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SERMÃO: A CEIA DE CRISTO E O QUE ELA NOS CONFERE

«Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na
noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o
meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante
modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova
aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de
mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a
morte do Senhor, até que ele venha.« 1Co 11.23-26.

INTRODUÇÃO

Origem
Já sabemos que a Ceia é substituta da páscoa Judaica. Essa ordenança é feita pelo
próprio senhor Jesus, como lemos no evangelho de Mateus 26.26, “Enquanto
comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos,
dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo”.

Calvino tentou por duas vezes introduzir uma comunhão semanal, crendo que não
"havia nada mais útil para a igreja que a Ceia do Senhor. Deus mesmo, Calvino
cria, uniu a ceia com a sua palavra e, portanto, era algo perigoso separá-las."

O concílio de Genebra, para desalento de Calvino, insistiu numa celebração


trimestral da ceia do Senhor. Calvino continuou a expressar sua insatisfação,
declarando mais tarde, em 1561: "Nosso costume é falho."

Nas igreja presbiterianas do Brasil, o Manual Presbiteriano (CI/IPB) diz que a ceia
deve ser celebrada com frequência, a prática quanto a celebração adotada por
muitas reformadas e por muitas de nossas igreja tem sido uma vez a cada mês.

A CEIA DE CRISTO E O QUE ELA NOS CONFERE

I – Qual a finalidade da Ceia do Senhor?

Resposta: Deus uma vez que nos recebe em sua família, não é meramente para
sermos seus servos, mas para fazer parte do número de seus filhos, e cumprir o
papel de bondoso pai que cuida de seus filhos e descendentes, nutrindo
continuamente no curso da vida.

Portanto, foi para este fim que ele se deu à sua Igreja, pela mão do Filho Unigênito,
outro sacramento, a saber, um banquete espiritual, no qual Cristo se comprova ser o
pão que gera vida [Jo 6.51], Pelo qual nossas almas são alimentadas.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o
pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”.
Cristo é o único alimento de nossa alma, e assim o nosso Pai celestial nos convida a
vir a Ele, para que alimentados com esse sustento, extraiamos incessante vigor, até
que tenhamos alcançado a imortalidade celestial.

Portanto, já temos a que fim visa esta bênção mística do pão e do vinho: para que
realmente nos confirme que o corpo do Senhor foi de tal modo uma vez em nosso
favor Sacrificado, que agora nos alimentamos dele.

II – O que graça a ceia do Senhor ela nos confere ?

1. Grande fruto de confiança e satisfação podem os crentes extrair deste


sacramento, porque nele têm o testemunho de nós fomos unido com Cristo
em um só corpo, de tal sorte que tudo quanto é dele, é lícito dizer que é
nosso.
2. Assim ousamos assegurar-nos com plena certeza ser nossa a vida eterna e o
Reino de Deus da qual ele é o herdeiro;

3. Por outro lado, não podermos ser condenados por nossos pecados, de cuja
culpa nos absolveu, quando ele os quis imputar a si como se fossem seus.

4. Tal é a sua imensa benignidade, que Ele já usou para conosco: ao tornar-se
Filho do Homem conosco, nos fez consigo filhos de Deus;

5. Por sua descida à terra, Ele abriu o caminhou para o céu, de modo que,
tomando nossa mortalidade, nos conferiu sua imortalidade;

6. Tomou sobre si a nossa fraqueza, nos tornando forte na sua virtude e poder;
recebendo em si nossa pobreza, nos transferiu sua riqueza;

7. Dirigindo para si toda nossa injustiça, pela qual éramos oprimidos, nos
revestiu de sua justiça.

CONCLUSÃO

Portanto, a função principal do sacramento não é simplesmente, apresentar-nos o


corpo de Cristo, mas, antes, é selar e assinar este compromisso em que Jesus nos diz
que Sua carne é verdadeira comida; e seu sangue, verdadeiramente bebida [Jo 6.55,
56];
Com os quais somos nutridos para a vida eterna [Jo 6.54]; pela qual se afirma o pão
da vida; do qual quem houver comido viverá para sempre [Jo 6.48, 50];

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