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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
PARA VEÍCULOS DE
APOIO NOS AEROPORTOS
DA INFRAERO
PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA VEÍCULOS DE
APOIO NOS AEROPORTOS DA INFRAERO
RELATÓRIO FINAL
2
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO..................................................................................7
APRESENTAÇÃO ..........................................................................................10
INTRODUÇÃO ...............................................................................................11
SÍNTESE DOS CONCEITOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E
ECOEFICIÊNCIA............................................................................................13
1.1.Eficiência energética ...............................................................................13
1.1.1.Consumo direto de energia útil .........................................................15
1.1.2.Medidas de Consumo e de Eficiência................................................16
1.2.Ecoeficiência...........................................................................................17
1.2.1.Indicadores de Ecoeficiência.............................................................21
1.3.Indicadores de ecoeficiênca dos recursos energéticos..............................23
1.4.Medidas de ecoeficiência ........................................................................24
SÍNTESE DO CONCEITO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (SGEE) E SISTEMÁTICA PARA SUA
IMPLANTAÇÃO.............................................................................................27
2.1.Detalhamento do Programa de Gerenciamento da Energia (PGE) ...........30
2.2.Detalhamento do Programa de Eficiência Energética (PEE)....................32
2.2.1.Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos e Equipamentos...33
2.2.1.1.Inspeção periódica realizada pelo Órgão Gestor .........................34
2.2.1.2.Conjunto de inspeções e manutenções rotineiras recomendadas às
Empresas Prestadoras de Serviço............................................................35
a.Inspeção Diária (ID):........................................................................36
b.Inspeção Mensal (IM) ......................................................................37
c.Programa de Manutenção Preventiva (PMP) ....................................39
3
2.2.2.Programa de Controle e Redução de Consumo de Combustíveis
(PCRCC) ...................................................................................................42
2.2.2.1.Uso e manuseio de combustível...............................................42
2.2.2.2.Controle do consumo de combustível ......................................44
2.2.2.3. Direção econômica. ................................................................44
2.3.Sistemática de operação do SGEE...........................................................45
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E OPERACIONAIS DA FROTA DO AIRJ .47
3.1.Banco de Dados da Frota de Veículos e Equipamentos de Apoio que
Operam no AIRJ – Estrutura Final. ...............................................................47
3.2.Operação de Veículos e Equipamentos de Apoio que Operam no AIRJ ..50
CAPÍTULO 4: REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL E METAS
DE ECOEFICIÊNCIA......................................................................................53
4.1.Levantamento de Dados de Consumo de Combustível ............................53
4.2.Resultados Obtidos..................................................................................54
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................67
ANEXO 1 - Programa de Manutenção Preventiva/Ficha de Manutenção 75
ANEXO.2 – Planilha de Controle de Consumo de Combustível.......................85
ANEXO.3 – FICHAS CADASTRAIS .............................................................88
ANEXO 4 – BANCO DE DADOS – ARQUIVO EM MEIO MAGNÉTICO...89
4
INDICE DE TABELAS
Tabela 1.1. Considerações sobre ecoeficiência. ................................................18
Tabela 1.2. Conjunto de indicadores de aplicação geral....................................21
Tabela 1.3. Indicadores de ecoeficiência para a operação de veículos e
equipamentos de apoio às aeronaves em solo.............................................25
Tabela 1.4. Conjunto preliminar de medidas de ecoeficiência. .........................26
Tabela 2.1. Estrutura que envolve o SGEE. ......................................................29
Tabela 2.2.Relação de itens para inspeção periódica – Órgão Gestor................35
Tabela 2.3.Seqüência de manutenções do PMP ................................................39
Tabela 2.4.Exemplo de cronograma de serviço para o PMP – primeiros 6 meses
..................................................................................................................40
Tabela 2.5. Resumo da sistemática do SGEE....................................................46
Tabela 3.1.Classificação funcional da frota do AIRJ ........................................48
Tabela 3.2. Classificação por ciclo operacional ................................................52
Tabela 4.1. Eficiência energética de veículos e equipamentos ..........................56
Tabela 4.2.Consumo trimestral agregado de óleo diesel. ..................................59
Tabela 4.3.Consumo trimestral agregado de gasolina e álcool. .........................59
Tabela 4.4.Estimativa de meta de eficiência – consumo de diesel.....................62
Tabela 5.1.Potencial de economia de óleo diesel. .............................................64
Tabela A.2.1.Planilha de Controle de Consumo de Combustível ......................85
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1. Quadro síntese para a contabilização do consumo de combustíveis
em transportes............................................................................................14
Figura 1.2.Fluxos relacionados as medidas de ecoeficiência.............................20
Figura 2.1.Sistema de Gerenciamento da Eficiência Energética (SGEE) ..........27
Figura 2.2. Apresentação do Cadastro Periódico de Consumo de Combustível 31
Figura 3.1.Ciclo operacional Tipo 1. ................................................................50
5
Figura 3.2.Ciclo operacional Tipo 2 .................................................................50
Figura 3.3.Ciclo operacional Tipo 3 .................................................................51
Figura 3.4.Ciclo operacional Tipo 4 .................................................................51
Figura 4.1.Medida Trimestral do Consumo Agregado de Óleo Diesel [l/LTO].60
Figura 4.2.Medida Trimestral do Consumo Agregado de Gasolina e Álcool
[l/LTO] ......................................................................................................61
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PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA VEÍCULOS DE
APOIO NOS AEROPORTOS DA INFRAERO
SUMÁRIO EXECUTIVO
Ciente da importância do uso racional dos recursos energéticos e dos desdobramentos
econômicos e ambientais que a economia de combustível pode representar para uma
atividade, o Planejamento Empresarial 2002 da INFRAERO determinou, como uma de suas
metas, a redução do consumo de combustíveis fósseis, na ordem de 10%, em pelo menos dois
aeroportos por Superintendência Regional.
De forma a obter uma melhor compreensão dos reflexos desta meta e de como implementar as
ações necessárias a sua consecução, a Assessoria de Meio Ambiente da INFRAERO solicitou
a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em
Engenharia/Universidade Federal do Rio de Janeiro), por meio do Programa de Engenharia de
Transportes, a elaboração de um Programa de Eficiência Energética para Veículos nos
Aeroportos da INFRAERO, uma vez que o consumo de combustível desta frota representa
uma expressiva parcela do consumo total de combustíveis na operação aeroportuária.
Como base teórica para a criação do SGEE, utilizam-se os conceitos de eficiência energética e
de ecoeficiência, este último seguindo conforme especificação do World Business Council for
Sustainable Development – WBCSD, no Relatório para a Conferência das Nações Unidas
para o Desenvolvimento do Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, em 1992, cujo conteúdo está
7
sendo amplamente adotado em todo o mundo e envolve a quantificação da eficiência
econômica e ambiental de empreendimentos ou atividades operacionais. O detalhamento do
conceito de eficiência energética encontra-se no Relatório Parcial 1, enquanto a base
conceitual para a determinação dos índices de ecoeficiêcia está descrita nos Relatórios
Parciais 2 e 3. A evolução do índice de ecoeficiência, ao longo do tempo, permite identificar,
em uma determinada atividade, o uso mais eficiente dos recursos naturais e a menor emissão
de poluentes ambientais.
8
Vale lembrar que os valores apresentados dizem respeito a apenas um dentre os mais de
sessenta aeroportos administrados pela INFRAERO. Cada uma destas unidades operacionais
tem características próprias, e no que se refere aos valores, estudos específicos deveriam ser
realizados para cada aeroporto, porém, os números do AIRJ deixam claro o potencial de
redução de consumo de combustível que uma adequada implemantação do SGEE pode
proporcionar.
Um maior destaque para a redução das emissões atmosféricas é dado no Programa de Uso de
Combustíveis Alternativos, no Relatório Parcial 5, onde se estima o potencial de redução de
emissões de poluentes locais e globais, caso se empreguem as alternativas apresentas na frota
de veículos de apoio à operação das aeronaves em solo no AIRJ.
O Relatório Final destaca a síntese do SGEE e os principais resultados para o AIRJ e mostra
que a implantação conjunta do SGEE e do Programa de Uso de Combustíveis Alternativos
representa uma possibilidade de redução de custos financeiros e ambientais, que tendem a se
consolidar com a análise dos resultados coletados na prática.
9
APRESENTAÇÃO
Este Relatório Final é o último de uma série de seis relatórios previstos no desenvolvimento
da Proposta COPPETEC PET-2637, intitulada Programa de Eficiência Energética para
Veículos de Apoio nos Aeroportos da INFRAERO.
Seu conteúdo representa o resultado final dos trabalhos relacionados à Atividade 6 da referida
Proposta, desenvolvida no período de 19/12/2001 a 11/01/2002, e conforme estabelecido em
reunião com a equipe da Assessoria de Meio Ambiente da INFRAERO em 26/12/2001,
deverá constar de:
• Introdução
• Considerações Finais;
• Bibliografia;
• Anexos.
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INTRODUÇÃO
Adicionalmente, faz parte das metas do Planejamento Empresarial 2002 (INFRAERO, 2001a)
a redução do consumo de combustíveis fósseis, na ordem de 10%, em pelo menos dois
aeroportos por Superintendência Regional. Esta meta faz parte da diretriz de investir, manter e
atualizar tecnologicamente a infra-estrutura aeroportuária e de navegação aérea. Isto deve ser
feito em harmonia com o meio ambiente, por meio de programas específicos, objetivando
promover a preservação ambiental e o uso eficiente de recursos naturais, e assim, incrementar
o desempenho ambiental global da empresa com padrões adequados à legislação e adotar
controles operacionais rígidos sobre procedimentos que possam gerar impactos ambientais
negativos.
1
LTO: sigla em inglês para a operação que se desenvolve entre a aterrissagem (Landing) e a decolagem (Take
Off) de uma aeronave
11
transporte rodoviário e contribui para a necessidade de importação de cerca de 15% de todo o
óleo diesel consumido no país no ano de 1999 (MME, 2000).
Assim sendo, este Relatório Final foi estruturado de modo a contemplar cinco Capítulos.
Inicialmente, no Capítulo 1, apresenta-se uma síntese dos conceitos de eficiência energética e
de ecoeficiência, demonstrando a abrangência do tema e como pode ser empregado para a
atividade dos veículos e equipamentos de apoio à operação das aeronaves em solo.
Escolheu-se o AIRJ como referência para a aplicação do SGEE, desta forma, no Capítulo 3
apresenta-se sua frota de veículos e equipamentos de apoio à operação das aeronaves em solo,
destacando-se suas características físicas e operacionais.
12
CAPÍTULO 1: SÍNTESE DOS CONCEITOS DE EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA E ECOEFICIÊNCIA
1.1.Eficiência energética
O conceito e os indicadores básicos que relacionam o consumo de energia e a atividade de
transportes envolvem usualmente a determinação da razão entre a quantidade de energia
consumida por volume transportado vezes a distância percorrida (Equação 1):
E
C= (1)
Vt .L
Onde: C = consumo de energia;
E = total de energia consumida
Vt = volume transportado (passageiros ou carga)
L = distância percorrida
A interpretação desta relação indica a quantidade de recursos energéticos que é necessária
para produzir um determinado resultado, representado pelo produto entre o volume
transportado e a distância percorrida. Neste contexto, pode-se definir eficiência energética
como o inverso do consumo (Equação 2):
1
Ef = (2)
C
13
E ambos os casos a contabilização da energia consumida pode ser feita de duas formas:
ENERGIA BRUTA e ENERGIA ÚTIL2. A diferença entre as duas inclui as perdas ao longo
da cadeia energética de geração e disponibilização da energia e no uso final. No caso dos
veículos rodoviários, que usam derivados de petróleo como combustível, a cadeia envolve
prospecção, extração, transferência, refino, distribuição, estocagem, abastecimento e
conversão de energia química em mecânica (uso final), como pode ser visto na A Figura 3.4.
CONSUMO DE ENERGIA NO
TRANSPORTE
PERDAS
EXPLORAÇÃO
TRANSFERÊNCIA
ENERGIA REFINO
BRUTA -
ESTOCAGEM
ABASTECIMENTO
USO FINAL
CONVERSÃO ENERGIA
= ÚTIL
A ENERGIA ÚTIL é igual a ENERGIA BRUTA menos as PERDAS (Figura 1.1), na prática,
para converter a ENERGIA BRUTA em ENERGIA ÚTIL adota-se a multiplicação por
fatores de eficiência.
2
Segundo o Balanço Energético Nacional, por energia útil entende-se a energia de que dispõe o consumidor
depois da última conversão feita nos seus próprios equipamentos. Trata-se da energia considerada no uso final (a
14
envolvidos pela linha mais espessa), pois estes são mais facilmente alcançados pela esfera de
influência setorial de cada programa.
• Relação entre capacidade (quantidade máxima de passageiros ou carga que pode ser
transportada) e utilização (quantidade de passageiros ou carga que está sendo
efetivamente transportada) e a determinante das cargas de operação do motor;
Destacam-se dois aspectos: (1) a relação entre capacidade e utilização está sempre sofrendo
alterações e usualmente tem mais efeito sobre a energia consumida por unidade transportada
que qualquer outro fator isoladamente; (2) consideráveis reduções, tanto na energia total como
no consumo de energia por unidade transportada, podem ser obtidos alterando-se os fatores
relacionados à operação. Este é o motivo pelo qual a maioria dos programas de eficiência
energética para o transporte rodoviário tem seu foco voltado para estes fatores.
A energia consumida para movimentar um veículo, aqui considerada como uso final de
energia, aumenta com o aumento da carga deste veículo, seja em número de passageiros ou de
carga transportados. Em alguns casos esta relação pode ser linear. Já a curva do consumo de
energia por unidade transportada, conforme expressa pela Equação 1, se comporta de forma
semelhante a uma hipérbole, apresentando um ponto de mínimo consumo, que deve ser
identificado e perseguido (Vuchic, 1981; Wiser, 2000).
L
C= . [km/lt].......................................................(3)
Vc
1.2.Ecoeficiência
O conceito de ecoeficiência, introduzido pelo World Business Council for Sustainable
Development – WBCSD, no Relatório para a Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento do Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, em 1992, está sendo amplamente
adotado no mundo e envolve a quantificação da eficiência econômica e ambiental de
empreendimentos ou atividades operacionais. A evolução do índice de ecoeficiência, ao longo
17
do tempo, permite identificar, em uma determinada situação econômica, o uso mais eficiente
dos recursos naturais e a menor emissão de poluentes ambientais.
18
A identificação destes indicadores é uma etapa muito importante, uma vez que a meta da
ecoeficiência é aprimorar o desempenho de um empreendimento e monitorar sua evolução,
por meio de dados que sejam transparentes, capazes de serem obtidos e possam ser
transformados em informações significativas tanto para o gerenciamento interno do
empreendimento como para os grupos de agentes externos interessados.
Para a avaliação dos indicadores de ecoeficiência o WBCSD (2000) propõe uma estrutura
com três níveis para organização dos dados e das informações: categorias, aspectos e
indicadores. Essa situação é consistente com a terminologia utilizada nas normas ISO 14.000
e já foi escolhida para possibilitar a integração do conceito de ecoeficiência no processo de
certificação ambiental dos empreendimentos.
De um modo geral, pode-se identificar três categorias básicas para a classificação dos
aspectos a serem empregados em indicadores de ecoeficiência:
A interpretação da OCDE (1997) ajuda a esclarecer o conceito, assim como facilita alargar
sua aplicação para as atividades que envolvem serviços, como é o caso dos transportes. Como
19
apresentado na Figura 1.2, o sistema a ser a ter sua medida de ecoeficiência otimizada é o
sistema de produção do serviço, como por exemplo, a operação aeroportuária. O resultado
apresentado pelo sistema é o valor proporcionado ao cliente, que pode ser medido em termos
do serviço prestado.
Os outros dois fluxos representam, por um lado, os recursos necessários, como por exemplo a
energia consumida, que têm um custo econômico e ambiental associado, e por outro lado, as
perdas e os impactos ambientais associados, que embora sejam observados como resultados,
também podem ser associados a custos econômicos e ambientais. Uma vez que estes dois
fluxos têm custos associados a eles, ambos podem ser considerados como consumidores de
recursos. Assim, o valor proporcionado ao cliente, considerado como o produto do serviço, é
usualmente comparado com ambos os recursos necessários.
VALOR
PROPORCIONADO
AO CLIENTE
Pode-se relacionar os conceitos do WBCSD (2000) e OCDE (1997), o que ratifica sua
aplicabilidade. Em síntese, a medida de ecoeficiência deve relacionar o resultado da
atividade, valor do produto ou serviço, com dois tipos de fontes de recursos, relacionadas
por um lado com o impacto da geração do produto ou serviço no meio ambiente (recursos
consumidos na produção) e por outro, com o impacto do uso do produto ou serviço no meio
ambiente (perdas e impactos ambientais), ambos associados a custos econômicos e
ambientais.
20
1.2.1.Indicadores de Ecoeficiência
Um conjunto de indicadores de ecoeficiência, apresentados na Tabela 1.2, foi identificado
como válido para qualquer tipo de atividade. Estes indicadores de aplicação geral devem
atender a três critérios gerais de aplicabilidade:
Considerando o escopo do presente estudo, deve-se destacar que a aplicação dos conceitos de
ecoeficiência na atividade dos veículos e equipamentos de apoio à operação das aeronaves em
terra se focará em três elementos chave:
Como primeiro passo, torna-se necessária a conciliação dos conceitos de ecoeficiência com
aqueles relativos à eficiência energética, expostos no início deste Capítulo, procurando
revesti-los de uma visão adequada ao tratamento do serviço de apoio às aeronaves em terra.
Isto permite que se determine medidas de ecoeficiência capazes de indicar a redução da
intensidade do uso de energia e de aumento da intensidade do serviço.
Este quadro recomenda que se escolha como indicadores do valor do serviço prestado dados
relativos ao número de LTO, volume total de passageiros movimentados (embarque +
desembarque), total de assentos oferecidos, volume total de carga movimentada (carga geral +
bagagem) e receita bruta direta (pouso e permanência, embarque, armazenagem e capatazia
(INFRAERO, 2000c)).
23
Como foi visto, estes dados podem ser considerados como atributos de desempenho da
empresa, sendo facilmente obtidos e continuamente controlados, o que indica que seu uso
como indicadores no SGEE não acarretará encargos adicionais ao sistema de informações
gerenciais da empresa.
Por se tratarem de dados primários para o Órgão Gestor, a elaboração de medidas com estes
indicadores pode ser considerada fácil, além de proporcionarem uma visão abrangente do
desempenho dos serviços de apoio à operação das aeronaves em solo, alinhada com o
conceito de visão agregada já exposto.
Embora o conceito a ser empregado seja o mesmo, para as empresas prestadoras de serviço os
indicadores devem manter um comprometimento com o conceito de visão desagregada,
levando a medidas ecoeficiência que envolvem o aspecto funcional.
1.4.Medidas de ecoeficiência
A obtenção de medidas de ecoeficiência por meio dos indicadores relacionados na Tabela 1.3
pode ser feita de diversas maneiras, desde que se respeite a relação apresentada na Equação 4
– PRODUTOS / RECURSOS.
Uma pesquisa foi realizada no sentido de ratificar a escolha dos indicadores de ecoeficiência
escolhidos e determinar a melhor forma de obter medidas de ecoeficiência para a operação
dos veículos e equipamentos de apoio às aeronaves em solo. A Tabela 1.4 sintetiza seu
resultado.
As medidas sugeridas na Tabela 1.4. têm de ser aprimoradas, principalmente no que se refere
à sensibilidade quanto à variação dos indicadores. A sugestão recaiu sobre medidas que
agregam indicadores, porém nada impede que se produzam medidas desagregadas,
considerando um recurso e um produto por vez. Porém, estas medidas podem não explicar
adequadamente a variação dos produtos em função dos recursos.
25
Tabela 1.4. Conjunto preliminar de medidas de ecoeficiência.
Participante Medidas
Órgão Gestor • (Número de LTO [unid.] + Volume total de passageiros
movimentados [pax] + Volume total de carga movimentada [t]) /
Consumo total de energia [kWh]
• (Número de LTO [unid.] + Volume total de passageiros
movimentados [pax] + Volume total de carga movimentada [t]) /
Consumo total de derivados de petróleo [t]
• (Número de LTO [unid.] + Volume total de passageiros
movimentados [pax] + Volume total de carga movimentada [t]) /
Consumo de energia renovável [kWh]
• (Número de LTO [unid.] + Volume total de passageiros
movimentados [pax] + Volume total de carga movimentada [t]) /
Emissões de GEE [Gg]
• Receita bruta direta [$] / Consumo total de energia [kWh]
Empresas (Aeronaves atendidas [unid] + Volume total de passageiros
Prestadoras movimentados ou atendidos [pax] + Volume total de carga
de Serviço movimentada [t]) / Consumo total de energia [kWh]
(Aeronaves atendidas [unid] + Volume total de passageiros
movimentados ou atendidos [pax] + Volume total de carga
movimentada [t]) / Consumo total de derivados de petróleo [t]
(Volume total de passageiros movimentados por quilômetro [pax.km] +
Volume total de carga movimentada por quilômetro [t.km]) / Consumo
total de derivados de petróleo [t]
26
CAPÍTULO 2: SÍNTESE DO CONCEITO SISTEMA DE
GERENCIAMENTO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (SGEE) E
SISTEMÁTICA PARA SUA IMPLANTAÇÃO
No que se refere aos recursos energéticos, a Figura 2.1 ilustra uma proposição de sistemática
geral para a implantação do Sistema de Gerenciamento da Eficiência Energética (SGEE), com
base no conceito de ecoeficiência e na forma de medir a ecoeficiência de uma atividade. Esta
sistemática pode ser adaptada e parcialmente detalhada para o caso específico das atividades
de operação dos veículos e equipamentos de apoio às aeronaves em terra.
RECURSOS PRODUTOS
COLETA E
PROCESSAMENTO ONDE APRIMORAMENTO DA ACOMPANHAMENTO
DOS DADOS OPERAÇÃO DOS DA OPERAÇÃO DOS
VEÍCULOS E VEÍCULOS E
EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS
VISÃO DESAGREGADA
Na fase de operação, depois que o SGEE tiver sido implantado, o Órgão Gestor passa a atuar
apenas nas atividades envolvidas pela linha tracejada (Figura 2.1), que continuam a compor a
visão agregada, enquanto os demais componentes do sistema, no caso as empresas prestadoras
27
de serviço de apoio à operação das aeronaves em terra, atuam nas atividades restantes,
continuando a fornecer o apoio e os dados necessários para o Órgão Gestor.
O Órgão Gestor, por ser o indutor do processo, possui o maior conjunto de competências, que
se iniciam com a estruturação do próprio SGEE e a identificação de seus componentes, antes
mesmo que se possa estruturar, definir rotinas, divulgar e implantar o PGE e o PEE. Ainda na
fase de implantação do SGEE, deve-se definir os indicadores de ecoeficiência em função da
relação entre recursos empregados e produtos obtidos, as medidas derivadas destes recursos e
as metas de eficiência energética.
Por outro lado, cabe as Empresas Prestadoras de Serviço atuar de forma induzida, informando
ao Órgão Gestor todos os dados necessários à implantação e operação do PGE e PEE, além de
implantar, manter e aprimorar o PEE definido pelo Órgão Gestor.
No que se refere aos dados operacionais apropriados à caracterização dos indicadores de valor
dos serviços (Tabela 1.3) para o Órgão Gestor, estes podem ser obtidos por meio do Sistema
de Estatística de Tráfego Aéreo.
28
Tabela 2.1. Estrutura que envolve o SGEE.
Participantes Fases Programas Competências
Órgão Gestor Implantação PGE e • Estruturar o SGEE
(INFRAERO) PEE
• Identificar os participantes do SGEE
• Estruturar o PGE e PEE
• Definir rotina do PGE e PEE
• Promover a divulgação do PGE e PEE
• Promover a implantação do PEE na empresas
prestadoras de serviço
• Definir os indicadores de ecoeficiência e a
forma de obtê-los
• Determinar as medidas de ecoeficiência e a
forma de obtê-las
• Definir as metas de eficiência energética,
agregada e por empresa prestadora de serviço
Operação PGE • Acompanhamento do PGE
• Coletar os dados junto às empresas prestadoras
de serviço
• Elaborar as medidas de ecoeficiência
• Comparar as medidas de ecoeficiência com as
metas de eficiência energética
• Identificar as empresas prestadoras de serviço
que apresentam não conformidade com as
metas de eficiência energética
• Identificar os motivos das não conformidades
com as metas de eficiência energética e sugerir
formas para sua adequação
• Reavaliar as metas de eficiência energética
Empresas Implantação PEE • Fornecer os dados solicitados pelo Órgão
Prestadoras de gestor para implantação do PGE
Serviço
• Implantar o PEE
Operação PEE • Manter e aprimorar o PEE em colaboração
com o Órgão Gestor
• Fornecer os dados solicitados pelo Órgão
Gestor para o acompanhamento do PGE
29
2.1.Detalhamento do Programa de Gerenciamento da Energia (PGE)
O PGE, cuja abrangência está ilustrado na Figura 2.1, tem como uma de suas finalidades obter
informações sobre o consumo de combustível, quilometragem percorrida e/ou horas
trabalhadas da frota de veículos e equipamentos de apoio à operação das aeronaves em solo.
Estas informações são obtidas diretamente das Empresas Prestadoras de Serviço que devem se
comprometer a enviar estas informações periodicamente ao Órgão Gestor. Além disso, as
Empresas Prestadoras de Serviço devem informar, cada veículo e/ou equipamento, o
referencial de consumo esperado, justificado com base em informações dos fabricantes ou no
histórico de sua operação, o que seria mais indicado, em função da peculiaridade da operação
destes veículos e equipamentos.
Além disso o PGE deve buscar informações sobre os produtos da operação aeroportuária que
influenciam significativamente no consumo de combustível dos veículos e equipamentos de
apoio às aeronaves em solo. Como foi sugerido anteriormente, estes produtos são:
Sempre que houver um histórico das medidas de ecoeficiência será possível obter
comparações, verificando se a medida aumentou ou diminuiu. Como as medidas de
ecoeficiência representam a razão entre produtos (numerador) e recursos (denominador), será
sempre desejável que sua grandeza diminua.
Caso se verifique que não houve evolução das medidas de ecoeficiência o SGEE dispõe de
informações capazes de orientar o sentido da ação, uma vez que o PGE dispõe de dados sobre
o consumo energético e a movimentação (quilometragem percorrida/horas trabalhadas) dos
30
veículos e/ou equipamentos das Empresas Prestadoras de Serviço. Mais que isso, como
complemento as informações diretamente relacionadas ao PGE, existem os registros e as
atividades do PEE, que suportam a melhoria contínua da eficiência energética.
MARCA MODELO FUNÇÃO ATIV COMB ANO META CONS USO UNID
[l]
VW 11.140/12.140 CAMINHÃO AR COND 311 D 1990 4 2275 6360 km
VW 11.140/12.140 CAMINHÃO AR COND 204 D 1990 4 1424 19 km
VW 11.140/12.140 CAMINHÃO AR COND 548 D 1990 4 1673 20 km
AVIOGEI EA-747 AMBULIFT 266 D 1991 0,4 105 37 h
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO CARGA SECA 540 D 1982 6 320 1982 km
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO BAÚ 630 D 1986 6 36 250 km
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO BAÚ 571 D 1980 6 493 2384 km
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO BAÚ 801 D 1980 6 70 512 km
VW 6.90/7.90/7.100/7.110 CAMINHÃO BAÚ 338 D 1987 6 82 278 km
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO BAÚ 429 D 1979 6 185 909 km
FORD F600 ESCADA MOTORIZADA 511 D 1980 3 103 196 km
FORD F350 ESCADA MOTORIZADA 510 D 1980 3 30 112 km
FORD F350 ESCADA MOTORIZADA 544 D 1980 3 24 2 km
EXCLUIR:
INCLUIR:
MARCA MODELO FUNÇÃO ATIV COMB ANO META CONS USO UNI
[l] D
Por hipótese, a cada três meses, a empresa acessa o cadastro e preenche, para cada um dos
veículos declarados os valores das células que apresentam fundo branco. Ao inserir sua senha
o sistema apresenta para a empresa em questão a página com os equipamentos que foram
considerados no período anterior (trimestre), bastando preencher os campos abaixo
relacionados:
31
• MESES DE REFERÊNCIA: Trimestre em que está sendo declarado;
Caso se deseje excluir algum veículo cadastrado, basta digitar o número do ATIV ao lado do
campo EXCLUIR. Caso se deseje incluir algum veículo e/ou equipamento no cadastro, basta
digitar todos os seus dados nos respectivos campos na área de inclusão, na última linha da
tabela.
A META, uma vez determinada é fixada no campo próprio e sua medida é igual a da relação
entre as medidas do consumo (CONS) e uso (USO), podendo ser km/l ou h/l. Alterações da
META podem ser solicitadas pelas Empresas Prestadoras de Serviço, desde que devidamente
justificadas.
32
ao pátio de manobra de aeronaves (área de rampa), à área remota e às vias internas de serviço;
e portanto não sofrem a inspeção periódica dos Departamentos de Trânsito Municipais.
Por outro lado, algumas medidas simples, de cunho operacional, como evitar variações
bruscas de velocidade, desligar os motores dos veículos nos pontos de parada, suprimir perdas
de combustível durante o abastecimento e eliminar derrames em operação, podem representar
significativa diminuição do consumo de combustíveis e conseqüentemente, das emissões
atmosféricas. Estas medidas devem compor o Programa de Controle e Redução do
Consumo de Combustíveis (PCRCC), por meio de um conjunto de instruções básicas,
elaboradas pelo Órgão Gestor, com a finalidade de orientar as Empresas Prestadoras de
Serviço no sentido de desenvolver uma operação de maior eficiência energética.
Destaca-se que a Inspeção periódica realizada pelo Órgão Gestor não é obrigatória para o
sucesso do SGEE. A necessidade desta atribuição adicional está diretamente relacionada à
confiança que o Órgão Gestor tem nas Empresas Prestadoras de Serviço, normalmente
contratadas por meio de critérios rigorosos de seleção. No entanto, verificou-se que o setor de
operações do AIRJ realiza periodicamente inspeções nos veículos e equipamentos de apoio às
33
aeronaves em solo, como rotina de segurança. Assim sendo, pode-se incluir nesta inspeção
itens relacionados ao uso eficiente de combustíveis.
Embora a inspeção visual seja suficiente para determinar o estado do veículo e/ou
equipamento, o mesmo não ocorre para as condições de manutenção, que dependem de
informação complementar, proveniente do histórico de manutenção. De modo a
complementar as informações obtidas na inspeção física do veículo, sempre que necessário,
deve-se inspecionar a documentação relacionada à vida do veículo. Esta documentação deve
ser gerada nas Empresas Prestadoras de Serviço sendo composta, no mínimo, pelo conjunto
de formulários provenientes das atividades de inspeções e manutenções rotineiras
recomendadas pelo Órgão Gestor juntamente com as providências adotadas em caso de não
conformidade.
34
conjunto de itens que deveriam ser incluídos e a freqüência de sua inspeção, em função de sua
complexidade.
Como a inspeção periódica representa uma atribuição adicional ao Órgão Gestor, sempre que
se verificar a necessidade de fiscalização das ações das Empresas Prestadoras de Serviço e
não se puder conciliar com o uso de mão de obra própria, sugere-se a contratação de serviço
externo.
35
orientar as Empresas Prestadoras de Serviço que elaborem e cumpram programas de inspeção
e manutenção de seus veículos e equipamentos com foco nos fatores que influem diretamente
no consumo de combustíveis.
Uma relação destes itens é apresentada a seguir, observa-se que os itens identificados com um
asterisco (*), já fazem parte da Listagem dos Itens de Segurança necessários à Requisição de
Autorização de Trânsito Interno de Veículos (ATIV), do Controle de Veículos e
Equipamentos de Rampa e da Revisão/Vistoria para Passagem de Veículos.
• Bateria: verificar se todas as placas estão cobertas por água. Completar unicamente
com água destilada quando houver necessidade. Verificar o estado dos contatos dos
cabos de bateria quanto à oxidação, limpar sempre que necessário;
• Óleo do Motor (*): verificar se o nível do óleo do motor se encontra entre as marcas
de mínimo e máximo. Se necessário, completar o nível, anotando o volume de óleo e o
valor de leitura do odômetro/horímetro. Ao completar o óleo, recomenda-se não
ultrapassar o nível máximo do reservatório, pois quando isto acontece, o excesso de
óleo entra na câmara de combustão, sendo desperdiçado. Verificar se as juntas e
condutores de óleo não apresentam vazamentos;
• Luzes e faróis (*): Verificar o perfeito funcionamento das luzes de freio, da luz da
marcha a ré, das lanternas dianteiras e traseiras, dos indicadores de direção (seta), de
emergência (pisca-alerta), de anti-colisão e dos faróis alto e baixo;
37
são relacionados todos os itens da ID que sofreram alteração e aqueles que devem ser
acrescentados a IM.
• Filtro de ar: verificar a integridade da cuba do filtro de ar, das mangueiras e das
vedações. Abrir o reservatório do filtro de ar e verificar a integridade e o estado de
limpeza do elemento filtrante (filtro e pré-filtro, quando existir) e da parte interna da
cuba do filtro. Se existir indicador de manutenção de filtro de ar, verificar seu
adequado funcionamento;
38
• Inspeção de emissões: com o veículo parado, acelerar até 2.000 rpm e verificar a
incidência de fumaça de cor anormal. Com o veículo em movimento, a baixa
velocidade, observar a presença de fumaça de cor anormal.
Uma sofisticação que pode ser adotada é a inspeção de emissões nos veículos leves de
passageiros e veículos leves comerciais (automóveis, furgões de passageiro, furgões de carga,
pick ups etc) por meio de equipamentos de inspeção de emissões, similares aos utilizados
pelos DETRANS nas inspeções anuais destes veículos, ou o teste de emissão com escala
Ringelman para os veículos pesados movidos a óleo diesel.
O ciclo completo de manutenções é composto por quatro manutenções tipo A (A1, A2, A3 e
A4), uma manutenção tipo B e uma manutenção C, totalizando um cronograma de dezoito
meses. A seqüência prevista para execução das manutenções é apresentada na Tabela 2.3.
A programação do PMP é feita com auxílio de um cronograma de serviços, onde são lançados
os números de identificação dos veículos e/ou equipamentos nas lacunas correspondentes aos
tipos de manutenções para cada um dos meses do ano. Como exemplo apresenta-se a Tabela
2.4 com os primeiros 6 meses de programação para uma Empresa Prestadora de Serviço que
possua uma frota de 16 veículos. Este tamanho de frota foi escolhido pois em média
verificou-se que as empresas que operam no AIRJ possuem frotas de 16 veículos, embora
grandes empresas, como a SATA tenham mais de 200 veículos e equipamentos cadastrados.
Uma vez que todos os veículos sejam programados para o primeiro ciclo de três meses (Ciclo
1), passa-se a programação dos próximos 3 meses (Ciclo 2). Isto é feito em função da
programação do ciclo anterior, programando-se cada veículo para que faça o tipo de
manutenção sucessivamente posterior a que foi realizada. Assim, o veículo que passou pela
manutenção do tipo A1 no Ciclo 1, passará por manutenção tipo A2 no Ciclo 2. O veículo que
passou pela manutenção do tipo B no Ciclo 1, passará por manutenção tipo A3 no Ciclo 2. O
veículo que passou pela manutenção do tipo C no Ciclo 1, passará por manutenção tipo A1 no
Ciclo 2.
Sob o número de identificação dos veículos e/ou equipamentos pode-se indicar a data prevista
para o início dos serviços. Caso a quantidade de veículos e/ou equipamentos para uma
determinada manutenção seja muito grande todo mês, o que pode acarretar excesso de
ocupação da oficina, comprometer o tempo de execução dos serviços e a disponibilidade dos
veículos e equipamentos para a operação, recomenda-se levantar um cronograma detalhado de
serviços mensais, discriminando, ao longo dos dias do mês os veículos e/ou equipamentos que
estarão parados e por quanto tempo.
Cada um dos tipos de manutenção A, B e C tem uma Ficha de Manutenção apropriada que
deve ser preenchida. Os modelos são apresentados no ANEXO.1
NOTAS IMPORTANTES:
• Peça para ver a nota fiscal e o certificado de análise do combustível, emitidos pela
distribuidora,e que atestam a procedência do produto;
• No caso do diesel, a densidade correta deve estar entre 0,82 e 0,88. Faça uma análise
visual no caso da gasolina e do álcool, que, assim como o óleo diesel, não devem estar
turvos nem conter impurezas;
• Procure saber se os tanques do posto são drenados periodicamente para retirar a água
que se acumula no fundo;
No caso do óleo diesel, o uso de válvulas, filtros e telas ou outras peças feitas em bronze no
sistema de alimentação de combustível deve ser evitado, pois o bronze, em contato com o
diesel, também acelera seu envelhecimento.
43
Deve-se assegurar de que a vedação da tampa do tanque está em bom estado, pois além de
evitar a entrada de água no tanque, contaminando o produto, pode ocorrer ou vazamento de
combustível ou sua evaporação, o que acarreta um desperdício e torna as vias escorregadias,
podendo provocar acidentes.
Testes feitos com motoristas diferentes dirigindo um mesmo veículo comprovaram que o
consumo pode variar em até 30% dependendo apenas da forma como o veículo é dirigido.
Esta situação se agrava no caso de veículos pesados – caminhões, tratores e equipamentos de
grande peso e potência (push backs, loaders etc). A seguir são descritas algumas regras de
direção econômica que podem contribuir para a obtenção de melhores resultados de consumo:
• Não deixe o motor do veículo funcionando em marcha lenta por períodos maiores que
30 segundos. Ao parar desligue sempre o motor. Agindo desta maneira, promove-se a
redução do consumo de combustível , do desgaste do motor e das emissões de
poluentes atmosféricos;
44
• Solte a embreagem com suavidade e não dirija com o pé sobre o pedal de embreagem.
O mau uso faz a embreagem trepidar e patinar, prejudicando o desempenho do motor;
• Não acelere entre a passagem de marchas porque é o mesmo que acelerar em ponto
morto. Não traz nenhuma vantagem e só desperdiça combustível;
• Não viole o lacre da bomba injetora nem altere sua regulagem. Ela já vem calibrada de
fábrica para um melhor desempenho do veículo. A potência adicional obtida com a
alteração da regulagem da bomba tem um alto custo, representando consumo elevado
e aumento da fumaça;
Para o caso do AIRJ, como poderá ser visto no Capítulo 3, considera-se razoável que não
sejam envolvidas as empresas com frotas que representem menos que 5% da frota total em
operação, o que permite uma maior centralização das ações.
45
Tabela 2.5. Resumo da sistemática do SGEE.
Sistema de Gerenciamento da Eficiência Energética - SGEE
Programas Ações Resultados
Programa de Obtém informações de consumo de Emite relatórios sobre o SGEE.
Gerenciamento combustível e de uso dos veículos e Solicita informações
da Energia – equipamentos – PCCC e registros do complementares e justificação das
PGE (1) PIMVE, se necessário. empresas que comprometeram a
Obtém informações de meta.
movimentação aeroportuária. Analisa registros do PIMVE, se
Calcula medidas de ecoeficência e necessário.
compara com metas. Reavalia atividade do PCRCC.
Programa de Inspeções Periódicas do Órgão Verificar a correta realização da IM e
Eficiência Gestor (1) do PMP.
Energética -
PIMVE Inspeção Diária - ID Garantir integridade da frota.
PEE
(2) Registros para futura consulta pelo
Órgão Gestor
Inspeção Mensal - IM Garantir integridade da frota.
Registros para futura consulta pelo
Órgão Gestor
Programa de Manutenção Garantir integridade da frota.
Preventiva - PMP Registros para futura consulta pelo
Órgão Gestor.
PCRCC Uso e Manuseio de Instruções para os operadores.
(3) Combustível Garantir operação com economia de
combustível.
Controle do Consumo de PCCC. Fornece informações para o
Combustível PGE.
Direção Econômica Instruções para os operadores.
Garantir operação com economia de
combustível.
Legenda: PIMVE – Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos e Equipamentos;
PCRCC – Programa de Controle e Redução do Consumo de Combustíveis; PCCC – Planilha
de Controle do Consumo de Combustível.
Notas: (1) Atribuição do Órgão Gestor
(2) Atribuição das Empresas Prestadoras de Serviço
(3) Atribuição das Empresas Prestadoras de Serviço sob orientação do Órgão Gestor
46
CAPÍTULO 3: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E OPERACIONAIS DA
FROTA DO AIRJ
Uma extensa pesquisa foi realizada para que se pudesse obter dados sobre a frota de veículos
e equipamentos de apoio às aeronaves em solo que operam no AIRJ. Além do próprio
INFAERO, foram consultadas 66 Empresas Prestadoras de Serviço, que foram solicitadas a
preencher um formulário (ANEXO 3) com os dados considerados relevantes para a
determinação das características físicas da frota. O resultado desta pesquisa foi consolidado
em um Banco de Dados da Frota de Veículos e Equipamentos de Apoio que Operam no AIRJ,
elaborado em Microsoft Excel.
Para caracterizar a operação dos veículos e equipamentos, foram realizadas entrevistas com os
responsáveis pela operação das Empresas Prestadoras de Serviço e com a Gerencia de
Operações do AIRJ (OPGL). Além disso, foi feito o acompanhamento da atividade dos
veículos e equipamentos que operam no AIRJ.
Além destas duas planilhas, que relacionam veículos e equipamentos diretamente envolvidos
com a operação das aeronaves em solo, ainda foram incluídas três outras planilhas no Banco
de Dados.xls. São elas: Grupos geradores, com a relação de 39 grupos geradores a óleo diesel
que se encontram nas dependências do AIRJ; Embarcações, que relaciona 9 embarcações do
47
Infraero/Bombeiro e Veículos Elétricos, com um total de 14 empilhadeiras elétricas, que
embora envolvidas no apoio às aeronaves, não possuem motores movidos a combustível
fóssil. Estas planilhas adicionais têm a finalidade de proporcionar uma visão geral do
conjunto dos equipamentos que operam no AIRJ, e do peso relativo da frota de veículos e
equipamentos de apoio às aeronaves.
De modo a facilitar o conhecimento desta frota, optou-se por aprimorar a sua classificação,
como pode ser visto na Tabela 3.1. Verifica-se uma grande diversidade de funções, porém, os
maiores percentuais observados se referem a Furgão de Passageiros (15,25%), Tratores
(13,80%) e Furgão de Carga (10,77%). Na função de furgão destaca-se o veículo VW Kombi,
68% de participação.
48
Classificação Funcional Classificação Quantidade Percentual Observação
PROCONVE
Furgão de Passageiros VLC 126 15,25%
Furgão de Carga VLC 89 10,77%
GPU EE 43 5,21% Inclui
equipamentos
acoplados,
motorizados e
rebocáveis
Loader VP 43 5,21%
LPU EE 3 0,36%
Microônibus VP 3 0,36%
Ônibus VP 8 0,97%
Pá Mecânica VP 3 0,36%
Pick Up VLC 53 6,42%
Push Back VP 31 3,75%
Caminhão QTA VP 6 0,73%
Caminhão QTU VP 8 0,97%
Trator VLC 114 13,80%
Total 826 100%
Do total da frota não identificada, que representa 7,81% da frota em operação, recomenda-se
buscar informações de 38 veículos e/ou equipamentos das empresas: United Airlines,
Infraero, Globeground, Gate Gourmet, Comissaria Rio e American Airlines. Estas empresas
apresentam frotas maiores que 1% da frota total e deveriam ter todos os seus veículos
identificados para aplicação do SGEE.
49
desde que a soma destes veículos não ultrapasse 10% da frota total (para o AIRJ – 82
veículos)
ESPERA
(MÓDULO DE SERVIÇO NA ÁREA DE
ATENDIMENTO À
ESTACIONAMENTO DE APOIO
AERONAVE
EQUIPAMENTOS DE (FORA DO PÁTIO DE
(PÁTIO DE MANOBRA)
RAMPA) MANOBRA)
ATENDIMENTO À
SERVIÇO NOS TPS SERVIÇO NO TECA
AERONAVE
(PÁTIO DE MANOBRA) (PÁTIO DE MANOBRA)
(PÁTIO DE MANOBRA)
ESPERA
(MÓDULO DE
ESTACIONAMENTO DE
EQUIPAMENTOS DE
RAMPA)
50
ESPERA
ATENDIMENTO À (MÓDULO DE
AERONAVE ESTACIONAMENTO DE
(PÁTIO DE MANOBRA) EQUIPAMENTOS DE
RAMPA)
SERVIÇO NA PISTA E
PÁTIO DE MANOBRA
As caixas com linhas cheias indicam o desempenho de uma atividade funcional – atendimento
à aeronave ou serviço na área de apoio, TPS, TECA ou pista e pátio de manobras de
aeronaves. As caixas com linhas tracejadas indicam espera para reiniciar uma operação. As
linhas de fluxo indicam o sentido do ciclo de operação.
51
Tabela 3.2. Classificação por ciclo operacional
Ciclo operacional Veículos e equipamentos Classificação
Tipo 1 Caminhão Baú (Comissaria), Caminhão Veículo pesado
Pantográfico (Comissaria), Caminhão QTA,
Caminhão QTU, Caminhão Usina
Tipo 2 Caminhão Tanque (Combustível) Veículo pesado
Tratores Comercial leve
Tipo 3 Caminhão Bomba (Combustível), loaders, push Veículo pesado
back, Escada Motorizada, Esteira Motorizada
Ônibus/Micro-ônibus.
GPU, equipamento de ar condicionado, low pressure Equipamentos
estacionários
Tipo 4 Veículos de pista e inspeção (Automóveis e Pick Veículo leve de
Up) passeio
52
CAPÍTULO 4: REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL E
METAS DE ECOEFICIÊNCIA
Para que se pudesse obter as medidas de ecoeficiência para a atividade de apoio à operação
das aeronaves em solo, conforme sistemática descrita no Capítulo 1, realizou-se um inventário
do consumo de combustível desta frota conforme sistemática apresentada a seguir.
Por outro lado, existem empresas que controlam o consumo de combustíveis de forma
agregada, ou seja, embora tenham o consumo total de combustíveis não é possível identificar
o veículo ou equipamento responsável pelo consumo. Neste caso solicitou-se apenas o
consumo agregado de combustível. Apenas 13 empresas responderam a esta solicitação.
Paralelamente, fez-se uma pesquisa nos quatro postos de abastecimento identificados como
fornecedores de combustível para estes veículos e equipamentos. Estes postos são: Posto
Petrobras AVIJET, estabelecido no interior do aeroporto e responsável por grande parte dos
abastecimentos; Posto Petrobras SUPERSÔNICO, localizado na Av. 20 de Janeiro; Posto
YPF Torremolinos, localizado na Praia do Galeão e Posto Shell localizado na Estrada do
Galeão.
53
A pesquisa em duas frentes, por empresa e por postos, tem a finalidade de garantir um
cruzamento de informações que permita ratificar o que foi pesquisado em cada uma das fontes
de informação, garantindo uma maior confiabilidade dos dados. Por outro lado, em função da
quantidade de empresas prestadoras de serviço que operam no AIRJ, acredita-se que obter as
informações por meio da consulta aos postos poderia garantir uma maior agilidade na
pesquisa,. Este fato não se verificou, pois apenas os postos AVIJET e Torremolinos
apresentam registro de suas vendas nos últimos três meses. Além disso, as 13 empresas que
apresentaram o consumo de combustível foram as mesmas declaradas pelo posto AVIJET.
4.2.Resultados Obtidos
Três foram os resultados da pesquisa sobre o consumo de combustível:
54
combustível com as respectivas quilometragens percorridas ou horas trabalhadas dos
equipamentos
Para cada veículo e/ou equipamento apresenta-se marca, modelo e função, atributos capazes
de caracterizar o tipo de operação. Por meio de pesquisa à catálogo de fabricantes, revistas
especializadas e aos cadastros da SATA e da INFRAERO (controle de frota), obteve-se uma
indicação da meta de eficiência energética. A seguir os valores observados foram
processados, obtendo-se para cada veículo e/ou equipamento um valor máximo (MAX),
mínimo (MIN) e médio (MED).
Estas observações ratificam os valores calculados anteriormente, tendo como base apenas o
mês de julho. Embora se observe um maior espalhamento dos valores, pois a amplitude do
intervalo de variação que era de 40% [3% - (-37%)], passou para 48% [6% - (-42%)], com
aumento de 20%, a variação da média foi de apenas 2% em 20%, com aumento em 10%.
55
Tabela 4.1. Eficiência energética de veículos e equipamentos
MARCA MODELO FUNÇÃO META DE VALOR OBSERVADO DESVIO DA META
EFICIÊNCIA
MIN MAX MED UNID MIN MAX MED
AVIOGEI EA-747 AMBULIFT 0,4 0,3 0,35 0,22 h/l -25% -13% -45%
STEWART TM2546-P AR CONDICIONADO 0,06 0,02 0,04 0,036 h/l -67% -33% -40%
STEVENSON
VW GOL 1.0 AUTOMÓVEL 14,9 11,00 14,75 12,68 km/l -26% -1% -15%
VW GOL 1.6 AUTOMÓVEL 13,8 10,00 14,54 11,44 km/l -28% 5% -17%
VW 11.140/12.140 CAMINHÃO AR COND 4 2,80 km/l -30%
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO BAÚ 6 3,39 7,31 5,48 km/l -43% 22% -9%
MBB 608/708/709/710/712 CAMINHÃO CARGA 6 3,39 7,60 4,90 km/l -44% 27% -18%
SECA
MBB 1113/1114/1214 CAMINHÃO 4 2,57 3,78 3,17 km/l -36% -6% -21%
CONTAINER
FORD F4000 CAMINHÃO TANQUE 6 5,26 4,61 4,96 km/l -12% -23% -17%
FORD F4000 CAMINHÃO USINA 6 5,00 km/l -17%
140KVA
HOBART USINA 140G17K USINA 0,06 0,04 0,08 0,06 h/l -33% 33% 6%
HYSTER H80J/H150J EMPILHADEIRA 1 0,23 0,69 0,56 h/l -77% -31% -44%
FORD F350 ESCADA MOTORIZADA 4 2,7 3,91 3,73 km/l -33% -2% -7%
FORD F600 ESCADA MOTORIZADA 3 1,83 3,61 2,44 km/l -39% 20% -19%
FORD F4000 ESCADA MOTORIZADA 6 2,77 3,66 3,16 km/l -54% -39% -47%
RUCKER 2181UL ESTEIRA MOTORIZADA 1,5 0,29 1,73 0,71 h/l -81% 15% -53%
MARCA MODELO FUNÇÃO META DE VALOR OBSERVADO DESVIO DA META
EFICIÊNCIA MIN MAX MED UNID MIN MAX MED
VW KOMBI FURGÃO DE CARGA 8,4 5,03 5,58 5,29 -40% -34% -37%
VW KOMBI FURGÃO DE 8,4 3,53 8,18 5,74 km/l -58% -3% -32%
PASSAGEIRO
VW KOMBI PICK UP 8,4 4,11 10,76 5,25 km/l -51% 28% -38%
AIR MARREL LAM7000PL8 LOADER 0,25 0,18 0,29 0,23 h/l -28% 16% -8%
FMC MOTOR JCPL2 LOADER 0,3 0,11 0,35 0,17 h/l -63% 17% -43%
DEUTSH
RUCKER MDL40 LOADER 0,3 0,11 0,34 0,17 h/l -63% 13% -43%
MBB OF-812 MICROÔNIBUS 4 2,20 3,99 3,27 km/l -45% 0% -18%
RUCKER TA4205 (PEQUENO) PUSH BACK 0,25 0,23 0,26 0,24 h/l -8% 5% -4%
SCHOPF F396 (GRANDE) PUSH BACK 0,1 0,09 0,13 0,10 h/l -10% 30% 0%
FORD F4000 QTA 4 2,06 3,18 2,78 km/l -49% -21% -31%
FORD F4000 QTU 4 2,86 4,66 3,77 km/l -29% 17% -6%
VALMET 65 ID TRATOR 0,4 0,18 0,66 0,35 h/l -55% 65% -13%
VALMET 68 ATS TRATOR 0,5 0,11 0,55 0,41 h/l -78% 10% -18%
VALMET 685 ATS TRATOR 0,4 0,27 0,47 0,42 h/l -33% 18% 5%
VALMET 68-II TRATOR 0,4 0,30 0,57 0,34 h/l -26% 43% -15%
HOBART USINA MOTORIZADA USINA MOTORIZADA 0,15 0,11 0,15 0,10 h/l -25% 0% -33%
- 90G20S
57
MARCA MODELO FUNÇÃO META DE VALOR OBSERVADO DESVIO DA META
EFICIÊNCIA MIN MAX MED UNID MIN MAX MED
HOBART USINA 100KVA USINA MOTORIZADA 0,1 0,05 0,08 0,075 h/l -50% -20% -25%
HOBART 120C24P5 USINA REBOCÁVEL 0,08 0,04 0,11 0,08 h/l -50% 38% -6%
VW SAVEIRO 1.6 PICK UP 14 11,76 12,49 12,125 km/l -16% -11% -13%
-42% 6% -22%
Nota: Para cada veículo e/ou equipamento apresenta-se marca, modelo e função, atributos capazes de caracterizar o tipo de operação. Por meio de
pesquisa à catálogo de fabricantes, revistas especializadas e aos cadastros da SATA e da INFRAERO (controle de frota), obteve-se uma
indicação da meta de eficiência energética.
Valores observados foram processados, obtendo-se para cada veículo e/ou equipamento um valor máximo (MAX), mínimo (MIN) e médio
(MED), tomando como referência os meses de julho, agosto e setembro de 2001, totalizando 700 registros. A coluna MAX representa o valor
máximo observado para o conjunto de veículos ou equipamentos com aquela identificação ao longo dos 3 meses de estudo. De forma análoga foi
calculado o valo mínimo (MIN). A média foi obtida fazendo-se a média aritmética dos valores observados marca/modelo/função.
58
As Tabelas 4.2 e 4.3 apresentam a estimativa trimestral do consumo de combustíveis pelos
veículos e equipamentos de apoio às aeronaves em solo. Para o Trimestre 4, meses de julho,
agosto e setembro de 2001, foram levantados valores junto as Empresas Prestadoras de
Serviço, obtendo-se uma resposta parcial, que foi complementada pelas informações obtidas
pelos postos de serviço. Para os demais trimestres, estimou-se a informação a partir das
informações obtidas no posto Avijet, que comercializa combustível dentro do aeroporto.
Legenda das Tabelas 4.2 e 4.3: Trimestre 1: outubro, novembro e dezembro de 2000
Trimestre 2: janeiro, fevereiro e março de 2001;
Trimestre 3: abri, maio e junho de 2001;
Trimestre 4: julho, agosto e setembro de 2001.
A Figura 4.1 apresenta a representação gráfica da Tabela 4.2. Assumindo que o consumo total
de óleo diesel dividido pelo total de LTO deveria se manter aproximadamente constante,
pode-se verificar quais as oportunidades de melhoria, tomando como referência o Trimestre 4,
quando se obteve a última observação.
Medida Total de Consumo Óleo Diesel l/LTO
24
23
22
21
20
19
18
17
Trimestre 1 Trimestre 2 Trimestre 3 Trimestre 4 Média
Se comparado com o menor valor (Trimestre 2) a medida para o Trimestre 4 poderia melhorar
15,56%, mais que o valor desejado pela meta do Planejamento Empresarial 2002 (10%).
Porém, se comparado com a média dos 4 trimestres (21,16), este valor é apenas 8,03% maior.
Nesta visão agregada, as possibilidades de escolha para a meta seriam o valor mínimo da série
ou a média dos valores observados. Esta escolha dependerá do referencial de início das
atividades. Se o SGEE fosse implantado no Trimestre 3, a escolha acabaria recaindo sobre o
valor mínimo da série, uma vez que a média dos três trimestres seria maior que o valor obtido
no referencial de início (20,54 > 19,43).
A Figura 4.2 apresenta a representação gráfica da Tabela 4.3. onde se relaciona o consumo
total agregado de gasolina e álcool com o total de LTO. A ordem de grandeza desta medida é
significativamente diferente da observada para o caso do consumo de óleo diesel, porém o
comportamento da série é similar e as mesmas considerações podem ser feitas.
60
Medida Total de Consumo Agregado de Gasolina e Álcool l/LTO
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Trimestre 1 Trimestre 2 Trimestre 3 Trimestre 4 Média
A série apresentada na Figura 4.2 pode levar a uma interpretação enganosa, pois embora
apresente variações absolutas menores as variações relativas são maiores. Se comparado com
a média, o Trimestre 4 apresentou consumo 15,47% maior. Se comparado com o valor
mínimo, que também ocorreu para o Trimestre 2, este valor apresentou consumo 30,27%
maior.
Isso demonstra que o consumo de óleo diesel é dominante na operação dos veículos e
equipamentos de apoio às aeronaves em solo. Por LTO, em média, se gasta 3 vezes mais óleo
diesel que gasolina e álcool juntos. Porém, o consumo de gasolina e álcool, no período
analisado, sofre maiores variações relativas.
61
Tabela 4.4.Estimativa de meta de eficiência – consumo de diesel
Percentual
nos LTO
Função dos Veículos e/ou Meta de 11% 89% Uso Consumo Und. Consumo
Equipamentos Consumo Específico
AR CONDICIONADO 0,06 1 1 0,3 16,67 l/h 5
ESCADA MOTORIZADA 4 2 - 2 0,25 l/km 0,11
LOADER LEVE 0,25 1 1 0,5 4,00 l/h 2
LOADER PESADO 0,3 1 1 0,5 3,33 l/h 1,67
PUSH BACK 0,25 1 1 0,1 4,00 l/h 0,4
QTA 4 1 1 4 0,25 l/km 1
QTU 4 1 1 4 0,25 l/km 1
TRATOR 0,5 4 3 0,5 2,00 l/h 3,11
USINA MOTORIZADA 0,1 1 - 0,5 10,00 l/h 0,55
USINA REBOCÁVEL 0,08 1 - 0,3 12,50 l/h 0,41
CAMINHÃO BOMBA 6 1 2 0,17 l/km 0,30
CAMINHÃO PANTOGRÁFICO 4 2 2 4 0,25 l/km 2
MICROÔNIBUS 6 2 - 4 0,17 l/km 0,15
CAMINHÃO TANQUE 2,5 1 - 4 0,40 l/km 0,18
Total de Consumo por LTO 17,87
Legenda:
Meta de Consumo – valor especificado pelo fabricante do veículo ou equipamento para a
eficiência energética, em horas por litro ou quilômetros por litro;
Percentual nos LTO – Considera que 11% dos LTO são compostos pelos veículos e/ou
equipamentos indicados, o restante dos LTO, 89%, envolvem menos veículos e/ou
equipamentos, conforme a respectiva coluna;
Uso – Horas trabalhadas ou quilometragem percorrida por LTO;
Consumo específico – Inverso da Meta de Consumo;
Und. – Unidade do Consumo Específico;
Consumo – Consumo do veículo e/ou equipamento no LTO;
Total de Consumo por LTO – Consumo total de todos os equipamentos que operaram no
LTO.
Naturalmente o valor calculado deve ser considerado com ressalvas. A meta de eficiência
estipulada pelo fabricante é um valor de meta teórica e pressupõe condições específicas de
uso, principalmente para o caso dos caminhões e ônibus. Estas condições de operação podem
62
diferir significativamente para o caso da operação aeroportuária, inviabilizando que seja
atingida a meta teórica para cada equipamento.
Mesmo assim, se comparada com a Tabela 4.2, verifica-se que a meta teórica é cerca de 8%
menor que o valor mínimo observado, podendo ser considerado como próximo. Esta
suposição torna-se mais evidente quando se verifica que o valor médio é 15,57% maior que a
meta teórica, ou seja, os desvios observados para o valor mínimo e para a meta teórica em
relação à média são bastante próximos e indicam que em média o potencial de melhoria de
eficiência gira em torno de 15,5%.
Destaca-se que a meta teórica não deve ser considerada como uma medida inquestionável.
Muito pelo contrário, recomenda-se que um acompanhamento mais longo das atividades dos
veículos e equipamentos de apoio às aeronaves em solo seja efetuado, de modo a obter um
histórico rico em dados sobre a composição dos LTO em termos de veículos e equipamentos,
tempos de operação e quilometragem rodada.
Não é fácil obter a meta teórica para os veículos e equipamentos que consomem gasolina e
álcool, uma vez que, com raras exceções, eles não estão envolvidos diretamente no
atendimento à operação das aeronaves em solo. Neste caso, recomenda-se adotar como meta o
valor mínimo observado na série.
63
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho procurou destacar a importância do estabelecimento de um Sistema de
Gerenciamento da Eficiência Energética (SGEE) para a operação dos veículos e equipamentos
de apoio à atividade das aeronaves em solo.
Como foi visto, o SGEE pode ser desmembrado em dois programas básicos: o Programa de
Gerenciamento de Energia (PGE) e o Programa de Eficiência Energética (PEE). O primeiro
tem a finalidade precípua de obter dados sobre o consumo de energia na atividade em questão
e transformá-los em informação, para que o Órgão Gestor possa tomar decisões. O segundo,
envolve uma série de atividades cuja finalidade é a manutenção do controle sobre o consumo
de energia e a indução a uma maior eficiência energética, e tem como principais atores as
Empresas Prestadoras de Serviço.
Mesmo que se considere a Meta Teórica muito restritiva, o consumo médio trimestral de óleo
diesel por LTO é 9% menor que o máximo observado (Trimestre 4), o que representaria, caso
64
a média fosse tomada como meta, uma economia de 46.865,96 litros de óleo diesel por
trimestre.
Os valores apresentados neste relatório dizem respeito a frota do AIRJ, porém, a sistemática
apresentada é bastante genérica, podendo ser estendida aos demais aeroportos sob
administração da INFRAERO, sem necessidade de qualquer adaptação, e até mesmo a outras
atividades.
Como foi visto, a obtenção dos resultados desejados, expressos em economia de combustível,
depende da adequada atuação do Órgão Gestor sobre as Empresas Prestadoras de Serviço.
Esta tarefa pode ter um desdobramento bastante complexo, mesmo a partir de uma sistematica
bastante estruturada, como é o caso do SGEE. Esta complexidade depende basicamente do
volume de operações do aeroporto, da quantidade de Empresas Prestadoras de Serviço e da
forma como se orquestra a sua operação. Adequar a abrangente base conceitual do SGEE a
cada uma destas realidades pode ser uma tarefa que exija a colaboração de especialistas e
consultores externos.
65
Implantar progressivamente o SGEE pode ser uma forma de obter resultados parciais e ao
mesmo tempo ganhar afinidade com a sistemática proposta. A idéia de aplicar o SGEE a frota
própria da INFRAERO, num primeiro momento, é uma forma de desenvolver este processo
de trabalho.
66
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ANEXO.1 – Programa de Manutenção Preventiva (PMP) / Ficha de Manutenção
EMPRESA MANUTENÇÃO PREVENTIVA VEÍCULOS A
MARCA MODELO ANO IDENTIFICAÇÃO VELOCÍMETRO
SERVIÇO Á EXECUTAR
MOTOR (VEÍCULO E EQUIPAMENTO
ESTACIONÁRIO)
- MOLAS DA SUSPENSÃO - Verificar molas quanto
a quebras e arqueamento. Examinar braçadeiras, jumelos,
- FILTRO DE AR COM ELEMENTO DE PAPEL - montanheiras, pinos e espigões.
Limpar coletor de pó e elemento filtrante (substituí-lo se
necessário). Verificar estado do tubo de admissão e - MOLAS DA SUSPENSÃO - Reapertar grampos e
reapertar braçadeiras. algemas.
- INDICADOR MANUTENÇÃO DO FILTRO DE AR - AMORTECEDORES - Verificar fixação,
- Verificar atuação. (1) funcionamento e eventuais vazamentos.
- RADIADOR - Verificar: Limpeza, vazamentos, - PORCA DAS RODAS E ESTOJOS DOS SEMI-
mangueiras e tampa. Re-apertar braçadeiras. Trocar água EIXOS - Reapertar
e colocar fluido anti-corrosivo.
- DIFERENCIAL (Caminhões Mercedes Benz) -
- CORREIAS - Examinar o estado, esticá-las se Regular o parafuso de encosto da coroa.
necessário.
- REDUZIDA - Verificar funcionamento.
- DISPOSITIVOS DE VENTILAÇÃO DO CÁRTER -
Examinar e limpar. - CAIXA DE CAMBIO E DIFERENCIAL - Limpar
respiro, reapertar parafusos.
- VELA AQUECEDORA (se houver) - Verificar
funcionamento. (1) - ÁRVORE DE TRANSMISSÃO - Verificar folgas e
desgastes das luvas deslizantes e cruzetas (lubrificar)
- SISTEMA DE ACELERAÇÃO - Verificar estado e
funcionamento. Ajustar comando do acelerado. - GUARDAPÓS E PROTEÇÕES DE TERMINAIS -
Verificar vedação e estado.
- FREIO MOTOR (se houver) - Verificar estado e
funcionamento. Lubrificar tirantes e articulações. - TANQUE DE COMBUSTÍVEL - Examinar estado e
Regular. verificar suportes.
- CABOS DE VELAS – Verificar integridade e testar - VERIFICAR NÍVEL – Óleo do caixa de mudanças.
fixação. Examinar condição dos contatos na vela e na - VERIFICAR NÍVEL – Óleo da caixa de reduzida.
bobina.
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo do diferencial.
- VELAS- Verificar estado e calibrar a folga. Se
necessário, trocar as velas. - Lavagem geral e lubrificação do veículo.
SERVIÇO Á EXECUTAR
MOTOR (VEÍCULO E EQUIPAMENTO - MANGAS DE EIXO - Verificar e revisar o
ESTACIONÁRIO) embuchamento.
- SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE
COMBUSTÍVEL – Verificar estado geral do tanque de - CUBOS DAS RODAS - Verificar rolamentos, trocar
combustível. Drenar água e sedimentos do tanque e graxa/óleo e retentores. Regular folgas.
limpar a tela de filtragem. - MOLAS DA SUSPENSÃO - Verificar molas quanto
- FILTRO DE AR COM ELEMENTO DE PAPEL - a quebras e arqueamento. Examinar braçadeiras, jumelos,
Limpar coletor de pó e elemento filtrante (substituí-lo se montanheiras, pinos e espigões.
necessário). Verificar estado do tubo de admissão e - MOLAS DA SUSPENSÃO - Reapertar grampos e
reapertar braçadeiras. algemas.
- INDICADOR MANUTENÇÃO DO FILTRO DE AR - SUPORTE CENTRAL DAS MOLAS TRAZEIRAS
- Verificar atuação. (1) (para veículos com 3o eixo e rolamento central) – Retirar
- RADIADOR - Verificar: Limpeza, vazamentos, tampa, ajustar rolamento, completar nível.
mangueiras e tampa. Re-apertar braçadeiras. Trocar água - AMORTECEDORES - Verificar fixação,
e colocar fluido anti-corrosivo. funcionamento e eventuais vazamentos.
- CORREIAS - Examinar o estado, esticá-las se - PORCA DAS RODAS E ESTOJOS DOS SEMI-
necessário. EIXOS - Reapertar
- DISPOSITIVOS DE VENTILAÇÃO DO CÁRTER - - DIFERENCIAL (quando necessário, caminhões
Examinar e limpar. Mercedes Benz) - Regular o parafuso de encosto da
- PARAFUZOS DO CABEÇOTE – Aperto geral com coroa.
aplicação dos torques específicos. - REDUZIDA - Verificar funcionamento.
- VELA AQUECEDORA (se houver) - Verificar - CAIXA DE CAMBIO E DIFERENCIAL - Limpar
funcionamento. (1) respiro, reapertar parafusos.
- SISTEMA DE ACELERAÇÃO - Verificar estado e - ÁRVORE DE TRANSMISSÃO - Verificar folgas e
funcionamento. Ajustar comando do acelerado. desgastes das luvas deslizantes e cruzetas e lubrificar.
- FREIO MOTOR (se houver) - Verificar estado e Verificar aperto dos parafusos das cruzetas, flanges,
funcionamento. Lubrificar tirantes e articulações. cardãs e rolamento de centro.
Regular. - GUARDAPÓS E PROTEÇÕES DE TERMINAIS -
- SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO – Verificar bomba Verificar vedação e estado. Trocar se necessário.
d’água, válvula termostática e intercambiador de calor. - TANQUE DE COMBUSTÍVEL - Examinar estado e
Eliminar vazamentos. verificar suportes. Atenção a possíveis vazamentos nas
- ALARME DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO emendas. Reapertar parafusos dos suportes.
(se houver) - Verificar funcionamento da luz e da cigarra. - SILENCIOSO - Verificar estado e fixação.
- VAZAMENTOS – Verificar e eliminar vazamentos e - VAZAMENTOS - Verificar e eliminar vazamentos
evaporações de combustível e lubrificante. de água, óleo e combustível.
- REAPERTO GERAL DOS PARAFUSOS DE
CHASSI (VEÍCULOS) FIXAÇÃO DOS COMPONENTES DO CHASSI.
77
- Desmontar tambores e verificar sapatas e cilindros - ALTERNADOR – Verificar funcionamento e apertar
hidráulicos. parafuso dos cabos.
- Regular a folga do pedal e verificar funcionamento
dos freios.
CARROCERIA E CABINE
- SISTEMA A VÁCUO - Limpar filtro de ar do
- GRAMPOS DE FIXAÇÃO DA CARROCERIA E
hidrovácuo, inspecionar as conexões e linhas, apertando-
CHASSI - Verificar e reapertar.
as se necessário.
- CARROCERIA - Verificar tampas laterais, assoalho,
- SISTEMA PNEUMÁTICO - Verificar a
travas da tampa e examinar funcionamento das catracas e
estanqueidade e estado dos reservatórios de ar
cabos.
comprimido, válvulas pneumáticas e guarda-pós do
hidrovácuo e servo-freio, Drenar a água dos - CABINA - Verificar e lubrificar dobradiças e trincos
reservatórios. das portas e capô. Desobstruir orifícios de drenagem das
portas. Verificar apoio dos braços, tampa do volante,
- SISTEMA PNEUMÁTICO - Verificar estado e
pára-barros e balizas.
aperto dos tubos flexíveis entre o compressor de ar e o
regulador de pressão. - Verificar letreiros, logotipos e numeração.
- SISTEMA PNEUMÁTICO - REGULADOR
AUTOMÁTICO (se houver) - Medir o curso da haste do
êmbolo do cilindro combinado e do cilindro da BORRACHARIA
membrana. - PNEUS- Verificar A necessidade de rodízio de pneus.
- FREIO DE ESTACIONAMENTO - Lubrificar as Verificar desgaste da banda de rodagem e avarias na
articulações dos liames e cabos. Testar e ajustar se banda lateral. Substituir pneus inadequados.
necessário. - COMBINAÇÃO DE PNEUS – Verificar a
- FREIO DE ESTACIONAMENTO PNEUMÁTICO - combinação das duplas de pneus. Corrigir as
Verificar funcionamento geral do sistema. irregularidades.
- CALIBAGEM – Calibrar os pneus verificando a
estanqueidade das válvulas. Colocar tampas nas válvulas.
SISTEMA DE DIREÇÃO
- CAIXA DE DIREÇÃO - Verificar a existência de
vazamentos e examinar nível de óleo, completar se CONTROLE DE FUNCIONAMENTO
necessário. - Verificar e corrigir funcionamento de faróis (alto e
- Verificar funcionamento e examinar o estado das baixo), lanternas, luz de freio, luz de anti-colisão, luz da
barras, braço intermediário e terminais. cabine e luzes do painel.
- Examinar todo o sistema quanto a folga e aperto dos - Verificar funcionamento do lavador e limpador de
parafusos e porcas pára-brisas. Examinar estado das palhetas e hastes.
- BOMBA DIREÇÃO HIDRÁULICA - Examinar - Verificar fixação e estado dos espelhos retrovisores.
estado e ajustar a tensão de correia. Verificar nível de - Verificar funcionamento do odômetro e/ou horímetro.
fluido. Reparar se necessário.
- ALINHAMENTO DAS RODAS – Verificar e - Verificar funcionamento dos registros de manobra
corrigir se necessário. (QTU/QTA). Reparar se necessário.
- Verificar funcionamento dos manômetros.
SISTEMA ELÉTRICO
- BATERIA - Verificar nível. Limpar terminais e SERVIÇO DE TROCA DE ÓLEO E LAVAGEM
passar vaselina. Verificar integridade dos cabos.
- FICHA DE CONTROLE – Verificar a necessidade de
- MOTOR DE PARTIDA - Verificar funcionamento. troca de óleo e substituir filtros. Conferir preenchimento
Reapertar cabos e parafusos. da ficha e corrigir irregularidades.
- CABOS DE VELAS – Verificar integridade e testar - VERIFICAR NÍVEL – Óleo do motor.
fixação. Examinar condição dos contatos na vela e na
bobina. - VERIFICAR NÍVEL – Óleo do caixa de mudanças.
- VELAS- Verificar estado e calibrar a folga. Se - VERIFICAR NÍVEL – Óleo da caixa de reduzida.
necessário, trocar as velas.
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo do diferencial.
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- Lavagem geral e lubrificação do veículo. OBSERVAÇÕES: ________________________
________________________________________
________________________________________
CONTROLE FINAL ________________________________________
- Verificar carga dos extintores de incêndio. ________________________________________
________________________________________
- Conferir documentação do veículo e examinar as
________________________________________
placas de licença.
________________________________________
- Realizar teste de rodagem ________________________________________
________________________________________
- Atualizar a Ficha de Acompanhamento do Veículo ou
Equipamento. ________________________________________
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EMPRESA MANUTENÇÃO PREVENTIVA VEÍCULOS C
MARCA MODELO ANO IDENTIFICAÇÃO VELOCÍMETRO
SERVIÇO Á EXECUTAR
MOTOR (VEÍCULO E EQUIPAMENTO - FREIO MOTOR (se houver) - Verificar estado e
ESTACIONÁRIO) funcionamento. Lubrificar tirantes e articulações.
- PRÉ FILTRO DE COMBUSTÍVEL – Limpar Regular.
elemento filtrante.
- BOMBA D’AGUA– Trocar reparo a cada duas
- FILTRP DE AR A BANHO DE ÓLEO (se houver) – revisões
Trocar óleo e lavar o filtro. Verificar estado do tubo de
admissão e apertar braçadeiras. - SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO – Verificar bomba
d’água, válvula termostática e intercambiador de calor.
- SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE Eliminar vazamentos.
COMBUSTÍVEL – Verificar estado geral do tanque de
combustível. Drenar água e sedimentos do tanque e - ALARME DO SISTEMA DE ARREFECIMENTO
limpar a tela de filtragem. (se houver) - Verificar funcionamento da luz e da cigarra.
- PARAFUZOS DO CABEÇOTE – Aperto geral com - PINO MESTRE (se houver) - Verificar folga axial.
aplicação dos torques específicos. Instalar calços de aço se a folga exceder a 0,13 mm.
80
- DIFERENCIAL (quando necessário, caminhões SISTEMA DE DIREÇÃO
Mercedes Benz) - Regular o parafuso de encosto da
coroa. - CAIXA DE DIREÇÃO - Verificar a existência de
vazamentos e examinar nível de óleo, completar se
- REDUZIDA - Verificar funcionamento. necessário.
- CAIXA DE CAMBIO E DIFERENCIAL - Limpar - Verificar funcionamento e examinar o estado das
respiro, reapertar parafusos. barras, braço intermediário e terminais.
- ÁRVORE DE TRANSMISSÃO - Verificar folgas e - Examinar todo o sistema quanto a folga e aperto dos
desgastes das luvas deslizantes e cruzetas e lubrificar. parafusos e porcas.
Verificar aperto dos parafusos das cruzetas, flanges,
- Reapertar coluna e braço Pitman, aplicando o torque
cardãs e rolamento de centro.
recomendado.
- GUARDAPÓS E PROTEÇÕES DE TERMINAIS -
Verificar vedação e estado. Trocar se necessário. - DIREÇÃO HIDRÁULICA - Examinar mangueiras e
conexões quanto a vazamentos e apertos. Trocar óleo e
- TANQUE DE COMBUSTÍVEL - Examinar estado e elemento filtrante a cada duas revisões.
verificar suportes. Atenção a possíveis vazamentos nas
emendas. Reapertar parafusos dos suportes. - BOMBA DIREÇÃO HIDRÁULICA - Examinar
estado e ajustar a tensão de correia. Verificar nível de
- SILENCIOSO - Verificar estado e fixação. fluido. Verificar folga do setor e válvulas limitadoras,
ajustar se necessário.
- VAZAMENTOS - Verificar e eliminar vazamentos
de água, óleo e combustível. - ALINHAMENTO DAS RODAS – Verificar e
corrigir se necessário.
- REAPERTO GERAL DOS PARAFUSOS DE
FIXAÇÃO DOS COMPONENTES DO CHASSI.
SISTEMA ELÉTRICO
FREIOS (HIDRÁULICO E PNEUMÁTICO) - BATERIA - Verificar nível. Limpar terminais e
passar vaselina. Verificar integridade dos cabos.
- Verificar o nível do fluído, vazamento e estado das
tubulações. - MOTOR DE PARTIDA – Examinar e limpar coletor
e escovas, substituindo-as se necessário. Limpar e
- Trocar guarnições das sapatas. Verificar estado dos lubrificar pinhão e cremalheira. Lubrificar o mancal do
tambores, retificar ou trocar se necessário. pinhão com algumas gotas de óleo.
- Trocar pastilhas e verificar estado dos discos. - MOTOR DE PARTIDA - Verificar funcionamento.
- Desmontar tambores e verificar sapatas e cilindros Reapertar cabos e parafusos.
hidráulicos. - CABOS DE VELAS – Verificar integridade e testar
- Regular a folga do pedal e verificar funcionamento fixação. Examinar condição dos contatos na vela e na
dos freios. bobina. Se necessário trocar os cabos.
81
BORRACHARIA
OBSERVAÇÕES: ________________________
- PNEUS- Verificar A necessidade de rodízio de pneus. ________________________________________
Verificar desgaste da banda de rodagem e avarias na
________________________________________
banda lateral. Substituir pneus inadequados.
________________________________________
- COMBINAÇÃO DE PNEUS – Verificar a ________________________________________
combinação das duplas de pneus. Corrigir as ________________________________________
irregularidades. ________________________________________
- CALIBAGEM – Calibrar os pneus verificando a ________________________________________
estanqueidade das válvulas. Colocar tampas nas válvulas. ________________________________________
________________________________________
________________________________________
CONTROLE DE FUNCIONAMENTO ________________________________________
________________________________________
- Verificar e corrigir funcionamento de faróis (alto e
baixo), lanternas, luz de freio, luz de anti-colisão, luz da ________________________________________
cabine e luzes do painel. ________________________________________
________________________________________
- Verificar funcionamento do lavador e limpador de ________________________________________
pára-brisas. Examinar estado das palhetas e hastes. ________________________________________
- Verificar funcionamento do mecanismo acionador dos ________________________________________
vidros, canaletas e maçaneta. ________________________________________
________________________________________
- Verificar fixação e estado dos espelhos retrovisores.
________________________________________
- Verificar funcionamento do odômetro e/ou horímetro. ________________________________________
Reparar se necessário. ________________________________________
- Verificar funcionamento dos registros de manobra ________________________________________
(QTU/QTA). Reparar se necessário. ________________________________________
________________________________________
- Verificar funcionamento dos manômetros. ________________________________________
________________________________________
________________________________________
SERVIÇO DE TROCA DE ÓLEO E LAVAGEM ________________________________________
- FICHA DE CONTROLE – Verificar a necessidade de ________________________________________
troca de óleo e substituir filtros. Conferir preenchimento ________________________________________
da ficha e corrigir irregularidades. ________________________________________
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo do motor. ________________________________________
________________________________________
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo do caixa de mudanças. ________________________________________
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo da caixa de reduzida. ________________________________________
________________________________________
- VERIFICAR NÍVEL – Óleo do diferencial. ________________________________________
- Lavagem geral e lubrificação do veículo. ________________________________________
________________________________________
________________________________________
CONTROLE FINAL ________________________________________
________________________________________
- Verificar carga dos extintores de incêndio. ________________________________________
- Conferir documentação do veículo e examinar as ________________________________________
placas de licença. ________________________________________
________________________________________
- Realizar teste de rodagem
________________________________________
- Atualizar a Ficha de Acompanhamento do Veículo ou ________________________________________
Equipamento.
RESPONSÁVEL: PROXIMA REVISÃO:
( ) A, ( ) B, ( ) C
82
Notas e Instruções de preenchimento:
• INÍCIO: Composto de data real de início da Manutenção (pode diferir da data prevista
de parada, por um atraso ou adiantamento da data de início do serviço) e a hora -
Forma: DIA/MÊS/ANO - HORA: MINUTOS.
84
ANEXO.2 – Planilha de Controle de Consumo de Combustível
A elaboração e o uso da Planilha de Controle de Consumo de Combustível será apresentada
por meio de um exemplo. A Tabela A.3.1.
A B
23/08/2001 10.000 km
23/08/2001 10.000 km
25/08/2001 11.100 km 475.
23/08/2001 10.000 km
25/08/2001 11.100 km 1.100 km 475
C D E
23/08/2001 10.000 km
25/08/2001 11.100 km 1.100 km 475 2,3
Analise a evolução do seu consumo (coluna E) pode ser feita acrescentando-se uma coluna
adicional com a referência de consumo informado pelo fabricante para o veículo e/ou
equipamento. Outra opção é compará-lo com o histórico de consumo do veículo e/ou
86
equipamento em busca de falta de conformidade. Se o valor do seu consumo for muito
diferente, estiver variando muito ou diminuindo progressivamente, deve-se investigar o que
está acontecendo. Compare os seus resultados com os de outros veículos e/ou equipamentos
similares da frota, internamente ou externamente à empresa. Procure identificar as causas do
problema, faça um esforço para melhorar seu resultado.
87
ANEXO.3 – FICHAS CADASTRAIS
FICHA CADASTRAL DE VEÍCULOS QUE OPERAM NO AEROPORTO
INTERNACIONAL DO RIO DE JANEIRO
1.PROPRIETÁRIO: DO VEÍCULO ___________________________________________
ANEXO 4 -
3
Marcar se a cilindrada está expressa em centímetros cúbicos (CC) ou litros (L)
4
Marcar se a capacidade está expressa em passageiros (PASS) ou quilogramas (KG)
88
ANEXO 4 – BANCO DE DADOS – ARQUIVO EM MEIO MAGNÉTICO
89
90