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o processo de uma
Usina Nuclear usina nuclear se faz
necessário entender
também o que é energia
cinética, potencial e
mecânica e suas
Várias são as fontes de energia que existem hoje no mundo, dentre elas as transformações
mais conhecidas são: hidrelétrica, eólica, solar, termoelétrica e nuclear. existentes nesse
Elas estão distribuídas em fontes renováveis e não-renonaveis. As energias processo. A palavra
renováveis são consideradas como energias alternativas ao modelo energia em si não tem
energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade (presente e futura) definição, ela está
garantida (diferente dos combustíveis fósseis que precisam de milhares de sempre relacionada à
anos para a sua formação) como pelo seu menor impacto ambiental e não- capacidade de produzir
renováveis são as fontes em que os recursos naturais quando utilizados, movimento.
não podem ser repostos pela ação humana ou pela natureza, a um prazo
útil. As fontes de energias não renováveis são atualmente as mais Energia cinética é a que
utilizadas. Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) são se manifesta nos corpos
fortemente poluidores, liberando dióxido de carbono quando queimados; em movimento, ela é
causando chuvas ácidas; poluindo solos e água. No Brasil a energia mais calculada pela equação
utilizada é a hidrelétrica, ela é uma energia que depende das condições a seguir:
climáticas, pois para ela funcionar com todo o seu potencial energético é
necessário que haja vazão dos rios. Ec=mv²/2
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O átomo
A estrutura do Núcleo
A Energia nuclear
N ão podemos começar a falar do elemento químico, urânio, que é o recurso mineral utilizado na
usina nuclear para produção de energia elétrica, e nem falarmos do processo de uma usina
nuclear, sem antes conhecermos a estrutura do elemento e alguns termos importantes para
compreensão de uma usina. Essa menor estrutura, que apresenta propriedade do elemento
químico, denominado átomo. Por muito tempo acreditou-se que fosse indivisível, mas atualmente
sabemos que o átomo é constituído por partículas menores denominadas subatômicas. Onde o seu
núcleo, analogicamente comparado seria o sol, possuem na sua estrutura, os prótons e nêutrons,
cargas positivas e sem cargas, mas esse do mesmo tamanho. Girando ao redor do núcleo,
comparando aos planetas, encontram-se os elétrons, de carga negativa e massa pequena.
fonte: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
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O urânio
E xiste na natureza dois tipos de urânio, urânio-235 e urânio-238. Esse tem massa igual a 238 e
só faz divisão com nêutrons “rápidos” de elevada energia cinética. Já aquele tem 92 prótons e
143 nêutrons, formando massa igual 235, pode ser fissionado por nêutrons de qualquer energia
cinética, preferencialmente de baixa energia, denominado nêutrons térmicos (“lentos”). Ambos são
isótopos, elementos iguais de massas diferentes.
Urânio enriquecido
Se o urânio for enriquecido acima de 90%, pode ocorrer uma reação em cadeia muito rápida e de
difícil controle, mesmo se for uma quantidade relativamente pequena de urânio, passando a constituir
uma explosão como a bomba atômica. Para controlar essa reação nuclear em cadeia, consiste na
eliminação do agente causador da fissão que é o nêutron. Alguns elementos como Boro, na forma de
ácido bórico ou na forma de metal, e o Cadmo em barras metálicas, têm a propriedade de absorver
nêutrons. No exemplo a baixo mostra quando as barras “descem” totalmente, a atividade do reator
pára, porque a reação em cadeia é interrompida.
fonte: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
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D a natureza se extrai o urânio em forma de minério britado para
transformar em pedra de urânio puro.
fonte: ELETRONUCLEAR. Energia do Futuro. Projeto Especial do Núcleo Jovem. Editora Abril.
fonte: ELETRONUCLEAR. Energia do Futuro. Projeto Especial do Núcleo Jovem. Editora Abril.
O enriquecimento de Urânio separa os isótopos aumentando a concentração do urânio U235 para 3%.
Antes, na Natureza, era menos de 1%. Depois do enriquecimento é transformado em pó para ser
prensado em forma de pastilha e inserido em varetas no Elemento
Combustível.
Uma minúscula pastilha de
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1 cm tem eficiência de
fornecer eletricidade de
uma casa por um ano.
fonte: ELETRONUCLEAR. Energia do Futuro. Projeto Especial do Núcleo Jovem. Editora Abril.
As varetas, contendo o urânio, conhecidas como Varetas de Combustível, são montadas em feixes,
numa estrutura denominada ELEMENTO COMBUSTÍVEL. As varetas são fechadas, com o
objetivo de não deixar escapar o material nelas contido (o urânio e os elementos resultantes da
fissão) e podem suportar altas temperaturas. Os elementos resultantes da fissão nuclear (produtos de
fissão ou fragmentos da fissão) são radioativos, isto é, emitem radiações e, por isso, devem ficar
retidos no interior do
Reator.
fonte: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
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Vaso de O Elemento Combustível é colocado no núcleo do reator
pressão onde começa a fissão nuclear. Fissão nuclear se dar quando
o urânio é bombardeado com nêutrons no seu núcleo. Daí,
uma grande quantidade de energia é liberada em forma de
calor. Essa fissão. Libera alguns neutros, que batem em
outros núcleos, gerando assim uma reação em cadeia. Esse
calor liberado aquece a água que passa no núcleo do reator.
Com essa alta temperatura a água irá produzir o vapor que
movimenta as turbinas gerando energia elétrica.
fonte: ELETRONUCLEAR. Energia do Futuro. Projeto Especial do Núcleo Jovem. Editora Abril.
O Vaso de Pressão contém a água de refrigeração do núcleo do reator (os elementos combustíveis).
Essa água fica circulando quente pelo Gerador de Vapor, em circuito, isto é, não sai desse Sistema,
chamado de Circuito Primário. A outra corrente de água que passa pelo Gerador de Vapor para ser
aquecida e transformada em vapor, passas também pela turbina, em forma de vapor, acionando-a. É,
a seguir, condensada e bombeada de volta para o Gerador de Vapor, constituindo um outro Sistema
de Refrigeração, independente do primeiro. O sistema de geração de vapor é chamado de Circuito
Secundário.
Turbinas
Vaso de
pressão
A água do mar é
coletada para passar no
condensador e diminuir
a temperatura
fonte: da
mistura da água e
ELETRONUCLEAR. Energia do Futuro. Projeto Especial do Núcleo Jovem. Editora
Abril.
vapor que saiu das
turbinas. Daí a água
percorre o um túnel de
aproximadamente 1
km, voltando para o
mar limpa e
ligeiramente aquecida.
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Controle
É Importante mencionar algumas barreiras que foram construídas para evitar saída de material
radioativo para o meio ambiente.
Uma das primeiras barreiras é a vareta de combustível, pois são fechadas para não
deixar escapar o material nela contido.
Varetas
O Vaso de Pressão do Reator é a segunda barreira física que serve para impedir a
saída de material radioativo para o meio ambiente. É montado sobre uma estrutura
de concreto, com cerca de 5 m de espessura na base. E a espessura da parede de
aço do vaso de pressão do reator é de 33 cm.
Vaso de Pressão
fonte:http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
A Contenção é a terceira barreira que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio
ambiente. É um envoltório de aço de espessura de 3,8 cm construído ao redor do gerador de vapor e
ao redor do vaso de pressão. Em Angra 1 tem forma de cilindro em Angra 2 é uma esférica.
Contenção
fonte: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
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O Edifício do Reator, construído em concreto e envolvendo a Contenção de aço, é a quarta barreira
física que serve para impedir a saída de material radioativo para o meio ambiente e, além disso,
protege contra impactos externos (queda de aviões e explosões). Que tem cerca de um metro de
espessura em Angra 1.
Edifício do reator
fonte:http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
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Acidente nuclear
e
Esclarecimentos
U m acidente é considerado nuclear quando envolve uma reação nuclear. É importante saber que
existem vazamentos em Reatores Nucleares, o que não existe é vazamento de Reatores
Nucleares. As águas de refrigeração dos Circuitos Primário e Secundário circulam por meio de
bombas rotativas em sistemas fechados. No caso de vazamento em Reatores, a água recolhida vai
para um tanque, onde é analisada e tratada, podendo até voltar para o circuito correspondente. Aí está
a diferença: podem existir vazamentos, inclusive para dentro da Contenção, ou seja, no Reator e não
para o meio ambiente, isto é, do Reator. Por esse motivo, os “vazamentos” ocorridos em 1986 (de
água) e em 1995 (falhas em varetas), ambos dentro da instalação, não causaram maior preocupação
por parte dos operadores de Angra 1. No segundo caso, a Usina operou ainda por cerca de três
meses, sob controle, até a parada prevista para manutenção. Não houve parada de emergência.
O acidente de Three Miles Island (TMI), nos Estados Unidos. Nesse acidente, vazaram água e vapor
do Circuito Primário, mas ambos ficaram retidos na Contenção. Com a perda da água que fazia a
refrigeração dos elementos combustíveis, estes esquentaram demais e fundiram parcialmente, mas
permaneceram confinados no Vaso de Pressão do Reator. A figura mostra como ficou o Vaso de
Pressão de Three Miles Island após o acidente, podendo-se notar os elementos combustíveis e as
barras de controle fundido e que o Vaso não sofreu danos.
Vaso de pressão
fonte:http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
O Reator de Chernobyl estava parando para manutenção periódica anual. Estavam sendo feitos testes
na parte elétrica com o Reator quase parando, isto é, funcionando à baixa potência. Para que isso
fosse possível, era preciso desligar o Sistema Automático de Segurança, caso contrário, o Reator
poderia parar automaticamente durante os testes, o que eles não desejavam. Os reatores deste tipo
não podem permanecer muito tempo com potência baixa, porque isso representa riscos muito altos.
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Ainda assim, a operação continuou desta forma. Os operadores da Sala de Controle do Reator, que
não são treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados
mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação. A temperatura aumentou rapidamente
e a água que circulava nos tubos foi total e rapidamente transformada em vapor, de forma explosiva.
Houve, portanto, uma explosão de vapor, que arrebentou os tubos, os elementos combustíveis e os
blocos de grafite. A explosão foi tão violenta que deslocou a tampa de concreto e destruiu o teto do
prédio, que não foi previsto para aguentar tal impacto, deixando o Reator aberto para o meio
ambiente. Como o grafite aquecido entra em combustão espontânea, seguiu-se um grande incêndio,
arremessando para fora grande parte do material radioativo que estava nos elementos combustíveis,
danificados na explosão de vapor. E o Edifício do Reator (ou Contenção de Concreto) é uma
estrutura de segurança, construída para suportar impactos, e não simplesmente um prédio industrial
convencional, como o de Chernobyl.
Bloco de
grafite
fonte: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.pdf
Muitos dos operários e bombeiros que tentaram apagar o incêndio nas instalações morreram pouco
depois, por terem sido expostos à radiação. O fogo só foi controlado quando helicópteros jogaram
cinco mil toneladas de areia no topo do reator. Controlado o perigo mais imediato, veículos-robôs
foram usados na tentativa de limpar a usina e eliminar os resíduos radioativos. Esses robôs
apresentaram falhas de funcionamento, provavelmente devido aos altos níveis de radiação no local.
Finalmente, homens foram enviados para fazer tal limpeza (muitos deles também morreram). Mais
de 115 mil pessoas foram evacuadas das regiões vizinhas.
Ucrânia e Bielorrússia (atual Belarus) enfrentam problemas a longo prazo. Muitos dos seus
habitantes não podem beber água do local ou ingerir vegetais, carne e leite ali produzidos. Cerca de
20% do solo agricultável e 15% das florestas de Belarus não poderão ser ocupados por mais de um
século devido aos altos índices de radioatividade.
Especialistas estimam que oito mil ucranianos já morreram como conseqüência da tragédia. Há
previsões de que até dezessete mil pessoas poderão morrer de câncer nos próximos setenta anos
devido à radiação espalhada no acidente.
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Atualmente as usinas nucleares apresentam alto grau tecnológico, e os riscos de acidentes nucleares
são mínimos se comparado com o passado, mas ainda é muito forte entre a população o medo e a
rejeição pelas usinas nucleares, portanto se faz necessário nos dias atuais à informação correta sobre
a sua implantação e seu poder energético, principalmente sobre os seus impactos ambientais que
como visto anteriormente é pequeno se comparados aos outros modelos energéticos existente no
mundo. Varias são as vantagens e as desvantagens da implantação de uma usina nuclear.
As vantagens são:
A enorme quantidade de energia que pode ser gerada para pouco material usado que é o
urânio;
Não contribui para o efeito de estufa (principal);
Não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio, particulados, porque o que é emitido é o
vapor de água;
Não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação;
Não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos);
Pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
Grande disponibilidade de combustível porque pode substituir o óleo e carvão para gerar
calor;
A quantidade de resíduos radioativos gerados é extremamente pequena e compacta; (possui
um rigoroso controle de destinação e gerenciamento);
A tecnologia do processo é bastante conhecida;
Não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias;
O risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e
ao óleo das termoelétricas, ele e transportado normalmente em barris vedados de 200 litros
(em uma embalagem industrial) em contêineres de carga padronizada para transporte
marítimo (ISO).
As desvantagens são:
Ao contrario que muita gente pensa a energia nuclear é uma energia limpa e os impactos ambientais
causados pela deposição do resíduo radioativo não são muito maiores que os impactos do lago de
uma hidroelétrica. Os principais impactos negativos causados pela usina hidrelétrica são:
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Referências Bibliográficas
Ramalho, Junior Francisco, Os Fundamentos da Física/ Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto
Ferraro, Paulo Antonio de Toledo Soares, 6ª edição, volume 2. São Paulo: editora moderna, 1993
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