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24/01/2017

Avaliação de Investimentos

Antônio Carlos Bertucci

ORÇAMENTO DE CAPITAL
• Conceitos e
importância
do orçamento de capital;

• Técnicas de avaliação e
elaboração;

• Fluxos de caixa e
controle financeiros.

CONCEITO

É o processo de avaliar e selecionar


investimentos a longo prazo consistentes
com a meta da empresa de maximização da
riqueza dos proprietários.

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ORÇAMENTO DE CAPITAL
 Dispêndio de capital: é o dispêndio de fundos
por parte da empresa que se espera que vá
produzir benefícios através de um período de
tempo maior do que um ano.

ETAPAS DO PROCESSO
 Geração da
proposta;

 Discussão e análise;

 Tomada de decisões;

 Implementação;

MOTIVAÇÕES PARA
DISPÊNDIOS DE CAPITAL
 Expansão:
– visar expandir o nível de operações,
normalmente através da aquisição de ativos
imobilizados.

 Substituição:
– quando a empresa atinge a maioridade, os
investimentos em expansão cessam e passam a
ocorrer para a substituição de ativos obsoletos ou
gastos.

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MOTIVAÇÕES PARA
DISPÊNDIOS DE CAPITAL
 Modernização:
– uma alternativa para a substituição pode envolver
a reconstrução, reforma ou potencialização de
ativos já existentes.

 Outros propósitos:
– são gastos que envolvem um comprometimento de
longo prazo na expectativa de futuros resultados.

PROJETOS INDEPENDENTES x PROJETOS


MUTUAMENTE EXCLUDENTES
 Projetos independentes são aqueles cujos fluxos de
caixa não são relacionados ou independentes uns dos
outros. A aceitação de um não elimina os outros de
consideração futura.
 Projetos mutuamente excludentes são aqueles que têm
a mesma função e, por conseguinte, competem uns com
os outros.
 Exemplo: para aumentar a capacidade de produção a
empresa pode:
a) expandir sua planta; ou
b) adquirir outra empresa.

Aplicação de Capital ou Investimento é o fato de


se empregar recursos visando obter benefícios
futuros.

 Abertura de uma nova fábrica


 Lançamento de um novo produto
 Compra de novos equipamentos
 Abertura de uma filial
 Projetos de redução de custos
 Aquisição de uma empresa
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Uma decisão de investimento é composta


em quatro etapas distintas:
1) Levantamento dos dados relevantes do
investimento e montagem do fluxo de caixa
incremental;
2) Definição da taxa de remuneração exigida pelos
investidores em função do custo de oportunidade
do capital e do risco envolvido;
3) Avaliação dos fluxos de caixa do investimento
proposto com a utilização de diversos métodos
quantitativos;
4) Avaliação do risco do sucesso e do insucesso desse
investimento.

Motivos para a realização das propostas de


investimento
 Ampliação ou expansão das atividades: uma rede de lojas que
decide aumentar o número de filiais, uma fábrica de automóveis que
deseja aumentar a produção de seus veículos são exemplos de
expansão das atividades.
 Diversificação de produtos ou das atividades: uma fábrica de
cimento pode estudar o lançamento de uma nova linha de cimentos
para uma aplicação específica, uma empresa siderúrgica pode lançar
uma linha de produtos laminados, revestidos etc.
 Substituição de ativos e modernização: decisões de reformar ou
substituir um equipamento industrial por um novo.
 Outras finalidades: propaganda, pesquisa e desenvolvimento,
serviços de consultoria, aquisição de softwares, desenvolvimento de
novos produtos etc.

Tipos de alternativas de investimento


 Alternativas Mutuamente Excludentes: são aquelas que
possuem a mesma função e são concorrentes entre si.

 Alternativas Dependentes: são aquelas alternativas que


dependem entre si de tal forma que não podem ser analisadas
isoladamente.

 Alternativas Independentes: são aquelas que se distinguem


entre si de tal modo que a aceitação de uma delas não elimina a
aceitação das outras.

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Tipos de alternativas de
investimento

 Investir na compra de novos equipamentos;

 Fazer propaganda institucional da empresa;

 Construir um novo refeitório para os


empregados.
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Racionamento de capital

 Se uma empresa possui


recursos ilimitados para
investimento, é bastante
simples tomar decisões.
 Todas as alternativas
independentes que forneçam
retornos maiores do que um
valor mínimo estabelecido
podem ser aceitas.

TAXA DE RETORNO REQUERIDA PELO


INVESTIMENTO

 A taxa de retorno requerida pelo investimento tem


como fundamento os conceitos de risco e retorno e
para isso procura identificar os efeitos que a
exposição ao risco provoca sobre o retorno exigido
pelos investidores e acionistas e as instituições
financeiras.

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Taxa de retorno requerida pelo


investimento
Custo do capital próprio

Corresponde à rentabilidade que um acionista deseja


obter de remuneração pelo seu capital investido na
empresa.

Custo do capital de terceiros


Corresponde ao custo dos recursos que a empresa
busca nas Instituições Financeiras ou junto ao público
para financiar as suas operações de longo prazo.

Taxa de retorno requerida pelo


investimento

 Capital de terceiros: R$ 6.000.000,00 a 12% a. a.;

 Capital próprio: R$ 4.000.000,00 a 18% a. a.;

 Taxa de retorno requerida por esse investimento (Tr)1:

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CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL


(Taxa Mínima de Atratividade)

Se uma empresa financia suas operações utilizando


uma composição de Capital Próprio e de Capital de
Terceiros é possível fazer uma média do custo
desses capitais para a empresa.

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Desenvolvimento de dados para análise de


investimentos

 Custos Incrementais: os fluxos de caixa de um projeto só devem


refletir as alterações produzidas pelo próprio investimento do
projeto.
 Custos Afundados (Sunk Costs): os fluxos de caixa de um
projeto não podem conter desembolsos já realizados no passado e
que sejam irrecuperáveis.
 Efeitos Colaterais (Canibalismo): os fluxos de caixa de um
projeto só podem conter entradas de caixa que sejam realmente
incrementais.

Componentes principais de um projeto de


investimento

Para o desenvolvimento de uma Análise


Econômica e Financeira de um Projeto é
necessário levantar as seguintes informações:
 Orçamento de Investimento;
 Capital de Giro;
 Receitas ou Benefícios gerados pelo Projeto;

 Custos Operacionais;

 Regime Fiscal incidente sobre o Projeto.

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
 Custo Básico: corresponde principalmente ao valor de aquisição do
equipamento, instalações etc.;

 Custos de Instalação: são custos adicionais necessários para fazer


com que o bem adquirido ou o serviço contratado funcione.
Exemplo: gastos com transporte, montagem, gastos com parada de
produção, assistência técnica etc.;

 Despesas Pré-Operacionais: referem-se às despesas com testes e


start up. Engloba matérias-primas para testes, energia, treinamento
de pessoal etc. Este item de investimento é relevante nos casos de
implantação de grandes instalações ou nos projetos com tecnologia
mais sofisticada.

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ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO

Tipos de orçamento de investimento

Dependendo de sua finalidade, um Orçamento de


Investimento pode ser enquadrado em um dos
seguintes tipos:

Orçamento Preliminar: é o orçamento feito na fase


inicial de estudo de um projeto, como base para
verificação de sua potencialidade.

Orçamento de investimento
Orçamento para Estudo de Viabilidade: engloba
os casos em que as informações disponíveis
permitem desenvolver orçamentos com precisão
aceitável para execução de estudos de viabilidade.

Orçamento Detalhado: é o orçamento feito após o


desdobramento do projeto em subunidades e o
consequente desenvolvimento do projeto detalhado
de cada subunidade.

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CAPITAL DE GIRO

 Estoques de matérias-primas, produtos semi-


elaborados e produtos acabados;

 Créditos
a clientes sob a forma de títulos a receber,
adiantamentos a fornecedores etc.;

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CAPITAL DE GIRO

Prazos de pagamento concedidos pelos


fornecedores e prazos de pagamentos dos
salários, impostos e outros insumos;

Recursos líquidos, ou reserva de caixa e


depósitos em bancos para pagamentos de
despesas mensais.

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CAPITAL DE GIRO

 Estes recursos adicionais são necessários no

início do empreendimento e crescem ou

diminuem conforme o volume das

operações.

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RECEITAS

 As Receitas do empreendimento são as

entradas de caixa resultantes das vendas dos

produtos ou serviços geradas pelo

investimento.

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CUSTOS OPERACIONAIS

 Os Custos Operacionais são os desembolsos de


caixa resultantes do processo de produção dos
bens e serviços tais como, pagamento de mão-de-
obra, gastos com aquisição de matérias-primas,
insumos etc.

 Estes custos podem ser classificados como:

CUSTOS OPERACIONAIS

Custos Fixos: são custos que não dependem do


volume de produção ou de vendas, são
geralmente função do tempo e possuem
características contratuais. Como exemplo,
temos os aluguéis;

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CUSTOS OPERACIONAIS

 Custos Variáveis: estes custos variam


diretamente com o volume de produção ou
de vendas. Como exemplo temos as
matérias-primas, a mão-de-obra direta, as
comissões sobre vendas etc.

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A diminuição de valor dos itens do ativo


imobilizado será registrada periodicamente
nas contas de:

 Depreciação, quando corresponde à perda do


valor dos bens físicos sujeitos a desgastes ou
perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;

Exaustão, quando corresponde à perda do


valor, decorrente da sua exploração, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.

VALOR RESIDUAL

O Valor Residual se refere ao que poderá

ser apurado com a venda do Investimento

Inicial após o término de sua vida útil.

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO DOS PRINCIPAIS


GRUPOS DE ATIVOS

 Vida Útil

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INTANGÍVEIS
 Quando o investimento envolve gastos com aquisição de
direitos de exploração, patentes, licenças, concessões,
prospecção de jazidas ou gastos pré-operacionais ou pré-
industriais relativos a investimentos na aquisição de bens,
a legislação tributária permite que esses desembolsos
sejam amortizados em 5 anos.

REGIME TRIBUTÁRIO DA PESSOA JURÍDICA

A legislação tributária no Brasil estabelece três


tipos de regime tributário sobre o lucro das
empresas.
Regime Simples: o imposto é calculado aplicando-se
uma alíquota progressiva sobre a receita bruta da
empresa.
Regime do Lucro Presumido: o imposto é calculado
aplicando uma alíquota progressiva sobre o lucro
presumido da empresa.
Regime do Lucro Real: o imposto é calculado sobre o
lucro apurado pela confrontação das receitas e despesas
do exercício.

ESTRUTURA DO FLUXO DE CAIXA


OPERACIONAL

Com todas as informações relevantes sobre o

Investimento já levantadas, podemos montar o

Fluxo de Caixa Operacional do projeto.

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COMPONENTES DO
FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa
residual

3.000

Fluxo de entrada de
caixa operacionais

4.000 4.000 4.000 4.000 4.000

0
1 2 3 4 5 6

20.000

Investimento inicial

FLUXOS DE CAIXA RELEVANTES PARA DECISÕES DE


SUBSTITUIÇÃO

Investimento Fluxo de entrada de


Investimento inicial necessário caixa após o IR da
inicial = - liquidação do ativo
para adquirir um ativo novo
velho

Fluxo de entra- Fluxo de entrada de caixa Fluxo de entrada de


da de caixa = operacionais de um ativo novo - caixa operacionais
operacionais de um ativo velho

Fluxo de caixa após o


Fluxo de caixa Fluxo de caixa após o IR da
residual = liquidação de um ativo novo - IR da liquidação
de um ativo velho

OS FLUXOS FINANCEIROS

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ABORDAGEM AO FLUXO FINANCEIRO

PONTO DE VISTA PONTO DE VISTA


DIFERENÇA
ECONÔMICO FINANCEIRO

RECEITAS ENTRADAS CONTAS A


VENDAS
(ENTREGAS/FATURAS) (DINHEIRO RECEBIDO) RECEBER

CUSTO DO PROD. CUSTO DE


PRODUTOS ESTOQUES
VENDIDO PRODUÇÃO

CUSTO DE COMPRAS PAGAMENTOS CONTAS A


FORNECEDORES (FATURAS RECEBIDAS) (DINHEIRO GASTO) PAGAR

PAGAMENTOS A
IMOBILIZAÇÕES
INVESTIMENTOS AMORTIZAÇÃO/ FORNECEDORES
LÍQUIDAS
DEPRECIAÇÃO INSTALAÇÕES

FLUXOS FINANCEIROS
CASH FLOW
- CONTAS A RECEBER LUCRO LÍQUIDO
- ESTOQUES +
+ CONTAS A PAGAR
AMORTIZAÇÃO
= CAIXA DA GESTÂO CORRENTE
+
CAIXA DA GESTÂO CORRENTE DEPRECIAÇÃO
- INVESTIMENTOS +
= CAIXA DA GESTÃO FUNDOS
OPERACIONAL

CAIXA DA GESTÃO CORRENTE CASH FLOW


- DIVIDENDOS
+ AUMENTOS DE CAPITAL
= POSIÇÃO FINANCEIRA LÍQUIDA

CASH FLOW
+ -
VARIAÇÃO
CAPITAL DE
GIRO

=
CAIXA DE GESTÃO CORRENTE

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Valor do
Dinheiro no Fluxo de Caixa
Tempo

Análise de
Investimento

Taxa de Desconto

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Custo de Oportunidade

É a melhor remuneração que seria obtida


em uso alternativo.

Taxa de Desconto

Taxa Mínima de Atratividade ( SELIC, CDI, IGP-M)

Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)


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Etapas na Análise de
Investimentos
1) Projeção dos Fluxos de Caixa
2) Avaliação dos Fluxos de Caixa
3) Cálculo da Taxa de Desconto
4) Escolha da melhor alternativa de
investimento
5) Análise de Sensibilidade

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Técnicas para Avaliação de


Investimento de Capital
 Payback Simples

 Payback Descontado

 Valor Presente Líquido (VPL)

 Taxa Interna de Retorno (TIR)

 Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM)


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PAYBACK Simples

4Calcula o número de períodos que a empresa

leva para recuperar o seu Investimento.

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PERÍODO DE PAYBACK

 É o exato montante de tempo necessário para a


empresa recuperar seu investimento inicial em
um projeto calculado a partir de seus fluxos de
entrada de caixa.
 Corresponde a uma técnica pouco sofisticada
porque não considera explicitamente o valor do
dinheiro no tempo.

PAYBACK DESCONTADO
 É o exato montante de tempo necessário para
a empresa recuperar seu investimento inicial
em um projeto calculado a partir do valor
presente dos fluxos de entrada de caixa
descontados a uma certa taxa.
 Corresponde a uma variação do método
original, como forma de considerar o valor do
dinheiro no tempo.

PAYBACK - TOMADA DE DECISÕES


 Se o período de payback é menor do que o
período de payback máximo aceitável, deve-se
aceitar o projeto.
 Se o período de payback é maior do que o
período de payback máximo aceitável, deve-se
rejeitar o projeto.

OK > > Não OK

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PAYBACK Simples
Calcula o número de períodos que a
empresa leva para recuperar o seu
Investimento.

É fácil e rápido o seu cálculo, embora não


considere os Fluxos de Caixa após o período
de Payback e o valor do dinheiro no tempo.

Os valores de Fluxos de Caixa poderão


ser iguais ou diferentes na sucessão de
períodos.
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PAYBACK Descontado

O método do PAYBACK pode, também, ser


aprimorado quando incluímos o conceito do
valor do dinheiro no tempo. Isso é feito no
método do PAYBACK DESCONTADO que
calcula o tempo de PAYBACK ajustando os
fluxos de caixa por uma taxa de desconto.

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VALOR PRESENTE LÍQUIDO


Consiste em se calcular o valor atual do
fluxo de caixa projetado e deduzir o
investimento líquido, que é o desembolso de
caixa no momento zero.

 Expressão em inglês: NPV (Net Present


Value).

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Valor Presente Líquido (VPL)


 É o resultado da diferença entre o valor dos Fluxos de
Caixa trazidos ao período inicial e o valor do Investimento.

VPL = VP FL CX - Io
n
FL . CX . t - Io
VPL =
t = 0
∑ ( 1 +i ) t

VPL > 0
A empresa estaria obtendo um retorno maior que o retorno mínimo
exigido; aprovaria o projeto;
VPL = 0
A empresa estaria obtendo um retorno exatamente igual ao retorno
mínimo exigido; seria indiferente em relação ao projeto;
VPL < 0
A empresa estaria obtendo um retorno menor que o retorno mínimo
exigido; reprovaria o projeto.
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VALOR PRESENTE LÍQUIDO


• As Entradas e Saídas de Caixa devem ser transformadas em
valores financeiros para uma mesma data.

• O Valor Presente Líquido reflete o resultado obtido após o


confronto de todas as Entradas e Saídas de Caixa.

VPL - CRITÉRIO DE
DECISÃO
Um projeto é viável quando:

VPL ≥ 0
Ou seja: os retornos de investimento remuneram
a empresa a uma taxa igual ou maior que a
taxa mínima exigida.

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Taxa Interna de Retorno (TIR )


 É a taxa de desconto que torna o VPL dos Fluxos
de Caixa igual a zero

VPL FL CX = 0
n
FL . CX
∑ (1 + TIR )
t
t
= 0
t = 0

É a taxa de retorno do Investimento a ser realizado em


função dos Fluxos de Caixa projetados para o futuro.
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TAXA INTERNA DE RETORNO

• É o processo que estabelece a rentabilidade efetiva de um


projeto.

• Corresponde ao cálculo da taxa de desconto que torna nulo o


valor atual líquido do investimento, ou seja, que torna o VPL
igual a zero.

=0

TAXA INTERNA DE RETORNO

• Expressão em inglês: IRR (Internal Return Rate).

• Pressupõe que tanto os fluxos de caixa positivos como os


negativos são descontados a mesma taxa

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Critério de Aceitação do Projeto


TIR > TRR:
 A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno
maior que a taxa de retorno mínima exigida;
aprovaria o projeto;

TIR = TRR:
 A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno
exatamente igual à taxa de retorno mínima
exigida; seria indiferente em relação ao projeto;

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Critério de Aceitação do Projeto

TIR < Taxa Mínima:


i A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno
menor que a taxa de retorno mínima exigida;
reprovaria o projeto.

Observação: A utilização da TIR produz resultados


equivalentes à do VPL na grande maioria dos casos. No entanto,
o cálculo da TIR pode apresentar problemas algébricos e
depende de hipóteses que nem sempre são verdadeiras. Por essa
razão, a teoria considera o VPL como método superior à TIR.
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Conceito de Capital

EMPRÉSTIMOS

ATIVO OPERACIONAL
LÍQUIDO = +
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

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Custo de Capital

Empréstimos (D)
Kd (%)
$

Ativo
Operacional
Líquido

Ke (%) Capital Próprio (E)


$

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Custo de Capital
WACC - Weighted Average Cost of Capital
CMPC - Custo Médio Ponderado de Capital

WACC = Ke E + Kd D
D+E D+E

Ke = Custo do Capital Próprio


D = Endividamento
Kd = Custo do Endividamento
E = Equity ( Patrimônio Líquido )
T = Alíquota de Imposto de Renda/Contribuição Social

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Custo de Capital
Fonte Part.(%) Custo (%) Resultado

Capital Próprio 60 20 1.200

Empréstimos 40 15(*) 600

Total 100 1.800

WACC = 1.800/100 = 18,0%

(*) Líquido de Impostos

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Custo de Capital (WACC)

 É a taxa de desconto que deve ser


aplicada para se calcular o valor
presente de um Projeto ou Negócio

É a taxa referencial contra a qual a taxa


interna de retorno deve ser comparada

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Balanço Patrimonial Ajustado

T Origens
Aplicações W
Dívida (D)
Custo: Juros ( Kd )
I A
Ativos Líquidos Capital Próprio
( AC + AP – PC* ) (E)
R Custo: remuneração C
* Exceto financiamentos dos acionistas
( Ke ) C
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Custo de Capital (WACC)

A Empresa só proporciona retorno aos seus


proprietários quando a taxa interna de retorno ( TIR )
que seus Ativos Líquidos proporcionam for superior
ao WACC.

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Custo do Empréstimo
Kd = K x ( 1- T )
Kd = Custo do capital de terceiros após os impostos
K = Custo do capital de terceiros antes dos impostos
T = Alíquota dos impostos

EXEMPLO:
A Cia HBC possui um custo de capital de terceiros antes dos efeitos
tributários de 20% oriundo do lançamento de debêntures sendo sua
alíquota de impostos de 40% ( IR + CS ).

Kd = 20% x ( 1 - 0,40 ) = 12,0%


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Custo do Empréstimo
Benefício Fiscal - Exemplo:

Lucro Operacional 6.000 6.000


Desp. Financeiras 0 2.000(*)
LAIR 6.000 4.000
IR + CS (40%) 2.400 1.600
Lucro Líquido 3.600 2.400

(*) 20% de $10.000

Economia de imposto: $ 2.400 - 1.600 = $ 800

$ 2.000 - $ 800 = $ 1.200


12,0% = 20% x ( 1 - 0,40 )

12,0% de $ 10.000
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Cálculo do WACC
Etapas
 Cálculo do Custo dos Empréstimos ( Dívidas )

1. Cálculo do Custo das Ações Ordinárias

2. Cálculo do Custo das Ações Preferenciais

3. Determinação da ( % ) de cada Fonte de Capital

4. Ponderação dos itens acima.

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Cálculo do WACC
Exemplo:
Calcular o WACC da empresa HBC considerando
a seguinte estrutura de capital:
Empréstimo = 30%; Preferencial = 10%
e Ordinária = 60%.

WACC = WdKd + WpKp + WsKs

= 0,30{(20%)(0,60)} + 0,10(11,9%) + 0,60(22,1%)


= 3,60% + 1,19% + 13,3%
= 18,09%

74

MÉTODOS DE ORÇAMENTO DE
CAPITAL COM RISCO

• Risco x retorno
• Abordagem equivalente à certeza
• Análise de sensibilidade e de cenário
• CAPM
• Risco Beta

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RISCO

 Representa a capacidade de mensurar o


estado de incerteza através do
conhecimento de das probabilidades
associados à ocorrência de determinados
resultados ou valores.
 Em sentido mais básico, representa a
chance de perda financeira.

TIPOS DE RISCO
 Diversificável (não-sistemático):

 representa a porção de risco de um ativo que é


associada a causas que não fazem dizem respeito ao
mesmo.

 São causas atribuíveis a eventos específicos da


empresa (greves, processos, ações
regulamentadoras, etc.).

TIPOS DE RISCO
 Não-diversificável (sistemático):

– representa a porção de risco de um ativo que é


atribuível a fatores do mercado que afetam
todas as empresas;

– Exemplos: guerra, inflação, política econômica


governamental, eventos políticos, etc.

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RETORNO
 Consiste no total de ganhos ou perdas
ocorridos através de um dado período de
tempo.
 É comumente mensurado como a variação no
valor mais quaisquer distribuições de caixa
durante o período, expresso como uma
percentagem do valor de investimento de início
do período.

RETORNO

Onde:
Kt = taxa de retorno durante o período real, esperada ou exigida.
Pt = preço (valor) do ativo no tempo t.
Pt-1 = preço (valor) do ativo no tempo t -1.
Ct = caixa (fluxo) recebido do investimento do ativo no período
de tempo t-1 a t.

EXEMPLO:
 Apuração de retorno entre duas máquinas:

– Máquina A: adquirida há 01 ano, no valor de


$20.000, tendo atualmente um valor de mercado
de $21.500. Receita gerada $800.

– Máquina B: adquirida há 04 anos. Atualmente o


seu valor caiu de $12.000 para $11.800. Durante
o ano, gerou $1.700 de receitas.

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EXEMPLO:
Máquina A:

Máquina B:

AVERSÃO AO RISCO
 De um modo geral, é uníssona a idéia de
procurar evitar o risco. A maioria dos
administradores tem aversão ao risco -
para um certo aumento no risco, em
contrapartida, exige-se um aumento no
retorno.

AVALIAÇÃO DE RISCO
Como forma de minimizar o risco pode-se
utilizar análise como:

 equivalentes de certeza;
 análise de sensibilidade;
 análise do cenário;
 árvore de decisão.

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CUSTO DO CAPITAL
Modelo para decisões de
investimento
Medida de rentabilidade
Recursos internos x
recursos externos
Risco e custo de capital
CAPM e custo de capital
Graus de alavancagem

CONCEITO
 O custo de capital é a taxa de retorno que
uma empresa deve obter sobre seus projetos
de investimentos para manter o valor de
mercado de suas ações.
 Pode também ser considerado como a taxa de
retorno exigida pelos fornecedores de capital
do mercado para atrair seus fundos para a
empresa.

FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO


PRAZO

Balanço Patrimonial

Passivo Circulante
Capital de
terceiros
Dívida a Longo Prazo
Ativos Capital
Patrimônio Líquido Capital total
Ações Preferenciais Capital Longo
Ações ordinárias Próprio Prazo
Lucros retidos

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RECURSOS INTERNOS X RECURSOS


EXTERNOS?
Característica: Ações: Dívidas:

Rendimento Dividendos Juros

Tratamento fiscal Tributados como Tributados como


rendimento de rendimento de
pessoa física. Não pessoa física. Os
são tratados como juros são tratados
despesas da pessoa como despesas da
jurídica. pessoa jurídica.
São dedutíveis
Controle Ações ordinárias do IR. restrições
Apenas
dão direito a voto. contratuais.

RECURSOS INTERNOS X RECURSOS


EXTERNOS?
Característica: Ações: Dívidas:

Inadimplência As empresas não se As dívidas são pas-


tornam inadimplen- sivos da empresa. A
tes por deixar de pa- falta de pagamento
gar dividendos. resulta na falência.

O tratamento fiscal favorece as dívidas, mas


o aspecto inadimplência é favorável às ações.
Resumo: As características em termos de controle são
distintas, mas nenhuma das duas
alternativas é superior neste aspecto.

TIR versus VPL


 Pontos de convergência:
 Ambos os métodos proporcionam o mesmo sinal
de aceitação ou de rejeição, análises onde se avalie
propostas únicas.
 Pontos de divergência:
 Taxa de reinvestimento dos fluxos intermediários.
 Escala do investimento.
 Taxas múltiplas de retorno.
 Taxa de retorno inexistente
 Não aditividade das taxas.

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