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Autores como Ross (1977) defendem que o anuncio de que a empresa vai aumentar a sua
divida e um sinal credivel para o Mercado de que se encontra financeiramente sendo que essa
sinalizacao tem um custo para quem a pretenda imitar.
Empresas que apresentam baixa qualidade acabam por nao conseguir imitar as empresas que
sinalizam para o Mercado a emissao de divida, uma vez que os elevados custos dessa
operacao poderao levar a empresa de baixa qualidade a falencia.
Lelande e Pyle (1977) baseiam –se na aversao ao risco dos gestores para obter um equilibrio
em termos de sinalizacao . aumentos no nivel de endevidamento fazem com que os gestores
com maior participacao no capital da empresa, diminuam o seu bem–estar. No entanto, essa
reducao do bem–estar e menor para os gestores de empresas de boa qualidade do que os
gestores de empresas de baixa qualidade.
Sera relevante, antes de se desenvolver o modelo desenvolvido por Myeres e Majluf (1984),
recordar algumas nocoes básicas sobre assimetria de informação descritas por Akerlof
(1970):
O autor explica o que ocorre no mercado dos limoes, que e aquele em que não e
possivel saber se a qualidade do produto comprado e boa ou ma antes de comprar e
provar;
Utiliza como "Produto limão" os carros usados;
Defende que os bens transaccionam–se a um preço médio (preços médios dos bens
que são bons e maus de acordo com as probabilidades que os indivíduos lhe
atribuem);
Afirma também que deve existir 3 condições para que os sinais funcionem:
a) O custo de sinalização deve ser diferente de zero, já que se a informação for
grátis o mercado não a reconhece como sendo credível
b) O custo associado a esse sinal deve ser inferior ao preço que o mercado lhe vai
atribuir menos o preço médio;
c) O custo de imitar o sinal do bem que apresenta elevada qualidade deve ser
maior que o beneficio associado ao acto de transmitir um sinal falso para o
mercado.
Teoria dinâmica do financiamento [modelo de Myeres e Majluf (1984)]
Myers (1984) Myers e Majluf (1984), defendem que existindo um novo projecto na
empresa, se este for financiado com emissão de acções, e tendo em conta o facto de que o
mercado não conhece tao bem a empresa como os gestores, o capital próprio dessa
organizacao acabara por ser mal avaliado pelo mercado. Assim, a resposta negativa do
mercado ao anuncio desse projecto pode ser de tal ordem negativa que se acabe por entrar
num processo de sub–investimento. Neste sentido, para financiar os seus projectos, a
empresa tentara utilizar instrumentos que não venham a ser mal avaliados e reduzam o valor
de mercado da organização. Para se financiar, estabeleceram assim, uma ordem hierárquica
dos instrumentos de financiamento (peckig order theory). Esta teoria pressupõe que as
organizações preferem utilizar primeiro fumdos internos, como seja os resultados retidos pela
empresa em detrimento de fundo externos. So depois de esgotados os fundos internos e que
se recorre a fundos externos sendo a ordem de selecção da divida a seguinte: divida sem
risco, divida com risco, divida convertível e, por fim, acções comuns.
Tal como afirmamos, o modelo de Myers e Majluf admite que no mercado existem dois tipos
de empresas, as de alta qualidade e as de baixa qualidade. As empresas de elevada qualidade
tem um valor mais alto que as empresas de baixa qualidade.
Se existe uma sinalização positiva para o mercado, o preco da acção sobe, caso contrario, o
preco da acção da empresa baixa.
O que os autores observaram em termos empíricos e que quando as empresas anunciam para
o mercado a emissão de novas acções o preco de suas acções, em media cai. Os autores são
os primeiros a tentar dar uma explicação racional para este fenómeno de mercado.
O investidores externos possuem a mesma informação que os que tem controle o da própria
organização ( Administradores). Ambos são conhecedores da distribuição das probabilidades
actuais dos activos, bem como das oportunidades de crescimento futuras da organização. Ou
seja, conhecem os activos actuais e as oportunidades de crescimento da empresa.
A = Activos actuais
B = Oportunidades da empresa
Tal como t = –1, também não existe assimetria de informação. Tanto o mercado como os
administradores possuem a mesma informação.
I = investimento novo
Neste contexto, considera–se que a empresa tem algum dinheiro disponível (S) para efectuar
o investimento (I), mas este não e suficiente para cobrir todas as necessidades. Assim, a
diferença necessária pode ser obtida através de emissão de novas acções o montante a emitir
em novas acções aqui denominas de (E):
Myers e Majluf pretendem demonstrar que existe uma racionalidade económica e financeira
que explica a razão pela qual o anuncio de emissão de acções pode levar a que exista uma
reacção negativa em termos do preço de mercado das acções da empresa porque os
investidores deduzem que existe uma hierarquia de financiamento. Segundo os autores, o
mais aconselhado para financiar projectos de investimento e primeiro utilizar os recursos
financeiros internos da empresa depois a divida com risco e finalmente emitir novas acções.
1. Recursos internos
2. Divida isenta de risco (DIR)
3. Divida com risco
4. Emissão de acções
no sentido de perceber porque e que a divida com risco e menos cara que a emissão de acções
deve-se questionar: