cargo em comissão 1% 30% 49% 19% Informática
função comissionada 2% 23% 51% 24% R$ 2.207.995.675 (25,5%)
Superiores 2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 22.571 Cargos Existentes: 296.435

4.403 18.168 58.117 239.085**


Vagos Providos Vagos Providos

0% 13% 86% 1% 11% 66% 21%

Total: 448.964 2º grau


Tribunais
Superiores
Turmas
Recursais
Tribunais 1.724
1º grau 31.084 3.415
Superiores 13.843 Magistrados: 18.168 1º grau
162.012
75
Servidores: 272.093
Turmas Juizados -Efetivos: 235.053 Turmas Regionais
Recursais Especiais de Uniformização
1.701
-Cedidos/Requisitados: 21.039 Administrativa
Juizados
3.876 57.562 Especiais
-Sem vínculo Efetivo: 16.001 32
28.921
2º grau
2.452
Auxiliares: 158.703
Cargos em comissão
1% 24% 56% 19%
Funções comissionadas
3% 16% 56% 24%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
31
**incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
Relatório Justiça em Números 2018

Litigiosidade
Justiça Estadual Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Eleitoral

Movimentação processual

Casos novos 20.207.585  1,9% 4.321.842  1,4% 3.865.182  1,7% 169.190  -82,6%

Criminal 2.501.484  -8,5% - - 126.559  1,6% 4.246  -5,6%

Não-criminal 17.706.101  3,5% 4.321.842  1,4% 3.738.623  1,7% 164.944  -83,0%

Julgados 22.509.456  1,7% 4.622.521  7,0% 3.262.442  8,2% 403.772  -37,8%

Criminal 2.762.307  2,5% - - 73.452  0,9% 3.667  -7,1%

Não-criminal 19.747.149  1,6% 4.622.521  7,0% 3.188.990  8,4% 400.105  -38,0%

Baixados 21.688.091  4,4% 4.481.991  6,6% 3.738.569  11,8% 503.740  -14,3%

Criminal 2.841.585  -0,5% - - 134.687  4,1% 5.021  26,4%

Não-criminal 18.846.506  5,1% 4.481.991  6,6% 3.603.882  12,1% 498.719  -14,5%

Casos pendentes 63.482.535  0,4% 5.517.250  2,3% 10.305.148  2,6% 135.309  -69,3%

Criminal 7.396.592  -2,6% - - 212.976  -0,4% 9.774  -6,1%

Não-criminal 56.085.943  0,8% 5.517.250  2,3% 10.092.172  2,7% 125.535  -70,8%

Indicadores de produtividade

IAD (baixados/cn) 107%  2,54 p.p. 104%  5,03 p.p. 97%  8,77 p.p. 298%  237,28 p.p.

Taxa de congestionamento 75%  -0,73 p.p. 55%  -1,01 p.p. 73%  -1,64 p.p. 21%  -21,65 p.p.

Taxa de congest. líquida 72%  -1,29 p.p. 49%  -0,65 p.p. 60%  -2,61 p.p. 20%  -20 p.p.

Indicadores de gestão

Índice de conciliação 11%  -0,15 p.p. 25%  -1,02 p.p. 7%  2,77 p.p. 0,2%  -0,3 p.p.

Recorribilidade externa 8%  -0,56 p.p. 42%  -2,63 p.p. 21%  -9,9 p.p. 4,4%  -0,6 p.p.

Recorribilidade interna 7%  1,39 p.p. 14%  0,56 p.p. 12%  -0,4 p.p. 1,0%  -0,1 p.p.

Processos eletrônicos 78%  8,03 p.p. 96%  4,14 p.p. 74%  8,4 p.p. 11,4%  11,35 p.p.

Indicadores por magistrado

Casos novos 1.563  -0,4% 1.033  -2,0% 1.934  -7,1% 59  -80,4%

Carga de trabalho 7.435  -0,1% 3.207  4,3% 8.265  -1,6% 225  -29,9%

Carga de trabalho líquida 6.726  -1,8% 2.832  5,4% 5.563  -1,9% 223  -27,6%

Processos Julgados 1.914  0,1% 1.369  6,6% 1.849  1,6% 141  -29,8%

IPM (baixados) 1.844  2,6% 1.328  6,2% 2.119  4,9% 176  -3,2%

Indicadores por servidor da área judiciária

Casos novos 135  3,0% 116  0,4% 158  -0,2% 13  -82,0%

Carga de trabalho 642  3,2% 359  7,0% 675  5,7% 49  -35,8%

Carga de trabalho líquida 581  1,5% 317  8,0% 455  5,3% 49  -33,7%

IPS-Jud (baixados) 159  6,1% 149  8,8% 173  12,6% 39  -11,3%

32 p.p.: postos percentuais


JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Litigiosidade
Auditorias Militares
Justiça Militar Estadual Tribunais Superiores Total
da União

Movimentação processual

Casos novos 5.150  34,5% 1.572  -6,8% 543.058  3,9% 29.113.579  -1,0%

Criminal 3.616  42,1% 1.572  -6,8% 95.563  18,6% 2.733.040  -7,3%

Não-criminal 1.534  19,6% - - 447.495  1,3% 26.380.539  -0,3%

Julgados 4.853  -0,1% 1.185  -6,0% 635.809  2,7% 31.440.038  2,3%

Criminal 3.485  -1,8% 1.185  -6,0% 107.550  22,7% 2.951.646  3,1%

Não-criminal 1.368  4,4% - - 528.259  -0,6% 28.488.392  2,2%

Baixados 4.969  3,0% 958  -14,7% 599.582  9,6% 31.017.900  5,2%

Criminal 3.615  4,3% 958  -14,7% 106.116  29,9% 3.091.982  0,5%

Não-criminal 1.354  -0,1% - - 493.466  6,0% 27.925.918  5,8%

Casos pendentes 3.308  7,0% 2.078  5,8% 623.677  -9,2% 80.069.305  0,3%

Criminal 2.223  2,3% 2.078  5,8% 61.920  -12,4% 7.685.563  -2,6%

Não-criminal 1.085  18,1% - - 561.757  -8,9% 72.383.742  0,6%

Indicadores de produtividade

IAD (baixados/cn) 96%  -29,5 p.p. 61%  -5,62 p.p. 110%  5,66 p.p. 107%  6,28 p.p.

Taxa de congestionamento 40%  0,89 p.p. 68%  4,82 p.p. 51%  -4,67 p.p. 72%  -0,95 p.p.

Taxa de congest. líquida 39%  1,1 p.p. 67%  6,14 p.p. 47%  -4,5 p.p. 68%  -1,54 p.p.

Indicadores de gestão

Índice de conciliação - - - - 0,01% 0 p.p. 12%  0,17 p.p.

Recorribilidade externa 17%  -1,75 p.p. 6%  -2,19 p.p. 6%  -0,87 p.p. 11%  -1,38 p.p.

Recorribilidade interna 8%  1,21 p.p. - - 26%  0,56 p.p. 9%  1,18 p.p.

Processos eletrônicos 34%  0,65 p.p. 1%  0,95 p.p. 85%  -0,2 p.p. 80%  9,55 p.p.

Indicadores por magistrado

Casos novos 113  31,5% 31  -10,8% 7.196  4,4% 1.525  -4,2%

Carga de trabalho 213  0,5% 89  -1,7% 19.196  0,9% 6.742 0,0%

Carga de trabalho líquida 209  0,8% 86  1,3% 22.545  2,0% 5.893  -1,4%

Processos Julgados 118  -5,0% 35  -6,0% 8.421  3,0% 1.844  0,4%

IPM (baixados) 121  -2,0% 28  -14,7% 7.939  9,9% 1.819  3,3%

Indicadores por servidor da área judiciária

Casos novos 20  36,4% 4  -5,0% 167  6,4% 127  -0,7%

Carga de trabalho 37  4,3% 12  4,7% 445  2,9% 561  3,7%

Carga de trabalho líquida 37  4,6% 12  7,9% 435  4,1% 491  2,2%

IPS-Jud (baixados) 21  1,7% 4  -9,2% 184  12,1% 151  7,1%


p.p.: postos percentuais 33
Relatório Justiça em Números 2018

Justiça Estadual
Despesa Total
R$ 52.155.769.079

Despesas de
Capital
Estagiários R$ 1.085.974.583
R$ 513.256.260 (20,8%)
1,1%
Terceirizados Recursos Outras
R$ 2.179.605.753 Humanos Despesas
4,7%
R$ 46.7 Milhões R$ 5.2 Milhões
Outras 89,5% 10,5%
R$ 2.185.131.134
4,7%
Pessoal e encargos Outras despesas correntes
Benefícios R$ 38.219.141.732 R$ 4.146.697.753
R$ 3.570.605.658 81,9% 79,2%
7,7%

magistrado e servidor 14% 71% 15%


cargo em comissão 32% 50% 17% Informática
função comissionada 31% 44% 25% R$ 1.287.135.483 (23,5%)
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho

Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 16.143 Cargos Existentes: 205.183

3.726 12.417 54.630 150.577**


Vagos Providos Vagos Providos

14% 86% 11% 72% 18%

1º Grau
Total: 299.502 1º Grau

Magistrados: 12.417
20.141 Administrativa
Servidores: 174.208 2º Grau (Juizados Especiais)
1.480
(Turmas Recursais) -Efetivos: 149.598
2º Grau -Cedidos/Requisitados: 9.235
9.445 18.328 30.907
110.795
(1º grau) -Sem vínculo Efetivo: 15.375 (1º grau)

1.737 Auxiliares: 112.877

817
2.994 (Turmas Recursais)
(Juizados Especiais) Cargos em comissão
23% 60% 17%
Funções comissionadas
17% 59% 25%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
34 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tempo médio do processo baixado na Justiça Estadual

Justiça Comum Juizados Especiais

2º grau Turmas Recursais


11 meses 8 meses

Execução Judicial Execução Judicial


1º grau Juizados Especiais
3 anos e 10 meses 2 anos e 3 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial Conhecimento Execução Extrajudicial


1º grau 1º grau Juizados Especiais Juizados Especiais
3 anos e 7 meses 7 anos e 9 meses 1 ano e 9 meses 1 ano e 8 meses

Fiscal Não fiscal


8 anos e 5 meses 4 anos e 11 meses

Tempo da
Sentença

8 meses 6 meses
2 anos 6 meses 10 meses
6 anos 4 meses 1 ano 3 meses

Tempo da
Baixa

11 meses 8 meses
3 anos 7 meses 1 ano 9 meses
6 anos 10 meses 1 ano 11 meses

Tempo do
Pendente

3 anos 1 ano 8 meses


4 anos 4 meses 2 anos 10 meses
7 anos 2 anos 1 mês

2º Grau Turma Recursal


Conhecimento 1º Grau Conhecimento
Execução 1º Grau Execução
35
Relatório Justiça em Números 2018

Movimentação Processual
Criminal: 549.001
Não Criminal: 1.806.76
Criminal: 1.232.229
2ºGrau: 2.355.761
Não Criminal: 6.062.74
Conhecimento: 7.294.969
1ºGrau: 12.176.998 Criminal: 338.722
Casos Novos:
20.207.585 Execução: 4.882.029 Não Criminal: 4.543.307
Juizados Especiais: 4.916.093 Criminal: 353.817
Conhecimento: 4.062.622
Não Criminal: 3.708.805
Turmas Recursais: 758.733 Execução: 853.471
Criminal: 8.436
Não Criminal: 845.035
Criminal: 19.279
Não Criminal: 739.454

Criminal: 540.797
Não Criminal: 1.773.642
Criminal: 1.248.148
2ºGrau: 2.314.439
Não Criminal: 8.340.465
Conhecimento: 9.588.613
1ºGrau: 13.624.058 Criminal: 340.885
Sentenças:
22.509.456 Execução: 4.035.445 Não Criminal: 3.694.56
Juizados Especiais: 5.918.876 Criminal: 589.061
Conhecimento: 5.083.499
Turmas Recursais: 652.083 Não Criminal: 4.494.438
Execução: 835.377
Criminal: 25.896
Não Criminal: 809.481
Criminal: 17.52
Não Criminal: 634.563

Criminal: 547.837
Não Criminal: 1.690.962
Criminal: 1.505.987
2ºGrau: 2.238.799
Não Criminal: 7.239.564
Conhecimento: 8.745.551
1ºGrau: 13.039.659 Criminal: 238.842
Baixados:
21.688.091 Execução: 4.294.108 Não Criminal: 4.055.266
Juizados Especiais: 5.702.34 Criminal: 519.238
Conhecimento: 4.811.961
Não Criminal: 4.292.723
Turmas Recursais: 707.293 Execução: 890.379
Criminal: 10.325
Não Criminal: 880.054
Criminal: 19.356
Não Criminal: 687.937

Criminal: 340.76
Não Criminal: 1.793.859
Criminal: 4.917.21
2ºGrau: 2.134.619
Não Criminal: 16.273.889
Conhecimento: 21.191.099
Criminal: 1.399.356
Pendentes: 1ºGrau: 54.939.944
63.482.535 Execução: 33.748.845 Não Criminal: 32.349.489

Juizados Especiais: 5.862.09 Conhecimento: 4.723.415 Criminal: 707.175


Turmas Recursais: 545.882 Execução: 1.138.675 Não Criminal: 4.016.24
Criminal: 20.974
Não Criminal: 1.117.701
Criminal: 11.117
Não Criminal: 534.765

36
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais Total


Força de Trabalho
Magistrados 1.737 9.445 1.480 2.994 12.417
Servidores Jud. 18.328 110.795 817 20.141 143.301
Movimentação Processual
Estoque 2.134.619 54.939.944 545.882 5.862.090 63.482.535
Casos Novos 2.355.761 12.176.998 12.176.998 4.916.093 20.207.585
Julgados 2.314.439 13.624.058 652.083 5.918.876 22.509.456
Baixados 2.238.799 13.039.659 4.916.093 5.702.340 21.688.091

Indicadores de Produtividade
IAD 95,0% 107,1% 93,2% 116,0% 107,3%
Taxa Congest. 48,8% 80,8% 43,6% 50,7% 74,5%
Conhecimento não se aplica 70,8% não se aplica 49,5% 65,7%
Execução não se aplica 88,7% não se aplica 56,1% 87,1%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 1.356 1.226 515 1.502 1.563
Carga de Trab. 2.877 7.812 917 4.078 7.435
Proc. Julgados 1.332 1.540 442 2.008 1.914
Proc. Baixados 1.289 1.474 480 1.935 1.844
Indicadores por Servidor
Casos Novos 133 103 971 231 135
Carga de Trab. 283 657 1.731 627 642
Proc. Baixados 127 124 906 298 159

37
Relatório Justiça em Números 2018

Justiça do Trabalho
Despesa Total
R$ 18.283.148.816

Estagiários
Despesas de
R$ 38.151.077
Capital
0,2%
R$ 339.014.703
Outras
(30,9%)
R$ 337.653.074
2,0% Recursos Outras
Terceirizados
Humanos Despesas
R$ 370.319.509 R$ 17.2 Milhões R$ 1.1 Milhão
2,2% 94% 6%

Benefícios
R$ 919.177.224
5,3% Pessoal e encargos Outras despesas correntes
R$ 15.521.103.482 R$ 757.729.747
90,3% 69,1%

magistrado e servidor 21% 57% 22%


cargo em comissão 37% 45% 18% Informática
função comissionada 25% 55% 20% R$ 135.877.439 (12,4%)
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 3.930 Cargos Existentes: 40.998

272 3.658 1.687 39.585**


Vagos Providos Vagos Providos
15% 85% 18% 59% 23%

1º Grau Total: 56.713 1º Grau


Magistrados: 3.658 2º Grau Administrativa
Servidores: 40.712
2º Grau -Efetivos: 38.376
-Cedidos/Requisitados: 2.166 7.443 23.887 9.382
-Sem vínculo Efetivo: 170
556 3.102
Auxiliares: 12.343

Cargos em comissão
36% 45% 19%
Funções comissionadas
23% 57% 20%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
38 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tempo médio do processo baixado na Justiça do Trabalho

2º grau
8 meses

Execução Judicial
1º grau
2 anos e 10 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial


1º grau 1º grau
11 meses 5 anos e 4 meses

Fiscal Não fiscal


6 anos e 3 meses 4 anos e 3 meses

Tempo da Sentença Tempo da Baixa

5 meses 8 meses
8 meses 11 meses
2 anos 5 meses 2 anos 11 meses

Tempo do Pendente

10 meses
1 ano 2 meses
4 anos 3 meses

2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau


39
Relatório Justiça em Números 2018

Movimentação Processual

2ºGrau: 841.475

Casos Novos: Conhecimento: 2.631.46


4.321.842 1ºGrau: 3.480.367

Execução: 848.907

2ºGrau: 1.017.934

Sentenças: Conhecimento: 2.835.014


4.622.521 1ºGrau: 3.604.587

Execução: 769.573

2ºGrau: 736.337

Baixados: Conhecimento: 2.924.606


4.481.991 1ºGrau: 3.745.654

Execução: 821.048

2ºGrau: 746.233

Conhecimento: 2.338.281

Pendentes:
5.517.25 1ºGrau: 4.771.017

Execução: 2.432.736

40
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

2º Grau 1º Grau Total


Força de Trabalho
Magistrados 556 3.102 3.658
Servidores Jud. 7.443 23.887 31.330
Movimentação Processual
Estoque 746.233 4.771.017 5.517.250
Casos Novos 841.475 3.480.367 4.321.842
Julgados 1.017.934 3.604.587 4.622.521
Baixados 736.337 3.745.654 4.481.991
Indicadores de Produtividade
IAD 87,5% 107,6% 103,7%
Taxa Congest. 50,3% 56,0% 55,2%
Conhecimento não se aplica 44,4% 44,4%
Execução não se aplica 74,8% 74,8%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 1.513 938 1.033
Carga de Trab. 3.040 3.240 3.207
Proc. Julgados 1.831 1.278 1.369
Proc. Baixados 1.324 1.328 1.328
Indicadores por Servidor
Casos Novos 117 115 116
Carga de Trab. 236 398 359
Proc. Baixados 103 163 149

41
Relatório Justiça em Números 2018

Justiça Federal
Despesa Total
R$ 11.261.426.849

Estagiários
R$ 68.715.852 Despesas de
0,7% Capital
R$ 363.013.068
Outras
(39,6%)
R$ 174.405.143
Recursos Outras
1,7%
Humanos Despesas
Terceirizados
R$ 10.3 Milhões R$ 0.9 Milhão
R$ 439.075.522
91,9% 8,1%
4,2%
Benefícios
R$ 590.443.776 Outras despesas
Pessoal e encargos
5,7% correntes
R$ 9.072.025.127
87,7% R$ 553.748.360
(60,4%)

magistrado e servidor 10% 70% 20%


cargo em comissão 28% 56% 15%
Informática
função comissionada 13% 66% 21%
R$ 273.195.586 (29,8%)
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho

Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 2.332 Cargos Existentes: 28.153

393 1.939 620 27.533*


Vagos Providos Vagos Providos

7% 93% 12% 65% 23%

1º Grau Total: 47.989


1º Grau
Magistrados: 1.939 Administrativa
Servidores: 28.677 2º Grau
2º Grau 1.238 -Efetivos: 26.538
(1º grau) -Cedidos/Requisitados: 1.970 3.505 14.871 6.459
(1º grau)
138 882 -Sem vínculo Efetivo: 169
(Juizados Especiais)
Auxiliares: 17.373 8.780
32 (Juizados Especiais)

(Turmas Regionais de Uniformização)


907
(Turmas Recursais)
221
(Turmas Recursais)
Cargos em comissão
33% 52% 15%
Funções comissionadas
14% 63% 23%

*incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.


42
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tempo médio do processo baixado na Justiça Federal

Justiça Comum Juizados Especiais

2º grau Turmas Recursais


2 anos e 9 meses 1 ano e 8 meses

Execução Judicial Execução Judicial


1º grau Juizados Especiais
5 anos e 4 meses 4 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial Conhecimento


1º grau 1º grau Juizados Especiais
3 anos e 8 meses 6 anos e 9 meses 1 ano e 2 meses

Fiscal Não fiscal


6 anos e 11 meses 4 anos e 10 meses

Tempo da
Sentença

1 ano 11 meses 1 ano 3 meses


2 anos 4 meses 9 meses
6 anos 2 meses

Tempo da
Baixa

2 anos 9 meses 1 ano 8 meses


3 anos 8 meses 1 ano 2 meses
6 anos 4 meses 4 meses

Tempo do
Pendente

3 anos 4 meses 3 anos 9 meses


4 anos 9 meses 1 ano 9 meses
8 anos 1 ano 2 meses

2º Grau Turma Recursal


Conhecimento 1º Grau Conhecimento
Execução 1º Grau Execução
43
Relatório Justiça em Números 2018

Movimentação Processual
Criminal: 24.324
Não Criminal: 427.735
Criminal: 90.911
2ºGrau: 452.059 Não Criminal: 394.221
Conhecimento: 485.132 Criminal: 9.448
1ºGrau: 1.093.927 Não Criminal: 599.347
Execução: 608.795
Casos Novos: Execução: 363.558 Criminal: 1.568
3.865.182 Juizados Especiais: 1.882.504 Conhecimento: 1.518.946
Não Criminal: 1.517.378
Turmas Recursais: 431.739
Criminal: 308
Turma Regional de Uniformização: 4.953 Não Criminal: 431.431

Criminal: 22.002
Não Criminal: 505.83
Criminal: 46.547
2ºGrau: 527.832 Não Criminal: 314.533
Conhecimento: 361.08 Criminal: 3.238
1ºGrau: 796.346 Execução: 435.266 Não Criminal: 432.028
Sentenças: Execução: 24.589 Criminal: 1.312
3.262.442 Juizados Especiais: 1.452.594 Conhecimento: 1.428.005
Não Criminal: 1.426.693
Turmas Recursais: 479.98
Criminal: 353
Turma Regional de Uniformização: 5.69 Não Criminal: 479.627

Criminal: 22.875
Não Criminal: 457.166
Criminal: 103.153
2ºGrau: 480.041 Não Criminal: 428.925
Conhecimento: 532.078 Criminal: 5.822
1ºGrau: 968.677 Não Criminal: 430.777
Execução: 436.599
Baixados: Execução: 253.247 Criminal: 2.493
3.738.569 Juizados Especiais: 1.680.529 Conhecimento: 1.427.282 Não Criminal: 1.424.789
Turmas Recursais: 603.378 Criminal: 344
Turma Regional de Uniformização: 5.944 Não Criminal: 603.034

Criminal: 31.43
Não Criminal: 1.131.867
Criminal: 153.203
2ºGrau: 1.163.297 Não Criminal: 860.384
Conhecimento: 1.013.587 Criminal: 24.494

1ºGrau: 6.063.539 Não Criminal: 5.025.458


Pendentes: Execução: 5.049.952
10.305.148
Execução: 253.247
Juizados Especiais: 2.202.894 Conhecimento: 2.144.313 Criminal: 3.666
Turmas Recursais: 871.01 Não Criminal: 2.140.647
Turma Regional de Uniformização: 4.408 Criminal: 183
Não Criminal: 870.827

44
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais Total


Força de Trabalho
Magistrados 138 1.238 221 882 1.939
Servidores Jud. 3.505 14.871 907 8.780 22.218
Movimentação Processual
Estoque 1.163.297 6.063.539 871.010 2.202.894 10.305.148
Casos Novos 452.059 1.093.927 1.093.927 1.882.504 3.865.182
Julgados 527.832 796.346 479.980 1.452.594 3.262.442
Baixados 480.041 968.677 1.882.504 1.680.529 3.738.569
Indicadores de Produtividade
IAD 106,2% 88,6% 139,8% 89,3% 96,7%
Taxa Congest. 70,8% 86,2% 59,1% 56,7% 73,4%
Conhecimento não se aplica 65,6% não se aplica 60,0% 61,7%
Execução não se aplica 92,0% não se aplica 19,7% 88,1%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 3.276 917 2.027 1.768 1.934
Carga de Trab. 13.869 6.535 7.348 4.588 8.265
Proc. Julgados 3.825 728 2.253 1.691 1.849
Proc. Baixados 3.479 885 2.833 1.956 2.119
Indicadores por Servidor
Casos Novos 132 69 488 178 158
Carga de Trab. 561 495 1.770 463 675
Proc. Baixados 141 67 683 197 173

45
Relatório Justiça em Números 2018

Justiça Eleitoral
Despesa Total
R$ 5.488.685.876

Estagiários Despesas de
R$ 38.795.375 Capital
0,8% R$ 96.954.287
Outras (17,3%)
R$ 61.205.171
1,2%
Terceirizados Recursos Outras
R$ 218.658.883 Humanos Despesas
4,4% R$ 4.9 Milhões
R$ 0.6 Milhão
Benefícios 89,8%
10,2%
R$ 298.035.381
6,0%
Pessoal e encargos Outras despesas
R$ 4.313.033.600 correntes
87,5% R$ 462.003.179
(82,7%)

magistrado e servidor 13% 43% 44%


cargo em comissão 28% 72% Informática
função comissionada 10% 60% 30% R$ 162.583.591 (29,1%)
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 2.862 Cargos Existentes: 14.944

2.862 379 14.773**


Providos Vagos Providos

7% 93% 8% 56% 36%

1º Grau Total: 35.371 1º Grau


Magistrados: 2.862 Administrativa

Servidores: 21.539 2º Grau


2º Grau
-Efetivos: 14.345
-Cedidos/Requisitados: 7.094 1.707 12.066 7.766
193 2.669 -Sem vínculo Efetivo: 100
Auxiliares: 10.970

Cargos em comissão
28% 0% 72%
Funções comissionadas
8% 61% 31%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
46 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tempo médio do processo baixado na Justiça Eleitoral

2º grau
11 meses

Conhecimento Execução Fiscal


1º grau 1º grau
8 meses 3 anos e 4 meses

Tempo da Sentença Tempo da Baixa

10 meses 11 meses
8 meses
3 anos 4 meses

Tempo do Pendente

1 ano 7 meses

2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau

47
Relatório Justiça em Números 2018

Movimentação Processual
Criminal: 675
Não Criminal: 27.008
2ºGrau: 27.683
Criminal: 3.571

Casos Novos:
169.19 1ºGrau: 141.507 Conhecimento: 141.009 Não Criminal: 137.438

Execução: 498
Criminal: 625
Não Criminal: 21.763
2ºGrau: 22,388 Criminal: 3.042

Sentenças: Conhecimento: 380,543 Não Criminal: 377.501


403.772 1ºGrau: 381,384

Execução: 841

Criminal: 615
Não Criminal: 19.978
2ºGrau: 20.593 Criminal: 4.406

Baixados: Conhecimento: 482.12 Não Criminal: 477.714


1ºGrau: 483.147
503.74

Execução: 1.027

Criminal: 521
Não Criminal: 17.236
2ºGrau: 17.757
Criminal: 9.253

Pendentes:
1ºGrau: 117.552 Conhecimento: 114.661 Não Criminal: 105.408
135.309

Execução: 2.891

48
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

2º Grau 1º Grau Total


Força de Trabalho
Magistrados 2.862
Servidores Jud. 1.707 12.066 13.773
Movimentação Processual
Estoque 17.757 117.552 135.309
Casos Novos 27.683 141.507 169.190
Julgados 22.388 381.384 403.772
Baixados 20.593 483.147 503.740
Indicadores de Produtividade
IAD 74,4% 341,4% 297,7%
Taxa Congest. 46,3% 19,6% 21,2%
Conhecimento não se aplica 19,2% 19,2%
Execução não se aplica 73,8% 73,8%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 143 53 59
Carga de Trab. 217 226 225
Proc. Julgados 116 143 141
Proc. Baixados 107 181 176
Indicadores por Servidor
Casos Novos 17 12 13
Carga de Trab. 26 53 49
Proc. Baixados 13 42 39

49
Relatório Justiça em Números 2018

Justiça Militar Estadual


Despesa Total
R$ 151.643.393

Estagiários
R$ 613.985
0,4%
Outras Despesas de
R$ 4.052.633 Capital
2,9% R$ 4.444.180
Terceirizados Recursos (35,7%) Outras
R$ 2.509.175 Humanos Despesas
1,8% R$ 139.2 Mil R$ 12.4 Mil
Benefícios 91,8% 8,2%
R$ 9.758.108 Outras despesas
7,0% correntes
Pessoal e encargos
R$ 7.990.994
R$ 122.274.317 (64,3%)
87,8%

magistrado e servidor 33% 37% 30%


cargo em comissão 39% 22% 39% Informática
função comissionada 13% 11% 76% R$ 2.474.865 (19,9%)
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 53 Cargos Existentes: 406

12 41 85 321*
Vagos Providos Vagos Providos

51% 49% 25% 35% 40%

2º Grau 1º Grau
Total: 560
1º grau Administrativa
Magistrados: 41 2º grau
Servidores: 405
-Efetivos: 317
-Cedidos/Requisitados: 37 101 142 162
21 20 -Sem vínculo Efetivo: 51
Auxiliares: 114

Cargos em comissão
36% 28% 36%
Funções comissionadas
45% 36% 18%

*incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.


50
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Movimentação Processual

Criminal: 1.985
2ºGrau: 2.603

Não Criminal: 618


Casos Novos:
5.15
Criminal: 1.225
Conhecimento: 2.031
1ºGrau: 2.547
Não Criminal: 806
Execução: 516
Criminal: 406
Não Criminal: 110

Criminal: 2.57
2ºGrau: 3.137

Sentenças:
4.853 Não Criminal: 567

Criminal: 915
1ºGrau: 1.716 Conhecimento: 1.685

Criminal: 770
Execução: 31
Não Criminal: 31

Criminal: 2.539
2ºGrau: 3.09

Baixados:
4.969 Não Criminal: 551

Criminal: 1.076
1ºGrau: 1.879 Conhecimento: 1.853

Não Criminal: 777


Execução: 26
Não Criminal: 26

Criminal: 462

2ºGrau: 850 Não Criminal: 388

Criminal: 1.012
Pendentes: Conhecimento: 1.567
3.308
1ºGrau: 2.458 Não Criminal: 555

Execução: 891 Criminal: 749

Não Criminal: 142

51
Relatório Justiça em Números 2018

Superior Tribunal de Justiça


Despesa Total
R$ 1.369.230.689

Estagiários
R$ 6.443.964
0,5%
Outras
R$ 11.926.426
0,9% Despesas de
Capital
Benefícios
R$ 25.197.082
R$ 101.496.255 Recursos (33%)
7,9% Outras
Humanos
Despesas
R$ 1.3 Milhão
R$ 76.3 Mil
Terceirizados 94,4%
5,6%
R$ 131.029.424
10,1% Outras despesas
Pessoal e encargos correntes
R$ 1.042.022.798 R$ 51.114.739
80,6% 67%

Informática
R$ 50.478.823 (66,1%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 33 Cargos Existentes: 2.930

33 176 2.754*
Providos Vagos Providos

Total: 5.175
Ministros: 33
Servidores: 2.875
-Efetivos: 2.629
-Cedidos/Requisitados: 183
-Sem vínculo Efetivo: 63
Auxiliares: 2.267

*incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.


52
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Tribunal Superior do Trabalho


Despesa Total
R$ 1.019.234.350

Estagiários
R$ 4.764.472
0,6%
Outras
R$ 15.814.560
Despesas de
1,9%
Capital
Benefícios R$ 82.483.399
R$ 59.829.974 Recursos (44,1%) Outras
7,2% Humanos Despesas
Terceirizados R$ 0.8 Milhão R$ 187.2 Mil
R$ 69.703.003 81,6% 18,4%
8,4% Outras despesas
correntes
Pessoal e encargos
R$ 104.754.307
R$ 681.884.635 (55,9%)
82,0%

Informática
R$ 136.068.162 (72,7%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 27 Cargos Existentes: 2.123

27 150 1.973*
Providos Vagos Providos

Total: 3.589
Magistrados: 27
Servidores: 2.147
-Efetivos: 1.809
-Cedidos/Requisitados: 293
-Sem vínculo Efetivo: 45
Auxiliares: 1.415

*incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.


53
Relatório Justiça em Números 2018

Tribunal Superior Eleitoral


Despesa Total
R$ 643.672.154

Estagiários
R$ 803.769 Despesas de
0,2% Capital
Outras R$ 10.730.608
R$ 3.876.626 (3,8%)
1,1%
Benefícios
R$ 23.209.601 Recursos Outras
6,4%
Humanos Despesas
R$ 361.6 Mil R$ 282 Mil
56,2% 43,8%
Terceirizados
R$ 71.438.711 Outras despesas
19,8% correntes
Pessoal e encargos
R$ 262.295.785 R$ 271.317.055
72,5% (96,2%)

Informática
R$ 152.878.720 (54,2%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores*
Cargos Existentes: 14 Cargos Existentes: 897

14 0 923*
Providos Vagos Providos

Total: 2.071
Ministros: 14
Servidores: 866
-Efetivos: 800
-Cedidos/Requisitados: 49
-Sem vínculo Efetivo: 17
Auxiliares: 1.191

*O Tribunal informou haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
54 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Justiça Militar da União


Despesa Total
R$ 473.513.955

Despesas de
Estagiários Capital
R$ 1.820.860 R$ 4.843.652
0,4% (9,8%)
Outras
R$ 6.584.731
1,6% Recursos Outras
Benefícios Humanos Despesas
R$ 14.580.354 R$ 424 Mil
3,4% R$ 49.5 Mil
89,5%
10,5%
Terceirizados
R$ 24.937.107
5,9% Pessoal e encargos
Outras despesas
R$ 376.088.436 correntes
88,7%
R$ 44.658.815
(90,2%)

magistrado e servidor 58% 42%


cargo em comissão 68% 32%
Informática
R$ 7.303.008 (14,8%)
função comissionada 43% 57%
2º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 53 Cargos Existentes: 801

53 0 801*
Providos Vagos Providos

28% 72% 20% 38% 42%

Total: 1002
Auditorias Militares
Ministros: 15 Autitorias Militares Administrativa
Juízes: 38 STM
STM
Servidores: 796
-Efetivos: 744
15 132 251 413
38 -Cedidos/Requisitados: 20
-Sem vínculo Efetivo: 32
Auxiliares: 153

Cargos em comissão
38% 21% 41%
Funções comissionadas
37% 2% 61%

*incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.


55
Relatório Justiça em Números 2018

3 Recursos financeiros e humanos


Esta seção apresenta dados sobre recursos orçamentários e humanos do Poder Judiciário, com informações sobre despesas,
receitas e força de trabalho.

3.1 Despesas e receitas totais


No ano de 2017, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 90,8 bilhões, o que representou um crescimento de
4,4% em relação ao último ano, e uma média de 4,1% ao ano desde 2011.3 O aumento em 2017 foi ocasionado, especialmente,
em razão da variação na rubrica das despesas com recursos humanos (4,8%). As despesas de custeio cresceram 16,2% e as
outras despesas correntes tiveram redução de 3,9%.
Ressalte-se que nos últimos 6 anos (2011-2017), o volume processual também cresceu em proporção próxima às despesas,
com elevação média de 3,4% ao ano na quantidade de processos baixados e de 4% no volume do acervo, acompanhando a
variação nas despesas.
As despesas totais do Poder Judiciário correspondem a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou a 2,6% dos gastos
totais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Em 2017, o custo pelo serviço de Justiça foi de R$ 437,47
por habitante, R$ 15,2 a mais do que no último ano, conforme apresentado na Figura 204.
Cabe informar que 15,8% das despesas são referentes a gastos com inativos, com o Judiciário cumprindo o papel previ-
denciário no pagamento de aposentadorias e pensões5. Descontadas tais despesas, o gasto efetivo para o funcionamento do
Poder Judiciário é de R$ 76,5 bilhões; a despesa por habitante é de R$ 368,22; e 1,2% do PIB.
A despesa da Justiça Estadual, segmento que abrange 79% dos processos em tramitação, corresponde a aproximadamente
57% da despesa total do Poder Judiciário (Figura 23). Na Justiça Federal, a relação é de 13% dos processos para 12% das des-
pesas, e na Justiça Trabalhista, 7% dos processos e 20% das despesas.
Em 2017 houve elevação dos gastos por habitante em todos os segmentos de justiça, à exceção dos Tribunais Superiores,
tendo sido verificada redução no STJ, no STM e no TSE, este último em maior escala em razão do ano de 2017 não ser eleitoral.

Figura 20: Série histórica das despesas por habitante


500
437,47
423,38 422,25
402,92 395,02 408,14
400 378,87
368,22
336,50 348,57
324,84 333,11
294,46
300 257,63 267,34
227,84
191,38
200 173,58

100

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Despesas por habitante (total)
Despesas por habitante (sem inativos)

3 Para análise do crescimento das despesas, deve-se considerar o período de 2011 a 2017, tendo em vista que, nos anos anteriores a 2011, o SIESPJ ainda não era
regulamentado para a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar, o STJ, o STM e o TSE.
4 Todas as variáveis de recursos financeiros calculadas neste Relatório estão deflacionadas segundo o IPCA, na data-base de 31/12/2017.
5 Em alguns tribunais os inativos são pagos por fundos e não compõem o orçamento do tribunal. Neste caso, os gastos não estão computados.
56
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 21: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de justiça.
Estadual Superiores

300 20
18,35
17,55 17,58 17,76
251,16 17,03 16,88
239,78 16,12
240 220,70 224,52 16
240,76
13,77
192,69 217,82 193,97 219,26 12,77 12,52
180,03 204,88
180 198,20 12 11,36
153,58 10,09
168,81 9,43 9,45
124,22
146,53
120 8
99,66
113,66

60 4
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral

90 86,77 87,98 88,04 30 29,05


84,29 84,37 28,34
27,08
86,08 84,47 84,81 84,50 26,30 26,43
26,12
72 66,36 24 24,45 21,76 22,16
63,53
20,14
63,61 18,29
54 52,09 18
55,32 15,78 18,80
46,36
42,14 17,20
49,21
44,29
36 12

18 6
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


60 2,10 2,02
1,96
53,43 54,23 1,89 1,86 1,90 1,89
52,36 51,64 1,84
51,05 49,88
52,32 52,01 47,39
48 50,35 1,68
43,55
1,42
44,06
1,31 1,31
36 34,59 38,38 1,26 1,16 1,20
31,70 1,15
28,87 33,07 0,94
30,57
24 0,84

12 0,42
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Despesas por habitante (total)


Despesas por habitante (sem inativos)

57
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 22: Despesas por habitante, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
sem Inativos Total sem Inativos Total
235,6 TJSP 262,3 21,7 TRE−RJ 30,2
177,5 TJRS 258,8 23,9 TRE−RS 28,7
254,0 TJRJ 254,0 24,8 TRE−PR 28,7
178,4 TJMG 240,3 23,4 TRE−MG 27,9
205,7 TJPR 236,4 16,5 TRE−BA 19,0
737,5 TJDFT 880,6 13,0 TRE−SP 16,3
368,8 TJMT 426,1 40,7 TRE−PI 50,9
269,7 TJSC 304,6 37,8 TRE−SE 43,0
252,3 TJES 303,5 32,4 TRE−PB 36,5
182,3 TJBA 234,5 25,1 TRE−SC 29,7
192,7 TJGO 227,0 24,5 TRE−MA 27,2
186,9 TJMA 186,9 20,4 TRE−RN 26,7
167,7 TJPE 167,9 18,4 TRE−PE 23,1
124,8 TJPA 139,2 19,2 TRE−CE 22,8
109,3 TJCE 125,3 19,6 TRE−GO 22,7
451,2 TJAP 458,6 19,2 TRE−PA 22,1
408,0 TJRR 412,8 77,5 TRE−RR 84,1
329,9 TJRO 377,6 65,7 TRE−AC 70,4
374,2 TJTO 374,2 65,4 TRE−AP 67,6
360,3 TJMS 360,3 56,3 TRE−TO 59,7
302,2 TJAC 349,0 42,8 TRE−RO 46,2
319,2 TJRN 319,7 38,3 TRE−MS 44,2
236,0 TJSE 239,5 31,7 TRE−MT 36,0
214,6 TJPB 216,1 31,9 TRE−AL 34,8
164,9 TJAM 204,8 31,2 TRE−AM 33,6
183,5 TJPI 191,7 29,1 TRE−ES 32,4
114,9 TJAL 152,3 23,7 TRE−DF 31,8
219,3 Estadual 251,2 22,2 Eleitoral 26,4

Trabalho Superiores
sem Inativos Total sem Inativos Total
97,3 TRT4 138,9 4,8 STJ 6,6
78,8 TRT1 119,1 3,6 TST 4,9
81,6 TRT2 108,1 2,8 3,1
TSE
59,8 TRT3 84,5
1,3 STM 2,3
56,9 TRT15 71,2
98,3 133,0 12,5 Superiores 16,9
TRT10
79,9 TRT12 112,9
72,9 TRT9 89,1 Federal
sem Inativos Total
61,3 TRT6 82,5
71,7 TRF2 84,6
64,8 TRT18 72,8
63,8 TRF4 72,1
50,9 TRT5 69,5
43,9 TRT8 63,3 48,7 TRF3 55,3
33,8 TRT7 47,1 41,9 TRF5 47,3
110,7 TRT14 136,4 36,1 TRF1 41,5
86,2 TRT13 109,0 47,4 54,2
Federal
66,7 TRT11 95,9
83,9 TRT24 93,4 Militar Estadual
81,0 TRT23 89,2 sem Inativos Total
65,1 TRT21 78,3 1,7 2,7
TJMRS
69,1 TRT17 77,2
1,7 TJMMG 2,5
66,4 TRT20 75,6
57,8 64,4 1,2 TJMSP 1,5
TRT19
43,0 45,6 1,4 Militar 2,0
TRT22 Estadual
27,2 TRT16 30,1
66,4 Trabalho 88,0 368,2 Poder
Judiciário 437,5

58
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 23: Despesa total por ramo de justiça, em 2017


Justiça Estadual
52.155.769.079
57,4%
Justiça Militar Estadual
151.643.393
0,2%

Tribunais Superiores
3.505.651.148
3,9%

Justiça Eleitoral
Justiça do Trabalho 5.488.685.876
Justiça Federal
18.283.148.816 6,0%
11.261.426.849
20,1%
12,4%

Os gastos com recursos humanos são responsáveis por aproximadamente 90% da despesa total e compreendem, além da
remuneração com magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e assistências devidos,
tais como auxílio-alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao montante destas despesas, elas serão detalhadas
na próxima seção. Os 10% de gastos restantes referem-se às despesas de capital (2,5%) e outras despesas correntes (7,1%),
que somam R$ 2,2 bilhões e R$ 6,4 bilhões, respectivamente.
A série histórica de gastos com informática apresentou tendência de crescimento entre os anos de 2009 e 2014 e se manteve
estável, com sutis oscilações, nos últimos 3 anos. Em particular, no ano de 2017 houve redução de 4,1%, apesar do crescimento
médio de 13,8% desde 2009. As despesas de capital, apresentaram comportamento crescente entre os anos de 2009 a 2012,
quando iniciou a tendência de queda, observada até 2015. Desde então, tais despesas têm se mantido relativamente estáveis,
com elevação de 16,2% no último ao ano (Figura 24). Essas despesas abrangem a aquisição de veículos, de equipamentos e
de programas de informática, de imóveis e outros bens permanentes, além das inversões financeiras.

Figura 24: Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 4,0

R$ 3,38
R$ 3,4
R$ 2,97
R$ 2,86 R$ 2,88
Bilhões de R$

R$ 2,8 R$ 2,55
R$ 2,30 R$ 2,23
R$ 2,19
R$ 2,10 R$ 2,08
R$ 2,2 R$ 1,91 R$ 1,92
R$ 2,21
R$ 1,57 R$ 1,95 R$ 1,92
R$ 1,6
R$ 1,16
R$ 1,05
R$ 1,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Despesas com informática


Despesas com capital

59
Relatório Justiça em Números 2018

Apesar da expressiva despesa do Poder Judiciário, os cofres públicos receberam durante o ano de 2017, em decorrência da
atividade jurisdicional, cerca de R$ 48,43 bilhões - retorno da ordem de 53% das despesas efetuadas. Esse foi o segundo maior
montante auferido na série histórica, abaixo apenas do ano de 2015. Em quatro dos nove anos da série histórica a arrecadação
superou o patamar de 50%, sendo 2017 um deles (Figura 25).
Computam-se na arrecadação os recolhimentos com custas, fase de execução, emolumentos e eventuais taxas (R$ 9,8
bilhões, 20,3% da arrecadação), as receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos judiciais (R$
5,2 bilhões, 10,7%), a execução fiscal (R$ 30,2 bilhões, 62,5%), a execução previdenciária (R$ 2,7 bilhões, 5,5%), a execução
das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (R$ 13,7 milhões, 0,%) e a receita de imposto
de renda (R$ 492,3 milhões, 1%).
A Justiça Federal é a responsável pela maior parte das arrecadações: 53% do total recebido pelo Poder Judiciário (Figura 26),
sendo o único ramo que retornou aos cofres públicos valor superior às suas despesas (Figura 27). Tratam-se, majoritariamente,
de receitas oriundas da atividade de execução fiscal, ou seja, dívidas pagas pelos devedores em decorrência da ação judicial.
Dos R$ 30,2 bilhões arrecadados em execuções fiscais, R$ 25,7 bilhões (84,8%) são provenientes da Justiça Federal e R$ 4,4
bilhões (14,7%) são da Justiça Estadual.
Parte dessas arrecadações é motivada por uma cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, em impostos causa
mortis, que podem, inclusive, incorrer extrajudicialmente, em valores não computados neste Relatório.

Figura 25: Série histórica das arrecadações


R$ 60 80%
R$ 48,9 R$ 48,4
R$ 48 70%
R$ 40,5 R$ 39,8 R$ 40,2
Bilhões de R$

R$ 33,7 R$ 31,8 R$ 32,7


R$ 36 R$ 30,6 60%

R$ 24 50%

R$ 12 40%
65,3% 47,7% 46,3% 40,7% 50,1% 39,6% 56,5% 46,2% 53,3%
R$ 0 30%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Percentual de receitas em relação às despesas


Total de receitas

Figura 26: Arrecadações por ramo de justiça, em 2017

Justiça Federal
25.802.555.604
53,3%
Justiça Militar Estadual
1.432.030
0,0%
Tribunais Superiores
33.242.535
0,1%

Justiça do Trabalho
3.694.460.237
7,6%
Justiça Estadual
18.899.467.878
39,0%

60
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 27: Percentual de receitas em relação às despesas, por ramo de justiça, em 2017

Justiça Federal 229%

Justiça Estadual 36%

Justiça do Trabalho 20%

Tribunais Superiores 1%

Justiça Militar Estadual 1%

Poder Judiciário 53%

0% 50% 100% 150% 200% 250%

3.2 Despesas com pessoal


Neste tópico são detalhadas as despesas com recursos humanos, responsáveis por 90,5% do gasto total do Poder Judiciário.
Observa-se, a partir da Figura 28, que os gastos com recursos humanos crescem proporcionalmente ao gasto total do Poder
Judiciário. O percentual gasto com pessoal permaneceu relativamente estável ao longo dos 9 anos da série histórica, com o
menor valor aferido em 2012 (88,8%) e o maior, em 2017. As séries históricas por ramo de justiça (Figura 30), indicam queda no
último ano do percentual na Justiça do Trabalho, Federal e Militar, com crescimento na Justiça Estadual, Eleitoral e nos Tribunais
Superiores. O segmento com maior proporção de recursos destinados ao pagamento de pessoal é o trabalhista (94%), e as
menores proporções estão nos Tribunais Superiores e na Justiça Estadual, 83% e 89,5%, respectivamente.
O detalhamento desta rubrica mostra que 84,7% dos gastos destinam-se ao pagamento de subsídios e remunerações dos
magistrados e servidores ativos e inativos, que incluem também pensões, imposto de renda e encargos sociais; 6,8% são refe-
rentes ao pagamento de benefícios (ex.: auxílio-alimentação, auxílio-saúde); 3,4% correspondem ao pagamento de despesas
em caráter eventual e indenizatório, tais como diárias, passagens e auxílio-moradia; 4,3% são gastos com terceirizados e 0,8%
com estagiários (Figura 29).
Figura 28: Série histórica das despesas
R$ 100 R$ 90,8 110%
R$ 86,6 R$ 87,0
R$ 82,8
R$ 78,2 R$ 79,4
R$ 80 R$ 72,9 102%
R$ 82,2
R$ 62,0 R$ 64,2 R$ 78,4
R$ 74,1 R$ 77,5
Bilhões de R$

R$ 60 R$ 69,4 R$ 71,3 94%


R$ 65,4
R$ 55,9 R$ 57,4
R$ 40 86%

R$ 20 78%
90,1% 89,5% 89,7% 88,8% 89,8% 89,5% 89,5% 90,1% 90,5%
R$ 0 70%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Percentual de gasto com RH


Despesa Total
Despesa com RH

61
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 29: Despesas com recursos humanos, em 2017


Pessoal e encargos
69.609.869.913
84,7%
Outras
2.800.649.498
3,4%

Estagiários
673.365.615
0,8%

Terceirizados
3.507.277.086
Benefícios 4,3%
5.587.136.331
6,8%

Figura 30: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de justiça
Estadual Superiores
100% 100%

95%
94% 94%

88% 89% 89% 89% 89% 88%


88% 88% 88%
88% 88%

86% 83% 84% 83%


82% 82% 84%

79%
76% 76%

70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
100% 100%

95% 95% 95%


94% 94%
94% 93% 93% 94%
92% 92% 89% 89% 89% 90%
88% 88%
88%
85%
82% 82%
82%

76% 76%

70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


100% 100%

94% 93% 93% 94% 94%


92% 92% 92% 92%
91% 91% 91% 91%
90% 89%
89%
88% 88%
88%

82% 82% 83%

76% 76%

70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

62
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

As despesas com cargos em comissão e funções comissionadas representaram aproximadamente 13,2% do total de gastos
com pessoal no Poder Judiciário. Os percentuais por tribunal podem ser visualizados na Figura 31, variando de 5% no TJAP a
33% no TJSP. Na Justiça Eleitoral, o TRE-RN apresenta o maior percentual de despesas com cargos e funções comissionadas
(22,7%). Na Justiça do Trabalho o maior percentual está no TRT19 (12,4%).
A despesa média do Poder Judiciário por magistrado foi de aproximadamente R$ 48,5 mil; por servidor, R$ 15,2 mil; por
terceirizado foi de R$ 4,1 mil e por estagiário, R$ 828,76. Note-se que esses valores representam o custo do serviço público
computados pagamentos de encargos sociais, previdenciários e imposto de renda, e não o valor recebido por magistrados,
servidores e terceirizados. Os valores consideram, inclusive, despesas de viagens a serviço, tais como passagens e diárias.
Frise-se que no cálculo estão considerados os pagamentos com inativos e pensionistas, o que pode acarretar diferenças quando
feita a comparação entre tribunais, uma vez que a modalidade de tais vencimentos pode ocorrer às expensas do órgão ou por
meio de fundos de pensão, neste caso, não computados. Os indicadores estão discriminados por tribunal (Figura 32). Pelas
razões explicitadas, há diferenças entre os segmentos de justiça custeados pela União, nos quais os vencimentos são uniformes.
No âmbito da Justiça Eleitoral o subsídio é pago pelo órgão de origem, restando apenas gratificações e despesas eventuais
a cargo dos TREs. O custo com promotores eleitorais foi computado nas despesas com magistrados.

63
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 31: Percentual de despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal, por
tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
TJSP 33,1% TRE−BA 9,2%
TJRS 13,8% TRE−PR 8,5%
TJPR 10,4% TRE−RS 8,1%
TJRJ 9,3% TRE−MG 7,1%
TJMG 6,1% TRE−RJ 6,7%
TJMT 22,9% TRE−SP 6,3%
TJCE 19,1% TRE−RN 22,7%
TJBA 15,6% TRE−GO 14,7%
TJSC 15,2% TRE−PE 12,8%
TJGO 15,0% TRE−SE 11,5%
TJPA 14,8% TRE−PI 10,3%
TJES 10,9% TRE−PA 9,7%
TJMA 10,3% TRE−MA 9,5%
TJPE 9,3% TRE−CE 9,3%
TJDFT 6,3% TRE−PB 9,2%
TJAM 20,2% TRE−SC 9,2%
TJTO 16,0% TRE−RR 16,0%
TJRO 15,7% TRE−DF 15,1%
TJAC 13,1% TRE−AC 13,7%
TJAL 13,0% TRE−AP 13,5%
TJRR 11,7% TRE−RO 11,6%
TJRN 8,9% TRE−TO 11,6%
TJPI 8,1% TRE−MS 11,4%
TJPB 7,8% TRE−ES 11,1%
TJSE 7,6% TRE−AL 10,9%
TJMS 7,0% TRE−MT 10,7%
TJAP 5,5% TRE−AM 9,6%
Estadual 16,3% Eleitoral 9,3%

0% 10% 20% 30% 40% 0% 5% 10% 15% 20% 25%

Trabalho Superiores
TRT1 10,4% TST 16,2%
TRT2 9,2%
TSE 12,9%
TRT3 9,1%
8,2% STJ 12,1%
TRT15
TRT4 7,3% STM 10,0%
TRT12 9,7% Superior 13,1%
TRT9 9,3%
TRT7 8,9% Federal
TRT8 8,5%
TRF2 9,1%
TRT6 8,3%
TRT5 7,6% TRF5 8,8%
TRT18 7,6% TRF1 8,3%
TRT10 7,6% TRF4 8,2%
TRT19 12,4% TRF3 7,3%
TRT11 9,5%
Federal 8,2%
TRT20 9,3%
TRT22 8,7%
Militar Estadual
TRT14 8,6%
TJMSP 24,8%
TRT13 8,6%
TRT17 8,4% TJMRS 17,9%
TRT23 8,4% TJMMG 13,8%
TRT24 8,1% Militar Estadual 19,5%
TRT21 7,6%
TRT16 6,8%
Trabalho 8,7% Poder Judiciário 13,2%

0% 5% 10% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

64
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 32: Despesa média mensal com magistrado e servidor, por tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
17.020 TJRJ 59.074 17.438 TRE−RJ 11.064
14.377 TJMG 52.833 10.369 TRE−SP 9.836
12.350 TJRS 46.878 15.362 TRE−RS 9.545
10.349 TJSP 44.593 16.118 TRE−MG 9.239
12.513 TJPR 40.778 11.233 TRE−BA 8.413
14.458 TJSC 74.174 19.743 TRE−PR 4.861
9.759 TJGO 63.365 14.036 TRE−GO 11.281
18.415 TJBA 60.710 12.707 TRE−PE 9.913
10.777 TJPE 53.919 15.547 TRE−SE 9.679
18.607 TJDFT 51.457 16.782 TRE−SC 9.551
14.398 TJMT 47.045 18.438 TRE−PB 9.027
13.018 TJMA 45.106 15.410 TRE−MA 8.643
13.866 TJES 44.170 11.313 TRE−RN 5.109
12.678 TJCE 37.055 12.733 TRE−CE 4.533
12.772 TJPA 31.588 13.695 TRE−PA 4.486
13.789 TJMS 100.607 17.583 TRE−PI 4.371
16.399 TJTO 72.126 19.326 TRE−AL 10.171
18.473 TJRN 63.449 16.341 TRE−ES 9.459
10.697 TJSE 53.202 20.200 TRE−TO 9.119
15.691 TJAP 52.199 16.505 TRE−RO 8.996
10.276 TJRO 50.486 24.370 TRE−AM 8.960
9.475 TJPB 50.140 22.112 TRE−AP 8.710
8.963 TJAC 49.572 15.168 TRE−MT 8.512
16.956 TJAM 48.096 18.242 TRE−RR 8.135
14.644 TJRR 47.494 12.103 TRE−DF 7.955
10.385 TJAL 46.255 19.021 TRE−AC 7.470
13.331 TJPI 34.946 15.760 TRE−MS 4.884
12.944 Estadual 49.780 14.589 Eleitoral 8.429

Trabalho Superiores
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
19.762 TRT1 54.819 18.299 TST 44.155
19.408 TRT4 41.215 25.367 STM 37.912
19.723 TRT15 39.808 22.613 STJ 36.831
18.787 TRT2 39.201 21.481 TSE 9.407
19.993 TRT3 37.502 Superior
21.392 37.908
15.847 TRT7 71.522
20.601 TRT9 48.697 Federal
23.796 TRT10 46.144
20.465 44.155 21.856 TRF3 52.042
TRT8
23.986 42.633 16.225 TRF5 48.407
TRT12
18.284 TRT18 42.075 19.542 TRF2 48.387
20.658 TRT5 34.677 19.303 TRF1 48.244
19.158 TRT6 33.555 21.313 TRF4 47.699
18.774 TRT24 49.887 19.831 Federal 48.969
17.790 TRT22 49.257
19.914 TRT16 47.930
18.555 TRT19 47.499 Militar Estadual
18.912 TRT17 47.127 15.663 TJMMG 65.744
20.460 TRT20 45.234
9.939 TJMRS 44.996
18.176 TRT23 44.802
14.326 TJMSP 44.875
21.253 TRT14 41.651
Militar
21.791 TRT13 38.243 13.713 Estadual 52.648
19.452 TRT21 35.401
22.346 TRT11 4.742
19.932 Trabalho 41.790 Poder
15.164 Judiciário 48.516

65
Relatório Justiça em Números 2018

3.3 Quadro de pessoal


O quadro de pessoal é apresentado considerando três categorias: a) magistrados, que abrange os juízes, os desembargadores
e os ministros; b) servidores, incluindo o quadro efetivo, os requisitados e os cedidos de outros órgãos, pertencentes ou não à
estrutura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo, excluindo-se os servidores do quadro efetivo que
estão requisitados ou cedidos para outros órgãos; e c) trabalhadores auxiliares, compreendendo os terceirizados, os estagiários,
os juízes leigos, os conciliadores e os colaboradores voluntários.
Em 2017, o Poder Judiciário contava com um total de 448.964 pessoas em sua força de trabalho, sendo 18.168 magistrados
(4%), 272.093 servidores (60,6%), 71.969 terceirizados (16%), 67.708 estagiários (15,1%) e 19.026 conciliadores, juízes leigos
e voluntários (4,24%). Dentre os servidores, 78,8% estão lotados na área judiciária e 21,2% atuam na área administrativa. O
diagrama da Figura 33 mostra a estrutura da força do trabalho do Poder Judiciário em relação aos cargos e instâncias.
Na Justiça Estadual estão 68,3% dos magistrados, 64% dos servidores e 79,3% dos processos em trâmite. Na Justiça Federal,
se encontram 10,7% dos magistrados, 10,5% dos servidores e 12,9% dos processos em trâmite. Na Justiça Trabalhista, 20,1%
dos magistrados, 15% dos servidores e 6,9% dos processos (Figuras 34 e 39).

Figura 33: Diagrama da força de trabalho, em 2017


Força de trabalho total
448.964

Servidores efetivos, Força de trabalho


Magistrados:
requisitados e comissionados: auxiliar:
18.168 (4%)
272.093 (60,6%) 158.703 (35,3%)

Tribunais Área judiciária: Área administrativa:


Superiores: 214.531 (78,8%) 57.562 (21,2%)
75 (0,4%)
Tribunais
2º grau:
Superiores:
2.452 (13,5%)
3.415 (1,6%)
1º Grau (varas,
juizados especiais e 2º grau:
turmas recursais): 31.116 (14,5%)
15.641 (86,1%)
1º grau, juizados
especiais e turmas:
180.000 (83,9%)

Figura 34: Total de magistrados por ramo de justiça, em 2017


Justiça Estadual
12.417
68,3%
Auditoria Militar da União
38
0,2% Justiça Militar Estadual
41
0,2%
Tribunais Superiores
89
0,5%
Justiça Federal
Justiça do Trabalho 1.939
3.658 10,7%
20,1%

66
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 35: Magistrados por 100.000 habitantes, por ramo de justiça, em 2017
Justiça Estadual 5,66
Justiça do Trabalho 1,63

Justiça Eleitoral 1,38

Justiça Federal 0,85

Tribunais Superiores 0,04

Poder Judiciário 8,21

0 2 4 6 8 10

Ao final de 2017, havia 22.571 cargos criados por lei, sendo 18.168 providos e 4.403 cargos vagos (19,5%), conforme Figura
36.
Dentre os 18.168 magistrados, 75 são ministros (0,4%)6; 15.641 são juízes de direito (86,1%); 2.291 são desembargadores
(13%); e 161 são juízes substitutos de 2º grau (0,9%). Existem, nos Tribunais Superiores, 29 magistrados convocados, fora da
jurisdição (8 no TST, 8 no TSE e 13 no STJ), e nos demais tribunais, 309 juízes em tal situação. Ao todo, 1,9% dos magistrados
exercem atividade administrativa nos tribunais, afastados da jurisdição de origem.
Em 2017 houve aumento de 4,1% no número de cargos existentes e de 1,4% nos cargos providos, fazendo com que o percen-
tual de cargos vagos aumentasse em 2,1 pontos percentuais, após dois anos consecutivos de retração. Os maiores percentuais
de cargos não providos estão na Justiça Estadual e na Justiça Militar Estadual - ambos segmentos com 23% (Figura 37). Na
Justiça Estadual, o maior percentual de cargos de magistrados não providos está no TJAC, com 667%.
Os cargos vagos são, em sua maioria, de juízes - enquanto no 2º grau existem 52 cargos de desembargadores criados por
lei e não providos (2,1%), no 1º grau há 4.351 cargos não providos (21,8%).
Considerando a soma de todos os dias de afastamento, obtém-se uma média de 1.115 magistrados que permaneceram
afastados da jurisdição durante todo o exercício de 2017, representando um absenteísmo de 6,1%. Tais afastamentos podem
ocorrer em razão de licenças, convocações para instância superior, entre outros motivos. Para esse cálculo, não foram com-
putados períodos de férias e recessos. Isso significa que, em média, 17.053 magistrados efetivamente atuaram na jurisdição
durante todo o ano.
Além do número total de cargos de magistrados existentes e providos, outro indicador relevante é a média de magistrados
existentes a cada cem mil habitantes: 8,2 em 2017. No período de 2009 a 2017 esse índice variou pouco: a menor média foi
observada em 2015 (8) e a maior em 2010 (8,6).
Figura 36: Série histórica dos cargos de magistrados
30.000 30%

24.000 21.829 22.314 22.421 21.761 21.688 22.571 26%


21.210
20.003 20.722
17.404 17.589 17.914 18.168
18.000 16.883 16.908 16.686 17.088 22%
15.946

12.000 18%

6.000 20,3% 18,5% 20,3% 23,6% 23,4% 22,4% 19,2% 17,4% 19,5% 14%

0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Percentual de cargos vagos


Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos

6 Incluídos os 33 Ministros do STJ, os 27 Ministros do TST e os 15 Ministros do STM.


7 Esse valor foi ratificado pelo TJAC no período de auditoria de dados.
67
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 37: Percentual de cargos vagos de magistrado, por Tribunal, em 2017


Estadual Trabalho
TJMG 37,0% TRT2 22,8%
TJSP 21,9% TRT3 6,7%
TJRS 17,5% TRT1 4,6%
TJRJ 14,9% 2,3%
TRT15
TJPR 3,7%
TRT4 1,0%
TJBA 35,6%
28,7% TRT8 7,2%
TJPE
TJPA 24,2% TRT12 3,0%
TJDFT 23,7% TRT18 2,7%
TJES 22,4% TRT6 2,5%
TJMA 21,5% TRT10 1,9%
TJCE 20,4% TRT9 0,9%
TJSC 17,4% 0,0%
TRT7
TJGO 16,2%
TRT5 0,0%
TJMT 2,4%
65,7% TRT11 21,8%
TJAC
TJAL 48,5% TRT14 12,7%
TJPI 34,2% TRT23 5,8%
TJRN 30,2% TRT17 2,9%
TJMS 26,9% TRT20 2,7%
TJRO 24,1% TRT19 1,9%
TJRR 18,5% 1,8%
TRT21
TJAP 16,1%
TRT16 1,7%
TJPB 13,4%
12,2% TRT24 0,0%
TJTO
TJAM 11,5% TRT22 0,0%
TJSE 9,0% TRT13 0,0%
Estadual 23,1% Trabalho 6,9%

0% 20% 40% 60% 80% 0% 5% 10% 15% 20% 25%

Federal Militar Estadual

TRF5 27,4% TJMMG 31,6%

TRF3 23,2% TJMSP 26,3%

TRF1 15,9% TJMRS 6,7%

TRF2 14,4% Militar Estadual 22,6%

TRF4 5,9%
0% 10% 20% 30%

TRF 16,9%

0% 5% 10% 20% 30%

68
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

A Figura 38 permite visualizar as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 15.641 juízes de direito, 13.843
atuam no juízo comum, sendo 10.241 (74%) de forma exclusiva, 2.424 (17,5%) com acúmulo de função em juizados especiais
e 1.178 (8,5%) em conjunto com turmas recursais. Magistrados exclusivos em juizados especiais são apenas 1.275, ou seja,
correspondem a 8,2% dos juízes e a 32,9% daqueles que atuam em juizados cumulativamente ou não (3.876), enquanto 177
(4,6%) acumulam com as turmas recursais. Dos que exercem jurisdição em turmas recursais (1.701), 2,2% o fazem de forma
exclusiva. Na Justiça Federal, todos os magistrados de turma recursal (100%) são exclusivos e, na Justiça Estadual, apenas 8,4%.
Figura 38: Jurisdição dos magistrados, em 2017

2º grau
Juizados
Especiais
2.452
3.876

Turmas
Recursais Tribunais
1.701 Superiores
1º grau
13.843
75

Ao final de 2017, o Poder Judiciário possuía um total de 272.093 servidores, sendo 235.053 do quadro efetivo (86,4%),
21.039 requisitados e cedidos de outros órgãos (7,7%) e 16.001 comissionados sem vínculo efetivo (5,9%). Considerando o tempo
total de afastamento, aproximadamente 13.153 servidores (4,8%) permaneceram afastados durante todo o exercício de 2017.
Do total de servidores, 214.531 (78,8%) estavam lotados na área judiciária e 57.562 (21,2%) na área administrativa. Entre
os que atuam diretamente com a tramitação de processos, 180.000 (83,9%) estão no primeiro grau de jurisdição (Figura 41),
que concentra 85,5% dos processos ingressados e 94,1% do acervo processual. É importante ressaltar que a Resolução CNJ
219/2016 estabelece que a área administrativa deve ser composta por, no máximo, 30% da força de trabalho. A Figura 40
demonstra essa distribuição por segmento de justiça, na qual é possível observar que esse percentual está sendo cumprido
nas Justiças Estadual, Federal e Trabalhista.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 58.117 cargos criados por lei e ainda não providos, que
representam 19,6% dos cargos efetivos existentes, percentual com pequenas reduções no período entre 2011 e 2015, mas com
crescimento nos últimos dois anos (Figura 42). Cerca de 69,2% dos cargos existentes estão na Justiça Estadual.
O segmento com maior percentual de cargos de servidores vagos é o da Justiça Estadual, com 27%. O menor, o da Justiça
Eleitoral, com 1% (Figura 43).
Figura 39: Total de servidores por ramo de justiça, em 2017
Justiça Estadual
174.208 (64,0%)
Auditoria Militar
da União 251 (0,1%)
Justiça Militar
Estadual 405 (0,1%)
Tribunais Superiores
6.301 (2,3%)
Justiça Eleitoral
21.539 (7,9%)
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
28.677 (10,5%)
40.712 (15,0%)

69
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 40: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de justiça, em 2017
Tribunais Superiores 46%
Justiça Militar Estadual 40%
Justiça Eleitoral 36%
Justiça do Trabalho 23%
Justiça Federal 23%
Justiça Estadual 18%
Poder Judiciário 21%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Figura 41: Lotação dos servidores, em 2017

Tribunais Turmas
Superiores Recursais
2º grau
3.415 1.724
31.084
1º grau
162.012

Turmas Regionais
de Uniformização
za
ação
32 Administrativa
Juizados
J
57.562 Especiais
Es
E s
28.921

Figura 42: Série histórica dos cargos de servidores efetivos


400.000 30%

291.956 294.468 298.784


320.000 4 300.629
9 300.992 300.890 296.435 26%

240.711 245.279
240.000 22%
232.640 237.128 242.707 245.335 245.651 243.282 239.085
202.859 209.599
160.000 18%

80.000 14%
15,7% 14,5% 20,3% 19,5% 18,8% 18,4% 18,4% 19,1% 19,3%
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Percentual de cargos vagos


Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos

70
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 43: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de justiça, em 2017
Justiça Estadual 27%
Justiça Militar Estadual 21%
Tribunais Superiores 10%
Justiça do Trabalho 3%
Justiça Federal 2%
Justiça Eleitoral 1%
Poder Judiciário 19%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Entre 2016 e 2017 houve redução de 1,8% no número de servidores, e crescimento de 1,4% no número de magistrados. Ao
longo dos últimos 9 anos da série histórica, o crescimento acumulado dos servidores foi de 19,7% e dos magistrados, de 13,9%.
O Poder Judiciário conta, ainda, com o apoio de 158.703 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma de terceiriza-
dos (45,3%) e estagiários (42,7%), conforme observado na Figura 44. Esses dois tipos de contratação cresceram no ano de
2017, em, respectivamente, 3,5% e 15,2%. No período de 2009-2017 houve um aumento acumulado de 84,2% no número de
terceirizados e de 90,4% no número de estagiários.

Figura 44: Força de trabalho auxiliar, em 2017


1,7%
1,8% 1,5%
Auxiliares
6,9%
Conciliadores
Estagiários
Juízes leigos
158.703 Terceirizados
Trabalhadores de serventias privatizadas
Voluntários
42,7% 45,3%

71
Relatório Justiça em Números 2018

4 Gestão judiciária
Nesta seção, são apresentados os dados gerais de movimentação processual e litigiosidade e os resultados dos principais
indicadores de desempenho por segmento de justiça. A seção está dividida em três tópicos: 1) litigiosidade, que traz o fluxo
processual da justiça e os indicadores de produtividade; desempenho; percentual de processos eletrônicos; e recorribilidade
consolidados por tribunal e por segmento de justiça; 2) política de priorização do primeiro grau, comparando os dados do 1º grau
com os do 2º grau de jurisdição - considerando como 1º grau a justiça comum, os juizados especiais e as turmas recursais e,
incluindo no 2º grau as turmas regionais de uniformização da justiça federal; e 3) gargalos da execução, que compara as fases
de conhecimento e execução do 1º grau.
No decorrer desses tópicos, são expostos os seguintes indicadores, por grau de jurisdição e por fase (conhecimento e
execução):
a) Casos Novos por Magistrado: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução
extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não computadas as execuções judiciais.
b) Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de execução
extrajudicial com o número de servidores da área judiciária, não computadas as execuções judiciais.
c) Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador calcula a média de trabalho de cada magistrado durante o ano de 2017.
É dado pela soma dos processos baixados, dos casos pendentes, dos recursos internos julgados, dos recursos internos
pendentes, dos incidentes em execução julgados e dos incidentes em execução pendentes. Em seguida, divide-se pelo
número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que, na carga de trabalho, todos os processos são considerados,
inclusive as execuções judiciais. 8
d) Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número de ser-
vidores da área judiciária.
e) IPM (Índice de Produtividade dos Magistrados): indicador que computa a média de processos baixados por magistrado
em atuação.
f) IPS-Jud (Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária): indicador que computa a média de processos bai-
xados por servidor da área judiciária.
g) IAD (Índice de Atendimento à Demanda): indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos
em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para
evitar aumento dos casos pendentes.
h) Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de solução ao
final do ano-base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados). Cumpre informar que, de todo
o acervo, nem todos os processos podem ser baixados no mesmo ano, devido a existência de prazos legais a serem
cumpridos, especialmente nos casos em que o processo ingressou no final do ano-base.
i) Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronicamente (divisão
do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
j) Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao número de
decisões terminativas e de sentenças proferidas.
k) Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos encaminhados aos tribunais em relação ao número
de acórdãos e de decisões publicadas.
Nos indicadores IPM, IPS-Jud, carga de trabalho, casos novos por magistrado e por servidor, não são considerados na base
de cálculo a soma de todos os dias de afastamento. Dessa forma, o denominador utiliza o número médio de magistrados e ser-

8 Ao contrário dos casos novos por magistrado, em que somente as execuções extrajudiciais e os casos novos de conhecimento são computados.
72
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

vidores que permaneceu ativo durante todo o exercício de cada ano de referência. Cumpre informar que tal metodologia entrou
em vigor no ano-base 2015 e que, até 2014, somente os afastamentos de magistrados por mais seis meses eram descontados
na apuração dos indicadores. Para os servidores, utilizava-se o quantitativo em efetivo exercício no final de cada ano-base. Tais
mudanças podem impactar na série histórica e devem ser levadas em consideração na leitura dos dados.

4.1 Litigiosidade
O Poder Judiciário finalizou o ano de 2017 com 80,1 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma solução
definitiva. Desses, 14,5 milhões, ou seja, 18,1%, estavam suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, aguardando alguma
situação jurídica futura.
Em toda série histórica, o ano de 2017 foi o de menor crescimento do estoque, com variação de 0,3%, ou seja, um incremento
de 244 mil casos em relação ao saldo de 2016. Esse resultado decorre, em especial, do desempenho da Justiça Estadual, que
apesar de registrar historicamente um crescimento médio na ordem de 4% ao ano, variou em 2017 apenas 0,4%. Em outros
ramos de justiça também se observa queda no ritmo de evolução do acervo. Nos Tribunais Superiores houve redução signifi-
cativa: no STJ o acervo diminuiu 11%; no TST a variação foi de -7%, e no TSE, -14,4%. O STM foi o único tribunal superior com
crescimento do estoque (17,2%).
Durante o ano de 2017, ingressaram 29,1 milhões de processos e foram baixados 31 milhões. Houve decréscimo dos casos
novos na ordem de 1% com relação ao ano de 2016, e aumento dos casos solucionados em 5,2%. A demanda pelos serviços
de justiça registrou crescimento acumulado na ordem de 18,3%, considerada toda a série histórica desde 2009. Em 2017 foi o
primeiro ano em que o volume de baixados superou o patamar de 30 milhões de casos solucionados, sendo visível, na Figura
47 o descolamento entre as curvas de casos baixados e de casos novos.
Apesar de se verificar, historicamente, um número de processos baixados igual ou superior ao número de casos novos, o
estoque não reduziu, conforme demonstra a Figura 46. O crescimento acumulado no período 2009-2017 foi de 31,9%, ou seja,
acréscimo de 19,4 milhões de processos.
Ainda que baixando casos em volume superior ao ingressado, com Índice de Atendimento à Demanda na ordem de 106,5%,
o estoque manteve-se praticamente constante, e chegou ao final do ano de 2017 com 80,1 milhões de processos em trami-
tação aguardando alguma solução definitiva. Se o Poder Judiciário decidiu 6,5% de casos acima da demanda, seria esperada
uma redução do estoque nessa proporção. Isso não ocorre, em parte, por conta de processos que retornam à tramitação (casos
pendentes). São, por exemplo, os casos de sentenças anuladas na instância superior; ou de remessas e retornos de autos
entre tribunais em razão de questões relativas à competência ou de mudança de classe processual. Somente em 2017 foram
reativados 619.242 processos. Outros fatores que contribuem para o crescimento do estoque são problemas na autuação e na
apuração dos dados. O projeto Selo Justiça em Números visa corrigir esse tipo de inconsistência, uma vez que o DPJ receberá
os dados por processo e não mais agregados.
É oportuno esclarecer que, conforme o glossário da Resolução CNJ 76/2009, consideram-se baixados os processos:
• Remetidos para outros órgãos judiciais competentes, desde que vinculados a tribunais diferentes;
• Remetidos para as instâncias superiores ou inferiores;
• Arquivados definitivamente;
• Em que houve decisões que transitaram em julgado e iniciou-se a liquidação, cumprimento ou execução.
Computa-se apenas uma baixa por processo e por fase/instância (conhecimento ou execução, 1º ou 2º grau). Os casos
pendentes, por sua vez, são todos aqueles que nunca receberam movimento de baixa, em cada uma das fases analisadas.
Os dados por segmento de justiça demonstram que o resultado global do Poder Judiciário reflete quase diretamente o
desempenho da Justiça Estadual, com 79,3% dos processos pendentes. A Justiça Federal concentra 12,9% dos processos, e
a Justiça Trabalhista, 6,9%. Os demais segmentos, juntos, acumulam 1% dos casos pendentes. A Justiça Eleitoral apresenta
sazonalidade de movimentos processuais, com altas, especialmente nos anos de 2012 e 2016 (anos de eleições municipais),
para os casos novos, os pendentes e os baixados.
73
Relatório Justiça em Números 2018

Em que pese a redução dos casos novos no último ano, a Justiça Eleitoral foi o único segmento com decréscimo. Nas Justiças
Estadual, Trabalhista e Federal houve crescimento em patamares entre 1,4% a 1,9%. O aumento da produtividade foi percebido
em todos os segmentos, à exceção da Justiça Eleitoral. Proporcionalmente, a Justiça Federal foi a de maior incremento: 11,8%.
Na Justiça do Trabalho os processos baixados cresceram em 6,6% e na Justiça Estadual, em 4,4%.
Durante o ano de 2017 foram proferidas 31 milhões de sentenças e decisões terminativas, com aumento de 707,6 mil casos
(2,3%) em relação a 2016. Registra-se, também, crescimento acumulado de 32,8% em 9 anos.
Chama atenção a diferença entre o volume de processos pendentes e o volume que ingressa a cada ano, conforme obser-
vado na Figura 47. Na Justiça Estadual, o estoque equivale a 3,1 vezes a demanda e na Justiça Federal, a 2,7 vezes. Nos demais
segmentos, os processos pendentes são mais próximos do volume ingressado e, em 2017, seguiram a razão de 1,3 pendente
por caso novo na Justiça do Trabalho e 1,1 pendente por caso novo nos Tribunais Superiores. Na Justiça Eleitoral e na Justiça
Militar Estadual ocorre o inverso: o acervo é menor que a demanda.
Tais diferenças significam que, mesmo que não houvesse ingresso de novas demandas, e fosse mantida a produtividade dos
magistrados e dos servidores, seriam necessários aproximadamente 2 anos e 7 meses de trabalho para zerar o estoque. Esse
indicador é denominado “tempo de giro do acervo”. O tempo de giro do acervo na Justiça Estadual é de 2 anos e 11 meses; na
Justiça Federal é de 2 anos e 10 meses; na Justiça do Trabalho é de 1 ano e 2 meses; na Justiça Militar Estadual é de 8 meses
e nos Tribunais Superiores é de 1 ano.
Figura 45: Série histórica dos casos novos e processos baixados
31,0
30 29,5
29,0 29,1
28,5 28,6
29 29,4
28,0
28 27,8
28,4
28,1
27 27,7
26,1
Milhões

26 25,3

25 25,8
24,1
24 24,6
24,0
23
22
21
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Processos baixados
Casos novos

Figura 46: Série histórica dos casos pendentes


90
79,8 80,1
76,9
71,6 72,0
72 67,1
64,4
60,7 61,9

54
Milhões

36

12,8 14,5
18
9,9

0,6
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Casos pendentes
Processos suspensos
Processos reativados
74
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 47: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de justiça.


Estadual Superiores
696,8 687,0
70 700
61,9 63,3 63,5 637,9
58,0 57,3 624,0
58 620 623,7
54,1 599,6
52,3 578,8 582,6
49,4 50,3 547,3
534,2 545,3
46 540 531,3 543,1
Milhões

535,6
522,5
469,4 469,0
496,5 495,7
34 460
458,3

19,8 20,5 20,3 20,0 20,8 21,7 369,7


22 18,3 17,5 18,6 380
19,1 19,4 19,9 19,5 19,8 20,2
17,8 17,1 18,1
10 300
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
6,0 1.000 972,0

5,5 817,8
5,4
5,4 814
5,1

4,8 4,6 628 587,6


Milhões

4,5 4,5 503,7


4,3
4,2 4,3 4,2 4,3 453,8 440,2
4,2 442 417,8
3,7 4,0 4,0 360,1
3,9
3,8 4,1
3,7 4,0 4,0
3,6 3,4 3,4 3,4 256
3,4
3,3 169,2
3,3 144,5 140,1 118,9 135,3
100,8 109,1 109,5 103,1
3,3 82,0
74,3 80,5 80,6
3,0 70
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


20,0 8
7,2
6,9
16,6 7
6,5
6,3 6,4
6,0
13,2 6
5,6
Milhões

10,0 10,3 5,2 5,1 5,2


9,4 9,1 5,0
9,8 5 4,8
8,0 8,1 8,1 8,5
7,8 4,4
4,3
4,2
4,0 3,8
6,4 4
4,1 3,3
3,5
3,3 3,4 3,6 3,9 3,8 3,7 3,7 3,3
3,6 3,9
3,8 3,7
3,0 3,3 3,1 3,4 3,0 3,1 3,1
3,0 3
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Casos pendentes
Processos baixados
Casos novos

75
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 48: Série histórica das sentenças e decisões.


40,0

30,7 31,4
32,4
27,0 27,6
25,9
24,8
23,7 23,1 23,6
24,8 26,9
26,3
Milhões

21,9 22,6 22,9


17,2 20,7 20,0 19,8 20,7

9,6

3,0 3,4 3,6 3,5 3,8 4,0 3,8 3,9


2,7
2,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Total
Sentenças de 1º grau
Decisões terminativas no 2º grau

76
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 49: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de justiça
Estadual Superiores
30.000.000 700.000
641.964
619.207 635.809
22.509.456 621.427
24.200.000 22.123.334
3 334 560.000
499.192
19.584.979
584
84.979
97
799
19.098.920
98
8.92
92
920
20 20.195.017 522.698
17.486.823
86
6.82
.823
3 18.137.114
37
37.1
7.114
114
11
18.400.000 16.629.226 6 17.038.136
038
388.13
136
13
136 420.000
19.737.089 408.515
16.347.008
347
344 00
008
08 16.690.2530..253
15.821.258
21.258 15.898.240
98
8.240
240 16.936.077
24
12.600.000 14.794.173
94.173
3 14.812.930
12
2 .930
93
3 0 280.000
14.278.511
788 511

6.800.000 140.000
2.068.497 2.238.874 2.648.902
1.835.053 2.225.206 2.408.667 2.386.2452.314.439
1.665.565 0 0 0 0 0 0 0
1.000.000 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
5.000.000 700.000
4.622.521 649.463
608.206
4.193.051
4.120.000 3.992.797
7 564.000
3.772.876 4.320.302 509.576
4.055.719 3.604.587
3.262.798
2.798
7 8 3.788.693
8..693
3 3.411.768
1.768
768
3.240.000 3.467.270
677.270
7 270 3.211.364
1.3
364 428.000 403.772
3.059.330
9.330
9.330
0 3.458.053
3.284.3033 377.137
2.658.266
8.266
666 3.087.7955 435.709 355.109 381.384
2.782.3599
2.360.000 292.000

95.320
1.480.000 156.000 122.007
07 68.732
1.017.934 95.811
95.8
81
862.249 73.867 72.270
72.
781.433 781.283
771.416 50.633
6 3
604.532 713.546
684.911 700.898
45.178
8 22.028
8 26.588 41.257 22.388
600.000 20.000 49.7377
2009 2011 2013 2015 2017 2011 3 2014 2015 2016 2017
2012 2013

4.000.000 Federal 7.000 Militar Estadual


6.072 6.089 6.023
5.813 3.262.442
3.085.813
85
3.280.000 5.800
3.011.601 3.046.390
6 390 3.013.996
96
6
2.870.515
0.515
0 515
51
515
5
2.706.736
6 736
6.73
7 3
36 3.000.966 62 2.728.920 4.858 4.853
2.911.152
.911.1152
52
5 2
2.428.657 7 2.435.384
5.3844 2.507.105
2.560.000 4.600
2.256.432 2 4.618
2.393.732 2 2.407.548
0 8 2.518.898
8 898 2.496.215 4.306

1.840.000 3.400 3.285 3.171 3.137


3.082 3.080
2.561
2.990 3.009 2.358
2.738
1.120.000 2.200
582.944
944
944 1.716
575.204
5.204 2.057 1.948
476.783
78
83 593.418
418
8 527.492
49
92 510.711 527.832
450.304
30
04 475.768
76
68 1.687
400.000 1.000
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Total
Sentenças de 1º grau
Decisões terminativas no 2º grau

77
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 50: Casos novos, por ramo de justiça, em 2017 Figura 51: Casos pendentes, por ramo de justiça, em 2017
Justiça Estadual Auditoria Militar da
Auditoria Militar Justiça Estadual
20.207.585 (69,4%) União 2.078 (0,0%)
da União 1.572 (0,0%) 63.482.535 ( 79,3%)
Justiça Militar
Justiça Militar Estadual Estadual 3.308 (0,0%)
5.150 (0,0%) Justiça Eleitoral
Justiça Eleitoral 135.309 (0,2%)
169.190 (0,6%) Tribunais Superiores
Tribunais Superiores 623.677 (0,8%)
543.058 (1,9%) Justiça do Trabalho
Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Federal 5.517.250 (6,9%)
4.321.842 (14,8%) 3.865.182 (13,3%) 10.305.148 (12,9%)

4.1.1 Acesso à Justiça


Esta seção trata da demanda da população pelos serviços da justiça e das concessões de assistência judiciária gratuita
nos tribunais.
Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 12.519 ingressaram com uma ação judicial no ano de 2017. Neste indicador
são computados somente os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, excluindo, portanto, da base
de cálculo, as execuções judiciais iniciadas. O indicador de cada tribunal é apresentado na Figura 52.
O estado de Minas Gerais, apesar de figurar como tribunal de grande porte em todos os segmentos (TJMG, TRT3 e TRE-MG),
é, dentre os de grande porte, o que apresenta a menor demanda por habitante. Na Justiça Estadual, o tribunal mais demandado
é o TJMT (14.379) e o menos demandado é o TJPA (3.155). Na Justiça trabalhista os índices variam de 817 (TRT16) a 2.558
(TRT2). Na Justiça Federal, o único com demanda acima do patamar de dois mil casos por cem mil habitantes é o TRF da 4ª
Região, que abrange os estados da Região Sul do País.

78
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 52: Casos novos por 100.000 habitantes, por Tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
TJPR 13.044 TRE−PR 117
TJRJ 12.145 TRE−BA 75
TJRS 11.311 TRE−RS 73
TJSP 11.262 TRE−RJ 60
TJMG 7.471 TRE−SP 46
TJMT 14.379 TRE−MG 19
TJDFT 12.325 TRE−SE 892
TJSC 11.117 TRE−RN 151
TJGO 7.876 TRE−MA 115
TJES 7.338 TRE−PB 114
TJBA 6.013 TRE−PE 107
TJMA 5.769 TRE−GO 106
TJPE 5.570 TRE−PI 104
TJCE 4.148 TRE−PA 103
TJPA 3.155 TRE−SC 57
TJMS 11.067 TRE−CE 49
TJRO 10.938 TRE−RR 462
TJSE 8.944 TRE−TO 209
TJTO 8.479 TRE−AC 137
TJAP 8.285 TRE−MS 108
TJRR 7.133 TRE−AL 102
TJAC 6.567 TRE−MT 101
TJRN 6.151 TRE−RO 95
TJAL 6.049 TRE−AP 91
TJPB 5.344 TRE−ES 84
TJPI 5.068 TRE−AM 60
TJAM 4.716 TRE−DF 14
Estadual 8.851 Eleitoral 81
0 5.000 10.000 15.000 0 200 400 600 800 1.000

Trabalho Federal
TRT2 2.558 TRF4 2.657
TRT4 2.318 TRF2 1.831
TRT1 2.166 TRF5 1.720
TRT15 2.031
TRF3 1.376
TRT3 1.571
TRF1 1.338
TRT9 1.823
TRT12 1.731 Federal 1.643
TRT10 1.657
TRT18 1.588
TRT6 1.368 Militar Estadual
TRT5 1.141 TJMRS 4.469
TRT8 1.070 TJMSP 1.426
TRT7 878 TJMMG 1.074
TRT24 1.569 Militar Estadual 1.745
TRT20 1.504
TRT23 1.495
TRT11 1.490 Poder Judiciário 12.519
TRT14 1.331
TRT17 1.290 0 5.000 10.000 15.000
TRT13 1.205
TRT19 1.138
TRT21 1.125
TRT22 1.104
TRT16 817
Trabalho 1.679
0 500 1.500 2.500

79
Relatório Justiça em Números 2018

As figuras 53 e 54 relacionam as despesas com assistência judiciária gratuita com a despesa total do Poder Judiciário e
com o número de habitantes, respectivamente.
Os gastos com assistência judiciária gratuita9 equivalem a 0,62% do total das despesas do Poder Judiciário e ao custo de
R$2,73 por habitante. Os Tribunais Regionais Federais possuem os maiores gastos com assistência judiciária gratuita, pro-
porcionalmente às suas despesas, e os tribunais de justiça, os maiores gastos por habitante. Em ambas as figuras, se verifica
um excesso de valores próximos de zero, o que pode denotar alguma dificuldade dos tribunais na apuração da despesa com
assistência judiciária gratuita, ou pagamento dos custos por outros órgãos públicos, não necessariamente significando ausência
de concessão. A Figura 55 permite identificar o percentual de processos finalizados dessa natureza.
Figura 53: Assistência Judiciária Gratuita em relação à Despesa Total da Justiça por tribunal, em 2017
Estadual Trabalho
TJRJ 1,77% TRT4 1,78%
TJMG 1,17% TRT3 1,47%
TJRS 0,57% TRT15 1,14%
TJPR 0,02% TRT2 0,86%
TJSP 0,01% 0,13%
TRT1
TJGO 1,83%
TRT9 1,17%
TJSC 1,42%
TJPA 0,18% TRT18 1,09%
TJDFT 0,04% TRT12 1,05%
TJPE 0,03% TRT10 0,59%
TJCE 0,02% TRT5 0,59%
TJMT 0,00% TRT6 0,56%
TJMA 0,00% TRT7 0,38%
TJBA 0,00% 0,06%
TRT8
TJES
TRT23 0,90%
TJMS 1,57%
TJTO 0,56% TRT20 0,69%
TJPI 0,32% TRT13 0,61%
TJSE 0,29% TRT19 0,56%
TJAL 0,04% TRT24 0,52%
TJRR 0,03% TRT17 0,51%
TJAP 0,00% TRT14 0,33%
TJRO 0,00% 0,25%
TRT21
TJAM 0,00%
TRT16 0,16%
TJAC 0,00%
TJRN TRT22 0,05%
TJPB TRT11 0,04%
Estadual 0,49% Trabalho 0,83%
0% 1% 1% 2% 2% 0% 1% 1% 2% 2%

Federal Militar Estadual


TRF5 2,51% TJMRS 0,06%
TRF4 1,92% TJMMG 0,01%
TRF1 1,76%
TJMSP 0,00%
TRF3 1,08%
Militar Estadual 0,02%
TRF2 0,76%
Federal 1,57%
Poder Judiciário 0,62%
0% 1% 1% 2% 2% 3%
0% 1% 1% 2%

9 Consideram-se os valores liquidados pelo tribunal em razão do deferimento de assistência judiciária gratuita em processos, abrangendo remuneração de tradutor/intérprete,
peritos e de advogado dativo e pagamento de outros custos pela realização de atos gratuitos.
80
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 54: Assistência Judiciária Gratuita por 100.000 habitantes por tribunal, em 2017
Estadual Trabalho
TJRJ 450.785 TRT4 247.182
TJMG 280.775 TRT3 124.620
TJRS 146.769 TRT2 92.703
TJPR 4.205 81.264
TRT15
TJSP 2.777
TRT1 14.953
TJSC 432.535
415.399 TRT12 118.552
TJGO
TJDFT 32.470 TRT9 104.284
TJPA 25.368 TRT18 79.336
TJPE 4.574 TRT10 78.558
TJCE 2.486 TRT6 46.043
TJMT 0 TRT5 40.815
TJMA 0 17.971
TRT7
TJBA 0
TRT8 3.962
TJES
566.955 TRT23 80.247
TJMS
TJTO 210.350 TRT13 66.444
TJSE 68.300 TRT20 52.437
TJPI 61.909 TRT24 48.710
TJRR 11.229 TRT14 45.223
TJAL 6.653 TRT17 39.417
TJAP 2.067 36.133
TRT19
TJRO 0
TRT21 19.656
TJAM 0
0 TRT16 4.787
TJAC
TJRN TRT11 3.541
TJPB TRT22 2.460
Estadual 114.474 Trabalho 72.675

0 200.000 400.000 600.000 0 50.000 150.000 250.000

Federal Militar Estadual


TRF4 138.836 TJMRS 160
TRF5 118.717
72.832 TJMMG 25
TRF1
TRF2 63.928 TJMSP 0
TRF3 59.715
Militar Estadual 30
Federal 85.348
0 50.000 150.000 250.000 Poder Judiciário 272.587

0 50.000 150.000 250.000

81
Relatório Justiça em Números 2018

Para verificar o índice de processos que tiveram concessão de justiça gratuita, calcula-se com base nos processos arquivados
definitivamente, excluídas as ações criminais. O percentual de casos solucionados com o benefício foi de 33% no ano de 2017.
Em comparação aos demais segmentos, a Justiça Militar Estadual é a de maior percentual (Figura 55). A concessão da justiça
gratuita tem crescido ao longo dos últimos 3 anos, quando o índice passou a ser calculado. Em 2015 o índice foi de 27%; em
2016, foi de 32%; e em 2017, 33% - um crescimento de 5,8 pontos percentuais no período.
Figura 55: Percentual de processos de justiça gratuita arquivados definitivamente por tribunal, em 2017
Estadual Trabalho
TJRS 54% TRT2 74%
TJSP 34% TRT3 70%
TJMG 31% TRT4 69%
TJRJ 16% 65%
TRT1
TJPR 15%
90% TRT15 0%
TJMA
73% TRT18 88%
TJMT
TJPE 62% TRT7 61%
TJES 36% TRT10 59%
TJSC 29% TRT9 45%
TJDFT 23% TRT12 21%
TJPA 21% TRT5 2%
TJBA 6%
TRT6 1%
TJGO 3%
TRT8
TJCE 0%
78% TRT14 83%
TJRN
TJAP 70% TRT23 80%
TJAC 52% TRT24 78%
TJPB 47% TRT11 71%
TJMS 38% TRT13 66%
TJAM 35% TRT16 62%
TJAL 14% 61%
TRT17
TJRR 3%
TRT21 56%
TJSE 2%
TRT22 53%
TJPI 1%
TJTO 1% TRT19 41%
TJRO 0% TRT20 0%
Estadual 28% Trabalho 48%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Superiores
STJ 11%

Militar Estadual
Federal
TRF5 87%
TJMMG 89%
TRF3 51%
TRF4 TJMRS 88%
48%
TRF2
5% TJMSP 84%
TRF1
Federal 46% Militar Estadual 85%

0% 20% 40% 60% 80% Poder Judiciário 33%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

82
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.1.2 Indicadores de produtividade


Neste tópico, são apresentados os Índices de Produtividade e a carga de trabalho dos Magistrados e dos Servidores da
Área Judiciária.
Os índices de produtividade dos magistrados (IPM) e dos servidores (IPS-Jud) são calculados pela relação entre o volume
de casos baixados e o número de magistrados e servidores que atuaram durante o ano na jurisdição. A carga de trabalho indica
o número de procedimentos pendentes e resolvidos no ano, incluindo não somente os processos principais, como também os
recursos internos e os incidentes em execução julgados e em trâmite.
O IPM e o IPS-Jud variaram positivamente no último ano em 3,3% e 7,1%, respectivamente. As cargas de trabalho, por sua
vez, mantiveram-se constantes para os magistrados e registraram crescimento para os servidores, na ordem de 3,7%.
A Figura 56 apresenta a série histórica do indicador de produtividade por magistrado. Esse indicador tem crescido desde
2014, com elevações anuais. Nesse período de 3 anos, a produtividade aumentou em 7,3%, alcançando a média de 1.819
processos baixados por magistrado, por ano, ou seja, uma média de 7,2 casos solucionados por dia útil do ano, sem descontar
períodos de férias e recessos.
A Figura 57 traz a carga de trabalho do magistrado em sua versão bruta e líquida, ou seja, com e sem a inclusão dos pro-
cessos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório como parte do acervo, respectivamente. Tais processos somam 14,5
milhões (18,1% dos casos pendentes). Em que pese a carga de trabalho bruta ter se mantido constante em 2017, a carga de
trabalho líquida diminuiu em 1,4%, o que indica que, no cômputo geral, não houve aumento do número de processos sob a
responsabilidade do magistrado, mas elevação no quantitativo de casos suspensos, sobrestados e em arquivo provisório. O
resultado é consequência da estabilidade do acervo, conforme já apontado.
A Figura 58 traz a série histórica do IPM e da carga de trabalho por segmento de justiça, em um mesmo gráfico. O distan-
ciamento entre as duas linhas deve-se à contagem do acervo na carga de trabalho que, a depender do segmento de justiça,
pode corresponder até ao triplo do fluxo de entrada e saída processual.
A Figura 59 apresenta o detalhamento de tais indicadores por tribunal. São notáveis as diferenças de produtividade dentro
de cada ramo de justiça. Na Justiça Estadual, a maior produtividade está no TJRJ, com 3.321, enquanto a menor, no TJCE, com
908, ou seja, uma diferença de 2.413 casos baixados por magistrado. Diferenças significativas também são encontradas na
Justiça Federal: a variação entre o TRF mais produtivo e menos produtivo é de 1.948 processos. Na Justiça do Trabalho existem
diferenças, mas em menor magnitude. Nesse segmento, o maior valor foi alcançado no TRT2: 1.601, e o menor, no TRT23: 828.

Figura 56: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados


2.000 1.819
1.715 1.745 1.761
1.705 1.696
1.590 1.571
1.600 1.471

1.200

800

400

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

83
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 57: Série histórica da carga de trabalho dos magistrados

7.000 6.658 6.743 6.736


6.232 6.169
6.055
5.525 5.650
5.800 5.371 6.056 5.976 5.889

4.600

3.400

2.200

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida

84
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 58: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de justiça
Estadual Superiores
19.630
8.000 7.4547.444 7.435 20.000 19.030 19.196
6.927 6.876 17.063
16.553 18.512 17.878 18.177
6.292 7.057
6.400 6.151 16.000
6.666 6.850 6.726 13.862
5.970
12.408
4.800 12.000

7.703 7.224 7.939


3.200 8.000
6.448 6.438
5.719
1.635 1.703 1.778 1.844 4.509
1.585
1.600 4.000
1.701 1.733 1.797
1.491
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
4.000 400

3.053 3.073 3.207 321


3.200 320
2.780
2.708
2.403 2.832 251 307
2.400 2.258 2.629 2.687 240 225
2.359 2.594
182 223
165 176
1.600 1.328 160 138
1.176 1.287
1.048 1.156
1.239 1.250 129
800 1.104 1.165 80 73 63
54
62
31 44 37
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


9.000 400
8.207 8.011 8.265
7.505 8.397 340
7.274 8.272 324
7.200 7.741 320
281
6.625 5.674 5.563
5.400 240 219 213
5.671 212
191
177 209
161 164 207
3.600 160 185
127 124 121
2.266 2.435 105
2.122 2.168 2.119
1.800 2.565 80
1.906 2.112 2.021

0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

85
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 59: Índice de produtividade dos magistrados, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
TJRJ 3.321 TRE−BA 246
TJSP 2.363 TRE−SP 223
TJRS 2.071 TRE−PR 197
TJMG 1.823 TRE−RJ 189
TJPR 1.650 TRE−RS 185
TJBA 2.111 TRE−MG 17
TJMT 1.983 TRE−SE 267
TJSC 1.926 TRE−GO 259
TJMA 1.634 TRE−MA 205
TJGO 1.588 TRE−PA 188
TJDFT 1.229 TRE−PB 184
TJPE 1.196 TRE−SC 174
TJES 1.136 TRE−PE 172
TJPA 923 TRE−CE 150
TJCE 908 TRE−RN 149
TJSE 2.002 TRE−PI 110
TJMS 1.577 TRE−TO 306
TJTO 1.359 TRE−MT 211
TJRN 1.278 TRE−AL 207
TJRR 1.228 TRE−AC 201
TJAL 1.223 TRE−ES 197
TJRO 1.161 TRE−MS 175
TJAC 1.141 TRE−RR 169
TJAM 1.111 TRE−RO 157
TJPI 1.105 TRE−AM 153
TJAP 1.033 TRE−AP 137
TJPB 944 TRE−DF 28
Estadual 1.844 Eleitoral 176

0 1.000 2.000 3.000 4.000 0 100 200 300

Trabalho Superiores
TRT2 1.601 STJ 11.331
TRT15 1.535 TST 8.177
TRT3 1.411
TSE 294
TRT1 1.333
STM 50
TRT4 1.146
1.458 Superior 7.939
TRT9
TRT18 1.455
TRT12 1.345 Federal
TRT6 1.309 TRF5 3.580
TRT7 1.278 TRF3 2.502
TRT8 1.189 TRF4 2.011
TRT10 1.040
TRF2 1.729
TRT5 999
TRF1 1.632
TRT11 1.500
1.421 Federal 2.119
TRT22
TRT21 1.367
TRT20 1.240
TRT16 1.228 Militar Estadual
TJMRS 159
TRT19 1.114
TRT17 1.094 TJMSP 138
TRT13 972 TJMMG 63
TRT24 929
Militar Estadual 121
TRT14 871
TRT23 828
Trabalho 1.328 Poder Judiciário 1.819

0 500 1.000 1.500 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000

86
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

No que se refere aos indicadores de produtividade por servidor, durante o ano de 2017 cada servidor baixou, em média,
151 processos - aumento de 7,1% na produtividade. A carga de trabalho foi de 561 casos, computados o acervo, os recursos
internos e os incidentes em execução. Mesmo desconsiderando os casos pendentes, que estavam suspensos ou sobrestados
ou em arquivo provisório, a carga de trabalho dos servidores aumentou para 491.
Na Justiça Estadual a produtividade por servidor aumentou 6,1%; na Justiça do Trabalho, a variação foi positiva, em 8,8%;
na Justiça Federal, a variação foi positiva, em 12,6%; e nos Tribunais Superiores, a variação foi positiva, em 12,1%. Considerando
as peculiaridades da Justiça Eleitoral, com realização de eleições municipais e presidenciais a cada dois anos de forma inter-
calada, não faz sentido analisar a variação anual de seus indicadores, mas apenas a cada ciclo de quatro anos. Nesse sentido,
comparativamente ao ano de 2013, a produtividade aumentou em 22,1%.

Figura 60: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário
200

160 151
141 138 141
129 131 129 130
126
120

80

40

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Figura 61: Série histórica da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário
600 561
542
525
490
500 470 464 472 474
452
477 480 491

400

300

200

100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida

87
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 62: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por
ramo de justiça.
Estadual Superiores
700 500
642 451
622 445
601 432
580 538 530 420 397 402
517 382 435 435
495 508 513 569 572 581 360 418
460 340

340 260

177 184
220 180 157 155 152 164
159
137 124 128 131 132 134 143 150 131
100 100
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
400 80 77
359
340 328 336 66 61 73
317
291 300 283 294
280 275 51 49
261 254 257
43 49
40
39
220 37 34 32

160 149 22
134 138 137 14
17 16
121 119 123 124 126
8 10 15 9
100 8
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


800 60 57 57
714
657 675
631 652 652 644 639
660 50
46

520 571 40 37 37
456 455 36 36
432
31 37
35 35
380 30 27 27
22 21 21
221 20
240 198 181 190 20
169 178 174 154 173

100 10
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

88
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 63: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJRJ 232 TRE−PR 61
TJRS 229 TRE−BA 58
TJPR 215 TRE−RS 46
TJSP 170 TRE−RJ 32
TJMG 147 TRE−SP 28
TJBA 183 TRE−MG 3
TJSC 179 TRE−SE 116
TJMA 154 TRE−PE 112
TJMT 151 TRE−PB 71
TJES 136 TRE−CE 60
TJGO 133 TRE−MA 59
TJCE 113 TRE−GO 50
TJPE 103 TRE−PA 41
TJPA 87 TRE−SC 40
TJDFT 85 TRE−RN 33
TJAM 154 TRE−PI 31
TJSE 143 TRE−AM 83
TJMS 139 TRE−TO 77
TJAL 131 TRE−AL 63
TJTO 115 TRE−RR 55
TJRN 113 TRE−AC 52
TJRO 105 TRE−ES 47
TJPI 105 TRE−AP 45
TJPB 98 TRE−MT 43
TJAP 95 TRE−MS 39
TJRR 92 TRE−RO 30
TJAC 88 TRE−DF 3
Estadual 159 Eleitoral 39

0 50 100 150 200 250 300 0 20 40 60 80 100 120 140

Trabalho Superiores
TRT15 198 STJ 224
TRT2 193 169
TST
TRT1 142
TSE 26
TRT3 136
117 STM 6
TRT4
TRT9 163 Superior 184
TRT7 149
TRT12 149 Federal
TRT18 146 TRF5 216
TRT6 143 TRF3 194
TRT8 135 188
TRF4
TRT10 116
TRF1 146
TRT5 115
171 TRF2 136
TRT22
TRT16 157 Federal 173
TRT20 151
TRT21 146
TRT11 139 Militar Estadual
TRT19 134 TJMRS 43
TRT24 125
TJMSP 16
TRT17 115
TJMMG 13
TRT14 106
Militar Estadual 21
TRT13 104
TRT23 95
Trabalho 149 Poder Judiciário 151

0 50 100 150 200 0 50 100 150 200 250

89
Relatório Justiça em Números 2018

4.1.3 Indicadores de desempenho e de informatização


Neste item são apresentados os indicadores de desempenho do Poder Judiciário, incluindo a taxa de congestionamento
e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD), além do percentual de processos eletrônicos nos tribunais. A taxa de conges-
tionamento mede o percentual de processos que ficaram represados sem solução, comparativamente ao total tramitado no
período de um ano. Quanto maior o índice, maior a dificuldade do tribunal em lidar com seu estoque de processos. A taxa de
congestionamento líquida, por sua vez, é calculada retirando do acervo os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo
provisório. Cumpre informar que nem todos os processos em tramitação estão aptos a serem baixados. É o caso, por exemplo,
das execuções penais, que precisam permanecer no acervo enquanto o cumprimento da pena estiver em andamento. O IAD,
por sua vez, reflete a capacidade das cortes em dar vazão ao volume de casos ingressados. O nível de informatização dos
tribunais é calculado considerando o total de casos novos ingressados eletronicamente em relação ao total de casos novos
físicos e eletrônicos, desconsideradas as execuções judiciais iniciadas. A Figura 64 apresenta a série histórica para esses quatro
indicadores simultaneamente, no período de 2009 a 2017.
Em toda a série histórica, a taxa de congestionamento do Poder Judiciário se manteve em patamares elevados, sempre acima
de 70%. As variações anuais são sutis e, em 2017, houve redução de um ponto percentual, fato até então nunca observado. Ao
longo de 8 anos, a taxa de congestionamento variou em apenas 1,5 ponto percentual.
Entre os tribunais se observam maiores variações (Figura 66). Na Justiça Estadual, com taxa de congestionamento de 74,5%,
os índices variam de 50,6% (TJRR) a 80,4% (TJAM). Na Justiça do Trabalho, com taxa de congestionamento de 55,2%, os índices
vão de 42,6% (TRT11) a 66,2% (TRT16); e na Justiça Federal, com 73,4% de congestionamento, a menor taxa está no TRF5
(54,6%) e a maior, no TRF3 (78,7%). Pela primeira vez na série histórica todos os segmentos de justiça conseguiram reduzir suas
taxas de congestionamento. A única esfera que fugiu à regra foi a Justiça Militar, que cresceu em 0,9 ponto percentual. A maior
redução foi entre os Tribunais Superiores, 4,7 pontos percentuais e entre os Tribunais Regionais Federais, 1,6 ponto percentual.
A taxa de congestionamento líquida é calculada excluindo-se os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório.
Em 2017, ela foi de 67,9%, ou seja, 4,2 pontos percentuais a menos que a taxa total (72,1%). O índice na taxa líquida reduziu ainda
mais que na bruta - 1,5 ponto percentual em relação ao ano de 2016. Os segmentos de justiça mais impactados pelo volume
de processos suspensos são a Justiça Federal, com redução na taxa de congestionamento bruta para líquida em 13,7 pontos
percentuais, e a Justiça do Trabalho, com redução de 6,5 pontos percentuais, conforme Figuras 65 e 66.
Quanto ao Índice de Atendimento à Demanda (IAD), apesar de o indicador global no Poder Judiciário alcançar 106,5%, não
houve redução do estoque, pelos motivos já explicitados no início da seção. A Justiça Federal e a Justiça Militar não alcançaram
o mínimo desejável de 100% no IAD e, durante o ano de 2017, atenderam, respectivamente, o equivalente a 96,7% e 96,5%. Na
Justiça Federal o baixo desempenho foi influenciado pelo TRF1 (IAD de 72,5%), com o menor índice dentre os 63 tribunais10.
Na Justiça Militar, pela primeira vez desde 2012, o IAD foi menor que 100%. Na Justiça Estadual, apenas cinco TJs (18,5%) não
alcançaram 100% de IAD. Na Justiça Trabalhista onze tribunais não atingiram 100%. Na Justiça Militar apenas o TJMRS superou
o patamar e na Justiça Federal, os TRFs da 3ª e 5ª Regiões conseguiram mais de 100%.
Na Justiça Eleitoral, à exceção do TRE-SE, todos os demais TREs tiveram IAD maior que 100%. Nesse caso, deve-se observar
o comportamento cíclico, representado na Figura 65, em que os dois anos de eleições municipais (2012 e 2016) possuem os
menores valores, seguidos dos dois maiores picos nos anos subsequentes (2013 e 2017). Isso provavelmente se deve ao fato
de que a demanda processual nos TREs e nas zonas eleitorais ocorre tipicamente no segundo semestre, com os processos
solucionados no ano seguinte.
Durante o ano de 2017 apenas 20,3% do total de processos novos ingressaram fisicamente. Em apenas um ano entraram
20,7 milhões casos novos eletrônicos. Nem todos esses processos tramitam no PJe, pois a Resolução CNJ 185/2013, que insti-
tuiu o PJe, abriu a possibilidade de utilização de outro sistema de tramitação eletrônica em caso de aprovação de requerimento
proposto pelo tribunal, em plenário.
Na Justiça Estadual, segundo levantamento de 2017, existiam outros oito sistemas eletrônicos em uso nos tribunais e unidades
judiciárias vinculadas (SAJ, Themis, Tucujuris, E-proc, SCPV, UDI, PROJUD, EJUD). No 1º grau, nove tribunais utilizam o PJe na

10 Desconsiderados os 27 Tribunais Regionais Eleitorais na comparação em razão de suas características de litigiosidade sazonais.
90
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

primeira instância: TJBA, TJCE, TJDFT, TJMT, TJMG, TJPA, TJPE, TJRN e TJRS. No 2º grau, apenas 3 tribunais informaram não
utilizar sistema eletrônico de tramitação processual (TJES, TJPA e TJPI).
Nos 9 anos cobertos pela série histórica, foram protocolados no Poder Judiciário 88,4 milhões de casos novos em formato
eletrônico. É notória a curva de crescimento do percentual de casos novos eletrônicos, sendo que, no último ano, o incremento
foi de 9,6 pontos percentuais. O percentual de adesão já atinge 79,7%.
Destaca-se a Justiça Trabalhista, segmento com maior índice de virtualização dos processos, com 100% dos casos novos
eletrônicos no TST e 96,3% nos Tribunais Regionais do Trabalho, sendo 86,1% no 2º grau e 99,5% no 1º grau. Em contrapartida,
na Justiça Eleitoral, apenas 11,4% dos processos judiciais foram iniciados eletronicamente. A Justiça Militar Estadual começou
a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) ao final de 2014, mas não avançou entre os anos de 2016 e 2017 (de 33,4%
para 34%, respectivamente). As justiças Federal e Estadual figuraram como os segmentos com maior avanço comparativamente
ao ano anterior, com crescimento de 8,4 e 8,0 pontos percentuais, respectivamente.
Outros cinco tribunais se distinguem positivamente por terem alcançado 100% de processos eletrônicos nos dois graus de
jurisdição: TJAL, TJAM, TJMS, TJTO, TRT9.
Na Justiça Eleitoral chama atenção o resultado do TRE-SE, com 87,2% de casos novos eletrônicos, enquanto na maioria
dos tribunais regionais os índices variam de 0% a 3%, exceto no TRE-DF e TRE-AM (18%). Na Justiça Estadual, constata-se que
alguns tribunais ainda estão em processo de implementação da política de entrada de casos novos por meio eletrônico, com
índice inferior a 50%: TJES, TJMG, TJPA, TJRS
Figura 64: Série histórica da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos
106,5%
110% 102,9% 100,5% 102,8%
98,9% 98,8% 98,4% 98,0% 100,3%

90%
79,7%
72,9% 73,0%
70,6% 72,0% 71,4% 70,8% 71,8% 71,7% 70,1%
72,1%
70%
70,1% 69,4% 67,9%

50% 45,3% 56,4%

30,4%
30%
18,4% 20,3%
11,2% 13,2%
10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento líquida


Taxa de Congestionamento bruta Índice de Processos Eletrônicos

91
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 65: Séries históricas da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos, por ramo de justiça
Estadual Superiores
110% 102,8% 107,3% 120%
103,0%
97,3% 94,6% 108,8% 110,4%
104,8%
97,8% 98,1% 104,7%
88% 96,6% 104% 102,3%
78,0%
73,0% 74,3% 74,9% 75,6%75,3%
74,5% 91,1%
66%
74,6% 73,9% 74,2%74,1% 73,1% 71,8% 88% 85,6% 85,3% 85,1%
69,9% 82,2% 81,2%
50,9% 78,8% 80,1% 77,6%
44% 72% 70,3%
36,8%
59,0%
22,3%
53,3% 55,7%
56,3% 54,5% 55,7%
22% 56% 51,0%
10,9% 13,8%
4,2% 5,7% 50,9% 51,8%
47,3%
0% 40%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
289,1% 297,7%
110% 104,9% 103,7% 300%
100,4% 100,1% 98,7%
96,7%
103,4% 105,5% 92,1%
98,0% 96,3% 240%
88%
77,0%

66% 180%
56,9%54,7%56,2% 55,2%
53,0%
49,7% 47,7% 122,9% 115,4%
44% 49,4% 51,1% 52,1% 120%
33,3% 46,7%49,3% 48,7% 128,0%

60,5%
22% 60% 42,4% 55,5%
13,4% 36,5% 40,4% 42,8% 21,2%
44,2% 20,7% 38,6% 20,3%
2,8% 2,1% 5,4% 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
40,3%
0,1% 11,4%
0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


130% 130% 126,0%
124,4%
115,0% 114,4% 114,8%

114% 108,0%112,4% 112,5% 104%


87,0% 101,7% 96,5%
108,5%
98,2% 96,7%
98% 78%

91,3%
87,9% 50,9%
82% 52% 39,1% 40,0%
75,0% 73,4%
73,2% 42,8%
38,3% 37,4% 41,9% 37,7% 38,8%
68,9% 70,2% 69,6%67,7% 69,2% 71,6%
65,9% 74,3% 39,9% 34,0%
66% 71,7% 26%
68,4% 33,4%
63,6% 13,7%
65,3% 64,6% 65,3% 62,3%
59,5% 59,1% 59,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2%
50% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento líquida
Taxa de Congestionamento bruta Índice de Processos Eletrônicos

92
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 66: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJRJ 79,7% 80,1% TRE−MG 44,7% 45,9%
TJSP 74,1% 77,6% TRE−RJ 25,4% 26,1%
TJMG 67,3% 69,0% TRE−BA 25,3% 25,7%
TJRS 66,6% 70,3% TRE−RS 13,2% 13,8%
TJPR 61,4% 67,1% TRE−SP 10,3% 12,1%
TJPE 76,4% 76,9% TRE−PR 10,1% 10,8%
TJPA 75,3% 77,5% TRE−PI 43,5% 43,9%
TJSC 74,2% 78,8% TRE−RN 43,1% 43,8%
TJCE 74,1% 75,2% TRE−PB 29,2% 29,2%
TJGO 70,6% 72,4% TRE−PA 24,8% 25,2%
TJES 69,3% 70,7% TRE−MA 19,5% 19,7%
TJMA 68,0% 69,3% TRE−GO 19,3% 20,3%
TJBA 66,2% 70,4% TRE−PE 18,3% 19,1%
TJMT 61,0% 66,1% TRE−CE 17,9% 19,0%
TJDFT 57,2% 60,3% TRE−SC 14,9% 15,1%
TJAL 74,9% 76,9% TRE−SE 8,2% 10,0%
TJPI 73,8% 74,3% TRE−DF 47,2% 48,7%
TJPB 69,6% 71,2% TRE−AM 37,1% 37,3%
TJMS 68,8% 73,4% TRE−AP 31,9% 32,2%
TJAM 68,3% 80,4% TRE−ES 23,9% 25,4%
TJTO 62,8% 65,6% TRE−MT 22,8% 23,8%
TJRO 61,4% 64,9% TRE−AL 19,0% 19,9%
TJRN 61,2% 62,9% TRE−AC 18,4% 18,9%
TJAC 57,3% 60,9% TRE−MS 16,1% 17,5%
TJAP 56,8% 57,3% TRE−RR 12,6% 13,9%
TJSE 53,0% 54,7% TRE−TO 11,9% 13,4%
TJRR 45,2% 50,6% TRE−RO 8,7% 12,7%
Estadual 71,8% 74,5% Eleitoral 20,3% 21,2%

0% 18% 36% 54% 72% 0% 12% 24% 36% 48%

Trabalho Superiores
TRT15 51,1% 54,4%
STM 29,9%
TRT4 51,0% 59,5%
49,7% 55,6% TST 48,3% 56,5%
TRT2
TRT1 48,7% 58,4% STJ 46,7% 47,1%
TRT3 41,3% 49,1% TSE 45,5% 47,6%
TRT5 60,1% 62,5% Superiores 47,3% 51,0%
TRT7 51,5% 57,5%
TRT6 49,5% 52,4%
TRT10 48,5% 60,1% Federal
TRT9 44,1% 56,8%
TRF1 67,8% 78,3%
TRT12 43,6% 52,1%
41,7% 47,0% TRF3 64,8% 78,7%
TRT18
TRT8 31,0% 44,5% TRF4 55,3% 69,8%
TRT16 64,4% 66,2% TRF2 51,3% 69,3%
TRT20 57,2% 60,3% TRF5 42,5% 54,6%
TRT19 54,7% 59,1%
54,3% 55,6% Federal 59,7% 73,4%
TRT22
TRT24 52,3% 57,6%
48,1% 49,7%
Militar Estadual
TRT21
TRT13 45,2% 46,8% TJMSP 48,0% 48,0%
TRT17 42,9% 50,4% TJMMG 46,7% 51,6%
TRT11 41,4% 42,6% TJMRS 22,9% 22,9%
TRT23 38,3% 55,3% Militar Estadual 38,8% 40,0%
TRT14 37,1% 45,7%
Trabalho 48,7% 55,2% Poder Judiciário 67,9% 72,1%
0% 16% 32% 48% 64% 0% 18% 36% 54% 72%

Taxa de congestionamento líquida Taxa de congestionamento total

93
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 67: Índice de Atendimento à Demanda, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJRJ 126,0% TRE−BA 441,1%
TJRS 107,6% TRE−SP 429,5%
TJSP 105,4% TRE−RS 385,0%
TJMG 102,7% TRE−RJ 323,3%
TJPR 90,2% TRE−PR 286,0%
TJES 121,1% TRE−MG 130,9%
TJMA 115,6% TRE−SC 458,2%
TJBA 114,7% TRE−CE 395,5%
TJGO 113,9% TRE−GO 356,5%
TJPA 112,0% TRE−PB 336,8%
TJSC 108,8% TRE−PI 300,0%
TJPE 106,4% TRE−MA 299,3%
TJDFT 102,8% TRE−PA 246,4%
TJMT 102,0% TRE−PE 219,8%
TJCE 97,1% TRE−RN 183,4%
TJRN 123,2% TRE−SE 47,1%
TJSE 119,4% TRE−AM 421,5%
TJRR 118,1% TRE−MT 407,0%
TJAC 112,6% TRE−TO 377,4%
TJPB 110,3% TRE−MS 335,3%
TJAM 109,5% TRE−ES 332,4%
TJPI 109,1% TRE−RO 330,1%
TJTO 105,5% TRE−AP 319,8%
TJAP 104,7% TRE−AC 318,4%
TJMS 93,3% TRE−AL 294,8%
TJAL 82,6% TRE−DF 182,6%
TJRO 82,1% TRE−RR 104,8%
Estadual 107,3% Eleitoral 297,7%

0% 50% 100% 150% 0% 100% 300% 500%

Trabalho Superiores
TRT2 120,1% TSE 122,3%
TRT15 105,1% STJ 112,6%
TRT3 102,9%
TST 106,7%
TRT4 96,0%
90,3% STM 92,3%
TRT1
TRT9 114,3% Superiores 110,4%
TRT6 107,9%
TRT12 104,4%
Federal
TRT18 104,3%
102,5% TRF3 129,5%
TRT8
TRT10 98,2% TRF5 106,9%
TRT7 97,0% TRF4 97,9%
TRT5 90,2% TRF2 97,8%
TRT21 121,9% TRF1 72,5%
TRT19 109,4% Federal 96,7%
TRT11 106,0%
TRT14 102,6%
TRT24 100,1% Militar Estadual
TRT20 99,2% TJMRS 125,4%
TRT22 97,3%
TJMSP 82,2%
TRT23 95,4%
TJMMG 79,2%
TRT17 94,9%
94,8% Militar Estadual 96,5%
TRT13
TRT16 86,4%
Trabalho 103,7% Poder Judiciário 106,5%

0% 50% 100% 0% 50% 100% 150%

94
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 68: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
TJSP 95,8% TRE−BA 0,6%
TJRJ 94,4% TRE−RS 0,6%
TJPR 92,4% TRE−RJ 0,6%
TJRS 36,7% TRE−PR 0,2%
TJMG 31,0% TRE−MG 0,2%
TJSC 95,1% TRE−SP 0,1%
TJBA 90,3% TRE−SE 87,2%
TJMT 76,5% TRE−CE 2,9%
TJGO 74,1% TRE−GO 2,1%
TJPE 70,6% TRE−PB 1,8%
TJMA 55,9% TRE−PI 1,2%
TJCE 54,0% TRE−PE 0,6%
TJDFT 53,0% TRE−MA 0,1%
TJPA 36,3% TRE−SC 0,0%
TJES 26,1% TRE−RN 0,0%
TJTO 100,0% TRE−PA 0,0%
TJMS 100,0% TRE−DF 18,3%
TJAL 100,0% TRE−AM 18,1%
TJAM 100,0% TRE−RR 3,8%
TJAC 99,4% TRE−MS 1,9%
TJAP 96,8% TRE−TO 1,8%
TJSE 87,3% TRE−AP 1,5%
TJRO 84,3% TRE−MT 1,1%
TJPB 82,8% TRE−AC 0,7%
TJRR 73,0% TRE−AL 0,1%
TJRN 61,1% TRE−RO 0,0%
TJPI 54,4% TRE−ES 0,0%
Estadual 78,0% Eleitoral 11,4%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Trabalho Superiores
TRT4 99,2% TST 100,0%
TRT15 96,7% STJ 76,6%
TRT3 96,2% TSE 19,4%
TRT1 96,1% STM 7,4%
TRT2 91,9% Superior 85,1%
TRT9 100,0%
TRT7 99,1% Federal
TRT18 99,0%
TRF4 98,9%
TRT6 98,4%
TRT5 96,4% TRF5 97,6%
TRT12 95,1% TRF2 96,5%
TRT10 93,0% TRF3 69,6%
TRT8 87,9% TRF1 38,4%
TRT11 99,9%
Federal 74,3%
TRT21 99,5%
TRT22 99,4%
TRT13 99,4% Militar Estadual
TRT14 99,3%
TJMSP 52,5%
TRT23 98,8%
TRT16 98,8% TJMMG 44,2%
TRT20 98,8% TJMRS 5,8%
TRT19 98,7% Militar Estadual 34,0%
TRT24 98,1%
TRT17 96,4%
Trabalho 96,3% Poder Judiciário 79,7%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

95
Relatório Justiça em Números 2018

4.1.4 Recorribilidade interna e externa


A recorribilidade externa é dada pela proporção entre o número de recursos dirigidos a órgãos jurisdicionais de instância
superior ou com competência revisora em relação ao órgão prolator da decisão e o número de decisões passíveis de recursos
dessa natureza. São computados, por exemplo, recursos como a apelação, o agravo de instrumento, os recursos especiais e
extraordinários.
A recorribilidade interna é dada pela relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão jurisdicional prolator
da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas no período de apuração. Nesse índice são considerados, por
exemplo, os embargos declaratórios e infringentes, os agravos internos e regimentais.
O diagrama apresentado na Figura 69 ilustra o fluxo de funcionamento do sistema recursal do Poder Judiciário. Os círculos
correspondem às instâncias e aos tribunais que recebem processos judiciais. As linhas e suas respectivas setas indicam os
caminhos possíveis que um processo pode percorrer na hipótese de recurso. Em cada instância/tribunal é demonstrado o número
de casos novos originários e recursais, bem como os percentuais de recorribilidade interna e externa.
Nota-se que, quanto maior a instância, maior o índice de recorribilidade, tanto externa quanto interna. Os Tribunais Superiores
acabam se ocupando, predominantemente, de casos eminentemente recursais, os quais correspondem a 88,1% de suas cargas
de trabalho. Situação similar ocorre no 2º grau. A Justiça do Trabalho e a Justiça Federal correspondem aos segmentos com
maior proporção de casos novos de 2º grau em grau de recursos - 96,8% e 92,2%, respectivamente. Nos Tribunais Estaduais a
proporção é de 80,1%, nos Tribunais Regionais Eleitorais, 56,8% e nos Tribunais de Justiça Militar, 47,6%.
No primeiro grau os índices de recorribilidade tendem a ser menores do que no 2º grau e variam significativamente entre os
segmentos de justiça. Na justiça trabalhista a recorribilidade do 1º para o 2º grau (43%) supera a do 2º grau para o TST (40%).
Em ambas as instâncias, trata-se do segmento com maior recorribilidade externa no Poder Judiciário.
A recorribilidade dos juizados especiais para as turmas recursais é maior do que da justiça comum para o 2º grau, tanto na
Justiça Estadual, quanto na Justiça Federal. Das decisões proferidas nos JEFs, 23% chegam às turmas recursais e, das deci-
sões proferidas nas varas federais, 17% chegam aos TRFs. Na Justiça Estadual, a recorribilidade externa é de 13% nos Juizados
Especiais e de 6% nas varas estaduais.

96
Figura 69: Diagrama da recorribilidade e demanda processual, em 2017

Supremo Supremo Tribunal Federal


17.536 (17,2%)
84.691 (82,8%)

Casos Novos originários


Casos Novos recursais Superior Tribunal Tribunal Superior Tribunal Superior Superior Tribunal
Recorribilidade interna de Justiça do Trabalho Eleitoral Militar
63.670 (19%) 396 (0,2%) 570 (17%) 257 (32%)
Recorribilidade externa
268.335 (81%) 206.473 (99,8%) 2.800 (83%) 557 (68%)
27% 6% 24% 44% 17% 34% 10%

Superiores

Tribunais de Tribunais Regionais Tribunais de Justiça Tribunais Regionais Tribunais Regionais


Justiça Federais Militar do Trabalho Eleitorais
468.393 (20%) 35.157 (8%) 1.365 (52%) 26.810 (3%) 11.965 (43%)
1.887.368 (80%) 416.902 (92%) 1.238 (48%) 814.665 (97%) 15.718 (57%)
19% 23% 31% 23% 10% 22% 19% 40% 14% 20%
2º grau

Varas Estaduais Varas Federais Auditorias Militares Varas do Trabalho Cartórios Eleitorais Auditorias
12.176.998 1.093.927 2.547 3.480.367 141.507 1.572
4% 6% 14% 17% 4% 16% 12% 43% 0,3% 4% - 6%

1º grau

Turmas Recursais Turmas Recursais


(Estadual) (Federal)
29.686 (4%) 8.657 (2%)
729.047 (96%) 423.082 (98%)
13% 14%

Juizados Especiais Juizados Especiais


(Estadual) (Federal)
4.916.093 1.882.504
5% 13% 3% 23%
NÚMEROS
JUSTIÇA EM

97
Relatório Justiça em Números 2018

Os dados apresentados na Figura 70 consideram tanto os recursos do 1º grau para o 2º grau quanto os recursos do 2º grau
para os Tribunais Superiores. Observa-se que a recorribilidade externa segue crescente até 2013, com tendência de redução a
partir de 2014, chegando em 2017 a um percentual de recursos às instâncias superiores por sentenças e decisões proferidas
de 11,2%. A recorribilidade interna segue crescente até 2012, declinando entre 2013 e 2016 e, em 2017, voltou a subir.
A Figura 71 apresenta os indicadores de recorribilidade por segmento de justiça, mostrando que em 2017 houve redução dos
recursos internos em todos os segmentos. A maior queda se deu na Justiça Estadual, que diminuíram de 30% para 21%. Quanto
à recorribilidade interna, houve aumento na Justiça Estadual, na Justiça do Trabalho, na Justiça Militar e nos Tribunais Superiores.
Os índices de recorribilidade por tribunal (Figura 72) apresentam grandes as variações. O TRE-RN apresentou o maior índice
de recorribilidade externa do Poder Judiciário (84%), e o TJMT, o menor (1%). Com relação à recorribilidade interna, a maior taxa
foi a do TSE (44%) e a menor, a do TJAP (0,13%).

Figura 70: Série histórica dos índices de recorribilidade interna e externa


20%

15,8%
16% 14,6% 14,6%
12,6%
12,0%
10,9% 11,3% 11,2%
12% 10,3%

9,9% 10,4% 9,9%


8% 9,8% 9,5%
8,7%
7,9% 7,5%
7,3%
4%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Recorribilidade externa
Recorribilidade interna

98
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 71: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de justiça
Estadual Superiores
20% 40%

16% 32% 30,4%


28,5%
26,7% 26,7% 26,1%
12% 24% 25,6%
10,3% 9,6% 23,9%
9,5%
8,0% 8,1%
8% 7,4% 7,5% 16%
6,0% 6,6%
7,7% 7,5%
7,2% 7,2% 7,1% 6,7% 9,3% 9,4% 9,9% 9,2%
5,7% 7,9% 6,8%
4% 5,3% 8% 6,0%
5,3%

0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Trabalho Eleitoral
60% 57,4% 20%
55,6%
53,0% 17,0%
50,2%
50% 16%
49,8% 50,4% 50,8%
42,2%
44,8%
40% 12%

8,6%
30% 8%
6,2%
7,8% 5,0%
5,0% 4,4%
20% 4% 2,7% 5,5%
2,8%
14,3% 14,5% 14,8% 13,7% 13,6% 3,6% 1,1% 1,0%
14,0% 15,7% 13,9% 1,8%
10% 13,0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


40% 30%
34,2%
32% 30,8% 30,4% 24%
28,3% 21,9% 21,3%
27,5%
25,4% 18,9%
21,4%
24% 26,3% 26,7% 18% 16,1% 17,2%
20,5% 18,1%
12,1%
16% 14,1% 14,0% 13,2% 12% 9,3% 10,5%
15,0% 11,6% 7,9%
9,9% 13,8% 6,8% 7,6% 6,7%
11,9% 12,0%
8% 6%

0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Recorribilidade externa
Recorribilidade interna

99
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 72: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
Recorribilidade interna Recorribilidade externa Recorribilidade interna Recorribilidade externa
6,7% TJRS 25,5% 10,5% TRE−MG 48,6%
12,6% TJPR 19,5% 1,8% TRE−RJ 8,5%
2,8% TJRJ 8,2% 1,4% TRE−BA 4,2%
5,3% TJSP 5,9% 0,5% TRE−RS 3,6%
8,3% TJMG 4,1% 0,6% TRE−SP 2,5%
2,8% TJGO 12,2% 0,7% TRE−PR 2,3%
6,0% TJBA 10,9% 1,6% TRE−RN 83,9%
4,5% TJSC 9,8% 1,5% TRE−GO 10,1%
5,9% TJPE 8,5% 1,2% TRE−PI 7,9%
6,0% TJES 7,9% 2,3% TRE−SE 6,8%
10,2% TJDFT 7,2% 0,6% TRE−SC 3,5%
4,0% TJPA 3,2% 0,9% TRE−PE 3,0%
33,6% TJMA 2,9% 1,1% TRE−MA 2,9%
2,0% TJCE 2,0% 0,4% TRE−PB 2,2%
4,4% TJMT 1,2% 0,3% TRE−PA 2,1%
4,7% TJMS 11,7% 0,8% TRE−CE 1,4%
0,1% TJAP 11,3% 0,2% TRE−AC 12,2%
4,3% TJTO 10,3% 0,6% TRE−MS 6,9%
34,9% TJRN 9,8% 6,0% TRE−DF 6,8%
4,2% TJPB 9,1% 2,3% TRE−AP 6,8%
4,7% TJRO 7,1% 0,6% TRE−RO 5,4%
1,7% TJRR 5,1% 1,0% TRE−MT 5,2%
3,5% TJAC 4,9% 0,8% TRE−ES 4,4%
4,3% TJAL 4,5% 1,6% TRE−AL 3,8%
9,9% TJSE 4,5% 1,9% TRE−RR 3,2%
1,6% TJPI 3,0% 1,2% TRE−AM 2,5%
15,4% TJAM 2,5% 0,3% TRE−TO 1,9%
6,7% Estadual 7,5% 1,0% Eleitoral 4,4%

Trabalho Superiores
Recorribilidade interna Recorribilidade externa Recorribilidade interna Recorribilidade externa
13,5% TRT15 49,2% 43,9% TSE 17,5%
20,3% TRT1 48,2% 34,5% STM 10,1%
9,7% TRT4 46,3% 27,4% 5,8%
STJ
14,2% TRT3 42,5%
23,7% TST
12,8% TRT2 42,4%
9,5% TRT18 42,0% 26,1% Superiores 6,0%
17,3% TRT9 40,6%
16,6% TRT5 39,7% Federal
9,1% TRT8 39,1%
22,4% TRF3 25,9%
18,7% TRT10 36,9%
9,9% TRT12 36,5% 7,4% TRF1 24,7%
13,0% TRT6 33,7% 11,3% TRF4 22,8%
7,9% TRT7 27,6% 5,9% TRF5 18,7%
10,2% TRT22 50,6% 13,8% 8,7%
TRF2
13,2% TRT23 49,3%
11,6% Federal 20,5%
10,3% TRT19 41,3%
10,7% TRT24 40,9%
9,8% 40,7% Militar Estadual
TRT14
20,1% TRT20 39,0% 15,8% TJMSP 20,4%
13,1% TRT13 38,9%
1,9% TJMRS 13,2%
8,2% TRT11 35,4%
11,6% TRT21 34,5% 8,7% TJMMG 12,3%
21,7% TRT17 32,8% 7,9% Militar 17,2%
4,6% 25,0% Estadual
TRT16
13,6% Trabalho 42,2% 8,7% Poder 11,2%
Judiciário

100
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.2 Política de priorização do primeiro grau em números


O Conselho Nacional de Justiça instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição pela
Resolução CNJ 194, de 26 de maio de 2014, com o objetivo de desenvolver, em caráter permanente, iniciativas voltadas ao
aperfeiçoamento da qualidade, da celeridade, da eficiência, da eficácia e da efetividade dos serviços judiciários da primeira
instância dos tribunais brasileiros.
Na mesma linha, o CNJ publicou, na sequência, outras duas resoluções:
• Resolução CNJ 195, de 3 de junho de 2014: determina que a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder
Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à demanda e ao acervo processual;
• Resolução CNJ 219, de 26 de abril de 2016: determina que a distribuição de servidores, de cargos em comis-
são e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à
demanda e cria critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias.
Este tópico tem como objetivo comparar os resultados do 1º grau11 e do 2º grau, a partir dos principais indicadores de
desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada tribunal, buscando compreender como os recursos humanos estão
distribuídos nos tribunais e, ainda, como tal distribuição impacta os resultados globais.

4.2.1 Distribuição de recursos humanos


Os artigos 3º e 12 da Resolução CNJ 219/2016 determinam que a quantidade total de servidores das áreas de apoio direto à
atividade judicante e a alocação de cargos em comissão e de funções de confiança de 1º e de 2º graus devem ser proporcionais
à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos a cada grau de jurisdição no último triênio. Desde 1º de julho de
2017, a redistribuição proporcional da força de trabalho entre instâncias passou a ser obrigatória, mas até dezembro de 2017
vários tribunais ainda não tinham implantado a Resolução por completo.
Neste item, verifica-se como os cargos e as funções estão distribuídos, comparando-se os percentuais do 1º grau de
jurisdição em relação aos percentuais do 2º grau nos seguintes aspectos: número de servidores lotados nas áreas judiciárias;
processos novos e em trâmite; despesas realizadas; cargos em comissão e funções comissionadas.
O Poder Judiciário concentra, no 1º grau de jurisdição, 94% do acervo processual; 85% dos processos ingressados no último
triênio; 84% dos servidores lotados na área judiciária; 69% do quantitativo de cargos em comissão; 61% em valores pagos aos
cargos em comissão; 75% do número de funções comissionadas; e 66% dos valores pagos pelo exercício das funções de con-
fiança. Na Justiça Eleitoral, não há cargos em comissão no 1º grau, pois todos estão alocados na área administrativa ou na área
judiciária de 2º grau. Na Justiça Militar Estadual, apenas o TJM-RS declarou possuir funções comissionadas.
À exceção da Justiça Militar, os ramos possuem, proporcionalmente, demanda processual superior ao total de servidores,
de cargos e de funções alocados no 1º grau de jurisdição. Com relação aos cargos em comissão, a diferença entre a demanda
e a quantidade de cargos é ainda maior (Figura 73).
O percentual de servidores da área judiciária no primeiro grau de jurisdição deveria seguir a proporção dos casos novos, ou
seja, 87%. No entanto, o percentual em 2017 foi de 85,3%, com aumento de 0,4 ponto percentual em relação a 2016, restando
1,7 ponto percentual para atingir a equivalência.

11 Nesta seção, considera-se como 1º grau a soma do juízo comum, dos juizados especiais e das turmas recursais
101
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 73: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no
primeiro grau de jurisdição, por ramo de justiça, em 2017
Funções comissionadas Cargos em comissão Servidores da área judiciária Média de Casos novos no triênio

88%
0%
Eleitoral
88%
93%

78%
73%
Estadual
87%
88%

82%
Federal 62%
84%
87%

71%
Trabalho
56%
76%
82%

44%
Militar
Estadual 44%
58%
57%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

4.2.2 Indicadores de produtividade


O 1º grau de jurisdição possui o maior quantitativo de casos novos, carga de trabalho e produtividade por magistrado e por
servidor da área judiciária. Nos indicadores de casos novos por magistrado e por servidor, os valores são próximos. As diferenças
se acentuam quando as execuções passam a ser incluídas e, principalmente, quando o acervo é considerado, como ocorre na
carga de trabalho, em que o valor do 1º grau é mais do que o dobro do valor do 2º grau.
Na Justiça Federal ocorre o inverso. Os indicadores por magistrado são maiores no 2º grau. Casos novos por servidor e por
magistrado, apresentados nas Figuras 74 a 77, desconsideram as execuções judiciais iniciadas, consoante critérios da Resolução
CNJ 76/2009. Além da Justiça Federal e da Justiça Estadual, outros 12 tribunais possuem carga de trabalho maior no 2º grau
do que no 1º grau: TJES, TJMRS, TRT1, TRT3, TRT4, TRT5, TRT13, TRT14, TRT15, TRT17, TRT18, TRT23.
Os casos novos por magistrado reduziram-se no último ano, tanto no 1º quanto no 2º grau (Figura 75). A produtividade (IPM),
por sua vez, cresceu nas duas instâncias (Figura 83). No 1º grau o IPM aumentou em 2,8% e no 2º grau, em 5,5%. A carga de
trabalho da magistratura permaneceu estável no 1º grau, mas subiu no 2º grau. Na taxa líquida houve redução no 1º grau - pos-
sível reflexo da estabilização do acervo com aumento dos suspensos/sobrestados. (Figura 79).
A produtividade dos servidores da área judiciária de 1º grau vem em constante crescimento desde 2013 (Figura 84).
Em quatro órgãos a produtividade dos servidores de 1º grau chega a ser mais do que o triplo comparada à do 2º grau: TRT7,
TRF5, TJMA, TRT16.

102
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 74: Casos novos por magistrado, de acordo com tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
966 TJRJ 2.913 103 TRE−PR 67
1.918 TJSP 2.037 187 TRE−BA 51
1.148 TJPR 1.827 251 TRE−RJ 50
1.902 TJRS 1.642 331 TRE−SP 47
1.711 TJMG 1.528 140 TRE−RS 44
995 TJSC 1.915 358 TRE−MG 5
1.445 TJMT 1.862 1.262 TRE−SE 399
694 TJBA 1.829 43 TRE−PA 81
950 TJGO 1.379 101 TRE−RN 80
1.189 TJMA 1.320 89 TRE−PE 78
863 TJPE 1.063 108 TRE−MA 66
1.001 TJDFT 1.045 163 TRE−GO 66
694 TJCE 906 32 TRE−PB 57
1.038 TJES 846 72 TRE−SC 36
680 TJPA 801 87 TRE−CE 35
1.233 TJMS 1.521 97 TRE−PI 32
1.904 TJSE 1.343 16 TRE−RR 288
656 TJRO 1.337 35 TRE−TO 91
2.302 TJAL 1.285 34 TRE−AC 86
1.677 TJTO 1.050 48 TRE−AL 74
642 TJPI 1.020 15 TRE−AP 62
529 TJAM 975 45 TRE−ES 61
345 TJAP 954 36 TRE−RO 50
1.872 TJRN 885 82 TRE−MT 48
492 TJAC 883 86 TRE−MS 47
510 TJRR 870 91 TRE−AM 30
1.353 TJPB 760 45 TRE−DF 6
1.356 Estadual 1.598 143 Eleitoral 53

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau

1.564 TRT1 1.056 2.405 TRF5 2.876


1.558 TRT2 1.044
1.708 TRT3 1.029 5.206 TRF4 1.777
2.191 TRT15 1.027 4.502 1.714
TRF1
1.636 TRT4 825
778 TRT7 1.084 2.780 TRF3 1.707
1.848 TRT18 1.018
1.557 TRF2 1.456
1.580 TRT9 954
1.597 TRT12 924 3.312 Federal 1.817
914 TRT8 906
1.452 TRT6 841
1.125 TRT10 769 Militar Estadual
1.611 TRT5 751
1.030 TRT11 1.226 2º grau 1º grau
1.043 TRT16 1.192 142 TJMSP 152
1.086 TRT22 1.074
1.209 TRT20 961 41 TJMMG 102
1.385 TRT17 762 190 50
TJMRS
860 TRT19 751
1.034 747 124 Militar 102
TRT21 Estadual
1.236 TRT13 709
1.241 TRT24 653
1.116 TRT23 642 2º grau 1º grau
1.149 TRT14 575 Poder
1.503 1.499
1.513 Trabalho 938 Judiciário

103
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 75: Série histórica de casos novos por magistrado

2.000

1.800

1.594 1.571 1.572


1.600 1.553
1.526 1.503
1.428 1.445
1.515 1.536
1.400 1.351 1.485 1.493 1.499
1.423
1.364
1.321 1.301
1.200

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1º Grau
2º Grau

Figura 76: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária
200

178

156

131 129
134 125 127
121 120 122 122 120

112 120 123


115
108
105
100 102 101
90 95
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1º Grau
2º Grau

104
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 77: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
106 TJPR 255 10 TRE−PR 23
119 TJRJ 180 20 TRE−BA 13
247 TJRS 175 12 TRE−RS 12
226 TJSP 135 24 TRE−RJ 9
146 TJMG 122 13 TRE−SP 6
123 TJSC 166 12 TRE−MG 1
101 TJBA 148 368 TRE−SE 196
104 TJMT 143 8 TRE−PE 80
78 TJMA 131 4 TRE−PB 26
66 TJGO 119 9 TRE−MA 22
83 TJCE 114 13 TRE−RN 19
82 TJES 107 10 TRE−PA 18
59 TJPE 94 9 TRE−CE 17
53 TJDFT 77 17 TRE−GO 13
60 TJPA 76 12 TRE−PI 10
153 TJAL 148 7 TRE−SC 9
44 TJAM 147 6 TRE−RR 89
161 TJMS 126 4 TRE−TO 29
81 TJRO 115 10 TRE−AL 24
73 TJTO 100 4 TRE−AP 23
99 TJSE 99 28 TRE−AM 18
62 TJPI 96 13 TRE−AC 18
29 TJAP 89 9 TRE−ES 15
78 TJPB 84 13 TRE−MT 10
115 TJRN 81 26 TRE−MS 10
58 TJAC 63 7 TRE−RO 10
73 TJRR 58 8 TRE−DF 1
133 Estadual 135 17 Eleitoral 12

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
188 TRT15 145 88 TRF5 184
143 TRT2 135
107 TRT1 127 242 TRF4 179
139 TRT3 104 178 164
TRF1
119 TRT4 92
56 TRT7 147 108 TRF3 152
92 TRT9 129
60 TRF2 130
113 TRT12 114
110 TRT18 113 133 Federal 163
101 TRT6 100
79 TRT10 99
126 TRT8 98 Militar Estadual
138 TRT5 92
2º grau 1º grau
73 TRT16 183
86 TRT22 155 13 TJMMG 16
139 TRT20 118
99 TRT11 112 20 TJMSP 15
53 TRT13 108
47 TJMRS 15
98 TRT24 99
84 TRT17 96 Militar
26 Estadual 15
101 TRT19 91
99 TRT21 82
85 TRT14 79 2º grau 1º grau
83 TRT23 79 Poder
117 115 123 Judiciário 127
Trabalho

105
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 78: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.685 TJRJ 21.519 360 TRE−BA 332
3.339 TJSP 12.352 629 TRE−SP 248
3.834 TJRS 7.954 220 TRE−PR 222
4.258 TJMG 6.343 1.112 TRE−RJ 221
3.316 TJPR 5.771 233 TRE−RS 216
2.589 TJSC 11.089 560 TRE−MG 21
1.339 TJBA 8.409 154 TRE−SE 337
3.160 TJMT 6.495 344 TRE−GO 326
2.032 TJGO 6.421 153 TRE−RN 278
1.885 TJMA 5.847 105 TRE−PB 276
2.726 TJPE 5.561 84 TRE−PA 275
2.298 TJPA 4.371 257 TRE−MA 258
4.308 TJES 4.113 175 TRE−PE 217
2.230 TJCE 3.868 121 TRE−SC 212
2.417 TJDFT 3.383 153 TRE−PI 200
2.593 TJMS 6.819 190 TRE−CE 187
2.550 TJAM 6.626 66 TRE−TO 416
4.073 TJAL 5.516 47 TRE−AC 408
2.098 TJPI 4.611 37 TRE−RR 343
4.413 TJSE 4.610 47 TRE−AP 314
3.394 TJTO 4.088 192 TRE−MT 290
1.743 TJRO 3.804 83 TRE−AL 290
3.327 TJRN 3.610 93 TRE−ES 288
2.642 TJPB 3.358 188 TRE−AM 253
1.079 TJAC 3.350 122 TRE−MS 226
954 TJRR 2.955 72 TRE−RO 207
814 TJAP 2.646 178 TRE−DF 17
2.877 Estadual 8.224 217 Eleitoral 226

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
3.518 TRT2 3.928 14.013 TRF3 12.049
3.587 TRT1 3.572
4.125 3.543 7.462 TRF5 8.174
TRT15
3.194 TRT4 3.031 26.175 TRF1 6.834
3.144 TRT3 3.014
3.354 TRT9 3.699 12.997 TRF4 6.482
1.471 TRT7 3.532 6.155 5.889
TRF2
2.590 TRT12 3.087
2.611 TRT6 3.067 13.944 Federal 7.783
2.299 TRT10 3.014
3.150 TRT18 2.897
3.566 TRT5 2.859 Militar Estadual
1.425 TRT8 2.483
2.408 4.040 2º grau 1º grau
TRT16
1.979 TRT22 3.885 259 TJMSP 315
2.708 TRT20 3.745
1.828 TRT21 3.157 76 TJMMG 208
1.667 TRT19 3.096 278 TJMRS 141
1.797 TRT11 3.069
2.941 TRT17 2.384 Militar
204 Estadual 222
2.234 TRT24 2.364
2.263 TRT23 1.970
2.192 TRT13 1.961 2º grau 1º grau
2.043 TRT14 1.653 Poder
3.040 Trabalho 3.240 3.531 Judiciário 7.219

106
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 79: Série histórica da carga de trabalho do magistrado


8.000
7.150 7.250 7.219
6.731 6.622
6.800 6.522
5.916 6.058
5.747 6.498 6.411 6.284
5.600

4.400
3.426 3.370 3.386 3.531
3.269 3.218
2.953 3.099
3.200 2.912
3.081 3.060 3.202

2.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1º Grau (taxa bruta) 2º Grau (taxa bruta)
1º Grau (taxa líquida) 2º grau (taxa líquida)

Figura 80: Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária


700

611
593
600 576
543
516 512 522 521
501
500 523 525 532

400

289
300 264
245 254
221 232 231 229
216
262
200 232 238

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017


1º Grau (taxa bruta) 2º Grau (taxa bruta)
1º Grau (taxa líquida) 2º grau (taxa líquida)

107
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 81: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
207 TJRJ 1.328 38 TRE−BA 82
498 TJRS 850 22 TRE−PR 75
393 TJSP 821 21 TRE−RS 58
306 TJPR 806 105 TRE−RJ 39
363 TJMG 506 24 TRE−SP 33
319 TJSC 962 19 TRE−MG 5
195 TJBA 679 15 TRE−PE 222
124 TJMA 579 45 TRE−SE 165
142 TJGO 554 14 TRE−PB 128
340 TJES 518 20 TRE−CE 91
228 TJMT 500 20 TRE−MA 86
187 TJPE 494 36 TRE−GO 67
266 TJCE 485 20 TRE−RN 65
203 TJPA 416 20 TRE−PI 63
128 TJDFT 248 20 TRE−PA 60
213 TJAM 1.000 12 TRE−SC 54
270 TJAL 633 57 TRE−AM 150
339 TJMS 565 8 TRE−TO 134
201 TJPI 435 13 TRE−AP 116
149 TJTO 388 13 TRE−RR 105
152 TJPB 369 18 TRE−AL 94
230 TJSE 341 18 TRE−AC 83
204 TJRN 331 19 TRE−ES 71
216 TJRO 328 30 TRE−MT 61
69 TJAP 246 37 TRE−MS 48
127 TJAC 239 14 TRE−RO 39
136 TJRR 196 31 TRE−DF 2
283 Estadual 695 26 Eleitoral 53

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
323 TRT2 508 546 TRF3 1.073
354 TRT15 500
245 430 1.035 TRF1 654
TRT1
233 TRT4 340 604 TRF4 654
256 TRT3 303
195 TRT9 502 238 TRF2 526
106 TRT7 478 274 522
TRF5
162 TRT10 387
183 TRT12 381 558 Federal 698
181 TRT6 366
305 TRT5 350
187 TRT18 321 Militar Estadual
197 TRT8 269
167 TRT16 620 2º grau 1º grau
157 TRT22 561 70 TJMRS 41
311 TRT20 462
196 TRT19 375 24 TJMMG 32
177 TRT24 358
176 348 37 TJMSP 31
TRT21
179 TRT17 301 Militar
43 Estadual 33
94 TRT13 298
173 TRT11 281
168 TRT23 243 2º grau 1º grau
151 TRT14 227 Poder
236 398 289 611
Trabalho Judiciário

108
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 82: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), por tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
953 TJRJ 4.031 251 TRE−BA 246
1.645 TJSP 2.516 273 TRE−SP 222
2.186 TJRS 2.045 141 TRE−PR 199
1.607 TJMG 1.854 135 TRE−RJ 191
1.232 TJPR 1.719 185 TRE−RS 185
664 TJBA 2.381 316 TRE−MG 10
904 TJSC 2.211 109 TRE−SE 305
1.231 TJMT 2.079 229 TRE−GO 261
716 TJMA 1.733 122 TRE−MA 210
980 TJGO 1.676 24 TRE−PA 210
870 TJPE 1.232 67 TRE−PB 195
1.386 TJDFT 1.198 81 TRE−SC 181
954 TJES 1.152 121 TRE−PE 175
557 TJPA 959 84 TRE−CE 154
674 TJCE 934 126 TRE−RN 151
2.251 TJSE 1.978 107 TRE−PI 110
1.214 TJMS 1.652 29 TRE−TO 365
549 TJRR 1.412 39 TRE−AC 330
1.442 TJTO 1.350 24 TRE−RR 296
1.103 TJRN 1.291 60 TRE−AL 231
575 TJAC 1.264 69 TRE−MT 228
684 TJRO 1.253 44 TRE−ES 218
711 TJAM 1.162 22 TRE−AP 218
695 TJPI 1.157 60 TRE−MS 191
1.821 TJAL 1.155 48 TRE−RO 183
426 TJAP 1.116 117 TRE−AM 157
1.050 TJPB 936 86 TRE−DF 9
1.289 Estadual 1.940 107 Eleitoral 181

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.560 TRT2 1.609 1.591 TRF5 3.749
1.796 TRT15 1.492
1.542 1.384 3.687 TRF3 2.345
TRT3
1.280 TRT1 1.344 5.484 TRF4 1.753
1.292 TRT4 1.115
1.466 TRT9 1.457 1.852 TRF2 1.715
1.714 TRT18 1.418 4.046 TRF1 1.510
649 TRT7 1.417
1.333 TRT12 1.347 3.522 Federal 2.000
1.476 TRT6 1.285
805 TRT8 1.281
904 TRT10 1.071 Militar Estadual
1.113 TRT5 980
2º grau 1º grau
744 TRT11 1.740
987 TRT22 1.559 128 TJMSP 147
911 TRT21 1.483
909 1.325 44 TJMMG 85
TRT20
915 TRT16 1.289 269 TJMRS 49
835 TRT19 1.167
1.231 TRT17 1.063 147 Militar 94
1.244 TRT13 918 Estadual
1.302 TRT24 870
835 TRT23 827 2º grau 1º grau
1.166 TRT14 818 Poder
1.421 Judiciário 1.854
1.324 Trabalho 1.328

109
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 83: Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)


2.000
1.854
1.803
1.800 1.730 1.755
1.726 1.717
1.630
1.590
1.600
1.497 1.480 1.501
1.418 1.407 1.421
1.400 1.342 1.347
1.245 1.242
1.200

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

Figura 84: Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud)
200

178

157
156 150 148
141
134 136 134 135
132
134
116
113
112 105 105
101 101
98
94 94
90
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

110
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 85: Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud), por tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
117 TJRJ 249 14 TRE−PR 67
114 TJPR 240 26 TRE−BA 61
284 TJRS 218 16 TRE−RS 50
194 TJSP 167 13 TRE−RJ 33
137 TJMG 148 10 TRE−SP 29
97 TJBA 192 11 TRE−MG 2
111 TJSC 192 11 TRE−PE 180
47 TJMA 171 32 TRE−SE 150
89 TJMT 160 9 TRE−PB 90
75 TJES 145 9 TRE−CE 75
68 TJGO 145 10 TRE−MA 70
80 TJCE 117 24 TRE−GO 53
60 TJPE 109 8 TRE−SC 46
49 TJPA 91 6 TRE−PA 46
73 TJDFT 88 17 TRE−RN 36
59 TJAM 175 14 TRE−PI 35
118 TJSE 146 4 TRE−TO 118
159 TJMS 137 36 TRE−AM 93
121 TJAL 133 8 TRE−RR 91
63 TJTO 128 6 TRE−AP 81
68 TJRN 118 13 TRE−AL 75
67 TJPI 109 15 TRE−AC 67
85 TJRO 108 9 TRE−ES 54
36 TJAP 104 11 TRE−MT 48
61 TJPB 103 18 TRE−MS 41
78 TJRR 94 9 TRE−RO 35
68 TJAC 90 15 TRE−DF 1
127 Estadual 164 13 Eleitoral 42

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
154 TRT15 211 58 TRF5 239
143 TRT2 208
87 TRT1 162 144 TRF3 209
125 TRT3 139 255 177
TRF4
94 TRT4 125
85 TRT9 198 72 TRF2 153
47 TRT7 192
160 TRF1 144
94 TRT12 166
102 TRT18 157 141 Federal 179
103 TRT6 153
111 TRT8 139
64 TRT10 137 Militar Estadual
95 TRT5 120 2º grau 1º grau
78 TRT22 225
64 TRT16 198 67 TJMRS 14
88 TRT21 163 TJMSP
18 14
104 TRT20 163
72 TRT11 160 14 TJMMG 13
98 TRT19 141 Militar
31 Estadual 14
54 TRT13 139
75 TRT17 134
103 TRT24 132
86 TRT14 113 2º grau 1º grau
62 TRT23 102 116 Poder 157
103 Trabalho 163 Judiciário

111
Relatório Justiça em Números 2018

4.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização


Como já observado, o percentual de processos que ingressa eletronicamente no Poder Judiciário tem crescido linearmente,
em curva acentuada, desde 2012. Na série histórica apresentada na Figura 86, é possível constatar que a curva do 1º grau está
acima da do 2º grau em todo o período.
A Figura 87 apresenta o índice de processos eletrônicos por tribunal e instância. A Justiça do Trabalho se destaca positi-
vamente por apresentar 100% dos processos de 1º grau ingressados eletronicamente, com apenas cinco tribunais abaixo do
índice de 100%. A Justiça Eleitoral foi a única que deu início ao processo de informatização pelo 2º grau, sendo o TRE-SE o
único com processos eletrônicos em 1º grau; todos os demais regionais apresentam índice igual a zero. Fora esse segmento,
apenas em seis tribunais se verifica informatização mais avançada no 2º do que no 1º grau: TJAM, TJCE, TJRJ, TJSE, TJMSP,
TJMMG (Figura 88).
A Figura 89 traz a comparação do Índice de Atendimento à Demanda (IAD) entre o 1º e 2º grau. Observa-se que somente
nos anos de 2012 e 2013 o indicador do 2º grau superou o do 1º grau. Em 2017, o IAD no 2º grau foi de 95%, enquanto no 1º
grau, foi de 108%.
A Figura 90 apresenta os dados comparativos para a Taxa de Congestionamento, com diferenças significativas entre as
duas instâncias, tanto com relação à taxa bruta, quanto à líquida: na taxa bruta a diferença entre as instâncias é de 20 pontos
percentuais e na líquida de 21 pontos percentuais.
O 2º grau, com melhor resultado, possui taxa de congestionamento líquida de 48% e um estoque próximo à demanda. No
1º grau o estoque equivale a 3 vezes o quantitativo de casos novos.
Figura 86: Série histórica do índice de casos novos eletrônicos
90% 82,3%
73,4%
72%
63,4%
58,7%

54% 46,9% 48,4%


39,7%
36% 31,1% 29,8%

19,0% 21,0%
14,6% 17,3%
18% 12,8%
5,9% 7,6%
0,2% 2,5%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

112
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 87: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
75% TJSP 100% 1% TRE−SP 0%
19% TJPR 100% 5% TRE−RS 0%
100% TJRJ 94% 3% TRE−RJ 0%
33% TJRS 38% 3% TRE−PR 0%
19% TJMG 33% 0% TRE−MG 0%
80% TJSC 97% 6% TRE−BA 0%
0% TJBA 97% 94% TRE−SE 82%
39% TJMT 80% 0% TRE−SC 0%
66% TJGO 75% 0% TRE−RN 0%
35% TJPE 74% 6% TRE−PI 0%
25% TJMA 59% 10% TRE−PE 0%
37% TJDFT 56% 38% TRE−PB 0%
100% TJCE 50% 0% TRE−PA 0%
19% TJPA 38% 1% TRE−MA 0%
0% TJES 29% 13% TRE−GO 0%
100% TJTO 100% 21% TRE−CE 0%
100% TJMS 100% 0% TRE−RO 0%
33% TJAP 100% 24% TRE−TO 0%
100% TJAL 100% 83% TRE−RR 0%
100% TJAM 100% 9% TRE−MS 0%
99% TJAC 99% 6% TRE−MT 0%
31% TJPB 89% 0% TRE−ES 0%
68% TJRO 86% 25% TRE−DF 0%
100% TJSE 86% 69% TRE−AM 0%
0% TJRR 85% 11% TRE−AP 0%
10% TJRN 69% 1% TRE−AL 0%
0% TJPI 59% 3% TRE−AC 0%
57% Estadual 81% 35% Eleitoral 7%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
85% TRT3 100% 97% TRF4 99%
88% TRT15 100%
84% TRT1 100% 77% TRF5 99%
98% TRT4 100% 87% 98%
TRF2
69% TRT2 99%
100% TRT9 100% 28% TRF3 78%
87% TRT5 100%
19% TRF1 41%
95% TRT18 100%
92% TRT6 100% 56% Federal 77%
74% TRT10 100%
81% TRT12 99%
98% TRT7 99% Militar Estadual
71% TRT8 92% 2º grau 1º grau
99% TRT11 100%
95% TRT20 100% 59% TJMSP 47%
98% TRT21 100%
92% TRT24 100% 67% TJMMG 33%
88% TRT17 100% TJMRS
3% 18%
92% TRT16 100%
98% TRT14 100% 31% Militar 38%
98% TRT13 100% Estadual
98% TRT22 100%
93% TRT19 100% 2º grau 1º grau
98% TRT23 99% Poder
63% Judiciário 82%
86% Trabalho 100%

113
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 88: Índice de Atendimento à Demanda (IAD), por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
99% TJRJ 129% 134% TRE−BA 480%
86% TJSP 109% 82% TRE−SP 473%
115% TJRS 106% 132% TRE−RS 419%
94% TJMG 104% 54% TRE−RJ 381%
107% TJPR 89% 137% TRE−PR 295%
92% TJES 124% 88% TRE−MG 199%
60% TJMA 121% 112% TRE−SC 509%
96% TJBA 116% 96% TRE−CE 444%
103% TJGO 115% 140% TRE−GO 397%
82% TJPA 114% 111% TRE−PI 348%
91% TJSC 111% 210% TRE−PB 343%
101% TJPE 107% 113% TRE−MA 316%
85% TJMT 104% 56% TRE−PA 260%
138% TJDFT 97% 136% TRE−PE 225%
97% TJCE 97% 125% TRE−RN 190%
59% TJRN 132% 9% TRE−SE 76%
118% TJSE 120% 129% TRE−AM 525%
108% TJRR 119% 85% TRE−MT 473%
78% TJPB 114% 70% TRE−MS 404%
117% TJAC 112% 84% TRE−TO 401%
108% TJPI 109% 112% TRE−AC 385%
86% TJTO 108% 133% TRE−RO 364%
134% TJAM 108% 98% TRE−ES 357%
124% TJAP 104% 148% TRE−AP 348%
98% TJMS 93% 126% TRE−AL 313%
79% TJAL 83% 191% TRE−DF 160%
104% TJRO 80% 150% TRE−RR 103%
95% Estadual 109% 74% Eleitoral 341%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
100% TRT2 125% 133% TRF3 129%
82% TRT15 111%
90% TRT3 106% 66% TRF5 109%
79% TRT4 101% 105% 96%
TRF4
82% TRT1 92%
93% TRT9 120% 119% TRF2 96%
83% TRT12 109%
90% TRF1 71%
102% TRT6 109%
93% TRT18 107% 106% Federal 95%
88% TRT8 105%
80% TRT10 103%
83% TRT7 99% Militar Estadual
69% TRT5 96%
2º grau 1º grau
88% TRT21 130%
72% TRT11 113% 142% TJMRS 77%
97% TRT19 111%
91% TJMSP 76%
75% TRT20 105%
101% TRT14 103% 108% TJMMG 68%
105% TRT24 99%
119% Militar 74%
75% TRT23 99% Estadual
91% TRT22 99%
89% TRT17 97%
101% TRT13 93% 2º grau 1º grau
88% TRT16 86% Poder
95% 108%
88% Trabalho 108% Judiciário

114
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 89: Série histórica do índice de atendimento à demanda


110% 108%

104% 103%
104% 102%
101%
99% 100% 100% 99% 98%
98% 95%
94% 98% 99% 98% 95%

92%
93%

86% 88%

80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

Figura 90: Série histórica da taxa de congestionamento


80%
74,9% 74,6%
73,5% 73,1% 72,7% 73,6% 73,3% 73,7%
72,0%
72%
72,3%
71,1%
69,6%
64%

54,7% 53,9%
56% 52,3%
51,2% 51,9%
49,7%
48,3% 47,9%
47,0%
48%
49,1% 48,3%
42,1%

40%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1º Grau (taxa bruta) 2º Grau (taxa bruta)
1º Grau (taxa líquida) 2º grau (taxa líquida)

115
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 91: Taxa de congestionamento, por tribunal, em 2017


Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
35% TJRJ 81% 37% TRE−MG 51%
44% TJSP 79% 20% TRE−BA 26%
35% TJRS 74% 14% TRE−RS 14%
57% TJMG 70% 87% TRE−RJ 14%
57% TJPR 68% 53% TRE−SP 10%
62% TJSC 80% 29% TRE−PR 10%
75% TJPA 78% 12% TRE−RN 45%
63% TJPE 78% 25% TRE−PI 45%
70% TJCE 76% 25% TRE−PB 29%
45% TJGO 74% 67% TRE−PA 24%
47% TJBA 71% 27% TRE−GO 20%
65% TJES 71% 22% TRE−PE 19%
58% TJMA 70% 47% TRE−MA 18%
52% TJMT 67% 53% TRE−CE 17%
35% TJDFT 64% 28% TRE−SC 15%
52% TJAM 81% 21% TRE−SE 9%
53% TJAL 79% 50% TRE−DF 44%
42% TJMS 75% 28% TRE−AM 38%
65% TJPI 75% 48% TRE−AP 31%
58% TJPB 72% 50% TRE−ES 24%
55% TJTO 67% 61% TRE−MT 21%
58% TJRO 66% 21% TRE−AL 20%
62% TJRN 63% 17% TRE−AC 19%
45% TJAC 62% 48% TRE−MS 15%
45% TJAP 58% 24% TRE−RR 13%
42% TJSE 56% 52% TRE−TO 12%
39% TJRR 52% 29% TRE−RO 11%
49% Estadual 76% 46% Eleitoral 20%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
55% TRT4 61% 69% TRF3 80%
59% TRT1 58%
50% 57% 82% TRF1 78%
TRT2
52% TRT15 55% 52% TRF4 72%
43% TRT3 50%
64% TRT5 62% 63% TRF2 70%
51% TRT10 61% 74% 53%
TRF5
51% TRT7 58%
49% TRT9 58% 71% Federal 74%
35% TRT6 54%
41% TRT12 54%
40% TRT18 48% Militar Estadual
36% TRT8 46% 2º grau 1º grau
59% TRT16 67%
34% 61% 1% TJMRS 65%
TRT24
41% TRT19 61%
32% TJMMG 59%
60% TRT20 60%
44% TRT22 57% 43% TJMSP 51%
57% TRT23 55% Militar
50% TRT17 51% 22% Estadual 57%
46% TRT21 50%
34% TRT13 49%
37% TRT14 48% 2º grau 1º grau
54% TRT11 40% Poder
50% Trabalho 56% 54% Judiciário 74%

116
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.2.4 Recorribilidade interna e externa


A recorribilidade no Poder Judiciário é mais frequente na 2ª instância e nos Tribunais Superiores, comparativamente à 1ª
instância. A recorribilidade interna do 2º grau chega a ser 3.5 vezes mais frequente que a do 1º grau (Figura 93).
Os embargos de declaração interpostos no 1º grau representam 6% das decisões, sendo mais aplicado na Justiça Trabalhista
(11,6%). No 2º grau, são os recursos internos: os agravos, os embargos de declaração, os embargos infringentes, as arguições
de inconstitucionalidade e os incidentes de uniformização de jurisprudência. A recorribilidade interna no 2º grau supera signi-
ficativamente a do 1º, sendo de 21% no total do Poder Judiciário e de 31% nos TRFs (Figura 92).
Os recursos das decisões de 2º grau endereçados aos Tribunais Superiores (27% dos casos) correspondem a 2,8 vezes a
recorribilidade identificada no 1º grau e encaminhados aos tribunais (10% dos casos), conforme demonstram as Figuras 94 e
95. Os índices de recorribilidade interna no 1º e 2º graus reduziram-se no período de 2012 a 2016, com elevação em 2017. Na
recorribilidade externa, 2017 foi o quarto ano consecutivo de queda do índice, em ambas as instâncias.

117
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 92: Recorribilidade interna, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
21,8% TJPR 11,3% 17,0% TRE−RJ 0,8%
16,6% TJMG 6,7% 14,0% TRE−MG 0,6%
18,2% TJSP 3,5% 16,1% TRE−PR 0,3%
17,9% TJRS 2,9% 20,6% TRE−BA 0,3%
17,5% TJRJ 0,7% 16,4% TRE−SP 0,2%
15,6% TJMA 35,2% 13,3% TRE−RS 0,1%
24,7% TJDFT 6,7% 19,4% TRE−SE 1,1%
21,7% TJBA 4,9% 7,7% TRE−RN 0,9%
33,3% TJES 4,1% 21,6% TRE−MA 0,5%
29,0% TJPE 3,9% 9,8% TRE−CE 0,4%
10,6% TJPA 3,1% 8,0% TRE−SC 0,3%
16,6% TJMT 2,5% 16,9% TRE−PE 0,2%
16,1% TJSC 2,3% 10,6% TRE−PI 0,0%
TJCE 2,2% 11,7% TRE−GO 0,0%
21,6% TJGO 1,2% 12,4% TRE−PB 0,0%
19,4% TJRN 36,4% 15,2% TRE−PA 0,0%
31,2% TJSE 7,6% 12,7% TRE−AL 1,0%
181,0% TJAM 5,9% 3,6% TRE−RR 0,9%
8,6% TJRO 4,3% 7,5% TRE−DF 0,6%
4,7% TJAL 4,2% 5,8% TRE−ES 0,5%
10,3% TJTO 3,2% 14,8% TRE−MT 0,3%
24,9% TJPB 2,4% 7,5% TRE−RO 0,0%
32,4% TJAC 2,3% 17,7% TRE−AM 0,0%
6,5% TJRR 0,9% 17,1% TRE−TO 0,0%
23,4% TJMS 0,5% 11,2% TRE−MS 0,0%
9,2% TJAP 0,0% 28,0% TRE−AP 0,0%
13,4% TJPI 0,0% 2,3% TRE−AC 0,0%
19,4% Estadual 4,8% 13,7% Eleitoral 0,3%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
23,7% TRT1 19,1% 43,0% TRF3 15,5%
16,8% TRT3 12,9%
16,3% TRT15 12,4% 22,5% TRF4 8,3%
19,4% TRT2 10,7% 36,6% TRF2 8,3%
13,9% TRT4 7,5%
21,7% TRT9 15,5% 28,8% TRF5 3,7%
30,6% TRT10 14,3% 29,1% 2,7%
TRF1
27,3% TRT5 12,7%
16,5% TRT6 11,9% 31,4% Federal 7,0%
12,9% TRT12 8,7%
14,1% TRT18 8,2%
22,2% TRT8 6,8% Militar Estadual
17,5% TRT7 6,3% 2º grau 1º grau
28,1% TRT17 18,3%
27,0% TRT20 17,7% 22,7% TJMSP 8,2%
21,3% TRT23 10,8%
23,3% TJMMG 1,0%
20,3% TRT13 10,8%
17,3% TRT21 10,1% TJMRS
2,1% 0,3%
15,6% TRT24 9,0%
16,0% TRT22 8,3% Militar
9,9% Estadual 4,3%
20,4% TRT19 7,5%
18,2% TRT14 7,3%
20,2% TRT11 6,0% 2º grau 1º grau
14,1% TRT16 3,1% Poder
19,0% Trabalho 11,6% 20,7% Judiciário 5,9%

118
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 93: Série histórica da recorribilidade interna


30%

24,3% 24,3% 24,6% 23,8%


23,6% 23,7% 23,4%
24%
20,7%
19,6%

18%

12%

6,0% 6,6% 6,2% 6,1% 5,9%


5,4% 4,7%
6% 4,2% 4,5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

Figura 94: Série histórica da recorribilidade externa


40% 36,6%
35,4% 36,4% 35,8%
34,4% 35,0%
30,9%
32% 28,6%
27,4%

24%

16% 13,6% 12,5% 12,5%


10,3% 11,1%
9,0% 9,4% 9,8%
8,5%
8%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1º Grau
2º Grau

119
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 95: Recorribilidade externa, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
14% TJRS 29% 15% TRE−MG 88%
21% TJPR 19% 27% TRE−RJ 8%
20% TJRJ 8% 15% TRE−BA 4%
25% TJSP 5% 12% TRE−RS 3%
26% TJMG 3% 29% TRE−SP 2%
33% TJGO 12% 26% TRE−PR 2%
6% TJBA 11% 16% TRE−GO 9%
22% TJSC 9% 12% TRE−PI 8%
23% TJPE 8% 27% TRE−SE 5%
13% TJES 8% 20% TRE−SC 3%
43% TJDFT 6% 19% TRE−MA 3%
8% TJPA 3% 34% TRE−PE 2%
12% TJMA 3% 14% TRE−PA 2%
0% TJCE 2% 26% TRE−PB 1%
35% TJMT 0% 13% TRE−CE 1%
0% TJAP 11% 23% TRE−RN
21% TJTO 10% 1% TRE−AC 13%
15% TJRN 10% 52% TRE−MS 5%
30% TJMS 10% 9% TRE−DF 5%
35% TJPB 8% 21% TRE−MT 5%
9% TJRO 7% 17% TRE−ES 4%
4% TJRR 5% 21% TRE−RO 4%
TJAC 5% 17% TRE−AL 3%
38% TJAL 5% 41% TRE−AP 3%
14% TJSE 4% 12% TRE−AM 2%
11% TJPI 3% 16% TRE−RR 2%
TJAM 0% 13% TRE−TO 2%
23% Estadual 7% 20% Eleitoral 4%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
41% TRT15 52% 5% 29%
TRF1
44% TRT1 50%
34% TRT2 47% 18% TRF4 23%
51% TRT4 44%
40% TRF3 21%
43% TRT3 42%
39% TRT9 41% 38% TRF5 18%
36% TRT5 41%
26% TRF2 8%
45% TRT18 41%
27% TRT12 41% 23% Federal 20%
46% TRT8 37%
41% TRT10 35%
36% TRT6 33% Militar Estadual
30% TRT7 27% 2º grau 1º grau
51% TRT22 50%
35% TRT19 45% 25% TJMSP 19%
38% TRT14 42% 8% TJMRS 15%
77% TRT23 41%
41% TRT24 41% 29% TJMMG 9%
35% TRT20 40% Militar
44% TRT13 37% 22% Estadual 16%
45% TRT11 33%
41% TRT21 32%
41% TRT17 30% 2º grau 1º grau
17% TRT16 27% Poder
40% Trabalho 43% 27% 10%
Judiciário

120
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.3 Gargalos da execução


O Poder Judiciário contava com um acervo de 80,1 milhões de processos pendentes de baixa no final do ano de 2017, sendo
que mais da metade desses processos (53%) se referia à fase de execução.
As Figuras 96 e 97 trazem as séries históricas dos casos novos, pendentes e baixados diferenciados entre processos de
conhecimento e de execução. Os dados mostram que, apesar de ingressar no Poder Judiciário duas vezes mais casos em
conhecimento do que em execução, no acervo, a execução é 34,6% maior. Na execução, as curvas de processos baixados e
novos seguem quase paralelas durante os nove anos da série histórica. Já no conhecimento, as curvas se mantiveram seme-
lhantes até 2014, com um descolamento a partir de 2015.
Os casos pendentes na fase de execução apresentam aumentos regulares, numa clara tendência de crescimento do esto-
que. Já os casos pendentes na fase de conhecimento oscilam mais, tendo havido incremento do estoque em 2015 e 2016, e
queda em 2017.
A Figura 98 traz os casos novos, pendentes e baixados de execução, incluindo execuções judiciais criminais (de pena
privativa de liberdade e pena não privativa de liberdade), execuções judiciais não criminais e execuções de títulos executivos
extrajudiciais, discriminadas entre fiscais e não fiscais.
A maior parte dos processos de execução é composta pelas execuções fiscais, que representam 74% do estoque em exe-
cução. Esses processos são os principais responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário, representando
aproximadamente 39% do total de casos pendentes, e congestionamento de 92% em 2017 - a maior taxa entre os tipos de
processos constantes nesse Relatório.
O impacto da execução é significativo principalmente nos segmentos da Justiça Estadual e Federal, correspondendo, res-
pectivamente, a 55%, 50%, e 44% do acervo total de cada ramo, conforme aponta a Figura 99. Em alguns tribunais, a execução
chega a consumir mais de 60% do acervo. É o caso de: TJDFT, TJRJ, TJSP na Justiça Estadual; TRF2 na Justiça Federal; e TRT7,
TRT14, TRT17, TRT19, TRT21 na Justiça do Trabalho.
A Figura 100 traz a comparação da taxa de congestionamento na execução e no conhecimento de 1º grau por tribunal e
ramo de justiça. Verifica-se que a taxa na execução supera a do conhecimento na maioria dos casos.
O acervo na execução penal representa o número de processos em que já houve condenação e que a pena está em anda-
mento. Os casos devem permanecer pendentes até o término do cumprimento da pena. Não corresponde ao número de presos,
já que um mesmo preso pode ser réu em mais de um processo e, da mesma forma, um processo pode ter mais de um réu.

Figura 96: Série histórica dos casos novos e baixados nas fases de conhecimento e execução
20 18,9
18,1
17,0 17,1 17,5 17,2
15,9 15,8 15,9
16 16,6 16,9 17,1 17,1
16,1 16,1
14,9 14,6 15,0
12
Milhões

7,6
8 6,6 6,6 6,8 6,7 6,5 6,9
6,0 5,5
6,3 6,3 6,7
5,9 5,7 6,0 6,1 6,0
4 4,8

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Caso Novo Conhecimento Baixados Conhecimento
Caso Novo Execução Baixados Execução

121
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 97: Série histórica dos casos pendentes nas fases de conhecimento e execução
50
42,4
39,7 40,7
40 36,2 37,3
35,1
32,4 33,7 32,7
30,2 31,5 31,5
30,1 29,0
30 26,1 27,3
25,4
Milhões

26,8

20

10

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Pendentes Conhecimento
Pendentes Execução

Figura 98: Dados processuais do Poder Judiciário, em 2017

Processos baixados Casos novos Pendentes Suspensos


599.582 85.913
Tribunais Superiores 543.058 623.677
3.478.860 806.160
2º Grau 3.679.581 4.062.756
1.310.671 595.733
Turmas Recursais 1.190.472 1.416.892
5.944
Turmas Regionais de Uniformização 4.408
4.953

Conhecimento
2.137.311
Criminal 5.792.632
1.684.372
16.789.098
Não criminal 25.731.738
14.452.848
18.926.409
Total Conhecimento 16.137.220 3.441.589 31.524.370

Execução
2.829.805
Execução fiscal 3.490.417 7.355.531 31.218.927
Extrajudicial

810.271
Execução não fiscal 3.020.251
951.614
3.640.076
Total Execução Extrajudicial 4.442.031 7.355.531 34.239.178

130.769
Pena privativa de liberdade 1.009.896
232.521
124.220
Pena não privativa de liberdade 436.642
125.012
Judicial

2.801.369
Não criminal 6.751.486
2.758.731
3.056.358
Total Execução Judicial 3.116.264 8.198.024

6.696.434
Total Execução 7.558.295 9.536.086 42.437.202

122
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 99: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJSP 70,3% TRE−MG 4,8%
TJRJ 65,9% TRE−SP 3,5%
TJPR 44,5% TRE−PR 3,4%
TJRS 41,2% TRE−RS 1,9%
TJMG 33,3% TRE−RJ 1,7%
TJDFT 60,8% TRE−BA 0,8%
TJPE 56,5% TRE−SE 9,0%
TJSC 54,2% TRE−CE 4,9%
TJBA 46,8% TRE−GO 2,1%
TJGO 43,3% TRE−PA 1,6%
TJMT 38,3% TRE−PB 1,3%
TJPA 31,6% TRE−PE 1,3%
TJES 26,5% TRE−MA 1,0%
TJCE 26,4% TRE−SC 1,0%
TJMA 16,7% TRE−PI 0,7%
TJAM 57,1% TRE−RN 0,0%
TJMS 51,9% TRE−AP 8,6%
TJTO 42,4% TRE−DF 5,9%
TJRN 39,8% TRE−MT 5,3%
TJAC 39,3% TRE−RO 4,5%
TJRO 37,5% TRE−MS 3,8%
TJAL 36,2% TRE−TO 3,5%
TJSE 35,8% TRE−AC 3,4%
TJRR 33,5% TRE−RR 3,2%
TJAP 30,5% TRE−ES 3,0%
TJPB 23,5% TRE−AL 2,5%
TJPI 13,3% TRE−AM 0,8%
Estadual 55,0% Eleitoral 2,1%
0% 20% 40% 60% 80% 0% 2% 4% 6% 8% 10%

Trabalho Federal
TRT2 49,7% 60,4%
TRF2
TRT3 44,8%
TRT4 44,2% TRF3 56,8%
TRT1 34,3%
TRF5 52,2%
TRT15 25,2%
TRT7 61,3% TRF4 44,6%
TRT10 57,5%
54,1% TRF1 41,3%
TRT18
TRT8 51,4% Federal 49,6%
TRT9 49,4%
TRT5 42,4%
TRT12 42,4% Militar Estadual
TRT6 42,1%
TRT19 70,0% TJMRS 39,4%
TRT21 62,1% 28,0%
TJMSP
TRT14 61,6%
TRT17 61,3% TJMMG 15,3%
TRT23 55,6%
Militar Estadual 26,9%
TRT22 54,3%
TRT13 51,5%
TRT16 44,0% Poder Judiciário 53,0%
TRT24 42,5%
41,7% 0% 20% 40% 60%
TRT20
TRT11 31,9%
Trabalho 44,1%

0% 20% 40% 60% 80%

123
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 100: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
65% TJRJ 94% 14% TRE−RS 86%
62% TJSP 89% 10% TRE−SP 80%
71% TJRS 82% 26% TRE−BA 75%
62% TJPR 77% 10% TRE−PR 71%
68% TJMG 77% 51% TRE−MG 51%
69% TJSC 91% 13% TRE−RJ 46%
65% TJPE 90% 18% TRE−MA 94%
74% TJPA 88% 29% TRE−PB 89%
72% TJCE 87% 45% TRE−PI 85%
66% TJGO 86% 14% TRE−SC 82%
44% TJDFT 83% 19% TRE−GO 81%
60% TJMT 82% 19% TRE−PE 80%
66% TJBA 80% 16% TRE−CE 75%
69% TJES 78% 8% TRE−SE 72%
75% TJMA 52% 23% TRE−PA 72%
69% TJAM 95% 45% TRE−RN 0%
74% TJAL 88% 35% TRE−DF 98%
68% TJPB 86% 29% TRE−AP 95%
67% TJMS 86% 12% TRE−TO 93%
60% TJTO 77% 20% TRE−MT 92%
58% TJRN 73% 24% TRE−ES 91%
57% TJAC 72% 38% TRE−AM 89%
63% TJRO 71% 15% TRE−MS 89%
54% TJAP 69% 13% TRE−RR 81%
51% TJSE 66% 19% TRE−AL 78%
76% TJPI 64% 19% TRE−AC 74%
48% TJRR 62% 11% TRE−RO 61%
66% Estadual 87% 19% Eleitoral 74%

Trabalho Federal
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
38% TRT2 89% 63% TRF3 95%
50% TRT1 76%
51% 74% 64% TRF4 89%
TRT4
39% TRT3 69% 71% TRF1 88%
53% TRT15 60%
43% TRT10 79% 59% TRF2 79%
40% TRT7 77% 35% 75%
TRF5
45% TRT9 76%
53% TRT5 74% 62% Federal 88%
31% TRT18 74%
44% TRT12 71%
32% TRT8 68% Militar Estadual
49% TRT6 62% Conhecimento Execução
35% TRT19 81%
58% 81% 37% TJMSP 100%
TRT16
40% TRT22 79% TJMRS
54% 95%
36% TRT23 78%
24% TRT17 78% 54% TJMMG 93%
52% TRT24 76% Militar
51% TRT20 75% 46% 97%
Estadual
34% TRT13 73%
25% TRT14 73%
36% TRT21 61% Conhecimento Execução
35% TRT11 53% Poder
44% Trabalho 75% 62% 86%
Judiciário

124
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Detalhando as taxas de congestionamento no conhecimento e na execução no 1º grau, constata-se que, dentre as segmen-
tações apresentadas na Tabela 4, a taxa de congestionamento não-criminal (casos cíveis, atos infracionais, empresariais, etc.)
é a de menor valor, enquanto a taxa na execução fiscal é a de maior. A próxima seção detalha os processos de natureza fiscal.
É importante esclarecer que a taxa de congestionamento na execução penal deve ser lida com cuidado, pois os altos valores
alcançados não caracterizam baixa eficiência do Poder Judiciário; significam que as execuções estão sendo cumpridas, uma
vez que enquanto a pena do condenado estiver em execução, o processo deve permanecer no acervo.
Tabela 4: Taxa de congestionamento por tipo de processo, ano 2017
Taxa de
Classificação
Congestionamento
Conhecimento Criminal 73,0%
Conhecimento Não-Criminal 60,5%
Total Conhecimento 62,5%
Execução Fiscal 91,7%
Execução Extrajudicial não fiscal 85,0%
Execução Judicial Não-Criminal 70,7%
Execução Penal Não-Privativa de Liberdade 67,0%
Execução Penal Privativa de Liberdade 88,5%
Total Execução 86,4%
Total Geral 72,1%

4.3.1 Execuções fiscais


Historicamente as execuções fiscais têm sido apontadas como o principal fator de morosidade do Poder Judiciário. O
executivo fiscal chega a juízo depois que as tentativas de recuperação do crédito tributário se frustraram na via administrativa,
provocando sua inscrição na dívida ativa. Dessa forma, o processo judicial acaba por repetir etapas e providências de localização
do devedor ou patrimônio capaz de satisfazer o crédito tributário já adotadas, sem sucesso, pela administração fazendária ou
pelo conselho de fiscalização profissional. Acabam chegando ao Judiciário títulos de dívidas antigas e, por consequência, com
menor probabilidade de recuperação.
Os processos de execução fiscal representam, aproximadamente, 39% do total de casos pendentes e 74% das execuções
pendentes no Poder Judiciário, com taxa de congestionamento de 91,7%. Ou seja, de cada cem processos de execução fiscal
que tramitaram no ano de 2017, apenas 8 foram baixados. Desconsiderando esses processos, a taxa de congestionamento do
Poder Judiciário cairia 9 pontos percentuais, passando de 72% para 63% em 2017.
O maior impacto das execuções fiscais está na Justiça Estadual, que concentra 85% dos processos. A Justiça Federal
responde por 14%; a Justiça do Trabalho, 0,31%, e a Justiça Eleitoral apenas 0,01%.
A maior taxa de congestionamento de execução fiscal está na Justiça Federal (94%), seguida da Justiça Estadual (91%) e
da Justiça do Trabalho (87%). A menor é a da Justiça Eleitoral (74%), conforme se verifica na Figura 104.
A série histórica dos processos de execução fiscal, apresentada na Figura 102, mostra crescimento gradativo na quantidade
de casos pendentes, ano a ano, desde 2009. Os casos novos, após decréscimo em 2015, subiram em 2016 e 2017, em 12,9%
e 7,4%, respectivamente. O tempo de giro do acervo desses processos é de 11 anos, ou seja, mesmo que o Judiciário parasse
de receber novas execuções fiscais, ainda seriam necessários 11 anos para liquidar o acervo existente.

125
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 101: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJSP 12.115.972 TRE−SP 426
TJRJ 6.539.992 TRE−MG 215
TJPR 740.593 TRE−RJ 200
TJRS 654.668 TRE−PR 155
TJMG 563.559 TRE−BA 143
TJSC 1.142.607 TRE−RS 96
TJBA 1.095.029 TRE−CE 199
TJPE 932.550 TRE−GO 134
TJGO 506.431 TRE−PA 111
TJMT 251.654 TRE−SE 96
TJDFT 241.347 TRE−PB 83
TJPA 232.633 TRE−PE 68
TJCE 158.453 TRE−MA 60
TJES 127.857 TRE−PI 56
TJMA 59.643 TRE−SC 32
TJAM 478.192 TRE−RN 0
TJMS 262.949 TRE−MT 227
TJAL 163.618 TRE−ES 113
TJRN 123.446 TRE−AP 95
TJPB 83.289 TRE−MS 79
TJTO 74.189 TRE−TO 67
TJRO 45.720 TRE−AL 62
TJSE 41.020 TRE−AM 50
TJPI 29.268 TRE−DF 45
TJAC 11.732 TRE−RO 37
TJRR 3.127 TRE−AC 29
TJAP 2.947 TRE−RR 13

0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 0 100 200 300 400 500

Trabalho Federal
TRT3 9.662 TRF3 1.723.579
TRT2 9.446
6.545 TRF1 1.178.540
TRT15
TRT1 6.393 656.739
TRF4
TRT4 4.673
TRT10 10.804 TRF2 519.606
TRT9 8.933
5.344 TRF5 357.161
TRT7
TRT18 5.342
0 500.000 1.500.000
TRT12 3.893
TRT5 3.433
TRT8 2.363
TRT6 1.326
TRT17 4.219
TRT16 2.669
TRT19 2.272
TRT22 1.945
TRT23 1.867
TRT24 1.695
TRT20 1.298
TRT21 1.155
TRT14 1.050
TRT11 876
TRT13 723

0 2.000 6.000 10.000 14.000

126
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 102: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes


40,0

30,5 31,2
32,4 30,1
28,4
26,5 27,3
25,7
24,0 24,5
24,8
Milhões

17,2

10,3 11,2
8,7 8,9 8,8 9,6
9,6 7,8 8,0
6,2
3,8 3,6 3,7 4,1
3,1 3,7 3,6 3,4
3,5
2,0 2,6 2,3 2,8 2,9 3,3 3,2 2,9 3,2 3,5
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Execuções Fiscais Pendentes Execuções Fiscais Novas


Demais Execuções Pendentes Demais Execuções Novas

Figura 103: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento total
100%

91,3% 91,3% 92,1% 91,0% 91,7%


92% 89,7% 89,6% 90,1%
86,8%

84%

76%

68% 65,1%
63,9% 64,3% 63,4%
62,9% 63,2% 62,9% 62,3% 62,9%

60%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Sem Execução Fiscal
Execuçao Fiscal

127
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 104: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
TJRJ 95% TRE−RS 86%
TJSP 91% TRE−SP 80%
TJRS 89% TRE−BA 75%
TJPR 88% TRE−PR 71%
TJMG 79% TRE−MG 51%
TJDFT 95% TRE−RJ 46%
TJMA 94% TRE−MA 94%
TJMT 93% TRE−PB 89%
TJPE 93% TRE−PI 85%
TJPA 92% TRE−SC 82%
TJCE 91% TRE−GO 81%
TJSC 91% TRE−PE 80%
TJGO 91% TRE−CE 75%
TJBA 86% TRE−SE 72%
TJES 80% TRE−PA 72%
TJAM 97% TRE−RN 0%
TJAC 93% TRE−DF 98%
TJMS 92% TRE−AP 95%
TJPB 91% TRE−TO 93%
TJAL 90% TRE−MT 92%
TJTO 82% TRE−ES 91%
TJRO 81% TRE−AM 89%
TJSE 80% TRE−MS 89%
TJAP 77% TRE−RR 81%
TJRN 72% TRE−AL 78%
TJRR 59% TRE−AC 74%
TJPI 49% TRE−RO 61%
Estadual 91% Eleitoral 74%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Trabalho Federal
TRT2 98% TRF3 97%
TRT1 90% TRF1 96%
TRT4 89%
85% TRF5 93%
TRT3
TRT15 68% TRF4 90%
TRT12 93%
TRF2 87%
TRT7 91%
TRT18 89% Federal 94%
TRT9 89%
TRT5 89%
TRT8 89%
TRT10 88%
TRT6 74% Poder Judiciário 92%
TRT17 99%
TRT22 96% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
TRT24 95%
TRT16 94%
TRT14 92%
TRT23 92%
TRT19 86%
TRT11 76%
TRT13 70%
TRT20 69%
TRT21 67%
Trabalho 87%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

128
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução


Este tópico destina-se à comparação de indicadores de produtividade entre as fases de conhecimento e de execução no
primeiro grau, considerando apenas as varas e os juizados especiais, excluídas as turmas recursais.
Como o mesmo magistrado pode atuar no processo tanto na fase de conhecimento, quanto na de execução, não é possível
calcular a real produtividade em cada fase. A produtividade na fase de conhecimento corresponde ao total de processos bai-
xados nessa fase em relação ao total de magistrados de 1º grau; e a produtividade na fase de execução diz respeito ao número
de processos baixados nessa fase em relação aos mesmos magistrados de 1º grau. Dessa forma, o indicador total sempre
corresponderá à soma dos indicadores nas duas fases.
Verifica-se que o quantitativo de processos baixados é sempre maior na fase de conhecimento do que na de execução,
tanto na série histórica (Figura 106), quanto por tribunal (Figura 105). O IPM e o IPS-Jud na fase de conhecimento equivalem a
aproximadamente ao triplo do valor desses indicadores na fase de execução.

129
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 105: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por
tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
817 TJRJ 3.057 0 TRE−BA 246
880 TJSP 1.580 0 TRE−SP 222
560 TJRS 1.322 0 TRE−PR 198
476 TJMG 1.320 1 TRE−RJ 190
528 TJPR 1.123 0 TRE−RS 185
481 TJSC 1.683 1 TRE−MG 10
367 TJMT 1.612 1 TRE−SE 304
723 TJBA 1.545 0 TRE−GO 261
336 TJGO 1.291 0 TRE−MA 210
621 TJMA 1.088 0 TRE−PA 209
291 TJPE 924 0 TRE−PB 195
277 TJDFT 891 0 TRE−SC 181
220 TJES 879 0 TRE−PE 175
157 TJPA 794 1 TRE−CE 154
126 TJCE 791 0 TRE−RN 151
506 TJSE 1.386 0 TRE−PI 110
438 TJMS 1.178 0 TRE−TO 365
329 TJRR 1.038 1 TRE−AC 329
364 TJTO 946 0 TRE−RR 295
170 TJAM 932 0 TRE−AL 231
217 TJAL 908 0 TRE−MT 228
336 TJRN 908 0 TRE−ES 218
264 TJPI 884 0 TRE−AP 217
323 TJAC 871 0 TRE−MS 191
223 TJAP 850 1 TRE−RO 182
96 TJPB 826 0 TRE−AM 157
398 TJRO 788 0 TRE−DF 9
523 Estadual 1.352 0 Eleitoral 181

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
144 TRT2 1.466 966 TRF5 2.299
366 TRT15 1.126
248 TRT1 1.096 364 TRF3 1.616
332 TRT3 1.052 317 TRF4 1.138
324 TRT4 791
285 TRT18 1.132 388 TRF1 850
361 TRT9 1.096 810 734
TRF2
297 TRT12 1.050
398 TRT7 1.019 488 Federal 1.205
282 TRT8 999
422 TRT6 863
288 TRT10 783 Militar Estadual
287 TRT5 693
413 1.328 Execução Conhecimento
TRT11
338 TRT22 1.221 0 TJMSP 146
327 TRT20 998
299 990 2 TJMMG 83
TRT16
305 TRT19 863 2 TJMRS 47
242 TRT17 820
675 TRT21 808 1 Militar 93
193 725 Estadual
TRT13
193 TRT24 677
179 TRT23 648 Execução Conhecimento
199 TRT14 619 Poder
291 1.037 472 1.303
Trabalho Judiciário

130
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 106: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM)

2.000 1.854
1.803
1.730 1.726 1.717 1.755
1.630 1.590
1.660
1.497

1.273 1.303
1.320 1.234 1.215 1.220 1.238
1.155 1.113 1.132

980

640
434 437 455 434 439 455 472
412
340
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Conhecimento
Execução
1º grau

Figura 107: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud)

200

166 157
150 148
141
134 132 136 134 135
132
106 110
100 100 104
94 97 94 96
98

64
39 36 39
30 34 34 35 33 35
30
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Conhecimento
Execução
1º grau

131
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 108: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro
grau, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
49 TJRJ 189 0 TRE−PR 67
72 TJPR 157 0 TRE−BA 61
58 TJRS 141 0 TRE−RS 50
38 TJMG 105 0 TRE−RJ 33
58 TJSP 105 0 TRE−SP 29
42 TJSC 146 0 TRE−MG 2
56 TJBA 125 0 TRE−PE 179
27 TJMT 124 1 TRE−SE 149
29 TJGO 111 0 TRE−PB 90
28 TJES 111 0 TRE−CE 75
61 TJMA 108 0 TRE−MA 70
15 TJCE 99 0 TRE−GO 53
26 TJPE 82 0 TRE−SC 46
15 TJPA 76 0 TRE−PA 46
20 TJDFT 65 0 TRE−RN 36
26 TJAM 141 0 TRE−PI 35
25 TJAL 104 0 TRE−TO 118
37 TJSE 102 0 TRE−AM 93
36 TJMS 98 0 TRE−RR 91
10 TJPB 91 0 TRE−AP 80
35 TJTO 90 0 TRE−AL 75
25 TJPI 83 0 TRE−AC 67
31 TJRN 83 0 TRE−ES 54
20 TJAP 79 0 TRE−MT 48
22 TJRR 69 0 TRE−MS 41
34 TJRO 68 0 TRE−RO 35
23 TJAC 62 0 TRE−DF 1
44 Estadual 114 0 Eleitoral 42

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
19 TRT2 190 52 TRF5 147
52 TRT15 159
30 TRT1 132 28 TRF3 144
33 TRT3 106 29 115
TRF4
36 TRT4 89
49 TRT9 149 32 TRF1 81
54 TRT7 138 63 66
TRF2
37 TRT12 129
32 TRT18 126 38 Federal 108
31 TRT8 108
50 TRT6 103
37 TRT10 100 Militar Estadual
35 TRT5 85 Execução Conhecimento
49 TRT22 176
46 TRT16 152 0 TJMSP 14
40 TRT20 123 1 TJMRS 14
38 TRT11 122
29 TRT13 110 0 TJMMG 13
37 TRT19 104 Militar
0 14
31 TRT17 104 Estadual
29 TRT24 103
74 TRT21 89
27 TRT14 85 Execução Conhecimento
22 TRT23 80 Poder
39 Judiciário 110
36 Trabalho 127

132
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

4.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução


Neste tópico são comparados os indicadores de desempenho entre as fases de conhecimento e de execução no primeiro
grau, considerando a Taxa de Congestionamento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD).
A Figura 109 mostra que o índice de atendimento à demanda na fase de conhecimento é superior a 100% ao longo de toda
série histórica, e obteve alta significativa em 2017, atingindo maior valor da série: 117%. Na fase de execução, o IAD sempre
esteve inferior a 100%, ficando em 89% em 2017. Os indicadores por tribunal podem ser visualizados na Figura 110.

Figura 109: Série histórica do índice de atendimento à demanda

120% 117%

112%
108% 107%
106% 106%
107%
102% 102% 108%
104% 104% 101%
103%
99% 101% 102%
96% 99% 99% 98% 99%

92% 93%
88% 92% 91%
90%
89%
87% 87%
80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Conhecimento
Execução
1º grau

133
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 110: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal,
em 2017

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
79% TJRJ 156% 282% TRE−BA 481%
77% TJSP 141% 589% TRE−SP 473%
92% TJRS 108% 188% TRE−RS 419%
106% TJMG 105% 107% TRE−RJ 388%
119% TJPR 80% 477% TRE−PR 294%
59% TJPE 146% 5.125% TRE−MG 186%
85% TJGO 129% 700% TRE−SC 509%
127% TJES 123% 98% TRE−CE 450%
88% TJPA 123% 152% TRE−GO 398%
89% TJSC 121% 200% TRE−PI 348%
126% TJBA 120% 250% TRE−PB 343%
108% TJMT 104% 44% TRE−MA 316%
82% TJDFT 104% 293% TRE−PA 260%
99% TJCE 98% 425% TRE−PE 225%
352% TJMA 90% 700% TRE−RN 189%
91% TJRR 132% 112% TRE−SE 76%
69% TJPB 126% 300% TRE−AM 525%
193% TJRN 121% 400% TRE−MT 473%
125% TJSE 121% 250% TRE−MS 404%
111% TJAC 114% 100% TRE−TO 402%
97% TJAP 110% 167% TRE−AC 386%
42% TJAL 109% 200% TRE−RO 366%
116% TJAM 108% 367% TRE−ES 357%
123% TJTO 105% 167% TRE−AP 349%
84% TJMS 96% 121% TRE−AL 314%
263% TJPI 96% TRE−DF 159%
89% TJRO 75% TRE−RR 103%
90% Estadual 119% 206% Eleitoral 342%

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
59% TRT2 141% 56% 152%
TRF3
115% TRT15 110%
61% TRT1 104% 100% TRF5 108%
119% TRT3 103%
108% TRF4 91%
116% TRT4 96%
135% TRT9 115% 88% TRF2 89%
95% TRT12 114%
49% TRF1 70%
90% TRT18 112%
89% TRT8 111% 71% Federal 98%
124% TRT6 103%
102% TRT10 103%
111% TRT7 95% Militar Estadual
105% TRT5 93% Execução Conhecimento
101% TRT19 115%
66% 114% 1% TJMSP 96%
TRT22
125% TRT11 110% 14% TJMRS 94%
69% TRT17 110%
168% TRT21 109% 7% TJMMG 81%
89% TRT14 108% Militar
5% 91%
102% TRT20 106% Estadual
85% TRT24 104%
69% TRT13 103%
89% TRT23 102% Execução Conhecimento
94% TRT16 84% Poder
97% 111% 89% Judiciário 117%
Trabalho

134
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

A série histórica da taxa de congestionamento apresentada na Figura 111 aponta valores relativamente estáveis ao longo
dos anos, com decréscimo em 2017. Desconsiderados os processos de execução, a taxa de congestionamento do 1º grau do
Judiciário cairia dos atuais 74% para 62%. Retirando também os processos suspensos, sobrestados e em arquivo provisório, a
taxa líquida de congestionamento chegaria a 60% na fase de conhecimento.
Em todos os segmentos de justiça, a taxa de congestionamento da fase de execução supera a da fase de conhecimento,
com uma diferença que chega a 24 pontos percentuais no total, variando bastante entre os tribunais.

Figura 111: Série histórica da taxa de congestionamento


90% 87,2% 86,9% 86,6%
85,4% 85,5% 85,9% 86,4%
85,2%
83,6%
82% 85,8% 84,9%
83,8% 83,7% 83,4% 84,2% 83,8% 83,1%
81,8%
74,9% 74,6%
73,5% 73,1% 72,7% 73,6% 73,3% 73,7%
74% 72,0%

63,7% 64,6% 64,4%


66% 62,7% 62,5%
61,7% 62,1% 61,6% 62,3%

62,5% 62,0%
58%
59,7%

50%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Conhecimento Execução 1º grau


Conhecimento líquida Execução líquida

135
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 112: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
82% TJRS 71% 51% TRE−MG 51%
77% TJMG 68% 75% TRE−BA 26%
94% TJRJ 65% 86% TRE−RS 14%
89% TJSP 62% 46% TRE−RJ 13%
77% TJPR 62% 80% TRE−SP 10%
52% TJMA 75% 71% TRE−PR 10%
88% TJPA 74% 0% TRE−RN 45%
87% TJCE 72% 85% TRE−PI 45%
78% TJES 69% 89% TRE−PB 29%
91% TJSC 69% 72% TRE−PA 23%
80% TJBA 66% 81% TRE−GO 19%
86% TJGO 66% 80% TRE−PE 19%
90% TJPE 65% 94% TRE−MA 18%
82% TJMT 60% 75% TRE−CE 16%
83% TJDFT 44% 82% TRE−SC 14%
64% TJPI 76% 72% TRE−SE 8%
88% TJAL 74% 89% TRE−AM 38%
95% TJAM 69% 98% TRE−DF 35%
86% TJPB 68% 95% TRE−AP 29%
86% TJMS 67% 91% TRE−ES 24%
71% TJRO 63% 92% TRE−MT 20%
77% TJTO 60% 78% TRE−AL 19%
73% TJRN 58% 74% TRE−AC 19%
72% TJAC 57% 89% TRE−MS 15%
69% TJAP 54% 81% TRE−RR 13%
66% TJSE 51% 93% TRE−TO 12%
62% TJRR 48% 61% TRE−RO 11%
87% Estadual 66% 74% Eleitoral 19%

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
60% TRT15 53% 88% 71%
TRF1
74% TRT4 51%
76% TRT1 50% 89% TRF4 64%
69% TRT3 39%
95% TRF3 63%
89% TRT2 38%
74% TRT5 53% 79% TRF2 59%
62% TRT6 49%
76% 45% 75% TRF5 35%
TRT9
71% TRT12 44% 88% Federal 62%
79% TRT10 43%
77% TRT7 40%
68% TRT8 32% Militar Estadual
74% TRT18 31% Execução Conhecimento
81% TRT16 58% 93% TJMMG 54%
76% TRT24 52%
75% TRT20 51% 95% TJMRS 54%
79% TRT22 40%
100% TJMSP 37%
78% TRT23 36%
61% TRT21 36% 97% Militar 46%
53% 35% Estadual
TRT11
81% TRT19 35%
73% TRT13 34%
73% TRT14 25% Execução Conhecimento
78% TRT17 24% Poder
86% Judiciário 62%
75% Trabalho 44%

136
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

5 Índice de conciliação
O índice de conciliação é dado pelo percentual de sentenças e decisões resolvidas por homologação de acordo em relação
ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas. O indicador utiliza como base de comparação as sentenças e deci-
sões terminativas, sendo considerados os acordos homologados em processos judiciais, não computados os casos em que
a conciliação foi pré-processual, tampouco as transações penais ocorridas em Termos Circunstanciados. Mudança recente
realizada no módulo de produtividade mensal permitirá medir, a partir de 2018, a conciliação pré-processual (antes do início
da ação judicial), contabilizando, também, as audiências de conciliação realizadas (por unidade judiciária e por magistrado).
A conciliação é uma política adotada pelo CNJ desde 2006, com a implantação do Movimento pela Conciliação em agosto
daquele ano. Anualmente, o Conselho promove as Semanas Nacionais pela Conciliação, quando os tribunais são incentivados
a juntar as partes e promover acordos nas fases pré-processual e processual. Por intermédio da Resolução CNJ 125/2010,
foram criados os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) e os Núcleos Permanentes de Métodos
Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), que visam fortalecer e estruturar unidades destinadas ao atendimento dos
casos de conciliação.
Na Justiça Estadual, havia, ao final do ano de 2017, 982 CEJUSCs instalados. A Figura 114 indica o número de CEJUSCs em
cada Tribunal de Justiça. Esse número tem crescido ano após ano. Em 2014 eram 362 CEJUSCs, em 2015 a estrutura cresceu
em 80,7% e avançou para 654 centros. Em 2016 o número de unidades aumentou para 808 e em 2017 chegou a 982.
A Figura 115 traz o percentual de sentenças homologatórias de acordo proferidas, comparativamente ao total de sentenças
e decisões terminativas. Em 2017 foram 12,1% sentenças homologatórias de acordo, valor que vem crescendo nos dois últimos
anos - em 2015 era de 11,1% e em 2016, 11,9%. Na fase de execução as sentenças homologatórias de acordo corresponderam,
em 2017, a 6,0%, e na fase de conhecimento, a 17,0%.

Figura 113: Série histórica do Índice de Conciliação


20%
17,2% 17,0% 17,0%

16%

11,9% 12,1%
12% 11,1%

8%
6,0%
4,8%
3,6%
4%

0,4% 0,4% 0,7%


0%
2015 2016 2017
Conhecimento 2º grau
Execução Total

137
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 114: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal, em 2017

TJSP 214
TJMG 123
TJPR 96
TJRJ 35
TJRS 34
TJBA 124
TJMT 38
TJGO 36
TJSC 29
TJCE 22
TJDFT 19
TJMA 18
TJPE 9
TJES 8
TJPA 7
TJRO 26
TJPB 26
TJAC 25
TJRN 20
TJTO 16
TJAP 15
TJSE 12
TJMS 10
TJRR 8
TJAM 7
TJAL 3
TJPI 2

0 50 100 150 200

A Justiça que mais faz conciliação é a Trabalhista, que solucionou 25% de seus casos por meio de acordo - valor que aumenta
para 38% quando apenas a fase de conhecimento de primeiro grau é considerada. O TRT23 apresentou o maior índice de con-
ciliação do Poder Judiciário, com 31% de sentenças homologatórias de acordo. Ao considerar apenas a fase de conhecimento
do 1º grau, o maior percentual é verificado no TRT9, com 49%.
Na fase de conhecimento dos juizados especiais, o índice de conciliação foi de 16%, sendo de 18% na Justiça Estadual e
de 10% na Justiça Federal.
No 1º grau, a conciliação foi de 13,8%. No 2º grau, a conciliação é praticamente inexistente, apresentando índices muito
baixos em todos os segmentos de justiça (Figura 116). As sentenças homologatórias de acordo representaram, em 2017, apenas
0,7% do total de processos julgados. O único tribunal que alcançou alto índice de acordos no 2º grau foi o TJPA, com 18,1%.
Não houve variações significativas no indicador de conciliação no 2º e 1º grau em relação ao ano anterior, observando-se
aumento de 0,3 e 0,2 ponto percentual, respectivamente.
A Figura 117 apresenta o indicador de conciliação por tribunal, distinguindo as fases de conhecimento e de execução.

138
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 115: Índice de conciliação, por tribunal, em 2017


TJMG 18,8% TRE−BA 0,7%
TJRS 12,5% TRE−PR 0,5%
TJRJ 11,0% TRE−RJ 0,1%
TJPR 10,9% TRE−SP 0,1%
TJSP 6,1% TRE−RS 0,0%
TJCE 21,1% TRE−MG 0,0%
TJPA 15,9% TRE−SE 0,4%
TJES 15,4% TRE−PA 0,3%
TJMA 14,6% TRE−GO 0,2%
TJSC 14,4% TRE−PB 0,1%
TJPE 14,2% TRE−CE 0,1%
TJMT 12,5% TRE−RN 0,0%
TJDFT 12,4% TRE−PE 0,0%
TJGO 12,2% TRE−SC 0,0%
TJBA 11,0% TRE−PI 0,0%
TJSE 20,4% TRE−MA 0,0%
TJAP 16,2% TRE−DF 1,5%
TJRR 15,2% TRE−RO 0,6%
TJMS 15,1% TRE−TO 0,5%
TJAC 14,7% TRE−AL 0,4%
TJTO 14,5% TRE−ES 0,3%
TJRN 14,3% TRE−AP 0,2%
TJAL 13,5% TRE−AM 0,2%
TJPB 13,1% TRE−RR 0,2%
TJPI 11,5% TRE−MT 0,1%
TJRO 11,2% TRE−AC 0,1%
TJAM 10,0% TRE−MS 0,1%
Estadual 10,7% Eleitoral 0,2%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 0% 1% 1% 2%

TRT2 30,3% TRF5 15,3%


TRT15 24,3% 7,2%
TRF1
TRT4 23,3%
22,9% TRF4 6,3%
TRT3
TRT1 22,5% TRF3 4,4%
TRT9 30,9% TRF2 3,6%
TRT12 29,5% Federal 7,1%
TRT18 29,3%
TRT7 29,2%
TRT6 26,6%
TRT8 22,9%
TRT10 19,0% Poder Judiciário 12,1%
TRT5 17,6%
TRT23 31,4% 0% 5% 10% 15%
TRT19 30,1%
TRT24 29,2%
TRT14 21,3%
TRT16 21,1%
TRT13 21,0%
TRT11 19,0%
TRT22 17,8%
TRT21 17,8%
TRT17 12,8%
TRT20 12,2%
Trabalho 24,8%

0% 10% 20% 30% 40%

139
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 116: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal

Estadual Trabalho
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
0,2% TJMG 20,7% 0,1% TRT2 39,3%
1,1% TJRS 14,7% 0,4% TRT4 32,3%
0,1% TJRJ 11,8% 0,1% TRT15 31,6%
0,3% TJPR 11,8% 1,1% 30,9%
0,4% TJSP 6,6% TRT3
1,3% 22,5% 0,5% TRT1 28,8%
TJCE
0,0% TJSC 15,9% 0,2% TRT9 40,5%
18,1% TJPA 15,7% 0,1% TRT12 38,4%
1,9% TJES 15,6% 0,0% TRT18 36,1%
0,2% TJMA 15,5% 0,7% TRT6 32,7%
2,4% TJPE 14,8% 3,2% TRT7 32,5%
0,3% TJDFT 14,1% 0,3% TRT8 26,1%
0,0% TJMT 13,8% 0,1% 24,1%
TRT10
0,1% TJGO 12,6%
0,5% TRT5 22,0%
0,3% TJBA 11,4%
0,5% TJSE 21,9% 0,1% TRT23 39,1%
0,0% TJMS 16,8% 0,9% TRT19 36,4%
0,1% TJRR 16,6% 3,3% TRT24 36,1%
2,4% TJAP 16,3% 0,5% TRT13 26,2%
0,2% TJTO 16,1% 0,0% TRT14 26,2%
0,3% TJAL 15,9% 0,0% TRT16 23,8%
2,1% TJRN 15,1% 0,2% 22,3%
TRT22
0,8% TJAC 14,9% 1,1% 21,5%
3,4% TJPB 13,7% TRT11
0,3% TJPI 12,2% 0,2% TRT21 21,4%
0,4% TJRO 11,8% 0,0% TRT17 16,3%
0,8% TJAM 10,4% 0,0% TRT20 15,5%
0,7% Estadual 11,6% 0,4% Trabalho 31,7%

Federal Poder Judiciário


2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
0,0% TRF5 16,4% Poder
0,7% Judiciário 13,8%
4,3% TRF1 7,8%
0,1% TRF4 7,6%
0,0% TRF3 5,4%
0,0% TRF2 4,2%
1,4% Federal 8,2%

140
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 117: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em 2017

Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
11,9% TJMG 24,5% 8,8% TRT2 43,2%
1,2% TJRJ 18,4% 5,5% TRT4 41,9%
11,5% TJRS 17,5% 6,2% TRT15 39,4%
5,4% TJPR 15,1% 6,6% 37,7%
4,1% TJSP 7,5% TRT3
9,1% 25,6% 4,5% TRT1 34,8%
TJCE
6,6% TJSC 20,4% 11,4% TRT9 48,6%
7,2% TJES 19,1% 7,2% TRT12 47,7%
4,4% TJPE 18,4% 12,4% TRT18 41,7%
2,0% TJMA 17,9% 5,7% TRT6 40,3%
8,0% TJDFT 17,0% 7,3% TRT7 39,5%
9,3% TJPA 16,8% 7,7% TRT8 30,7%
0,0%
TJBA 16,5% 7,7% 30,5%
TRT10
13,5% TJMT 14,8%
6,8% TRT5 28,5%
10,9% TJGO 13,6%
1,2%TJTO 22,0% 10,5% TRT23 45,9%
8,5% TJRR 19,9% 10,7% TRT19 43,5%
10,5% TJMS 19,5% 12,5% TRT24 42,4%
2,2% TJAC 19,2% 1,9% TRT13 32,3%
5,7% TJRN 19,2% 14,1% TRT14 29,8%
4,9% TJAL 19,0% 2,0% TRT17 29,2%
39,3% TJSE 18,7% 7,9% 27,6%
TRT16
10,3% TJAP 18,3% 6,0% 26,8%
0,9% TJRO 17,2% TRT22
0,0% TJPI 16,3% 6,0% TRT21 25,9%
0,0% TJPB 16,2% 5,3% TRT11 25,5%
1,4% TJAM 12,5% 6,5% TRT20 18,2%
5,5% Estadual 14,2% 6,9% Trabalho 38,4%

Federal Poder Judiciário


Execução Conhecimento Execução Conhecimento
34,0% 12,4% Poder
TRF5 6,0% Judiciário 17,0%
2,9% TRF4 11,1%
13,2% TRF1 9,9%
0,6% TRF3 8,8%
4,1% TRF2 5,3%
9,7% Federal 10,1%

141
Relatório Justiça em Números 2018

6 Tempos de tramitação dos processos


Os tempos de tramitação dos processos são apresentados a partir de três indicadores: o tempo médio até a sentença, o
tempo médio até a baixa e a duração média dos processos pendentes em 31/12/2017.
Essas estimativas guardam limitações metodológicas. A principal delas está no uso da média como medida estatística para
representar o tempo. A média é fortemente influenciada por valores extremos e, ao resumir em um único indicador os resultados
de informações extremamente heterogêneas, apresenta distorções. Para uma análise de tempo mais adequada, seria importante
recorrer aos quantis, boxplots e curvas de sobrevivência, considerando, por exemplo, o agrupamento de processos semelhan-
tes, segundo classe e assunto, de forma a diminuir a heterogeneidade e a dispersão. Para essas análises, seria imprescindível
recorrer aos dados de cada processo e não de forma agregada.
O diagrama apresentado na Figura 118 demonstra o tempo em cada fase do processo, e em cada instância do Poder Judi-
ciário. Note-se que nem todos os processos seguem a mesma trajetória, e, portanto, os tempos não podem ser somados. Por
exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e são finalizados. Outros, recorrem até a última instância possível. Alguns
processos findam na fase de conhecimento, outros seguem até a fase de execução.
Em geral, o tempo médio do acervo (processos pendentes) é maior que o tempo da baixa, com poucos casos de inversão
desse resultado. As maiores faixas de duração estão concentradas no tempo do processo pendente, em específico na fase de
execução da Justiça Federal (7 anos e 11 meses) e da Justiça Estadual (6 anos e 9 meses). As execuções penais foram excluídas
do cômputo, uma vez que os processos desse tipo são mantidos no acervo até que as penas sejam cumpridas.

142
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 118: Diagrama do tempo de tramitação do processo, em 2017

Tribunais Superiores
Superior Tribunal de Justiça sentença baixa pendente
11m 1a e 2m 1a e 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunal Superior do Trabalho


1a e 2m 1a e 8m 2a e 6m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunal Superior Eleitoral


5m 11m 1a e 2m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Superior Tribunal Militar
1m 2m 3m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2º Grau
Tribunais de Justiça Estaduais sentença baixa pendente

8m 11m 3a

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tribunais Regionais Federais
1a e 11m 2a e 9m 3a e 4m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais Regionais do Trabalho

5m 8m 10m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais Regionais Eleitorais

10m 11m 1a e 7m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais de Justiça Militares

3m 6m 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Turmas Recursais
Turma Recursal Estadual sentença baixa pendente

6m 8m 1a e 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

143
Relatório Justiça em Números 2018

Turma Recursal Federal

1a e 3m 1a e 8m 3a e 9m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

1º Grau
sentença baixa pendente
Varas Estaduais

Execução 6a e 4m 6a e 10m 7a

Conhecimento 2a e 6m 3a e 7m 4a e 4m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Varas Federais

Execução 6a 6a e 4m 8a

Conhecimento 2a e 4m 3a e 8m 4a e 9m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Varas do Trabalho

Execução 2a e 5m 2a e 11m 4a e 3m

Conhecimento 8m 11m 1a e 2m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Zonas Eleitorais

7m 8m 1a e 5m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Auditorias Militares Estaduais

Execução 1a e 4m 1a e 5m 1a e 6m

Conhecimento 11m 1a 1a e 3m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Juizados Especiais
Juizados Especiais Estaduais sentença baixa pendente

Execução 1a e 3m 1a e 11m 2a e 1m

Conhecimento 10m 1a e 9m 2a e 10m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Juizados Especiais Federais

Execução 2m 4m 1a e 2m

Conhecimento 9m 1a e 2m 1a e 9m
144
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

A Figura 119 traz a série histórica do tempo médio de duração dos processos. Observa-se que o tempo da sentença e da
baixa estão em ascendência, enquanto o tempo do processo pendente diminuiu. Trata-se de resultado positivo, significando
que estão sendo solucionados casos mais antigos, reduzindo o tempo do acervo. A Figura 120 mostra essa informação por
ramo de justiça.
Figura 119: Série histórica do tempo médio de duração dos processos
8a e 3m

6a e 7m
5a e 7m 5a e 7m
5a e 1m
4a e 11m

3a e 3m 2a e 8m 2a e 9m
2a e 2m

1a e 8m 2a e 2m
1a e 10m
1a e 6m

0a
2015 2016 2017
Sentença
Baixado
Acervo

145
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 120: Série histórica do tempo médio de duração dos processos, por justiça

8a e 3m Estadual 8a e 3m Superiores

6a e 7m 6a e 2m 6a e 7m
5a e 12m
5a e 5m
5a 5a

3a e 5m
3a e 5m 3a e 1m 3a e 5m
2a e 6m 2a e 7m
2a e 2m 2a 2a e 1m
1a e 8m 1a e 10m
1a e 10m 1a e 10m 1a e 4m
1a 11m
e 2m 1a e 3m 1a
1a

3m 3m
2015 2016 2017 2015 2016 2017

8a e 3m Trabalho 8a e 3m Eleitoral

6a e 7m 6a e 7m

5a 5a

3a e 5m 3a e 5m
2a e 6m 2a e 6m 2a e 4m
1a e 11m
1a e 10m 1a e 4m 1a e 10m 1a e 5m
1a e 3m 1a e 3m 1a e 1m
11m 11m 11m 9m 7m 8m
7m
4m
3m
3m 3m
2015 2016 2017 2015 2016 2017

Federal Militar Estadual


8a e 3m 8a e 3m

6a e 7m 6a e 7m
5a e 5m
4a e 12m
5a 4a e 9m 5a

3a e 5m 3a e 5m
2a e 3m 2a e 3m 2a e 5m
2a
1a e 10m 1a e 7m 1a e 9m 1a e 10m
1a
11m 1a11m
e 1m 1a e11m
1m
9m 8m 8m
3m 3m
2015 2016 2017 2015 2016 2017

Sentença
Baixado
Acervo

146
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Na Figura 121 compara-se o tempo do recebimento da ação até o julgamento da sentença entre o 1º grau e o 2º grau. Enquanto
no 1º grau leva-se uma média de 3 anos, no 2º grau esse tempo é reduzido para menos de um terço: 10 meses.
A fase de conhecimento, na qual o juiz tem de vencer a postulação das partes e a dilação probatória para chegar à sentença,
e mais célere que a fase de execução, que não envolve atividade de cognição, mas somente de concretização do direito reco-
nhecido na sentença ou no título extrajudicial.
A Figura 122 ilustra esse aspecto, observável para a maior parte dos tribunais. Para receber uma sentença, o processo leva,
desde a data de ingresso, o triplo de tempo na fase de execução (4 anos e 11 meses) comparada à fase de conhecimento (1
ano e 7 meses).
Figura 121: Tempo médio da sentença: 2º grau x 1º grau, por Tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
5m TJRJ 4a e 8m 1a e 2m TRE−BA 10m
TJSP 3a e 5m 5m TRE−RJ 10m
7m TJPR 3a e 3m 2m TRE−RS 7m
6m TJMG 3a e 1m 9m TRE−PR 6m
TJRS 2a e 11m 1a e 1m TRE−SP 4m
9m TJBA 4a e 9m 10m TRE−MG 2m
6m TJES 3a e 9m 5m TRE−PI 1a
1a e 2m TJPE 3a e 8m 1a e 4m TRE−CE 10m
5m TJMT 3a e 6m 9m TRE−RN 10m
6m TJGO 3a e 3m 1a e 3m TRE−MA 9m
1a e 4m TJSC 3a e 1m 1a e 4m TRE−PB 8m
1a e 11m TJPA 2a e 11m 5m TRE−PE 8m
1a e 4m TJCE 2a e 7m 1a e 3m TRE−PA 8m
8m TJMA 1a e 12m 12m TRE−GO 7m
5m TJDFT 1a e 10m 4m TRE−SC 7m
1a e 1m TJRN 10a e 11m 7m TRE−SE 6m
1a e 8m TJPI 5a e 2m 2a e 1m TRE−DF 1a e 3m
6m TJAL 3a e 11m 8m TRE−AC 1a e 1m
8m TJPB 2a e 9m 1a e 2m TRE−RO 11m
1a TJMS 2a e 8m 1a e 5m TRE−AM 9m
8m TJTO 2a e 6m 1a e 3m TRE−RR 9m
1a TJAP 1a e 10m 11m TRE−AP 8m
1a e 1m TJRO 1a e 9m 8m TRE−MT 8m
5m TJRR 1a e 9m 1a e 6m TRE−TO 8m
4m TJAC 1a e 2m 11m TRE−MS 8m
4m TJSE 1a e 2m 11m TRE−AL 7m
11m TJAM 11m TRE−ES 7m
8m Estadual 3a e 9m 10m Eleitoral 7m

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
5m TRT4 1a e 6m 1a e 11m TRF3 5a e 1m
3m TRT3 1a e 4m
5m TRT1 1a e 2m 1a e 4m TRF5 5a
5m TRT15 1a e 1m 2a e 5m 4a e 3m
TRF1
5m TRT2 10m
8m TRT5 1a e 7m 1a e 5m TRF4 3a e 10m
6m TRT10 1a e 1m
1a e 9m TRF2 3a e 8m
5m TRT7 1a
6m TRT9 10m 1a e 11m Federal 4a e 3m
3m TRT12 10m
3m TRT6 9m
4m TRT8 8m
4m 6m
Militar Estadual
TRT18
4m TRT19 1a e 4m 2º grau 1º grau
4m TRT17 1a e 2m
2m TJMRS 1a e 9m
3m TRT24 11m
2m TRT14 11m 3m TJMMG 1a e 4m
8m TRT16 10m
6m 10m 4m TJMSP 5m
TRT11
1m TRT22 10m Militar
3m 1a
5m TRT20 8m Estadual
5m TRT13 8m
8m TRT23 6m
2º grau 1º grau
4m TRT21 3m
d 147
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 122: Tempo médio da sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau, por Tribunal, em 2017
Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
2a e 12m TJMG 2a e 3m 1a e 7m TRT15 12m
4a e 5m TJRS 1a e 9m 2a e 7m TRT1 10m
4a e 7m TJPR 1a e 7m 3a e 7m TRT4 10m
7a e 1m TJRJ 1a e 6m 2a e 2m 8m
5a e 9m 1a e 4m TRT2
TJSP 4a e 3m 6m
3a e 11m TJPA 2a e 6m TRT3
5a e 11m 2a e 2m 9m TRT6 10m
TJPE
3a e 1m TJCE 2a e 2m 1a e 3m TRT9 9m
4a e 5m TJBA 1a e 12m 3a e 7m TRT5 9m
4a e 8m TJSC 1a e 10m 1a e 6m TRT12 8m
3a e 10m TJMT 1a e 9m 2a e 1m TRT10 7m
4a e 10m TJES 1a e 9m 1a e 8m TRT8 5m
4a e 3m TJGO 1a e 8m 2a e 11m 5m
TRT7
2a e 2m TJMA 1a e 6m
9m TRT18 5m
2a e 8m TJDFT 10m
24a e 11m 12a e 1m 7m TRT17 1a e 2m
TJRN
8a e 9m TJPI 2a e 4m 11m TRT24 10m
4a e 9m TJPB 2a e 2m 1a e 2m TRT20 8m
8a e 1m TJAL 2a e 1m 1a e 11m TRT16 7m
1a e 6m TJAP 1a e 9m 1a e 11m TRT22 6m
3a e 2m TJTO 1a e 8m 2a e 4m TRT11 6m
3a e 5m TJMS 1a e 5m 1a 5m
TRT23
2a e 8m TJRR 1a e 1m 4a e 8m 5m
2a e 6m 11m TRT19
TJRO 1a e 11m 5m
1a e 2m TJAC 11m TRT13
1a e 3m TJSE 9m 3a TRT14 4m
TJAM 1m TRT21 3m
5a e 3m Estadual 1a e 11m 2a e 5m Trabalho 8m

Federal Militar Estadual


Execução Conhecimento Execução Conhecimento
7a e 2m TRF5 4a e 4m 1a e 5m TJMRS 1a e 9m
6a e 2m TRF3 2a e 11m 2a TJMMG 1a e 4m
6a e 9m TRF1 1a e 1m 4m 5m
TJMSP
4a e 2m TRF2 11m Militar
1a e 5m 12m
Estadual
7a e 1m TRF4 10m
5a e 11m Federal 1a e 2m
Execução Conhecimento
Poder
4a e 11m Judiciário 1a e 7m

O indicador do tempo de baixa apura o tempo efetivamente despendido entre o recebimento e o primeiro movimento de
baixa do processo em cada fase. Também, aqui, verifica-se desproporção entre os processos na fase de conhecimento e de
execução. A baixa do conhecimento é caracterizada pela entrada do processo na execução, que corresponde à data do início
da execução. A baixa na execução ocorre quando o jurisdicionado tem seu conflito solucionado - por exemplo, quando os
precatórios são pagos, ou as dívidas liquidadas.
O tempo do processo baixado no Poder Judiciário é de 1 ano e 5 meses na fase de conhecimento; de 5 anos e 6 meses na
fase de execução no 1º grau de jurisdição, e de 8 meses no 2º grau.
No que se refere ao tempo de duração dos processos que ainda estão pendentes de baixa, o termo final de cálculo foi 31 de
dezembro de 2017. Observa-se que o Poder Judiciário apresentou tempo do estoque superior ao da baixa tanto no 2º grau, com
2 anos e 8 meses de duração (3,9 vezes superior ao tempo de baixa), quanto no 1º grau, nas fases de conhecimento, com 3 anos
e 8 meses (2,6 vezes superior ao tempo de baixa), e de execução, com 6 anos e 9 meses (1,2 vez superior ao tempo de baixa).

148
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 123: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores, em
2017
Estadual Eleitoral
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
1a e 1m TJPR 8a e 4m 1a e 2m TRE−BA 1a e 7m
10m TJMG 2a e 7m 1a e 1m TRE−SP 1a e 6m
6m TJRJ 1a e 2m 7m TRE−RJ 1a e 3m
TJSP 9m TRE−PR 1a e 3m
7m TJRS 1a e 3m TRE−MG 11m
10m TJES 6a e 4m 4m TRE−RS 5m
2a e 3m TJCE 3a e 4m 1a e 2m TRE−PB 3a
1a e 8m TJPE 2a 1a e 2m TRE−CE 2a e 10m
1a e 2m TJSC 1a e 11m 2a e 2m TRE−MA 1a e 11m
1a e 5m TJBA 1a e 9m 1a e 2m TRE−RN 1a e 8m
10m TJGO 1a e 7m 1a e 1m TRE−PA 1a e 7m
2a e 10m TJPA 1a e 3m 8m TRE−PI 1a e 6m
8m TJDFT 1a e 2m 7m TRE−PE 11m
9m TJMT 11m 8m TRE−GO 10m
11m TJMA 8m 5m TRE−SC 9m
1a TJRR 3a e 1m 7m TRE−SE 6m
11m TJAP 2a e 9m 11m TRE−ES 2a e 8m
1a e 7m TJPI 2a e 6m 2a e 3m TRE−RR 2a e 3m
1a e 3m TJAC 2a e 5m 2a e 3m TRE−DF 2a e 1m
1a e 5m TJMS 1a e 10m 1a e 5m TRE−AM 1a e 10m
11m TJSE 1a e 9m 1a e 6m TRE−TO 1a e 7m
TJAM 1a e 8m 9m TRE−AC 1a e 5m
1a e 4m TJRN 1a e 7m 1a TRE−MT 1a e 4m
1a e 3m TJAL 1a e 7m 11m TRE−MS 1a e 4m
1a e 5m TJRO 1a e 6m 10m TRE−RO 1a e 3m
11m TJPB 1a e 1m 10m TRE−AP 1a e 2m
11m TJTO 11m 12m TRE−AL 1a
11m Estadual 2a e 12m 11m Eleitoral 1a e 7m

Trabalho Superiores
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
12m TRT1 1a e 1m 1a e 8m TST 2a e 6m
9m TRT4 9m 1a e 2m STJ 1a e 8m
7m TRT2 9m 1a e 2m TSE 5m
7m TRT3 9m 3m 1m
STM
9m TRT15 8m 1a e 4m 2a e 1m
Superiores
6m TRT12 1a e 4m
11m TRT5 12m Federal
10m TRT9 9m Baixados Pendentes
9m TRT7 9m 4a e 1m TRF3 4a e 2m
7m TRT18 7m 2a e 12m TRF1 3a e 8m
9m TRT10 7m 1a e 8m 2a e 6m
TRF5
6m TRT8 6m 2a e 1m 2a
TRF2
7m TRT6 6m
1a e 6m TRF4 1a e 5m
7m TRT23 1a e 11m
1a e 2m TRT16 1a 2a e 9m Federal 3a e 4m
7m TRT24 11m
9m TRT20 9m Militar Estadual
7m TRT17 8m Baixados Pendentes
8m TRT11 8m 6m TJMMG 8m
7m TRT19 8m
9m TJMRS 5m
8m TRT22 7m
8m TRT14 5m 8m TJMSP 5m
8m TRT21 5m 8m Militar 6m
8m TRT13 4m Estadual
8m Trabalho 10m Baixados Poder Pendentes
8m Judiciário 2a e 8m

149
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 124: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau, em
2017
Estadual Eleitoral
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
3a TJSP 4a e 11m 9m TRE−RJ 1a e 5m
2a e 6m TJRS 3a e 3m 10m TRE−BA 1a e 5m
2a e 2m TJMG 2a e 5m 6m TRE−SP 1a e 2m
1a e 7m TJPR 1a e 3m 9m TRE−RS 1a e 1m
3a e 3m TJRJ 6m TRE−PR 1a
3a TJBA 5a e 2m 1a e 4m TRE−MG 3m
2a e 9m TJMA 3a e 11m 8m TRE−PB 2a e 1m
3a e 3m TJSC 3a e 10m 1a e 1m TRE−PI 1a e 8m
3a e 10m TJPE 3a e 9m 1a e 2m TRE−MA 1a e 7m
2a e 5m TJCE 3a e 8m 10m TRE−RN 1a e 7m
2a e 7m TJPA 3a e 7m 7m TRE−GO 1a e 7m
3a e 6m TJES 3a e 5m 9m TRE−CE 1a e 5m
2a e 3m TJGO 3a e 2m 8m TRE−PA 1a e 3m
2a e 1m TJMT 2a e 10m 6m TRE−PE 1a e 3m
11m TJDFT 1a e 5m 7m TRE−SC 1a e 2m
17a e 6m TJRN 18a e 8m 6m TRE−SE 10m
3a e 3m TJPI 3a e 8m 3a e 4m TRE−RR 3a e 7m
2a e 8m TJAL 3a e 8m 1a e 6m TRE−DF 1a e 9m
1a e 9m TJMS 3a e 4m 9m TRE−AM 1a e 8m
2a e 10m TJPB 2a e 7m 8m TRE−AP 1a e 7m
1a e 7m TJRR 2a e 5m 8m TRE−TO 1a e 7m
2a e 1m TJTO 2a e 5m 1a e 1m TRE−AC 1a e 7m
1a e 2m TJSE 2a e 1m 9m TRE−MT 1a e 7m
1a e 2m TJAC 1a e 10m 6m TRE−RO 1a e 3m
12m TJRO 1a e 9m 9m TRE−ES 1a e 3m
1a e 5m TJAP 1a e 7m 9m TRE−AL 1a e 3m
TJAM 7m TRE−MS 1a e 2m
2a e 12m Estadual 4a e 1m 8m Eleitoral 1a e 5m

Trabalho Federal
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
8m TRT2 1a e 6m 3a e 8m TRF3 4a e 10m
1a TRT15 1a e 5m 1a e 2m TRF4 2a e 3m
1a e 6m TRT1 1a e 4m
1a e 3m TRF5 2a e 1m
8m TRT3 1a e 2m
1a TRF2 1a e 12m
12m TRT4 1a
9m 1a e 9m 1a e 7m TRF1 1a e 10m
TRT10
1a e 2m 1a e 3m 1a e 10m Federal 2a e 9m
TRT12
10m TRT6 1a
1a e 1m TRT5 12m
1a e 1m 10m Militar Estadual
TRT7
7m TRT18 10m Baixados Pendentes
1a e 1m TRT9 9m 1a e 12m TJMMG 1a e 6m
7m TRT8 7m
1a e 9m TJMRS 9m
1a e 3m TRT19 1a e 5m
11m TRT20 1a e 2m 7m TJMSP 6m
1a TRT24 1a 1a e 3m Militar 11m
2a e 7m TRT17 1a Estadual
4m TRT14 11m
1a e 1m TRT16 10m Baixados Pendentes
2a e 3m TRT22 9m Poder
7m 7m 1a e 5m 3a e 8m
TRT23 Judiciário
7m TRT11 7m
4m TRT13 5m
3m TRT21 5m
11m Trabalho 1a e 2m

150
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 125: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau, em 2017
Estadual Trabalho
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
6a e 6m TJSP 7a e 6m 3a e 6m TRT4 6a e 8m
3a e 12m TJRS 4a e 8m 3a TRT3 4a e 3m
4a e 5m TJMG 4a e 7m 3a TRT2 4a e 1m
3a e 2m TJPR 3a e 4m 3a e 1m 3a e 9m
8a e 11m TRT1
TJRJ 4a e 5m 2a e 11m
4a e 10m TJSC 6a e 7m TRT15
8a e 7m 6a e 2m 1a e 4m TRT9 5a e 12m
TJPE
4a e 1m TJCE 6a e 1m 1a e 8m TRT8 5a e 9m
4a e 9m TJGO 6a e 1m 3a e 6m TRT12 5a e 7m
3a e 11m TJMT 5a e 5m 2a e 1m TRT10 5a e 3m
3a e 12m TJMA 5a e 3m 3a e 11m TRT5 3a e 9m
6a e 1m TJBA 5a e 1m 2a e 7m TRT7 2a e 8m
5a e 10m TJPA 4a e 11m 1a e 3m 1a e 3m
TRT6
3a e 7m TJES 4a e 10m
2a e 1m TRT18 1a e 2m
1a e 11m TJDFT 3a e 6m
24a e 11m TJRN 26a e 10m 4a e 8m TRT19 6a e 3m
8a e 10m TJPI 6a e 11m 1a TRT23 6a e 2m
4a e 1m TJMS 6a e 10m 3a e 7m TRT24 5a e 11m
5a e 7m TJPB 5a e 10m 2a e 3m TRT14 5a
8a e 1m TJAL 4a e 10m 1a e 11m TRT16 4a
3a e 2m TJTO 4a e 5m 1a e 2m TRT20 3a
1a e 9m TJAC 3a e 10m 2a e 5m 2a e 10m
TRT11
2a e 3m TJRO 3a e 8m 3a 2a e 6m
3a e 1m 3a e 3m TRT22
TJRR 1a e 11m 2a e 5m
1a e 9m TJSE 2a e 8m TRT13
1a e 10m TJAP 2a e 5m 2a e 10m TRT17 1a e 12m
TJAM 3m TRT21 5m
6a e 1m Estadual 6a e 9m 2a e 11m Trabalho 4a e 3m

Federal Militar Estadual


Baixados Pendentes Baixados Pendentes
5a e 3m TRF3 9a e 7m 1a e 4m TJMMG 4a e 6m
2a e 9m TRF2 7a e 6m 1a e 6m TJMRS 1a e 7m
3a e 7m TRF1 6a e 11m 9m TJMSP 6m
2a e 11m TRF5 6a e 5m 1a e 4m Militar 1a e 6m
Estadual
8a e 10m TRF4 6a e 2m
4a e 6m Federal 7a e 11m Baixados Pendentes
Poder
5a e 6m Judiciário 6a e 9m

151
Relatório Justiça em Números 2018

7 Justiça criminal
Em 2017, ingressaram no Poder Judiciário 2,7 milhões de casos novos criminais, sendo 1,7 milhão (61,6%) na fase de conhe-
cimento de 1º grau, 357,5 mil (13,1%) na fase de execução de 1º grau, 19,6 mil (0,7%) nas turmas recursais, 576 mil (21,1%) no
2º grau e 95,6 mil (3,5%) nos Tribunais Superiores.
A Justiça Estadual é o segmento com maior representatividade de litígios no Poder Judiciário, com 69,4% da demanda; na
área criminal essa representatividade aumenta para 91,5%.
A Figura 126 mostra que em 2017 houve redução de 5,3% no quantitativo de processos novos de conhecimento criminais em
relação ao ano de 2016, com queda no acervo de 3,5%. Os casos pendentes equivalem a 2,8 vezes a demanda. As informações
sobre os quantitativos de casos novos e pendentes por tribunal podem ser visualizadas na Figura 127.

Figura 126: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais
7
6,5
6,1 6,2 6,2

6 5,8
5,4 5,4 5,5
5,4

5
Milhões

4
3,2 3,2 3,3 3,2
2,8 2,9 2,8
3 2,8 2,7
3,1 3,1 3,0 3,1
2,8
2,5 2,6 2,5 2,4
2
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Casos pendentes criminais
Casos novos criminais
Processos baixados criminais

152
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 127: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal, em 2017

Estadual Eleitoral
Novos Pendentes Novos Pendentes
455.588 TJSP 1.919.043 449 TRE−MG 1.337
246.121 TJMG 506.193 163 TRE−BA 603
225.156 TJRJ 467.488 425 TRE−SP 593
133.390 TJRS 290.779 302 TRE−RJ 534
186.884 TJPR 280.362 259 TRE−RS 438
140.315 TJSC 304.922 215 TRE−PR 298
88.102 TJBA 301.242 792 TRE−GO 1.114
57.583 TJGO 202.469 105 TRE−RN 866
49.613 TJPE 193.431 112 TRE−MA 586
22.507 TJPA 190.421 119 TRE−CE 374
59.509 TJCE 180.253 91 TRE−PE 361
43.133 TJES 162.960 179 TRE−SC 322
55.742 TJMT 125.496 73 TRE−PB 277
43.348 TJMA 117.126 36 TRE−PI 273
84.819 TJDFT 69.853 105 TRE−PA 203
48.846 TJMS 127.806 43 TRE−SE 156
30.284 TJAM 108.135 86 TRE−MT 277
23.913 TJPI 78.458 98 TRE−TO 271
21.521 TJPB 62.439 154 TRE−MS 216
17.314 TJAL 60.994 150 TRE−AL 188
25.476 TJRN 59.539 60 TRE−AM 143
29.814 TJRO 40.987 89 TRE−ES 91
17.443 TJSE 40.575 47 TRE−AC 76
20.241 TJTO 36.510 30 TRE−RR 65
12.442 TJAC 22.199 49 TRE−RO 64
9.159 TJAP 14.339 13 TRE−AP 32
6.063 TJRR 12.243 2 TRE−DF 16

Federal Militar Estadual


Novos Pendentes Novos Pendentes
52.925 TRF1 81.975 1.152 TJMSP 610

14.489 TRF3 43.764 564 TJMMG 534

32.190 TRF4 32.737 1.494 TJMRS 330

12.348 TRF2 17.621

5.159 TRF5 12.385


Superiores
Novos Pendentes
94.561 STJ 61.436

814 STM 320

188 TSE 164

153
Relatório Justiça em Números 2018

Ao final de 2017, havia 1,4 milhão de execuções penais pendentes, com 358 mil execuções iniciadas em 2017. Mais da
metade dessas execuções (232,5 mil, ou 65%) implicavam pena privativa de liberdade (Figura 128). Entre as não privativas de
liberdade, 8 mil (6,7%) ingressaram nos juizados especiais e 117 mil (93,3%) no juízo comum.
Figura 128: Série histórica das execuções penais
1.009.896
1.005.280
1.000.000 919.164
867.916 841.857
820.000 732.722
705.111 706.526
646.772
640.000

436.724 422.751 436.642


460.000 368.695
359.447
320.073 322.539
296.257 300.483
252.684 254.109 270.290
280.000 217.016 232.521
174.924 181.382 181.202
147.980
100.000 159.972 183.671 170.545
102.060 106.313 129.643 113.408 122.068 125.012

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Pendente de Pena Privativa de Liberdade Pendente de Pena Não Privativa de Liberdade


Iniciada de Pena Privativa de Liberdade Iniciada de Pena Não Privativa de Liberdade

Os resultados dos tempos médios dos processos baixados no ano de 2017 por tribunal, indicam cenários distintos no 2º
grau. Enquanto nas Justiças Estadual e Militar Estadual não há diferença significativa entre os tempos de baixa dos processos
criminais e não criminais, na Justiça Federal o processo não criminal dura, em média, o dobro do tempo do criminal; na Justiça
Eleitoral ocorre o inverso (Figura 129). No 1º grau, o tempo do processo criminal é maior que o do não criminal, em todos os
ramos de Justiça (Figura 130).
Os processos referentes às execuções judiciais criminais privativas de liberdade baixados no ano de 2017 possuem tempo
médio de baixa de 3 anos e 5 meses na Justiça Estadual e de 1 ano e 5 meses na Justiça Federal (Figura 131). Esses tempos
são maiores que a média até a baixa do processo na fase de conhecimento, ou seja, até o início da execução penal ou até a
remessa do processo em grau de recurso para o 2º grau, que foi de 3 anos e 9 meses na Justiça Estadual, e de 2 anos e 3
meses na Justiça Federal.

154
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 129: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores, por
tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 2m TJPR 11m 1a e 1m TRE−BA 4a e 1m
11m TJMG 8m 1a TRE−SP 1a e 9m
7m TJRS 7m 1a e 2m TRE−MG 1a e 9m
6m TJRJ 6m 8m TRE−PR 1a e 2m
TJSP 7m TRE−RJ 7m
3a TJPA 2a e 5m 4m TRE−RS 6m
2a e 4m TJCE 2a e 1m 1a e 1m TRE−CE 4a
1a e 9m TJPE 1a e 5m 2a e 1m TRE−MA 3a e 10m
1a e 7m TJBA 10m 1a e 1m TRE−RN 3a e 3m
11m TJES 10m 1a e 2m TRE−PB 3a e 2m
11m TJMA 9m 1a TRE−PA 2a e 10m
10m TJGO 9m 8m TRE−PI 1a e 1m
1a e 3m TJSC 7m 7m TRE−SE 11m
10m TJMT 6m 5m TRE−SC 8m
9m TJDFT 5m 6m TRE−PE 8m
1a e 4m TJMS 1a e 7m 8m TRE−GO 8m
1a e 3m TJAL 1a e 2m 2a e 1m TRE−RR 6a e 3m
1a e 6m TJAC 12m 9m TRE−AC 5a e 9m
1a TJRR 12m 1a e 4m TRE−AM 4a e 4m
12m TJPB 11m 1a e 6m TRE−TO 3a e 5m
2a e 1m TJPI 9m 9m TRE−AP 3a e 4m
1a e 8m TJRO 9m 12m TRE−AL 3a e 3m
1a e 11m TJAM 8m 2a e 3m TRE−DF 2a e 9m
12m TJSE 8m 10m TRE−RO 2a e 2m
1a TJTO 8m 10m TRE−MS 2a e 1m
1a e 1m TJAP 7m 12m TRE−MT 1a e 7m
1a e 5m TJRN 6m 11m TRE−ES 1a e 1m
12m Estadual 9m 11m Eleitoral 1a e 11m

Superiores Federal
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 2m TSE 1a e 2m 3a TRF1 1a e 9m
1a e 4m STJ 11m 4a e 2m TRF3 1a e 7m

STM 1a e 8m TRF5 1a e 6m

TST 2a e 2m TRF2 1a e 4m
1a e 4m Superiores 11m 1a e 7m TRF4 10m
2a e 10m Federal 1a e 5m

Militar Estadual Poder Judiciário


Não criminal Criminal Não criminal Criminal
10m TJMRS 9m 1a e 6m Poder 10m
Judiciário
9m TJMSP 8m
8m TJMMG 4m
9m Militar 8m
Estadual

155
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 130: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau, por
tribunal, em 2017
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 12m TJRS 7a e 10m 10m TRE−BA 3a e 2m
2a e 6m TJSP 6a e 11m 6m TRE−SP 2a e 10m
1a e 12m TJMG 2a e 7m 11m TRE−MG 2a e 9m
3a e 4m TJRJ 2a e 6m 9m TRE−RJ 2a e 8m
1a e 7m TJPR 1a e 9m 9m TRE−RS 2a e 2m
2a e 10m TJBA 4a e 4m 5m TRE−PR 1a e 2m
3a e 10m TJPE 3a e 11m 1a e 1m TRE−PI 6a e 5m
2a e 8m TJMA 3a e 8m 5m TRE−PE 5a e 4m
3a e 7m TJES 3a e 5m 1a e 2m TRE−MA 4a e 11m
2a e 3m TJCE 3a e 2m 9m TRE−RN 4a e 10m
3a e 3m TJSC 3a e 2m 8m TRE−PB 3a e 2m
1a e 11m TJMT 3a e 1m 6m TRE−SE 3a e 1m
2a e 1m TJGO 3a e 1m 9m TRE−CE 2a e 7m
2a e 8m TJPA 2a e 5m 7m TRE−SC 2a e 2m
10m TJDFT 1a 8m TRE−PA 2a e 1m
18a e 8m TJRN 6a e 4m 7m TRE−GO 1a e 7m
3a TJPI 4a e 12m 3a TRE−RR 6a e 7m
2a e 6m TJAL 4a e 11m 1a e 4m TRE−DF 3a e 9m
2a e 10m TJPB 3a e 1m 9m TRE−AL 3a e 7m
1a e 6m TJMS 2a e 10m 8m TRE−MT 3a e 5m
1a e 5m TJRR 2a e 8m 8m TRE−ES 3a e 3m
1a TJSE 2a e 4m 8m TRE−AP 2a e 12m
1a e 12m TJTO 2a e 3m 9m TRE−AM 2a e 10m
1a e 4m TJAP 2a e 3m 7m TRE−MS 2a e 5m
10m TJRO 1a e 10m 1a e 1m TRE−AC 2a e 2m
1a TJAC 1a e 9m 8m TRE−TO 2a e 2m
TJAM 6m TRE−RO 1a e 3m
2a e 10m Estadual 3a e 9m 8m Eleitoral 2a e 9m

Federal Militar Estadual


Não criminal Criminal Não criminal Criminal
3a e 7m TRF3 6a e 3m 1a e 3m TJMMG 2a e 5m
1a e 3m TRF5 5a e 9m 1a e 2m TJMRS 1a e 10m
11m TRF2 1a e 12m 10m TJMSP 5m
1a e 1m TRF4 1a e 5m 12m Militar 1a e 5m
Estadual
1a e 8m TRF1 1a e 2m
1a e 10m Federal 2a e 3m Não criminal Criminal
2a e 7m Poder 3a e 8m
Judiciário

156
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 131: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal, em 2017
Estadual Federal
Não privativa de liberdade Privativa de liberdade Não privativa de liberdade Privativa de liberdade
7a TJRS 9a e 10m
5a e 7m TRF5 3a e 7m
7a e 9m TJRJ 6a e 9m
3a e 1m TJMG 4a e 3m 2a e 10m TRF4 1a e 11m
2a e 2m TJPR 2a e 3m
4a e 7m TRF1 1a e 8m
1a e 4m TJSP 11m
2a e 6m TJDFT 8a e 8m 2a e 10m TRF3 10m
2a e 7m TJBA 7a e 8m
6a e 9m TJES 6a e 4m 2a e 9m TRF2 0m
2a e 5m TJPE 6a e 2m 2a e 11m Federal 1a e 5m
3a e 2m TJGO 4a e 8m
2a e 12m TJCE 4a e 4m
3a e 8m TJMA 4a e 1m
2a e 11m TJPA 3a e 11m
2a e 5m TJSC 2a e 12m
2a e 6m TJMT 2a e 9m
1a e 11m TJRR 6a e 5m
3a e 8m TJMS 5a e 7m
4a e 2m TJPB 5a e 2m
1a e 4m TJAP 4a e 8m
2a e 9m TJTO 3a e 11m
2a e 8m TJPI 3a e 11m
2a e 9m TJSE 3a e 6m
2a e 4m TJAC 2a e 11m
1a e 12m TJRO 2a e 9m
4a e 2m TJAL 2a e 9m
3a e 4m TJRN 2a e 6m
2a e 5m TJAM 2a e 3m
2a e 10m Estadual 3a e 5m

157
Relatório Justiça em Números 2018

8 Índice de Produtividade Comparada


da Justiça: IPC-Jus
O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) é uma medida que busca resumir a produtividade e a eficiência
relativa dos tribunais em um escore único, ao comparar a eficiência otimizada com a aferida em cada unidade judiciária, a partir
da técnica de Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA), conforme especificado no anexo metodológico.
Esse método permite comparações entre tribunais do mesmo ramo de justiça, independentemente do porte, pois considera
o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada tribunal. A respeito dos insumos, o índice agrega
informações de litigiosidade - número de processos que tramitaram no período, dados sobre recursos humanos (magistrados,
servidores efetivos, comissionados e ingressados por meio de requisição ou cessão) e sobre recursos financeiros (despesa total
da Justiça excluídas as despesas com inativos e com projetos de construção e obras). O índice avalia também a quantidade
de processos baixados.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida de eficiência
do tribunal, denominada por IPC-Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz
de produzir mais, com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado, considerados eficientes, se tornam refe-
rência no ramo de justiça do qual fazem parte. Os outros tribunais, por sua vez, são comparados aos mais semelhantes a eles,
de forma ponderada. Portanto, o IPC-Jus do tribunal será a razão entre seu desempenho e o quanto ele deveria ter produzido
para atingir 100% de eficiência.
Cabe esclarecer que a obtenção de eficiência de 100% não significa que um tribunal não precise melhorar, mas apenas que
tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, com recursos semelhantes.
Para melhor compreensão dos resultados do IPC-Jus sugere-se visualizar os gráficos que trazem o cruzamento, dois a dois,
dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos indicadores relaciona
a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois,
além dos dois indicadores, também demonstram a classificação de cada tribunal em relação aos de seu porte, por meio da
forma do símbolo, e o nível de eficiência, pelo tamanho. Mais detalhes sobre a interpretação desse tipo de gráfico podem ser
encontrados na segunda seção desse Relatório.
O IPC-Jus ainda mensura o quanto o tribunal deveria ter baixado em número de processos para que, em 2017, pudesse
alcançar a eficiência máxima. Dessa forma, esta seção destina-se a apresentar o resultado real e a simulação com os principais
indicadores de desempenho, sendo o resultado simulado construído a partir da hipótese de que todos os tribunais seriam efi-
cientes e alcançariam 100% no IPC-Jus.
O comparativo é produzido com base no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), no Índice de Produtividade dos
Servidores (IPS), na Despesa Total do Tribunal e na Taxa de Congestionamento (TC). Os resultados e os cenários do IPC-Jus
foram calculados para as justiças Estadual, do Trabalho e Federal.

158
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

8.1 Justiça Estadual

8.1.1 Resultados
A Figura 132 traz o resultado do IPC-Jus de cada tribunal da Justiça Estadual, e a Figura 133 discrimina esse indicador para
o 1º e 2º graus. Verifica-se, a partir desses gráficos, que somente o TJRS e o TJSE obtiveram IPC-Jus de 100%, tanto no 1º e 2º
graus quanto na área administrativa.
O TJDFT obteve índice de 100% no 2º grau, mas ficou com 78% no 1º grau. Os Tribunais de Justiça do Rio de Janeiro, do
Paraná, da Bahia e de Roraima atingiram o índice de 100% no 1º grau.
Considerando o conjunto do Poder Judiciário, o 1º grau apresentou indicador superior ao do 2º, com IPC-Jus de, respecti-
vamente, 87% e 82%. Isso significa que, em média, as varas e juizados apresentaram produtividade mais próxima das unidades
de referência do que as cortes de 2ª instância.

Figura 132: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa), em 2017
TJRS 100%
TJRJ 100%
TJPR 100%
TJSP 90%
TJMG 89%
TJBA 98%
TJMT 94%
TJMA 85%
TJDFT 83%
TJES 81%
TJSC 81%
TJGO 81%
TJCE 67%
TJPE 63%
TJPA 56%
TJSE 100%
TJRR 100%
TJRN 88%
TJAP 88%
TJAC 83%
TJTO 80%
TJRO 76%
TJMS 75%
TJAL 69%
TJPI 66%
TJPB 64%
TJAM 63%
Estadual 88%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

159
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 133: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal, em 2017
2º grau 1º grau
100% TJRS 100%
99% TJRJ 100%
66% TJPR 100%
78% TJMG 87%
87% TJSP 87%
81% TJBA 100%
73% TJMT 96%
64% TJMA 90%
89% TJSC 85%
84% TJGO 84%
54% TJES 79%
100% TJDFT 78%
47% TJCE 65%
57% TJPE 63%
39% TJPA 56%
100% TJSE 100%
93% TJRR 100%
84% TJAP 91%
59% TJRN 83%
84% TJAC 82%
70% TJTO 81%
65% TJRO 77%
90% TJMS 76%
74% TJAM 72%
65% TJPB 67%
83% TJAL 65%
54% TJPI 64%
82% Estadual 87%

160
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

É possível salientar a eficiência resultante do modelo em cada indicador de forma separada, a partir da relação entre a taxa
de congestionamento e, respectivamente, a produtividade dos magistrados (Figura 134), a produtividade dos servidores (Figura
135) e a despesa total (Figura 136). Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul nessas figuras) são os
mais eficientes, e os mais distantes dessa linha, os menos eficientes. Os Tribunais de Justiça de Sergipe e de Roraima, ambos
de pequeno porte, estão na fronteira de eficiência em todos os casos, enquanto o TJRJ (grande porte) apresentou o melhor
desempenho nos indicadores de produtividade por magistrado e por servidor. O TJRS encontra-se na fronteira de eficiência
ao considerar a despesa total por processo baixado e produtividade por servidor; o TJPR também está nessa última fronteira.
Os tribunais no segundo quadrante das figuras de produtividade e no terceiro quadrante da figura de despesa são aqueles
com melhor desempenho, pois combinaram altos indicadores de produtividade e baixos de despesa com baixa taxa de con-
gestionamento. Já os que se encontram no quarto quadrante dos gráficos de produtividade e no primeiro quadrante de despesa
estão mais distantes da fronteira e associam alta taxa de congestionamento com baixos níveis de produtividade ou alto volume
de despesa. Os tribunais nesse quadrante são, majoritariamente, da região Nordeste do País.
Os Tribunais de Justiça do Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná estão no quadrante de melhor desempenho em
todos os gráficos, sendo os dois primeiros de médio porte e os dois últimos de grande porte. Já TJPA, TJPB e TJPI, todos de
pequeno porte, encontram-se nos quadrantes de menor desempenho.

Figura 134: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017

RJ
Índice de Produtividade do Magistrado

3.000

BA SP
SE
MT RS
2.000

SC
MG TJ
PR MA GO
RN TO MS
RR DF AL
ES PI PE AM
1.000

AP AC RO
Grande porte PB CE PA
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

161
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 135: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017

RJ
200

RS
PR
Índice de Produtividade do Servidor

BA
150

SP
TJ SC
MG
GO AM
MT
SE AL
MA ES
100

RN
TO MS CE
PI PE
RR AP DF RO
PB PA
50

Grande porte AC

Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 136: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017
Despesa total (exceto inativos) por baixados

DF
5.000

AP

RN
RR
TO PB PA
AC PI
RO
3.000

MS AM
MA ES CE
PE
MT BA TJ AL SC
SE MG
GO SP
PR
RJ
1.000

Grande porte RS
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

162
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

8.1.2 Análises de cenário


Neste tópico são apresentadas análises de cenário para estimar quanto os tribunais deveriam ter baixado de processos em
2017 para que pudessem alcançar eficiência máxima, ou seja, 100% no IPC-Jus. A análise de cenário é baseada em simulações
para o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestiona-
mento (TC), tendo como hipótese que todos os tribunais tenham alcançado 100% de eficiência nesses indicadores.
Esses cenários não significam que a situação hipotética alcançada seja a ideal. Por exemplo, no caso do TJRJ não se pode
dizer que o congestionamento de 80% seja satisfatório, mas sim que, em relação aos demais tribunais e aos seus insumos, o
TJRJ baixou, comparativamente, maior volume de processos.
Os números da Figura 137 e da Figura 138 indicam quantos processos cada servidor e cada magistrado necessitariam
baixar para que os tribunais atingissem 100% de eficiência, em comparação ao quanto efetivamente foi baixado. A Figura 139
demonstra o resultado que tais realizações provocariam na taxa de congestionamento no ano de 2017.

Figura 137: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TJRJ 3.321 3.321


TJSP 2.363 2.625
TJRS 2.071 2.071
TJMG 1.823 2.048
TJPR 1.650 1.650
TJBA 2.111 2.154
TJMT 1.983 2.103
TJSC 1.926 2.390
TJMA 1.634 1.924
TJGO 1.588 1.971
TJDFT 1.229 1.472
TJPE 1.196 1.905
TJES 1.136 1.400
TJPA 923 1.639
TJCE 908 1.350
TJSE 2.002 2.002
TJMS 1.577 2.095
TJTO 1.359 1.697
TJRN 1.278 1.445
TJRR 1.228 1.228
TJAL 1.223 1.767
TJRO 1.161 1.537
TJAC 1.141 1.376
TJAM 1.111 1.751
TJPI 1.105 1.662
TJAP 1.033 1.173 IPM Realizado
TJPB 944 1.480 IPM Estimado
Estadual 1.844 2.106

0 800 1.600 2.400 3.200

163
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 138: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TJRJ 191 191


TJRS 189 189
TJPR 174 174
TJSP 136 151
TJMG 120 135
TJBA 154 158
TJSC 134 166
TJGO 115 142
TJES 113 139
TJMT 112 119
TJMA 112 132
TJCE 90 134
TJPE 78 124
TJPA 66 116
TJDFT 60 72
TJAM 116 183
TJAL 103 149
TJSE 99 99
TJRN 96 109
TJMS 93 124
TJTO 84 105
TJPI 82 123
TJRR 66 66
TJPB 63 99
TJAP 62 71
IPS Realizado
TJRO 62 82
IPS Estimado
TJAC 57 69
Estadual 124 142

0 60 120 180

164
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 139: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%, em 2017

TJRJ 80% 80%

TJSP 75% 78%

TJRS 70% 70%

TJPR 67% 67%

TJMG 65% 69%

TJSC 74% 79%

TJBA 70% 70%

TJGO 66% 72%

TJMT 64% 66%

TJMA 64% 69%

TJES 64% 71%

TJPE 63% 77%

TJCE 63% 75%

TJPA 60% 77%

TJDFT 52% 60%

TJAM 69% 80%

TJAL 67% 77%

TJMS 65% 73%

TJPI 61% 74%

TJRN 58% 63%

TJTO 57% 66%

TJPB 55% 71%

TJSE 55% 55%

TJRO 54% 65%


TC Estimado
TJAC 53% 61% TC Realizado
TJAP 52% 57%

TJRR 51% 51%

Estadual 71% 75%

0% 18% 36% 54% 72% 90%

165
Relatório Justiça em Números 2018

8.2 Justiça do Trabalho

8.2.1 Resultados
A Figura 140 mostra o IPC-Jus de cada Tribunal Regional do Trabalho e a Figura 141 traz esse indicador segmentado entre
1º e 2º graus. Verifica-se que TRT15 (Campinas) e TRT18 (GO) se destacaram pelo alcance de 100% nos índices, tanto no 1º e
2º graus, quanto ao considerar a área administrativa. O TRT2 (SP), TRT11 (AM/RR) e TRT8(PA/AP) também apresentaram indi-
cadores globais de 100%, sendo os dois primeiros com valor máximo no 1º grau e o último no 2º grau. Outros quatro tribunais
foram 100% eficientes no 2º grau: TRT3 (MG), TRT6 (PE), TRT13 (PB) e TRT24 (MS). O TRT22 (PI) foi 100% eficiente no 1º grau.
O IPC-Jus, de modo geral, apresentou comportamento próximo na comparação das instâncias, com índice de 89% no 2º grau
e de 90% no 1º grau.
Figura 140: Resultado do IPC-Jus por tribunal, em 2017
TRT15 100%

TRT2 100%

TRT3 98%

TRT1 86%

TRT4 80%

TRT8 100%

TRT18 100%

TRT9 93%

TRT12 92%

TRT6 92%

TRT7 86%

TRT10 76%

TRT5 74%

TRT11 100%

TRT14 95%

TRT21 94%

TRT22 93%

TRT13 93%

TRT17 88%

TRT24 81%

TRT20 80%

TRT19 80%

TRT23 78%

TRT16 77%

Trabalho 91%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

166
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 141: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal, em 2017

2º grau 1º grau

100% TRT15 100%


99% TRT2 100%
100% TRT3 88%
75% TRT1 86%
79% TRT4 74%
100% TRT18 100%
100% TRT8 96%
85% TRT9 94%
92% TRT12 92%
75% TRT7 92%
100% TRT6 90%
74% TRT10 76%
69% TRT5 71%
85% TRT22 100%
80% TRT11 100%
83% TRT21 96%
80% TRT17 95%
97% TRT14 94%
64% TRT16 88%
100% TRT13 86%
76% TRT20 84%
91% TRT19 80%
65% TRT23 76%
100% TRT24 75%
89% Trabalho 90%

A eficiência resultante do modelo pode ser constatada a partir da relação entre a taxa de congestionamento versus: a) a
produtividade dos magistrados (Figura 142); b) a produtividade dos servidores (Figura 143); e c) a despesa total (Figura 144).
Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul no gráfico) são os mais eficientes, e os mais distantes, os
menos eficientes. Verifica-se que o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (médio porte) se situa na fronteira de eficiência
em todos os casos. As 2ª, 15ª e 8ª Regiões aparecem na fronteira ao considerar a relação da taxa de congestionamento em
relação a, respectivamente, produtividade dos magistrados, produtividade dos servidores e despesas.
Os Tribunais Regionais do Trabalho das 3ª, 6ª e 12ª Regiões ocupam o quadrante de melhor desempenho (2º quadrante
para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) em todos os gráficos, sendo o primeiro de grande porte e os
dois últimos de médio porte. Já os tribunais das 5ª, 10ª, 20ª, 23ª e 24ª Regiões estão no quadrante de menor desempenho (4º
quadrante para os indicadores de produtividade e 1º para o de despesa).

167
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 142: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017

TRT2
TRT15
TRT11 TRT18
Índice de Produtividade do Magistrado

1.500

TRT9
TRT22
TRT3 TRT12
TRT TRT1
TRT6
TRT21 TRT7
TRT8
TRT17 TRT4 TRT20 TRT16
TRT19 TRT10
TRT13
1.000

TRT24 TRT5
TRT14 TRT23
500

Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 143: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017

TRT15
TRT2
Índice de Produtividade do Servidor

150

TRT9

TRT3 TRT TRT22


TRT12 TRT1 TRT16
TRT8
100

TRT6TRT7TRT20
TRT4
TRT18TRT21 TRT19
TRT11 TRT24
TRT17 TRT10 TRT5

TRT14 TRT13 TRT23


50

Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

168
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 144: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017
8.000
Despesa total (exceto inativos) por baixados

TRT14

TRT13
6.000

TRT10
TRT23
TRT24
TRT17 TRT5
TRT11 TRT4TRT20
TRT21 TRT12
4.000

TRT19
TRT
TRT18 TRT1 TRT16
TRT7
TRT6 TRT9
TRT8 TRT3
TRT22
TRT15
TRT2
2.000

Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

8.2.2 Análises de cenário


Nas simulações apresentadas a seguir são calculados o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice de Pro-
dutividade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento (TC), baseadas na hipótese de que todos os tribunais tivessem
alcançado 100% de eficiência, em contraste com os valores reais.12

12 Vide mais explicações na seção Análises de cenário da Justiça Estadual.


169
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 145: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017
TRT2 1.601 1.601
TRT15 1.535 1.535
TRT3 1.411 1.443
TRT1 1.333 1.552
TRT4 1.146 1.435
TRT9 1.458 1.573
TRT18 1.455 1.458
TRT12 1.345 1.458
TRT6 1.309 1.427
TRT7 1.278 1.488
TRT8 1.189 1.189
TRT10 1.040 1.369
TRT5 999 1.357
TRT11 1.500 1.500
TRT22 1.421 1.528
TRT21 1.367 1.456
TRT20 1.240 1.546
TRT16 1.228 1.601
TRT19 1.114 1.397
TRT17 1.094 1.248
TRT13 972 1.049
TRT24 929 1.152 IPM Realizado

TRT14 871 920 IPM Estimado

TRT23 828 1.063


Trabalho 1.328 1.453

0 600 1.200 1.800

170
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 146: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TRT15 160 160

TRT2 153 153

TRT3 107 110

TRT1 107 125

TRT4 93 117

TRT9 126 136

TRT12 102 110

TRT6 99 108

TRT8 98 98

TRT18 97 97

TRT7 96 112

TRT5 86 116

TRT10 82 108

TRT22 111 119

TRT16 105 136

TRT21 97 103

TRT20 94 118

TRT11 91 91

TRT19 90 113

TRT24 88 109

TRT17 82 94

TRT23 67 86 IPS Realizado


TRT13 65 70 IPS Estimado
TRT14 64 67

Trabalho 110 121

0 60 120 180

171
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 147: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%, em 2017

TRT2 56% 56%

TRT15 54% 54%

TRT1 52% 58%

TRT4 49% 60%

TRT3 48% 49%

TRT9 53% 57%

TRT7 51% 58%

TRT5 49% 63%

TRT6 48% 52%

TRT12 48% 52%

TRT10 47% 60%

TRT18 47% 47%

TRT8 45% 45%

TRT16 56% 66%

TRT22 52% 56%

TRT20 50% 60%

TRT19 49% 59%

TRT24 47% 58%

TRT21 46% 50%

TRT17 43% 50%

TRT23 43% 55%

TRT13 43% 47%


TC Estimado
TRT11 43% 43%
TC Realizado
TRT14 43% 46%

Trabalho 51% 55%

0% 16% 32% 48% 64%

172
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

8.3 Justiça Federal

8.3.1 Resultados
Os mesmos indicadores utilizados no modelo de eficiência relativa da Justiça Estadual e da Justiça do Trabalho foram
aplicados à Justiça Federal. No entanto, por se tratar de um segmento de justiça com apenas cinco tribunais, para viabilizar o
cálculo do IPC-Jus utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA), as informações foram desagregadas por seção judiciária13. O
IPC-Jus consolidado dos tribunais resulta do cálculo dos valores obtidos separadamente para o 1º e 2º graus, e por essa razão
nenhum tribunal apresentou indicador global de 100%, diferentemente do que ocorre nos demais ramos de Justiça. No caso da
Justiça Federal, as comparações são realizadas tendo como base as seções judiciárias e as estruturas de 2º grau, considerando
o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada unidade.
A Figura 148 indica que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região obteve o maior IPC-Jus da Justiça Federal, com 91%, sendo
as seções judiciárias do Rio Grande do Norte e de Alagoas as mais eficientes. Além disso, o indicador da Paraíba, o menor da
região, 83%, é superior aos indicadores apresentados pelas seções judiciárias das demais regiões.
Por outro lado, o TRF da 1ª Região apresentou o menor IPC-Jus da Justiça Federal (49%), com índice de 74% no 2º grau, de
32% na seção judiciária do Amazonas e de 73% na do Maranhão. O TRF da 1ª Região abrange aproximadamente 80% da área
do território nacional, 46% dos municípios, 37% da população e 30% das varas e juizados da Justiça Federal.

Figura 148: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal, em 2017

TRF5 91%

TRF4 65%

TRF3 62%

TRF2 62%

TRF1 49%

TRF 62%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Figura 149: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal, em 2017
2º grau 1º grau
51% TRF5 93%

100% TRF4 60%

70% TRF3 61%

74% TRF2 60%

74% TRF1 47%

77% TRF 60%

13 Vide detalhes da metodologia na segunda seção deste Relatório.


173
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 150: Resultado do IPC-Jus, por seção judiciária, em 2017

TRF5 − RN 100%
TRF5 − AL 100%
TRF5 − SE 98%
TRF5 − CE 97%
TRF5 − PE 87%
TRF5 − PB 83%
TRF4 − RS 64%
TRF4 − PR 58%
TRF4 − SC 57%
TRF3 − SP 62%
TRF3 − MS 39%
TRF2 − RJ 62%
TRF2 − ES 51%
TRF1 − MA 73%
TRF1 − PI 67%
TRF1 − PA 57%
TRF1 − BA 54%
TRF1 − RO 51%
TRF1 − AC 50%
TRF1 − AP 47%
TRF1 − TO 44%
TRF1 − GO 40%
TRF1 − MG 39%
TRF1 − DF 37%
TRF1 − MT 36%
TRF1 − RR 35%
TRF1 − AM 32%
TRF − 1º Grau 60%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

A taxa de congestionamento comparada com a produtividade dos magistrados (Figura 151), com a produtividade dos ser-
vidores (Figura 152) e com a despesa total (Figura 153), mostra que as seções judiciárias do Rio Grande do Norte e de Alagoas
foram as únicas na fronteira de eficiência em todos os indicadores. O 2º grau do TRF4 ficou na linha de fronteira na comparação
da taxa de congestionamento com produtividade dos magistrados. As seções judiciárias do Ceará e de Sergipe se encontram,
nas três situações, muito próximas da fronteira.
O bom desempenho das seções judiciárias que integram o TRF da 5ª Região - no quadrante de melhor performance (2º
quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) - sobressai nos três gráficos. Por outro lado, as seções
judiciárias da 1ª Região ficaram, predominantemente, no quadrante de pior desempenho (4º quadrante para os indicadores de
produtividade e 1º para o de despesa).

174
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 151: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017

2º Grau

Índice de Produtividade do Magistrado

AL
5.000

CE 2º Grau
RN PB
2º Grau

SE PE
3.000

TRF1 MA SP
PItotal
TRF2 2º Grau BA
RJ RS● PA
TRF3 ●SC2º Grau
PR● ES AP GO
● TRF4 RO TO MG DF
1.000

MT
TRF5 AC MS
TRF RR AM
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 152: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017


400

AL
Índice de Produtividade do Servidor
300

PB
CE 2º Grau
MA
RN PI
SE SP
RS
200

PE
PR BASC PA
2º Grau
TRF1 RJ
2º Grau total ES MG
TRF2
RO GO DF
TRF3 MS
TO
100

AC MT
TRF4 2º Grau 2º Grau AM
TRF5 AP RR
TRF
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

175
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 153: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017
Despesa total (exceto inativos) por baixados

2º Grau
10.000

RR

AP
6.000

2º Grau AC AM
TRF1 MS 2º Grau
TRF2 TO MTDF
RO GO
TRF3 total MG
RJ PR BA ES
TRF4 SE PE SC SP
2.000

RN PI RS PA
TRF5 PB 2º Grau
AL 2º Grau MA
TRF CE
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

8.3.2 Análises de cenário


Nas simulações apresentadas a seguir, são calculados o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice de Produtivi-
dade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento (TC) baseados na hipótese de que todos os tribunais teriam alcançado
100% de eficiência. Os números nas Figuras 154 e 155 indicam quantos processos cada magistrado necessitaria baixar para
que o tribunal atingisse 100% de eficiência. Analogamente, nas Figuras 156 e 157, é feita a comparação da produtividade do
servidor. As Figuras 158 e 159 demonstram o impacto que tais suposições teriam na taxa de congestionamento no ano de 201714.
Figura 154: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TRF5−2º Grau 1.591 3.108


TRF4−2º Grau 5.484 5.484
TRF3−2º Grau 3.687 5.248
TRF2−2º Grau 1.852 2.498
TRF1−2º Grau 4.046 5.484
IPM Estimado
TRF−2º Grau 3.522 4.570 IPM Realizado

0 1.200 2.400 3.600 4.800 6.000

14 Vide mais explicações na seção Análises de Cenário da Justiça Estadual.


176
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 155: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TRF5−AL 5.146 5.146

TRF5−CE 3.827 3.946

TRF5−RN 3.734 3.734

TRF5−PB 3.684 4.417

TRF5−SE 3.366 3.437

TRF5−PE 3.188 3.682

TRF4−RS 1.890 2.972

TRF4−SC 1.695 2.952

TRF4−PR 1.648 2.864

TRF3−SP 2.489 4.013

TRF3−MS 889 2.278

TRF2−RJ 1.772 2.842

TRF2−ES 1.439 2.838

TRF1−MA 2.490 3.430

TRF1−PI 2.327 3.451

TRF1−BA 1.942 3.623

TRF1−PA 1.847 3.257

TRF1−GO 1.476 3.692

TRF1−AP 1.446 3.110

TRF1−MG 1.312 3.370

TRF1−RO 1.278 2.491

TRF1−TO 1.248 2.825

TRF1−DF 1.178 3.173

TRF1−MT 987 2.713

TRF1−AC 977 1.945


IPM Estimado
TRF1−AM 760 2.339
IPM Realizado
TRF1−RR 710 2.019

TRF−1º Grau 1.999 3.319

0 1.200 2.400 3.600 4.800

177
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 156: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017
TRF5−2º Grau 58 114
TRF4−2º Grau 255 255
TRF3−2º Grau 144 205
TRF2−2º Grau 72 97 IPS Estimado
TRF1−2º Grau 160 217 IPS Realizado
TRF−2º Grau 141 183

0 80 160 240

Figura 157: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%, em 2017

TRF5−AL 346 346

TRF5−PB 270 324

TRF5−CE 248 256

TRF5−RN 244 244

TRF5−SE 238 243

TRF5−PE 182 210

TRF4−RS 188 296

TRF4−SC 172 299

TRF4−PR 167 290

TRF3−SP 214 346

TRF3−MS 125 321

TRF2−RJ 155 249

TRF2−ES 142 280

TRF1−MA 241 332

TRF1−PI 232 344

TRF1−BA 179 333

TRF1−PA 178 314

TRF1−MG 133 340

TRF1−GO 131 328

TRF1−RO 130 253

TRF1−DF 128 346

TRF1−TO 105 238

TRF1−AC 92 183

TRF1−MT 91 250

TRF1−AM 78 240
IPS Estimado
TRF1−AP 59 126
IPS Realizado
TRF1−RR 50 142

TRF−1º Grau 179 298

0 80 160 240 320

178
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 158: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%, em 2017
TRF5−2º Grau 50% 74%
TRF4−2º Grau 52% 52%
TRF3−2º Grau 56% 69% TC Estimado
TRF2−2º Grau 50% 63% TC Realizado
TRF1−2º Grau 76% 82%
TRF−2º Grau 62% 71%

0% 18% 36% 54% 72% 90%

Figura 159: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%, em 2017
TRF5−AL 50% 50%
TRF5−PB 50% 58%
TRF5−CE 50% 51%
TRF5−PE 50% 57%
TRF5−SE 50% 51%
TRF5−RN 50% 50%
TRF4−RS 56% 72%
TRF4−SC 54% 74%
TRF4−PR 50% 71%
TRF3−SP 68% 80%
TRF3−MS 50% 80%
TRF2−ES 52% 76%
TRF2−RJ 50% 69%
TRF1−MA 62% 73%
TRF1−PI 57% 71%
TRF1−PA 54% 74%
TRF1−DF 53% 83%
TRF1−MG 50% 81%
TRF1−BA 50% 73%
TRF1−GO 50% 80%
TRF1−MT 50% 82%
TRF1−RO 50% 74%
TRF1−AM 50% 84%
TRF1−TO 50% 78%
TRF1−AC 50% 75%
TRF1−RR 50% 82%
TRF1−AP 50% 77% TC Estimado
TRF−1º Grau 56% 74% TC Realizado

0% 18% 36% 54% 72%

179
Relatório Justiça em Números 2018

9 Demandas mais recorrentes segundo


as classes e os assuntos
Nesta seção, apresentam-se os quantitativos de processos ingressados no ano de 2017 segmentados por classes e assuntos,
segundo as tabelas processuais unificadas, instituídas pela Resolução CNJ 46, de 18 de dezembro de 2007.
Cabe esclarecer que existem diferenças conceituais entre os processos ingressados por classe/assunto e o total de casos
novos informados nas demais seções do presente Relatório. No cômputo do total de casos novos do Poder Judiciário algumas
classes são excluídas, como é o caso dos precatórios judiciais, requisições de pequeno valor, embargos de declaração, entre
outras. Contudo, como o objetivo aqui é conhecer a demanda para cada uma das classes em separado, todas são consideradas.
Com relação aos assuntos, é comum o cadastro de mais de um assunto em um mesmo processo. Quando isso ocorre, todos
são contabilizados. Assim, os números apresentados não refletem a quantidade de processos ingressados, mas tão somente
a quantidade de processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto.
As informações dos assuntos e classes mais recorrentes são mostradas conforme os cinco grupos com maiores quantita-
tivos de processos de cada segmento de justiça e por grau de jurisdição: 2º grau, 1º grau exclusivo (somente justiça comum),
turmas recursais e juizados especiais.

9.1 Assuntos mais recorrentes


As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de assuntos. Exemplificando: no grande grupo que
engloba as matérias de “Direito Tributário” (nível 1), há a segmentação em outros grupos de assuntos, entre eles o grupo “Crédito
Tributário” (nível 2). Esse grupo, por sua vez, é desmembrado em outros grupos, entre eles o grupo “Extinção do Crédito Tribu-
tário” (nível 3), também segmentado, dando origem, por exemplo, ao grupo “Prescrição” (nível 4). Esse último grupo também é
desmembrado em outros grupos de assuntos entre eles o grupo “Suspensão” (nível 5) que, por fim, é segmentado em diversos
assuntos, tais como “Arquivamento Administrativo - Crédito de Pequeno Valor” (nível 6).
As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro níveis hierárquicos. Para detalhamento completo de
todos os assuntos demandados na justiça, é necessário acessar os painéis eletrônicos do CNJ, disponíveis em paineis.cnj.jus.br.
As Figuras 160 a 164 indicam que, a Justiça Estadual, com aproximadamente 69% do total de processos ingressados no
Poder Judiciário, reúne grande diversidade de assuntos. O tema Direito Civil aparece entre os cinco assuntos com os maiores
quantitativos de processos em todas as instâncias da Justiça Estadual, destacando-se, também, o elevado número de pro-
cessos de Direito Penal no 2º grau, de Direito Tributário na justiça comum e de Direito do Consumidor nos juizados especiais e
turmas recursais.
Na Justiça do Trabalho, com 15% do total de processos ingressados, há uma concentração no assunto “verbas rescisórias de
rescisão do contrato de trabalho” - o maior quantitativo de casos novos do Poder Judiciário. Isso ocorre em razão da Justiça do
Trabalho possuir menor quantitativo de assuntos cadastrados nas Tabelas Nacionais, gerando, por consequência, dados mais
concentrados em um único item. São apenas 241 assuntos na Justiça Trabalhista, frente aos 2.286 existentes na Justiça Estadual.

180
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 160: Assuntos mais demandados, em 2017

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 5.847.967 (11,51%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 833.466 (1,64%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 636.148 (1,25%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 538.757 (1,06%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 375.092 (0,74%)

1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 65.177 (0,13%)


Superiores

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 18.325 (0,04%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 17.629 (0,03%)
4. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 16.641 (0,03%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 13.138 (0,03%)

1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção 660 (0,00%)
Militar União

2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 467 (0,00%)


3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Furto 211 (0,00%)
4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Estelionato e outras fraudes 117 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Desacato e da Desobediência 117 (0,00%)
Militar Estadual

1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 1.158 (0,00%)


2. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 868 (0,00%)
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Atos Processuais 666 (0,00%)
4. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar 457 (0,00%)
5. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Regime 454 (0,00%)

1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 612.613 (1,21%)


2. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 489.280 (0,96%)
Federal

3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 395.635 (0,78%)


4. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO− Organização Político−administrativa / Administração
Pública/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 261.726 (0,51%)
5. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Sociais 251.402 (0,49%)

1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1.944.996 (3,83%)


2. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral
Estadual

1.760.905 (3,46%)
3. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 1.151.179 (2,27%)
4. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 1.001.889 (1,97%)
5. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 853.049 (1,68%)

1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 1.449.299 (2,85%)


2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 993.706 (1,96%)
Eleitoral

3. DIREITO ELEITORAL−Eleições 608.892 (1,20%)


4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 536.625 (1,06%)
5. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 403.350 (0,79%)

181
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 161: Assuntos mais demandados no 2º grau, em 2017

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 717.983 (7,57%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 155.869 (1,64%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 142.299 (1,50%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 72.919 (0,77%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 72.794 (0,77%)
Militar Estadual

1. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 345 (0,00%)
2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Homicídio 301 (0,00%)
3. DIREITO PENAL MILITAR−Parte Geral /Penas Acessórias 218 (0,00%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Jurisdição e Competência/Competência 199 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa 171 (0,00%)

1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 129.913 (1,37%)


Federal

2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Pedidos Genéricos Relativos aos Benefícios em Espécie/Concessão 70.128 (0,74%)


3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 69.909 (0,74%)
4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 62.819 (0,66%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 56.317 (0,59%)

1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 562.660 (5,94%)


Estadual

2. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 256.239 (2,70%)
3. DIREITO DO CONSUMIDOR−Contratos de Consumo/Bancários 254.530 (2,69%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Processo e Procedimento/Antecipação de Tutela / Tutela Específica 191.130 (2,02%)
5. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Servidor Público Civil/Sistema Remuneratório e Benefícios 155.660 (1,64%)

1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 52.757 (0,56%)

2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 25.083 (0,26%)


Eleitoral

3. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Propaganda Política − Propaganda Eleitoral 18.495 (0,20%)

4. DIREITO ELEITORAL−Eleições 7.583 (0,08%)

5. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Órgão de Direção Partidária 6.540 (0,07%)

182
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 162: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas), em 2017

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 5.129.984 (16,29%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 677.597 (2,15%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 493.849 (1,57%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 465.838 (1,48%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 302.298 (0,96%)
1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção
Militar União

457 (0,00%)
2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 278 (0,00%)
3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Furto 95 (0,00%)
4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Falsidade 57 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 53 (0,00%)
1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa
Militar Estad.

1.075 (0,00%)
2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Atos Processuais 666 (0,00%)
3. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 523 (0,00%)
4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Crimes contra o dever funcional 392 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Crimes contra a Liberdade 341 (0,00%)
1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 446.695 (1,42%)
Federal

2. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Sociais 214.272 (0,68%)


3. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Corporativas 124.961 (0,40%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Objetos de cartas precatórias/de ordem 88.554 (0,28%)
5. DIREITO TRIBUTÁRIO−Impostos/IRPJ/Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 87.398 (0,28%)

1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 1.103.625 (3,50%)


Estadual

2. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1.000.549 (3,18%)


3. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 768.224 (2,44%)
4. DIREITO TRIBUTÁRIO−Impostos/IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano 451.617 (1,43%)
5. DIREITO CIVIL−Família/Casamento 419.068 (1,33%)

1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 1.396.542 (4,44%)


Eleitoral

2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 968.623 (3,08%)


3. DIREITO ELEITORAL−Eleições 601.309 (1,91%)
4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 535.040 (1,70%)
5. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 398.201 (1,26%)

183
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 163: Assuntos mais demandados nas turmas recursais, em 2017

1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 77.270 (6,38%)


Federal

2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 57.421 (4,74%)


3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 34.413 (2,84%)
4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Benefício Assistencial (Art. 203,V CF/88) 30.839 (2,55%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 22.133 (1,83%)

1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 144.754 (11,95%)


Estadual

2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 58.421 (4,82%)


3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 43.037 (3,55%)
4. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Material 40.159 (3,32%)
5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Liquidação / Cumprimento / Execução/Obrigação de Fazer / Não Fazer 32.474 (2,68%)

Figura 164: Assuntos mais demandados nos juizados especiais, em 2017


1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 394.972 (4,85%)
Federal

2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 259.449 (3,18%)


3. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Organização Político−administrativa / Administração
Pública/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 223.844 (2,75%)
4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Benefício Assistencial (Art. 203,V CF/88) 119.593 (1,47%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 117.233 (1,44%)

1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 1.234.983 (15,15%)


Estadual

2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 554.922 (6,81%)


3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 345.149 (4,23%)
4. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 338.750 (4,16%)
5. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Material 268.834 (3,30%)

184
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Os diagramas de redes nas Figuras 165 a 170 permitem a identificação dos assuntos mais recorrentes por tribunal. Os dados
são mais facilmente visualizados via web, no link disponibilizado pelo QR-Code disposto em cada página. Na navegação livre
é possível mover os objetos de forma interativa.
No diagrama da Justiça Estadual (Figura 165) é possível observar, por exemplo, que os principais assuntos cadastrados no
TJBA, TJMA e TJPE diferem dos casos mais recorrentes nos outros tribunais, situando-se nos extremos da figura. Na maioria
dos casos os assuntos referem-se ao direito cível e de família, sendo que Obrigações/Espécies de Contratos o central no mapa.
Na Justiça Federal o central é Benefícios em Espécie / Aposentadoria por Invalidez e Benefícios em Espécie / Auxílio-Doença
Previdenciário, ambos recorrentes nos cinco TRFs. O assunto dívida ativa consta em três tribunais.
A Justiça do Trabalho tem padrão mais homogêneo, com muitos tribunais vinculados aos mesmos assuntos. Os principais
são: Rescisão do Contrato/Seguro Desemprego, Rescisão do Contrato/Verbas Rescisórias, Remuneração, Verbas Indenizatórias
e Benefícios/Salário/Diferença Salarial e Responsabilidade Civil do Empregador/Indenização por Dano Moral.
Na Justiça Eleitoral, a maioria dos casos vincula-se à realização de Eleições com questões principais suscitadas sobre os
candidatos, prestação de contas e os cargos.
Na Justiça Militar dos Estados os assuntos mais frequentes são distintos em cada um dos três tribunais, com poucas ligações
entre eles e nenhum assunto comum aos três.

185
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 165: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual , em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/je.html
186
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 166: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal, em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/jf.html
187
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 167: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho, em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/jt.html
188
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 168: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral, em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/jl.html
189
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 169: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual, em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/jm.html
190
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 170: Assuntos mais demandados por tribunal superior, em 2017

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2017/sup.html
191
Relatório Justiça em Números 2018

9.2 Classes mais recorrentes


As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de classes. No grande grupo que engloba os “processos
cíveis e do trabalho”15 (nível 1), há a segmentação entre “processos de conhecimento”, “processos de execução”, “recursos”,
entre outros (nível 2). No próximo nível, no grupo de classes “processos de conhecimento”, é possível saber o tipo de procedi-
mento, se de conhecimento, de cumprimento de sentença, de liquidação etc. (nível 3). Os procedimentos de conhecimento são
distinguidos pelo tipo, como procedimento do juizado especial cível ou ordinário ou sumário ou especial (nível 4). No próximo
nível, são classificados os procedimentos especiais, como de jurisdição contenciosa ou voluntária ou regidos por outros códigos,
leis esparsas e regimentos (nível 5). Chegando ao sexto e último nível, é possível saber se o processo é uma reclamação, uma
ação civil pública, um habeas corpus, um mandado de injunção etc.
As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. Para um detalhamento mais
completo de todos as classes demandadas na justiça, é possível acessar os painéis eletrônicos do CNJ, disponíveis em paineis.
cnj.jus.br.
Nota-se que, diferentemente do observado na consideração dos assuntos, a Justiça Estadual apresenta a classe com o
maior quantitativo de processos. A classe “procedimentos de conhecimento da matéria processo cível e do trabalho” obteve o
maior quantitativo de processos nas Justiças Estadual, Federal e do Trabalho (Figuras 171 a 175).

15 Apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível nos casos das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral e Militar.
192
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 171: Classes mais demandadas, em 2017

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.738.482 (7,62%)


Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 846.767 (2,36%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 75.945 (0,21%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 59.331 (0,17%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Embargos 18.608 (0,05%)

1. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Agravo em Recurso Especial 196.770 (0,55%)


Superiores

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 180.818 (0,50%)


3. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Recurso Especial 67.196 (0,19%)
4. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Habeas Corpus 37.833 (0,11%)
5. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais/Recurso Especial Eleitoral 21.464 (0,06%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 2.504 (0,01%)
Militar União

2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 813 (0,00%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Auto de Prisão em Flagrante 528 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal/Execução da Pena 461 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 435 (0,00%)
Militar Estadual

1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 9.449 (0,03%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.374 (0,00%)
3. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 568 (0,00%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento 515 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos 436 (0,00%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.691.040 (4,70%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 576.862 (1,60%)
Federal

3. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Requisição de Pequeno Valor 476.462 (1,33%)


4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 369.412 (1,03%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 242.659 (0,67%)
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 8.962.607 (24,93%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 2.316.270 (6,44%)
Estadual

3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 2.155.297 (5,99%)


4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 2.066.723 (5,75%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 1.036.193 (2,88%)

1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 603.774 (1,68%)


2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Registro de Candidatura 521.739 (1,45%)
Eleitoral

3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição 81.447 (0,23%)


4. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Representação 52.464 (0,15%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 40.791 (0,11%)

193
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 172: Classes mais demandadas no 2º grau, em 2017


1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 846.760 (10,36%)
Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 22.088 (0,27%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 19.855 (0,24%)
4. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 16.424 (0,20%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Precatório 5.740 (0,07%)
Militar Estadual

1. PROCESSO CRIMINAL−Recursos 436 (0,01%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 366 (0,00%)
3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos 326 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 304 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 152 (0,00%)
1. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Requisição de Pequeno Valor 476.462 (5,83%)
Federal

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 242.659 (2,97%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 103.755 (1,27%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação / Remessa Necesária 71.688 (0,88%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Precatório 40.489 (0,50%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 2.142.518 (26,21%)


Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 2.066.715 (25,28%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 564.617 (6,91%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 363.837 (4,45%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação / Remessa Necesária 183.342 (2,24%)

1. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais/Recurso Eleitoral 35.921 (0,44%)


Eleitoral

2. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 11.667 (0,14%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.836 (0,03%)
4. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais 2.603 (0,03%)
5. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 2.192 (0,03%)

194
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 173: Classes mais demandadas no 1º grau (varas) , em 2017


1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.718.627 (14,01%)
Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 59.330 (0,31%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 53.857 (0,28%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Embargos 18.608 (0,10%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Processo de Execução Trabalhista 15.977 (0,08%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 2.476 (0,01%)
Militar Estadual Militar União

2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 813 (0,00%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Auto de Prisão em Flagrante 528 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal/Execução da Pena 461 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 386 (0,00%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 9.449 (0,05%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.248 (0,01%)
3. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 568 (0,00%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento 488 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal 353 (0,00%)
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 576.862 (2,97%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 289.147 (1,49%)
Federal

3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 109.669 (0,57%)


4. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 56.892 (0,29%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Extrajudicial 49.148 (0,25%)
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 4.695.216 (24,20%)
Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 2.316.266 (11,94%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 898.887 (4,63%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 848.641 (4,37%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 558.793 (2,88%)

1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 601.582 (3,10%)


Eleitoral

2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Registro de Candidatura 520.824 (2,68%)


3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição 81.233 (0,42%)
4. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Representação 51.285 (0,26%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 29.124 (0,15%)

195
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 174: Classes mais demandadas nas turmas recursais, em 2017

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 369.412 (42,91%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso de Medida Cautelar 6.984 (0,81%)
Federal

3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 5.008 (0,58%)


4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Recurso de Medida Cautelar 2.120 (0,25%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos 866 (0,10%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 380.614 (44,21%)


Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 26.775 (3,11%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 22.126 (2,57%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 12.768 (1,48%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 10.760 (1,25%)

Figura 175: Classes mais demandadas nos juizados especiais, em 2017


1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.393.115 (20,01%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Judicial 32.219 (0,46%)
Federal

3. PROCEDIMENTOS PRÉ−PROCESSUAIS DE RESOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS−Reclamação Pré−processual 4.871 (0,07%)


4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 4.849 (0,07%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Petição 2.809 (0,04%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 4.124.934 (59,26%)


Estadual

2. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Termo Circunstanciado 470.488 (6,76%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Extrajudicial 351.578 (5,05%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 136.511 (1,96%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Cumprimento de Sentença/Decisão 117.693 (1,69%)

196
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

10 Considerações finais
O número de processos em tramitação apresentou o menor crescimento da série histórica, com variação de 0,3% e o Poder
Judiciário chegou ao final do ano de 2017 com um acervo de 80,1 milhões de processos que aguardam solução definitiva. Entre
2009 e 2017 houve uma variação acumulada de 31,9% no estoque, correspondendo a um crescimento médio de 4% ao ano.
Apesar da manutenção do volume total em estoque, constata-se que houve redução nos processos pendentes em fase
de conhecimento, etapa em que se faz o julgamento de mérito dos processos judiciais. Desconsiderados os processos de
execução, o estoque obteve queda de 1,4 milhão de processos (3,7%), diferentemente da tendência dos anos anteriores, em
que os pendentes em conhecimento cresciam, anualmente, a uma média de 4%.
O crescimento do acervo em execução se deu mais significativamente entre as execuções judiciais (12,5%) do que entre as
execuções de títulos executivos extrajudiciais, inclusive as fiscais (6,9%).
Os resultados alcançados em 2017 decorrem da redução de 1% no quantitativo de processos ingressados associado ao
aumento da produtividade, em 5,2%. Durante o ano de 2017, ingressaram 29,1 milhões processos e foram finalizados 31
milhões, ou seja, o Poder Judiciário decidiu 6,5% a mais de processos do que a demanda de casos novos. Apesar da alta pro-
dutividade, não houve redução do estoque processual devido à reativação de casos que já haviam sido arquivados em anos
anteriores e retornaram à tramitação no ano de 2017, e a fatores como, por exemplo, mudanças de classe.
Muito embora tenham ingressado 29,1 milhões de processos, esse cálculo pode incorrer em duplicidade quando um mesmo
processo, no mesmo ano, é iniciado em instâncias e fases distintas. É o caso, por exemplo, de um processo que ingressa na fase
de conhecimento de 1º grau e, no mesmo ano, submete recurso ao 2º grau e inicia a execução judicial na primeira instância. Se
forem consideradas apenas as ações originárias dos tribunais, os processos de conhecimento e as execuções extrajudiciais,
chega-se ao quantitativo de 21,2 milhões de processos protocolados no judiciário em 2017.
O aumento no número de processos baixados ocorreu devido ao acréscimo de 319 juízes no ano de 2017 e à elevação da
produtividade média dos magistrados em 3,3%, atingindo o maior valor da série histórica observada, com 1.819 processos.
Considerando apenas os dias úteis do ano de 2017, excluindo períodos de férias e recessos, tal valor implica a solução de
aproximadamente 7,2 processos ao dia. O Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária cresceu 7,1%, uma média
de 10 casos a mais baixados por servidor em relação à 2016.
Esse esforço culminou em uma taxa de congestionamento de 72,1%, menor do que a observada em 2016, apesar de per-
manecer em patamar elevado. Aproximadamente 28% de todos os processos que tramitaram foram solucionados. Se fossem
desconsiderados os casos que estão suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório, a taxa de congestionamento líquida
seria de 67,9% (4,2 pontos percentuais abaixo da taxa bruta). É relevante esclarecer que nem todos os processos que tramitam
em um ano estão aptos a serem baixados, em razão da existência de prazos legais, da necessidade de aguardar pagamento de
precatórios ou de acordos homologados, entre outras diversas situações jurídicas possíveis.
No primeiro grau de jurisdição está o maior volume processual, com 94,1% dos casos pendentes; 85,5% dos casos novos;
83,8% dos servidores da área judiciária; e 86,1% dos magistrados. A taxa de congestionamento do 1º grau permanece, no geral,
superando a do 2º grau, com uma diferença de 20 pontos percentuais (73,7% no 1º grau e 53,9% no 2º grau).
Magistrados, servidores e demais trabalhadores do Judiciário atuam em noventa tribunais, disseminados em 15.398 unidades
judiciárias de primeiro grau instaladas em todo o território nacional. Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.697 (48,4%) são sedes
de comarca na Justiça Estadual. A Justiça do Trabalho está presente em 624 municípios, e a Justiça Federal, em 279. Todavia,
é relevante pontuar que, apesar das comarcas estarem situadas em um pouco menos da metade dos municípios brasileiros,
elas abrangem 83,4% da população residente. Existem 588 municípios brasileiros localizados em região de fronteira, dos quais
227 (38,6%) são sede de comarca estadual. A apresentação territorial de todos os municípios brasileiros com identificação dos
que possuem comarcas está, pela primeira vez presente no Relatório, na seção “Panorama do Poder Judiciário”. São ao todo
15.398 unidades judiciárias que se dividem em: 10.035 varas e juizados especiais estaduais; 2.771 zonas eleitorais; 1.572 varas
do trabalho; e 988 varas e juizados especiais federais.

197
Relatório Justiça em Números 2018

A conciliação, política permanente do CNJ desde 2006, apresenta lenta evolução. Em 2017 foram 12,1% de processos
solucionados via conciliação. Apesar de o novo Código de Processo Civil (CPC) tornar obrigatória a realização de audiência
prévia de conciliação e mediação, em dois anos o índice de conciliação cresceu apenas 1 ponto percentual. O dado positivo é
o crescimento na estrutura dos CEJUSCs em 50,2% em dois anos - em 2015 eram 654 e em 2017, 982. Na próxima edição do
Relatório Justiça em Números será possível contabilizar a conciliação na fase pré-processual, o que deve apresentar resultados
mais alvissareiros.
Já a política do CNJ de incentivo à virtualização dos processos judiciais tem registrado avanços na informatização dos
tribunais a cada ano. A Resolução CNJ 185/2013, que instituiu o Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) como sistema de
processamento de informações e prática de atos processuais, impactou significativamente o percentual de processos autuados
eletronicamente, que passou de 30,4%, em 2013, para 79,7%, em 2017.
O tempo médio da sentença e da baixa cresceu nos últimos dois anos, ficando em 2017, em 2 anos e 2 meses, e 2 anos
e 9 meses, respectivamente. Já o tempo dos processos pendentes diminuiu: 5 anos e 1 mês. Esse resultado significa que o
Judiciário foi capaz de solucionar casos mais antigos. Outro dado de destaque é que as maiores faixas de duração processual
estão concentradas no tempo do processo pendente, em específico na fase de execução da Justiça Federal (7 anos e 11 meses)
e da Justiça Estadual (6 anos e 9 meses).
No que se refere à competência criminal, existiam no Poder Judiciário em 2017 um total de 7,7 milhões processos criminais
em trâmite, sendo 37,6 milhões na fase de conhecimento de 1º grau ou nos tribunais e 1,4 mil em execução penal.
Os processos criminais que foram baixados em 2017 duraram, em média, 3 anos e 8 meses na fase de conhecimento, 2
anos e 10 meses na execução de penas alternativas e 3 anos e 5 meses na execução de penas restritivas de liberdade. Cabe
lembrar que enquanto o processo tramita em conhecimento ou em grau de recurso, o réu pode permanecer preso proviso-
riamente, cumprindo previamente parte de sua pena antes da condenação, que, posteriormente, acaba por ser deduzida do
tempo da execução penal propriamente dita. Isso ajuda a explicar porque o tempo da execução penal é próximo ao tempo da
fase de análise do mérito.
Os indicadores apresentados nesta edição do Relatório Justiça em Números sumarizam os principais resultados alcançados
pelo Poder Judiciário em 2017, possibilitando a identificação de avanços - como o aumento do volume de processos decidi-
dos (baixados) e a redução do estoque processual na fase de conhecimento –, assim como dos gargalos que permanecem, a
exemplo da morosidade na fase de execução.
A cada edição o Justiça em Números busca o aprimoramento dos indicadores, mas ainda há uma série de limitações que
precisam ser vencidas, no sentido de imprimir maior precisão aos dados. Em 2018, a proposta era medir os tempos processuais
e a produtividade dos magistrados de acordo com as diferentes competências e classes processuais, mas a insuficiência de
dados impossibilitou sua concretização. É fundamental que os tribunais empreendam esforços no aperfeiçoamento do registro
e da padronização das informações, possibilitando ao CNJ o desenvolvimento de medidas de desempenho mais completas, e
que retratem com maior fidedignidade e detalhe a realidade da prestação jurisdicional no País.

198
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

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Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível
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BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 185, de 18 de dezembro de 2013. Institui o Sistema Processo Judicial
Eletrônico - PJe como sistema de processamento de informações e prática de atos processuais e estabelece os parâmetros para
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orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras providências. Disponível em: http://www.
cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolucao_195_03062014_04062014170258.pdf.

199
Relatório Justiça em Números 2018

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ nº 219, de 26 de abril de 2016. Dispõe sobre a distribuição de servido-
res, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras pro-
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200
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Anexo I - Metodologia
O Relatório Justiça em Números é regido pela Resolução CNJ 76, de 12 de maio de 2009, e compõe o Sistema de Esta-
tísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Os seguintes tribunais integram o SIESPJ:
• Superior Tribunal de Justiça (STJ);
• Superior Tribunal Militar (STM);
• Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
• 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs);
• 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);
• 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs);
• 3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs);
• 27 Tribunais de Justiça (TJs).
Os dados do SIESPJ devem ser obrigatoriamente informados pela presidência dos tribunais, que pode delegar a magistrado
ou a serventuário especializado integrante do Núcleo de Estatística a função de gerar, conferir e transmitir os dados estatísticos.
A presidência dos tribunais é responsável pela fidedignidade das informações apresentadas ao Conselho Nacional de Justiça.
O SIESPJ abrange os indicadores estatísticos fundamentais do Judiciário e consolida informações de receitas, despesas,
estrutura e litigiosidade de todos os órgãos.
Os dados referentes ao módulo de litigiosidade são informados semestralmente, enquanto os demais, anualmente. Os dados
estatísticos do primeiro semestre do ano-base são transmitidos no período de 10 de julho a 31 de agosto do mesmo ano-base.
Os dados anuais e do segundo semestre são transmitidos no período de 10 de janeiro a 28 de fevereiro do ano seguinte ao
ano-base. Os prazos para retificações dos dados são: entre 15 de março e 15 de abril e entre 15 de setembro e 15 de outubro.
As falhas de fornecimento de dados devem ser corrigidas pelos tribunais no prazo de dez dias, a contar da notificação.
O Departamento de Pesquisas Judiciárias recebe os dados estatísticos enviados pelos tribunais sob a supervisão da Comis-
são Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento. A primeira edição do Relatório Justiça em Números ocorreu
no ano de 2004 e ampliou os princípios norteadores do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário (BNDPJ), que serviu de
balizamento para fundamentar a Resolução CNJ 15, editada em 20 de abril de 2006. Tal resolução representou um marco para
a metodologia de coleta de dados estatísticos nos tribunais das esferas federal, estadual e trabalhista e para a inauguração da
série histórica em 2004, que perdurou até 2008.
Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do SIESPJ e dar prosseguimento ao processo de aprimoramento dos
dados do Relatório Justiça em Números, foi editada a Resolução CNJ 76/2009, regulamento que tem norteado a coleta e a
sistematização dos dados, a partir do ano de 2009, ponto inicial da série histórica vigente. Desde então, os dados de litigio-
sidade, quando aplicáveis a cada ramo de justiça, passaram a ser coletados na forma do diagrama constante na Figura 176.

201
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 176: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009

2º Grau e Criminal
Turmas Recursais
Não criminal

Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal

1º Grau Fiscais
Execuções
Extrajudiciais Não Fiscais
Fase de
Execução Não criminais

Execuções Penas Privativas


Judiciais de Liberdade

Penas não
Privativas de
Liberdade

Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal

Juizados
Especiais Execuções
Extrajudiciais

Fase de
Execução
Não criminais
Execuções
Judiciais Penas não
Privativas de
Liberdade

202
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Em 2011, concluiu-se a elaboração dos indicadores estatísticos do Superior Tribunal de Justiça, da Justiça Eleitoral, da Justiça
Militar da União e da Justiça Militar dos Estados, que passaram a constar nos anexos da Resolução CNJ 76/2009.
Em 2015, duas grandes mudanças ocorreram no Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário: a criação do módulo de pro-
dutividade mensal e a revisão dos indicadores.
O módulo de produtividade mensal resultou da migração do antigo sistema Justiça Aberta, que era gerido pela Corregedoria
Nacional de Justiça, para o SIESPJ. A sistematização do envio dos dados foi reformulada, os conceitos e a forma de apuração
de dados de litigiosidade foram alterados e alinhados com os utilizados no Relatório Justiça em Números.
A partir de 2016, com a implantação do módulo de produtividade, os tribunais passaram a transmitir as informações men-
salmente e por serventia, enviadas sempre até o dia 20 do mês subsequente ao mês de referência. Os dados, que são perma-
nentemente atualizados, estão disponíveis para acesso público em paineis.cnj.jus.br.
Conduzida pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão dos glossários e indicadores
do Anexo I da Resolução CNJ 76/2009 criou novos indicadores aperfeiçoou antigos. Os novos indicadores têm suas séries
histórica iniciadas em 2015.
Em 2018, o módulo de produtividade sofreu nova reformulação, quando foram incluídas variáveis com o intuito de medir
a conciliação na fase pré-processual, decisões interlocutórias e, nos órgãos colegiados, votos vencedores e processos que
aguardam vista de outro gabinete.
Apresenta-se, na Figura 177, o fluxo do Relatório Justiça em Números desde o envio dos dados e da retificação pelos
tribunais até o formato atual do relatório:
Figura 177: Fluxo do Relatório Justiça em Números

Envio dos Tabulação Retificação


dados dos dados dos dados

Informação de Análise
valor agregado dos dados

Visualização Tabelas e
Infográficos da informação Gráficos

Mapas Textos
Índice de Produtividade Analíticos
Comparada da Justiça
IPC-Jus

As descrições das técnicas e metodologias utilizadas neste relatório são apresentadas a seguir.

203
Relatório Justiça em Números 2018

Infográficos
Os infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e na sintetização de dados,
com o objetivo de facilitar a compreensão visual das informações. Por essa forma, são expressados de maneira clara e intuitiva
os seguintes dados: orçamento; força de trabalho; tempo médio de tramitação do processo; dados gerais de litigiosidade; indi-
cadores de produtividade do ramo de justiça; indicadores de produtividade dos magistrados; e indicadores de produtividade
dos servidores da área judiciária.
Na primeira parte dos infográficos encontram-se os dados para o ano-base de 2017 sobre as despesas do tribunal e a força de
trabalho subdivida entre magistrados, servidores e auxiliares (juízes leigos, conciliadores, terceirizados, estagiários e voluntários).
São apresentados graficamente o tempo da sentença; o tempo da baixa e o tempo do processo pendente, separados por
grau de jurisdição; e no 1º grau, pelas fases de conhecimento e execução.
A última parte expõe os principais indicadores de cada ramo de justiça, separados por grau, tipo e fase, nas seguintes cate-
gorias: movimentação processual, gestão do tribunal e produtividade por magistrado e por servidor.

Diagrama de Venn
O Judiciário possui uma característica peculiar, pois os juízes podem acumular função no juízo comum (1º grau), nos jui-
zados especiais e nas turmas recursais. Dessa forma, para compor o total de magistrados, é preciso separá-los em alguns
grupos: a) exclusivos de 1º grau; b) exclusivos de juizados especiais; c) exclusivos de turmas recursais; d) acumulam 1º grau e
juizados especiais; e) acumulam 1º grau e turmas recursais; e f) acumulam juizados especiais e turmas recursais. Uma forma
de apresentar esquematicamente problemas relativos aos conjuntos e suas intersecções é o Diagrama de Venn, técnica muito
utilizada na matemática.
O Diagrama de Venn consiste no uso de figuras geométricas fechadas, normalmente círculos, simbolizando conjuntos que
permitam verificar a existência ou não de intersecção. Assim, a área sobreposta de dois ou mais círculos significa que existem
elementos que fazem parte dos conjuntos simultaneamente. As figuras que não se tocam indicam inexistência de intersecção.
No relatório os Diagrama de Venn são utilizados para ilustrar a distribuição dos magistrados e dos servidores entre as diversas
áreas de lotação. Para aumentar a informação disponibilizada pelo diagrama, o tamanho do círculo correspondente a cada área
será proporcional à quantidade de magistrados ou servidores alocados nela. Como exemplo, a Figura 178 apresenta a jurisdição
dos magistrados nos dois primeiros graus de jurisdição.

Figura 178: Exemplo de uso do Diagrama de Venn

1º Grau
2º Grau

2.429 3.626
(Juizados Especiais)

1.586 13.786
(Turmas Recursais) (1º grau)

204
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

O gráfico indica que não existe nenhuma intersecção entre o 2º grau, formado por desembargadores e juízes substitutos de
2º grau, e o conjunto do 1º grau, com juízes de direito. Quanto a estes últimos, observa-se que os juízes de direito podem atuar
simultaneamente em áreas distintas, o que mostra que não seria possível simplesmente somar as quantidades apresentadas,
devido às intersecções existentes. A soma dos magistrados atuando em cada área é de 19.420 enquanto existem 15.641 juízes
de direito. Isso mostra que há 3.779 magistrados com acúmulo de atividades. As diversas intersecções não foram mostradas
devido à dificuldade de visualização das informações em tal nível de detalhe.

Classificação dos Tribunais segundo o porte


A classificação dos tribunais em portes tem por objetivo criar agrupamentos de forma a respeitar características distintas
existentes no mesmo ramo de justiça. A separação é feita sempre em três grupos, quais sejam: grande, médio e pequeno porte.
Os ramos de Justiça com essa separação são: Justiça Estadual (27 tribunais), Justiça do Trabalho (24 tribunais) e Justiça Eleitoral
(27 tribunais). Tendo em vista que a Justiça Federal é subdivida em apenas cinco regiões e que a Justiça Militar Estadual conta
com apenas três tribunais, não faria sentido classificá-los conforme tal metodologia.
Para a classificação dos tribunais em portes, utiliza-se a técnica estatística de análise multivariada denominada análise de
componentes principais.16 A partir da sua aplicação, passa a ser possível reduzir o número de dimensões em análise. No caso
específico, quatro variáveis são sintetizadas em apenas um fator (escore) obtido por meio de uma combinação linear das variá-
veis originais. As cinco variáveis utilizadas no cálculo do escore foram: despesa total da Justiça, casos novos, casos pendentes,
total de magistrados e força de trabalho.17
A seguir, apresenta-se a técnica estatística de análise de componentes principais, utilizada para cálculo dos escores, e,
consequentemente, para a definição dos grupos.
Análise de Componentes Principais (ACP)
Trata-se de método de análise multivariada utilizada para resumir grande número de variáveis em poucas dimen-
sões. É uma tentativa de compreender relações complexas impossíveis de serem trabalhadas com métodos univaria-
dos ou bivariados, permitindo, assim, visualizações gráficas e análises mais aprofundadas por parte do pesquisador.
Por meio de transformação ortogonal, um conjunto de informações possivelmente correlacionadas é reescrita
com a utilização de fatores não correlacionados e gerados por meio de combinações lineares das variáveis originais.
Segundo Johnson e Wichern (2007), seja um vetor com p variáveis aleatórias denominadas por X’={x1,x2,...,xp}
com matriz de covariância dada por autovalores 1>=2>=...>=p.
Y1=a1’X=a11x1+a12x2+...+a1pxp
Y2=a2’X=a21x1+a22x2+...+a2pxp
...
Yp=ap’X=ap1x1+ap2x2+...+appxp
Com
Var(yi)=ai’∑ai, para i=1,2,...,p
Cov(yi,yk)=ai’∑ak, para i,k=1,2,...,p
As componentes principais (escores) são as combinações lineares não correlacionadas {y1,y2,...,yp}, que possuem
a maior variância possível. Dessa forma, a primeira componente principal é a que produz combinação linear com
variância máxima; a segunda componente tem a segunda maior variância, e, assim, sucessivamente. Matematica-
mente, pode-se escrever:

16 Técnica estatística voltada para casos em que se deseja sintetizar a informação fornecida por diversas variáveis/indicadores.
17 Por força de trabalho, devem ser entendidos os servidores efetivos, os cedidos, os requisitados e os servidores sem vínculo efetivo com a administração pública, assim como
as demais categorias que integram a força de trabalho auxiliar, tais como terceirizados, estagiários, juízes leigos, conciliadores e voluntários.
205
Relatório Justiça em Números 2018

Primeira componente principal = combinação linear a1’X que maximiza Var(a1’X), sujeito a a1’a1=1.
Segunda componente principal = combinação linear a2’X que maximiza Var(a2’X), sujeito a a2’a2=1 e
Cov(a1’X;a2’X)=0.
...
i-ésima componente principal = combinação linear ai’X que maximiza Var(ai’X), sujeito a ai’ai=1 e Cov(ai’X;ak’X)=0
para k<i.
Dessa forma, o vetor aleatório X’={x1,x2,...,xp}, com matriz de covariância associada dada por ∑ e com pares
de autovalores-autovetores dados por ((1,e1),...,(p,ep)), onde 1>=2>=...>=p>=0, tem a i-ésima componente
principal igual a:
Yi=ei’X=ei1 x1+ei2 x2+...+eip xp , para i=1,2,...,p
A partir de então tem-se:
Var(yi)=ei’∑ei=i, para i=1,2,...,p
Cov(yi,yk)=ei’∑ek=0, para i≠k
Além disso, essa combinação resulta que:

11+22+...+pp= ∑ var(x )= + +...+ =∑ var(y )


i 1 2 p i

Ou seja, a soma das variâncias das p componentes principais é igual à soma das variâncias das p variáveis origi-
nais. Consequentemente, a proporção de variância populacional explicada pela k-ésima componente principal é igual:
(Proporção da variância explicada pela k-ésima componente principal)=k/(1+...p), para k=1,2,...,p

Por esse resultado, pode-se concluir que, quando um número pequeno de componentes (digamos, 1, 2 ou até
3, a depender da quantidade de variáveis em análise) consegue explicar uma proporção satisfatória da variância
populacional, ou seja, cerca de 80% a 90% dos dados, o pesquisador pode utilizar os fatores para suas análises, em
vez das variáveis originais, sem perda de muita informação.
Considerando que as variáveis utilizadas nesse modelo possuem escalas bastante distintas e para que todas
pudessem ter o mesmo peso de influência no modelo, optou-se pelo uso dos dados padronizados pela distribuição
normal, que se resume à substituição da matriz de covariância pela de correlação.
Ferramenta importante na interpretação de fatores é a rotação fatorial. Nela, os eixos dos fatores (escores) são
rotacionados em torno da origem até que alguma outra posição seja alcançada. Conforme detalha Hair et al. (2005),
existem diversos métodos de rotação fatorial. Neste trabalho, optou-se pela varimax, na qual a soma de variâncias
das cargas da matriz fatorial é maximizada.18
Utilizando essa técnica, foi possível obter um escore único, por ramo de justiça, capaz de resumir todo o con-
teúdo das quatro variáveis, e com variância explicada de 98% nos tribunais da Justiça Estadual, de 98% nos tribunais
da Justiça do Trabalho e de 91% nos tribunais da Justiça Eleitoral. Os tribunais foram ordenados por meio do fator
(escore) resultante da análise fatorial e posteriormente classificados em 3 grupos predefinidos: pequeno, médio e
grande porte.

18 Mais detalhes sobre tipos de rotação e o método de componentes principais podem ser encontrados em Johnson e Wichern (2007), Hair et al. (2005) e Ren-
cher (2002).
206
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Mapas
Os mapas foram desenvolvidos nas Justiças Estadual, Trabalhista, Federal, Eleitoral e Militar Estadual com a finalidade de
representar, em perspectiva nacional, o número de habitantes por unidade judiciária do 1º grau.
Os dados representados em cada mapa estão dispostos em grupos com o mesmo número de divisões. Para tanto, calculou-
se a amplitude do indicador (maior valor deduzido do menor valor) e dividiu-se por cinco. Esse resultado é o intervalo de cada
grupo. Por exemplo, suponha um indicador em que o menor valor é de 1.000 e o maior, 5.000. Assim, a amplitude é de 4.000
(igual a 5.000 – 1.000). Dividindo-se a amplitude de 4.000 por 5, obtém-se que cada classe conterá um intervalo de 800. Dessa
forma, a primeira classe abrangerá os tribunais cujo indicador está entre 1.000 (inclusive) e 1.800 (exclusive), a segunda classe
de 1.800 a 2.600, e, assim, sucessivamente até a quinta classe. A vantagem dessa abordagem é que ela permite identificar
realmente aqueles tribunais que se destacam, nos grupos extremos, sob a ótica do indicador.

O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus)


As seções a seguir apresentam o detalhamento das fórmulas utilizadas no cálculo do IPC-Jus, bem como o mecanismo de
construção dos gráficos de fronteira de quadrantes, que auxiliam na compreensão do resultado do modelo DEA.

A construção do IPC-Jus
O Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ) conta com 810 variáveis encaminhadas pelos tribunais e
posteriormente transformadas em indicadores pelo CNJ. São muitos os indicadores que podem mensurar a eficiência
de um tribunal, e o grande desafio da ciência estatística consiste em transformar dados em informações sintéticas,
que sejam capazes de explicar o conteúdo dos dados que se deseja analisar. Para alcançar tal objetivo, optou-se por
construir o IPC-Jus, uma medida de eficiência relativa dos tribunais, utilizando-se uma técnica de análise denominada
DEA (do inglês, Data Envelopment Analysis) ou Análise Envoltória de Dados.
O método estabelece comparações entre o que foi produzido (denominado output, ou produto) considerando-se
os recursos (ou insumos) de cada tribunal (denominados inputs). Trata-se de metodologia de análise de eficiência
que compara o resultado otimizado com a eficiência de cada unidade judiciária em questão. Dessa forma, é possível
estimar dados quantitativos sobre o quanto cada tribunal deve aumentar sua produtividade para alcançar a fronteira
de produção, observando-se os recursos que cada um dispõe, além de estabelecer um indicador de avaliação para
cada unidade.
O método DEA foi desenvolvido por Charnes et al. (1978) e aplicado inicialmente com maior frequência na área
de engenharia de produção. Recentemente, passou a ser aplicado no Brasil na área forense, com o intuito de medir
o resultado de tribunais, como nos artigos de Fochezatto (2010) e Yeung e Azevedo (2009).
Trata-se de modelo simples (com poucas variáveis de inputs e outputs) e, ao mesmo tempo, com alto poder
explicativo. Além de selecionar as variáveis de insumos e produtos que comporão a análise, é preciso escolher o tipo
de modelo a ser aplicado. Mello et al. (2005) detalham de forma bastante didática os tipos de modelos disponíveis.
Os modelos DEA clássicos são o CCR (CHARNES, COOPER e RHODES, 1978) e o BCC (BANKER, CHARNES e
COOPER, 1984). O modelo CCR, apresentado originalmente por Charnes et al. (1978), constrói uma superfície linear
por partes não paramétrica, envolvendo os dados e trabalhando com retornos constantes de escala, isto é, qualquer
variação nas entradas (inputs) produz variação proporcional nas saídas (outputs). Esse modelo também é conhecido
por Constant Returns to Scale (CRS). O modelo BCC, apresentado por Banker et al. (1984), considera retornos variáveis
de escala, isto é, substitui o axioma da proporcionalidade entre inputs e outputs pelo axioma da convexidade. Por
isso, esse modelo também é conhecido como Variable Returns to Scale (VRS). Ao tratar a fronteira de produção de
forma convexa, o modelo BCC permite que as unidades que operam com baixos valores de inputs tenham retornos
crescentes de escala, enquanto as que operam com altos valores de inputs tenham retornos decrescentes de escala.

207
Relatório Justiça em Números 2018

Na análise de eficiência dos tribunais, adotou-se o modelo CCR, ou seja, com retornos constantes de escala.
Além disso, o modelo é orientado ao output, o que significa que o interesse está em identificar quanto o tribunal
pode aumentar em termos de produto (maximizando o resultado), mantendo seus recursos fixos, já que a redução
de orçamento e da força de trabalho muitas vezes não é viável.
Segundo Yeung e Azevedo (2009), o modelo CCR orientado ao output pode ser escrito como um problema de
programação linear da seguinte forma:

max((ϕ,,s ,s )) Z0=ϕ+ϵs++ϵs-
+ -

Sujeito a

ϕY0-Y+s+=0
X+s-=X0
,s+,s->=0,

em que X0 é o vetor de inputs, Y0 é o vetor de outputs e ϕ representa o montante de output necessário para
transformar uma unidade (DMU19) ineficiente em eficiente. A variável s- mede o excesso de inputs de uma unidade
ineficiente e s+ mede a falta de output.
A técnica DEA foi aplicada aos dados do Relatório Justiça em Números com o objetivo de verificar a capaci-
dade produtiva de cada tribunal, considerando-se os insumos disponíveis. A seleção das variáveis para a definição
dos inputs foi feita com o intuito de contemplar a natureza dos três principais recursos utilizados pelos tribunais:
os recursos humanos, os financeiros e os próprios processos. A princípio, foram testados métodos de seleção de
variáveis, tais como o Método I - O Stepwise Exaustivo Completo, o Método Multicritério para Seleção de Variáveis
e o Método Multicritério Combinatório Inicial para Seleção de Variáveis (SENRA, 2007). Entretanto, esses modelos
favoreceram os inputs que tiveram maior correlação linear com o output (total de processos baixados), beneficiando,
em alguns casos, variáveis semelhantes, como, por exemplo, número de servidores e, logo em seguida, a despesa
com pessoal ativo. Sendo assim, o processo de seleção partiu da categorização das variáveis nos critérios definidos
a seguir, permitindo-se a utilização em parte do Método Multicritério em conjunto com critérios subjetivos.
Os inputs foram divididos em:
a) Exógeno (não controlável): relativos à própria demanda judicial. Os testes empreendidos levaram em consi-
deração tanto o quantitativo de casos pendentes, quanto o de processos baixados, revelando-se a soma des-
ses, ou seja, o total de processos que tramitaram como variável explicativa para os resultados de eficiência.
b) Endógeno (controlável):
• Recursos financeiros: utilizou-se a despesa total de cada tribunal desconsiderando a despesa com pessoal
inativo e as despesas com projetos de construção e obras, tendo em vista que tais recursos não contribuem
diretamente para a produção ou a produtividade dos tribunais.
• Recursos humanos: como dados de força de trabalho foram utilizados os números de magistrados e de
servidores efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo, excluídos os cedidos a outros órgãos.
Com relação ao output, a variável total de processos baixados é aquela que melhor representa o fluxo de saída
dos processos do Judiciário sob a perspectiva do jurisdicionado que aguarda a resolução do conflito. Sendo assim,
o modelo do IPC-Jus considera o total de processos baixados com relação ao total de processos que tramitaram; o
quantitativo de magistrados e servidores (efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo); e a despesa total do
tribunal (excluídas as despesas com pessoal inativo e com obras).
As despesas com recursos humanos separadas por grau de jurisdição permitem o cálculo do IPC-Jus do 1º grau e
2º grau, isoladamente. Dessa forma, o IPC-Jus do total abarca a área administrativa, as despesas de capital e outras
despesas correntes, e o IPC-Jus do 1º e 2º grau considera apenas a força de trabalho da área judiciária.
19 DMU representa cada unidade de produção analisada no modelo DEA. Do inglês, Decision Making Unit.
208
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Como resultado da aplicação do modelo DEA, tem-se um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, revelando
que, quanto maior o valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz de produzir mais (em
baixa de processos) com menos recursos disponíveis (de pessoal, de processos e de despesas). Essa é a medida de
eficiência do tribunal, aqui denominada por IPC-Jus.
Adicionalmente, ao dividir o total de processos baixados de cada tribunal por seu respectivo percentual de efi-
ciência alcançado, tem-se a medida do baixado ideal (ou target), que representa quanto o tribunal deveria ter baixado
para alcançar a eficiência máxima (100%) no ano-base.
É importante esclarecer que o baixado ideal é uma métrica que analisa o passado e não o futuro, ou seja, sig-
nifica que, caso o tribunal tivesse conseguido baixar a quantidade de processos necessários conforme o modelo
comparativo, teria, em 2015, alcançado a curva de eficiência. Não quer dizer, entretanto, que se o tribunal baixar
essa mesma quantidade, ou até mais, no ano subsequente, o alcance da eficiência ocorreria. Dessa forma, o IPC-Jus
considera o resultado alcançado no passado com base nos recursos disponíveis naquele ano e coloca na fronteira
aqueles que conseguiram produzir mais, com menos insumos. Portanto, as mudanças dos insumos e dos produtos
dos demais tribunais no próximo ano irão realocar a curva da fronteira e, consequentemente, a posição do tribunal
em face dos demais.
A metodologia DEA foi aplicada na Justiça Estadual, na Justiça Trabalhista e também na Justiça Federal. O modelo
não contemplou a Justiça Militar Estadual porque ela conta com apenas três tribunais, e logo, inadequado do ponto
de vista metodológico.
O modelo também não foi adotado na esfera da Justiça Eleitoral, tendo em vista que, neste caso, o objetivo prin-
cipal dos tribunais regionais consiste na realização das eleições e não somente na atividade jurisdicional na forma
de baixa de processos (output do modelo).
Apesar de a Justiça Federal também conter número reduzido de tribunais (5), as informações de primeiro grau
foram desagregadas por seções judiciárias. Portanto, neste ramo de justiça, considerou-se como unidade de produção
cada seção judiciária (UF), além do 2º grau de cada tribunal. Dessa forma, há 32 unidades produtivas (DMUs) que
foram comparadas por meio da aplicação do DEA. A eficiência consolidada do tribunal (TRF) foi calculada lançando-
se mão da divisão da soma em todas DMUs do valor baixado realizado pela soma em todas DMUs do baixado ideal
(target), ou seja:
Eficiência Totalj=(∑ Baixado Reali)/(∑ Baixado Ideali)
onde j={1,2,3,4,5}, representa cada TRF e nj representa o número de unidades produtivas de cada TRF.
Esse mesmo método também foi utilizado para mensuração da eficiência total dos ramos de Justiça Estadual,
Federal e do Trabalho.

Gráfico de quadrante e de fronteira


Os gráficos de quadrantes (ou Gartner) têm por objetivo classificar os tribunais em quatro grupos, em que são analisados
duas variáveis ou indicadores conjuntamente. Os dois eixos são cortados nos valores equivalentes à média de cada elemento
analisado.
Além de cada um dos tribunais, também consta no gráfico o valor correspondente ao total do ramo de justiça. Neste caso,
os cálculos são produzidos com base nas consolidações do segmento, somando-se as variáveis que compõem cada indicador,
para, somente depois, aplicar a respectiva fórmula. Por esse motivo, o total do ramo pode diferir da média, que corresponde ao
valor localizado no centro dos quadrantes.
Os gráficos de fronteira são utilizados para visualizar os resultados da técnica DEA quando apenas duas variáveis ou dois
indicadores são utilizados. Para efeitos deste relatório, optou-se pela apresentação de dois indicadores em cada gráfico, com-
postos sempre por variáveis adotadas no modelo de DEA, a fim de facilitar a compreensão da metodologia proposta para aná-
lise da eficiência, além de permitir interpretações mais detalhadas de alguns indicadores disponíveis no Relatório Justiça em

209
Relatório Justiça em Números 2018

Números. Cada indicador contempla o output (quantitativo de processos baixados) e um dos inputs (processos em tramitação
ou número de magistrados ou número de servidores ou despesa).
Os gráficos de quadrante estão apresentados em conjunto com o gráfico de fronteira, sem perda de informação. O gráfico
é incrementado pela informação do porte dos tribunais, o que facilita a análise do seu comportamento diante dos demais.
Dessa forma, esses gráficos mostram, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indicadores e
do porte, os tamanhos de cada ponto estão associados à eficiência do tribunal, sendo que quanto maior o símbolo, maior a
eficiência relativa (IPC-Jus).
Esses gráficos serão de grande utilidade para ajudar na compreensão do modelo multivariado que considera simultaneamente
todos esses insumos e o produto. Se uma unidade de produção alcança o valor máximo de insumo/produto, então ela é uma
unidade eficiente e está localizada na linha de produção do gráfico de fronteira. Além disso, cada quadrante traz uma interpretação
singular sobre as unidades. No primeiro quadrante estão as unidades cujas duas variáveis estão em níveis altos. No segundo,
encontram-se as unidades cuja variável representada na horizontal está em um menor nível e a variável representada na vertical
está no maior. Já o terceiro quadrante detalha unidades com ambas as variáveis em menor nível. O quarto quadrante, indica as
que têm maior nível na variável representada na horizontal e menor nível na vertical. Na Figura 179, demonstra-se um exemplo
de gráfico de fronteira. Os tribunais que estão na linha azul são aqueles mais eficientes (tribunais 1 a 4). O tribunal 5, apesar de
possuir taxa de congestionamento menor que a do tribunal 2, também possui menor Índice de Produtividade dos Magistrados
(IPM). O tribunal 6 é o menos eficiente, pois se encontra mais afastado da linha de produção e combina maior congestionamento
com menor produtividade. As linhas pontilhadas horizontais e verticais representam, respectivamente, a média do IPM e da taxa
de congestionamento. Nesse exemplo, o segundo quadrante seria aquele que os tribunais deveriam visar, pois representam
um maior IPM com uma menor taxa de congestionamento. Já o quarto quadrante seria o que deveria ser evitado, pois combina
menor IPM com maiores taxas de congestionamento.

Figura 179: Exemplo da representação de um gráfico de quadrantes e de fronteira


3.500
3.000

Tribunal 1
Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)

2.500

Tribunal 2
2.000

Tribunal 3
1.500

Tribunal 5

Tribunal 4
1.000
500

Tribunal 6
0

0% 20% 40% 60% 80%


Taxa de congestionamento

Os gráficos de fronteira e de quadrante foram produzidos para a Justiça Estadual, Trabalhista e Federal, ramos em que o
método DEA foi aplicado. Nos Tribunais Regionais Federais, os gráficos contemplam, além dos resultados dos cinco TRFs,
também das 27 seções judiciárias e do 2º grau. Por se tratar de uma análise complementar à modelagem DEA, utilizada no
cálculo do IPC-Jus, os gráficos de quadrante e de fronteira não serão utilizados na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual.
Nas seções da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal serão apresentados em detalhes os resultados
do IPC-Jus decorrentes da aplicação do método DEA, com os percentuais obtidos por tribunal.
210
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Anexo II - Lista de tabelas e figuras


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano-base 2017 28
Tabela 2: Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano-base 2017 29
Tabela 3: Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano-base 2017 30
Tabela 4: Taxa de congestionamento por tipo de processo, ano 2017 125

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de justiça, em 2017 18


Figura 2: Diagrama do número de unidades judiciárias de 1º grau, em 2017 19
Figura 3: Unidades judiciárias de primeiro grau da Justiça Estadual, por competência, em 2017 19
Figura 4: Número de municípios-sede e unidades judiciárias por tribunal, em 2017 20
Figura 5: Percentual da população residente em municípios sede de comarca da Justiça Estadual, em 2017 21
Figura 6: Distribuição geográfica das comarcas na região Sul, em 2017 22
Figura 7: Distribuição geográfica das comarcas na região Sudeste, em 2017 22
Figura 8: Distribuição geográfica das comarcas na região Centro-Oeste, em 2017 22
Figura 9: Distribuição geográfica das comarcas na região Nordeste, em 2017 23
Figura 10: Distribuição geográfica das comarcas na região Norte, em 2017 23
Figura 11: Localização das unidades judiciárias da Justiça Estadual, Federal, Trabalhista e Militar, em 2017 24
Figura 12: Habitantes por unidade judiciária, em 2017 25
Figura 13: Habitantes por varas e juizados especiais estaduais 25
Figura 14: Habitantes por zona eleitoral 25
Figura 15: Habitantes por vara do trabalho 25
Figura 16: Habitantes por vara e juizado especial federal 26
Figura 17: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte, em 2017 27
Figura 18: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho segundo o porte, em 2017 27
Figura 19: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais Eleitorais segundo o porte, em 2017 27
Figura 20: Série histórica das despesas por habitante 56
Figura 21: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de justiça. 57
Figura 22: Despesas por habitante, por tribunal, em 2017 58
Figura 23: Despesa total por ramo de justiça, em 2017 59
Figura 24: Série histórica das despesas com informática e com capital 59
Figura 25: Série histórica das arrecadações 60
Figura 26: Arrecadações por ramo de justiça, em 2017 60
Figura 27: Percentual de receitas em relação às despesas, por ramo de justiça, em 2017 61
Figura 28: Série histórica das despesas 61
Figura 29: Despesas com recursos humanos, em 2017 62
Figura 30: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de justiça 62
Figura 31: Percentual de despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal, por tribunal,
em 2017 64
Figura 32: Despesa média mensal com magistrado e servidor, por tribunal, em 2017 65
Figura 33: Diagrama da força de trabalho, em 2017 66
Figura 34: Total de magistrados por ramo de justiça, em 2017 66
Figura 35: Magistrados por 100.000 habitantes, por ramo de justiça, em 2017 67
Figura 36: Série histórica dos cargos de magistrados 67
Figura 37: Percentual de cargos vagos de magistrado, por Tribunal, em 2017 68
Figura 38: Jurisdição dos magistrados, em 2017 69
Figura 39: Total de servidores por ramo de justiça, em 2017 69
Figura 40: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de justiça, em 2017 70
211
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 41: Lotação dos servidores, em 2017 70


Figura 42: Série histórica dos cargos de servidores efetivos 70
Figura 43: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de justiça, em 2017 71
Figura 44: Força de trabalho auxiliar, em 2017 71
Figura 45: Série histórica dos casos novos e processos baixados 74
Figura 46: Série histórica dos casos pendentes 74
Figura 47: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de justiça. 75
Figura 48: Série histórica das sentenças e decisões. 76
Figura 49: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de justiça 77
Figura 50: Casos novos, por ramo de justiça, em 2017 78
Figura 51: Casos pendentes, por ramo de justiça, em 2017 78
Figura 52: Casos novos por 100.000 habitantes, por Tribunal, em 2017 79
Figura 53: Assistência Judiciária Gratuita em relação à Despesa Total da Justiça por tribunal, em 2017 80
Figura 54: Assistência Judiciária Gratuita por 100.000 habitantes por tribunal, em 2017 81
Figura 55: Percentual de processos de justiça gratuita arquivados definitivamente por tribunal, em 2017 82
Figura 56: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados 83
Figura 57: Série histórica da carga de trabalho dos magistrados 84
Figura 58: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de justiça 85
Figura 59: Índice de produtividade dos magistrados, por tribunal, em 2017 86
Figura 60: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário 87
Figura 61: Série histórica da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário 87
Figura 62: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por ramo de justiça.
8 8
Figura 63: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por tribunal, em 2017 89
Figura 64: Série histórica da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de processos
eletrônicos 91
Figura 65: Séries históricas da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de processos
eletrônicos, por ramo de justiça 92
Figura 66: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal, em 2017 93
Figura 67: Índice de Atendimento à Demanda, por tribunal, em 2017 94
Figura 68: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal, em 2017 95
Figura 69: Diagrama da recorribilidade e demanda processual, em 2017 97
Figura 70: Série histórica dos índices de recorribilidade interna e externa 98
Figura 71: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de justiça 99
Figura 72: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal, em 2017 100
Figura 73: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no primeiro
grau de jurisdição, por ramo de justiça, em 2017 102
Figura 74: Casos novos por magistrado, de acordo com tribunal, em 2017 103
Figura 75: Série histórica de casos novos por magistrado 104
Figura 76: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária 104
Figura 77: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal, em 2017 105
Figura 78: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal, em 2017 106
Figura 79: Série histórica da carga de trabalho do magistrado 107
Figura 80: Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária 107
Figura 81: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal, em 2017 108
Figura 82: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), por tribunal, em 2017 109
Figura 83: Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) 110
Figura 84: Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud) 110
Figura 85: Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud), por tribunal, em 2017 111
Figura 86: Série histórica do índice de casos novos eletrônicos 112
Figura 87: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal, em 2017 113
Figura 88: Índice de Atendimento à Demanda (IAD), por tribunal, em 2017 114
Figura 89: Série histórica do índice de atendimento à demanda 115
Figura 90: Série histórica da taxa de congestionamento 115
Figura 91: Taxa de congestionamento, por tribunal, em 2017 116
Figura 92: Recorribilidade interna, por tribunal, em 2017 118
Figura 93: Série histórica da recorribilidade interna 119
Figura 94: Série histórica da recorribilidade externa 119
Figura 95: Recorribilidade externa, por tribunal, em 2017 120
Figura 96: Série histórica dos casos novos e baixados nas fases de conhecimento e execução 121
212
JUSTIÇA EM
NÚMEROS

Figura 97: Série histórica dos casos pendentes nas fases de conhecimento e execução 122
Figura 98: Dados processuais do Poder Judiciário, em 2017 122
Figura 99: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal, em 2017 123
Figura 100: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal, em 2017 124
Figura 101: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal, em 2017 126
Figura 102: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes 127
Figura 103: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento total 127
Figura 104: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal, em 2017 128
Figura 105: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em
2017 130
Figura 106: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM) 131
Figura 107: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 131
Figura 108: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por
tribunal, em 2017 132
Figura 109: Série histórica do índice de atendimento à demanda 133
Figura 110: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em
2017 134
Figura 111: Série histórica da taxa de congestionamento 135
Figura 112: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em 2017 136
Figura 113: Série histórica do Índice de Conciliação 137
Figura 114: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal, em 2017 138
Figura 115: Índice de conciliação, por tribunal, em 2017 139
Figura 116: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal 140
Figura 117: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal, em 2017 141
Figura 118: Diagrama do tempo de tramitação do processo, em 2017 143
Figura 119: Série histórica do tempo médio de duração dos processos 145
Figura 120: Série histórica do tempo médio de duração dos processos, por justiça 146
Figura 121: Tempo médio da sentença: 2º grau x 1º grau, por Tribunal, em 2017 147
Figura 122: Tempo médio da sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau, por Tribunal, em 2017 148
Figura 123: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores, em
2017 149
Figura 124: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau, em 2017 150
Figura 125: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau, em 2017 151
Figura 126: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais 152
Figura 127: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal, em 2017 153
Figura 128: Série histórica das execuções penais 154
Figura 129: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores, por tribunal, em
2017 155
Figura 130: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau, por tribunal, em
2017 156
Figura 131: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal, em 2017 157
Figura 132: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa), em 2017 159
Figura 133: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal, em 2017 160
Figura 134: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017 161
Figura 135: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017 162
Figura 136: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017 162
Figura 137: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 163
Figura 138: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 164
Figura 139: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100%,
em 2017 165
Figura 140: Resultado do IPC-Jus por tribunal, em 2017 166
Figura 141: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal, em 2017 167
Figura 142: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017 168
Figura 143: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017 168
Figura 144: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017 169
Figura 145: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 170
213
Relatório Justiça em Números 2018

Figura 146: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 171
Figura 147: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100%,
em 2017 172
Figura 148: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal, em 2017 173
Figura 149: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal, em 2017 173
Figura 150: Resultado do IPC-Jus, por seção judiciária, em 2017 174
Figura 151: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, em 2017 175
Figura 152: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, em 2017 175
Figura 153: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados, em 2017 176
Figura 154: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 176
Figura 155: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 177
Figura 156: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 178
Figura 157: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100%,
em 2017 178
Figura 158: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100%,
em 2017 179
Figura 159: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100%,
em 2017 179
Figura 160: Assuntos mais demandados, em 2017 181
Figura 161: Assuntos mais demandados no 2º grau, em 2017 182
Figura 162: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas), em 2017 183
Figura 163: Assuntos mais demandados nas turmas recursais, em 2017 184
Figura 164: Assuntos mais demandados nos juizados especiais, em 2017 184
Figura 165: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual , em 2017 186
Figura 166: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal, em 2017 187
Figura 167: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho, em 2017 188
Figura 168: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral, em 2017 189
Figura 169: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual, em 2017 190
Figura 170: Assuntos mais demandados por tribunal superior, em 2017 191
Figura 171: Classes mais demandadas, em 2017 193
Figura 172: Classes mais demandadas no 2º grau, em 2017 194
Figura 173: Classes mais demandadas no 1º grau (varas) , em 2017 195
Figura 174: Classes mais demandadas nas turmas recursais, em 2017 196
Figura 175: Classes mais demandadas nos juizados especiais, em 2017 196
Figura 176: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009 202
Figura 177: Fluxo do Relatório Justiça em Números 203
Figura 178: Exemplo de uso do Diagrama de Venn 204
Figura 179: Exemplo da representação de um gráfico de quadrantes e de fronteira 210

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