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Curso de Graduação – Faculdade de Engenharia Mecânica/UNICAMP
*E-mail do autor correspondente: g095757@dac.unicamp.br
RESUMO: Este artigo tem o objetivo de analisar a condição do asfalto dentro da área de Barão Geraldo
as relações com os principais danos encontrados nos componentes das suspensões de automóveis. O
trabalho consistiu em utilizar um equipamento semelhante a um sismógrafo para avaliar a condição de
algumas ruas (escolhidas pelo grupo) na região de Barão Geraldo. Após isso utilizou-se conhecimentos
de mecânica automotiva para determinar quais peças de sistemas de suspensão comum são mais
susceptíveis as danos críticos
Existem vários tipos de asfalto, o CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo (Ex. CAP-20, CAP-70)); o
ADP (Asfalto Diluído de Petróleo (Ex. CM-30, CR-250)) e a Emulsão Asfáltica (Ex. RR-2C, RM-1C);
entre outros. Dentro da engenharia rodoviária, cada tipo de asfalto se destina a um fim. Por exemplo: o
ADP é utilizado para a imprimação (impermeabilização) da base dos pavimentos. Por outro lado, o CAP
e as emulsões asfálticas são constituintes das camadas de rolamento das rodovias, de maneira que o CAP
entra como constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão como o CBUQ - Concreto
Betuminoso Usinado a Quente - ao passo que as emulsões asfálticas são constituintes dos revestimentos
de médio e baixo padrão, como os pré-misturados a frio e a quente (PMF e PMQ) e os tratamentos
superficiais, as lamas asfálticas e micro asfalto (BERNUCCI et al 2008). Cabe ressaltar que a adoção de
um revestimento de alto, médio ou baixo padrão leva em conta aspectos como: número e tipo
de veículos pesados que transitam/ transitarão na rodovia; vida útil adotada para o pavimento;
disponibilidade de material; composição das camadas inferiores do pavimento, entre outros.
Para a realização da parte experimental, foi montado um sismógrafo simples adaptado, que foi
direcionado para o uso em movimento, instalado em um automóvel. Com o movimento do veículo, seria
registrada em um gráfico a oscilação vertical do pavimento, ou seja, seriam registradas as irregularidades
da via. O sismógrafo foi fixado no painel de um modelo Chevrolet Astra Sedan ano 2007 (configuração
original). Foram realizadas as medições, em uma via em bom estado (Avenida Dr. Romeu Tórtima) e
algumas ruas em estado de conservação visivelmente precário, com a ocorrência de buracos, valas,
trincas e remendos mal dimensionados. O veículo trafegou por 100m em cada via, à uma velocidade
aproximadamente constante de 30km/h (limite da via: 40km/h). A Figura 1 apresenta os resultados para
a Avenida.
Os gráficos possuem uma escala de 1:500, por isso até a via de controle, Avenida Romeu Tórtima,
apresenta várias oscilações (Figura 1). As ruas escolhidas foram R. Catharina Signori Vicentin (Figura 2)
e R. Doutor Luciano Venere Decourt (Figura 3), ambas localizadas próximas à via de controle (Av.
Romeu Tórtima). Nota-se que a discrepância entre as duas ruas e a via de controle é enorme, e a
velocidade ainda foi muito baixa, se comparada à velocidade usual.
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Revista Ciências do Ambiente On-Line Março, 2012 Volume 8, Número 1
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
RAO, Singiresu, Vibrações Mecânicas. 4a Ed. Editora Pearson: Prentice Hall, 2009, 424p.
BERNUCCI, Liedi B; DA MOTTA, Laura M. G.; CERATTI, JORGE A. P.; SOARES, Jorge B.
Pavimentação Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros. Rio de Janeiro, 2008.
JUNIOR, Charles C. Roberts. Automotive Suspension Failures. Disponivel em
http://www.croberts.com/susp.htm acessado em 28 nov. 2011
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