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Livro Eletrônico

Aula 01

Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências


Contábeis) Consulplan

Professor: Gilmar Possati

01419168509 - Clark
# CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO p/ EXAME CFC 2018.1 #
Bacharel em Ciências Contábeis Aula 01

AULA 01: MCASP: Procedimentos Contábeis


Orçamentários (I). Princípios Orçamentários. Receita
Orçamentária.

Sumário
1. Princípios Orçamentários 02
1.1. Aspectos Introdutórios 02
1.2. Detalhamento dos Princípios 04

2. Receita Orçamentária 14
2.1. Receitas Orçamentárias 16
2.2. Ingressos Extraorçamentários 18
2.3. Classificações da receita orçamentária 21
2.4. Recursos Financeiros não reconhecidos como Receita Orçamentária 39
2.5. Regimes da Contabilidade Aplicada ao Setor Público 40
2.6. Estágios da Receita 42
2.7. Procedimentos Contábeis referentes à Receita Orçamentária 46

3. Questões Comentadas 68
4. Resumo da Aula 140
5. Lista das questões apresentadas 143
6. Gabarito 161

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MCASP: Procedimentos Contábeis Orçamentários (I)

Pessoal, para quem já estudou a disciplina de Administração Financeira e


Orçamentária (AFO) essa parte do MCASP basicamente é uma revisão de
alguns pontos de AFO: Princípios Orçamentários, Receita Orçamentária e
Despesa Orçamentária. A seguir vamos estudar a primeira parte desses
procedimentos.

1. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

1.1. Aspectos Introdutórios

Os princípios orçamentários representam as premissas a serem


observadas na concepção da proposta orçamentária. Veja essa
assertiva elaborada pelo CESPE em 2013 e considerada correta:

Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e


significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas
formulações originais não atendem, necessariamente, ao universo
econômico-financeiro do Estado moderno.

Os Princípios Orçamentários são aquelas regras mais fundamentais e que


funcionam como norteadoras da prática orçamentária. São um conjunto
de premissas que devem ser observadas durante cada etapa da
elaboração orçamentária. Um sentido mais rigoroso para este conceito foi
expresso por SANCHES (1997):

É um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as


práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência,
sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao seu controle pelo
Poder Legislativo e demais instituições da sociedade....

Mesmo reconhecendo a importância dos Princípios orçamentários na


formulação dos orçamentos, não há uma aprovação absoluta e unânime
desses. Segundo SILVA (1962),

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Esses princípios não têm caráter absoluto ou dogmático, antes constituem


categorias históricas e, como tais, estão sujeitos a transformações e
modificações em seu conceito e significação.

Observa-se atualmente que os princípios orçamentários não conseguem


atender a todas as variações da atividade financeira do Estado, existindo,
assim, inúmeras exceções. E, como já sabemos, essas exceções são a
“menina dos olhos” dos examinadores, pois representam um campo fértil
para elaboração de questões muitas vezes maldosas. Mas, nosso objetivo
aqui é acabar com a maldade da banca, pois veremos os detalhes que são
exigidos em se tratando do assunto princípios orçamentários.

Pessoal, ultimamente as provas de concursos “top” estão exigindo


questões sobre princípios orçamentários em um nível de profundidade
alto. Não basta mais sabermos as premissas básicas de cada princípio e
suas exceções. As questões estão exigindo conhecimentos sobre a
finalidade prática dos princípios no contexto das atividades da
administração orçamentária e financeira, além da aplicabilidade dentro do
contexto histórico das finanças públicas.

Sendo assim, para que não sejamos surpreendidos, preparamos um


verdadeiro “dossiê” sobre os princípios orçamentários. Ao final, encontra-
se um resumo-esquemático para futuras revisões de véspera de prova.

Bem... feita essa breve contextualização do assunto, vamos à luta, pois


vida de concurseiro(a) é assim mesmo... leia com bastante atenção esse
assunto, pois certamente será alvo de cobrança no seu concurso (seja na
disciplina de AFO ou em Contabilidade Pública).

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1.2. Detalhamento dos princípios

PRINCÍPIO DA UNIDADE

Premissa: O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas


um orçamento para dado exercício financeiro.

Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa


(art. 164, §3º, CF/88).

Fundamento Legal: Art. 2°, Lei n° 4.320/64 e § 5º do art. 165 da CF/88.

Finalidade: evitar a existência de orçamentos paralelos e


extraordinários, bem como a proliferação de caixas ou fundos especiais
com a finalidade de financiamento específico de determinadas despesas
públicas.

Aplicabilidade: Apesar de estar previsto desde 1964, não estava na


prática sendo cumprido.

Período 1964-1988:

Convívio simultâneo com três orçamentos distintos:

O orçamento fiscal, o orçamento monetário e o orçamento das estatais.

Não ocorria nenhuma consolidação entre os mesmos.

Existência de orçamentos paralelos

Período pós-88:

Surgimento do PRINCÍPIO DA TOTALIDADE;

Trata-se de uma reconceituação, do princípio da unidade;

Possibilita a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto,


devem sofrer consolidação.

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Exceções: Entidades da administração indireta dotadas de autonomia


financeira.

Exemplo: Caixa Econômica Federal (empresa pública) e Petrobrás


(sociedade de economia mista)  Apenas os seus investimentos devem
constar da Lei Orçamentária Anual. O Plano de Dispêndios Globais (PDG),
ato infralegal, constitui o orçamento das empresas estatais abrangendo
também as despesas correntes (de custeio).

Observações:
a) O princípio da unidade não significa que deve existir apenas um
orçamento aplicável para todos os entes federados. Todos os Estados e
Municípios possuem o seu respectivo orçamento;

b) Modernamente, admite-se a coexistência de diversos orçamentos que


deverão ser consolidados a fim de que o governo possua uma visão global
das finanças públicas. Segundo o Prof. Giacomoni,

Esse modelo, em linhas gerais, segue a concepção da totalidade


orçamentária, isto é, múltiplos orçamentos são elaborados de forma
independente, sofrendo, entretanto, a consolidação que possibilita o
conhecimento do desempenho global das finanças públicas.

Sendo assim, temos que o princípio da totalidade é um


desdobramento do princípio da unidade.

PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

Premissa: o orçamento deve conter todas as receitas e todas as


despesas do Estado.

Fundamento Legal: Art. 2°, 3°, 4° e 6º, Lei n° 4.320/64; e Art. 165, §5°,
CF/88.

Finalidade: controle parlamentar sobre as finanças públicas.

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Aplicabilidade:

Período 1969-1988:

 Tratamento flexível do princípio gerava distorções no âmbito das


finanças públicas;
 Ausência de controles sobre o montante dos encargos, compromissos
e déficit público.

Período pós-88:

 Avanço importante;
 Cunho abrangente ao conteúdo do orçamento fiscal;
 Exigência de inclusão na LOA do orçamento de investimento das
empresas estatais;
 Exigência de inclusão na LOA do orçamento de investimento das
entidades previdenciárias.

Exceções: As seguintes exceções são citadas na doutrina:

i. Cobrança de tributo se houver sido cobrado após o orçamento, mas


antes do início do respectivo exercício financeiro (Súmula 66 do STF);

ii. Receitas e despesas operacionais das empresas públicas e sociedades


de economia mistas, consideradas estatais independentes;

iii. Ingressos Extraorçamentários do art. 3º da Lei nº 4.320/64: ARO,


emissões de papel-moeda e entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiro.

As exceções ao princípio da universalidade são no tocante às


previsões de receitas, não em relação às fixações de despesas.

Isso já foi alvo de cobrança em concursos. A FCC, por exemplo, exigiu


isso em duas oportunidades. Observe uma das questões, a qual
adaptamos para o nosso propósito:

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1. (FCC/Contador/DNOCS/2010/Adaptada) Em relação aos princípios


orçamentários adotados no Brasil, é correto afirmar que o princípio da
universalidade admite exceções no tocante à fixação das despesas.

As exceções ao princípio da universalidade são no tocante às previsões de


receitas, não em relação às fixações de despesas.

Gabarito: Errado

Observação: apesar de constar na doutrina que as exceções são no


tocante às previsões da receita, há aparente contradição, pois a própria
doutrina informa que uma das exceções corresponde às despesas
operacionais das empresas públicas e sociedades de economia mistas,
consideradas estatais independentes. De qualquer forma, como já foi alvo
de exigência achamos interessante dar o devido destaque aqui.

PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO

Premissa: Todas as parcelas da receita e da despesa devem


aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo
de dedução.

Fundamento Legal: Art. 6°, Lei n° 4.320/64. Surgiu junto ao da


Universalidade, visando ao mesmo objetivo.

Finalidade: veda que as receitas e despesas sejam incluídas no orçamento


nos seus montantes líquidos.

Aplicabilidade:

Período 1964-1981:

 Não era cumprido totalmente.

Período pós-81:

 O princípio passou a ser observado.

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PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU DA PERIODICIDADE

Premissa: O orçamento público deve ser elaborado e autorizado


para um período determinado, geralmente um ano.

Fundamento Legal: Art. 2º e 34 da Lei 4.320/64 e Art. 166, § 3º, art.


165, §§ 5 e 8 e o art. 167, I, CF/88.

Sua origem mais remota está na regra da anualidade do imposto, que


vigorou na Inglaterra, antes mesmo do surgimento do orçamento. No
Brasil, a anualidade do orçamento sempre foi consagrada, inclusive nos
dispositivos constitucionais. Desde a Lei 4.320/64, passou-se a exigir que
os orçamentos anuais fossem complementados com projeções plurianuais
no âmbito dos investimentos.

Finalidade: evitar a perpetuidade ou a permanência da autorização para a


gestão orçamentária e financeira.

Aplicabilidade: Segundo Giacomoni, no Brasil, a anualidade sempre foi


consagrada, inclusive nos dispositivos constitucionais.

Exceções: Créditos ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS com vigência


plurianual.

PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO DAS RECEITAS

Premissa: todas as receitas orçamentárias devem ser recolhidas ao


Caixa Único do Tesouro, sem qualquer vinculação em termos de
destinação.

Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida


para atender a certos e determinados gastos - Sant'Anna e Silva

Fundamento Legal: Art. 167, CF/88.

Finalidade: reservar ao orçamento espaço discricionário para


determinação dos gastos com os investimentos e as políticas públicas.

Segundo esse princípio, a receita orçamentária de impostos não pode ser


vinculada a órgãos ou fundos, nos termos do art. 167 da Constituição
Federal. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal preceitua que os

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recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados


exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Aplicabilidade: A observação do princípio sempre foi problemática. No


âmbito da União, a dificuldade no cumprimento do princípio está
representada especialmente nas contribuições sociais, econômicas e de
intervenção no domínio econômico. Por sua própria natureza, as
contribuições são vinculadas.

Exceções: A Constituição Federal estabelece como exceções ao


princípio da não-afetação as seguintes receitas vinculadas: Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), Fundo de Participação dos Estados
(FPE), recursos destinados à Saúde, FUNDEF, administração
tributária, prestação de garantia às operações de crédito por
antecipação da receita orçamentária (ARO), prestação de
contragarantia à União, pagamento de débitos para com a União.
Além disso, o texto constitucional prevê que a receita de tributos pode ser
vinculada quando os recursos sejam destinados ao programa de apoio à
inclusão e promoção social (somente Estados e Distrito Federal), ao fundo
estadual de fomento à cultura (somente Estados e Distrito Federal), à
seguridade social (contribuições sociais), à prestação de garantia à ARO,
à prestação de contragarantia à União e ao pagamento de débitos para
com a União.

PRINCÍPIO DA DISCRIMINAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO

Premissa: A LOA não consignará dotações globais destinadas a


atender indiferentemente a despesas de pessoal, material,
serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras.

Fundamento Legal: Art. 5º e 15, § 1º Lei 4.320/64 e Art. 167, I, II e VI,


CF.

Finalidade: apoiar o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as


finanças executivas. Inibir autorizações genéricas evitando o arbítrio na
programação da despesa.

Exceções:
- Lei nº 4.320/64 (art. 20) = investimentos em regime de execução
especial;

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- DL nº 200/67 (art. 91) e LRF (art. 5º, III) = reserva de contingência.

PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

Premissa: A LOA não pode conter dispositivo estranho à fixação das


despesas e previsão das receitas.

Fundamento Legal: Art. 165, § 8°, CF/88 e art. 7°, Lei n° 4.320/64.

Finalidade: impedir que a LOA, em função da natural celeridade de sua


tramitação no Legislativo, fosse utilizada como meio de aprovação de
matérias outras que nada tinham a ver com questões financeiras
(Giacomoni, 2010, p. 79). Essas matérias foram denominadas de “caudas
orçamentárias”, comuns na época da 1ª república.

Exceções:

a) autorização para a abertura de créditos suplementares;

b) autorização para a realização de operações de crédito, ainda que por


antecipação de receita orçamentária.

PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO

Premissa: A LOA deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista


contábil, entre os valores de receita e de despesa.

Fundamento Legal: Art. 4º, I, alínea "a" e art. 9º, LRF

No Brasil, não existe nenhuma norma legal que determina o equilíbrio no


planejamento orçamentário, ou seja, na PREVISÃO DA RECEITA E
FIXAÇÃO DA DESPESA. Destaca-se, ainda, que a CF de 1967 trazia
previsão expressa. Já a atual CF trata a questão de forma indireta,
atacando o chamado déficit das operações correntes. É a “regra de ouro”
prevista no art. 167, III, CF/88.

Finalidade: limitar o crescimento dos gastos públicos e da dívida pública


(instrumento de controle), além de evitar o comprometimento das metas
fiscais.

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Destaca-se que o equilíbrio é apenas didático. O Legislativo pode alterar a


proposta inicial e aprovar a LOA em desequilíbrio.

Outro ponto discutido pela doutrina é que a partir da LRF surge um novo
conceito relacionado ao princípio do equilíbrio: o EQUILÍBRIO FISCAL.
Nesse sentido, exige-se mais que o equilíbrio, exige-se um superávit
(fiscal), ou seja, a receita (primária) deve superar a despesa (primária)
de forma que o saldo possa ser utilizado para pagamento do serviço da
dívida pública.

PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO

Premissa: Utilização do orçamento como auxiliar efetivo da


administração, especialmente como técnica de ligação entre as
funções de planejamento e gerência.

Fundamento: Doutrina

Finalidade: Segundo Giacomoni (2010),

Para representar os elementos do planejamento, o orçamento vem


sofrendo mudanças profundas em sua linguagem, buscando veicular a
programação de trabalho de governo, isto é, os objetivos e metas
perseguidos, bem como os meios necessários para tal.

OUTROS PRINCÍPIOS TRADICIONAIS

Princípio da Clareza

Premissa: A LOA deve ser apresentada em linguagem clara e


compreensível a todas as pessoas que necessitam manipulá-la.

Fundamento: Doutrina

Finalidade: facilitar a compreensão pela sociedade e, por conseguinte, o


controle social.

Segundo Sanches (2004),

Princípio orçamentário clássico segundo o qual a Lei Orçamentária deve


ser estruturada por meio de categorias e elementos que facilitem sua

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compreensão até mesmo por pessoas de limitado conhecimento técnico


no campo das finanças públicas.

Observe que o princípio da clareza está estritamente ligado à


transparência. Com efeito, pode-se afirmar que a transparência abarca
também o princípio da clareza, “no sentido de que a atividade financeira
deve se desenvolver segundo os ditames da clareza, abertura e
simplicidade”(TORRES, 2001, p. 1 e 2), pois “o poder de comunicação do
documento terá influência em sua melhor e mais ampla utilização e sua
difusão será tanto mais abrangente quanto maior for a clareza que
refletir” (KOHAMA, 2009, p. 42 e 43). Agora observe o interessante
posicionamento a seguir:

Transparência na democracia é fundamental e vai além de publicidade,


que é um dos princípios básicos da administração pública. Desde o fim do
regime autoritário, já se avançou no sentido de tornar públicos os atos do
governo, mantidos obscurecidos durante o período da ditadura. Dar
publicidade aos atos de gestão é fundamental, mas transparência é algo
mais. Tornar pública a gestão não garante o acesso à informação. Ter
acesso à informação deve ser entendido em sentido amplo, ou
seja, entender e compreender o que está sendo
publicado. (MAWAD, 2002, p. 527 e 528, grifo nosso).

Perceba que para existir transparência temos que ter publicidade e, além
disso, clareza! Por isso que esses princípios (transparência, publicidade e
clareza) geram confusão e uma certa variedade de opiniões na doutrina
especializada.

Princípio da Legalidade

Premissa: A arrecadação de receitas e a execução de despesas


públicas deve ser precedida de expressa autorização do Poder
Legislativo.

Fundamento Legal: Art. 166, CF/88

Finalidade: garantir que todos os atos relacionados aos interesses da


sociedade devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento.

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Princípio da Transparência

Premissa: Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público


(MCASP) - Parte I, o princípio da transparência aplica-se também ao
orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e
49 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que determinam ao
governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão
fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.

Fundamento Legal: Arts. 48, 48-A e 49 da LRF.

Princípio da Publicidade

Premissa: Justifica-se pelo fato de o orçamento ser fixado em lei, e


esta, para criar, modificar, extinguir, ou condicionar direitos e
deveres, obrigando a todos, há que ser publicada. José Afonso Silva

Finalidade: dar validade aos dispositivos contidos na Lei Orçamentária


Anual

Princípio da Sinceridade/Exatidão

Premissa: As leis orçamentárias devem apresentar de maneira


sincera (exata) o conjunto dos recursos e dos encargos do Estado.

“As contas do Estado devem ser regulares, sinceras, e dar uma imagem
fiel do seu patrimônio e de sua situação financeira” (Art. 32, Lei Orgânica nº
2001-692 - França - Bouvier, M. e outros - Finances Publiques, 7ª Ed., pg 273, Paris,
2004).

"A elaboração do orçamento há de fundamentar-se num diagnóstico


básico que dê exata dimensão (tanto quanto possível) da situação
existente e indique a solução dos problemas identificados, em base
realística, determinando os recursos necessários sem otimismo, sem
superestimar os recursos nem subavaliar os gastos necessários para
atingir os objetivos fixados" José Afonso da Silva

Segundo Giacomoni (2010), "a difundida prática de


superdimensionamento da solicitação de recursos baseada na

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inevitabilidade dos cortes configura clara violência ao princípio da


exatidão, artificializando a elaboração do orçamento".

2. RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Pessoal, antes de passarmos ao estudo da receita orçamentária


propriamente dita, vamos estudar um pouco sobre as receitas públicas
(grupo mais amplo).

Quem já estudou Contabilidade sabe que receita é, grosso modo, algo


que aumenta o patrimônio líquido (PL) da entidade e que despesa é algo
que diminui o PL.

Logo, para a CASP, cujo objeto é o Patrimônio Público, vamos seguir esse
mesmo raciocínio:

Receita  aumenta o PL
Despesa  diminui o PL

Porém, na disciplina da AFO, cujo objeto é o orçamento público, quando


nos referimos a receitas e despesas estamos tratando das receitas e
despesas orçamentárias. Logo, em AFO consideramos receita e despesa
aquilo que impacta o orçamento!

Logo, para AFO, cujo objeto é o orçamento público, vamos seguir esse
raciocínio:

Receita  aumenta o orçamento


Despesa  diminui o orçamento

Nesse sentido, quando você estudar receita e despesa deve sempre ter
em mente qual o enfoque a ser aplicado:

Enfoque patrimonial  CASP  aumento ou diminuição do PL


Enfoque orçamentário  AFO  aumento ou diminuição do orçamento

Porém, o MCASP utiliza outra denominação que deixa bem mais clara
essa situação.

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Para acabar com essa dúvida, a STN (responsável pela elaboração do


MCASP) denomina as receitas e despesas sob o enfoque patrimonial
respectivamente de Variações Patrimoniais Aumentativas (VPAs) e
Variações Patrimoniais Diminutivas (VPDs).

Enfoque patrimonial

Receitas  Variações Patrimoniais Aumentativas (VPAs)


Despesas  Variações Patrimoniais Diminutivas (VPDs)

Outra característica que pode ajudar você a entender melhor a diferença


entre os dois enfoques é a seguinte:

As receitas/despesas sob o enfoque patrimonial, ou seja, as VPAs e


VPDs sempre afetam o PL.

Já as receitas/despesas sob o enfoque orçamentário, ou seja, as


receitas/despesas orçamentárias podem ou não afetar o PL. Apenas as
receitas/despesas efetivas afetam o PL (vamos estudar na sequência as
classificações...).

Na Lei Orçamentária Anual (LOA) as receitas são previstas e as despesas


são fixadas. Trata-se, portanto, de estimativas. Logo, as
receitas/despesas podem ocorrer ou não!

Estudaremos com maiores detalhes as receitas/despesas sob o enfoque


patrimonial quando abordarmos a parte II do MCASP (Procedimentos
Contábeis Patrimoniais).

Agora que você já sabe essa diferença, podemos iniciar, de fato, o estudo
da Receita Orçamentária, conforme disposições do MCASP. Avante!

Segundo o MCASP, em sentido amplo, os ingressos de recursos


financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas públicas,
registradas como receitas orçamentárias, quando representam
disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos
extraorçamentários, quando representam apenas entradas
compensatórias.

Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas


orçamentárias.

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2.1. Receitas Orçamentárias

Nos termos do MCASP, as receitas orçamentárias são disponibilidades de


recursos financeiros que ingressam durante o exercício orçamentário e
constituem elemento novo para o patrimônio público.

As receitas orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado


em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às necessidades
públicas e demandas da sociedade. Trata-se, portanto, de um
instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas
públicas.

As receitas orçamentárias possuem as seguintes características:

 Representam disponibilidades de recursos;


 São utilizados para cobertura de despesas;
 Pertencem ao Estado;
 Transitam pelo patrimônio;
 Aumentam o saldo financeiro;
 Em regra, estão previstas na LOA (Princípio da Universalidade).

O MCASP destaca que embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a


previsão de arrecadação, a mera ausência formal do registro dessa
previsão, no citado documento legal, não lhes retira o caráter de
orçamentárias, haja vista o disposto no art. 57 da Lei nº 4.320/1964:

Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias,


todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações
de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.

Conforme comentamos, as receitas são previstas no orçamento. Logo,


não há como o governo ter certeza de quanto arrecadará de impostos,
por exemplo. Assim, ele estima a receita. Imagine que o governo previu
arrecadar R$ 100.000.000,00 de imposto de importação. Porém, em
decorrência de uma valorização cambial do real frente ao dólar, as
pessoas passaram a importar mais bens... consequentemente haverá
maior arrecadação de impostos de importação, não é mesmo? Digamos
que houve uma arrecadação de R$ 120.000.000,00, 20% a mais do que o
inicialmente previsto. Pergunta... esses 20 milhões arrecadados a mais
serão considerados como receitas orçamentárias ou como receitas

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extraorçamentária. A resposta está no art. 57 que acabamos de estudar.


Nesse caso, a receita será orçamentária, pois todas as receitas
arrecadadas, ainda que não previstas no orçamento são consideradas
orçamentárias. Veja que a rubrica “impostos de importação” consta no
orçamento. Apenas o montante arrecadado é que altera em decorrência
das variáveis econômicas a que está submetida as finanças públicas como
um todo. Logo, se houve a entrada de mais recursos do que previsto
obviamente que devemos classificar como orçamentário.

Como exceções a essa regra (art. 57), temos as operações de crédito por
antecipação da receita (ARO), as emissões de papel-moeda e outras
entradas compensatórias que, conforme estudaremos a seguir, são
considerados ingressos extraorçamentários (receitas extraorçamentária).

2.2. Ingressos Extraorçamentários

Nos termos do MCASP, ingressos extraorçamentários são recursos


financeiros de caráter temporário, do qual o Estado é mero agente
depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa,
portanto, não integram a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os ingressos


extraorçamentários em geral não têm reflexos no Patrimônio Líquido da
Entidade, ou seja, não impactam a situação líquida da entidade.

Segundo o art. 3º da Lei nº 4.320/64,

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as


de operações de crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as


operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-
moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.

Veja que o parágrafo único acima nos traz exemplos do que é considerado
receita extraorçamentária:
 as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária
(ARO);
 a emissão de moeda; e
 outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.

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Veja que o critério considerado pela Lei decorre da seguinte


interpretação: “se for entrada compensatória consideramos como receita
extraorçamentária”.

Porém, os especialistas ensinam que esse critério é muito frágil. Veja que
as operações de crédito (as normais, não as AROs) também são entradas
compensatórias. Como assim, professor?

Nós vamos estudar isso quando chegarmos nos procedimentos contábeis


patrimoniais, porém antecipando um pouco para você entender, as
operações de crédito são fatos permutativos em que não há alteração
quantitativa do patrimônio, apenas alteração qualitativa nos elementos
patrimoniais (ativo, passivo e PL). Assim, em uma operação de crédito há
uma entrada de recursos no caixa (aumento de ativo) e, em contrapartida
(em compensação) há o reconhecimento de uma obrigação no passivo.
Trata-se, portanto, de uma entrada compensatória (o aumento do ativo
foi compensado pelo aumento no passivo). Aí eu pergunto... se há uma
entrada compensatória estamos diante de uma receita extraorçamentária,
não é mesmo? Pois é, amigos e amigas, aqui que reside o problema
discutido pelos especialistas... embora seja uma entrada compensatória
as operações de crédito (normais) são consideradas receitas
orçamentárias! É o que está no caput do art. 3º da Lei 4.320/64 acima
descrito.

Do exposto, percebe-se que o critério adotado pela Lei é muito frágil, pois
comporta exceções. Trata-se de um critério jurídico, ou seja, é receita
extraorçamentária o que consta na Lei.

Portanto, para fins de prova, vale sabermos esses exemplos citados pela
Lei. Além desses exemplos, o MCASP cita, ainda, os depósitos em
caução, figura clássica e presença forte nas provas, as fianças e as
consignações.

Quando um fornecedor efetua um depósito em caução como garantia


para participar de um processo licitatório, por exemplo, não há impacto
no patrimônio líquido da entidade, pois trata-se de um recurso que não
pertence ao Poder Público, sendo passível de devolução caso o fornecedor
cumpra as disposições contratuais. Veja que o depósito em caução é um
clássico exemplo de entrada compensatória.

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As fianças, por sua vez, não são tão comuns no setor público. Mas, quem
já precisou alugar um imóvel sabe bem da necessidade do fiador. E, como
é difícil conseguir um fiador, existem várias opções no mercado... uma
delas é dar um valor em garantia antecipadamente (a tal da fiança). Esse
valor é devolvido ao final do contrato (com alguma atualização) caso o
locatário cumpra com todos os pagamentos. Perceba que para quem está
recebendo a fiança há uma obrigação de devolver o valor (mesma ideia
do depósito em caução, não é mesmo...). Está aí, portanto, mais um
exemplo de entrada compensatória.

Por fim, as consignações consistem na retenção pelo setor público de


valores a serem repassados a terceiros. Quem nunca ouviu falar do
famigerado “empréstimo consignado”? Pois é... em regra, esse tipo de
e
empréstimo possui taxas mais atrativas (menos onerosas para quem está
captando o empréstimo). Mas, você sabe o porquê disso? Ocorre que
nessa modalidade de empréstimo o valor é descontado diretamente do
contracheque do cidadão... logo, a inadimplência (o “calote” rsrsr) é bem
menor. Assim, por exemplo, você futuro servidor público (se ainda já não
é...) quando efetuar um empréstimo consignado, o seu patrão (setor
público) irá reter o valor da sua remuneração mensal... essa retenção
nada mais é do que um recurso consignado, ou seja, apesar de entrar nos
cofres públicos o valor, ele deverá ser repassado para a instituição
financeira na qual você efetuou o empréstimo. Eis que surge mais um
exemplo de entrada compensatória...

Pessoal, na prática, para acertar as questões de prova, você deve saber


esses exemplos que estudamos acima de receitas extraorçamentária.
Sabendo isso resolvemos 99% das questões!

Exemplos de receitas extraorçamentárias


 Operações de crédito por antecipação de receita orçamentária
(ARO);
 Emissão de moeda;
 Outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros
(exemplos: depósitos em caução, fianças e consignações)

O quadro abaixo resume tudo o que vimos até o momento.

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Ingressos de Recursos Financeiros nos Cofres Públicos (Receitas Públicas em


sentido amplo)
Receitas Orçamentárias
Ingressos Extraorçamentários
(Receitas Públicas em sentido estrito)
 Representam entradas compensatórias;  Representam disponibilidades de recursos;
 Recursos financeiros de caráter  São utilizados para cobertura de despesas;
temporário;  Pertencem ao Estado;
 Estado é mero agente depositário;  Transitam pelo patrimônio;
 Não integram a LOA;  Aumentam o saldo financeiro;
 Em geral, não têm reflexos no PL da  Em regra, estão previstas na LOA (Princípio da
entidade Universalidade).
Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças,  Serão classificadas como receita orçamentária,
Consignações, Operações de Crédito sob as rubricas próprias, todas as receitas
ARO, Emissão de Moeda e Outrasc arrecadadas, inclusive as provenientes de
entradas compensatórias operações de crédito, ainda que não
previstas no Orçamento. (Art. 57 da Lei nº
4.320/1964)
 Ressalvas: operações de credito por
antecipação da receita (ARO); emissões de
papel-moeda; outras entradas compensatórias

Vamos ver como o assunto foi exigido recentemente.

2. (CESPE/Agente Administrativo/DPU/2016) Com relação ao orçamento


público no Brasil, julgue o próximo item, considerando o que está
estabelecido na Constituição Federal de 1988 (CF).

Recursos financeiros de caráter temporário, como as fianças, integram as


receitas na LOA.

Conforme estudamos, as receitas de caráter temporário são


extraorçamentárias e, portanto, não estão integradas na LOA.

Gabarito: Errado

2.3. Classificações da receita orçamentária

A legislação orçamentária estabelece alguns critérios de classificação dos


dados inseridos no orçamento de modo a contribuir para uma melhor

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compreensão das suas funções. Mas, afinal qual seria a finalidade da


classificação?

Segundo a doutrina, as contas orçamentárias devem ser classificadas,


dentre outras finalidades:

 A fim de contribuir para a efetiva e regular execução do orçamento;

 Permitir que o orçamento sirva ao objetivo da prestação de contas;

 Possibilitar a análise dos efeitos econômicos e sociais das atividades


governamentais;

f
 Facilitar a formulação dos programas elaborados pelo governo.

Passemos ao estudo pormenorizado das classificações da receita, segundo


o MCASP, destacando, ainda, as classificações previstas na doutrina (não
oficiais), tendo em vista que ambas são exigidas em concursos.

2.3.1. Classificação segundo o MCASP

O detalhamento das classificações orçamentárias da receita, no âmbito da


União, é normatizado por meio de portaria da Secretaria de Orçamento
Federal (SOF), órgão do atual Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MP).

As receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes


critérios:
a. Natureza;
b. Fonte/Destinação de Recursos; e
c. Indicador de Resultado Primário.

2.3.1.1. Classificação por natureza de receita

Segundo o MCASP, essa classificação é utilizada por todos os entes da


Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato
gerador: acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita nos
cofres públicos.

Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no


contexto orçamentário para as receitas públicas; por isso, contém

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todas as informações necessárias para as devidas alocações


orçamentárias.

A partir de 2016 houve alteração na estrutura da codificação das


naturezas de receitas. A estrutura da nova codificação cria possibilidade
de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela
originadas: Multas e Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A
associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 dígitos que
se subdivide em cinco níveis: categoria econômica (1º dígito), origem
(2º dígito), espécie (3º dígito), desdobramento para identificação de
peculiaridades (4º, 5º, 6º e 7º dígitos), tipo (8º dígito):

C O E DDDD T
8
Desdobramentos para
Categoria identificação de
Origem Espécie Tipo
Econômica peculiaridade da
receita

Reitera-se que essa estrutura iniciou a ser utilizada no exercício de 2016.


Logo, você pode encontrar muitas questões desatualizadas por aí... fique
alerta!

Exemplo: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF), código


“1.1.1.3.01.1.1 ”

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Nesse sentido, MCASP destaca que o objetivo dessa nova codificação é


prover melhorias na estrutura de formação dos códigos da classificação,
aplicando lógica integralmente voltada para a gestão das receitas
orçamentárias. A nova codificação estrutura os códigos de forma a
proporcionar extração de informações imediatas, a fim de prover
celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer
procedimento paralelo para concatenar dados.

Vejamos cada um dos níveis acima descritos.

CATEGORIA ECONÔMICA

Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam as receitas


orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”.

As Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do
Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e
constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos
programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades
públicas.

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De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam-se como


Correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da
exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais
receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas
Correntes).

As Receitas Orçamentárias de Capital, por sua vez, também


aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos
de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas
Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito
sobre o Patrimônio Líquido.

De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, Receitas de Capital


são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos
da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos,
quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de
Capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente.

ORIGEM

Nos termos do MCASP, a origem é o detalhamento das categorias


econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com vistas a
identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam
nos cofres públicos.

Os códigos da origem para as Receitas Correntes e de Capital, segundo o


MCASP são:

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O quadro a seguir sintetiza as categorias econômicas da receita e suas


origens, destacando um mnemônico.

Correntes  Tributa Com PAIS Trans Ou


De Capital  Opera Ali Amor Trans Ou

Veja como o assunto é exigido em provas!

3. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/2016) Com relação às receitas


correntes e às receitas de capital, assinale a opção correta.
a) As receitas de capital são classificadas em patrimonial e industrial.
b) São receitas correntes as provenientes de empréstimo e de
financiamento destinados a investimentos.
c) As receitas tributárias e de contribuições classificam-se como receitas
correntes.
d) As operações de crédito são classificadas como receitas correntes.

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e) São receitas correntes aquelas destinadas à inversão financeira.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. As receitas de capital são classificadas em: operações de


crédito, alienações de bens, amortização de empréstimos, transferências
de capital e outras receitas de capital.

b. Errado. O item se refere a receitas de capital. As receitas correntes


são arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre
o Patrimônio Líquido e constituem instrumento para financiar os objetivos
definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer
finalidades públicas.

c. Certo. As receitas correntes são classificadas em: tributárias,


contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços e
outras receitas correntes.

d. Errado. As operações de crédito são classificadas como receitas de


capital.

e. Errado. Inversão financeira é uma despesa de capital.

Gabarito: C

O MCASP destaca que a atual codificação amplia o escopo de abrangência


do conceito de origem e passa a explorá-lo na sequência lógico-temporal
na qual ocorrem naturalmente atos e fatos orçamentários co-
dependentes.

Nesse contexto, considera que a arrecadação das receitas ocorre de


forma concatenada e sequencial no tempo, sendo que, por regra, existem
arrecadações inter-relacionadas que dependem da existência de um fato
gerador inicial a partir do qual, por decurso de prazo sem pagamento,
originam-se outros fatos, na ordem lógica dos acontecimentos jurídicos:

a. Primeiro, o fato gerador da Receita Orçamentária Propriamente Dita,


que ocorre quando da subsunção do fato, no mundo real, à norma
jurídica;

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b. Segundo, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a


Receita Orçamentária propriamente dita, cujo fato gerador é o decurso do
prazo estipulado por lei para pagamento, sem que isso tenha ocorrido.
(Esse fato gerador depende, fundamentalmente – na origem –, da
existência da Receita Orçamentária propriamente dita);

c. Terceiro, a obrigação de pagar a dívida ativa referente à Receita


Orçamentária propriamente dita e às multas e aos juros dessa receita,
cujo fato gerador é a inscrição em dívida ativa, que decorre do transcurso
de novo prazo e da permanência do não pagamento da receita e das
multas e juros que lhe são afetos. (Novamente, ao remetermos para o
início do processo – a origem – há dependência do fato gerador primeiro,
inicial: a existência da Receita Orçamentária propriamente dita); e

d. Quarto, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a


dívida ativa da Receita Orçamentária propriamente dita, cujo fato gerador
é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento da dívida ativa,
sem que o pagamento tenha ocorrido. (Ao buscar-se o marco inicial dessa
obrigação, conclui-se, novamente, que, na origem, há dependência da
existência da Receita Orçamentária propriamente dita).

O MCASP destaca que o ponto de partida – a origem – de todo o processo


relatado no parágrafo anterior foi a existência da Receita Orçamentária
propriamente dita, e as demais arrecadações que se originaram a partir
do não pagamento dessa receita foram, na sequência temporal dos
acontecimentos: multas e juros da receita, dívida ativa da receita e
multas e juros da dívida ativa da receita.

O raciocínio estruturado acima explora o fato de que se a existência de


multas, juros, dívida ativa e multas e juros da dívida ativa decorrem do
não pagamento da Receita Orçamentária propriamente dita dentro dos
prazos estabelecidos em lei, então dependem da existência dessa receita
e nela tiveram origem.

Alguns pontos que devemos estar atentos, pois são alvo de cobrança:

1. Taxa x Preço Público

Segundo a Súmula nº 545 do STF,

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Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,


diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei
que a instituiu.

O MCASP descreve maiores informações sobre as diferenças entre esses


institutos.

2. Outras Receitas Correntes

Constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o


enquadramento nas demais classificações da receita corrente, tais como
indenizações, restituições, ressarcimentos, multas administrativas,
contratuais e judiciais, previstas em legislações específicas, entre outras.

Vale destacar que a receita de dívida ativa, antes reconhecida dentro


deste grupo (outras receitas correntes), atualmente segue a origem da
respectiva receita, conforme lógica anteriormente exposta.

3. Dívida Ativa

Segundo o MCASP, a dívida ativa é o crédito da Fazenda Pública, de


natureza tributária ou não tributária, exigíveis em virtude do transcurso
do prazo para pagamento. O crédito é cobrado por meio da emissão de
certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, inscrita na forma da
lei, com validade de título executivo. Isso confere à certidão da dívida
ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em contrário.

Nesse ponto você deve saber o teor do Art. 39 da Lei nº 4.320/64:

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Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não


tributária, serão escriturados como receita do exercício em que
forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.

§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso


do prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação
própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua
liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título.

Perceba que temos dois tipos de dívida ativa: a tributária e a não


tributária. Isso costuma ser alvo de cobrança, portanto, vamos aos
conceitos:

Dívida Ativa Tributária


É o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação
legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas.

Dívida Ativa não Tributária


São os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de
qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços
prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições,
restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem
assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de
subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em
geral ou de outras obrigações legais.

Por fim, vale destacar que dívida ativa é um direito da entidade, ou


seja, trata-se de um ativo. Não confunda com a dívida pública
(passiva), a qual corresponde a uma obrigação da entidade, ou seja, a
um passivo.

4. Superávit do Orçamento Corrente

Trata-se de um “peguinha” clássico de concursos, portanto, não podemos


cair nessa. Fique atento para o seguinte:

O superávit do orçamento corrente (SOC), apesar de trazer


“corrente” em sua denominação é uma receita de capital!

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Ele é considerado uma receita de capital porque é usado para financiar as


despesas de capital.

Vamos ver o que dispões a Lei nº 4.320/64:

Art. 11, § 3º O superávit do Orçamento Corrente resultante do


balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na
demonstração a que se refere o Anexo no 1, não constituirá item de
receita orçamentária.

Agora, pessoal, a pergunta que paira no ar é a seguinte: é uma receita


extraorçamentária ou uma receita orçamentária?

Aqui existe uma divergência doutrinária grande, porém particularmente


eu considero mais seguro adotarmos a linha de que o superávit do
orçamento corrente é uma receita extraorçamentária. Vamos abordar
a seguir as duas correntes.

SOC = receita orçamentária

Segundo essa linha de interpretação, a qual considero mais temerária,


pois envolve interpretação de termo existente na Lei nº 4.320/64, o que
pode fragilizar um possível argumento em recursos.

Bem... ocorre o seguinte. Segundo essa interpretação, o termo “item” do


dispositivo acima citado são as origens das receitas. Conforme estudamos
as origens das receitas são:

Receitas Correntes  receita tributária, de contribuições, patrimonial,


agropecuária, industrial, de serviços, transferências correntes e outras
receitas correntes

Receitas de Capital  Operações de Crédito, Alienação de Bens,


Amortizações, Transferências de Capital e Outras Receitas de Capital.

Veja que o SOC não consta como origem (item) da receita orçamentária.

Portanto, segundo essa linha de pensamento, o SOC é uma receita


orçamentária, apenas não é um item específico, uma origem da receita
orçamentária.

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SOC = Receita Extraorçamentária

Nessa interpretação não tem essa história de que o termo “item” é


considerado “origem”. O SOC não constitui item da receita orçamentária,
logo é uma receita extraorçamentária!

Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada
no orçamento corrente. Evita-se, assim, um total de recursos inexistente.

Minha orientação é para que você siga esse entendimento.

O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não


é receita orçamentária.

5. Receitas de Contribuições

São oriundas das contribuições sociais, de intervenção no domínio


econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
conforme preceitua o art. 149 da CF.

Muitas questões tentam confundir o candidato com as contribuições de


melhoria que são espécies de receita tributária, portanto, fique alerta.

6. Amortização de empréstimos x juros

Embora a amortização do empréstimo seja origem da categoria


econômica Receitas de Capital, os juros recebidos associados ao
empréstimo são classificados em Receitas Correntes/ de Serviços/
Serviços Financeiros, pois os juros representam a remuneração do capital.

7. Outras Receitas de Capital

Registram-se nesta origem receitas cuja característica não permita o


enquadramento nas demais classificações da receita de capital, tais
como: Resultado do Banco Central, Remuneração das
Disponibilidades do Tesouro Nacional, Integralização do Capital
Social, entre outras.

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8. Alienação de bens

O art. 44 da LRF veda a aplicação da receita de capital decorrente


da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público
para financiar despesas correntes, salvo as destinadas por lei ao
RGPS ou ao regime próprio do servidor público.

ESPÉCIE

Segundo o MCASP, a espécie é o nível de classificação vinculado à Origem


que permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das
receitas. Por exemplo, dentro da origem Contribuições, identifica-se as
espécies “Contribuições Sociais”, “Contribuições Econômicas”,
“Contribuições para Entidades Privadas de Serviço Social e de Formação
Profissional” e “Contribuição para Custeio de Iluminação Pública”.

DESDOBRAMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PECULIARIDADES


DA RECEITA

Segundo o MCASP, na nova estrutura de codificação foram reservados 4


dígitos para desdobramentos com a finalidade de identificar
peculiaridades de cada receita, caso seja necessário. Desse modo, esses
dígitos podem ou não ser utilizados conforme a necessidade de
especificação do recurso.

No caso de receitas exclusivas de Estados e Municípios, o quarto dígito


utilizará o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x – Outras Receitas Correntes
exclusivas de Estados e Municípios), respeitando a estrutura dos três
dígitos iniciais. Assim, os demais dígitos (quinto, sexto e sétimo) serão
utilizados para atendimento das peculiaridades e necessidades gerenciais
dos entes.

TIPO

Nos termos do MCASP, o tipo, correspondente ao último dígito na


natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de
arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo:

- “0”, quando se tratar de natureza de receita não valorizável ou


agregadora;
- “1”, quando se tratar da arrecadação Principal da receita;

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- “2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva


receita;
- “3”, quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita; e
- “4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da
respectiva receita.

Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com um dos


dígitos mencionados, e as arrecadações de cada recurso – sejam elas da
receita propriamente dita ou de seus acréscimos legais – ficarão
agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas apenas no último
dígito, conforme detalhamento a seguir:

O MCASP destaca que s portarias SOF e STN que desdobrarão o Anexo I


da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001,
conterão apenas as naturezas de receita agregadoras, finalizadas com
dígito “0”, considerando criadas automaticamente, para todos os fins, as
naturezas valorizáveis, terminadas em “1”, “2”, “3” e “4”.

Por fim, o MCASP ressalta que, para fins de observância da classificação


orçamentária em “Receita Corrente” e “Receita de Capital” estipulada pela
Lei nº 4.320/64, deve-se considerar os seguintes códigos:

a. Receita Corrente:

i. Todos os códigos cujo o primeiro dígito seja “1” (categoria econômica


“receitas correntes”); e

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ii. Códigos cujo o primeiro dígito seja “2” (categoria econômica “receitas
de capital”) e cujo o oitavo dígito, tipo de natureza de receita, seja “2”
(Multas e Juros) ou “4” (Multas e Juros da Dívida Ativa).

b. Receita de Capital:

i. Códigos cujo o primeiro dígito seja “2” (categoria econômica “receitas


de capital”) e cujo o oitavo dígito, tipo de natureza de receita, seja “1”
(Principal) ou “3” (Dívida Ativa).

2.3.1.2. Classificação da Receita para Apuração do Resultado Primário

Segundo o MCASP, esta classificação orçamentária da receita não tem


caráter obrigatório para todos os entes e foi instituída para a União
com o objetivo de identificar quais são as receitas e as despesas que
compõem o resultado primário do Governo Federal, que é representado
pela diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias.

Nesta classificação, as receitas do Governo Federal podem ser divididas


em:

a) Primárias (P): quando seus valores são incluídos no cálculo do


resultado primário; e

As receitas primárias referem-se, predominantemente, às receitas


correntes que advêm dos tributos, das contribuições sociais, das
concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte das
compensações financeiras, das decorrentes do próprio esforço de
arrecadação das Unidades Orçamentárias, das provenientes de doações e
convênios e outras também consideradas primárias. Além disso, há
receitas de capital primárias, decorrentes da alienação de bens e
transferências de capital.

b) Financeiras (F): quando não são incluídas no citado cálculo.

As receitas financeiras são aquelas que não contribuem para o resultado


primário no exercício financeiro correspondente, uma vez que criam uma
obrigação ou extinguem um direito, ambos de natureza financeira, junto
ao setor privado interno e/ou externo, alterando concomitantemente o
ativo e o passivo financeiros. São adquiridas junto ao mercado financeiro,
decorrentes da emissão de títulos, da contratação de operações de crédito

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por organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da União


(juros recebidos, por exemplo), das privatizações, amortização de
empréstimos concedidos e outras.

Destaca-se que alguns doutrinadores preferem denominar essa


classificação “quanto ao resultado fiscal”, porém a ideia é a mesma.

2.3.1.3. Classificação por fonte/destinação de recursos

Nos termos do MCASP, trata-se de um instrumento criado para


assegurar que receitas vinculadas por lei à finalidade específica
sejam exclusivamente aplicadas em programas e ações que visem
a consecução de despesas ou políticas públicas associadas a esse
objetivo legal, as fontes/destinações de recursos agrupam determinadas
naturezas de receita conforme haja necessidade de mapeamento dessas
aplicações de recursos no orçamento público, segundo diretrizes
estabelecidas pela Secretaria do Orçamento Federal (SOF).

Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código


de fonte/destinação de recursos exerce duplo papel no processo
orçamentário: na receita, indica o destino de recursos para o
financiamento de determinadas despesas; na despesa, identifica a origem
dos recursos que estão sendo utilizados.

Enquanto a natureza da receita orçamentária busca identificar a origem


do recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de recursos
possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos
arrecadados. Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações
vinculadas e não vinculadas:

a) destinação vinculada: processo de vinculação entre a origem e a


aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas
estabelecidas pela norma.

b) destinação não vinculada (ou ordinária): é o processo de alocação


livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer
finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do
órgão ou entidade.

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A classificação de fonte/destinação consiste em um código de três dígitos.


O 1º dígito representa o grupo de fonte, enquanto o 2º e o 3º
representam a especificação da fonte.

1º Dígito 2º Dígito
Grupo da Fonte de Recurso Especificação da Fonte de Recurso

O quadro abaixo lista os grupos de fontes vigentes:


Cód. Grupo da Fonte de Recurso (1º Dígito)
1 Recursos do Tesouro – Exercício Corrente
2 Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente
3 Recursos do Tesouro – Exercício Anteriores
6 Recursos de Outras Fontes – Exercício Anteriores
9 Recursos Condicionados

Para maiores detalhes, consulte o Anexo IV da Portaria SOF nº 1, de 19


de fevereiro de 2001, que lista todos os grupos de fontes e as respectivas
especificações das fontes de recursos vigentes.

O quadro abaixo traz exemplos de fontes/destinação de recursos:

1º Dígito 2º e 3º Dígitos Fonte


(Grupo da Fonte) (Especificação da Fonte)
00 – Recursos Ordinários 100
1. Recursos do Tesouro 12 – Recursos Destinados à
– Exercício Corrente Manutenção e Desenvolvimento do 112
Ensino
50 – Recursos Próprios – Não
2. Recursos de Outras 250
Financeiros
Fontes – Exercício
93 – Produto da Aplicação dos Recursos
Corrente 293
à Conta do Salário-Educação

2.3.2. Outras Classificações da Receita Orçamentária

2.3.2.1. Classificação quanto à Procedência

Segundo essa classificação, eminentemente doutrinária, as receitas


podem ser divididas em Derivadas e Originárias. O MCASP destaca que
essa classificação possui uso acadêmico e não é normatizada, portanto,
não é utilizada como classificador oficial da receita pelo poder
público.

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As receitas públicas derivadas, segundo a doutrina, são as obtidas pelo


poder público por meio da soberania estatal. Decorrem de norma
constitucional ou legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva,
como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições especiais.

As receitas públicas originárias, segundo a doutrina, são as


arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas
pela Administração Pública. Resultam, principalmente, de rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de
preços públicos (tarifas), de prestação de serviços comerciais e de venda
de produtos industriais ou agropecuários.

2.3.2.2. Classificação quanto ao Impacto na Situação Líquida Patrimonial

Segundo essa classificação, as receitas podem ser divididas em efetivas


e não efetivas.

As receitas efetivas são aquelas que impactam positivamente a


situação líquida patrimonial da entidade. Decorrem de um fato
modificativo aumentativo. Em regra, as receitas correntes são efetivas
como, por exemplo, as receitas tributárias.

As receitas não efetivas, por sua vez, são aquelas que não impactam a
situação líquida patrimonial da entidade. Decorrem de um fato
permutativo. Em regra, são não efetivas as receitas de capital como, por
exemplo, as receitas de operações de crédito.

EFETIVA Aumenta a situação líquida


patrimonial da entidade
Quanto ao impacto na situação
líquida patrimonial
Não altera a situação líquida
NÃO EFETIVA
patrimonial da entidade

4. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT8/2016) De acordo com a


Portaria Conjunta STN/SOF n.º 1/2014 e a Portaria STN n.º 700/2014,
assinale a opção correta a respeito de receita pública.
a) As receitas correntes e de capital aumentam o patrimônio líquido das
entidades públicas.

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b) A transferência de receita a outros entes deve ser registrada como


dedução da receita.
c) A classificação da receita por origem permite fazer o detalhamento das
categorias econômicas.
d) A classificação da receita para apuração do resultado primário é
obrigatória para todos os entes.
e) O reconhecimento da receita orçamentária acontece no momento da
ocorrência do fato gerador.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errada. As receitas de capital, em regra, não aumentam o PL. Exemplo


clássico são as operações de crédito em que há um aumento do ativo pelo
recebimento do recurso e, em contrapartida, um aumento de igual valor
no passivo. Trata-se, portanto, de um fato permutativo, sem impacto no
PL.

b. Errada. A transferência de receita a outros entes deve ser registrada


como despesa no ente transferidor.

c. Certo. Conforme estudamos, a origem é o detalhamento das


categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com
vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que
ingressam nos cofres públicos.

d. Errada. Conforme estudamos, segundo o MCASP, esta classificação


orçamentária da receita não tem caráter obrigatório para todos os
entes e foi instituída para a União com o objetivo de identificar quais são
as receitas e as despesas que compõem o resultado primário do Governo
Federal, que é representado pela diferença entre as receitas primárias e
as despesas primárias.

e. Errada. Diferentemente da Contabilidade Societária em que as receitas


são reconhecidas no momento do fato gerador, as receitas orçamentárias
são reconhecidas no momento da arrecadação. Conforme destaca o
MCASP,

O reconhecimento da receita orçamentária ocorre no momento da


arrecadação, conforme art. 35 da Lei nº 4.320/1964 e decorre do
enfoque orçamentário dessa Lei, tendo por objetivo evitar que a execução
das despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva.

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Gabarito: C

2.4. Recursos Financeiros não reconhecidos como Receita


Orçamentária

Segundo o MCASP, não devem ser reconhecidos como receita


orçamentária os recursos financeiros oriundos de:

a. Superávit Financeiro – a diferença positiva entre o ativo financeiro e


o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de créditos neles vinculadas.
Portanto, trata-se de saldo financeiro e não de nova receita a ser
registrada. O superávit financeiro pode ser utilizado como fonte para
abertura de créditos suplementares e especiais;

b. Cancelamento de Despesas Inscritas em Restos a Pagar –


consiste na baixa da obrigação constituída em exercícios anteriores,
portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibilidade
comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios
anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de
restos a pagar não se confunde com o recebimento de recursos
provenientes do ressarcimento ou da restituição de despesas pagas em
exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como receita
orçamentária do exercício.

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2.5. Regimes da Contabilidade Aplicada ao Setor Público


(relacionamento do regime orçamentário com o regime
contábil)

Nos termos do MCASP, além do registro dos fatos ligados à execução


orçamentária, deve-se proceder à evidenciação dos fatos ligados à
administração financeira e patrimonial, de maneira que os fatos
modificativos sejam levados à conta de resultado e que as informações
contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos
resultados econômicos e financeiros de determinado exercício.

Nesse sentido, a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os


fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial,
gerando informações que permitam o conhecimento da composição
patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros.

Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve


haver o registro da variação patrimonial aumentativa, independentemente
da execução orçamentária, em função do fato gerador.

Assim, temos dois regimes aplicáveis: regime orçamentário e regime


contábil (patrimonial).

O regime orçamentário está previsto no art. 35 da Lei nº 4.320/64. Já o


regime patrimonial está previsto na Estrutura Conceitual aplicável ao
Setor Público, a qual segue o regime de competência.

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Regimes da Contabilidade Aplicada ao Setor Público


Regime Orçamentário Regime Contábil (Patrimonial)
Lei nº Variação
Receita Estrutura
Arrecadação 4.320/1964 Patrimonial Competência
Orçamentária Conceitual
art. 35 Aumentativa

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2.6. Estágios da Receita

Segundo o MCASP, as etapas da receita orçamentária seguem a ordem de


ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o
modelo de orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa
forma, a ordem sistemática inicia-se com a previsão e termina com o
recolhimento.

São estágios da receita, o planejamento (previsão), a execução


(lançamento, arrecadação e recolhimento) e controle e avaliação.

Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de


receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não
previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma
doação em espécie recebida pelos entes públicos.

2.6.1. Planejamento (previsão)

Nos termos do MCASP, a previsão implica planejar e estimar a


arrecadação das receitas orçamentárias que constarão na proposta
orçamentária. Nesse ponto, vale destacar o art. 12 da Lei de
Responsabilidade Fiscal:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,


considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice
de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator

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relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos


últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Cabe destacar que existem receitas que, embora arrecadadas, podem não
ter sido previstas.

2.6.2. Lançamento

Aqui devemos saber os seguintes conceitos:

Ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito


fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. [Art.
53, Lei nº 4.320/64]

Lançamento é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência


do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria
tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito
passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. [Art.
142, Código Tributário Nacional]

Atenção! Existem receitas que não percorrem o estágio do lançamento.


Observe os seguintes dispositivos previstos na legislação:

A etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito


tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de
melhoria. [Arts. 142 a 150, Código Tributário Nacional]

São objeto de lançamento as rendas com vencimento determinado em lei,


regulamento ou contrato. [Art. 53, Lei nº 4.320/64]

Como exemplo de receita que não passa pelo lançamento é uma doação.
Destaca-se que uma doação não passa também pela previsão.

2.6.2.1. Modos de Lançamento

Existem três modos de se proceder ao lançamento, quais sejam:


lançamento de ofício, por declaração e por homologação.

Vejamos cada um deles.

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- Lançamento de ofício (direto): ocorre quando o contribuinte não


participa do lançamento. Nesse modo de lançamento, cabe ao governo
verificar a ocorrência do fato gerador, a identificação do sujeito passivo, o
cálculo dos valores devidos, a formalização do crédito e, por fim, a
notificação do contribuinte para que este efetue o pagamento. Como
exemplos temos o IPVA e o IPTU.

- Lançamento por declaração (misto): ocorre quando o contribuinte


presta declarações sobre os fatos pertinentes à imposição
tributária. Nesse modo de lançamento, cabe ao governo, de posse das
informações do contribuinte, verificar a ocorrência do fato gerador,
identificar o contribuinte (sujeito passivo), realizar o cálculo do montante
devido, formalizar o crédito e notificar o contribuinte para pagamento.
Como exemplo temos o ITR e, em determinados Estados, o Imposto de
Transmissão Causa Mortis.

Segundo o CTN,

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito


passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação
tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria
de fato, indispensáveis à sua efetivação.

- Lançamento por homologação (indireto): ocorre quando


o contribuinte tem que verificar a ocorrência do fato gerador,
calcular o montante devido e efetuar o pagamento no prazo. Nesse
modo de lançamento, cabe ao governo apenas a conferência da apuração
e do pagamento realizados, ou seja, não há prévio exame pela
autoridade administrativa. Destaca-se, por fim, que nesse modo de
lançamento o recolhimento é exigido do contribuinte independentemente
de prévia manifestação do governo, ou seja, sem que este necessite
lançar para tornar exigível a prestação tributária.
Como exemplo temos: IR, ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS.

Segundo o CTN,

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos


tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se
pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

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2.6.3. Arrecadação

Nos termos do MCASP, corresponde à entrega dos


recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos contribuintes ou
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições
financeiras autorizadas pelo ente.

No momento que você vai até o banco e paga o IPVA do seu carro ou
quando efetua o pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU)
referente à inscrição do seu concurso (se for o caso), por exemplo,
estamos no estágio da arrecadação. Ilustrando a situação, teríamos:

2.6.4. Recolhimento

Nos termos do MCASP, consiste na transferência dos valores


arrecadados à conta específica do Tesouro Nacional, responsável
pela administração e controle da arrecadação e pela programação
financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de
caixa, conforme determina o art. 56 da Lei no 4.320, de 1964, a seguir
transcrito:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita


observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer
fragmentação para criação de caixas especiais.

Completando a nossa ilustração...

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2.7. Procedimentos Contábeis referentes à Receita Orçamentária

2.7.1. Deduções da Receita Orçamentária

De acordo com o MCASP, no âmbito da administração pública, a dedução


de receita orçamentária é utilizada nas seguintes situações, entre
outras:

- Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que


pertencem a outro ente, de acordo com a lei vigente (se não houver a
previsão como despesa); e

- Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente; e

Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes


(repartição tributária), a transferência poderá ser registrada como
dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a
legislação em vigor. Vamos estudar o assunto na sequência.

Se houver parcelas a serem restituídas, em regra, esses fatos não devem


ser tratados como despesa orçamentária, mas como dedução de receita
orçamentária, pois correspondem a recursos arrecadados que não
pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em programas e ações
governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não
necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua
execução.

A contabilidade utiliza conta redutora de receita orçamentária para


evidenciar o fluxo de recursos da receita orçamentária bruta até a líquida,
em função de suas operações econômicas e sociais.

5. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE/2014/Adaptada) Recursos que um


ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertençam a outro ente,
são registrados, no primeiro ente, como dedução da receita, e não como
despesa pública, caso esta última não tenha sido fixada.

Para fixar! No âmbito da administração pública, a dedução de receita


orçamentária é utilizada nas seguintes situações, entre outras:

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- Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que


pertencem a outro ente, de acordo com a lei vigente (se não houver a
previsão [leia-se fixação] como despesa); e

- Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente.

Vale destacar que somente será o caso de registro de dedução de receita,


caso o Ente arrecadador tenha previsto em orçamento apenas a sua parte
da repartição tributária. Nesse caso, reitera-se, os recursos do Ente
“beneficiário” são registrados como dedução da receita.

Por outro lado, se houver a inclusão da receita total no orçamento (Ente


arrecadador + Ente “beneficiário”), os recursos do Ente “beneficiário” são
registrados como despesa quando da entrega dos recursos, pois haverá a
fixação da despesa.

Pessoal, originalmente essa questão era de múltipla escolha, porém


adaptamos ela ao padrão “certo/errado”, pois as demais opções tratavam
de outros pontos da disciplina. Além disso, incluímos a expressão “caso
esta última não tenha sido fixada”, para não restar dúvidas que no caso
apresentado se trata de dedução de despesa.

Observação: na videoaula não consta a última edição dessa questão. Na próxima


oportunidade de gravação efetuaremos a retificação para se adequar ao disposto neste
pdf.

Gabarito: Certo

2.7.1.1. Restituições de Receitas Orçamentárias

Segundo o MCASP, o processo de restituição consiste na devolução total


ou parcial de receitas orçamentárias que foram recolhidas a maior ou
indevidamente, as quais, em observância aos princípios constitucionais da
capacidade contributiva e da vedação ao confisco, devem ser devolvidas.

Não há necessidade de autorização orçamentária para sua


devolução.

Na União, a restituição é tratada como dedução de receita. Se fosse


registrada como despesa orçamentária, a receita corrente líquida ficaria

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com um montante maior que o real, pois não seria deduzido o efeito
dessa arrecadação imprópria.

O MCASP traz alguns procedimentos a serem observados no caso


de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres.
Esses procedimentos já foram alvo de cobrança em provas. Portanto,
vamos estudá-los!

Caso 1 – Se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que


foram recebidas transferências do convênio, contrato ou
congênere, deve-se contabilizar como dedução de receita até o
limite de valor das transferências recebidas no exercício;

Exemplo 1 – Regra Geral:

Exercício X1 – receita R$ 100,00, restituição a ser efetuada no mesmo


exercício: R$ 20,00:

Contabilização como dedução de receita, no valor de R$ 20,00.

Caso 2 – Se o valor da restituição ultrapassar o valor das


transferências recebidas no exercício, o montante que ultrapassar
esse valor deve ser registrado como despesa orçamentária.

Exemplo 2 – Regra Geral

Exercício X1 – receita R$ 60,00;


Exercício X2 – receita R$ 40,00 e restituição referente a receitas do
exercício anterior: R$50,00.

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Contabilização como dedução de receita, no valor de R$ 40,00 (limite do


valor das transferências recebidas) e contabilização como despesa
orçamentária no valor de R$ 10,00 (montante que ultrapassou).

Caso 3 – Se a restituição for feita em exercício em que não houve


transferência do respectivo convênio/contrato, deve ser contabilizada
como despesa orçamentária.

Exemplo 3 – Receitas Extintas

Exercício X1 – receita R$ 100,00;


Exercício X2 – não houve receita (extinta). Restituição a ser efetuada: R$
30,00.

Contabilização como despesa orçamentária no valor de R$ 30,00.

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Esquematicamente, temos:

Vamos ver como essa “parada” já foi exigida em prova?

6. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) A


respeito da execução da receita e da despesa orçamentárias, e dos
créditos que alteram o orçamento e suas movimentações, julgue o item
que se segue.

No caso de devolução de saldos de convênios, se a restituição ocorrer no


mesmo exercício em que forem recebidas as transferências pelo convênio,
a referida restituição será contabilizada como dedução de receita até o
limite dos valores recebidos.

Trata-se de exigência do caso 1 que estudamos acima. Segundo o


MCASP,
se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que foram recebidas
transferências do convênio, contrato ou congênere, deve-se contabilizar
como dedução de receita até o limite de valor das transferências
recebidas no exercício.

Gabarito: Certo

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7. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC/2009) No que concerne à


consolidação das contas públicas e a seus reflexos, julgue o item
subsequente.

Em rendas extintas, o fato gerador da receita não representa mais


situação que gere arrecadações para o ente. Em casos de devolução de
saldos de convênios e de contratos, quando o valor da restituição
ultrapassar o valor das transferências recebidas no exercício, deve-se
registrar esse valor como despesa orçamentária.

Trata-se de exigência do caso 2 que estudamos acima. Segundo o


MCASP, se o valor da restituição ultrapassar o valor das
transferências recebidas no exercício, o montante que ultrapassar esse
valor deve ser registrado como despesa orçamentária.

Gabarito: Certo

8. (CESPE/Contador/IPAJM-ES/2010/Adaptada) No caso de devolução de


saldos de convênios, se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que
forem recebidas transferências do convênio, esta não poderá ser
contabilizada como dedução de receita.

Mais uma vez a banca exige conhecimento do caso 1 que estudamos


acima. Conforme estudamos, se a restituição ocorrer no mesmo
exercício em que foram recebidas transferências do convênio, contrato
ou congênere, deve-se contabilizar como dedução de receita até o
limite de valor das transferências recebidas no exercício.

Gabarito: Errado

2.7.1.2. Recursos cuja tributação e arrecadação competem a um ente da


federação, mas são atribuídos a outros entes

Nesse ponto, o MCASP traz dois casos que devemos ter o entendimento.

No caso em que se configure em orçamento apenas o valor pertencente


ao ente arrecadador, deverá ser registrado o valor total arrecadado,
incluindo os recursos de terceiros. Após isso, estes últimos serão

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registrados como dedução da receita e será reconhecida uma obrigação


para com o “beneficiário” desses valores. [CASO 1]

A adoção desse procedimento está fundamentada no fato de que não há


necessidade de aprovação parlamentar para transferência de recursos a
outros entes que decorra da legislação. As transferências constitucionais
ou legais constituem valores que não são passíveis de alocação em
despesas pelo ente público arrecadador. Assim, não há desobediência ao
princípio do orçamento bruto, segundo o qual receitas e despesas devem
ser incluídas no orçamento em sua totalidade, sem deduções.

No entanto, alguns entes podem optar pela inclusão dessa receita no


orçamento, e nesse caso o recebimento será integralmente computado
como receita, sendo efetuada uma despesa quando da entrega ao
beneficiário. [CASO 2]

Importante destacar que esses procedimentos são aplicáveis apenas para


recursos que não pertençam ao ente arrecadador.

Vamos detalhar o assunto de forma mais didática.

Caso 1 – No caso em que se configure em orçamento apenas o valor


pertencente ao ente arrecadador, deverá ser registrado o valor
total arrecadado, incluindo os recursos de terceiros. Após isso, estes
últimos serão registrados como dedução da receita e será
reconhecida uma obrigação para com o “beneficiário” desses valores.

Exemplo: Estado X arrecada R$ 100,00 de IPVA. Desse valor, 25% deve


ser repassado aos municípios por pertencerem a estes. Sendo assim, R$
75,00 pertence ao Estado e R$ 25,00 aos municípios.

Portanto, aplicando o procedimento acima exposto, na LOA do Estado X


teremos como previsão de receitas de IPVA o valor de R$ 75,00.
No momento da execução, teríamos:

A seguir detalhamos a lógica dos registros, apesar de não constar no


MCASP (e em nenhum livro doutrinário rsrs).

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No momento do lançamento

Natureza de informação patrimonial


D – Créditos Tributários a Receber
C – VPA - Impostos
C – VPA - Transferências Constitucionais e Legais de Receitas
C – Provisão para Repartição de Créditos a Curto Prazo

Veja que por meio desse registro temos o reconhecimento do crédito


tributário por competência (a VPA tributária é reconhecida no momento
do lançamento, pois é o momento em que ocorre o fato gerador)
segregando-se a VPA referente ao Ente arrecadador (VPA – Impostos) e a
VPA que será transferida ao Ente “beneficiário”.

Além disso, seguindo a orientação da NBC TSP 03, devemos reconhecer


no momento do lançamento da receita tributária uma provisão. Para
tanto, usamos a conta “Provisão para Repartição de Créditos a Curto
Prazo”, a qual possui a seguinte função, conforme o PCASP:

Compreende os passivos de prazo ou de valores incertos relacionados aos


créditos tributários e não tributários reconhecidos no lançamento por
parte do agente arrecadador, a serem repartidos com outros entes da
federação ou entidades, conforme previsão legal. Na arrecadação, esta
provisão será revertida em conta específica de passivo.

*Agente arrecadador = Ente arrecadador


Outros entes da federação ou entidades = Ente “beneficiário”

O PCASP não cita qual é a conta específica a ser utilizada na arrecadação


(veja lançamento na sequência), mas as possíveis são:

 Obrigações Fiscais a Curto Prazo (e seus desdobramentos)


 Obrigações Fiscais a Longo Prazo (e seus desdobramentos)
 Obrigações de Repartição a Outros Entes (e seus desdobramentos)

Agora, observe a função prevista no PCASP para a outra conta de VPA


acima utilizada:

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4.5.2.1.0.00.00 Transferências Constitucionais e Legais de Receitas

Compreendem as variações patrimoniais aumentativas decorrentes da


transferência de outras esferas de governo de receitas tributárias, de
contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na Constituição ou
em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão
transferidor.

*Órgão transferidor = Ente arrecadador


Outras esferas de governo = Ente “beneficiário”

No momento da arrecadação

Natureza de informação orçamentária


D – Receita a Realizar
D – Deduções da Receita Orçamentária (conta redutora da receita realizada)
C – Receita Realizada

Veja que o registro como dedução é referente à natureza de informação


orçamentária. Paralelamente, haverá o registro dentro da natureza de
informação patrimonial:

Natureza de informação patrimonial


D – Provisão para Repartição de Créditos a Curto Prazo
C – Obrigações de Repartição a Outros Entes (ou alguma das contas possíveis
acima abordadas)

Aqui nós revertemos a provisão anteriormente registrada (no momento


do lançamento), afinal agora sabemos o valor exato que deverá ser
transferido para o Ente “beneficiário” e reconhecemos a obrigação de
repartição do valor com o Ente “beneficiário”.

Observação: não vamos entrar em detalhes aqui dos demais lançamentos envolvidos no
caso de a provisão ter sido insuficiente (caso em que vamos reconhecer uma VPD) ou
superior (caso em que vamos reconhecer uma VPA).

No momento do efetivo ingresso dos recursos (recolhimento)

Natureza de informação patrimonial


D – Caixa e Equivalentes de Caixa ou Bancos
C – Créditos Tributários a Receber

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No momento do ingresso efetivo do recurso, o ente recebedor deverá


efetuar a baixa do direito a receber (ativo) em contrapartida do ingresso
no disponível (caixa/banco), afetando neste momento o superávit
financeiro.

Caso 2 – Alguns entes podem optar pela inclusão dessa receita no


orçamento, e nesse caso o recebimento será integralmente
computado como receita, sendo efetuada uma despesa quando da
entrega ao beneficiário.

Exemplo: Estado X arrecada R$ 100,00 de IPVA. Desse valor, 25% deve


ser repassado aos municípios por pertencerem a estes. Sendo assim, R$
75,00 pertence ao Estado e R$ 25,00 aos municípios.

Portanto, aplicando o procedimento acima exposto, na LOA do Estado X


teremos como previsão de receitas de IPVA o valor de R$ 100,00.
No momento da execução, teríamos:

Vejamos a lógica dos registros:

No momento do lançamento

Segue a mesma lógica do caso 1

Natureza de informação patrimonial


D – Créditos Tributários a Receber
C – VPA - Impostos
C – VPA - Transferências Constitucionais e Legais de Receitas
C – Provisão para Repartição de Créditos a Curto Prazo

No momento da arrecadação

Natureza de informação orçamentária


D – Receita a Realizar
C – Receita Realizada

A diferença aqui para o caso 1 é que não há lançamento da dedução, pois


registramos o total arrecadado (na conta Receita Realizada) e,

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posteriormente, quando da entrega dos recursos registramos a VPD


(aspecto patrimonial) e realizamos a baixa do crédito disponível (aspecto
orçamentário).

Paralelamente, haverá o registro dentro da natureza de informação


patrimonial (idem caso 1):

Natureza de informação patrimonial


D – Provisão para Repartição de Créditos a Curto Prazo
C – Obrigações de Repartição a Outros Entes (ou alguma das contas possíveis
acima abordadas)

No momento do efetivo ingresso dos recursos (recolhimento)

Natureza de informação patrimonial


D – Caixa e Equivalentes de Caixa ou Bancos
C – Créditos Tributários a Receber

Quando da entrega (transferência) dos recursos

Natureza de informação orçamentária


D – Crédito Disponível
C – Execução da Despesa

Aqui efetuamos a baixa do crédito disponível (lembre-se que no caso 2 a


despesa foi fixada no orçamento) e procedemos com o registro da
execução da despesa.

Natureza de informação patrimonial


D – Distribuição Constitucional ou legal de receitas (VPD)
C – Caixa e Equivalentes de Caixa

Veja o que dispõe o PCASP sobre a função desta conta de VPD acima
utilizada:

3.5.2.1.0.00.00 Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas

Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes da


transferência a outras esferas de governo de receitas tributárias, de
contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na Constituição ou
em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão
transferidor.

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*Órgão transferidor = Ente arrecadador


Outras esferas de governo = Ente “beneficiário”

2.7.1.3 Renúncia de Receitas

Pessoal, o assunto renúncias de receitas é bastante exigido em concursos.


Devemos saber todos os detalhes previstos no art. 14 da LRF. Referido
artigo trata especialmente da renúncia de receita, estabelecendo medidas
a serem observadas pelos entes públicos que decidirem pela concessão ou
ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra
renúncia de receita.

Sendo assim, a seguir destrinchamos tudo o que você deve saber sobre o
assunto para detonarmos qualquer questão!

Como forma introdutória ao assunto, cabe destacar que a renúncia de


receita é um problema de maior evidência nos municípios de pequeno
porte, os quais muitas vezes deixam de arrecadar os tributos de sua
competência tendo em vista motivos políticos. Nesse sentido, Carvalho
(2009) assevera que é muito comum, principalmente nos municípios, a
denominada política eleitoreira de renúncia de receita. Essa prática
geralmente ocorre em final de ano ou de mandato quando a prefeitura
está com insuficiência de caixa para honrar os compromissos assumidos.

Sendo assim, com o objetivo de eliminar essa prática, a LRF estabeleceu


alguns mecanismos, além de sanções, para que o gestor público tenha
maior responsabilidade no gerenciamento das receitas públicas,
especialmente no que se refere às renúncias de receitas.

Vejamos, então, o conceito de renúncia de receitas. Nesse sentido, a


LRF facilitou a nossa vida, pois o §1º do art. 14 nos traz essa definição,
senão vejamos:

§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.

O parágrafo 3º da LRF retira o caráter de renúncia das alterações de


alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da

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Constituição, quais sejam: impostos de importação (II), de exportação


(IE), sobre produtos industrializados (IPI) e sobre operações de crédito,
câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF), além
dos cancelamentos de débito cujo montante seja inferior aos custos de
cobrança. A seguir descrevemos referido parágrafo para fixação:

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:


I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV
e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu §1º;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.

Pessoal, as exceções do §3º são muito exigidas... trata-se de uma


exigência clássica do assunto. Observe a questão a seguir que ilustra essa
exigência:

9. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-ES/2012) Nos termos da Lei


de Responsabilidade Fiscal, a concessão de benefício tributário do qual
decorra renúncia de receita do IPI deve estar acompanhada de estimativa
do impacto orçamentário-financeiro e da correspondente compensação.

Conforme estudamos, em se tratando de Imposto de Importação,


Imposto de Exportação, IPI e IOF, NÃO HÁ NECESSIDADE das
compensações previstas na LRF. Perceba que todos os impostos
previstos na exceção são extrafiscais. Se liga, pois já está se tornando
uma pegadinha clássica a exigência dessas exceções!!

Gabarito: Errado

Beleza, professor... já estou alerta sobre as exceções, mas afinal o que é


anistia, remissão e crédito presumido citado no conceito?

Bem... essa resposta pode ser encontrada no Manual de Contabilidade


Aplicada ao Setor Público (MCASP):

A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na


parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por
infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a

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concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em


débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.

A remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas


circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida,
situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito,
inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não
compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber,
erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc. Não
implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem
em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se
considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo
montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

Fique atento a essas exceções!

O crédito presumido é aquele que representa o montante do imposto


cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de
recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se
apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da
mercadoria. É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços que
venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao exterior.

Todavia, não é considerada renúncia de receita o crédito real ou


tributário do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo.

A isenção é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a


dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

A modificação de base de cálculo que implique redução


discriminada de tributos ou contribuições é o incentivo fiscal por
meio do qual a lei modifica para menos sua base tributável pela exclusão
de quaisquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente
ou associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um
percentual de redução.

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O conceito de renúncia de receita da LRF é exemplificativo, abarcando


também, além dos instrumentos mencionados expressamente, quaisquer
“outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado”.

A fim de tentar conter as propostas de renúncias de receitas


irresponsáveis do ponto de vista fiscal, a LRF estabeleceu um mecanismo
em que condiciona a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício
tributário que produza renúncia de receita à demonstração da estimativa
do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes, ao atendimento da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a pelo menos uma das seguintes condições
(veja que não são as duas simultaneamente!):

 demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada


na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará
as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias;
 estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da

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elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou


criação de tributo ou contribuição.

Pessoal, essas medidas são taxativas, ou seja, qualquer outra medida


citada na questão, por exemplo, diminuição de despesas, aumento da
fiscalização contra sonegação, invalidará a assertiva, pois não estão
previstas na LRF. As medidas são as duas acima citadas e ponto!

Vale destacar que segundo o art. 5º da LRF, o projeto de lei orçamentária


anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei
de diretrizes orçamentárias será acompanhado do demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação
a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter
continuado.

Destaca-se, ainda, que, de acordo com o § 6º do art. 150 da CF/1988,


qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de
crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal,
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição.

2.7.2. Imposto de Renda Retido na Fonte

Segundo o MCASP, a Constituição Federal, nos arts. 157, inciso I e 158,


inciso I, determina que pertençam aos estados, Distrito Federal e aos
municípios o imposto de renda e os proventos de qualquer natureza,
incidentes na fonte, pagos por eles, suas autarquias e pelas fundações
que instituírem e mantiverem.

De acordo com a Portaria STN nº 212, de 04 de junho de 2001, os valores


descritos no parágrafo anterior deverão ser contabilizados como receita
tributária. Para isso, utiliza-se a natureza de receita 1112.04.31 –
“Imposto de Renda Retido nas Fontes sobre os Rendimentos do
Trabalho”.

Desse modo, a contabilidade espelha o fato efetivamente ocorrido:


mesmo correspondendo à arrecadação de um tributo de competência da
União, tais recursos não transitam por ela, ficando diretamente com o
ente arrecadador.

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Logo, não há de se falar em registro de uma receita de


transferência nos estados, DF e municípios, uma vez que não
ocorre a efetiva transferência do valor pela União.

P DF
EXEMPLO
R T

I R R F
(art. 157, I, e art. 158, I da CF/1988) R T

!
N
DF
U

2.7.3. Redutor Financeiro – FPM

Segundo o MCASP, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é


transferência constitucional composta por 22,5% da arrecadação dos impostos
sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre os produtos
industrializados, de acordo com art. 159 da Constituição Federal.

A Lei Complementar nº 91/97, alterada pela Lei Complementar nº 106/01,


estabelece que os coeficientes do FPM, exceto para as capitais estaduais, serão
calculados com base no número de habitantes de cada município e revistos
anualmente. Entretanto, ficam mantidos, a partir do exercício de 1998, os
coeficientes do FPM atribuídos, a partir de 1997, aos municípios que
apresentaram redução de seus coeficientes pela aplicação do disposto no art.
1º da Lei Complementar nº 91/97. Os ganhos adicionais em cada exercício
decorrentes da manutenção dos coeficientes atribuídos em 1997 têm aplicação
de redutor financeiro, o qual será redistribuído aos demais participantes do
FPM.

O redutor financeiro é entendido como valor resultado do percentual incidente


sobre a diferença positiva apurada entre o valor do FPM, utilizando o

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coeficiente atribuído em 1997, e o valor caso fosse utilizado o coeficiente do


ano de distribuição do recurso.

Nesse sentido, para melhor evidenciar os fatos contábeis envolvidos, a receita


de transferência do FPM será contabilizada pelo valor bruto e o redutor
financeiro será registrado como dedução da receita em questão.

2.7.4. Transferências de Recursos Intergovernamentais

Segundo o MCASP, as Transferências Intergovernamentais compreendem a


entrega de recursos, correntes ou de capital, de um ente (chamado
“transferidor”) a outro (chamado “beneficiário”, ou “recebedor”). Podem ser
voluntárias, nesse caso destinadas à cooperação, auxílio ou assistência, ou
decorrentes de determinação constitucional ou legal.

Ainda sobre o conceito de transferência intergovernamental, o MCASP destaca


que, como seu próprio nome indica, essas transferências ocorrem entre esferas
distintas de governo, não guardando relação, portanto, com as operações
intraorçamentárias ocorridas no âmbito do orçamento de cada ente.

2.7.4.1. Registros Orçamentários das Transferências Intergovernamentais

Segundo o MCASP, as transferências intergovernamentais constitucionais ou


legais podem ser contabilizadas pelo ente transferidor como uma despesa ou
como dedução de receita, dependendo da forma como foi elaborado o
orçamento do ente. Assim, se as receitas arrecadadas constarem no
orçamento do ente transferidor a transferência deverá ser registrada como
despesa orçamentária. Por outro lado, se as receitas não constarem será
registrada como dedução da receita. Trata-se dos dois casos que já
estudamos nesta aula. Esquematicamente, temos:

Registro Orçamentário das Transferências Legais e Constitucionais

Despesa Orçamentária
As receitas arrecadadas constam
no orçamento do ente
transferidor?
Dedução da Receita

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Transferências Constitucionais e Legais  Enquadram-se nessas transferências


aquelas que são arrecadadas por um ente, mas devem ser transferidas a outros entes
por disposição constitucional ou legal.

Exemplos de transferências constitucionais: Fundo de Participação dos Municípios


(FPM), Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Compensação dos Estados
Exportadores (FPEX).

Exemplos de transferências legais: Transferências da Lei Complementar nº 87/96 (Lei


Kandir), Transferências do FNDE.

No entanto, em se tratando de transferências voluntárias, a


contabilização deve ser como despesa, visto que não há uma
determinação legal para a transferência, sendo necessário haver, de acordo
com o disposto no art. 25 da LRF, existência de dotação específica que permita
a transferência.

Registro Orçamentário das Transferências Voluntárias

Necessita de
Não há determinação
autorização Despesa Orçamentária
legal para transferência
legislativa

Transferências Voluntárias  Conforme o art. 25 da LRF, entende-se por


transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra
de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde
(SUS).

Por fim, os recursos transferidos a consórcios públicos devem ser


classificados como despesa pelo ente transferidor e receita pelo
consórcio público.

Segundo o MCASP, essa classificação justifica-se pelo fato de que, assim,


possibilita-se o aperfeiçoamento do processo de consolidação dos balanços e
demais demonstrações contábeis, com vistas a excluir as operações entre os
consorciados e o consórcio público da entidade contábil considerada, conforme
recomendação do TCU válida contabilmente para todos os entes da Federação.

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2.7.4.2. Registros Contábeis das Transferências Intergovernamentais

Para as transferências constitucionais e legais o MCASP estabelece o seguinte:

O ente recebedor deve reconhecer um direito a receber (ativo) no momento da


arrecadação pelo ente transferidor em contrapartida de variação patrimonial
aumentativa, não impactando o superávit financeiro. No momento do ingresso
efetivo do recurso, o ente recebedor deverá efetuar a baixa do direito a
receber (ativo) em contrapartida do ingresso no banco, afetando neste
momento o superávit financeiro. Simultaneamente, deve-se registrar a receita
orçamentária realizada em contrapartida da receita a realizar nas contas de
controle da execução do orçamento. Esse procedimento evita a formação de
um superávit financeiro superior ao lastro financeiro existente no ente
recebedor.

Já para as transferências voluntárias, o MCASP assim estabelece:

O ente recebedor deve registrar a receita orçamentária apenas no momento da


efetiva transferência financeira, pois, sendo uma transferência voluntária, não
há garantias reais da transferência. Por esse mesmo motivo, a regra para
transferências voluntárias é o beneficiário não registrar o ativo relativo a essa
transferência. Apenas nos casos em que houver cláusula contratual garantindo
a transferência de recursos após o cumprimento de determinadas etapas do
contrato, o ente beneficiário, no momento em que já tiver direito à parcela dos
recursos e enquanto não ocorrer o efetivo recebimento a que tem direito,
deverá registrar um direito a receber no ativo. Nesse caso não há impacto no
superávit financeiro, pois ainda está pendente o registro da receita
orçamentária para que esse recurso possa ser utilizado.

2.7.5. Remuneração de Depósitos Bancários

Segundo o MCASP, no cálculo dos percentuais de aplicação de determinados


recursos vinculados, a legislação dispõe que sejam levados em consideração os
rendimentos dos seus depósitos bancários. Para tal, é necessário que os
registros contábeis permitam identificar a vinculação de cada depósito. Essa
identificação poderá ser efetuada de duas formas:

a. Por meio do mecanismo da destinação, controlando as disponibilidades


financeiras por fonte de recursos; ou

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b. Por meio do desdobramento da natureza de receita 1325.00.00 –


Remuneração de Depósitos Bancários ou 1321.00.1.1 – Remuneração de
Depósitos Bancários (codificação nova).

M
IDENTIFICAÇÃO DAS
VINCULAÇÕES
OU

D
R D
B

Assim, segundo o MCASP, se o ente utiliza o mecanismo da destinação de


recursos, também conhecido como fonte de recursos, a informação da
destinação associada à natureza de receita 1321.00.1.1 – Remuneração de
Depósitos Bancários - possibilita a identificação da remuneração dos diversos
recursos vinculados, separados nas respectivas destinações.

Para esses entes, não é necessário desdobrar a natureza da receita


1321.00.1.1 para se obter a informação da remuneração dos recursos
vinculados, uma vez que a conta de receita realizada estaria detalhada por
vinculação. Se o ente não utiliza o mecanismo da destinação de recursos, faz-
se necessário desdobrar a natureza de receita 1321.00.1.1 – Remuneração de
Depósitos Bancários.

O MCASP salienta que se a legislação obriga a vinculação da remuneração dos


depósitos bancários a determinada finalidade, a contabilidade deve evidenciar
as diferentes vinculações dessas remunerações. A forma de se evidenciar é de
escolha do ente público.

2.7.6. Receita Orçamentária por Baixa de Dívida Ativa Inscrita

Segundo o MCASP, o recebimento de dívida ativa corresponde a uma receita,


pela ótica orçamentária, com simultânea baixa contábil do crédito registrado
anteriormente no ativo, sob a ótica patrimonial.

As formas de recebimento da dívida ativa são definidas em lei, destacando-se


o recebimento em espécie e o recebimento na forma de bens, tanto pela
adjudicação quanto pela dação em pagamento, sendo que o recebimento na

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forma de bens também poderá corresponder a uma receita orçamentária no


momento do recebimento do bem, efetuando-se o registro da execução
orçamentária da despesa com a sua aquisição, mesmo que não tenha havido
fluxo financeiro. Esse procedimento permite a observância da legislação quanto
à destinação dos recursos recebidos de dívida ativa.

O MCASP destaca que mesmo que não se efetue a execução orçamentária da


receita e da despesa decorrente desse procedimento, a administração deve
propiciar os meios para que a destinação dos recursos recebidos em dívida
ativa, mesmo que na forma de bens, seja garantida.

Esquematicamente, temos:

Observação: não se preocupe se não entendeu os lançamentos nesse momento do curso.


Estudaremos com os devidos detalhes os registros contábeis oportunamente.

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Questões Comentadas

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

10. (CESPE/Analista de Gestão/Julgamento/TCE-PE/2017) A respeito dos


fundamentos da gestão financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.

O caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar o princípio


orçamentário da unidade.

Pessoal, não podemos confundir o princípio da unidade com a unidade de


tesouraria. Segundo o princípio orçamentário da Unidade, o orçamento
deve ser uno, ou seja, cada Ente governamental deve elaborar um único
orçamento.

Gabarito: Errado

11. (CESPE/Analista de Gestão/Administração/TCE-PE/2017) A respeito


do ciclo, do processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item
subsequente.

O tratamento dado aos recursos destinados à educação e à saúde


constitui uma exceção ao princípio orçamentário da não vinculação.

Conforme estudamos, o princípio da não vinculação comporta inúmeras


exceções. Entre essas exceções estão os recursos destinados à educação
(manutenção e desenvolvimento do ensino) e à saúde (ações e serviços
públicos de saúde).

Gabarito: Certo

12. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Considerando as


disposições constitucionais e as normas gerais relativas ao direito
financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue o item a seguir.

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Violará o princípio da não afetação da receita a promulgação de lei


estadual que impuser aos municípios a aplicação em financiamento de
programa habitacional estadual de 50% do ICMS a eles destinado.

Mais uma questão sobre o princípio da não afetação, um dos mais


explorados em provas, tendo em vista as diversões exceções em torno
desse princípio. Observe que a vinculação da receita de ICMS a
financiamento de programa habitacional estadual não é uma exceção
prevista. Logo, nesse caso há violação ao princípio da não afetação da
receita.

Gabarito: Certo

13. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Considerando as


disposições constitucionais e as normas gerais relativas ao direito
financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue o item a seguir.

Em razão do princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária


deve conter todas as receitas e despesas, qualquer que seja a sua
natureza, procedência ou o seu destino.

O item refere-se ao princípio da Universalidade e não ao princípio da


Exclusividade. Corrigindo:

Em razão do princípio da Universalidade orçamentária, a lei


orçamentária deve conter todas as receitas e despesas, qualquer que seja
a sua natureza, procedência ou o seu destino.

Gabarito: Errado

14. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Em relação às


técnicas e aos princípios do orçamento público, julgue o item a seguir.

De acordo com o princípio orçamentário da não afetação — que, no Brasil,


é aplicável somente às receitas de impostos —, as receitas públicas não
podem estar vinculadas a qualquer tipo de despesa pública.

É isso mesmo! O princípio orçamentário da não afetação veda vinculação


da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções
estabelecidas pela própria Constituição Federal.

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Veja que o item nos retorna a regra geral (não vedação da receita de
impostos a qualquer tipo de despesa pública) e, portanto, está certo.

Gabarito: Certo

15. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) Em observância


ao princípio da universalidade orçamentária, devem estar reunidos no
orçamento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja
autorizado a arrecadar e todas as dotações necessárias ao custeio de
serviços públicos estaduais.

Segundo o Princípio da Universalidade, a LOA de cada ente federado


deverá conter todas as receitas (recursos que o ente esteja autorizado a
arrecadar) e as despesas (dotações necessárias ao custeio de serviços
públicos) de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.

Gabarito: Certo

16. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) Dado o princípio


da anualidade orçamentária, os orçamentos públicos das diversas esferas
de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e coincidir com
o ano civil.

Pessoal, bem interessante essa questão. Hoje, por força do art. 34 da Lei
n. 4.320/64, a LOA tem vigência de um exercício financeiro e coincide
com o ano civil. Porém, você precisa saber que o conceito da anualidade
orçamentária não está relacionado com o ano civil. Está relacionado com
o exercício financeiro e o período de 12 meses. Logo, se a Lei n. 4.320/64
for alterada nesse ponto, o princípio da anualidade não sofre impacto.

Gabarito: Errado

17. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT8/2016) Os valores estabelecidos para


a efetivação das despesas autorizadas deverão ser proporcionais aos
valores previstos para a arrecadação das receitas. Essa afirmativa faz
referência ao princípio orçamentário do (a)
a) equilíbrio.
b) exclusividade.
c) orçamento bruto.

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d) proibição e estorno.
e) programação.

O princípio do equilíbrio preceitua que a LOA deverá manter o equilíbrio,


do ponto de vista contábil, entre os valores de receita e de despesa. Logo,
percebe-se que o comando da questão está se referindo ao princípio do
equilíbrio.

O princípio “proibição e estorno”, mais conhecido por “proibição do


estorno de verbas”, segundo a doutrina, está previsto na CF/88, art. 167,
VI, VIII e XI. Segundo esse princípio são vedados a transposição
(destinação de recursos de um órgão para outro), o remanejamento
(realocações de verbas orçamentárias no âmbito dos programas de
trabalho, dentro do mesmo órgão) ou a transferência (realocações de
dotações entre as categorias econômicas de despesas, dentro do
mesmo órgão ou programa de trabalho) de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem
prévia autorização legislativa, bem como a utilização, sem autorização
legislativa, dos recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos.
Como exceções a esse princípio, a própria CF/88 estabelece o seguinte:

Art. 167.
[...]

§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de


uma categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no
âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo
de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções, mediante
ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa
prevista no inciso VI deste artigo.

Gabarito: A

18. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/Contabilidade/2016) De acordo com


a Constituição Federal de 1988, a lei orçamentária anual deve
compreender o orçamento fiscal, o qual conterá receitas e despesas
referentes a todas as entidades da administração direta e indireta; o
orçamento de investimento das empresas estatais; e o orçamento da
seguridade social. Esse mandamento constitucional relaciona-se aos
princípios orçamentários da

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a) uniformidade e da unidade.
b) universalidade e da especificação.
c) universalidade e da unidade.
d) unidade e da especificação.
e) universalidade e da programação.

Conforme estudamos, o princípio da universalidade preceitua que o


orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado.

Além disso, vimos que o princípio da unidade estabelece que o orçamento


deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado
exercício financeiro. Cabe destacar que o fato de a lei orçamentária ser
editada por meio de três orçamentos distintos não fere o princípio da
unidade/totalidade, pois esses orçamentos são elaborados de forma
independente sofrendo, contudo, consolidação que possibilita o
conhecimento do desempenho global das finanças públicas.

Gabarito: C

19. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016) Assinale a opção correta a respeito dos


princípios orçamentários.
a) O PPA segue o princípio da periodicidade e seu orçamento é definido
bienalmente.
b) Dado o princípio da exclusividade, cada ente da Federação deverá ter o
seu próprio orçamento.
c) O princípio da unidade visa evitar múltiplos orçamentos dentro da
mesma pessoa política.
d) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem
constar no orçamento pelos seus totais, deduzindo-se destes somente os
impostos.
e) Dado o princípio da totalidade, o orçamento de cada estado deverá
conter todas as receitas e despesas de seus órgãos mantidos pelo poder
público.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. De fato, o PPA possui periodicidade definida (o que até


podemos chamar de um princípio), porém, conforme estudamos na
disciplina de AFO, o PPA é elaborada a cada 4 anos e não bienalmente
conforme informa o item.

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b. Errado. Apesar de cada Ente realmente possuir seu próprio


orçamento, isso não é decorrência do princípio da exclusividade. Referido
princípio estabelece que o orçamento não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa.

c. Certo. O princípio da Unidade ou Totalidade previsto, de forma


expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, determina
existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União,
Estados, Distrito Federal e Municípios – com a finalidade de se
evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa
política. Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em
cada exercício financeiro, devem integrar um único documento legal
dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual – LOA

d. Errado. Pelo princípio do orçamento bruto todas as receitas e despesas


constarão da Lei Orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer
deduções.

e. Errado. O item se refere ao princípio da universalidade e não ao


princípio da totalidade (unidade).

Gabarito: C

20. (CESPE/Agente Administrativo/DPU/2016) Com relação ao orçamento


público no Brasil, julgue o próximo item, considerando o que está
estabelecido na Constituição Federal de 1988 (CF).

No Brasil, para determinado período do ano civil, cada ente da Federação


deve possuir um orçamento para as receitas e um orçamento para as
despesas.

Negativo! O item está totalmente contra o que dispõe o princípio da


unidade. Referido princípio estabelece que o orçamento deve ser uno, ou
seja, deve existir apenas um orçamento para dado exercício financeiro.

Gabarito: Errado

21. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito do orçamento público e das


receitas e despesas públicas, julgue o item que se segue.

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De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, cada unidade


orçamentária deve possuir apenas um orçamento.

Corrigindo o item, temos:

De acordo com o princípio da universalidade orçamentária unidade, cada


unidade orçamentária deve possuir apenas um orçamento.

Gabarito: Errado

22. (CESPE/Técnico Administrativo/ANCINE/2012) Consoante o princípio


da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo
ao qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas.

O princípio da periodicidade ou anualidade, estipulado, de forma literal,


pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, delimita o exercício financeiro
orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na Lei Orçamentária Anual (LOA) irão se
referir.

Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/64, o exercício financeiro coincidirá


com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

Como a LOA fixa as despesas e prevê as receitas para o período de um


exercício financeiro, ou seja, um ano, o item está correto.

Gabarito: Certo

23. (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Civil/CNJ/2013) De acordo com


o princípio da periodicidade, o exercício financeiro deverá conter o período
de tempo de mandato do presidente da República para garantir a
governabilidade e atender à Lei de Responsabilidade Fiscal.

O princípio da anualidade ou periodicidade, estabelecido, de forma literal,


pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, delimita o exercício financeiro
orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir.

Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/64, o exercício financeiro coincidirá


com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

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Gabarito: Errado

24. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) O princípio do


equilíbrio orçamentário, segundo algumas escolas de pensamento, deve
ser ignorado em situações de crise, devendo o governo intervir
ativamente na economia para estimular a demanda. No Brasil, os debates
sobre equilíbrio orçamentário restringem-se a discussões genéricas no
PPA.

A primeira parte da questão está certa. Em situações de crise o Estado


deve pautar sua conduta tendo como último fim o bem-estar da
sociedade, abrindo mão do equilíbrio orçamentário para fazer frente à
necessária alocação de recursos mitigando-se os potenciais efeitos da
crise. É claro que para isso o Estado agirá de acordo com os dispositivos
legais existentes no ordenamento jurídico pátrio como, por exemplo, os
créditos extraordinários que independem da disponibilidade de recursos.

No entanto, a questão erra ao afirmar que os debates sobre equilíbrio


orçamentário restringem-se a discussões genéricas no PPA. Como
exemplo, pode-se citar a previsão contida na Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) abaixo transcrita:

Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º


do art. 165 da Constituição e:

I - disporá também sobre:

a) equilíbrio entre receitas e despesas;

Gabarito: Errado

25. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) Caso uma


prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, uma
garantia de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias
municipais, ela violará o princípio da não afetação de receitas.

A questão exige conhecimentos do princípio da não-afetação das receitas.


Referido princípio está previsto no inciso IV do art. 167 da CF/88,
vedando a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal, in verbis:

Art. 167. São vedados:

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[...]
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, §2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165,
§8º, bem como o disposto no §4º deste artigo;
[...]
§4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos
impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de
que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos
para com esta.

As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão


relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos impostos
(Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos de Participação
dos Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte
(FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) à destinação de
recursos para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento
de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas.

Do exposto, percebe-se que o caso apresentado na questão (vinculação


de receitas de impostos para colocação de asfalto em vias) viola o
princípio da não-afetação. Questão correta.

Gabarito: Certo

26. (CESPE/Analista Judiciário/Judiciária/CNJ/2013) Considerando que


João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um
tribunal federal, que irá compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA)
para 2014, julgue o item que se segue à luz do disposto na CF, na Lei n.º
4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Ao inserir na proposta todas as despesas previstas para o exercício


seguinte, João atenderá ao princípio da especificação.

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O Princípio da Universalidade, estabelecido, de forma expressa, pelo


caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, recepcionado e normatizado pelo §5º
do art. 165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público.

Pelo princípio da Especificidade a Lei de Orçamento não consignará


dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer
outras.

Gabarito: Errado

27. (CESPE/Técnico Judiciário/CNJ/2013) A relação intertemporal do


gasto público é um importante elemento da política pública. Por essa
razão, o orçamento deve ser plurianual, conforme previsto na legislação
brasileira, que, portanto, viola o princípio da anualidade orçamentária.

Em que pese a relação intertemporal do gasto público ser um elemento


importante da política pública, não há que se falar “orçamento plurianual”
e em “violação do princípio da anualidade orçamentária”. Referido
princípio, estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei nº
4.320, de 1964, delimita o exercício financeiro orçamentário: período de
tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas
registradas na LOA irão se referir.

Cabe destacar que no Brasil, segundo o art. 34 da Lei nº 4.320, de 1964,


o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro
a 31 de dezembro de cada ano. O planejamento é que deve focar a
questão intertemporal. É por isso que existe o Plano Plurianual (PPA). A
alocação de recursos para as diversas políticas públicas devem ser fixadas
anualmente na Lei Orçamentária Anual, levando-se em consideração as
diretrizes traçadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o
planejamento constante do PPA.

Gabarito: Errado

28. (CESPE/Analista do Executivo/Ciências Contábeis/Governo do


ES/2013) Acerca dos princípios orçamentários, assinale a opção correta.

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a) De acordo com o princípio da especificação, também denominado


princípio da discriminação, deve-se evitar a inserção de dotações globais
na lei do orçamento.
b) A autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, são exceções
ao princípio do equilíbrio financeiro.
c) O princípio da não afetação de receita é também denominado
vinculação da receita, devido à existência de mecanismos de
desvinculação da receita da União (DRU) aprovados por lei.
d) De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve ser
uno para possibilitar maior conhecimento do fluxo de recursos
orçamentários que compõem as finanças de um ente público em
determinado exercício.
e) De acordo com o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter
todas as receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem
empenhadas no exercício financeiro.

Vamos analisar as assertivas.

a. Certa. Segundo o Professor Giacomoni, o princípio da especialização,


discriminação ou especialização:

É mais uma das regras clássicas dispostas com a finalidade de apoiar o


trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças executivas. De
acordo com esse princípio, as receitas e as despesas devem aparecer no
orçamento de maneira discriminada, de tal forma que se possa saber,
pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua aplicação.

b. Errada. São exceções ao princípio da exclusividade. Referido princípio,


previsto no §8º do art. 165 da Constituição Federal, estabelece que a Lei
Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a
autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de
operações de crédito, nos termos da lei.

c. Errada. O princípio da não afetação de receita, estabelecido pelo inciso


IV do art. 167 da CF/88, veda vinculação da receita de impostos a órgão,
fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição
Federal. As ressalvas estão relacionadas à repartição do produto da
arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados (FPE) e
Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de

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Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste) à


destinação de recursos para as áreas de saúde e educação, além do
oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de
receitas. Não existe essa denominação de vinculação da receita.

d. Errada. A questão refere-se ao princípio da unidade. O princípio da


Universalidade, estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da
Lei nº 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo §5º do art. 165
da Constituição Federal, determina que a Lei Orçamentária Anual de cada
ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos
os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas
pelo poder público.

e. Errada. O item refere-se ao princípio da Universalidade, conforme


vimos acima. O princípio da Exclusividade, previsto no §8º do art. 165 da
Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de
créditos adicionais e a contratação de operações de crédito, nos termos
da lei.

Gabarito: A

29. (CESPE/Analista do Executivo/Ciências Contábeis/Governo do


ES/2013) Assinale a opção correta em relação aos princípios
orçamentários.
a) A lei orçamentária do estado do Espírito Santo está em desacordo com
o princípio da totalidade, uma vez que é editada anualmente por meio de
três orçamentos distintos: o fiscal, o da seguridade social e o de
investimento.
b) De acordo com o princípio da periodicidade, as despesas públicas
contempladas no orçamento fiscal devem ser executadas anualmente, ao
passo que os programas de investimentos públicos podem ser iniciados
independentemente de constarem do plano plurianual (PPA).
c) Em consonância com o princípio da não vinculação, as receitas de
contribuições sociais devem ser recolhidas à conta única do Tesouro
Nacional e utilizadas para o pagamento de quaisquer despesas públicas.
d) Em conformidade com o princípio da exclusividade, a Lei Orçamentária
Anual (LOA) não poderá conter dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, ressalvando-se dessa proibição a autorização para

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abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de


crédito.
e) Um dos princípios respeitados na elaboração do orçamento geral da
União é o da clareza, evidenciando-se o montante de recursos
desvinculados das receitas da seguridade social no orçamento fiscal.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errada. O princípio da Unidade ou Totalidade previsto, de forma


expressa, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, determina
existência de orçamento único para cada um dos entes federados – União,
Estados, Distrito Federal e Municípios – com a finalidade de se evitarem
múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política. Dessa
forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício
financeiro, devem integrar um único documento legal dentro de cada
esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual – LOA. Portanto, o fato de a
lei orçamentária ser editada por meio de três orçamentos distintos não
fere o princípio da unidade/totalidade, pois esses orçamentos são
elaborados de forma independente sofrendo, contudo, consolidação que
possibilita o conhecimento do desempenho global das finanças públicas.

b. Errada. O princípio da anualidade/periodicidade Estipulado, de forma


literal, pelo caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, delimita o exercício
financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas
e a fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. Segundo o
art. 34 da Lei nº 4.320, de 1964, o exercício financeiro coincidirá com o
ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. O erro
da alternativa está em afirmar que “os programas de investimentos
públicos podem ser iniciados independentemente de constarem do plano
plurianual (PPA)”. Nos termos do § 1º, art. 167, da Constituição Federal
de 1988,

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício


financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

c. Errada. O inciso IV do art. 167 da CF/88 veda vinculação da receita de


impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela
própria Constituição. Tais exceções estão relacionadas à repartição do
produto da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos
Estados (FPE) e Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de

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Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-


Oeste (FCO) à destinação de recursos para as áreas de saúde e educação,
além do oferecimento de garantias às operações de crédito por
antecipação de receitas. Portanto, o item está errado, pois as
contribuições sociais não são impostos!

d. Certa. Está de acordo com o que prescreve o § 8º, art. 165, da


Constituição Federal de 1988,

§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.

e. Errada. Segundo o princípio da clareza, o orçamento deve ser


apresentado em linguagem clara e compreensível para todas as pessoas.

Gabarito: D

30. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-MS/2013/Adaptada)


Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e
significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas
formulações originais não atendem, necessariamente, ao universo
econômico-financeiro do Estado moderno.

Conforme estudamos, os Princípios Orçamentários são aquelas regras


mais fundamentais e que funcionam como norteadoras da prática
orçamentária. São um conjunto de premissas que devem ser observadas
durante cada etapa da elaboração orçamentária.

Um sentido mais rigoroso para este conceito foi expresso por SANCHES
(1997): "é um conjunto de proposições orientadoras que balizam os
processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe estabilidade e
consistência, sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao seu
controle pelo Poder Legislativo e demais instituições da sociedade...".

Mesmo reconhecendo a importância dos Princípios orçamentários na


formulação dos orçamentos, não há uma aprovação absoluta e unânime
desses. Segundo SILVA (1962), "esses princípios não têm caráter
absoluto ou dogmático, antes constituem categorias históricas e, como

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tais, estão sujeitos a transformações e modificações em seu conceito e


significação".

Gabarito: Certo

31. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-MS/2013/Adaptada)


De acordo com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá
conter apenas matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo estranho
à estimativa de receitas do orçamento.

O conceito exposto na alternativa está relacionado com o princípio da


exclusividade. Segundo o princípio da especialização o orçamento
deverá ser discriminado/especificado, vedando-se dotações globais, com
exceção dos Programas Especiais de Trabalho e a Reserva de Contigência.

Gabarito: Errado

32. (CESPE/Técnico Administrativo/IBAMA/2012) A existência do


orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
contraria o princípio orçamentário da exclusividade.

A existência dos três orçamentos: fiscal, seguridade social e de


investimento não contraria nenhum princípio! Segundo o ilustre Prof.
Giacomoni em sua clássica obra "Orçamento Público",

Esse modelo, em linhas gerais, segue a concepção da totalidade


orçamentária, isto é, múltiplos orçamentos são elaborados de forma
independente, sofrendo, entretanto, a consolidação que possibilita o
conhecimento do desempenho global das finanças públicas.

Gabarito: Errado

33. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) Os princípios


orçamentários são linhas norteadoras de ação a serem observadas na
concepção da proposta de LOA. Acerca desse assunto, julgue o próximo
item.

De acordo com o princípio da universalidade, a LOA de cada ente


federado deverá conter todas as receitas e as despesas de todos os
poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas
pelo poder público.

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Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320,


de 1964, recepcionado e normatizado pelo §5º do art. 165 da
Constituição Federal, o Princípio da Universalidade determina que a LOA
de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de
todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público. Portanto, o item está correto.

Gabarito: Certo

34. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) Os princípios


orçamentários são linhas norteadoras de ação a serem observadas na
concepção da proposta de LOA. Acerca desse assunto, julgue o próximo
item.

O princípio da exclusividade estabelece que a LOA não contenha


dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita orçamentária.

A questão está conforme estabelecido no Art. 165, § 8º, da Constituição


Federal:

§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.

Gabarito: Certo

35. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) Com


relação à contabilidade pública e à matéria orçamentária, julgue o item a
seguir.

A inclusão do serviço da dívida no orçamento público, na década de 80 do


século passado, é compatível com vários princípios orçamentários, entre
os quais, pelo menos, a universalidade, o equilíbrio e a clareza.

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A questão está certa, pois é inquestionável o fato de que a inclusão do


serviço da dívida no orçamento é decorrência, pelo menos, dos princípios
da universalidade, equilíbrio e clareza (no contexto da questão ligado à
transparência). Vamos revisar o que prescreve esses princípios:

Princípio da Universalidade

Premissa: o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas


do Estado.

Finalidade: controle parlamentar sobre as finanças públicas.

Princípio do Equilíbrio

Premissa: A LOA deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista contábil,


entre os valores de receita e de despesa.

Finalidade: limitar o crescimento dos gastos públicos. Evitar o


comprometimento das metas fiscais.

Princípio da Clareza

Premissa: A LOA deve ser apresentada em linguagem clara e


compreensível a todas as pessoas que necessitam manipulá-la.

Finalidade: facilitar a compreensão pela sociedade e, por conseguinte, o


controle social.

Observe que o princípio da clareza está estritamente ligado à


transparência. Com efeito, pode-se afirmar que a transparência abarca
também o princípio da clareza, “no sentido de que a atividade financeira
deve se desenvolver segundo os ditames da clareza, abertura e
simplicidade” (TORRES, 2001, p. 1 e 2), pois “o poder de comunicação do
documento terá influência em sua melhor e mais ampla utilização e sua
difusão será tanto mais abrangente quanto maior for a clareza que
refletir” (KOHAMA, 2009, p. 42 e 43).

Agora observe que interessante o posicionamento a seguir:

Transparência na democracia é fundamental e vai além de publicidade,


que é um dos princípios básicos da administração pública. Desde o fim do

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regime autoritário, já se avançou no sentido de tornar públicos os atos do


governo, mantidos obscurecidos durante o período da ditadura. Dar
publicidade aos atos de gestão é fundamental, mas transparência é algo
mais. Tornar pública a gestão não garante o acesso à informação. Ter
acesso à informação deve ser entendido em sentido amplo, ou seja,
entender e compreender o que está sendo publicado. (MAWAD,
2002, p. 527 e 528, grifo nosso).

Observe que para se ter transparência temos que ter publicidade e além
disso clareza! Por isso que esses princípios (transparência, publicidade e
clareza) geram confusão e uma certa variedade de opiniões na doutrina
especializada.

Gabarito: Certo

36. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-TO/2007) Os princípios


orçamentários são regras que cercam a instituição orçamentária, visando
a dar-lhe consistência, principalmente no que se refere ao controle pelo
Poder Legislativo. Relativamente aos princípios orçamentários, assinale a
opção correta.
a) Pelo princípio da anualidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve
existir apenas um orçamento para o exercício financeiro, para cada ente
da Federação.
b) Em observância ao princípio da universalidade, as despesas devem ser
classificadas de forma detalhada, o que facilita sua análise e
compreensão.
c) O princípio da exclusividade dispõe que o conteúdo orçamentário deve
ser divulgado por meio dos veículos oficiais de comunicação, para
conhecimento público e para a eficácia de sua validade.
d) Conforme estabelece o princípio da unidade, as previsões de receita e
de despesa devem fazer referência, sempre, a um período limitado de
tempo.
e) Segundo a Lei n.º 4.320/1964, a Lei de Orçamento conterá
discriminação da receita e da despesa, atendidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errada. O item refere-se ao princípio da Unidade. O princípio da


anualidade (periodicidade) a previsão da receita e a fixação da despesa
devem referir-se sempre a um período limitado de tempo.

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b. Errada. O item refere-se ao princípio da especificação. O princípio da


universalidade está estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º
da Lei no 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo §5º do art.
165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado
deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos,
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

c. Errada. O item refere-se ao princípio da publicidade. O princípio da


exclusividade está previsto no §8º do art. 165 da Constituição Federal e
estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a
autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de
operações de crédito, nos termos da lei.

d. Errada. O item refere-se ao princípio da anualidade (periodicidade). O


princípio da unidade estabelece que o orçamento deve ser uno, isto é,
deve existir apenas um orçamento para o exercício financeiro, para cada
ente da Federação.

e. Certa. Trata-se de transcrição do art. 2º da Lei nº 4.320/64:

Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa


de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de
trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade
e anualidade.

Gabarito: E

37. (CESPE/Analista Judiciário/TRE-ES/2011) Acerca dos aspectos


conceituais e teóricos da gestão orçamentária, julgue o item a seguir.

Em matéria orçamentária, o princípio da legalidade refere-se à legalidade


estrita aplicável aos atos da administração pública.

A questão está Certa. Pessoal, para nos ajudar a entender essa questão
primeiramente vamos ler trecho de um artigo que acredito ser bem
elucidativo (grifos nossos):

Sob o prisma de uma interpretação extensiva jurídica, necessário


distinguir duas espécies em pauta de legalidade, quais sejam:

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legalidade estrita e legalidade simples. A legalidade simples é a


necessidade de uma lei que regule direitos e obrigações, não
excluindo, entretanto, a possibilidade da mesma regular casos
concretos, sob o primado exposto na discricionariedade decisória.
Entrementes, a legalidade estrita é determinada pela Carta Suprema
de 1988, determinando a criação de lei exaustiva, para regular
determinada matéria, excluindo, assim, de seu âmbito a
possibilidade de aplicação da discricionariedade normativa. Assim,
percebe-se, in casu, que a Constituição Federal, confere ao Poder
Legislativo a competência de regular determinada matéria, não podendo
o Poder Executivo suprir, por meio de atos regulamentares,
qualquer lacuna de tal lei, uma vez que trata-se de legalidade
estrita.
Artigo: O Princípio da Legalidade na Administração Pública à luz da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988.
Disponível: http://www.conteudojuridico.com.br

E aí pessoal? Acho que ficou mais claro entendermos que em se tratando


de matéria orçamentária, o princípio da legalidade refere-se à legalidade
estrita. Da leitura do elucidativo trecho acima, verifica-se que, em
matéria orçamentária, não pode o Poder Executivo suprir lacunas
existentes na Lei Orçamentária Anual por meio de atos regulamentares. É
por isso que, por exemplo, existindo insuficiência de dotação ou recursos
não dotados o Executivo se vale dos Créditos Adicionais que, em regra,
são autorizados por lei e só então são abertos por decreto (exceção aos
Créditos Extraordinários, mas que posteriormente passam pelo
Legislativo).

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) –


Parte I, o Princípio da Legalidade, enquanto princípio orçamentário,

Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade


aplicado à administração pública [leia-se Princípio da Legalidade
Estrita], segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, se subordina
aos ditames da lei. A Constituição Federal de 1988, no art. 37,
estabelece os princípios da administração pública, dentre os quais
o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de
formalização legal das leis orçamentárias:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;

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III – os orçamentos anuais. (grifos nossos)

Para complementar os estudos sobre o Princípio da Legalidade vale


destacar a lição do Prof. Bandeira de Mello (Curso de Direito
Administrativo),

(...) o princípio da legalidade significa que a Administração sempre se


submeterá à lei e só poderá agir quando – e como – a lei autorizar.
Enquanto ao particular “é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”,
não podendo o administrador afastar-se ou desviar-se dos mandamentos
da lei e das exigências do bem comum, sob pena de praticar ato inválido
e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o
caso. (grifo nosso)

Observe a parte grifada acima. Notou alguma semelhança com a


característica autorizativa da Lei Orçamentária? Só reforça o que
falamos acima...

Para fechar com chave de ouro, observe essa questão do CESPE aplicada
em 2011 na prova do STM para Analista Judiciário – área administrativa:

“Se a lei for omissa em relação a determinado procedimento de natureza


orçamentária, este não poderá ser utilizado”.

E aí pessoal, após termos lido o disposto acima, não resta, pois, dúvidas:
a questão se refere ao princípio da legalidade estrita aplicado ao
orçamento!

Gabarito: Certo

38. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Com relação a


conceitos e normas da administração orçamentária e financeira, julgue o
próximo item.

O superdimensionamento das solicitações de dotações orçamentárias é


uma prática muito comum. Além de comprometer o princípio da exatidão,
tal prática provoca a ruptura do equilíbrio, por pressupor a exigência de
uma receita maior que a necessária.

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A questão está certa. Provavelmente tenha sido extraída do livro do Prof.


Giacomoni "Orçamento Público" (15 ed. pág. 83), senão vejamos:

Princípio da exatidão. A exatidão orçamentária envolve questões


técnicas e éticas. Desde os primeiros diagnósticos e levantamentos com
vistas na elaboração da proposta orçamentária, deve existir grande
preocupação com a realidade e com a efetiva capacidade do setor público
de nela intervir de forma positiva por intermédio do orçamento. A regra
deve ser observada não apenas pelos setores encarregados da política
orçamentária, mas também por todos os órgãos executivos que solicitam
recursos para a implementação de programas e projetos. A difundida
prática de superdimensionamento da solicitação de recursos
baseada na inevitalidade dos cortes configura clara violência ao
princípio da exatidão, artificializando a elaboração do orçamento.
(grifo nosso)

Observe que o item praticamente expõe de forma sintética a ideia contida


na lição do ilustre mestre Giacomoni.

Gabarito: Certo

39. (CESPE/Advogado da União/AGU/2006) Considerando as atribuições


constitucionais e legais dos órgãos públicos em matéria financeira, julgue
o item seguinte.

É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


não havendo qualquer exceção que vincula a receita de impostos a um
benefício específico e divisível para o contribuinte.

O inciso IV do art. 167 da CF/88 veda vinculação da receita de


impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela
própria Constituição Federal.

As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão


relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos impostos
(Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos de Participação dos
Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO),
Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) à destinação de recursos para as
áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às
operações de crédito por antecipação de receitas.

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Portanto, em que pese as exceções acima destacas, NENHUMA das


exceções previstas refere-se a um benefício específico e divisível para o
contribuinte.

Gabarito: Certo

40. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2011) O princípio da


universalidade está claramente incorporado na legislação orçamentária,
assegurando que o orçamento compreenda todas as receitas e todas as
despesas públicas, possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a
priori, todas as receitas e despesas do governo e possa dar prévia
autorização para a respectiva arrecadação e realização.

O Princípio da Universalidade, estabelecido, de forma expressa, pelo


caput do art. 2º da Lei nº 4.320/64, recepcionado e normatizado pelo §5º
do art. 165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público.

Segundo Sebastião de Sant'anna e Silva (citado por Giacomoni em


Orçamento Público, 15 ed, pág. 67), o princípio da Universalidade
possibilita ao Legislativo:

a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar


prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização;

b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e


despesa sem prévia autorização parlamentar;

c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo,


a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para
atendê-las.

Do exposto, percebe-se que o item está certo e foi baseado no livro do


Prof. Giacomoni, referência doutrinária no assunto orçamento público.

Só por curiosidade, fui aluno do Prof. Giacomoni na pós-graduação em


Finanças Públicas (ênfase em AFO) que realizei na ESAF em 2011. O Prof.
Giacomoni simplesmente “detonou” nas poucas horas em que esteve com
o “giz na mão”. Foi muito engrandecedor ter estudado orçamento público

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com “o cara” da área. Pessoa extremamente simples, soube passar o


conhecimento que esperávamos dele. Já era fã dele, depois da pós
então... Deixo aqui meu reconhecimento ao ilustre mestre.

Gabarito: Certo

41. (FCC/Analista/Economia/DPE-RS/2017) Fazer com que o orçamento


público considere todas as receitas e todas as despesas e que nenhuma
instituição governamental fique afastada do orçamento caracteriza o
princípio
a) do orçamento bruto.
b) da exclusividade.
c) do equilíbrio.
d) da transparência.
e) da universalidade.

“Todas as receitas e todas as despesas” = Universalidade!

Gabarito: E

42. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 24ª Região/2017) Entre os


princípios orçamentários que informam a elaboração da Lei Orçamentária
Anual − LOA, previstas na Constituição Federal e legislação de regência,
insere-se o princípio da
a) exclusividade, que veda a inclusão de qualquer dispositivo estranho à
estimativa de receita e à fixação de despesa, incluindo-se na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares.
b) não vinculação das receitas, que, entre outros aspectos, proíbe a
destinação de produto de taxas a fundos ou outras finalidades.
c) especificação, segundo o qual as receitas e as despesas devem estar
consignadas de forma discriminada, sendo vedado dotações globais.
d) anualidade, que veda a inclusão na LOA de autorização para
contratação de operações de crédito cujo serviço da dívida exceda o
correspondente exercício financeiro.
e) unicidade, que determina a apresentação e aprovação simultâneas,
ainda que em leis separadas, do orçamento fiscal, do orçamento
monetário e o orçamento das estatais.

Vamos analisar as assertivas.

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a. Errado. A autorização para abertura de créditos suplementares é uma


exceção ao princípio da exclusividade.

b. Errado. O princípio da não vinculação aplica-se aos impostos! As taxas


estão fora do alcance.

c. Certo. Trata-se do correto entendimento relacionado ao princípio da


especificação.

d. Errado. O princípio da anualidade delimita o exercício financeiro


orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir.

e. Errado. O princípio da unidade determina a existência de orçamento


único para cada um dos entes federados com a finalidade de se evitarem
múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política

Gabarito: C

43. (FCC/Analista Judiciário/Administrativa/TRF3/2016) Um analista


judiciário examinou o orçamento previsto para o Poder Judiciário
referente ao exercício de 2015 e verificou que a peça orçamentária
abordou aspecto relacionado ao cumprimento do princípio orçamentário
da exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça
orçamentária
a) foi elaborada para um período determinado.
b) autorizou a contratação de operação de crédito.
c) conteve dotações específicas para despesas com pessoal.
d) foi autorizada pelo Poder Legislativo.
e) incluiu todas as receitas e todas as despesas.

Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não pode conter dispositivo


estranho à fixação das despesas e previsão das receitas. No entanto, a
autorização para contratação de operação de crédito (ainda que por
antecipação da receita) é uma exceção ao princípio da exclusividade.
Assim, referido princípio foi atendido.

Gabarito: B

44. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) Um analista


judiciário − especialidade contabilidade do TRT da 23ª Região foi

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incumbido de analisar a proposta orçamentária do Tribunal para 2016.


Para tanto, sabe que o orçamento

I. não deve consignar dotações globais destinadas a atender


indiferentemente a serviços de terceiros.

II. conterá todas as receitas e despesas.

III. não conterá matéria estranha à previsão de receita e à fixação de


despesa, consideradas as exceções legais.

IV. deve ser fundamentado em uma única política orçamentária.

V. deve compreender um único período orçamentário.

Considerando essas orientações, os itens


a) I e II se referem ao princípio orçamentário da universalidade.
b) III, IV e V se referem ao princípio orçamentário da unidade.
c) II e III se referem, respectivamente, aos princípios orçamentários da
universalidade e exclusividade.
d) I e IV se referem, respectivamente, aos princípios orçamentários da
especificação e anualidade.
e) IV e V se referem ao princípio orçamentário da exclusividade.

Vamos identificar para cada item o princípio orçamentário a que se refere.

I. não deve consignar dotações globais destinadas a atender


indiferentemente a serviços de terceiros.

Princípio da discriminação/especificação.

II. conterá todas as receitas e despesas.

Princípio da universalidade.

III. não conterá matéria estranha à previsão de receita e à fixação de


despesa, consideradas as exceções legais.

Princípio da exclusividade.

IV. deve ser fundamentado em uma única política orçamentária.

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Princípio da unidade.

V. deve compreender um único período orçamentário.

Princípio da anualidade/periodicidade.

Gabarito: C

45. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) Determinado Prefeito Municipal fez a


transposição de recursos dotados da educação para a saúde, sem
autorização legislativa. A situação fere o princípio da
a) universalidade, que comina que todas as receitas e despesas deverão
figurar em bruto no orçamento, sem quaisquer deduções.
b) responsabilidade na gestão fiscal, que veda a transposição, o
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa.
c) responsabilidade na gestão fiscal, que comina que todas as receitas e
despesas deverão estar contidas no orçamento.
d) proibição de estorno de verbas, que veda a transposição, o
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa.
e) proibição de estorno de verbas, que comina que todas as receitas e
despesas deverão figurar em bruto no orçamento, sem quaisquer
deduções.

A questão refere-se ao Princípio da Proibição de Estornos de Verbas o qual


proíbe a transferência de recursos de uma dotação orçamentária para
outra, sem que para tanto haja uma prévia autorização do Poder
Legislativo.

Vamos analisar as alternativas.

a. Errada. A alternativa possui dois erros. O primeiro porque o princípio


da Universalidade não corresponde ao princípio descrito no comando da
questão que, como vimos acima, corresponde ao princípio da proibição do
estorno. O segundo porque a descrição do item refere-se ao princípio do
Orçamento Bruto e não ao princípio da Universalidade.

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b. Errada. Responsabilidade fiscal não é considerado um princípio


orçamentário e sim um princípio a ser perseguido na condução das
finanças públicas estando previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Veja
o que dispõe referida Lei,

Art. 1º, § 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação


planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas
consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

c. Errada. Conforme comentário acima.

d. Certa. Conforme vimos no início do comentário, o Princípio da


Proibição de Estornos de Verbas proíbe a transferência de recursos de
uma dotação orçamentária para outra, sem que para tanto haja uma
prévia autorização do Poder Legislativo.

e. Errada. O erro da questão está na descrição do Princípio da Proibição


de Estorno de Verbas, pois o princípio cominando que todas as receitas e
despesas deverão figurar em bruto no orçamento, sem quaisquer
deduções refere-se ao princípio do orçamento bruto.

Gabarito: D

46. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei (art. 165, § 8o, da CF).

Este dispositivo refere-se ao princípio da


a) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos
adicionais destinados a reforço de dotação orçamentária.
b) programação, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos
adicionais destinados a sanar despesas insuficientemente dotadas no
orçamento.

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c) transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de


abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica.
d) transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de
abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas
insuficientemente dotadas no orçamento.
e) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos
adicionais destinados a sanar despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.

O dispositivo descrito no comando da questão refere-se ao princípio da


exclusividade, previsto no §8º do art. 165 da Constituição Federal,
estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa
proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e a
contratação de operações de crédito, nos termos da lei.

Vamos analisar as alternativas, por sinal mal redigidas.

a. Certa. Os créditos suplementares, destinados a reforço de dotação


orçamentária, são exceções ao princípio da exclusividade. Observe que
para acertar a questão, o candidato deveria, além de saber o princípio, ter
conhecimento das espécies de créditos adicionais.

b. Errada. O princípio da programação preceitua que o orçamento deve


expressar as realizações e objetivos de forma programada. A exceção
descrita no item não existe na legislação aplicável.

c. Errada. O princípio da transparência orçamentária preceitua que o


orçamento deve possibilitar à sociedade o acompanhamento da gestão
pública orçamentária, a fiscalização da aplicação de seus recursos, o
controle de arrecadação, entre outros aspectos. Mais uma vez a banca
descreve uma exceção que não se aplica.

d. Errada. Idem comentário da alternativa "C".

e. Errada. Em que pese o princípio estar relacionado ao comando da


questão, a exceção descrita refere-se aos créditos adicionais especiais
que não possui relação com o princípio da exclusividade.

Gabarito: A

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47. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) A determinação legal para que o


governo, dentre outros, divulgue o orçamento público de forma ampla à
sociedade, de acordo com a Lei Complementar no 101/2000 − Lei de
Responsabilidade Fiscal − LRF, atende ao princípio da
a) legalidade.
b) impessoalidade.
c) clareza.
d) transparência.
e) universalidade.

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), o


princípio da transparência "aplica-se também ao orçamento público, pelas
disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade
Fiscal – LRF, que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o
orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre
a execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer
pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a execução da
despesa".

Vamos ver o que prescreve os demais princípios elencados na questão,


conforme disposto no MCASP.

Legalidade: Apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade


aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público
fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente
autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei. A Constituição Federal
de 1988, no art. 37, estabelece os princípios da administração pública,
dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a
necessidade de formalização legal das leis orçamentárias:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Impessoalidade: Trata-se de princípio aplicado à Administração Pública


como um todo, por se tratar de um princípio fundamental estabelecido
pela Constituição Federal. Segundo esse princípio, sob o aspecto
orçamentário, o orçamento deve obrigatoriamente ter como finalidade o
interesse público.

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Clareza: "Princípio orçamentário clássico segundo o qual a Lei


Orçamentária deve ser estruturada por meio de categorias e elementos
que facilitem sua compreensão até mesmo por pessoas de limitado
conhecimento técnico no campo das finanças públicas".

Fonte: SANCHES, Osvaldo Maldonado. Dicionário de orçamento, planejamento e áreas


afins. 2. ed. atual. e ampl. Brasília: OMS, 2004. 393 p.

Universalidade: Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º


da Lei no 4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo §5º do art.
165 da Constituição Federal, determina que a LOA de cada ente federado
deverá conter todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos,
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Gabarito: D

48. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) O Princípio


Orçamentário que estabelece que seja vedada a vinculação de impostos a
órgão, fundo ou despesa é denominado Princípio da
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Exclusividade.
d) Não-afetação das receitas.
e) Especificação ou da Discriminação.

Típica questão que não podemos errar, pois TODOS em condições de


aprovação acertarão. Somente os "aventureiros" estão autorizados a errar
essa. A questão refere-se ao princípio da não-afetação (vinculação) das
receitas. A seguir vamos revisar algumas características do princípio.

Premissa: todas as receitas orçamentárias devem ser recolhidas


ao Caixa Único do Tesouro, sem qualquer vinculação em termos de
destinação.

Finalidade: reservar ao orçamento espaço discricionário para


determinação dos gastos com os investimentos e as políticas públicas.

Segundo esse princípio, a receita orçamentária de impostos não


pode ser vinculada a órgãos ou fundos, nos termos do art. 167 da
Constituição Federal. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal
preceitua que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica

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serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,


ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Exceções: A Constituição Federal estabelece como exceções ao princípio


da não-afetação as seguintes receitas vinculadas: Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), Fundo de Participação dos Estados (FPE), recursos
destinados à Saúde, FUNDEF, administração tributária, prestação de
garantia às operações de crédito por antecipação da receita orçamentária
(ARO), prestação de contragarantia à União, pagamento de débitos para
com a União.

Gabarito: D

49. (FCC/Analista Judiciário/TRF4/2010) O princípio orçamentário da


exclusividade estabelece que
a) é vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa.
b) a lei orçamentária não consignará dotações globais de despesas.
c) o orçamento deve equilibrar as receitas com as despesas.
d) todas as receitas e despesas constarão da lei do orçamento pelos seus
valores brutos, vedadas quaisquer deduções.
e) a lei orçamentária não conterá qualquer dispositivo estranho à
estimativa de receita ou fixação de despesa, ressalvadas as exceções
previstas na Constituição Federal.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errada. O item refere-se ao princípio da não vinculação (afetação) da


receita. Sua finalidade é reservar ao orçamento espaço discricionário para
determinação dos gastos com os investimentos e as políticas públicas.

b. Errada. Trata-se do princípio da discriminação ou especialização. Sua


finalidade é apoiar o trabalho fiscalizador dos parlamentos sobre as
finanças executivas, além de inibir autorizações genéricas evitando o
arbítrio na programação da despesa.

c. Errada. O item refere-se ao princípio do equilíbrio. Possui a finalidade


de limitar o crescimento dos gastos públicos e da dívida pública
(instrumento de controle), além de evitar o comprometimento das metas
fiscais.

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d. Errada. Trata-se do princípio da universalidade. Finalidade: controle


parlamentar sobre as finanças públicas.

e. Certa. Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não pode conter


dispositivo estranho à fixação das despesas e previsão das
receitas.

Fundamento Legal: Art. 165, § 8°, CF/88 e art. 7°, Lei n° 4.320/64.

Finalidade: impedir que a LOA, em função da natural celeridade de sua


tramitação no Legislativo, fosse utilizada como meio de aprovação de
matérias outras que nada tinham a ver com questões financeiras
(Giacomoni, 2010, p. 79). Essas matérias foram denominadas de “caudas
orçamentárias”, comuns na época da 1ª república.

Exceções:
a) autorização para a abertura de créditos suplementares;
b) autorização para a realização de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita orçamentária.

Gabarito: E

50. (FCC/Procurador/TCE-RO/2010) Analise as afirmações a seguir:

I. O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária deve ser uma


peça só e o texto constitucional o consagra ao dispor que a lei
orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de
investimento e o orçamento da seguridade social.

II. O princípio da não afetação de receita de tributos a órgão, fundo ou


despesa vem consagrado constitucionalmente, mas não de forma
absoluta, na medida em que admite exceções, como a destinação de
recursos para as ações e serviços de saúde.

III. O princípio da exclusividade não mais vige na atual ordem


constitucional, na medida em que a lei orçamentária pode conter outras
matérias estranhas à previsão de receita e à fixação da despesa, como é
o caso da previsão de autorização para abertura de crédito suplementar.

Está correto SOMENTE o que se afirma em


a) I.

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b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

Vamos analisar os itens.

O item I está certo. Segundo o Princípio da Unidade, o orçamento deve


ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado
exercício financeiro. Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio
da unidade de caixa (art. 167, §3º, CF/88). Possui fundamento legal no
art. 2°, Lei n° 4.320/64 e § 5º do art. 165 da CF/88.

Observações:
a) O princípio da unidade não significa que deve existir apenas um
orçamento aplicável para todos os entes federados. Todos os Estados e
Municípios possuem o seu respectivo orçamento;
b) Modernamente, admite-se a coexistência de diversos orçamentos que
deverão ser consolidados a fim de que o governo possua uma visão global
das finanças públicas. Segundo o Prof. Giacomoni,

Esse modelo, em linhas gerais, segue a concepção da totalidade


orçamentária, isto é, múltiplos orçamentos são elaborados de forma
independente, sofrendo, entretanto, a consolidação que possibilita o
conhecimento do desempenho global das finanças públicas. Sendo assim,
temos que o princípio da totalidade é um desdobramento do princípio da
unidade.

O item II está errado. Segundo o Princípio da Não Afetação das Receitas,


todas as receitas orçamentárias devem ser recolhidas ao Caixa
Único do Tesouro, sem qualquer vinculação em termos de
destinação. Possui fundamento legal no art. 167 da CF/88. Sua
finalidade é reservar ao orçamento espaço discricionário para
determinação dos gastos com os investimentos e as políticas públicas.

Segundo esse princípio, a receita orçamentária de impostos não pode ser


vinculada a órgãos ou fundos, nos termos do art. 167 da Constituição
Federal. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal preceitua que os
recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

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A Constituição Federal estabelece como exceções ao princípio da não-


afetação as seguintes receitas vinculadas: Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), Fundo de Participação dos Estados (FPE), recursos
destinados à Saúde, FUNDEF, administração tributária, prestação de
garantia às operações de crédito por antecipação da receita orçamentária
(ARO), prestação de contragarantia à União, pagamento de débitos para
com a União.

O item III está errado. O Princípio da Exclusividade está em “pleno


vapor”. Referido princípio prescreve que a LOA não pode conter
dispositivo estranho à fixação das despesas e previsão das
receitas.

Fundamento Legal: Art. 165, § 8°, CF/88 e art. 7°, Lei n° 4.320/64.

Finalidade: impedir que a LOA, em função da natural celeridade de sua


tramitação no Legislativo, fosse utilizada como meio de aprovação de
matérias outras que nada tinham a ver com questões financeiras
(Giacomoni, 2010, p. 79). Essas matérias foram denominadas de “caudas
orçamentárias”, comuns na época da 1ª república.

Exceções:
a) autorização para a abertura de créditos suplementares;
b) autorização para a realização de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita orçamentária.

Gabarito: A

51. (FCC/Auditor Substituto/TCE-RO/2010) O verbete 66 das súmulas do


Supremo Tribunal Federal assim dispõe: “É legítima a cobrança do tributo
que houver sido aumentado após o orçamento, mas antes do início do
respectivo exercício financeiro”. Este entendimento firmado pelo STF está
relacionado, como exceção, ao princípio orçamentário da
a) anualidade tributária.
b) anualidade orçamentária.
c) unidade do orçamento.
d) não afetação.
e) universalidade.

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A súmula 66 do STF é, segundo a doutrina, exceção ao princípio


orçamentário da Universalidade:

Súmula 66 STF: “ é legítima a cobrança de tributo se houver sido criado


após o orçamento, mas antes do início de respectivo exercício financeiro”.

Traduzindo...

Mesmo que um tributo não seja alvo de previsão no orçamento, poderá


ser cobrado se atendida as exigências tributárias. Segundo a doutrina,
por meio dessa orientação jurisprudencial do STF, pode-se concluir que
no Brasil não vigora o princípio da anualidade tributária, segundo o qual
um tributo só poderá ser cobrado se, além de atender as regras da
legislação tributária, estar previsto a cada ano no orçamento, sob pena de
não poder ser exigido;

Vamos a um exemplo para facilitar a "visualização":

Sabemos que a LOA contém a previsão das receitas e a fixação das


despesas. Suponha que a LOA tenha sido aprovada no exercício financeiro
de 2016. Agora imagine a seguinte situação: houve a cobrança de um
tributo que não estava inicialmente previsto na LOA. Dá para visualizar
que temos um caso em que houve arrecadação de tributo sem a
respectiva previsão na LOA, confere? Basicamente é isso... por isso a
súmula 66 é considerada pela doutrina como exceção ao princípio da
universalidade.

Vamos aproveitar essa questão para relembrar as demais exceções ao


princípio da Universalidade:

* as receitas e despesas operacionais (correntes) das empresas públicas e


sociedades de economia mistas consideradas estatais independentes;

*os ingressos extraorçamentárias: ARO - Operações de crédito por


antecipação de receita; as emissões de papel moeda e outras entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro tais como cauções,
depósitos e consignações.

Lembre-se, por fim, que as exceções ao princípio da universalidade são


no tocante às previsões de receitas e não em relação às fixações de
despesas.

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Gabarito: E

RECEITA ORÇAMENTÁRIA

52. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) As etapas da


receita orçamentária
a) seguem a ordem cronológica dos fenômenos econômicos.
b) consistem no planejamento das receitas orçamentárias que constarão
na proposta orçamentária.
c) dependem do comportamento da série histórica de arrecadação.
d) ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias.
e) incluem o empenho, a liquidação e o pagamento.

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos


econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento
existente no país. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa
de previsão e termina com a etapa de recolhimento.

Gabarito: A

53. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) É correto utilizar o


momento do lançamento para determinar a data da ocorrência do fato
gerador no âmbito de uma atividade tributária.

Segundo o MCASP (7ª edição, pág. 55), no âmbito da atividade tributária,


pode-se utilizar o momento do lançamento como referência para o seu
reconhecimento, pois é por esse procedimento que:

a. Verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;


b. Determina-se a matéria tributável;
c. Calcula-se o montante do tributo devido; e
d. Identifica-se o sujeito passivo.

Gabarito: Certo

54. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) No estágio da


previsão da receita orçamentária, é verificada a procedência do crédito
fiscal.

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Essa era a questão mais fácil da prova! Segundo a Lei nº 4.320/1964,

Art. 53. O lançamento da receita, o ato da repartição competente, que


verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora
e inscreve o débito desta.

Logo, observa-se que é no estágio do lançamento da receita que é


verificada a procedência do crédito fiscal.

Gabarito: Errado

55. (CESPE/Analista de Gestão/Julgamento/TCE-PE/2017) Acerca dos


mecanismos necessários à execução do orçamento, julgue o item que se
segue.

A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória por


todos os entes da Federação.

Segundo o MCASP,

A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória


para todos os entes da Federação, sendo facultado seu
desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades. Nesse
sentido, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes
critérios:

a. Natureza;
b. Fonte/Destinação de Recursos; e
c. Indicador de Resultado Primário.

Observe que o item é transcrição literal do disposto no MCASP.

Gabarito: Certo

56. (CESPE/Analista de Gestão/Administração/TCE-PE/2017) Com relação


ao orçamento público brasileiro, julgue o item que se segue.

A previsão de arrecadação na lei orçamentária anual é obrigatória e


constitui condição para que uma receita seja classificada como
orçamentária.

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Segundo o Manual Técnico do Orçamento (MTO),

[...] embora haja obrigatoriedade de a LOA registrar a previsão de


arrecadação das receitas, a mera ausência formal desse registro
não lhes retiram o caráter orçamentário, haja vista o art. 57 da Lei n.
4.320, de 1964, classificar como receita orçamentária toda receita
arrecadada que represente ingresso financeiro orçamentário, inclusive a
proveniente de operações de crédito.

Gabarito: Errado

57. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) A respeito da


receita e da despesa pública, assim como do regime constitucional dos
precatórios, julgue o item.

As custas e os emolumentos recebidos em razão da prestação dos


serviços de registradores e notários estão incluídos na categoria de
receita pública originária.

Pessoal, as custas e emolumentos são taxas. Logo, são receitas


tributárias. Conforme estudamos, as receitas derivadas são as obtidas
pelo poder público por meio da soberania estatal. O exemplo clássico das
receitas derivadas é justamente as receitas tributárias.

Gabarito: Errado

58. (CESPE/Procurador do Município de Fortaleza/2017) A respeito de


endividamento e de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.

O ingresso de recursos derivados de empréstimos não se inclui na


contabilidade da receita pública, embora seja incluído no orçamento
anual.

A questão exige conhecimento dos dois enfoques aplicáveis à receita:


patrimonial/contábil e orçamentário. Sob o enfoque patrimonial, é receita
apenas a variação patrimonial que aumenta a situação líquida, são as
denominadas variações patrimoniais aumentativas (VPAs). Por outro lado,
são classificadas como receitas orçamentárias todas as receitas
arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que
não previstas no Orçamento.

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Gabarito: Certo

59. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016) Assinale a opção correta a respeito de


receita pública.
a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação
de empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o
originalmente previsto na LOA serão classificadas como ingressos
extraordinários.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação
orçamentária da receita é a Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser
originárias ou complementares.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito
positivo no patrimônio líquido do Estado.

Vamos analisar as assertivas.

a. Certa. Perfeito. Segundo a doutrina, as operações de crédito são


recursos advindos da colocação de títulos públicos ou de empréstimos
públicos ou privados, internos ou externos, destinados a cobrir
desequilíbrios orçamentários. Classificam-se também como operações de
crédito os empréstimos compulsórios.

b. Errada. Negativo! As receitas cujos valores extrapolarem o


originalmente previsto na LOA serão classificadas como receitas
orçamentárias. Lembre-se do seguinte dispositivo:

Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias,


todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações
de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.

c. Errada. Conforme estudamos, segundo o MCASP, o detalhamento das


classificações orçamentárias da receita, no âmbito da União, é
normatizado por meio de portaria da Secretaria de Orçamento Federal
(SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
(MPOG).

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Logo, observa-se que, no âmbito da União, o órgão que normatiza a


classificação orçamentária da receita é a Secretaria do Orçamento
Federal.

d. Errada. Esse item possui dois erros. O primeiro é que as receitas


públicas podem ser classificadas como originárias e derivadas. Além
disso, essa classificação não é oficial, mas sim doutrinária.

e. Errada. As receitas correntes, em regra, provocam efeito positivo no


patrimônio. Já as receitas de capital, em regra, não provocam alterações
no patrimônio.

Gabarito: A

60. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-PI/2016) Assinale a


opção que apresenta corretamente a receita econômica cuja origem a
classifica como receita de capital.
a) juros
b) amortização de empréstimos
c) imposto de renda
d) royalties
e) dívida ativa

Vamos classificar todas as opções:

a) juros  receita corrente


b) amortização de empréstimos  receita de capital
c) imposto de renda  receita corrente (tributária)
d) royalties  receita corrente (patrimonial)
e) dívida ativa  receita corrente

Gabarito: B

61. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito do orçamento público e das


receitas e despesas públicas, julgue o item que se segue.

As receitas públicas são classificadas como provisórias e definitivas.

Não existe essa classificação prevista nas normas (classificações oficiais)


e também na doutrina.

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Gabarito: Errado

62. (CESPE/Contador/DPU/2016) Considere que a Defensoria Pública da


União (DPU) tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo
internacional junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
no valor R$ 100 milhões, para pagamento em vinte anos, com carência
de cinco anos.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

A contratação do empréstimo não implica alteração na dívida ativa da


DPU.

Essa questão tentou confundir ao trocar dívida pública por dívida ativa.
Conforme estudamos, segundo o MTO, a dívida ativa é o crédito da
Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, exigíveis em
virtude do transcurso do prazo para pagamento. O crédito é cobrado por
meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União,
inscrita na forma da lei, com validade de título executivo. Isso confere à
certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova
em contrário.

Observe que a dívida ativa não é um passivo, mas sim um ativo da


entidade, um direito a receber.

Logo, a contratação de um empréstimo não implica alteração na dívida


ativa da DPU, mas sim da sua dívida pública (passiva).

Gabarito: Certo

63. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No que concerne


à receita pública, julgue o item a seguir.

A receita tributária, em relação à procedência, é classificada como


derivada.

A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em


Originárias e Derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico e não é
normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita
pelo Poder Público.

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Receitas públicas Originárias, segundo a doutrina, seriam aquelas


arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de
preços públicos6, de prestação de serviços comerciais e de venda de
produtos industriais ou agropecuários.

Receitas públicas Derivadas, segundo a doutrina, seria a receita obtida


pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorreriam de
imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma
impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de
contribuições especiais.

Gabarito: Certo

64. (CESPE/Técnico Administrativo/ANCINE/2012) Acerca do orçamento


público, julgue o item subsequente.

O produto da arrecadação de multas resultantes das atividades exercidas


pela ANCINE integra a receita corrente dessa agência.

Trata-se de exigência sobre a classificação da receita orçamentária por


natureza.

Vamos revisar os conceitos...

A classificação da receita orçamentária por natureza é utilizada por todos


os entes da Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o
fato gerador: acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita no
cofre público. A classificação por natureza é a de nível mais analítico da
receita; por isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras
sobre a atuação estatal. Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64,
classificam as receitas orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas
de Capital”.

As Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do
Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e
constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos

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programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades


públicas.

De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam-se como


Correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da
exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas
que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes).

As Receitas Orçamentárias de Capital, por sua vez, também


aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos
de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas
Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito
sobre o Patrimônio Líquido.

De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, Receitas de Capital


são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros oriundos
da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos,
quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado e destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de
Capital.

Voltando a questão, temos uma afirmativa no sentido de que as multas


arrecadadas compõem a receita corrente da Agência. Como vimos acima,
as multas se enquadram no conceito de Receita Corrente,
pois aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, com
efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido. Mais especificamente as
multas são enquadradas como "Outras Receitas Correntes". Veja o que
dispõe MCASP:

RECEITAS DE MULTAS
As multas também são um tipo de receita pública, de caráter não
tributário, constituindo-se em ato de penalidade de natureza pecuniária
aplicado pela Administração Púbica aos administrados. Dependem,
sempre, de prévia cominação em lei ou contrato, cabendo sua imposição
ao respectivo órgão competente (poder de polícia). Conforme prescreve o
§4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, as multas classificam-se

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como “outras receitas correntes”. Podem decorrer do


descumprimento de preceitos específicos previstos na legislação pátria, ou
de mora pelo não pagamento das obrigações principais ou acessórias nos
prazos previstos.

Gabarito: Certo

65. (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Civil/CNJ/2013) As receitas de


capital, por serem oriundas da exploração de atividades econômicas,
provocam significativo efeito sobre o patrimônio líquido.

Observe o que dispõe o MCASP:

Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado,
em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem
instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações
orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.

Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das
Receitas Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam
efeito sobre o Patrimônio Líquido.

Gabarito: Errado

66. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/CNJ/2013) No orçamento


público estão dispostas as receitas e as despesas administradas pelo
Estado. Com relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo.

As receitas de operações intraorçamentárias resultam das operações


realizadas entre órgãos e demais entidades da administração pública
integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do
mesmo ente federativo, representando novas entradas de recursos nos
cofres públicos do ente, sem provocar, contudo, efeitos sobre o
patrimônio líquido.

Segundo o MCASP,

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Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos


e demais entidades da Administração Pública integrantes do
orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo
ente federativo; por isso, não representam novas entradas de
recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação
de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a
contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91
– Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e
Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da
Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação
do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.

Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros


objeto de operações intraorçamentárias na consolidação das contas
públicas, foram incluídas pela SOF as “Receitas Correntes
Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”. Essas
classificações não constituem novas categorias econômicas de
receita, mas especificações das categorias econômicas “Receita
Corrente” e “Receita de Capital”.

Por oportuno, cabe destacar que as despesas intraorçamentárias


ocorrem quando órgão, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais
dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da
seguridade social efetuam aquisições de materiais, bens e serviços,
realizam pagamento de impostos, taxas e contribuições, além de outras
operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo,
autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade
constante desse orçamento, no âmbito da mesma esfera de
governo. Ocorre despesa intraorçamentária, por exemplo, quando o
Ministério da Saúde – órgão integrante do Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social da União, apropria uma obrigação com a Imprensa
Nacional, que também pertence ao Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social da União.

Gabarito: Errado

67. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No Brasil, a


receita pública classifica-se segundo sua natureza, fonte (destinação) do
recurso e risco fiscal.

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Segundo o MCASP, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os


seguintes critérios:

1. Natureza;
2. Fonte/Destinação de Recursos; e
3. Indicador de Resultado Primário.

Não existe classificação segundo o risco fiscal.

Gabarito: Errado

68. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No que concerne


à receita pública, julgue o item a seguir.

Se, ao desativar algumas unidades de determinado órgão, o governo


deixar de utilizar alguns imóveis, sendo esses imóveis posteriormente
alugados para a iniciativa privada, então as receitas desses aluguéis
deverão ser classificadas como receitas correntes.

Segundo o MCASP,

Receita Corrente - Patrimonial

São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público, como


por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e
participações societárias. São classificadas no orçamento como receitas
correntes e de natureza patrimonial.

Quanto à procedência, trata-se de receita originária. Podemos citar como


espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões e
permissões, dentre outras.

Portanto, a questão está certa, pois os aluguéis são Receitas Correntes


Patrimoniais.

Gabarito: Certo

69. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/2013) No que concerne à


receita pública, julgue o item a seguir.

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Em relação à categoria econômica, a receita pode ser corrente ou de


capital.

Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as receitas


orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”.

Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado,
em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem
instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações
orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.

De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se


como Correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da
exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas
que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes).

Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas
Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o
Patrimônio Líquido.

De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação


dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, Receitas de
Capital são as provenientes tanto da realização de recursos financeiros
oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e
direitos, quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado e destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital.

Gabarito: Certo

70. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) A respeito das receitas


e das despesas no orçamento público, julgue o item a seguir.

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As receitas correntes destinadas ao pagamento das despesas correntes do


governo incluem as receitas tributárias, que englobam os impostos, as
taxas, as contribuições de melhorias, as contribuições sociais e de
intervenção econômica.

Nos termos do MCASP, o Tributo é uma das origens da Receita Corrente


na classificação orçamentária por Categoria Econômica. Quanto à
procedência, trata-se de receita derivada cuja finalidade é obter recursos
financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas.
Sujeitam-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da lei,
salvo exceções.

O art. 3º do Código Tributário Nacional – CTN define tributo da seguinte


forma:

"Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada".

O art. 4º do CTN preceitua que a natureza específica do tributo, ao


contrário de outros tipos de receita, é determinada pelo fato gerador,
sendo irrelevante para caracterizá-lo:

I – a sua denominação; e
II – a destinação legal do produto de sua arrecadação.

O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam das


espécies tributárias impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Voltando à questão, observa-se que ela incorre em erro ao classificar as


receitas de contribuições sociais e de intervenção econômica como
Receita Tributária, uma vez que, sob a ótica da classificação
orçamentária, essas contribuições são Espécies da Origem
“Contribuições”, que integra a Categoria Econômica “Receitas Correntes”.
Vejamos o que dispõe o MCASP:

Receita Corrente - Contribuições


Segundo a classificação orçamentária, Contribuições são Origem da
Categoria Econômica Receitas Correntes.

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O art. 149 da Magna Carta estabelece competir exclusivamente à União


instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de atuação nas respectivas áreas, e o §1º do artigo em comento
estabelece que Estados, Distrito Federal e Municípios poderão instituir
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, de regimes de previdência de caráter contributivo e solidário.

As contribuições classificam-se nas seguintes espécies:

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Classificada como espécie de Contribuição, por força da Lei nº 4.320/64,
a Contribuição Social é tributo vinculado a uma atividade Estatal que visa
atender aos direitos sociais previstos na Constituição Federal. Pode-se
afirmar que as contribuições sociais atendem a duas finalidades básicas:
seguridade social (saúde, previdência e assistência social) e outros
direitos sociais como, por exemplo: o salário educação.

CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO


A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE é tributo
classificado no orçamento público como uma espécie de contribuição que
atinge um determinado setor da economia, com finalidade qualificada em
sede constitucional – intervenção no domínio econômico – instituída
mediante um motivo específico.

CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS


OU ECONÔMICAS
Espécie de contribuição que se caracteriza por atender a determinadas
categorias profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às
entidades que as instituíram. Não transitam pelo Orçamento da União.

CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA


Instituída pela Emenda Constitucional no 39, de 19 de dezembro de 2002,
que acrescentou o art. 149-A à Constituição Federal, possui a finalidade
de custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição
é dos Municípios e do Distrito Federal.

Gabarito: Errado

71. (CESPE/Analista do Executivo/Administração/Governo do ES/2013)


Em relação à lei de orçamentos, que deve compreender todas as receitas,

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inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei, assinale a opção


correta.
a) Classificam-se como derivadas as receitas públicas arrecadadas por
meio da exploração de atividades econômicas pela administração pública.
b) As receitas de capital arrecadadas em um exercício, à medida que
aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, causam efeito
positivo sobre o patrimônio líquido, financiando os objetivos definidos nos
programas e ações das políticas públicas.
c) A contribuição para financiamento da seguridade social classifica-se
como receita tributária, conforme a legislação orçamentária em vigor no
país.
d) A arrecadação, um dos estágios da receita pública, caracteriza-se pela
transferência ou pelo depósito das obrigações dos contribuintes em favor
do Tesouro Nacional.
e) As receitas públicas correspondem aos ingressos de recursos
financeiros nos cofres do Estado, ao passo que as receitas orçamentárias
representam entradas compensatórias sujeitas à autorização legislativa.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errada. Nos termos do MCASP, a doutrina classifica as receitas


públicas, quanto à procedência, em Originárias e Derivadas. Essa
classificação possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é
utilizada como classificador oficial da receita pelo Poder Público.

Receitas públicas Originárias, segundo a doutrina, seriam aquelas


arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de
preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de
produtos industriais ou agropecuários.

Receitas públicas Derivadas, segundo a doutrina, seria a receita obtida


pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorreriam de
imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma
impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de
contribuições especiais.

Portanto, o item está errado, pois inverteu os conceitos supracitados.

b. Errada. As Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro

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do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do


Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e
constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos
programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades
públicas.

c. Errada. Para efeitos de Classificação Orçamentária, a Receita de


Contribuições é diferenciada da Origem Receita Tributária. Assim, a
contribuição para financiamento da seguridade social classifica-se
como Receita de Contribuições.

d. Certa. A arrecadação corresponde à entrega dos recursos devidos ao


Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes
arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

e. Errada. O item inverteu os conceitos. Em sentido amplo, os ingressos


de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas
públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam
disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos
extraorçamentários, quando representam apenas entradas
compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as
receitas orçamentárias que são disponibilidades de recursos financeiros
que ingressam durante o exercício orçamentário e constituem elemento
novo para o patrimônio público.

Gabarito: D

72. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) Se, durante o


debate do projeto de lei orçamentária, forem subestimados os valores a
serem arrecadados, os valores adicionais que eventualmente venham a
ser arrecadados durante o período de vigência da lei orçamentária
deixarão de ser considerados receita orçamentária e passarão a ser
receita extraordinária.

O erro da questão está em afirmar que as receitas não previstas por


subestimação e que eventualmente venham a ser arrecadados deverão
ser consideradas receitas extraordinárias. Na verdade, tais receitas
deverão ser consideradas ORÇAMENTÁRIAS, conforme preceitua a Lei nº
4.320/64. Referida lei assinala em seu art. 57 que, ressalvadas as
receitas por antecipação da receita orçamentária (ARO), as emissões de
papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e no passivo

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financeiros, serão classificadas como receita orçamentária todas as


receitas arrecadadas, ainda que não prevista no orçamento.

Gabarito: Errado

73. (CESPE/Analista Judiciário/Judiciária/CNJ/2013) Supondo que Maria


seja responsável por conduzir a execução orçamentária de um tribunal
federal e tendo em conta o disposto na Lei n.º 4.320/1964, na LRF e na
CF, julgue o próximo item.

No decorrer da execução orçamentária, caso ocorra recebimento de uma


receita pública de taxa não prevista na lei orçamentária para o respectivo
ano, Maria deverá contabilizar tal receita como não orçamentária.

Caso ocorra recebimento de uma receita pública de taxa não prevista na


lei orçamentária para o respectivo ano, Maria deverá contabilizar tal
receita como orçamentária. Segundo o art. 57 da Lei nº 4.320/64,
ressalvadas as receitas por antecipação da receita orçamentária (ARO), as
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e no
passivo financeiros, serão classificadas como receita orçamentária todas
as receitas arrecadadas, ainda que não prevista no orçamento. Destaca-
se que nessa regra se incluem os casos de tributos novos, criados
posteriormente à aprovação da LOA, desde que respeitado o previsto no
texto constitucional (art. 150, I e III, a e b).

Gabarito: Errado

74. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) A


respeito da receita e da despesa públicas, julgue o item seguinte.

As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas


intraorçamentárias e se referem a operações entre órgãos e entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social da mesma esfera
governamental.

Conforme estudamos, as operações intraorçamentárias são aquelas


realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração
Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da
seguridade social do mesmo ente federativo. Por isso, não
representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas
apenas movimentação de receitas entre seus órgãos.

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Bacharel em Ciências Contábeis Aula 01

As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas


classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta
Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do
Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que,
devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla
contagem na consolidação das contas governamentais.

Gabarito: Certo

75. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) De acordo com a Lei


n.º 4.320/1964, julgue o item a seguir, relativo a etapas e estágios das
receitas e das despesas públicas.

A procedência do crédito fiscal deve ser verificada no ato do lançamento


da receita pública.

Trata-se de exigência do disposto no art. 53 da Lei nº 4.320/64, senão


vejamos:

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente,


que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta.

Gabarito: Certo

76. (CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015) Acerca da elaboração da


proposta orçamentária e da execução do orçamento, julgue o item
subsecutivo, conforme disposições da Lei n.º 4.320/1964.

Qualquer renda com vencimento determinado em lei, regulamento ou


contrato é objeto de lançamento.

Trata-se de exigência do disposto no art. 52 da Lei nº 4.320/64, senão


vejamos:

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer


outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento
ou contrato.

Gabarito: Certo

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77. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ/2014) Julgue o item que se


segue, com relação às receitas e às despesas públicas.

Lançamento é um estágio da receita pública que, embora previsto em lei,


somente é executado em casos de receitas específicas.

Na parte teórica da aula chamamos atenção para o seguinte:

Atenção! Existem receitas que não percorrem o estágio do lançamento.


Observe os seguintes dispositivos previstos na legislação:

A etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do crédito


tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de
melhoria. [Arts. 142 a 150, Código Tributário Nacional]

São objeto de lançamento as rendas com vencimento determinado em lei,


regulamento ou contrato. [Art. 53, Lei nº 4.320/64]

Como exemplo de receita que não passa pelo lançamento é uma doação.
Destaca-se que uma doação não passa também pela previsão.

Do exposto, percebe-se que o item está certo.

Gabarito: Certo

78. (CESPE/Analista Administrativo/ICMBio/2014) A respeito das receitas


e despesas públicas, julgue o item a seguir.

Algumas receitas orçamentárias podem não passar, antes do seu


recolhimento, pela etapa de lançamento.

Apenas para reforçar o que vimos na questão anterior... Existem


receitas que não percorrem o estágio do lançamento.

Gabarito: Certo

79. (CESPE/Agente Administrativo/MTE/2014) No que se refere à


programação e à execução orçamentária bem como às receitas e
despesas públicas, julgue o item que se segue.

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Todas as receitas correntes e ingressos de recursos registrados na


execução do orçamento passam pelos estágios de lançamento,
arrecadação e recolhimento.

Já virou bagunça! Mais uma questão em que é exigido esse detalhe...


conforme já sabemos, existem receitas que não percorrem o estágio
do lançamento.

Gabarito: Errado

80. (CESPE/Analista Técnico-Administrativo/MDIC/2014) Acerca da


programação orçamentária, da receita e da despesa públicas, julgue o
item.

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos


econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento
existente no país. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa
de previsão e termina com a etapa de arrecadação.

O erro do item está na última palavra! Corrigindo o item, temos:

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos


econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento
existente no país. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa
de previsão e termina com a etapa de arrecadação recolhimento.

Gabarito: Errado

81. (CESPE/Analista Técnico-Administrativo/SUFRAMA/2014) Em relação


às normas vigentes para a fase de execução do orçamento, bem como
aos estágios da receita e da despesa públicas, julgue o item subsecutivo.

O estágio da receita pública durante o qual o agente público deve


determinar a matéria tributável é denominado lançamento.

Trata-se de exigência do disposto no art. 142 do Código Tributário


Nacional (CTN), senão vejamos:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o

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montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,


propor a aplicação da penalidade cabível.

Gabarito: Certo

82. (CESPE/Técnico Administrativo/IBAMA/2012) Com relação às


despesas e receitas públicas, julgue o item a seguir.

O estágio da receita denominado arrecadação encerra a etapa de


execução e deve obedecer ao princípio da unidade de caixa.

Conforme estudamos, a realização (execução) da receita se dá em três


estágios: o lançamento, a arrecadação e o recolhimento.

O lançamento, segundo o art. 53 da Lei no 4.320/1964, é o ato da


repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez, para o
art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), lançamento é o
procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso,
propõe a aplicação da penalidade cabível.

A arrecadação corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro


pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou
instituições financeiras autorizadas pelo ente.

Por fim, o recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à


conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da
arrecadação e programação financeira, observando-se o princípio da
unidade de tesouraria ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº
4.320, de 1964, a seguir transcrito:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita


observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer
fragmentação para criação de caixas especiais.

Sendo assim, percebe-se que é o estágio do recolhimento que encerra


a etapa de execução da receita, devendo obedecer ao princípio da
unidade de tesouraria.

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Gabarito: Errado

83. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) O


lançamento, caracterizado como um dos estágios da receita pública, não
se aplica a todos os tipos de receita. São tipicamente objetos de
lançamento os impostos indiretos e, em particular, os que decorrem de
substituição tributária.

Segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento


situa-se no contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-
se a impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Observa-se que a primeira parte do item está certa. De fato, o


lançamento não se aplica a todos os tipos de receita. No entanto, segundo
a Lei nº 4.320/64, são tipicamente objetos de lançamento os impostos
diretos, observe abaixo:

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer


outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou
contrato.

Gabarito: Errado

84. (CESPE/Técnico Judiciário/STJ/Administrativa/2015) Com referência a


programação e execução orçamentária e financeira, julgue o item que se
segue.

Se o governo federal alterar as alíquotas do imposto sobre produtos


industrializados, de modo a reduzir o montante global da receita
tributária, não precisará promover as medidas compensatórias previstas
para o caso de renúncia de receitas.

Conforme estudamos, em se tratando de Imposto de Importação,


Imposto de Exportação, IPI e IOF, NÃO HÁ NECESSIDADE das
compensações previstas na LRF.

Gabarito: Certo

85. (CESPE/Técnico Federal de Controle Externo/2015) Julgue o item de


acordo com os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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A modificação de base de cálculo que provocar redução discriminada de


tributo será considerada renúncia de receita. Esta, se não estiver
acompanhada de medidas de compensação que provoquem o aumento de
receita, não poderá ser utilizada por um ente federativo como
instrumento de concessão nem de ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária.

O erro da questão é bem sutil... Segundo a LRF (art. 14) realmente será
considerada renúncia de receita a modificação de base de cálculo que
provocar redução discriminada de tributo. No entanto, não
necessariamente há necessidade de as duas condições citadas no caput
do art. 14 sejam atendidas simultaneamente. Vamos ver o dispositivo
novamente:

Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza


tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada
de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei
de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes
condições:

I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na


estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que
não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da
lei de diretrizes orçamentárias;

II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período


mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.

Gabarito: Errado

86. (CESPE/Consultor Legislativo/Área III/Câmara dos Deputados/2014)


Julgue o item que se segue, acerca dos incentivos fiscais, da renúncia de
receitas, da imunidade, da não incidência e da isenção.

Toda renúncia de receita deverá estar acompanhada de medidas de


compensação, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração, criação de tributo,
contribuição, ou da demonstração, pelo proponente, de que a renúncia foi

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considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, e de que não


afetará as metas de resultados fiscais previstas na lei de diretrizes
orçamentárias.

Para fixar! Conforme estudamos, a fim de tentar conter as propostas de


renúncias de receitas irresponsáveis do ponto de vista fiscal, a LRF
estabeleceu um mecanismo em que condiciona a concessão ou ampliação
de incentivo ou benefício tributário que produza renúncia de receita à
demonstração da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, ao
atendimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a pelo menos
uma das seguintes condições (veja que não são as duas
simultaneamente!):

 demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada


na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará
as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias;
 estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.

Gabarito: Certo

87. (CESPE/Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira/ Câmara


dos Deputados/2014) Julgue o seguinte item, referente à LRF – Lei
Complementar n.º 101/2000.

São formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido e concessão de isenção em caráter não geral.

Como diz o jargão, “uma imagem vale por mil palavras!”.

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Gabarito: Certo

88. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-SP/2017) O ICMS de


determinado contribuinte foi inscrito em dívida ativa, no exercício de
2015, no valor de R$ 485.500.000. No exercício de 2016, o contribuinte
quitou a dívida com juros e multas de mora, perfazendo um total de R$
515.000.000. Com relação à classificação por origem da receita
orçamentária, é correto afirmar que
(A) é tributária, no valor de R$ 485.500.000 e receitas diversas, no valor
de R$ 29.500.000.
(B) é patrimonial, no valor de R$ 515.000.000.
(C) é dívida ativa, R$ 485.500.000 e receitas diversas, no valor de R$
29.500.000.
(D) é tributária R$ 515.000.000.
(E) são outras receitas correntes, no valor de R$ 515.000.000.

Conforme estudamos em nosso curso, nos termos do MCASP, a origem é


o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e
Receitas de Capital, com vistas a identificar a procedência das
receitas no momento em que ingressam nos cofres públicos.

Os códigos da origem para as Receitas Correntes e de Capital, de acordo


com o § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, são:

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Destacamos, ainda, que as receitas da dívida ativa se enquadram dentro


da origem “Outras Receitas Correntes”. Logo, tanto o principal da dívida
ativa como os juros (total de 515.000,00) devem ser classificados como
Outras Receitas Correntes.

Gabarito: E

89. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) Considere os


tipos de receita, abaixo.

I. tributárias.
II. patrimoniais.
III. industriais.
IV. de contribuições.
V. de serviços.

São classificadas como receitas correntes as que constam em


a) I, II e III, apenas.
b) II e V, apenas.
c) III, IV e V, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

As Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do
Estado, em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e
constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos

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programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades


públicas.

De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam-se como


Correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da
exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais
receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas
Correntes).

Gabarito: E

Atenção: Para responder à questão a seguir, considere, abaixo, as


informações e transações, realizadas por determinada entidade do setor
público no exercício de 2016.

− Lei Orçamentária − Previsão da Arrecadação das Receitas para o


exercício de 2016
− Receitas Correntes R$ 1.750.000
− Receitas de Capital R$ 1.200.000
(=) Total R$ 2.950.000

Transações realizadas pela entidade durante o exercício de 2016 (janeiro a dezembro)


(em R$)
− Despesas Orçamentárias Empenhadas (Corrente e de Capital) 2.750.000
− Arrecadação referente à Remuneração de Depósitos Bancários 14.000
− Arrecadação de Multas de Juros de Mora dos Tributos 22.000
− Arrecadação de Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
39.000
− Arrecadação aluguéis de imóveis de propriedade do ente público 36.000
− Arrecadação de Imposto de Renda Retido nas Fontes Sobre Rendimentos do Trabalho
45.500
− Arrecadação referente a Operações de Crédito Internas de Longo Prazo 395.000
− Consignações em folha de pagamento (empréstimos consignados) 18.000
− Arrecadação de Taxas pelo Poder de Polícia 24.500
− Arrecadação da Cota Parte do ICMS 140.000
− Recebimento, em doação, de dois imóveis destinados a construção de escolas públicas
110.000
− Arrecadação de Impostos Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 650.000
− Cancelamento de Dívidas Passivas 25.000
− Arrecadação referente à Alienação de Bens Imóveis 346.000
− Arrecadação referente à Amortização de Empréstimos Concedidos 89.000

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− Arrecadação referente à Concessões e permissões do direito de exploração de serviços


públicos 55.000
− Arrecadação referente à Cessão do Direito de Operacionalização da Folha de
Pagamento de Pessoal 29.000
− Ganho com Alienação de Bens Imóveis 15.000
− Arrecadação da Cota Parte do IPVA 115.000
− Arrecadação de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa dos Tributos 28.000
− Arrecadação referente a Dívida Ativa do Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbano 75.000
− Arrecadação de valor transferido pela União – destinada a construção de Hospitais.
270.000
− Arrecadação de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 490.000
− Arrecadação da Cota Parte do Fundo de Participação dos Municípios 65.000

90. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-SP/2017) As receitas


patrimoniais arrecadadas no exercício de 2016 totalizam, em R$,
(A) 134.000.
(B) 152.000.
(C) 149.000.
(D) 105.000.
(E) 173.000.

Conforme estudamos, as receitas patrimoniais são aquelas provenientes


da fruição do patrimônio de ente público, como por exemplo, bens
mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens intangíveis e participações
societárias. Sendo assim, vamos identificar as receitas patrimoniais.

Receitas Patrimoniais
− Arrecadação referente à Remuneração de Depósitos Bancários 14.000
− Arrecadação aluguéis de imóveis de propriedade do ente público 36.000
− Arrecadação referente à Concessões e permissões do direito de exploração de serviços
públicos 55.000
− Arrecadação referente à Cessão do Direito de Operacionalização da Folha de
Pagamento de Pessoal 29.000
Total 134.000

Gabarito: A

91. (FCC/Analista Judiciário/TRF3/Administrativa/2016) No que se refere


às receitas públicas, a Lei nº 4.320/1964 estabelece que
a) receita tributária e receita não tributária são espécies de categorias
econômicas.
b) receitas tributária e patrimonial são espécies de receitas de capital.

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c) o superávit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos


totais das receitas e despesas correntes não constitui item de receita
orçamentária.
d) a receita proveniente da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas é classificada como receita corrente.
e) a receita advinda de tributo tem seu produto destinado a custear
apenas atividades gerais.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. Não existe essa subdivisão descrita nessa opção.

b. Errado. Receitas tributária e patrimonial são origens de receitas


correntes.

c. Certo. Trata-se de exigência literal do disposto na Lei nº 4.320/64:

O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos


totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que
se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.

d. Errado. A receita proveniente da realização de recursos financeiros


oriundos de constituição de dívidas é classificada como receita de capital.

e. Errado. Segundo a Lei nº 4.320/64, tributo é a receita derivada


instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos,
as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em
matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de
atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.

Gabarito: C

92. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) As receitas provenientes de foro de


terreno de marinha e de juros e dividendos de ações de sociedade de
economia mista classificam-se como
a) patrimonial.
b) ingresso.
c) derivada.
d) de capital.
e) investimento.

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Os §§1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam as receitas


orçamentárias em “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”.

Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do


exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado,
em geral com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido e constituem
instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações
orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas.

De acordo com o §1º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, classificam-se como


Correntes as receitas provenientes de tributos; de contribuições; da
exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de
atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas
que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes).

Receitas Orçamentárias de Capital também aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se
atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das Receitas
Correntes, as Receitas de Capital em geral não provocam efeito sobre o
Patrimônio Líquido.

De acordo com o §2º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, com redação dada


pelo Decreto-Lei nº 1.939/82, Receitas de Capital são as provenientes
tanto da realização de recursos financeiros oriundos da constituição de
dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos, quanto de
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e
destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital.

A questão pede para classificar as receitas provenientes de foro de


terreno de marinha e de juros e dividendos de ações de sociedade de
economia mista.

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) -


1ª parte,

Receita Corrente - Patrimonial

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São receitas provenientes da fruição do patrimônio de ente público,


como por exemplo, bens mobiliários e imobiliários ou, ainda, bens
intangíveis e participações societárias.

Observe que tanto as receitas de foro (espécie de taxa de ocupação)


quanto os juros e dividendos de ações provenientes de participação
societária constituem-se em receitas provenientes da fruição do
patrimônio do ente público sendo, portanto, classificadas como receitas
correntes patrimoniais.

Vamos analisar as alternativas.

a. Certa. Conforme já comentado acima.

b. Errada. Ingresso é sinônimo de receita extraorçamentária. Como


vimos tanto as receitas de foro quanto os juros e dividendos de ações
provenientes de participação societária são receitas orçamentárias.

c. Errada. Segundo o MCASP,

A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência, em


Originárias e Derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico e não é
normatizada; portanto, não é utilizada como classificador oficial da receita
pelo Poder Público.

Receitas públicas Originárias, segundo a doutrina, seriam aquelas


arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. Resultariam, principalmente, de rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de
preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de
produtos industriais ou agropecuários.

Receitas públicas Derivadas, segundo a doutrina, seria a receita obtida


pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorreriam de
imposição constitucional ou legal e, por isso, auferidas de forma
impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de
contribuições especiais.
Dos conceitos acima observa-se que tanto as receitas de foro quanto os
juros e dividendos de ações provenientes de participação societária são
receitas originárias.

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d. Errada. Como vimos, tanto as receitas de foro quanto os juros e


dividendos de ações provenientes de participação societária são receitas
correntes.

e. Errada. Investimento é receita de capital, não possui relação com as


receitas de foros e de juros e dividendos.

Gabarito: A

Instruções: Para responder às questões, considere os seguintes valores


recebidos no primeiro semestre de 2012 por uma entidade pública:

Valores recebidos Valor R$


Aluguel de imóvel 900,00
Caução para garantia de contrato para execução de obras 100,00
Multas e juros de mora 300,00
Operações de crédito por Antecipação da Receita Orçamentária – ARO
200,00
Alienação de imóveis 1000,00
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00
Amortização de empréstimos 700,00
Contribuição de melhoria decorrente de obras públicas 400,00

93. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O montante das receitas de


capital arrecadadas foi, em reais,
a) 1.700.
b) 1.000.
c) 700.
d) 1.900.
e) 2.100.

Vamos classificar as operações apresentadas pela banca:

Descrição Valor Classificação


Aluguel de imóvel 900,00 Receita Corrente
Caução para garantia de contrato para execução de 100,00 Receita Extraorçamentária
obras
Multas e juros de mora 300,00 Receita Corrente
Operações de crédito - ARO 200,00 Receita Extraorçamentária
Alienação de imóveis 1.000,00 Receita de Capital
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00 Receita Corrente
Amortização de empréstimos 700,00 Receita de Capital

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Contribuição de melhoria decorrente de obras públicas 400,00 Receita Corrente

Somando-se o valor das receitas de capital acima discriminadas chega-se


ao gabarito da questão: R$ 1.700,00

Gabarito: A

94. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O montante das receitas correntes


arrecadadas foi, em reais,
a) 900.
b) 2.200.
c) 1.500.
d) 500.
e) 2.000.

Descrição Valor Classificação


Aluguel de imóvel 900,00 Receita Corrente
Caução para garantia de contrato para execução de 100,00 Receita Extraorçamentária
obras
Multas e juros de mora 300,00 Receita Corrente
Operações de crédito - ARO 200,00 Receita Extraorçamentária
Alienação de imóveis 1.000,00 Receita de Capital
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00 Receita Corrente
Amortização de empréstimos 700,00 Receita de Capital
Contribuição de melhoria decorrente de obras 400,00 Receita Corrente
públicas

Somando os valores das receitas correntes chegamos ao gabarito da


questão: R$ 2.200,00.

Gabarito: B

95. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O somatório dos ingressos


extraorçamentários foi, em reais,
a) 600.
b) 1.000.
c) 700.
d) 1.400.
e) 300.

Descrição Valor Classificação


Aluguel de imóvel 900,00 Receita Corrente
Caução para garantia de contrato para execução 100,00 Receita

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de obras Extraorçamentária
Multas e juros de mora 300,00 Receita Corrente
Operações de crédito - ARO 200,00 Receita
Extraorçamentária
Alienação de imóveis 1.000,00 Receita de Capital
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00 Receita Corrente
Amortização de empréstimos 700,00 Receita de Capital
Contribuição de melhoria decorrente de obras públicas 400,00 Receita Corrente

Somando-se os valores das receitas/ingressos extraorçamentários chega-


se ao gabarito da questão: R$ 300,00

Gabarito: E

96. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) Constitui exemplo


de receita extraorçamentária:
a) depósito judicial.
b) multa relativa a tributo pago com atraso.
c) receita decorrente da alienação de imóveis do ente público.
d) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público.
e) receita de serviços prestados pelo ente público.

As receitas extraorçamentárias, também denominadas de Ingressos


Extraorçamentários ou Recebimentos Extraorçamentários, referem-se aos
ingressos de recursos financeiros que não se incorporam
definitivamente ao patrimônio, haja vista que não pertencem ao
órgão/entidade recebedora. Por força de dispositivo legal (abaixo
transcrito), a doutrina costuma caracterizar esses ingressos de “entradas
compensatórias”, nomenclatura que costuma aparecer em provas.

Possuem a característica de transitar momentaneamente pelo


patrimônio público, sendo em momento oportuno restituídos ao seu
proprietário. Como exemplos, pode-se citar: depósitos de terceiros,
cauções, operações de crédito (ARO), Restos a Pagar inscritos no
exercício, emissões de papel-moeda e retenções diversas.

Sendo assim, percebe-se que apenas a opção "A" corresponde a uma


receita extraorçamentária. Vamos classificar as demais:

b) multa relativa a tributo pago com atraso. Receita Orçamentária


Corrente

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c) receita decorrente da alienação de imóveis do ente público. Receita


Orçamentária de Capital

d) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. Receita


Orçamentária Corrente

e) receita de serviços prestados pelo ente público. Receita


Orçamentária Corrente

Gabarito: A

97. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A empresa Futura recebeu R$


50.000,00 em março, R$ 65.000,00 em abril e R$ 90.000,00 em junho,
==ecf88==

referentes a produtos a serem entregues em meses subsequentes. A


empresa entregou em maio os produtos referentes ao recebimento de
março e em junho os produtos referentes ao recebimento de abril e ainda
não havia entregado os produtos referentes ao recebimento de maio. O
valor da receita reconhecida, nos meses de maio e junho, no resultado da
empresa, foi, respectivamente, em reais,
a) 0,00 (zero) e 90.000,00.
b) 0,00 (zero) e 155.000,00.
c) 50.000,00 e 0,00 (zero).
d) 50.000,00 e 65.000,00.
e) 50.000,00 e 90.000,00.

Trata-se de questão que exige conhecimentos sobre reconhecimento das


receitas.

Primeiramente, cabe destacar que segundo o princípio da


competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas nos
períodos a que se referem, conforme a ocorrência do seu fato
gerador, independentemente do recebimento ou pagamento.

Observe que a empresa Futura recebeu antecipadamente valores nos


meses de março, abril e junho referentes a produtos a serem entregues
em meses subsequentes. No entanto, como o fato gerador ainda não
ocorreu, referidos valores não podem ser reconhecidos como receita, sob
pena de comprometer a observância do princípio da competência
supracitado.

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Observe, ainda, que o fato gerador do recebimento de março (R$


50.000,00) ocorreu em Maio com a entrega dos produtos. Já o fato
gerador do recebimento de abril (R$ 65.000,00) ocorreu em Junho com
a entrega dos produtos.

Portanto, o valor da receita reconhecida nos meses de maio e junho no


resultado da empresa foi, respectivamente, R$ 50.000,00 e R$
65.000,00.

Gabarito: D

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RESUMO DA AULA

 Princípios Orçamentários: São premissas a serem observadas na concepção da proposta orçamentária. Não têm
caráter absoluto ou dogmático, estando sujeitos a transformações em seu conceito e modificações. Atualmente,
não conseguem atender a todas as nuanças do universo econômico-financeiro do Estado Moderno. Por isso existem
muitas exceções.

Princípios Orçamentários
Princípio Premissa
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para dado
Unidade
exercício.
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas do Estado.
Exceções (são no tocante às previsões de receitas)
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ORÇAMENTÁRIOS (MCASP Parte I)

Créditos Adicionais; Tributo instituído por Lei após a aprovação da LOA; Receitas e
Universalidade
despesas operacionais das empresas públicas e SEM, consideradas estatais
independentes; Receitas extraorçamentária (art. 3 Lei 6404/64): ARO, emissões de papel-
moeda e entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro.
Todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores
Orçamento Bruto
brutos, sem qualquer tipo de dedução.
O orçamento público deve ser elaborado e autorizado para um período determinado,
geralmente um ano.
Anualidade
Exceções
Créditos ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS com vigência plurianual
A receita orçamentária de IMPOSTOS não pode ser vinculada a órgãos ou fundos.
Não Afetação das Exceções (principais)
Receitas FPM, FPE, Saúde, FUNDEF, Adm. Tributária, garantia à ARO, contragarantia à União, pgto.
débitos c/ União.
A LOA não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a
despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras.
Discriminação
Exceções
(Especialização)
- Investimentos em regime de execução especial (art. 20, Lei 4320/64);
- Reserva de Contingência.
A LOA não pode conter dispositivo estranho à fixação das despesas e previsão das
receitas
Exceções
Exclusividade
- Autorização p/ abertura de créditos SUPLEMENTARES;
- Autorização p/ contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da
receita (ARO)
A LOA deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista contábil, entre os valores de receita
Equilíbrio
e de despesa.
A LOA deve ser apresentada em linguagem clara e compreensível a todas as pessoas que
Clareza
necessitam manipulá-la.
Utilização do orçamento como auxiliar efetivo da administração, especialmente como
Programação
técnica de ligação entre as funções de planejamento e gerência
Legalidade O Planejamento e orçamento são realizados por meio de leis (PPA, LDO e LOA)
Para que a LOA possa criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e deveres,
Publicidade
obrigando a todos, há que ser publicada.

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Sinceridade As leis orçamentárias devem apresentar de maneira sincera (exata) o conjunto dos
(Exatidão) recursos e dos encargos do Estado.

 Receitas: Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se
receitas públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de
recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas
entradas compensatórias. Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias.

Ingressos de Recursos Financeiros nos Cofres Públicos (Receitas Públicas em sentido amplo)
Receitas Orçamentárias
Ingressos Extraorçamentários
(Receitas Públicas em sentido estrito)
 Representam entradas compensatórias;  Representam disponibilidades de recursos;
 Recursos financeiros de caráter temporário;  São utilizados para cobertura de despesas;
 Estado é mero agente depositário;  Pertencem ao Estado;
 Não integram a LOA;  Transitam pelo patrimônio;
 Em geral, não têm reflexos no PL da entidade  Aumentam o saldo financeiro;
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ORÇAMENTÁRIOS (MCASP Parte I)

Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças,  Em regra, estão previstas na LOA (Princípio da Universalidade).
Operações de Crédito ARO, Emissão de Moeda  Serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas
e Outras entradas compensatórias próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas
no Orçamento. (Art. 57 da Lei nº 4.320/1964)
 Ressalvas: operações de credito por antecipação da receita
(ARO); emissões de papel-moeda; outras entradas
compensatórias

CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA

Aumenta a situação líquida


EFETIVA
patrimonial da entidade
Quanto ao impacto na situação
líquida patrimonial
Não altera a situação líquida
NÃO EFETIVA patrimonial da entidade
RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Em geral, aumentam as
CORRENTE disponibilidades da entidade com
efeito positivo sobre o patrimônio
Quanto à natureza
Em geral, não provocam efeito
CAPITAL sobre o patrimônio (Ex: obtenção
de dívidas ou alienação de bens)

Referem-se predominantemente a
PRIMÁRIA receitas correntes

Quanto ao resultado fiscal


Não contribuem para o resultado
FINANCEIRA primário ou não alteram o
endividamento líquido.

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CODIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA (MTO 2016)

C O E DDDD T
Categoria Desdobramentos para identificação
Origem Espécie Tipo
Econômica de peculiaridades da receita

E I R P F IRPF
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ORÇAMENTÁRIOS (MCASP Parte I)

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA QUANTO À NATUREZA

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

Etapas da Receita Orçamentária


Planejamento Previsão
Lançamento
Execução Arrecadação
Recolhimento

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Lista das questões apresentadas na aula

1. (FCC/Contador/DNOCS/2010/Adaptada) Em relação aos princípios orçamentários


adotados no Brasil, é correto afirmar que o princípio da universalidade admite exceções
no tocante à fixação das despesas.

2. (CESPE/Agente Administrativo/DPU/2016) Com relação ao orçamento público no


Brasil, julgue o próximo item, considerando o que está estabelecido na Constituição
Federal de 1988 (CF).

Recursos financeiros de caráter temporário, como as fianças, integram as receitas na


LOA.

3. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/2016) Com relação às receitas correntes e às receitas


de capital, assinale a opção correta.
a) As receitas de capital são classificadas em patrimonial e industrial.
b) São receitas correntes as provenientes de empréstimo e de financiamento destinados
a investimentos.
c) As receitas tributárias e de contribuições classificam-se como receitas correntes.
d) As operações de crédito são classificadas como receitas correntes.
e) São receitas correntes aquelas destinadas à inversão financeira.

4. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT8/2016) De acordo com a Portaria


Conjunta STN/SOF n.º 1/2014 e a Portaria STN n.º 700/2014, assinale a opção correta a
respeito de receita pública.
a) As receitas correntes e de capital aumentam o patrimônio líquido das entidades
públicas.
b) A transferência de receita a outros entes deve ser registrada como dedução da
receita.
c) A classificação da receita por origem permite fazer o detalhamento das categorias
econômicas.
d) A classificação da receita para apuração do resultado primário é obrigatória para
todos os entes.
e) O reconhecimento da receita orçamentária acontece no momento da ocorrência do
fato gerador.

5. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE/2014/Adaptada) Recursos que um ente tenha a


competência de arrecadar, mas que pertençam a outro ente, são registrados, no
primeiro ente, como dedução da receita, e não como despesa pública, caso esta última
não tenha sido fixada.

6. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) A respeito da


execução da receita e da despesa orçamentárias, e dos créditos que alteram o
orçamento e suas movimentações, julgue o item que se segue.

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No caso de devolução de saldos de convênios, se a restituição ocorrer no mesmo


exercício em que forem recebidas as transferências pelo convênio, a referida restituição
será contabilizada como dedução de receita até o limite dos valores recebidos.

7. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC/2009) No que concerne à consolidação das


contas públicas e a seus reflexos, julgue o item subsequente.

Em rendas extintas, o fato gerador da receita não representa mais situação que gere
arrecadações para o ente. Em casos de devolução de saldos de convênios e de contratos,
quando o valor da restituição ultrapassar o valor das transferências recebidas no
exercício, deve-se registrar esse valor como despesa orçamentária.

8. (CESPE/Contador/IPAJM-ES/2010/Adaptada) No caso de devolução de saldos de


convênios, se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que forem recebidas
transferências do convênio, esta não poderá ser contabilizada como dedução de receita.

9. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-ES/2012) Nos termos da Lei de


Responsabilidade Fiscal, a concessão de benefício tributário do qual decorra renúncia de
receita do IPI deve estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro e da correspondente compensação.

10. (CESPE/Analista de Gestão/Julgamento/TCE-PE/2017) A respeito dos fundamentos


da gestão financeira e orçamentária, julgue o item a seguir.

O caixa único do Tesouro Nacional destina-se a efetivar o princípio orçamentário da


unidade.

11. (CESPE/Analista de Gestão/Administração/TCE-PE/2017) A respeito do ciclo, do


processo e dos princípios do orçamento público, julgue o item subsequente.

O tratamento dado aos recursos destinados à educação e à saúde constitui uma exceção
ao princípio orçamentário da não vinculação.

12. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Considerando as disposições


constitucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.

Violará o princípio da não afetação da receita a promulgação de lei estadual que impuser
aos municípios a aplicação em financiamento de programa habitacional estadual de 50%
do ICMS a eles destinado.

13. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Considerando as disposições


constitucionais e as normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios
orçamentários, julgue o item a seguir.

Em razão do princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária deve conter


todas as receitas e despesas, qualquer que seja a sua natureza, procedência ou o seu
destino.

14. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) Em relação às técnicas e aos


princípios do orçamento público, julgue o item a seguir.

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De acordo com o princípio orçamentário da não afetação — que, no Brasil, é aplicável


somente às receitas de impostos —, as receitas públicas não podem estar vinculadas a
qualquer tipo de despesa pública.

15. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) Em observância ao princípio da


universalidade orçamentária, devem estar reunidos no orçamento estadual todos os
recursos que um estado-membro esteja autorizado a arrecadar e todas as dotações
necessárias ao custeio de serviços públicos estaduais.

16. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) Dado o princípio da anualidade


orçamentária, os orçamentos públicos das diversas esferas de governo devem ter
vigência de um exercício financeiro e coincidir com o ano civil.

17. (CESPE/Técnico Judiciário/TRT8/2016) Os valores estabelecidos para a efetivação


das despesas autorizadas deverão ser proporcionais aos valores previstos para a
arrecadação das receitas. Essa afirmativa faz referência ao princípio orçamentário do (a)
a) equilíbrio.
b) exclusividade.
c) orçamento bruto.
d) proibição e estorno.
e) programação.

18. (CESPE/Analista Judiciário/TRT8/Contabilidade/2016) De acordo com a Constituição


Federal de 1988, a lei orçamentária anual deve compreender o orçamento fiscal, o qual
conterá receitas e despesas referentes a todas as entidades da administração direta e
indireta; o orçamento de investimento das empresas estatais; e o orçamento da
seguridade social. Esse mandamento constitucional relaciona-se aos princípios
orçamentários da
a) uniformidade e da unidade.
b) universalidade e da especificação.
c) universalidade e da unidade.
d) unidade e da especificação.
e) universalidade e da programação.

19. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios


orçamentários.
a) O PPA segue o princípio da periodicidade e seu orçamento é definido bienalmente.
b) Dado o princípio da exclusividade, cada ente da Federação deverá ter o seu próprio
orçamento.
c) O princípio da unidade visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa
política.
d) De acordo com o princípio do orçamento bruto, as receitas devem constar no
orçamento pelos seus totais, deduzindo-se destes somente os impostos.
e) Dado o princípio da totalidade, o orçamento de cada estado deverá conter todas as
receitas e despesas de seus órgãos mantidos pelo poder público.

20. (CESPE/Agente Administrativo/DPU/2016) Com relação ao orçamento público no


Brasil, julgue o próximo item, considerando o que está estabelecido na Constituição
Federal de 1988 (CF).

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No Brasil, para determinado período do ano civil, cada ente da Federação deve possuir
um orçamento para as receitas e um orçamento para as despesas.

21. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito do orçamento público e das receitas e


despesas públicas, julgue o item que se segue.

De acordo com o princípio da universalidade orçamentária, cada unidade orçamentária


deve possuir apenas um orçamento.

22. (CESPE/Técnico Administrativo/ANCINE/2012) Consoante o princípio da


periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo ao qual se
referem a previsão das receitas e a fixação das despesas.

23. (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Civil/CNJ/2013) De acordo com o princípio da


periodicidade, o exercício financeiro deverá conter o período de tempo de mandato do
presidente da República para garantir a governabilidade e atender à Lei de
Responsabilidade Fiscal.

24. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) O princípio do equilíbrio


orçamentário, segundo algumas escolas de pensamento, deve ser ignorado em situações
de crise, devendo o governo intervir ativamente na economia para estimular a demanda.
No Brasil, os debates sobre equilíbrio orçamentário restringem-se a discussões genéricas
no PPA.

25. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) Caso uma prefeitura crie, por


meio da vinculação de receitas de impostos, uma garantia de recursos para a colocação
de asfalto em todas as vias municipais, ela violará o princípio da não afetação de
receitas.

26. (CESPE/Analista Judiciário/Judiciária/CNJ/2013) Considerando que João seja


responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um tribunal federal, que irá
compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA) para 2014, julgue o item que se segue
à luz do disposto na CF, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Ao inserir na proposta todas as despesas previstas para o exercício seguinte, João


atenderá ao princípio da especificação.

27. (CESPE/Técnico Judiciário/CNJ/2013) A relação intertemporal do gasto público é um


importante elemento da política pública. Por essa razão, o orçamento deve ser
plurianual, conforme previsto na legislação brasileira, que, portanto, viola o princípio da
anualidade orçamentária.

28. (CESPE/Analista do Executivo/Ciências Contábeis/Governo do ES/2013) Acerca dos


princípios orçamentários, assinale a opção correta.
a) De acordo com o princípio da especificação, também denominado princípio da
discriminação, deve-se evitar a inserção de dotações globais na lei do orçamento.
b) A autorização para abertura de créditos adicionais e a contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, são exceções ao princípio do equilíbrio
financeiro.

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c) O princípio da não afetação de receita é também denominado vinculação da receita,


devido à existência de mecanismos de desvinculação da receita da União (DRU)
aprovados por lei.
d) De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve ser uno para
possibilitar maior conhecimento do fluxo de recursos orçamentários que compõem as
finanças de um ente público em determinado exercício.
e) De acordo com o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter todas as
receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem empenhadas no exercício
financeiro.

29. (CESPE/Analista do Executivo/Ciências Contábeis/Governo do ES/2013) Assinale a


opção correta em relação aos princípios orçamentários.
a) A lei orçamentária do estado do Espírito Santo está em desacordo com o princípio da
totalidade, uma vez que é editada anualmente por meio de três orçamentos distintos: o
fiscal, o da seguridade social e o de investimento.
b) De acordo com o princípio da periodicidade, as despesas públicas contempladas no
orçamento fiscal devem ser executadas anualmente, ao passo que os programas de
investimentos públicos podem ser iniciados independentemente de constarem do plano
plurianual (PPA).
c) Em consonância com o princípio da não vinculação, as receitas de contribuições
sociais devem ser recolhidas à conta única do Tesouro Nacional e utilizadas para o
pagamento de quaisquer despesas públicas.
d) Em conformidade com o princípio da exclusividade, a Lei Orçamentária Anual (LOA)
não poderá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
ressalvando-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
a contratação de operações de crédito.
e) Um dos princípios respeitados na elaboração do orçamento geral da União é o da
clareza, evidenciando-se o montante de recursos desvinculados das receitas da
seguridade social no orçamento fiscal.

30. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-MS/2013/Adaptada) Os princípios


orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e significação, pois não têm
caráter absoluto ou dogmático e suas formulações originais não atendem,
necessariamente, ao universo econômico-financeiro do Estado moderno.

31. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-MS/2013/Adaptada) De acordo com o


princípio da especialização, a lei orçamentária deverá conter apenas matéria financeira,
excluindo qualquer dispositivo estranho à estimativa de receitas do orçamento.

32. (CESPE/Técnico Administrativo/IBAMA/2012) A existência do orçamento fiscal, da


seguridade social e de investimento das empresas contraria o princípio orçamentário da
exclusividade.

33. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) Os princípios orçamentários são


linhas norteadoras de ação a serem observadas na concepção da proposta de LOA.
Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

De acordo com o princípio da universalidade, a LOA de cada ente federado deverá conter
todas as receitas e as despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo poder público.

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34. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) Os princípios orçamentários são


linhas norteadoras de ação a serem observadas na concepção da proposta de LOA.
Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

O princípio da exclusividade estabelece que a LOA não contenha dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita orçamentária.

35. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) Com relação à


contabilidade pública e à matéria orçamentária, julgue o item a seguir.

A inclusão do serviço da dívida no orçamento público, na década de 80 do século


passado, é compatível com vários princípios orçamentários, entre os quais, pelo menos,
a universalidade, o equilíbrio e a clareza.

36. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-TO/2007) Os princípios orçamentários


são regras que cercam a instituição orçamentária, visando a dar-lhe consistência,
principalmente no que se refere ao controle pelo Poder Legislativo. Relativamente aos
princípios orçamentários, assinale a opção correta.
a) Pelo princípio da anualidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para o exercício financeiro, para cada ente da Federação.
b) Em observância ao princípio da universalidade, as despesas devem ser classificadas
de forma detalhada, o que facilita sua análise e compreensão.
c) O princípio da exclusividade dispõe que o conteúdo orçamentário deve ser divulgado
por meio dos veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público e para a
eficácia de sua validade.
d) Conforme estabelece o princípio da unidade, as previsões de receita e de despesa
devem fazer referência, sempre, a um período limitado de tempo.
e) Segundo a Lei n.º 4.320/1964, a Lei de Orçamento conterá discriminação da receita e
da despesa, atendidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

37. (CESPE/Analista Judiciário/TRE-ES/2011) Acerca dos aspectos conceituais e teóricos


da gestão orçamentária, julgue o item a seguir.

Em matéria orçamentária, o princípio da legalidade refere-se à legalidade estrita


aplicável aos atos da administração pública.

38. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Com relação a conceitos e


normas da administração orçamentária e financeira, julgue o próximo item.

O superdimensionamento das solicitações de dotações orçamentárias é uma prática


muito comum. Além de comprometer o princípio da exatidão, tal prática provoca a
ruptura do equilíbrio, por pressupor a exigência de uma receita maior que a necessária.

39. (CESPE/Advogado da União/AGU/2006) Considerando as atribuições constitucionais


e legais dos órgãos públicos em matéria financeira, julgue o item seguinte.

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É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, não havendo


qualquer exceção que vincula a receita de impostos a um benefício específico e divisível
para o contribuinte.

40. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2011) O princípio da


universalidade está claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que
o orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas públicas, possibilitando
que o Poder Legislativo conheça, a priori, todas as receitas e despesas do governo e
possa dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização.

41. (FCC/Analista/Economia/DPE-RS/2017) Fazer com que o orçamento público


considere todas as receitas e todas as despesas e que nenhuma instituição
governamental fique afastada do orçamento caracteriza o princípio
a) do orçamento bruto.
b) da exclusividade.
c) do equilíbrio.
d) da transparência.
e) da universalidade.

42. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 24ª Região/2017) Entre os princípios


orçamentários que informam a elaboração da Lei Orçamentária Anual − LOA, previstas
na Constituição Federal e legislação de regência, insere-se o princípio da
a) exclusividade, que veda a inclusão de qualquer dispositivo estranho à estimativa de
receita e à fixação de despesa, incluindo-se na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares.
b) não vinculação das receitas, que, entre outros aspectos, proíbe a destinação de
produto de taxas a fundos ou outras finalidades.
c) especificação, segundo o qual as receitas e as despesas devem estar consignadas de
forma discriminada, sendo vedado dotações globais.
d) anualidade, que veda a inclusão na LOA de autorização para contratação de
operações de crédito cujo serviço da dívida exceda o correspondente exercício financeiro.
e) unicidade, que determina a apresentação e aprovação simultâneas, ainda que em leis
separadas, do orçamento fiscal, do orçamento monetário e o orçamento das estatais.

43. (FCC/Analista Judiciário/Administrativa/TRF3/2016) Um analista judiciário examinou


o orçamento previsto para o Poder Judiciário referente ao exercício de 2015 e verificou
que a peça orçamentária abordou aspecto relacionado ao cumprimento do princípio
orçamentário da exclusividade. Ele chegou a essa conclusão porque a peça orçamentária
a) foi elaborada para um período determinado.
b) autorizou a contratação de operação de crédito.
c) conteve dotações específicas para despesas com pessoal.
d) foi autorizada pelo Poder Legislativo.
e) incluiu todas as receitas e todas as despesas.

44. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) Um analista judiciário −


especialidade contabilidade do TRT da 23ª Região foi incumbido de analisar a proposta
orçamentária do Tribunal para 2016. Para tanto, sabe que o orçamento

I. não deve consignar dotações globais destinadas a atender indiferentemente a serviços


de terceiros.

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II. conterá todas as receitas e despesas.

III. não conterá matéria estranha à previsão de receita e à fixação de despesa,


consideradas as exceções legais.

IV. deve ser fundamentado em uma única política orçamentária.

V. deve compreender um único período orçamentário.

Considerando essas orientações, os itens


a) I e II se referem ao princípio orçamentário da universalidade.
b) III, IV e V se referem ao princípio orçamentário da unidade.
c) II e III se referem, respectivamente, aos princípios orçamentários da universalidade e
exclusividade.
d) I e IV se referem, respectivamente, aos princípios orçamentários da especificação e
anualidade.
e) IV e V se referem ao princípio orçamentário da exclusividade.

45. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) Determinado Prefeito Municipal fez a transposição de


recursos dotados da educação para a saúde, sem autorização legislativa. A situação fere
o princípio da
a) universalidade, que comina que todas as receitas e despesas deverão figurar em
bruto no orçamento, sem quaisquer deduções.
b) responsabilidade na gestão fiscal, que veda a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão
para outro, sem prévia autorização legislativa.
c) responsabilidade na gestão fiscal, que comina que todas as receitas e despesas
deverão estar contidas no orçamento.
d) proibição de estorno de verbas, que veda a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão
para outro, sem prévia autorização legislativa.
e) proibição de estorno de verbas, que comina que todas as receitas e despesas deverão
figurar em bruto no orçamento, sem quaisquer deduções.

46. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo


estranho à previsão de receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei (art. 165, § 8o, da CF).

Este dispositivo refere-se ao princípio da


a) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos adicionais
destinados a reforço de dotação orçamentária.
b) programação, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos adicionais
destinados a sanar despesas insuficientemente dotadas no orçamento.
c) transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos
adicionais destinados a sanar despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
d) transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos
adicionais destinados a sanar despesas insuficientemente dotadas no orçamento.

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e) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de créditos adicionais


destinados a sanar despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.

47. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) A determinação legal para que o governo, dentre


outros, divulgue o orçamento público de forma ampla à sociedade, de acordo com a Lei
Complementar no 101/2000 − Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF, atende ao princípio
da
a) legalidade.
b) impessoalidade.
c) clareza.
d) transparência.
e) universalidade.

48. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) O Princípio Orçamentário que


estabelece que seja vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa é
denominado Princípio da
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Exclusividade.
d) Não-afetação das receitas.
e) Especificação ou da Discriminação.

49. (FCC/Analista Judiciário/TRF4/2010) O princípio orçamentário da exclusividade


estabelece que
a) é vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa.
b) a lei orçamentária não consignará dotações globais de despesas.
c) o orçamento deve equilibrar as receitas com as despesas.
d) todas as receitas e despesas constarão da lei do orçamento pelos seus valores brutos,
vedadas quaisquer deduções.
e) a lei orçamentária não conterá qualquer dispositivo estranho à estimativa de receita
ou fixação de despesa, ressalvadas as exceções previstas na Constituição Federal.

50. (FCC/Procurador/TCE-RO/2010) Analise as afirmações a seguir:

I. O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária deve ser uma peça só e o
texto constitucional o consagra ao dispor que a lei orçamentária anual compreenderá o
orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social.

II. O princípio da não afetação de receita de tributos a órgão, fundo ou despesa vem
consagrado constitucionalmente, mas não de forma absoluta, na medida em que admite
exceções, como a destinação de recursos para as ações e serviços de saúde.

III. O princípio da exclusividade não mais vige na atual ordem constitucional, na medida
em que a lei orçamentária pode conter outras matérias estranhas à previsão de receita e
à fixação da despesa, como é o caso da previsão de autorização para abertura de crédito
suplementar.

Está correto SOMENTE o que se afirma em


a) I.
b) II.

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c) III.
d) I e II.
e) II e III.

51. (FCC/Auditor Substituto/TCE-RO/2010) O verbete 66 das súmulas do Supremo


Tribunal Federal assim dispõe: “É legítima a cobrança do tributo que houver sido
aumentado após o orçamento, mas antes do início do respectivo exercício financeiro”.
Este entendimento firmado pelo STF está relacionado, como exceção, ao princípio
orçamentário da
a) anualidade tributária.
b) anualidade orçamentária.
c) unidade do orçamento.
d) não afetação.
e) universalidade.

52. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) As etapas da receita


orçamentária
a) seguem a ordem cronológica dos fenômenos econômicos.
b) consistem no planejamento das receitas orçamentárias que constarão na proposta
orçamentária.
c) dependem do comportamento da série histórica de arrecadação.
d) ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias.
e) incluem o empenho, a liquidação e o pagamento.

53. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) É correto utilizar o momento do


lançamento para determinar a data da ocorrência do fato gerador no âmbito de uma
atividade tributária.

54. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-PE/2017) No estágio da previsão da receita


orçamentária, é verificada a procedência do crédito fiscal.

55. (CESPE/Analista de Gestão/Julgamento/TCE-PE/2017) Acerca dos mecanismos


necessários à execução do orçamento, julgue o item que se segue.

A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória por todos os entes da


Federação.

56. (CESPE/Analista de Gestão/Administração/TCE-PE/2017) Com relação ao orçamento


público brasileiro, julgue o item que se segue.

A previsão de arrecadação na lei orçamentária anual é obrigatória e constitui condição


para que uma receita seja classificada como orçamentária.

57. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) A respeito da receita e da


despesa pública, assim como do regime constitucional dos precatórios, julgue o item.

As custas e os emolumentos recebidos em razão da prestação dos serviços de


registradores e notários estão incluídos na categoria de receita pública originária.

58. (CESPE/Procurador do Município de Fortaleza/2017) A respeito de endividamento e


de receita e despesa públicas, julgue o item seguinte.

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O ingresso de recursos derivados de empréstimos não se inclui na contabilidade da


receita pública, embora seja incluído no orçamento anual.

59. (CESPE/Auditor/TCE-PR/2016) Assinale a opção correta a respeito de receita pública.


a) Operações de crédito são receitas de capital originárias da contratação de
empréstimos junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas.
b) Durante o exercício, as receitas cujos valores extrapolarem o originalmente previsto
na LOA serão classificadas como ingressos extraordinários.
c) No âmbito da União, o órgão que normatiza a classificação orçamentária da receita é
a Secretaria do Tesouro Nacional.
d) Segundo a classificação oficial, as receitas públicas podem ser originárias ou
complementares.
e) As receitas de capital e as receitas correntes provocam, ambas, efeito positivo no
patrimônio líquido do Estado.

60. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRE-PI/2016) Assinale a opção que


apresenta corretamente a receita econômica cuja origem a classifica como receita de
capital.
a) juros
b) amortização de empréstimos
c) imposto de renda
d) royalties
e) dívida ativa

61. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito do orçamento público e das receitas e


despesas públicas, julgue o item que se segue.

As receitas públicas são classificadas como provisórias e definitivas.

62. (CESPE/Contador/DPU/2016) Considere que a Defensoria Pública da União (DPU)


tenha contraído, em janeiro de 2014, um empréstimo internacional junto ao Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor R$ 100 milhões, para pagamento em
vinte anos, com carência de cinco anos.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

A contratação do empréstimo não implica alteração na dívida ativa da DPU.

63. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No que concerne à receita


pública, julgue o item a seguir.

A receita tributária, em relação à procedência, é classificada como derivada.

64. (CESPE/Técnico Administrativo/ANCINE/2012) Acerca do orçamento público, julgue o


item subsequente.

O produto da arrecadação de multas resultantes das atividades exercidas pela ANCINE


integra a receita corrente dessa agência.

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65. (CESPE/Analista Judiciário/Engenharia Civil/CNJ/2013) As receitas de capital, por


serem oriundas da exploração de atividades econômicas, provocam significativo efeito
sobre o patrimônio líquido.

66. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/CNJ/2013) No orçamento público estão


dispostas as receitas e as despesas administradas pelo Estado. Com relação a esse
assunto, julgue o item subsecutivo.

As receitas de operações intraorçamentárias resultam das operações realizadas entre


órgãos e demais entidades da administração pública integrantes do orçamento fiscal e do
orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo, representando novas
entradas de recursos nos cofres públicos do ente, sem provocar, contudo, efeitos sobre o
patrimônio líquido.

67. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No Brasil, a receita pública


classifica-se segundo sua natureza, fonte (destinação) do recurso e risco fiscal.

68. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) No que concerne à receita


pública, julgue o item a seguir.

Se, ao desativar algumas unidades de determinado órgão, o governo deixar de utilizar


alguns imóveis, sendo esses imóveis posteriormente alugados para a iniciativa privada,
então as receitas desses aluguéis deverão ser classificadas como receitas correntes.

69. (CESPE/Técnico Judiciário/Administrativa/2013) No que concerne à receita pública,


julgue o item a seguir.

Em relação à categoria econômica, a receita pode ser corrente ou de capital.

70. (CESPE/Analista Administrativo/ANATEL/2012) A respeito das receitas e das


despesas no orçamento público, julgue o item a seguir.

As receitas correntes destinadas ao pagamento das despesas correntes do governo


incluem as receitas tributárias, que englobam os impostos, as taxas, as contribuições de
melhorias, as contribuições sociais e de intervenção econômica.

71. (CESPE/Analista do Executivo/Administração/Governo do ES/2013) Em relação à lei


de orçamentos, que deve compreender todas as receitas, inclusive as de operações de
crédito autorizadas em lei, assinale a opção correta.
a) Classificam-se como derivadas as receitas públicas arrecadadas por meio da
exploração de atividades econômicas pela administração pública.
b) As receitas de capital arrecadadas em um exercício, à medida que aumentam as
disponibilidades financeiras do Estado, causam efeito positivo sobre o patrimônio líquido,
financiando os objetivos definidos nos programas e ações das políticas públicas.
c) A contribuição para financiamento da seguridade social classifica-se como receita
tributária, conforme a legislação orçamentária em vigor no país.
d) A arrecadação, um dos estágios da receita pública, caracteriza-se pela transferência
ou pelo depósito das obrigações dos contribuintes em favor do Tesouro Nacional.

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e) As receitas públicas correspondem aos ingressos de recursos financeiros nos cofres do


Estado, ao passo que as receitas orçamentárias representam entradas compensatórias
sujeitas à autorização legislativa.

72. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/CNJ/2013) Se, durante o debate do


projeto de lei orçamentária, forem subestimados os valores a serem arrecadados, os
valores adicionais que eventualmente venham a ser arrecadados durante o período de
vigência da lei orçamentária deixarão de ser considerados receita orçamentária e
passarão a ser receita extraordinária.

73. (CESPE/Analista Judiciário/Judiciária/CNJ/2013) Supondo que Maria seja responsável


por conduzir a execução orçamentária de um tribunal federal e tendo em conta o
disposto na Lei n.º 4.320/1964, na LRF e na CF, julgue o próximo item.

No decorrer da execução orçamentária, caso ocorra recebimento de uma receita pública


de taxa não prevista na lei orçamentária para o respectivo ano, Maria deverá contabilizar
tal receita como não orçamentária.

74. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) A respeito da receita e


da despesa públicas, julgue o item seguinte.

As receitas intraorçamentárias se contrapõem às despesas intraorçamentárias e se


referem a operações entre órgãos e entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da
seguridade social da mesma esfera governamental.

75. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) De acordo com a Lei n.º 4.320/1964,


julgue o item a seguir, relativo a etapas e estágios das receitas e das despesas públicas.

A procedência do crédito fiscal deve ser verificada no ato do lançamento da receita


pública.

76. (CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015) Acerca da elaboração da proposta orçamentária


e da execução do orçamento, julgue o item subsecutivo, conforme disposições da Lei n.º
4.320/1964.

Qualquer renda com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato é objeto


de lançamento.

77. (CESPE/Analista Administrativo/ANTAQ/2014) Julgue o item que se segue, com


relação às receitas e às despesas públicas.

Lançamento é um estágio da receita pública que, embora previsto em lei, somente é


executado em casos de receitas específicas.

78. (CESPE/Analista Administrativo/ICMBio/2014) A respeito das receitas e despesas


públicas, julgue o item a seguir.

Algumas receitas orçamentárias podem não passar, antes do seu recolhimento, pela
etapa de lançamento.

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79. (CESPE/Agente Administrativo/MTE/2014) No que se refere à programação e à


execução orçamentária bem como às receitas e despesas públicas, julgue o item que se
segue.

Todas as receitas correntes e ingressos de recursos registrados na execução do


orçamento passam pelos estágios de lançamento, arrecadação e recolhimento.

80. (CESPE/Analista Técnico-Administrativo/MDIC/2014) Acerca da programação


orçamentária, da receita e da despesa públicas, julgue o item.

As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos,


levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no país. Dessa forma, a
ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a etapa de
arrecadação.

81. (CESPE/Analista Técnico-Administrativo/SUFRAMA/2014) Em relação às normas


vigentes para a fase de execução do orçamento, bem como aos estágios da receita e da
despesa públicas, julgue o item subsecutivo.

O estágio da receita pública durante o qual o agente público deve determinar a matéria
tributável é denominado lançamento.

82. (CESPE/Técnico Administrativo/IBAMA/2012) Com relação às despesas e receitas


públicas, julgue o item a seguir.

O estágio da receita denominado arrecadação encerra a etapa de execução e deve


obedecer ao princípio da unidade de caixa.

83. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/ANATEL/2009) O lançamento,


caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a todos os tipos de
receita. São tipicamente objetos de lançamento os impostos indiretos e, em particular,
os que decorrem de substituição tributária.

84. (CESPE/Técnico Judiciário/STJ/Administrativa/2015) Com referência a programação


e execução orçamentária e financeira, julgue o item que se segue.

Se o governo federal alterar as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados, de


modo a reduzir o montante global da receita tributária, não precisará promover as
medidas compensatórias previstas para o caso de renúncia de receitas.

85. (CESPE/Técnico Federal de Controle Externo/2015) Julgue o item de acordo com os


dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A modificação de base de cálculo que provocar redução discriminada de tributo será


considerada renúncia de receita. Esta, se não estiver acompanhada de medidas de
compensação que provoquem o aumento de receita, não poderá ser utilizada por um
ente federativo como instrumento de concessão nem de ampliação de incentivo ou
benefício de natureza tributária.

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86. (CESPE/Consultor Legislativo/Área III/Câmara dos Deputados/2014) Julgue o item


que se segue, acerca dos incentivos fiscais, da renúncia de receitas, da imunidade, da
não incidência e da isenção.

Toda renúncia de receita deverá estar acompanhada de medidas de compensação, por


meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base
de cálculo, majoração, criação de tributo, contribuição, ou da demonstração, pelo
proponente, de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas na lei de
diretrizes orçamentárias.

87. (CESPE/Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira/ Câmara dos


Deputados/2014) Julgue o seguinte item, referente à LRF – Lei Complementar n.º
101/2000.

São formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio, crédito presumido e


concessão de isenção em caráter não geral.

88. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-SP/2017) O ICMS de determinado


contribuinte foi inscrito em dívida ativa, no exercício de 2015, no valor de R$
485.500.000. No exercício de 2016, o contribuinte quitou a dívida com juros e multas de
mora, perfazendo um total de R$ 515.000.000. Com relação à classificação por origem
da receita orçamentária, é correto afirmar que
(A) é tributária, no valor de R$ 485.500.000 e receitas diversas, no valor de R$
29.500.000.
(B) é patrimonial, no valor de R$ 515.000.000.
(C) é dívida ativa, R$ 485.500.000 e receitas diversas, no valor de R$ 29.500.000.
(D) é tributária R$ 515.000.000.
(E) são outras receitas correntes, no valor de R$ 515.000.000.

89. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) Considere os tipos de receita,


abaixo.

I. tributárias.
II. patrimoniais.
III. industriais.
IV. de contribuições.
V. de serviços.

São classificadas como receitas correntes as que constam em


a) I, II e III, apenas.
b) II e V, apenas.
c) III, IV e V, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

Atenção: Para responder à questão a seguir, considere, abaixo, as informações e


transações, realizadas por determinada entidade do setor público no exercício de 2016.

− Lei Orçamentária − Previsão da Arrecadação das Receitas para o exercício de 2016

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− Receitas Correntes R$ 1.750.000


− Receitas de Capital R$ 1.200.000
(=) Total R$ 2.950.000

Transações realizadas pela entidade durante o exercício de 2016 (janeiro a dezembro)


(em R$)
− Despesas Orçamentárias Empenhadas (Corrente e de Capital) 2.750.000
− Arrecadação referente à Remuneração de Depósitos Bancários 14.000
− Arrecadação de Multas de Juros de Mora dos Tributos 22.000
− Arrecadação de Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
39.000
− Arrecadação aluguéis de imóveis de propriedade do ente público 36.000
− Arrecadação de Imposto de Renda Retido nas Fontes Sobre Rendimentos do Trabalho
45.500
− Arrecadação referente a Operações de Crédito Internas de Longo Prazo 395.000
− Consignações em folha de pagamento (empréstimos consignados) 18.000
− Arrecadação de Taxas pelo Poder de Polícia 24.500
− Arrecadação da Cota Parte do ICMS 140.000
− Recebimento, em doação, de dois imóveis destinados a construção de escolas públicas
110.000
− Arrecadação de Impostos Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 650.000
− Cancelamento de Dívidas Passivas 25.000
− Arrecadação referente à Alienação de Bens Imóveis 346.000
− Arrecadação referente à Amortização de Empréstimos Concedidos 89.000
− Arrecadação referente à Concessões e permissões do direito de exploração de serviços
públicos 55.000
− Arrecadação referente à Cessão do Direito de Operacionalização da Folha de
Pagamento de Pessoal 29.000
− Ganho com Alienação de Bens Imóveis 15.000
− Arrecadação da Cota Parte do IPVA 115.000
− Arrecadação de Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa dos Tributos 28.000
− Arrecadação referente a Dívida Ativa do Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbano 75.000
− Arrecadação de valor transferido pela União – destinada a construção de Hospitais.
270.000
− Arrecadação de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza 490.000
− Arrecadação da Cota Parte do Fundo de Participação dos Municípios 65.000

90. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-SP/2017) As receitas patrimoniais


arrecadadas no exercício de 2016 totalizam, em R$,
(A) 134.000.
(B) 152.000.
(C) 149.000.
(D) 105.000.
(E) 173.000.

91. (FCC/Analista Judiciário/TRF3/Administrativa/2016) No que se refere às receitas


públicas, a Lei nº 4.320/1964 estabelece que
a) receita tributária e receita não tributária são espécies de categorias econômicas.
b) receitas tributária e patrimonial são espécies de receitas de capital.

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c) o superávit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos totais das


receitas e despesas correntes não constitui item de receita orçamentária.
d) a receita proveniente da realização de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas é classificada como receita corrente.
e) a receita advinda de tributo tem seu produto destinado a custear apenas atividades
gerais.

92. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013) As receitas provenientes de foro de terreno de marinha


e de juros e dividendos de ações de sociedade de economia mista classificam-se como
a) patrimonial.
b) ingresso.
c) derivada.
d) de capital.
e) investimento.

Instruções: Para responder às questões, considere os seguintes valores recebidos no


primeiro semestre de 2012 por uma entidade pública:

Valores recebidos Valor R$


Aluguel de imóvel 900,00
Caução para garantia de contrato para execução de obras 100,00
Multas e juros de mora 300,00
Operações de crédito por Antecipação da Receita Orçamentária – ARO
200,00
Alienação de imóveis 1000,00
Impostos inscritos na dívida ativa 600,00
Amortização de empréstimos 700,00
Contribuição de melhoria decorrente de obras públicas 400,00

93. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O montante das receitas de capital arrecadadas


foi, em reais,
a) 1.700.
b) 1.000.
c) 700.
d) 1.900.
e) 2.100.

94. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O montante das receitas correntes arrecadadas


foi, em reais,
a) 900.
b) 2.200.
c) 1.500.
d) 500.
e) 2.000.

95. (FCC/Analista Judiciário/TST/2012) O somatório dos ingressos extraorçamentários


foi, em reais,
a) 600.
b) 1.000.
c) 700.

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d) 1.400.
e) 300.

96. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) Constitui exemplo de receita


extraorçamentária:
a) depósito judicial.
b) multa relativa a tributo pago com atraso.
c) receita decorrente da alienação de imóveis do ente público.
d) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público.
e) receita de serviços prestados pelo ente público.

97. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A empresa Futura recebeu R$ 50.000,00 em março,


R$ 65.000,00 em abril e R$ 90.000,00 em junho, referentes a produtos a serem
entregues em meses subsequentes. A empresa entregou em maio os produtos
referentes ao recebimento de março e em junho os produtos referentes ao recebimento
de abril e ainda não havia entregado os produtos referentes ao recebimento de maio. O
valor da receita reconhecida, nos meses de maio e junho, no resultado da empresa, foi,
respectivamente, em reais,
a) 0,00 (zero) e 90.000,00.
b) 0,00 (zero) e 155.000,00.
c) 50.000,00 e 0,00 (zero).
d) 50.000,00 e 65.000,00.
e) 50.000,00 e 90.000,00.

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
E E C C C C C E E E C
12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22.
C E C C E A C C E E C
23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33.
E E C E E A D C E E C
34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44.
C C E C C C C E C B C
45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55.
D A D D E A E A C E C
56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66.
E E C A B E C C C E E
67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77.
E C C E D E E C C C C
78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88.
C E E C E E C E C C E
89. 90. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97.
E A C A A B E A D

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