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VITÓRIA DA CONQUISTA
2018
ANGÉLICA LUZ SILVA
GILBERTO SOUZA PEREIRA
GLAUBER BOHEMA SOUSA
LUANA SILVA SOUZA
LUIS FERNANDO ANDRADE CHAVES
SERGIO LUIS ARAÚJO ALMEIDA
VITÓRIA DA CONQUISTA
2018
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma análise do filme “Princesa Mononoke” com base
nos pensamentos de Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau no que se refere a
ideia sobre a formação da sociedade. Diante das divergências dos autores sobre o
homem no período anterior à formação da sociedade, sendo a visão de Hobbes a de
um homem que está submetido a um caos e sofrimento e se sente a todo momento
ameaçado, e a visão de Rousseau a de um homem que é bom e livre e que vive em
harmonia com a natureza. A partir dessas duas perspectivas, a análise é realizada de
maneira separada, para que assim seja preservada a originalidade do pensamento de
cada. Este trabalho é separado em três partes: enredo, teóricos e análise. Vale
ressaltar que esse trabalho procura externar os conhecimentos acerca da formação
da sociedade sobre o filme.
This paper presents an analysis of the film "Mononoke-Hime" based on the thoughts
of Thomas Hobbes and Jean-Jacques Rousseau regarding the idea of the formation
of the society. On the differences of the authors about the man in the period before the
formation of the society, being the vision of Hobbes to a man who is subjected to chaos
and suffering and feels all the time threatened, and Rousseau's vision of a man who is
good and free live in harmony with nature. From these two perspectives, the analysis
is carried out separately, so that is preserved the originality of thought of each. This
work is separated into three parts: plot, theory and analysis. It is worth mentioning that
this work seeks to express the knowledge about the formation of the society about the
film.
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
3.1.2 Pensamentos..............................................................................................................................................9
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17
5
1. INTRODUÇÃO
está descobrindo tudo isso, o autor desenvolve a trama com neutralidade tentando
proteger San dos ataques dos humanos e impedindo o embate entre os dois.
3.1.2 Pensamentos
Política:
harmonia, destina a proteger aos mais fracos e desassistidos dos mais fortes. Um na
forma de soberano, um Rei, ou do Estado, é escolhido assim para exercer esse poder.
Essa transferência de poderes se da por meio, então, de um contrato social.
Contrato Social:
O contrato social seria uma opção racional para os indivíduos saírem do estado
natural de guerra de todos contra todos, atribuindo-se ao soberano um poder que seria
capaz, podendo ter imposição até mesmo da força, obrigações para cada indivíduo
respeitar o pacto de convivência, para se ter ordem. Para Hobbes “os pactos sem a
espada não passam de palavras”. O membro da sociedade reconhece o soberano
como dono de direitos iluminados. Sendo o único capaz de fazer respeitar o contrato
social, garantindo a paz e a ordem. Em uma sociedade é necessário que cada
indivíduo abra mão de determinados direitos para o governo, obtendo vantagens da
ordem social, com acordo mútuo de não aniquilação do outro.
Suas obras:
De Cive (Do Cidadão) - 1642: Foi uma trilogia, com o título de “Elementos da
Lei Natural e Política”. Tratou das relações entre a Igreja e o Estado. Para ele a Igreja
Cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que
teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir as questões religiosas e presidir o
culto.
Leviatã (1651) - A mais importante obra, onde defende a monarquia absolutista.
Derivado da visão que ele tinha da sociedade, sempre ameaçada por uma guerra civil,
pois seus integrantes vivem em permanente conflito “uma guerra de tudo contra todos
e todos contra si”. O estado de natureza na sua visão não era harmonioso. O mundo
antigo dos primeiros homens era um mundo de feras, onde “o verdadeiro lobo do
homem era o próprio homem”. Para se chegar a uma sociedade civil, seria necessário
um “contrato social”, onde todos concordassem em transferir direitos, a um só homem,
o soberano, rei, para se deter a violência, pois na visão de Hobbes, só o soberano
seria capaz de por ordem. Tendo ele direitos de impor sua vontade sobre todos para
o bem comum. Não tendo assim, direito a propriedade, nem à vida, nem à liberdade,
que não sejam garantidos pela autoridade real. Rebelar-se contra ela, significa
regredir no reino animal, onde impera sempre a violência, pondo em risco as
conquistas da civilização.
Do Corpore (Do Corpo) 1655 - Obra que tratava sobre reduzir a filosofia ao
estudo dos corpos em movimento.
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Jean Jacques Rousseau dirá que o indivíduo ele não é apenas indivíduo, ele é antes
de ser indivíduo: cidadão. Para Rousseau o homem que se encontra corrompido deve-
se tornar, por meio da educação, um indivíduo ativo na sociedade, assim, o homem
voltaria a ser livre, autêntico e autônomo. A educação, para Rousseau, ela tem o papel
de fazer aflorar a verdadeira natureza humana, que é uma natureza boa.
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O ser, que tem a forma de um javali amaldiçoado, pode ser apontado, de acordo
com o pensamento de Hobbes, como aquele que, buscando sua sobrevivência, é
calculista, por acreditar que o fim da raça humana lhe devolveria à ordem que ora
estava submetido; é interesseiro, por acreditar que a sua vida está acima das dos
outros; e é individualista, por pensar primeiro em sua preservação individual. Daí
pode-se tirar a ideia central de Hobbes: a conservação do próprio indivíduo.
Fica evidente que ambos buscam o poder e que necessariamente para um ter
o outro deverá não possuir, por consequência disso, temos a guerra de todos contra
todos, cuja sentido é expresso na frase celebre de Hobbes, “O homem é lobo do
homem”. Daí surge a figura de Ashitaka, um “leviatã diplomático” – já que ele não
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cada um deveria abrir mão desta vontade individual para pensar em uma vontade
coletiva, o que era melhor para todos.
aqueles que representavam os deuses da floresta. Ambos deveriam ceder para que
houvesse um convívio pacífico.
Referências
ACQUAVIVA, M. C. Teoria Geral do Estado. 3ª. ed. Barueri - SP: Editora Manole
Ltda., 2010.