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rísticas especiais». A abertura da primeiro loja


num centro comercial deveu­se, como confes­
sou o responsável, a questões imobiliárias.

Café para um país


de apaixonados
«Sabemos que Portugal é um país com uma
cultura e tradição muito fortes em café, por isso
estamos muito contentes por apresentar a Ex­
periência Starbucks aos novos consumidores»,
disse Álvaro Salafranca, director­geral da Star­
bucks Espanha e Portugal.
O café 100% Arábico que a Starbucks apresen­
ta é um pouco diferente daquilo a que os por­
tugueses estão habituados, mas Luís Rocha e
Mello afirma­se convicto de que isso não será
entrave ao sucesso. Ainda assim, as lojas nacio­
nais terão alguns produtos adequados ao gosto
dos portugueses, como o pastel de nata e o pas­
tel de feijão.
Para dar a conhecer a qualidade e a diferença
deste café serão realizadas provas constantes
com os clientes. Ao mesmo tempo, irão ser
montados “cantos” nas lojas, convidando os
frequentadores do espaço a conhecer os dife­
rentes sabores do café. Isto com a ajuda dos es­

Starbucks em Portugal pecialistas, em constante actualização, que são


os empregados da Starbucks.
Em Portugal, que será o 46º país da cadeia, irão
existir 16 tipos de café, de 60 países diferentes
Café de qualidade, num ambiente da América Latina, África e Ásia/Pacífico, que
poderão ser servidos em 87 mil formas diferen­
acolhedor. É este o mote da tes. O facto de, semanalmente, servirem qual­
quer coisa como 50 milhões de pessoas, torna
norte-americana Starbucks, que entra impossível aos responsáveis a definição de um
perfil de cliente.
agora no mercado nacional. Até ao Vestir a camisola
final do ano serão três as lojas, todas Os colaboradores da Starbucks são chamados
de partners. São reconhecidos como parceiros,
na zona da Grande Lisboa. O resto do As lojas nacionais

país vai ter, por enquanto, que esperar. terão alguns produtos
adequados ao gosto
dos portugueses,

A
como o pastel de nata
Starbucks, maior cadeira de coffeehouses cial, quando a norma a nível internacional pas­ e o pastel de feijão.
do mundo, abriu a sua primeira loja sa por lojas de rua, Luís Rocha e Mello, director
portuguesa no Centro Comercial Ale­ de operações para Portugal, referiu que «quere­
gro, em Alfragide. Mais dois espaços se mos estar onde os consumidores querem que
seguirão este ano, estando garantido que um nós estejamos. E como em Portugal existe uma
desses será na zona de Belém. forte cultura de centro comercial…».
A presença em Portugal do gigante norte­ame­ Mas mesmo num espaço fechado é necessário
ricano deve­se a uma joint-venture que deu ori­ marcar uma diferença, pelo que a própria loca­
gem à Starbucks Coffee Portugal. Desta lização dentro no centro comercial é importan­
joint-venture fazem parte, em percentagens te, sendo imperativo estar num outro local que
iguais, a Starbucks Coffee Internacional, e o não o food court.
Grupo Vips, líder no segmento da restauração e Ainda assim, a inauguração prevista para Be­
comércio em Espanha. lém, para a qual ainda não existe uma data con­
Questionado sobre o facto da presença em ter­ creta, será encarada como a verdadeira abertura
ritório nacional se iniciar num centro comer­ do mercado, até porque «essa loja terá caracte­
0 Dh Novembro 2008
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Luís Rocha e Mello, director de operações para
Portugal, com Álvaro Salafranca, director-geral
da Starbucks Espanha e Portugal. é de que, primeiro, a cadeia se irá
estabelecer na zona da Grande Lis­
para que cada um se sinta envolvido boa, e só depois passar ao Porto.
com o projecto. Demonstrativo
dessa orientação foi o facto de Álva­ Mas... E quanto custa?
ro Salafranca ter agradecido pes­ O preço final dos produtos será
soalmente, e tratado pelo nome mais alto do que na concorrência
próprio, os colaboradores presentes mas, revelou Luís Rocha e Mello,
na apresentação. Como ele próprio serão inferiores aos praticados em
disse, o «café é o coração do negó­ Espanha. Para referência, o expresso
cio, as pessoas são a alma». no país vizinho custa 1,60 euros.
O primeiro espaço contará com 16 Afinal, a qualidade e experiência
colaboradores. Em cada loja, segun­ Starbucks também se paga.
do foi revelado na apresentação, Um dos grandes objectivos da em­
existirão entre 12 a 18 colaborado­ presa é que esta se torne o “terceiro
res, que deverão também ser res­ lugar”, ou seja, o local de eleição en­
ponsáveis pela relação privilegiada e tre o trabalho e casa, onde se pode
próxima que devem manter com a passar um bom bocado sozinho,
comunidade em que se inserem. É acompanhado, com família ou em
assim desenvolvida uma mentali­ negócios. E isso, convenhamos, é
dade de boa vizinhança, de forma a difícil ao balcão de um tradicional
ajudar a comunidade e, obviamen­ café português.
te, a daí retirar os dividendos. Perda de identidade dizem uns. O
E quanto a investimento? E plano café é diferente, dizem outros. Mas
de expansão? E onde será a tal ter­ também, quem nos imaginava, há
ceira loja a abrir até ao final deste alguns anos, com esta dependência
ano? Tudo perguntas que, por polí­ de fast food em que vivemos? Só o
tica da empresa, ficaram sem res­ futuro dirá se a Starbucks tem… fu­
posta. A única ideia que transparece turo. Experiência não lhe falta.

Novembro 2008 Dh 1

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