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1. DOS FATOS
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se deparou com sua esposa Maria — com quem é casado há 12 anos — em um
bar, na companhia de um homem desconhecido.
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O nobre julgador, ignorando que a prisão se deu em desacordo com o
estabelecido na legislação de regência, acatou o pleito do Ministério Público,
decretando a prisão preventiva do Paciente, fundamentando sua decisão no
que dispõe os arts. 310, II, 312 e 313, III, do Código de Processo Penal, e
afirmando que tal decisão garantiria a ordem pública e preservaria a
integridade física e psíquica da vítima, uma vez que as circunstâncias do crime
eram graves, e que o crime de ameaça tem o condão de desestabilizar a vítima
e nela implantar a constante sensação de insegurança na sua vida social.
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Ademais, quando os policiais militares adentraram na residência do
requerente, por volta das 23 horas, sem que houvesse o seu consentimento,
ordem judicial ou alguma atitude configuradora de flagrante delito, houve total
desrespeito à Constituição Federal, uma vez que feriram de morte o direito
fundamental de inviolabilidade do domicílio previsto em seu art. 5º, XI, o que
torna viciada e ilegal a prisão.
1 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: volume único. 5. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Ed.
JusPodivm, 2017.
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2. DO CABIMENTO DO HABEAS CORPUS
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Habeas Corpus. 2. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
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restaurar a normalidade e a liberdade cerceada de forma flagrantemente ilegal,
motivo pelo qual resta demonstrado o cabimento deste remédio constitucional.
4. DOS PEDIDOS
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b) que sejam impostas medidas cautelares diversas da prisão;
ADVOGADO
OAB/MT