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Carta Maior:

http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Aprovacao-da-Lei-Orcamentaria-de-
2017/7/37768

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) a Lei


Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2017 (PLN 18/2016), no
valor total de R$ 3,5 trilhões. Esse montante inclui R$ 58,3 bilhões
para o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social; R$ 90 bilhões para
investimentos das estatais; R$ 306,9 bilhões para pagamento de
pessoal na esfera federal; R$ 562,3 bilhões para o Regime Geral da
Previdência; R$ 946,4 bilhões para o refinanciamento da dívida
pública; e R$ 339,1 bilhão para pagamento de juros e encargos da
dívida.

A LOA 2017 é a primeira peça orçamentária sob a vigência da Emenda

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Constitucional 95/2016 (PEC 55/2016), promulgada na manhã desta
quinta-feira, que estabelece limite para o crescimento das despesas
públicas a cada ano. Para o próximo ano, o orçamento cresceu em 7,2%
em comparação com 2016. O valor se refere à estimativa da inflação
deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA).

A votação da lei orçamentária foi rápida e aconteceu de forma


simbólica. O texto havia sido aprovado na última quarta-feira (14) pela
Comissão Mista de Orçamento (CMO). A LOA teve como relator-geral
o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), e o deputado Daniel Vilela
(PMDB-GO) atuou como relator da receita.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso,


celebrou a aprovação da proposta e agradeceu os esforços dos relatores,
das lideranças e da CMO, além de destacar a participação da oposição,
que colaborou para uma "construção de alto nível".

Teto de gastos

O Orçamento prevê que a União encerrará o exercício de 2016 com R$


1,2 trilhão em despesas primárias executadas (as despesas primárias
excluem o pagamento da dívida). Com a incidência do limite de 7,2%

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para o crescimento da despesa, com as regras do novo teto de gastos, a
LOA libera cerca de R$ 1,29 trilhão para despesas primárias no
próximo ano.

Esse número poderá mudar, caso a conta final da despesa de 2016 não
corresponda à expectativa. Nesse caso, o governo terá que fazer um
ajuste na lei orçamentária, através do envio de um projeto cancelando
despesas para trazer o orçamento de 2017 para dentro do limite de
gastos.

Segundo as regras da nova emenda constitucional, o teto incide


individualmente sobre cada um dos três poderes e sobre os órgãos
federais com autonomia orçamentária (como o Ministério Público e o
Tribunal de Contas da União).

Saúde

O Orçamento eleva os recursos para a saúde, principalmente em


relação ao piso constitucional, em relação à proposta orçamentária do
governo. O texto original destinou R$ 105,5 bilhões para o piso, valor
que foi elevado para R$ 115,3 bilhões. O novo valor equivale a 15% da
receita corrente líquida da União (RCL). Para garantir o aumento, o
relator contou com recursos de emendas de deputados e senadores e da
reestimativa líquida de receita, que elevou a arrecadação federal do
próximo ano em R$ 10,1 bilhões.

A ampliação faz parte do acordo que levou à aprovação, no Congresso,


do teto de gastos. A Emenda Constitucional 86, que será revogada pelo
novo regime, estabelece que o piso da saúde será de 15% da RCL a
partir de 2020. O acordo antecipou esse percentual para o próximo
ano. O piso da saúde envolve os recursos mínimos que devem ser
aplicados em ações de saúde pública.

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No entanto, o relator-geral da LOA, Eduardo Braga, alertou para o
risco de o investimento mínimo no setor não ser alcançado no próximo
ano. Segundo o senador, boa parte das verbas para a saúde depende da
repatriação de recursos no exterior, processo que pode levar muito
tempo e levar a um contingenciamento no primeiro semestre do ano.

Créditos da foto: Relatório final do senador Eduardo Braga sobre PLOA 2017

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