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DE XX
Processo n° ….
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
I - DOS FATOS
Narra o Ministério Público que o Réu, no mês de agosto de 2016, em dia não
determinado, dirigiu-se à casa da vítima para assistir, pela televisão a uma partida
de futebol. Nesse intento, aproveitando na situação momentânea, realizou
conjunção carnal com a vítima, alegando o Ministério Público que a referida
conjunção ali praticada se dera sem o devido consentimento da vítima, embora não
empregado violência. Diz o Ministério Público que a vítima é incapaz, portanto, não
teria condições de discernir, muito menos de consentir tal prática.
No entanto, sabe-se claramente que a vítima apontada pelo Ministério Público não
padece de incapacidade, muito pelo contrário. Certo é que a mesma já mantinha
relações amorosas com o réu há algum tempo, sendo fato conhecido por diversas
pessoas, quais sejam, a avó materna do réu, Olinda e sua mãe, Aida, que residem
com e réu e sabiam do relacionamento e da capacidade da vítima.
Ademais, cabe ressaltar que suposta vítima não tem o interesse no prosseguimento
da ação penal em epígrafe, tendo, inclusive, manifestado tal desejo, no entanto,
mesmo assim, o promotor, por conta própria deu prosseguimento ao feito.
Em final, sabe que a vítima não apresenta nenhum tipo de incapacidade mental,
total nem relativa, não sendo plausível nem sustentável apontar-lhe como portadora
de tal enfermidade. Sabe que a vítima é perfeitamente sã, podendo, inclusive, ser
averiguado em depoimento pelo próprio juízo.
II - DOS DIREITO
2.1 – Preliminar
Erra o Ministério Público ao apontar o crime como o previsto no art. 217-A do CP,
tendo em vista que a suposta vítima não é pessoa incapaz, portanto, não sendo
cabível a aplicação do referido tipo penal.
Local/data
Nome
OAB/UF
Rol de Testemunhas
a) Olinda
(qualificação)
b) Aida
classificação