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PERGUNTAS E RESPOSTAS DO IMPOSTO DE RENDA 2018

ASSUNTO EM DESTAQUE: IMÓVEIS

CESSÃO GRATUITA DE IMÓVEL


201 — Qual é o tratamento tributário do valor locativo de imóvel cedido gratuitamente?

O valor locativo de imóvel cedido a terceiro é tributado na Declaração de Ajuste Anual,


devendo ser informado em Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Jurídicas, não se
sujeitando, portanto, ao recolhimento mensal (carnê-leão).

O valor tributável corresponde a 10% do valor venal do imóvel, podendo ser adotado o
constante da guia do IPTU do ano-calendário da Declaração de Ajuste Anual. Se a cessão de
uso não abrangeu todo o ano calendário, o valor tributável é apurado proporcionalmente ao
período de cessão de uso de imóvel.

Não há incidência do imposto quando o imóvel for ocupado por seu proprietário ou cedido
gratuitamente para uso do cônjuge ou de parentes de 1º grau (pais e filhos).

Do valor tributável podem ser subtraídas as seguintes despesas, quando o ônus tenha sido do
proprietário: a) impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que produzir o
rendimento; b) aluguel pago pela locação de imóvel sublocado; c) despesas pagas para
cobrança ou recebimento do rendimento; d) despesas de condomínio.

(Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso III; Decreto nº 3.000, de 26 de março
de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda – RIR/1999, arts. 39, inciso IX, 49, § 1º, e
50)

DOAÇÃO DE IMÓVEL — USUFRUTO


458 — Como declarar imóvel recebido em doação com cláusula de usufruto?

Na Declaração de Bens e Direitos do donatário, no campo “Discriminação”, deve ser


informada a situação ocorrida, inclusive o nome e o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
usufrutuário. No campo ”Situação em 31/12/2017 (R$)” e, também, em Rendimentos Isentos e
Não tributáveis, o valor correspondente à nua propriedade. Além disso, na Declaração de
Ajuste Anual do doador: a) se o imóvel doado já era do doador no ano anterior à doação, ele
deve ser baixado da sua Declaração de Bens e Direitos, informando no campo “Discriminação”
o nome e o CPF do beneficiário da doação, bem como, se o usufruto foi instituído para
terceiros, o nome e o CPF do usufrutuário (nesta hipótese, o usufrutuário deve informar esta
situação na sua Declaração de Bens e Direitos, bem como o nome e o CPF do proprietário da
nua-propriedade); b) se o imóvel doado foi adquirido pelo doador no ano da doação, ele deve
ser incluído em sua Declaração de Bens e Direitos, informando no campo “Discriminação” os
dados da aquisição, o nome e o CPF do beneficiário da doação, bem como, se o usufruto foi
instituído para terceiros, o nome e o CPF do usufrutuário (nesta hipótese, o usufrutuário deve
informar esta situação na sua Declaração de Bens e Direitos, e, ainda, o nome e o CPF do
proprietário da nua-propriedade). Em ambos os casos, quando o doador permaneceu com o
usufruto, esta situação deve ser informada em novo item da Declaração de Bens e Direitos, no
campo “Discriminação”, sem indicação de valor, salvo se foi atribuído valor ao usufruto no
documento de transmissão, correspondente ao valor efetivamente pago como parte total da
aquisição ou que deve ser calculado pela proporção relativa ao usufruto constante deste
documento aplicada sobre o valor total declarado ou de aquisição do imóvel doado.

(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 1.393

OPERAÇÕES SUJEITAS À APURAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL


544 — Quais as operações sujeitas à apuração do ganho de capital?

Estão sujeitas à apuração de ganho de capital as operações que importem:

I - Alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão ou promessa de cessão de


direitos à sua aquisição, tais como as realizadas por compra e venda, permuta, adjudicação,
dação em pagamento, procuração em causa própria, promessa de compra e venda, cessão
de direitos ou promessa de cessão de direitos e contratos afins;

II - transferência a herdeiros e legatários na sucessão causa mortis, a donatários na doação,


inclusive em adiantamento da legítima, ou atribuição a ex-cônjuge ou ex-convivente, na
dissolução da sociedade conjugal ou união estável, de bens e direitos por valor superior àquele
pelo qual constavam na Declaração de Ajuste Anual do de cujus, do doador, do ex-cônjuge ou
ex-convivente que os tenha transferido;

ISENÇÕES DO GANHO DE CAPITAL


545 — Quais são as isenções relativas ao ganho de capital?

...

3 - Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que o titular
possua, individualmente, em condomínio ou em comunhão, independentemente de se tratar
de terreno, terra nua, casa ou apartamento, ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e
estar localizado em zona urbana ou rural, desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco
anos, outra alienação de imóvel a qualquer título, tributada ou não, sendo o limite
considerado em relação:

 à parte de cada condômino ou coproprietário, no caso de bens possuídos em


condomínio;
 ao imóvel possuído em comunhão, no caso de sociedade conjugal ou união estável
(salvo contrato escrito entre os companheiros);

Consulte as perguntas 590, 612, 636, 637, 638 e 639

ALIENAÇÃO DE IMÓVEL RESIDENCIAL — CONDOMÍNIO — ISENÇÃO


548 — Contribuinte que vende imóvel residencial em condomínio e adquire imóvel
residencial privativo fica isento de imposto sobre a renda?

Sim. Desde que o alienante no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do
contrato aplique o produto da venda de sua parte no imóvel em condomínio na aquisição de
imóvel privativo, localizado no Brasil.
(Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, art. 39; Instrução Normativa SRF nº 599, de 28 de
dezembro de 2005, art. 2º)

Consulte a pergunta 545

ALIENAÇÃO DE ÚNICO IMÓVEL — ISENÇÃO


561 — Contribuinte que possui apenas usufruto sobre um imóvel e propriedade de outro,
tem direito a isenção de ganho de capital se alienar o imóvel do qual tem propriedade?

Não, porque, para efeitos legais, o contribuinte possui mais de um imóvel.

(Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, art. 80, inciso I e art. 1.225, inciso IV)

Consulte a pergunta 545

DAÇÃO EM PAGAMENTO EFETUADA COM IMÓVEL


593 — Qual é o tratamento tributário aplicável a pagamento de prestação de serviços
mediante dação em pagamento efetuada com imóvel?

A dação em pagamento realizada com imóvel configura uma alienação, devendo o ganho de
capital ser apurado quando da transferência do imóvel. O valor de mercado do bem recebido
em pagamento caracteriza, para o adquirente, rendimento sujeito ao carnê-leão ou ao
imposto sobre a renda incidente na fonte, conforme o imóvel seja recebido de pessoa física ou
jurídica, e ao ajuste anual.

(Lei nº 7.713, de 1988, art. 3º, § 3º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento
do Imposto sobre a Renda - RIR/1999, arts. 55, inciso I, e 117, § 4º)

ÚNICO IMÓVEL — AQUISIÇÃO DE OUTRO POR CONTRATO PARTICULAR


618 — Proprietário de um imóvel adquire, mediante contrato particular, outro imóvel a ser
construído. A alienação do imóvel que possui, antes do recebimento daquele em construção,
se enquadra na isenção de alienação de único imóvel por valor igual ou inferior a R$
440.000,00?

O proprietário ou possuidor de um imóvel que adquire outro imóvel, construído ou em


construção, mediante contrato particular pactuado com a construtora ou agente financeiro,
ainda que não tenha desembolsado qualquer quantia, tem, a partir do contrato, a propriedade
de dois imóveis, não podendo, na venda de um deles, fazer jus à isenção do único imóvel
alienado por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00. O contrato particular firmado entre a
construtora/agente financeiro e o adquirente é instrumento válido para configurar a aquisição
do imóvel.

(Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda –


RIR/1999, art. 39, inciso III; Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 29,
I)

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