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Gabriel Irley Da Silva Pinto

Irley_gabriel@hotmail.com
Tiago Soares de Souza
bombeirotiago2@gmail.com
Faculdade Multivix

TEORIA DA HISTÓRIA
Unidade 3: História da Historiografia
ESTUDO ORIENTADO

1). Identifique a que estão vinculados os textos 1, 2 e 3.

2). Produza um texto sobre “História da historiografia” incluindo em sua narrativa


uma análise crítica (apontando um ponto positivo e um ponto negativo) em relação
a cada uma das escolas historiográficas identificadas na atividade 1.

Obs.: relacione todo o conteúdo estudado nas aulas interativas e na apostila com o
conteúdo disponível nos textos 1,2 e 3, só então elabore as respostas em formato
de produção textual. (mínimo 50 linhas).

Respostas:

1.
- Historiografia materialista.
- Historiografia Positivista.
- Historiografia racionalista.
História da historiografia

A historiografia é um estudo da história. Nesse sentido é necessário destacar que a


história tem por objeto fundamental de análise do passado. Tal disciplina tem por
finalidade pesquisar os fatos e nesse sentido especificamente, fatos históricos é um fato
passado que deixou vestígios e cujo e cujo o significado, no contexto do seu tempo, pode
ser convenientemente definido. A palavra historiografia provém grego “στοριογράφος’
(historiógrafo), de “Ιστορία”, (história) e-γράφος (grafos) da raiz de γράφειν, “escrever”:
(que escreve, ou descreve, a História”¹

Na antiguidade grega, houvera uma busca por preservar o conhecimento do passado.


Neste período histórico, houve a produção de cronicas e poemas épicos/epopeias. A uma
personalidade do passado a qual é atribuída o título de “pai da História’’, tal homem é
Herótodo, um grego que viveu no século V a.c. Ele foi o primeiro historiador da história
pois ele entendeu que o pensar no passado é passível de estudo. Uma grande obra dele
foi “Historia’’ onde ele narra em nove livros, batalhas de gregos com persas, que ficou
conhecida como Guerras Medicais’’. Após Heródoto a história foi vista de forma diferente,
fgradativamente sendo valorizada.

Além de Herótodo, outro historiador grego se destacou no século V a.d, Teucídes,


ele escreveu sobre a guerra do Peloponeso pois ele foi testemunha desse evento e
buscou narrar da melhor forma possível e principalmente de forma imparcial.

No século XIX a ciência da história passou a se posicionar contra o idealismo. É


possível perceber também um esforço contra a filosofia da história que aproximava a
história das ciências naturais. Os historiadores que empreendiam esse esforço buscavam
o conhecimento em métodos empíricos, procurando relatar os fatos exatamente como
ocorreram. Limitavam-se, para isso, apenas em documentos oficiais escritos. Sendo
assim, esse movimento historiográfico ficou conhecido como Escola Positivista.
Um pouco mais tarde, os historiadores notaram que a filosofia se revelava histórica
somente no momento que possuía o objetivo de relatar os fatos como haviam acontecido.
Assim, o filósofo Leonard Von Ranke se tornou adepto dessa metodologia positivista.
Dizia que o historiador iria somente reviver a história se ativesse aos documentos oficiais.
Para esse filósofo, cada fato histórico não pode se repetir, necessitando da objetividade
para adquirir o conhecimento sobre ele. Só assim poderia ser considerada uma história de
verdade.
Na França, a Escola Metódica tomou rumo parecido que a Escola Positivista
Alemã. Os historiadores positivistas criam que para fazer história era necessário serem
imparciais e distantes, isto é, não poderiam expressar suas opiniões pessoais em seus
trabalhos históricos. Dessa maneira, a função dele era investigar a veracidade dos
documentos usados. Fustel de Coulanges, outro representante do positivismo histórico,
acreditava na história como ciência pura. Com o avanço das ciências humanas, a filosofia
passou a ser vista como epistemologia da história ao colocar em xeque a autenticidade do
conhecimento dessa ciência humana.
No embalo dessas críticas, surge o Materialismo Histórico. Sob a influência de
Hegel, Comte e Darwin, Karl Marx muda a maneira de se enxergar a história. Marx,
juntamente com seu amigo intelectual Engels, buscam compreender a sociedade, e para
isso aplicam os métodos dialéticos ao estudo do meio social, criando uma nova forma de
ver a história humana, baseado na luta de classes contra a opressão das classes
dominantes, que ficou conhecido como materialismo histórico. Esse método consistia em
expor a história do modo de produção e com isso desvendar as mudanças históricas.
Com a chegada do século XX, ainda na década de 1930, surgiu na França a revista
Annales d`histoir Économique et Sociale, que tinha o objetivo de influenciar a
intelectualidade através de uma nova abordagem histórica, baseada na
interdisciplinaridade. Isso ficou conhecido como a Escola dos Annales. Febvre, Bloch,
Braudel e Le Goff são seus principais expoentes da Primeira Geração e Segunda
Geração dos Annales. A intenção primeira desse movimento era se livrar da perspectiva
positivista da história. Procurando quebrar o padrão anterior, encontraram-se novos
métodos que possibilitaram uma melhor compreensão da história, das sociedades e das
civilizações. A arqueologia, a sociologia e outras ciências passaram a ser usadas como
fontes de pesquisas, produzindo assim uma interdisciplinaridade que abriu um leque bem
mais amplo para o entendimento do movimento humano no tempo.
Portanto, é possível perceber pontos divergentes e convergentes em todas essas
Escolas Historiográficas. O desenvolvimento do conhecimento sobre os fatos históricos,
que passou a questionar na Quarta Geração dos Annales a verdade histórica, porque
essa já não seria mais objetiva, mas sim subjetiva, e também a resistência da
interdisciplinaridade das Escolas Positivistas e Materialistas, configuram aí os pontos de
divergência. Já a procura pelo conhecimento dos fatos e da compreensão das histórias
sociais e políticas, configuram os pontos de convergências entre essas três escolas
historiográficas citadas. Cada escola ampliou o conhecimento humano sobre sua história,
não desconsiderando, é claro, os pontos de rupturas e de mudanças, durante todo esse
tempo até os nossos dias.
Por fim, é notório, através do estudo da história da historiografia, que a premissa
básica do estudo da história é a investigação, apuração e percepção dos fatos como eles
ocorreram no passado e assim pensar nos mesmos no presente com clareza. As
diferentes correntes historiográficas demostram a variedades de pensamentos e
pressupostos de todas as naturezas históricas ou filosóficas que constituem base da
historiografia. Todas elas contribuirão para o conhecimento da história como conhecemos
hoje em dia. É dever de cada historiador ter a ciência da realidade que ele está inserido. A
um valor imensurável na história da historiografia, a cada passo, em uma perspectiva
panorâmica da antiguidade até os dias atuais, uma grande fonte enesgotável,
praticamente, de informações que auxiliaram na construção do que hoje entendemos por
história.
Bibliografia

1. Diccionario de la Real Academia Española.

2-Oque é Historiografia? https://www.youtube.com/watch?v=qf5Kx1_Vmnw (vídeo)

3- Conceito de historia e historiografia


http://www.brapci.inf.br/index.php/article/download/19444

4- Aula de História: Historiografia https://www.youtube.com/watch?v=W1vru6Is_xI

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