Professional Documents
Culture Documents
Relatório
Sustenta
“não se questiona[r] o fato de a parte autora estar submetida a
trabalho em condições especiais. Contudo, também não questiona
nenhuma das partes, nem mesmo o acórdão recorrido, que havia o
fornecimento de equipamento de proteção individual eficaz em face do
agente nocivo ruído, não havendo que se falar em reexame de prova,
eis que esse é um fato incontroverso. Ocorre que a decisão recorrida
considerou que o uso de EPI eficaz não afasta a especialidade do labor
para fins previdenciários” (fl. 16, doc. 63).
3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de que
“não há indicação no formulário (PPP) de fornecimento de EPI eficaz ou há
apenas a recomendação de uso do EPI” (doc. 87).
“CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA ESPECIAL. USO DE EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DA EFICÁCIA. ÔNUS DA PROVA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E
DE PROVAS. SÚMULA 279/STF. AGRAVO DESPROVIDO. 1.
Segundo a jurisprudência do STF, o reexame da distribuição do ônus
da prova é matéria infraconstitucional. Sendo assim, o recurso
extraordinário não é o meio processual adequado para o exame dos
pressupostos fáticos para a definição do ônus da prova da eficácia do
equipamento de proteção individual, a teor do óbice da Súmula
279/STF (‘Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário’). 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE
783.235-AgR, Relator o Ministro Teori Zavascki, Segunda
Turma, DJe 19.8.2014).
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, al.
a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal).
Publique-se.