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A ANTROPOLOGIA E SUA

IMPORTANCIA PARA O SERVIÇO


SOCIAL
Publicado em 03 de January de 2014 por Antonio Wilker Bezerra Lima

1 INTRODUÇÃO
A antropologia que é uma palavra composta por ANTROPO = homem e por
LOGIA = estudo, significa estudo do homem, veremos aqui os campos de
estudo, sua importância na formação do assistente social, e no
desenvolvimento de trabalho e sanamento das desigualdades sociais.

1.1 O QUE ESTUDA A ANTROPOLOGIA

Falando de antropologia no Brasil os primeiros trabalhos


antropológicos, foram realizados após a formação de antropólogos em cursos
abertos no país.
A antropologia tem como objetos de estudo a diversidade humana em todos os
níveis, procurando compreender as sociedades e grupos sociais, ela se
ramifica em vários ramos de acordo com a especificidade da sua área de
estudos, abordaremos aqui algumas das principais ramificações.
1 – Antropologia Biológica ou Física – ela estuda os povos e sociedade extintos
da terra. Busca reconstruir a historia do desenvolvimento biológico, social e
cultural do homem para poder compreendê-lo nos dias atuais, ela também
estuda o homem a partir das características genéticas, identificando
semelhanças e diferenças biológicas entre os diversos povos e etnias, também
conhecidas como “raças”.
2 – Antropologia Social, Cultural e Etnologia – Ela estuda as caracteristicasde
qualquer etnia que apresente alguma caracteristica socioeconomica
homogenea .

1.2 ANTROPOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL

A interação entre Serviço Social e antropologia, há poucos anos vem se


concretizando no Brasil já que é colocada entre os saberes indispensáveis para
o desenvolvimento do trabalho do assistente social. O dia-a-dia do assistente
social no seu trabalho necessita de uma instrumentalização, parte dessas é
feita através da antropologia, guiando o profissional de Serviço Social a
respeitar e conhecer as diferenças em termo de valores e modo de agir. Esses
conceitos nos guiam para uma construção de valores, profissional por meio da
compreensão da sociedade, das suas mudanças, a luta contra a violência
humana e o etnocentrismo no trabalho, são desafios da ciência antropológica.
No trabalho do assistente social na grande maioria dos casos há o contato com
grandes problemas sociais como a pobreza, violência, a prostituição infantil, o
trafico e uso de drogas. Nessa hora o assistente social deve interpretar esses
problemas acima citados como contexto de uma ampla mudança relacionadas
a fatos históricos, sociais, culturais, políticos e econômicos. Problemas como
drogas, prostituição, por exemplo, não são fatos que vem de nossa origem, e
sim foram impostos a nos por políticas publicas erradas que conduziram a
sociedade a ser dividida em classes sociais, desigualdades essas que tiveram
seu inicio com o surgimento do capitalismo. Pessoas com baixo poder
aquisitivo (ou baixas condições econômicas) recorrem ao trafico de drogas,
prostituição para assim obterem a sua subsistência, muitas vezes colocando
em risco a própria vida e a de outros que historicamente resistiram à alienação
a qual a nossa sociedade passa.
A ação do profissional de serviço social na convivência diária com essas
desigualdades deve-se usar um dos principais conceitos da antropologia, deve-
se permitir enxergar, entender essa diversidade presente nos grandes centros
urbanos, sem impor-lhes julgamentos, já que são condições, modos de viver
que foram incorporados a “cultura do povo” por imposições “históricas”.
Podemos observar a importância da junção da antropologia com o serviço
social, tomando como exemplo projetos sociais que são desenvolvidos em
áreas em que há forte desigualdade social, como as favelas que podem ser
observadas nos grandes centros urbanos.

Para exemplificar a importância do saber antropológico podemos citar


alguns projetos sociais como o VIVA RIO e AFROREGGAE, essas instituições
desenvolvem um trabalho de recuperação de jovens que seguiram pelo mundo do crime e
que são usuários de drogas, é um trabalho muito importante visando recuperar e restituir
essas pessoas a sociedade novamente.

Jovens delinqüentes e drogados são tratados como vitimas


de uma imposição feita por fatos históricos e políticas publica mal formulado, e
não que essas ações façam parte de sua personalidade. O uso de drogas, a
delinqüência e outras situações vistas em nossa sociedade, não fazem parte
da nossa cultura, essa é a verdadeira consciência que o saber antropológico
nos traz, assim o profissional de serviço social trabalha especificamente nas
causas “verdadeira” para amenizar as conseqüências.
Aqui nos exemplos do viva rio e afro reggae, são usados
métodos distintos de amenizar, diminuir as desigualdades, geralmente essas
instituições trabalham nas comunidades carentes através dos assistentes
sociais, eles desenvolvem um trabalho visando pessoas que são “vitimas” de
situações impostas por uma realidade fantasma de políticas mal
implementadas. São usados nesse trabalho das instituições fundamentos
antropológicos, ao “distinguir” esses acontecimentos como não integrantes da
sua cultura e sim uma imposição histórica que muitas vezes é levado para o
lado do preconceito onde esses fatos são vistos como parte integrante da
cultura desse povo desprovido de qualquer apoio político e social.

2 CONCLUSÃO

Podemos aqui, com base em exemplos reais ver como é


importante o saber da antropologia, que nos proporciona ver varias visões do
ser humano principalmente como decisões equivocadas podem interferir na
vida e identidade de uma pessoa provocando serias intervenções culturais, ou
seja na cultura de uma pessoa. Nos assistentes sociais devemos conhecer a
fundo a ciência antropológica, no momento em que temos o aprofundamento
dessa ciência e das suas ramificações percebemos o real motivo das atitudes
humanas, associada é claro a outras ciências como a psicologia, é o principal
beneficio dessa inclusão em nosso intelecto, é a mudança de uma triste reação
que nos temos em nosso dia a dia, que em 99,9% das vezes é errônea: O
preconceito dessas comunidades um mal serio, já que sem saída eminente os
jovens veredam pelo caminho das drogas.

3 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

- Albiazzetti, Giane. Antropologia. Pearson education do Brasil, 2009.

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