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Pós-graduação
Araguatins/to
Setembro/2018
INTRODUÇÃO
Como lidar com o fato de não ser mais o “porta-voz” do saber e de que o
aluno tem acesso os conteúdo previamente? Como deixar o tradicional
papel de transmissor?
A
Universidade ocupa o lugar da formação quando os sujeitos desse
O aprender a ensinar
Masetto (2005, p.80), em seu ressalta que “não podemos nos esquecer
de que por trás do modo de lecionar existe um paradigma que precisa
ser explicitado, analisado, discutido, a fim de que a partir dele possamos
pensar em fazer alterações significativas em nossas aulas”
Mediação da Aprendizagem
A Mediação da aprendizagem é uma ferramenta importante em todo contexto
cujo objetivo essencial seja a ação de ensinar e de aprender.
O professor e seu papel social leitura dos clássicos para avançar no futuro. Numa sala
de aula ocorre a troca de saberes, o aluno aprende estudando e o professor aprende
ensinando. De suma importância é o talento, fruto da intuição, e com o qual se constrói
o conhecimento, embasado no estudo, bem como a capacidade de dialogar e se
relacionar. Dessa forma ocorre a transposição do saber, e o aluno adquire e
desenvolve seu potencial, assimilando teorias, disposições e conhecimentos, com
trocas de idéias e interagindo socialmente. As atividades educacionais estão
centradas nas aptidões, expectativas, interesses, oportunidades, possibilidades e
condições de aprender dos alunos. Faz-se necessário o entrosamento com os setores
produtivos do país, aproximando o aluno do campo profissional, inibindo o estágio do
faz de conta, que não contribui para uma reflexão do papel do aluno no mundo do
trabalho(11). Porém, deve-se combater aquelas empresas que exploram o aluno,
exigindo sua presença além do cabível, muitas vezes prejudicando o seu bom
desenvolvimento acadêmico. Concluindo que é necessário revisar a lei que ampara o
trabalhador – estagiário, possibilitando uma proteção trabalhista. Sendo que, os
empresários devem se conscientizar de sua posição social, tratando o estudante como
um trabalhador – aprendiz, sem exigir o mesmo desempenho e compromissos do
trabalhador – empregado. O professor orientador, responsável pela interação da
cadeia: empresa / universidade / aluno / sociedade / mundo do trabalho, deve ter a
consciência clara e concisa, da sua posição enquanto formador, e saber criar um
vínculo íntimo nessa seqüência de inter-relações humanas, pois está em jogo a
formação de um futuro profissional, seja ele médico, professor, dentista, farmacêutico,
etc, e uma falha pode ser fatal, pois vidas sempre estarão em jogo.O CURRÍCULO DE
GRADUAÇÃOA sala de aula é o espaço para o exercício de crítica ereflexão,
assegurando o saber da formação (currículo),pautado na experiência construída na
interface social, no fazer cotidiano da formação / ação, alicerça-se a ação política, e
aescola se torna um espaço de teoria em movimento permanente(12).O currículo, a
chave mestra dos cursos de graduação, e por meio dele podemos pensar no perfil
profissiográfico, está em constante fluxo e transformação, é um artefato social e
histórico, sujeito a mudanças e flutuações(13,14). Deve-se tentar explicar como esse
artefato veio e como se transformou, nãoo vendo como um resultado, mas como um
processo de conflitos e lutas. O currículo é formado de conhecimentos socialmente
válidos, produzindo identidades e subjetividades sociais. Vislumbra-se assim o
currículo como uma arena política, onde uma profusão de idéias e ideais que se
corroboram. Incluir ou excluir alguma disciplina significa a inclusão ou a exclusão na
sociedade. O currículo deve expressar o sentido da universidade, produzindo a ação
de pesquisar, produzir e conhecer a realidade de modo reflexivo, crítico e científico.
Nesse contexto, o professor além de ministrar aulas, deve fazer pesquisa, produzir
conhecimentos, divulgar e discutir os estudos elaborados, orientando os alunos na
aprendizagem das atividades científicas de investigação, elaborando comunicações,
monografias, relatórios e publicações. Promovendo a produção e a socialização do
conhecimento.
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Articulação realidade-Objeto-Mediação
É preciso, nesse sentido, que o professor conheça a realidade dos seus alunos, suas
necessidades, para assim poder traçar a mobilização para o conhecimento e ter
conhecimento de onde quer chegar. Somente assim o trabalho da metodologia
dialética poderá ter sucesso.
Sendo assim, a intencionalidade do educador, que aponta a real definição sobre o seu
papel, deixa de existir e, conseqüentemente, a intencionalidade do sujeito/aluno
também não tem sentido.
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Consiste em possibilitar que o aluno faça o confronto direto com o objeto, de forma a
apreendê-lo em suas relações internas e externas. Tal procedimento deve permitir que
o aluno estabeleça relações de causa e efeito e compreenda o essencial. Quanto mais
abrangentes essas relações forem, melhor o aluno as compreenderá.
Mas o certo é que o educador deve partir do ponto onde o educando se encontra
para então, a partir daí, procurar estimular o conhecimento do aluno, através de
análises sobre o objeto até então desconhecido. E, para isso, é grandiosa a
importância que teremos de dar às aproximações sucessivas acerca do objeto a ser
estudado, afinal a construção do conhecimento em torno de um objeto não se dá de
uma só vez.
Para que o educando tenha conhecimento pleno da realidade ele deve analisar o
objeto o qual pretende conhecer na sua totalidade.Mas não é isso que as escolas
pregam. A escola é organizada em disciplinas e com a função de “vomitar” conteúdos
e mais conteúdos, deixando a desejar na relação sujeito e realidade social.
Quanto às tarefas, é ideal que não olhemos para os tipos de atividades e sim
observemos se elas representam algo de concreto. Que seja uma atividade que exija
raciocínio, que seja mais motora, pois sendo assim poderá criar uma ação ativa mais
concreta sobre o aluno, para que ele desenvolva seus conhecimentos com mais
vontade.
Estabelecendo a contradição
Isto posto, é bom ressaltar que não é fácil estabelecer a mudança da prática
pedagógica por parte do professor, no sentido dadialética da travessia. Muitos
problemas de várias ordens são vistos como barreiras para que o professor saia do
seu estado de estagnação e mergulhe na prática educacional inovadora. As condições
de trabalho, sua condição, econômica, etc, são alguns entre tantos fatores que
impedem o rompimento da barreira da pedagogia tradicional.
Exposição dialogada
O professor, quanto à questão das técnicas, deverá ficar atento quando exigir
dos alunos apresentação de trabalhos em grupo. O que importa aqui não é esperar
uma apresentação, uma exposição espetacular daquilo que foi estudado pelos alunos,
nem sequer poupar as energias do professor. O mais importante mesmo com isso é
ajudar para que dessa forma os alunos engrandeçam a sua construção de
conhecimento. De certa forma, esta ou outras técnicas deverão ser submetidas a um
método ideal, onde seja necessária a apresentação sincrética do objeto de estudo,
expressão das representações prévias, problematização, fornecimento de subsídios,
elaboração de hipóteses, …, síntese conclusiva, etc.
Necessidade de expressão
Na relação do sujeito com o mundo, o professor deve entender que a fala é, sem
dúvida, não somente um meio de comunicação, mas um instrumento de pensamento.
À medida que o sujeito vai conhecendo algo, interagindo com o mundo social à sua
volta, ele sente vontade de expressar-se sobre as descobertas advindas desse
conhecimento. E, ao passo que o objeto é mais estranho para o sujeito ele sente muito
mais vontade de fazer uso da palavra para poder conhecer o objeto de estudo.
É certo afirmar que jamais poderemos subjulgar a nossa síntese material, pois,
sendo assim estaríamos confessando a nossa própria impossibilidade de construir o
conhecimento.
Para que haja uma interação social dentro da classe é preciso que se crie um
ambiente interativo. Esse ambiente só pode ser construído se houver um clima de
respeito mutuo entre os alunos. O professor, para isso, deverá ajudar para que esse
ambiente saudável seja criado. É nesse clima que tudo que o aluno fala deverá ter
importância. Também ninguém poderá tomar o espaço de outro falando demais. Mas
falar de menos também prejudica o desenvolvimento do trabalho.
Elaboração da síntese
Tendo em vista que a própria construção do conhecimento pode ser considerada
de síntese, e em virtude de que só podemos fazer análises do problema depois da
elaboração de uma síntese precária, fica difícil determinar em qual momento seria
oportuno e aconselhável para a elaboração da síntese, isto porque a análise e a
síntese estão intimamente muito articuladas.
Interação na elaboração
CONCLUSÃO
A função primordial da educação está na construção do conhecimento. A ação
pedagógica na escola deve oportunizar a construção do conhecimento, o que numa
instância maior resulta na constituição de identidades autônomas, capazes de
estabelecer relações críticas entre os homens, suas ações e o mundo. Entretanto
sabemos que nem sempre as práticas pedagógicas atingem, ou procuram atingir a
construção do conhecimento. Esse é um processo no qual é necessária a permanente
busca de significado, de sentido.
Planejar significa clarear o desejo do que se quer obter como resultado positivo.
Sem essa clareza do que se quer, como ponto de chegada, não se chegará a lugar
algum. Evidentemente que o desejo clareado necessita de ser acompanhado da
definição do conjunto de ações que fará dele uma realidade. Clareado o desejo, traça-
se o modo, o caminho de como atingi-lo.
Os resultados desejados não serão atingidos sem uma ação efetiva, que os
produza. Muitas vezes, o ato de planejar se encerra nele mesmo. Diz-se que “quando
desejamos verdadeiramente alguma coisa, o universo se coloca a nosso favor”.
Acredito que o “universo se coloca a nosso favor, quando clareamos o que desejamos
e agimos para concretizá-lo”. Sem uma ação efetiva, nossos desejos permanecerão
tão somente como desejos, nada mais que isso.
Existe aquela situação cotidiana, onde alguém diz: “Gostaria tanto de um dia ganhar
na Mega Sena. Gostaria muito que Deus me ajudasse nisso”. Então, lhe perguntamos:
“Você joga sempre na loteria?” E a pessoa nos responde: “Nunca…” Se quer que
Deus ajude, pelo menos deve dar uma ajudazinha a Deus: apostar! Sem ação efetiva,
não há possibilidade de nenhum resultado positivo.
Mas, ação planejada, sem acompanhamento, pode chegar a resultados que não
desejamos. Toda ação, para atingir, os fins desejados, necessita de um rigoroso
acompanhamento.
Nos textos anteriores deste blog, assim como nos artigos do site
www.luckesi.com.br, o leitor encontrará compreensões e sugestões de como agir com
cuidados científicos na prática da avaliação da aprendizagem.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre:
Mediação, 2004.