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RIO - A professora de redação Carolina Pavanelli, da rede de ensino Eleva Educação, escreveu uma

redação com o tema proposto pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, "A
persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira".

MAIS MARIAS, MENOS AMÉLIAS

"Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia que era mulher de verdade". Com esses versos, na
primeira metade do século XX, Mario Lago imortalizou uma visão há muito perpetuada: a da mulher
obediente, subjugada, do lar. Décadas depois, Milton Nascimento criou uma protagonista diferente:
"Maria" era forte e batalhadora. Essa mudança, condizente com o ideário da época, não trouxe,
porém, grandes reflexos no que tange à mulher: ela continua sendo vista como inferior e vítima de
violência. É preciso entender as manifestações desse mal, a fim de combatê-lo.

Primeiramente, é vital abordar a violência física contra a mulher: vivemos em uma sociedade
historicamente patriarcal, que enraizou a imagem de inferioridade delas em relação aos homens. Isso
faz com que mulheres ainda sejam espancadas por seus parceiros e não os denunciem, ou por medo
de ameaças, ou por acreditarem que isso faz parte do amor, em uma sociedade que romantiza "50
tons de cinza". Além disso, é visível a perpetuação da cultura do estupro, que culpabiliza a vítima por
usar determinados trajes ou ter certas atitudes, em uma inversão de valores típica do contexto
brasileiro.

Em segundo lugar, não se pode esquecer da violência moral, ou seja, que denigre a imagem de uma
pessoa. Com a perpetuação da internet, são inúmeros os casos de mulheres que têm fotos e vídeos
íntimos compartilhados sem autorização, o que ratifica a objetificação do corpo feminino. Logo,
engana-se quem pensa que a violência é somente física. A partir do momento em que se aceita que a
presidenta seja rudemente xingada em uma manifestação, ou que mulheres ainda recebam salários
menores que os homens, esse tipo imoral ganha contornos assustadores.

Portanto, fica claro que a violência contra a mulher no Brasil existe em muitos níveis. Como na
natureza, em que nada se cria, tudo se transforma, é preciso um esforço mútuo para transformar essa
realidade. Cabe ao governo fortalecer a Lei Maria da Penha, com mais fiscalização e rigor nas penas.
ONGs, por sua vez, devem denunciar abusos contra a mulher a partir de campanhas de
conscientização. Já a escola deve propagar a igualdade de gêneros, já proclamada em programas
como "He or She", da ONU. Só assim, Amélias virarão coadjuvantes em um cenário onde Marias
prevalecem e pode, de fato, viver livres de violência - e a estranha mania de ter fé na vida não
parecerá tão estranha assim.

Estupro: como prevenir esse crime?


Página 3 Pedagogia & Comunicação
01/06/201607h14
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 Avener Prado/Folhapress

Manifestantes colam cartazes contra machismo e violência sexual no tapume que cerca obras no Masp, na
avenida Paulista, região central de São Paulo.

No mês de maio passado, a notícia de um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro chocou o Brasil
e o mundo, provocando as mais diversas manifestações de indignação. Independentemente da forma
como ocorre, o estupro não é um problema exclusivamente brasileiro. Um caso coletivo ocorreu na
Índia em 2012 e uma especialista norte-americana no tema já chamou esse tipo de violência contra a
mulher de "epidemia social" nos Estados Unidos, o que talvez corresponda ao que esteja sendo
chamado aqui de "cultura do estupro". Sobre a existência da violência sexual contra a mulher ser um
fato concreto e frequente estão todos de acordo. Já a sobre a maneira de lidar com o crime há
bastante controvérsia. Há quem defenda a educação e a mudança da mentalidade machista, além da
punição convencional dos culpados: a reclusão por tempo variável (mínimo de seis, máximo de 30
anos). Há quem vá além, propondo soluções mais radicais, como a castração química. Como você
encara essa questão? Qual lhe parece o modo certo de lidar com o problema? Por quê? Não deixe de
ler os textos da coletânea que podem ajudá-lo a refletir sobre o assunto.

Cultura do estupro - Entrevista Juliana de Faria


Juliana de Faria é uma das fundadoras do coletivo feminista Think Olga, que ficou conhecido pelas
campanhas contra o assédio sexual "Chega de fiu fiu" e "Meu primeiro assédio". Em entrevista ao
jornal o "Estado de S. Paulo", ela defende que crimes extremos como o estupro coletivo de uma
menina de 16 anos, ocorrido no Rio, começam com pequenos atos e comportamentos que legitimam
a violência contra a mulher - a chamada "cultura do estupro".
Para Juliana, as campanhas são fundamentais para combater essa "cultura", por mostrar que não há
machismo inofensivo.
Rotular a menina que sofreu estupro no Rio como "drogada", como foi visto nas redes sociais,
é mais uma forma de violência?
Certamente. A culpabilização da vítima é um aspecto central da "cultura do estupro". Esses apelos
moralistas são uma forma de legitimar a violência. Sabemos que não importa quem é a vítima, ou o
que ela faz: se ela foi estuprada, isso é um crime, e ponto final. Mas sempre há uma tendência a
culpá-la.
[UOL Notícias/Agência Estado]
Educação sexual - Entrevista Sharyn Potter, Universidade de New Hampshire
A sra. já chamou de "epidemia social" a quantidade de estupros nos campi das universidades
americanas, mas que ainda se debate a culpa do agressor.
Uma em cada cinco universitárias já sofreu estupros ou tentativas de abuso sexual, mas ainda se
discute se agressor e vítima não estariam ambos bêbados, se na hora de dançar, a vítima não "deu a
entender" que queria dar mais intimidade ao agressor. Isso deixa milhões de mulheres e também
muitos homens vulneráveis. Professores, colegas, parentes e amigos muitas vezes poderiam frear um
possível abuso sexual, mas se omitem de alguma forma.
O que precisaria mudar na educação sexual de adolescentes e jovens, no momento em que
começam a paquerar e "conquistar" garotas?
É muito tarde se deixarmos para educarmos os homens sobre o respeito às mulheres quando eles já
são adolescentes ou jovens. Tarde demais. Você educa quando eles têm 4, 5, 6 anos. Ensina que
meninos e meninas são iguais, que ambos precisam de respeito. Que em sociedade todos devemos
nos respeitar e ajudar.
Muitas escolas americanas ensinam as crianças desde pequenas a ajudar e salvar um coleguinha
que tem alergia a amendoim. Aprendemos desde pequenos a chamar uma professora, um adulto,
diante de uma reação alérgica. Por que não ensinar que, se uma menina está sendo importunada por
um garoto, nós precisamos agir?
[Folha de S. Paulo]
Castração química
A castração química é uma forma temporária de castração ocasionada por medicamentos hormonais
para reduzir a libido. Diferente da castração cirúrgica, quando os testículos e ovários são removidos
através de incisão no corpo, castração química não castra a pessoa praticamente, e também não é
uma forma de esterilização. É uma medida preventiva ou de punição àqueles que tenham cometido
crimes sexuais violentos. A medida já é adotada em vários estados norte-americanos. Os criminosos
podem se submeter a ela voluntariamente ou obrigatoriamente, em caso de reincidência. Na Grã-
Bretanha, estupradores ou pedófilos que recusam a castração química devem permanecer na prisão.
O método está sendo implantado na França e na Itália. Também tramita projeto de lei sobre a
castração químina no Congresso Nacional brasileiro.
[Wikipedia, adaptado]
Aval à tortura
O estuprador quase nunca é condizente com o imaginário popular e pode ser representado na figura
de qualquer pessoa adulta, até pessoas próximas (familiares, amigos, colegas de trabalho). Entender
estupradores como pessoas com deficiência mental é jogar o problema em um balaio totalmente
equivocado e separá-lo das grandes mazelas machistas que regem a sociedade moderna, como se
qualquer estuprador que não fosse condizente com essa imagem fosse apenas uma pessoa acusada
de forma errônea por uma vítima "claramente culpada" pela violência que sofre. Justamente por isso,
devemos entender que a castração química não é saída para termos menos estupradores em
circulação. O ato do estupro é uma decisão consciente do indivíduo que o pratica.

O próprio Conselho Nacional de Medicina não indica a castração química como tratamento para
controle de crimes sexuais. Segundo a recomendação, o medicamento utilizado para inibição da
libido, o Depo-provera, deveria ser utilizado com uma aplicação ao mês, durante 90 dias, com o
objetivo de apenas conter o desejo sexual exagerado, mas gerando como efeitos colaterais insônia,
convulsões, depressão, tontura, dor de cabeça, nervosismo, sonolência, perda de cabelo, aumento de
pêlos, cansaço, reações no local da injeção, febre, redução da tolerância à glicose, perda de cálcio
dentre outros. Dessa forma, legalizar a castração química é, a rigor, dar o selo de aprovação do
Estado e da sociedade para que a tortura possa ser aplicada a um cidadão, revogando seus direitos
essenciais enquanto ser humano, independente de ser um infrator sexual ou não.
[site Lado M]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
De preferência, dê um título à sua redação.
Envie seu texto até 25 de junho de 2016.
Confira as redações avaliadas a partir de 1 de julho de 2016.
A redação deve ser enviada para o e-mail: bancoderedacoes@uol.com.br
Com base nos textos acima, elabore sua redação sobre o tema "Estupro: como prevenir esse
crime?."
A tecnologia e a eliminação de empregos
Página 3 Pedagogia & Comunicação
28/01/201613h24
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 Divulgação

Cena do filme Eu, Robô, baseado na ficção de Isaac Asimov, em que as máquinas participam de uma
conspiração contra a humanidade
Ninguém desconhece os benefícios proporcionados pelos avanços da tecnologia. Os malefícios, no
entanto, talvez não sejam tão conhecidos, nem tão divulgados. Entre eles, encontra-se certamente o
desaparecimento dos postos de trabalho, isto é, dos empregos, num mundo em que a população é
crescente. A questão foi discutida no Fórum Econômico Mundial, que ocorreu em janeiro de 2016, na
Suíça. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há mais informações sobre isso,
bem como opiniões de especialistas sobre o assunto. Tomando esses fatos como ponto de partida,
produza uma redação sobre como você encara o problema. O que você acha que um panorama como
esse significa para sua futura vida profissional? Você acha que está preparado (ou se preparando)
para enfrentar a situação? Acredita que o desafio pode lhe trazer oportunidades? Ou vê os fatos com
preocupação, perguntando-se se haverá uma solução para o problema? Exponha seu ponto de vista,
apresentando argumentos para sustentá-lo.

Redações corrigidas

Título Nota

Revolução dos robôs? 5,0

Ser humano: a única máquina pensante 10,0


Título Nota

Tecnologia versus humanidade 6,0

Força intelectual 5,5

Evolução robótica amedrontando a sociedade 1,5

O desemprego estrutural nos dias de hoje 3,5

Avanço tecnológico ou crise mundial 3,0

Extinção de empregos, apocalipse em menos de duas décadas 3,0

Tecnorobótica [tecnorrobótica] a disposição de serviços... 2,5

A tecnologia a seu favor 4,0

A evolução da concorrência 2,5

Novos mercados 5,5

Inovar é sempre prejudicial? 2,5

Robôs X Humanos 8,0

(Sem título 093) 2,0

Processo natural 2,0

Alteração dos quadros de empregos 3,5

O criador luta contra o próprio engenho 2,5

Uma nova revolução, um novo avanço! 4,0

Mecanização x Desemprego (novos desafios, novos horizontes) 9,0


Leia a proposta completa
Os textos deste bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada
pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao
Banco de redações. leia a proposta completa clicando aqui.

Revolução dos robôs?


NOTA5,0

Atualmente, vivemos em uma realidade em que a tecnologia está fortemente presente no dia-a-dia dia
a dia da maioria das pessoas. Com um crescimento efusivo e repentino, tornou-se necessário
tal beneficio benefício na sociedade. Mas até que ponto ela é benéfica?
Estudos da Universidade de Oxford indicam que 47% dos empregos no Estados
Unidos estavam ameaçados pelo avanço da robótica. Outro estudo similar se confirma confirma, no
Reino Unido, e isso nos leva a questionamentos sobre nosso futuro. Com a inserção de robôs no
mercado de trabalho, é certo o aumento do desemprego, comprovado por pesquisas, e aumentaria o
nível de exigência profissional para as vagas que exigiriam trabalho e decisões mais "humanizadas",
que ficariam em aberto para disputa.
Além de que aumentaria disso, aumentariam as desigualdades sociais, pois mais uma vez as
empresas sairiam em vantagem, enquanto o proletariado sofreria as consequências do capitalismo
exacerbado.
Porém, se ainda houverem duvidas houver dúvidas, basta lembrar-se do caos e aumento estrondoso
da pobreza que ocorreu na Revolução Industrial, que que,mesmo nos trazendo benefícios atualmente,
teve suas consequências ruins. Basta imaginar uma "Revolução dos Robôs" na nossa realidade atual:
máquinas absurdamente mais sofisticadas que as daquela época. O caos seria bem pior.
Comentário geral
Texto razoável, embora a argumentação, em termos de conteúdo e de realidade histórica, deixe a
desejar. O autor mistura o presente com o futuro próximo, apresenta pesquisas e depois diz que os
fatos são comprovador por... pesquisas, fala de consequências boas e ruins da Revolução Industrial,
provavelmente a primeira, mas não dá sequer um exemplo disso. De qualquer modo, o texto se
desenvolve de acordo com uma estrutura dissertativa e o autor argumenta em favor de seu ponto de
vista, o que é positivo, mesmo que a argumentação e a conclusão estejam misturada.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) A evolução da tecnologia não foi propriamente repentina. b) Se a tecnologia
é apresentada como um benefício necessário, a questão não é se ela é benéfica. O que o autor
parece querer dizer é que, aparentemente, ela é benéfica, mas será que ela traz somente benefícios
ou há malefícios que se escondem por trás da aparência benéfica?
2) Segundo parágrafo: a) estavam, no pretérito imperfeito, não reflete o que a pesquisa demonstra. b)
Outro estudo similar não se confirma: outro estudo mostra dados semelhantes. c) Se já foram
apresentadas as pesquisas que confirmam os fatos, não é necessário dizer que os fatos são
confirmados por pesquisas.
3) Terceiro parágrafo: deve-se ter cuidado ao usar categorias sociológicas, que perdem a validade e
se tornam clichês, quando são apresentadas de um modo simplista, como é o caso aqui.
4) Quarto parágrafo: além de não estabelecer quais foram os benefícios e malefícios da primeira
revolução industrial, o autor parece desconhecer que o que acontece agora é chamado de quarta
revolução industrial e que se trata de um desenvolvimento da primeira. Por que suas consequências
seriam caóticas? O autor não diz. O texto termina de modo inconclusivo.
Competências avaliadas

Itens Nota

Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5

Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto 1,5
dissertativo-argumentativo.

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


0,5
argumentos em defesa de um ponto de vista.

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


1,0
construção da argumentação.

Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito


0,5
aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Nota final

Ser humano: a única máquina pensante


NOTA10,0

Os recentes avanços na tecnologia e a introdução de máquinas e robôs no mercado de trabalho têm


reduzido parte das vagas de emprego disponíveis e aumentado a exigência por trabalhadores
altamente especializados, tornando este um assunto que preocupa milhares de pessoas.

No mundo atual, torna-se imprescindível obter um conhecimento tecnológico e noções básicas de


informática, pois o número de máquinas e robôs realizando atividades anteriormente humanas tende
a aumentar, restando às pessoas, entre outras coisas, a função de regular e fazer manutenções que
garantam a eficiênciadestes desses seres artificiais.
Entretanto, é preciso estar ciente de que a tecnologia surgiu com a finalidade de trazer facilidades
para a vida do homem contemporâneo e essa continua sendo sua principal função. Por esse
motivo, realizar seu uso usá-la de modo consciente e moderado é suficiente para evitar um colapso
nos setores industriais, de serviços e até mesmo no meio agrícola.
Além disso, apesar do de o modo de vida da sociedade atual estar tão conectado à tecnologia, não foi
a partir dela que o ser humano desenvolveu a capacidade de pensar, de se comunicar e a habilidade
de resolver problemas, as quais são características que o definem como um ser único, cujas
limitações não devem ser definidas por máquinas, robôs e aparelhos eletrônicos. Oportunidades de
emprego sempre existirão, principalmente nas esferas que exigem raciocínio lógico profundo e uma
análise racional da situação.
Por fim, pode-se concluir que, as contrário do que muitos imaginam, a tecnologia pode trazer um
desenvolvimento tanto profissional quanto pessoal para cada membro de uma comunidade,
principalmente se essa tecnologia for usada com um mínimo de cautela, pois, assim, há
possibilidade da de a sociedade se ajustar e se remodelar com o intuito do surgimento de novas
opções de emprego em um mundo tão automatizado.
Comentário geral
Pela linguagem correta, com poucos erros e tropeços gramaticais, pela estrutura rigorosamente
dissertativa e por uma argumentação coerente, esse texto merece a nota máxima. Mesmo assim,
algumas ressalvas quanto ao conteúdo poderiam ser feitas: a análise que o autor faz dos fatos tem
pontos que podem ser questionados. Por exemplo, ele traz para o presente os problemas que, como
se vê na coletânea, estão previstos para um futuro próximo. Ele não considera que os empregos que
requerem um alto grau de especialização técnica ou prática não estão ameaçados. Ele não deixa
claro o que quer dizer com uso moderado de tecnologia para evitar um colapso nos setores
industriais, agrícolas e de serviços. Tudo isso, entretanto, deve ser relevado, pois o que se está
avaliando aqui é principalmente a capacidade de o examinando produzir um texto com as
características especificadas na proposta, apresentando um ponto de vista e defendendo-o com
argumentos, de modo claro, coerente e objetivo. Essas metas, o autor cumpriu muito bem. Os
problemas de conteúdo que apontamos talvez só pudessem ser resolvidos por alguém que
conhecesse o tema a fundo, que fosse especializado na questão. Ou seja, não por um estudante do
Ensino Médio. Enfim, enquanto redação escolar, o texto está perfeito.
Competências avaliadas

Itens Nota

Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 2,0

Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto 2,0
dissertativo-argumentativo.

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


2,0
argumentos em defesa de um ponto de vista.

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


2,0
construção da argumentação.

Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito


2,0
aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Itens Nota

Nota final 10,0

Impeachment: razões para ser favorável


NOTA9,0

O Brasil passa atualmente por um novo período de instabilidade política, dado o acatamento do
pedido de impeachment contra a presidente da República Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara
dos Deputados Eduardo Cunha. Com o processo em andamento, o país está dividido entre os pró-
impeachment e os apoiadores do governo.
A decisão de Cunha foi baseada na denúncia feita por Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, dois juristas
de renome. Nela, acusam a presidente Dilma por crimes de responsabilidade fiscal, sendo o mais
relevante dentre eles o uso indevido dos bancos públicos para pagar dividas dívidas governamentais
de forma antecipada,o que é absolutamente restringido pela Lei 101/2000 de acordo com o artigo 38,
que proíbe claramente o uso antecipado de crédito no último ano de mandato. A pena para este crime
é previsto prevista na Constituição e consiste no afastamento do cargo.
A defesa relaciona o acatamento de do pedido de impeachment por Cunha a uma vingança política
contra o PT, pelo fato de o partido ter anunciado que votaria a favor da cassação do parlamentar na
mesma manhã. No entanto, a fundamentação do pedido é jurídica e foi analisada com base nisto, não
tendo a ver com subjetividade, e sim com uma conduta criminosa de Dilma. Embora não tenha sido
provado seu envolvimento concreto no escândalo do Petrolão, a presidente esteve envolvida no
sentido de ter sido chefe da casa civil Casa Civil, uma vez que tendo o cargo executivo, foi o tempo
todo omissa e, desse modo, conivente. Isto Issotorna as condições políticas que configuram crime
igualmente presentes.
Portanto, é necessário que Dilma seja devidamente punida, para que sirva de exemplo da mesma
forma a futuros governantes, a fim de que estes andem sob a Lei, e que além disso possibilite
continuar desenvolvimento-se a democracia sigam a Lei e que, além disso, a democracia continue se
desenvolvendo, resgatando assim o sentimento de justiça e seriedade de que tanto carece o país.
Comentário geral
Texto muito bom. Concorde-se ou não com a tese defendida pelo autor, o fato é que ele soube expor
seu ponto de vista e argumentar para defendê-lo, de modo coerente e coeso. Estruturalmente, o texto
se enquadra perfeitamente no gênero dissertativo-argumentativo, com uma introdução, um
desenvolvimento em que há argumentação (que considera, inclusive, os dois lados da situação), e
uma conclusão extraída das premissas expostas. Em termos de linguagem, não há problemas graves,
mas deslizes e tropeços que não chegam a comprometer o texto como um todo, nem afastá-lo da
norma culta. Finalmente, em termos de conteúdo, há questões discutíveis, mas que não alteram a
avaliação do conjunto da redação. O autor se revela um estudante bem informado sobre os
acontecimentos da atualidade.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a instabilidade política começou antes do acatamento do pedido de
impeachment, em função de problemas de ordem legal (corrupção) e econômica. Então, a introdução
não corresponde exatamente à realidade dos fatos, embora, por outro lado, não se possa esperar que
um estudante do ensino médio introduzisse a questão como um jornalista ou um jurista. Para o nível
que se exige de uma redação nessa etapa da escolaridade, a introdução é aceitável.
2) Segundo parágrafo: aqui há uma redundância desnecessária e viciosa. Ora, se a lei restringe certa
prática, ela a restringe proibindo. Então dizer que restringe absolutamente e proíbe claramente é
repetir-se sem acrescentar nova informação no período. Bastava dizer: "... o uso indevido dos bancos
públicos para pagar dívidas governamentais de forma antecipada, o que é proibido pelo artigo 38 da
lei 101/2000".
3) Terceiro parágrafo: a defesa da presidente não se limita exclusivamente a dizer que o ato é uma
vingança de Cunha. Há outros argumentos apresentados pelo titular da Advocacia Geral da União.
4) Quarto parágrafo: continuar desenvolvimento-se! Como alguém que escreve bem comete um
erro tão despropositado? Distração? Talvez.
Competências avaliadas

Itens Nota

Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 1,5

Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto 2,0
dissertativo-argumentativo.

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


1,5
argumentos em defesa de um ponto de vista.

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


2,0
construção da argumentação.

Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito


2,0
aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Nota final 9,0

Democracia: o poder está no povo


NOTA9,5

Estamos vivenciando um frágil período da democracia brasileira, o Brasil está dividido claramente em
dois grupos: aqueles que são favoráveis ao impeachment e aqueles que são contrários ao a esse ato.
A nossa democracia ainda é recente, está sujeita a mudanças e melhorias, não melhorias. Não se
deve pensar precipitadamente que o impeachment da presidente Dilma Rousseff acabaria com os
problemas do país país, como em um passe de mágica, é mágica. É preciso dar tempo ao próprio
governo.
A presidente Dilma Rousseff foi eleita e reeleita pelo povo, os povo. Os que hoje pedem o
impeachment da presidente são aqueles que não votaram nela e que não aceitam uma
opinião contraria contrária a deles, sem deles. Sem moral algumaalguma, fazem discursos de ódio e
se dirigem de forma suja a à presidente, essa que representa seu próprio país.
Como não se esquecer do dia em que a presidente foi vaiada em pleno jogo da Copa do Mundo de
2014? As palavras de baixo calão não ofendiam apenas a presidente, mas sim o país como um todo,
porque ela estava ali para representar o Brasil e a nação brasileira. O ato foi desnecessário e mal
pensado, assim como os protestos recentes contra a presidente, os presidente. Os opositores dizem e
acusam sem provas, clamam o pelo impeachment sem ter uma base sólida e verídica.
Além de não existir existirem provas contra os supostos crimes cometidos pela presidente, deve-se ter
em mente que foi no governo dela em que o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU (Organização das
Nações Unidas), fato histórico para o povo e governo brasileiro, visto que isso sempre fora uma meta
a ser cumprida.
A presidente Dilma Rouseff deve continuar exercendo seu cargo de presidenta, e só deve
ser interrompida impedida se e quando existir alguma prova, até prova. Atéentão, ela é inocente e só
vem provando que tem muito a fazer para o nosso país. A democracia é isto: o poder está no povo e o
povo votou nela, não nela. Não há motivo para o impeachment.
Comentário geral
Texto muito bom, independentemente de se concordar com as ideias do autor, contrário ao
impeachment. Em termos estruturais, estamos diante de um texto coerente, coeso e que segue
corretamente o gênero dissertativo. No que toca à linguagem, os erros são relativamente poucos e de
pequena gravidade. A única ressalva que se pode fazer a essa redação é sobre o teor de sua
argumentação, que não tem a solidez suposta pelo autor. Primeiro, quanto ao fato de dar um tempo
ao governo, é bom lembrar que desde a reeleição, a presidente tem se ocupado mais de tentar
resolver os seus próprios problemas do que os problemas do país. Segundo, os índices de
popularidade da presidente medidas pelos institutos de pesquisa mostram que não são apenas os
que não votaram nela que são favoráveis ao impeachment. Terceiro, a existência ou não de provas é
uma questão altamente polêmica e está longe de ser um ponto pacífico como o autor supõe. De
qualquer forma, o autor soube argumentar e é isso que está em questão na avaliação de uma
redação dissertativa. É provável que muitos avaliadores não lhe tirassem o meio ponto que tiramos
em função da falta de solidez da argumentação.

Contra [a] corrupção?


NOTA9,5

No ano de 2014, o Brasil parou como para em todo ano de eleição, principalmente quando chegou o
momento do segundo turno, onde em que os brasileiros tiveram que escolher entre Aécio Neves, do
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores
(PT). O país ficou tão dividido que poderia ser facilmente comparado à URSS e Estados Unidos nos
anos da Guerra Fria. A presidenta Dilma, saiu Dilma saiu vitoriosa de uma disputa acirrada elendária,
levando o PT para mais quatro anos na presidência do Brasil.
Quase dois anos depois da eleição, começaram os protestos pró-impeachment.Brasileiros – a maioria
de elite – foram às ruas exigir a saída da presidenta, em um movimento contra a corrupção. Em
resposta, a parte do país que não concordava com tal situação foi às ruas em defesa da democracia,
pois o Impeachmentimpeachment não passa de um golpe. O Brasil é um país democrático, logo,
Dilma ganhou democraticamente, mas seguindo as ideias de Platão, não é porque a maioria decidiu
algo que isso passa a ser certo. Então novamente têm-se o país dividido em dois: aqueles que
acreditam que a presidenta tem que sair do poder, e aqueles que, por ela ter sido escolha de muitos
brasileiros, defendem que o governo deve continuar sendo dela.
O que é fato – e contra fatos não há argumentos – é que o partido atual fez muito pelo país. Protestos
contra a corrupção não devem ser partidários, se o brasileiro quer lutar para que haja políticos
honestos, não tem que ignorar partido, o que vale para um tem que valer para todos. Além do mais,
nos atos contra a presidenta,muitas pessoas apresentavam opiniões misóginas, dizendo que o país
estava um caos porque era governado por mulher, entre outras falas ofendendo todo o gênero
feminino.
Dilma é, portanto, a única que pode ficar na presidência. Quem deseja o PT longe do governo deve
aguardar calmamente o ano de 2018, quando uma nova eleição acontecerá. Enquanto esse ano não
chega, a mídia poderia parar de alienar os telespectadores, tornando-se totalmente
imparcial. Poderiam mostrar na televisão atos bons e ruins de todos os políticos, sem bajular ou
culpar totalmente um único partido, pois o papel do jornal é mostrar a notícia, a opinião cada um cria.
Comentário geral
Independentemente de se concordar com as ideias do autor, o texto, enquanto dissertação, é
primoroso, muito bem escrito mesmo, com poucos erros, de caráter insignificante. Por outro lado,
quando se considera o conteúdo, há inconsistência na argumentação: o autor apresenta opiniões sem
justificá-las com fatos e reproduz um discurso que é fundamentalmente ideológico, quase uma peça
de propaganda do governo. Exclusivamente por isso, fizemos observações sobre os trechos em
vermelho e retiramos meio ponto da nota da competência 3.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) a comparação é um flagrante exagero. O Brasil não vive uma guerra (fria)
civil. Mesmo dividido, nenhum dos lados dos brasileiros seriam capazes de levar nem o país nem o
mundo a uma hecatombe nuclear, o que foi o caso no conflito entre os EUA e a URSS. b) Lendária? A
eleição não foi, pois aconteceu, e nem será uma lenda, pois não há de se transformar numa espécie
de referência quase mitológica da história. Talvez, o autor quisesse dizer uma disputa acirrada
e épica.
2) Segundo parágrafo: a) Há pesquisas mostrando que a rejeição ao PT e a Dilma é majoritária em
todas as regiões e classes sociais. Basta fazer uma pesquisa rápida na internet. Por isso, taxar a
população contrária ao impeachment de elite é opinião que tem fundamento nas simpatias do autor e
não nas estatísticas conhecidas. b) O autor tem todo o direito de dizer que o impeachment não passa
de um golpe, mas tem de dizer em que fatos se baseia para fazer essa afirmação. Não passa de
golpe por quê? O leitor é obrigado a acreditar nisso baseado somente na opinião do autor, que
reproduz o discurso oficial do PT? É óbvio que não.
3) Terceiro parágrafo: a) não interessa se concordamos ou não com o autor, mas, se diz que o PT fez
muito pelo país, ele precisa dar exemplos concretos para tornar sua opinião convincente. b) Esse
argumento da misoginia é muito discutível. Há registros disso? Onde o autor os viu? Por que não os
citou textualmente?
4) Quarto parágrafo: pobre mídia, que é sempre acusada, seja pela esquerda, seja pela direita, de
favorecer o adversário que quem a avalia. Detalhe: mais uma vez, o autor afirma que a mídia aliena
os telespectadores, mas não dá nenhum exemplo concreto. Ou seja, faz acusações, mas não
apresenta provas.

Impeachment: razões para ser favorável


NOTA9,0

O Brasil passa atualmente por um novo período de instabilidade política, dado o acatamento do
pedido de impeachment contra a presidente da República Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara
dos Deputados Eduardo Cunha. Com o processo em andamento, o país está dividido entre os pró-
impeachment e os apoiadores do governo.
A decisão de Cunha foi baseada na denúncia feita por Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, dois juristas
de renome. Nela, acusam a presidente Dilma por crimes de responsabilidade fiscal, sendo o mais
relevante dentre eles o uso indevido dos bancos públicos para pagar dividas dívidas governamentais
de forma antecipada,o que é absolutamente restringido pela Lei 101/2000 de acordo com o artigo 38,
que proíbe claramente o uso antecipado de crédito no último ano de mandato. A pena para este crime
é previsto prevista na Constituição e consiste no afastamento do cargo.
A defesa relaciona o acatamento de do pedido de impeachment por Cunha a uma vingança política
contra o PT, pelo fato de o partido ter anunciado que votaria a favor da cassação do parlamentar na
mesma manhã. No entanto, a fundamentação do pedido é jurídica e foi analisada com base nisto, não
tendo a ver com subjetividade, e sim com uma conduta criminosa de Dilma. Embora não tenha sido
provado seu envolvimento concreto no escândalo do Petrolão, a presidente esteve envolvida no
sentido de ter sido chefe da casa civil Casa Civil, uma vez que tendo o cargo executivo, foi o tempo
todo omissa e, desse modo, conivente. Isto Issotorna as condições políticas que configuram crime
igualmente presentes.
Portanto, é necessário que Dilma seja devidamente punida, para que sirva de exemplo da mesma
forma a futuros governantes, a fim de que estes andem sob a Lei, e que além disso possibilite
continuar desenvolvimento-se a democracia sigam a Lei e que, além disso, a democracia continue se
desenvolvendo, resgatando assim o sentimento de justiça e seriedade de que tanto carece o país.
Comentário geral
Texto muito bom. Concorde-se ou não com a tese defendida pelo autor, o fato é que ele soube expor
seu ponto de vista e argumentar para defendê-lo, de modo coerente e coeso. Estruturalmente, o texto
se enquadra perfeitamente no gênero dissertativo-argumentativo, com uma introdução, um
desenvolvimento em que há argumentação (que considera, inclusive, os dois lados da situação), e
uma conclusão extraída das premissas expostas. Em termos de linguagem, não há problemas graves,
mas deslizes e tropeços que não chegam a comprometer o texto como um todo, nem afastá-lo da
norma culta. Finalmente, em termos de conteúdo, há questões discutíveis, mas que não alteram a
avaliação do conjunto da redação. O autor se revela um estudante bem informado sobre os
acontecimentos da atualidade.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a instabilidade política começou antes do acatamento do pedido de
impeachment, em função de problemas de ordem legal (corrupção) e econômica. Então, a introdução
não corresponde exatamente à realidade dos fatos, embora, por outro lado, não se possa esperar que
um estudante do ensino médio introduzisse a questão como um jornalista ou um jurista. Para o nível
que se exige de uma redação nessa etapa da escolaridade, a introdução é aceitável.
2) Segundo parágrafo: aqui há uma redundância desnecessária e viciosa. Ora, se a lei restringe certa
prática, ela a restringe proibindo. Então dizer que restringe absolutamente e proíbe claramente é
repetir-se sem acrescentar nova informação no período. Bastava dizer: "... o uso indevido dos bancos
públicos para pagar dívidas governamentais de forma antecipada, o que é proibido pelo artigo 38 da
lei 101/2000".
3) Terceiro parágrafo: a defesa da presidente não se limita exclusivamente a dizer que o ato é uma
vingança de Cunha. Há outros argumentos apresentados pelo titular da Advocacia Geral da União.
4) Quarto parágrafo: continuar desenvolvimento-se! Como alguém que escreve bem comete um
erro tão despropositado? Distração? Talvez.

Não à homofobia
NOTA10,0

A toda a comunidade escolar,

Indignados com a agressão sofrida pelos alunos José da Silva e João Costa, por andarem de mãos
dadas no pátio de nossa escola, nós, alunos do último ano do ensino médio, vimos por meio desta
convidar alunos, professores, pais e outros membros de nossa comunidade escolar, para se reunirem
na próxima segunda-feira, às 18 h, na quadra da escola, com o objetivo de discutir não só o ocorrido,
como também uma estratégia para que atos de natureza deplorável como esse não se repitam por
aqui.

Todos os alunos desta escola têm direito ao respeito por parte de seus colegas, independentemente
de sua posição social, de sua raça ou de sua preferência sexual. Em especial neste último caso, trata-
se de uma orientação ou tendência de caráter íntimo e pessoal, que diz respeito somente a quem a
possui. Ninguém é obrigado a seguir essa mesma tendência, se não a tem, mas isso não lhe dá o
direito de julgar, condenar e usar de violência, verbal ou física, contra quem a segue.
Por isso, o assunto precisa ser discutido por todos e a sua presença na reunião é muito importante.
Em primeiro lugar, para tentar esclarecer os preconceituosos e bullies sobre as diferenças que
existem e precisam ser respeitadas em nome de um convívio saudável e pacífico na comunidade
escolar. Em segundo lugar, para mostrar a eles que a maioria dos alunos de nossa escola não
compactua com atitudes discriminatórias e violentas, de modo que exigiremos punições aos
responsáveis da diretoria da escola e de todas as autoridades escolares, caso persistam nessa
disposição.

Sem mais para o momento e enfatizando a importância da participação de todos, encerramos esta
mensagem com as palavras do escritor Augusto Cury, que tão bem expressa o que desejam todos os
que assinam esta carta-convite: "Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para
irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência".

Comentário geral
Texto muito bom, que cumpre rigorosamente todas as exigências da proposta. O autor se põe na
situação sugerida pelo tema, isto é, diante de um ato de discriminação em sua escola e, a partir daí,
redige efetivamente uma carta-convite, em tom argumentativo. No primeiro parágrafo, ele introduz a
situação-problema e faz o convite aos destinatários. Nos dois parágrafos seguintes, expõe
argumentos contrários à discriminação e à violência, bem como a favor da tolerância e do respeito à
alteridade, para construir um convívio pacífico na escola. Posicionando-se contra a homofobia, além
de expor seus argumentos, o texto ainda cobra das autoridades escolares as medidas punitivas para
uma eventual reincidência de alunos em comportamentos preconceituosos e violentos. Além disso,
insiste na importância da iniciativa e, para fechar a carta de um modo inspirador, faz uma citação
coerente com o teor de suas reflexões. Finalmente, além da estrutura correta e da argumentação
sólida e pertinente, o texto também se revela correto em termos de gramática e do uso da norma
culta. Por tudo isso, a avaliação não pode deixar de ser positiva e de atribuir a nota máxima a essa
redação.
Competências avaliadas

Itens Nota

Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita. 2,0

Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de


conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto 2,0
dissertativo-argumentativo.

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e


2,0
argumentos em defesa de um ponto de vista.

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a


2,0
construção da argumentação.
Itens Nota

Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito


2,0
aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Nota final 10,0

A educação militar e o respeito à


individualidade
NOTA9,5

Instituições de ensino que utilizam a disciplina militar vêm se destacando pelo bom desempenho nos
vestibulares com questões objetivas. A apresentação desses resultados é fator predominante para
muitos apoiarem irrestritamente esse método de ensino. Entretanto, há certa discussão quanto ao uso
da rigidez militar na educação primária e secundária, pois existem alegações de que essa não
respeita a individualidade dos alunos.

O uso da disciplina é necessário na formação de pessoas. Pessoas que são ensinadas a respeitar a
hierarquia a partir de seus primeiros anos de vida podem tornar-se cidadãos conscientes de seus
deveres e direitos no futuro. Além disso, ser disciplinado ajuda o aluno consideravelmente em seu
rendimento escolar, pois o prepara a ter um bom desempenho no cumprimento de tarefas.

Por outro lado, o uso da rigidez em excesso na disciplina militar pode causar prejuízos à
individualidade do aluno. O estabelecimento de uma mesma tarefa apara todos de um determinado
grupo não leva em conta características intelectuais e físicas individuais, causando constrangimento e
desmotivação àquele que falhar. Com isso, a tentativa de padronização imposta por esse método
tende a bloquear o desenvolvimento de diversas competências e qualidades do aprendiz.

O uso equilibrado da disciplina na formação escolar traz, portanto, resultados positivos na educação
dos alunos. Contudo, é necessário que a liberdade do aluno de expressar sua criatividade seja
respeitada. Sem levar-se em conta este fator, corre-se o risco de que essas instituições estejam
formando pessoas que, embora capazes de cumprir tarefas, não entendem o motivo de estas serem
cumpridas.
Comentário geral
Texto muito bom, na medida em que preenche todos os requisitos exigidos de uma dissertação-
argumentativa escolar. À exceção do trecho em vermelho no segundo parágrafo, os outros pequenos
deslizes assinalados não são motivo de diminuição na nota da redação. De resto, o texto introduz
corretamente o tema, faz reflexões que leva em conta os dois lados da questão, extraindo
corretamente a conclusão de suas premissas. Evidentemente, pode-se questionar o estilo do autor, a
falta de elegância em suas frases, as escolhas nem sempre muito adequadas do vocabulário, mas a
prova de redação não é um concurso literário. O importante é compreender o tema e saber
desenvolvê-lo, expressando com clareza e objetividade as ideias acerca dele.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) por que restringir os vestibulares somente àqueles com questões objetivas?
Principalmente, quando se considera que os colégios militares se destacaram no Enem, que inclui
uma prova de redação. Bastava dizervestibulares e ponto final. b) Não é a apresentação dos
resultados, mas osresultados propriamente ditos que contam. c) fator predominante é um clichê.

2) Segundo parágrafo: o argumento é fraco, em primeiro lugar porque fala numa possibilidade: o
respeito à hierarquia pode tornar. Então, não há uma garantia. Em segundo lugar, não há uma
relação extritamente necessária entre o respeito à hierarquia militar e a consciência dos direitos e
deveres. Do contrário, só os cidadãos formados em escolas miliatres teriam essa consciência, o que
não é verdade.
Competências avaliadas

A evolução na educação
NOTA6,0

A educação no Brasil vem mudando ao longo dos anos. Dentre as diversasmetodologias adotadas
no pais país, os colégios militares têm se destacado em seu nível de ensino e também na formação
de seus alunos quanto enquantocidadãos. O segredo por traz trás desses resultados é a soma de
princípios fundamentais, que integram a policia polícia militar nas escolas e buscam a excelência na
formação de seus alunos. Mas até que ponto essa metodologia, mais autoritária, pode beneficiar os
alunos?

O colégio possui uma administração mais rígida, onde em que a disciplina, a ordem e o respeito à
autoridade formam o tripé balizador do ensino ensino, sem abandonar a pedagogia. Os colégios
militares possuem uma facilidade maior em direcionar o aprendizado dos estudantes. Com regras
bem definidas, o aluno absorve a responsabilidade de cumprir com as determinações de seus
professores, que são vistos como uma autoridade educacional, com poder de cobrar um bom
desempenho.

Em contrapartida Por outro lado,, alguns sociólogos questionam a capacidade de desenvolver o


senso critico crítico e a criatividade do aluno devido ao excesso de rigidez que não da dá margem
para desenvolver a autonomia e identidade. Nesse ponto, os colégios militares estão longe de tirar
esses atributos, que são primordiais para a formação do caráter e cidadania. Ao contrario contrário, os
princípios aplicados no ensino, constroem ensino constroem um aluno com pleno
sensocritico, crítico do que é certo e errado, do respeito e da disciplina.
O colégio militar, cumprem militar cumpre com seu papel: formar alunos competentes, que superam
os desafios do mundo la lá fora, com a determinação de um soldado, seja vestibular ou universidade,
o universidade. O diferencial estaestá na forma com que esse trajeto é percorrido, e percorrido,
e nesse quesito, temos que admitir, os militares estão cumprindo o objetivo.
Comentário geral
Texto razoável, concorde-se ou não com o ponto de vista do autor, que defende os colégios militares.
De qualquer modo, ele desenvolveu uma dissertação argumentativa, apresentando uma tese e os
argumentos para defendê-la. Os problemas são pontuais e sua gravidade oscila entre pequenos erros
de pontuação e afirmações sem a devida justificativa.
Aspectos pontuais
1) Primeiro parágrafo: a) Um tipo de colégio não é uma metodologia. O colégio militar aplica uma
metodologia ensino baseada na disciplina e na hierarquia características das instituições militares. b)
Na verdade, ocorre o contrário: é a escola que integra à Polícia Militar, subordinando-se a suas
regras.

2) Segundo parágrafo: bem, se abandonasse a pedagogia, elas deixariam de ser escolas... O que o
aluno quer dizer é que, além da disciplina militar, não se descuida da qualidade do ensino.

3) Terceiro parágrafo: faltou justificar a afirmação, com alguma informação do tipoprova disso é o
fato de....

Compromisso com a educação


NOTA7,0

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Essa frase da saudosa poetisa Cora
Coralina é o um argumento para a motivação de professores que contribuem para o sucesso de
muitas escolas no interior do Brasil.

Apesar dos de os governos continuarem desvalorizando os professores da rede pública


de ensino ensino, ainda assim encontramos escolas que contribuem decisivamente para o bom
desempenho do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em seus municípios.

Essas metas são alcançadas graças a à motivação desses profissionais que, mesmo com
baixos salários salários, acabam ministrando boas aulas, porque amam a profissão. São eles que
levam conhecimento e incentivo aos alunos. Tudo isso aliado a uma competente direção que, através
de um regime disciplinarexigente exigente, proporciona a seus alunos uma escola compromissada
com o que ministra.

O resultado não poderia ser diferente: a evolução intelectual de seus alunos e a boa repercussão da
escola na comunidade que que, por ser referência entre osestudantes estudantes, acaba virando local
de migração de outros estudantes que pedem aos pais a transferência.

Concluo que o sucesso educacional de um povo é resultado da boa escola escola,que acolhe e
orienta para formação de futuros profissionais nas mais variadasprofissões áreas.
Comentário geral
O texto é bom, mas poderia ser melhor, caso o aluno não tivesse tido uma compreensão equivocada
do tema: basicamente, o texto fala da dedicação dos profissionais que conseguem transformar
escolas públicas em ilhas de excelência, malgrado todos os problemas que o ensino público enfrenta,
para concluir que o sucesso depende de uma boa escola. Onde ficou a questão do esforço individual
explicitamente mencionado na proposta? O texto simplesmente deixa isso de lado, abordando o tema
por um viés que foge ao que foi proposto. O modo de encarar o tema, também, leva o aluno a deixar
de lado uma proposta de intervenção, limitando-se a extrair uma conclusão de suas premissas.
Tirando esses problemas graves – fugir do tema e não apresentar proposta de intervenção – o texto é
um bom exemplo de dissertação correta, em termos de estrutura e de linguagem.
Aspecto pontual
Quarto parágrafo: a expressão torna o pronome relativo que ambíguo, podendo se referir tanto a
escola, quanto a comunidade. Seria preciso reescrever o trecho para acabar com essa ambiguidade;
por exemplo: a evolução intelectual de seus alunos e a boa repercussão da escola na
comunidade acabam por torná-la um virando local de migração de outros estudantes que
passam a considerá-la referência e querem ser transferidos para ela.

Querer, poder, conseguir: faça!


NOTA9,0

Ao analisar a trajetória de pessoas que cresceram na vida, encontra-se encontram-se alguns fatores
em comuns comum na vida delas: foco, perseverança, dedicação e confiança. Dentre vários outros,
esses são os principais segredos para obter êxito em qualquer âmbito social. Para isso, é necessário
abrir mão de vários prazeres da vida. E, diga-se de passagem, nos dias atuais isso não é uma tarefa
fácil.

Em qualquer que seja a situação, apenas uma boa estrutura (espaço e professores) não traz sucesso.
Ela é de fundamental importância, mas por si só não garante bons resultados. Assim como no esporte
– quando o atleta treina insistentemente visando o máximo de si – e na música – quando o músico
ensaia sem parar uma nova canção – nos estudos acontecem acontece a mesma coisa.
Determinação para vencer diversos obstáculos que surgem no caminho caminho, como por exemplo
o cansaço, a cansaço e dificuldade na locomoção até às escolas eescolas, além de inúmeros motivos
que fazem com que o aluno fique desmotivado de tudo. Não é fácil!

Outra preocupação constante é que uma nova era veio com tudo. Uma tal de era da informação.
Redes sociais é são o que não faltam falta. É São uma curtida aqui, uma comentada lá e uma
compartilhada acolá. Ficar desconectado desonectado,nesse mundo mundo, equivale a viver na
caverna de Platão. Mas quem diria, aMas, quem diria? A busca do sucesso quase sempre obriga a
cometer justamente o contrário, ou seja, voltar à caverna, isolar-se em virtude de um foco
preestabelecido.

Portanto, entende-se que o segredo do sucesso vem de cada pessoa. Basta que cada uma delas
trace metas, estabeleça um foco e reconheça seus limites, mas não se prenda a eles. Afinal, "querer"
é para todos, "poder" é para alguns e para "conseguir" é preciso de uma simples atitude: "vá e faça"!
Comentário geral
Texto muito bom, em que se encontram, inclusive, índices de autoria, com o que se quer dizer que a
redação se afasta do texto padrão, meramente bem escrito e bem estruturado, para trazer uma marca
da personalidade do autor. Ao mesmo tempo em que é um ponto muito positivo, contudo, isso leva o
autor a uma informalidade – em especial no terceiro parágrafo – que escapa à norma culta, no sentido
estrito. Mas a tendência dos examinadores atualmente seria aceitar esse pequeno desvido da norma,
uma vez que usado adequadamente, com propriedade. Aqui, procuramos adotar uma postura muito
rigorosa na correção para servir de alerta aos internautas. Então, diminuímos meio ponto nas
competências 1 e 3. Acreditamos que, para outros examinadores, a nota do texto poderia variar entre
8,0 e 10,0.
Aspectos pontuais
1) Segundo parágrafo: entende-se o que o aluno quis dizer por espaço, mas a expressão não é de
todo correta. Melhor teria sido falar em instalações físicas ouescolas.

2) Terceiro parágrafo: aqui o texto apresenta seus maiores problemas. É informal e coloquial demais.
A coloquialidade cria os problemas que levam aos erros de concordância. Além disso, o argumento
propriamente dito não é sólido, uma vez que é possível estudar via internet. Portanto, estar conectado
não significa necessariamente perder o foco. Tudo depende do que o estudante resolve fazer on-line.

redação:
Redação APROVADA no vestibular da
UFSC:
Modelo Redação
FUVEST
.

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