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CURSO ON-LINE – ECONOMIA PARA AFRFB Aula 01

Parte I
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR HEBER CARVALHO
AULA 01: CONTAS NACIONAIS
Olá caros(as) amigos(as),

Oficialmente, iniciamos hoje nosso curso de Economia para AFRFB.


Continuaremos tratando sobre o assunto Contas Nacionais exatamente do
ponto onde paramos na aula demonstrativa. Ressalto que o tema Contas
Nacionais é assunto certo na sua prova, ainda mais em se tratando de
provas aplicadas pela ESAF. Com absoluta certeza, é o assunto mais
importante do edital de Economia.

Destaco também que a diferenciação entre produto nominal e real e


os números índices serão vistos em um arquivo separado (aula 1, parte
II). Creio que, assim, o material ficará organizado de melhor maneira.

E aí, todos prontos? Então, vamos aos estudos!

1.8.2. INVESTIMENTO=POUPANÇA

Numa economia fechada e sem governo (não tem G nem X–M na


despesa agregada), a produção (P) de bens finais terá apenas duas
utilizações: ou será consumida pelas famílias (consumo das famílias) ou
será acumulada pelas empresas, como investimentos (sob a forma de
bens de capital e/ou de variação de estoques). Assim:

P=C+I

Por outro lado, sabe-se que a renda (R) da economia tem duas
utilizações: ou é apropriada para consumo (C) ou vira poupança (S).
Assim:

R=C+S

Como sabemos, produto=renda=despesa, logo, P será igual a R:

P=R
C+I=C+S
I=S

Portanto, sabemos que as poupanças realizadas pelas famílias é que


financiam os investimentos totais realizados pelas empresas. Se
supusermos agora que estamos em uma economia completa (aberta e
com governo), teremos as seguintes expressões, muito cobrada em
provas:

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I = SP + SG + SEXT
FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT

Como SP+SG=SINT(poupança interna), podemos ainda definir assim:

I = SINT + SEXT
FBKF + ΔE = SINT + SEXT

Assim, vemos que são as poupanças que financiam os


investimentos da economia. Parte desses investimentos é financiada pela
poupança privada, parte pela poupança pública e parte pela poupança
externa.

Os recursos das poupanças são convertidos em investimentos por


intermédio do sistema financeiro. A renda não consumida pelos agentes é
aplicada na aquisição de ativos financeiros que rendem juros. As
instituições financeiras, por sua vez, utilizam os recursos captados para
emprestar às empresas, que podem efetuar esses investimentos.

No caso da poupança total (SP + SG + SEXT) ser maior que o


investimento total (FBKF + ΔE), temos capacidade de financiamento. Por
outro lado, se investimentos totais são maiores que a poupança total,
temos necessidade de financiamento. Assim:

S > I  capacidade de financiamento,


I > S  necessidade de financiamento.

.... A partir daqui, continuamos o assunto da aula demonstrativa:

1. 9. DÉFICIT PÚBLICO (DP)

No item 1.3, consumo, nós vimos que os gastos do governo com


investimentos (despesas de capital) não são contabilizados como
consumo do governo (G), mas sim como investimentos (I). Desta forma,
além da divisão habitual do agregado investimento em FBKF e ΔE,
podemos dividi-lo também em IP e IG (investimento privado e
investimento público). Assim:

I = IP + IG
ou
I = FBKF + ΔE

O déficit público, em contas nacionais, significa o excesso de


investimentos públicos sobre a poupança pública. Então, como déficit
público(DP)=IG–SG; I=SP+SG+SEXT e I=IP+IG, então:

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IP + IG = SP + SG + SEXT
IG – SG = SP – IP + SEXT
DP = (SP – IP) + SEXT

Assim, pela ótica da contabilidade nacional, o déficit público é


financiado, em parte, pelo excesso de poupança privada sobre o
investimento privado e, em outra parte, pela poupança externa (=déficit
no balanço de pagamentos em transações correntes). Veja que chegamos
a uma afirmação estranha, mas que é correta: o déficit público é
financiado em uma parte pelo déficit do balanço de pagamento em
transações correntes (Verdadeiro).

1.10. DIFERENTES CONCEITOS DE PRODUTO

1.10.1. Produto INTERNO X NACIONAL

Interno dá a ideia de interior, de algo que é produzido dentro de


algo. Nacional dá a ideia de nação, de algo que é produzido por uma
nação.

Pois bem, o produto interno é uma medição do produto que leva em


conta aspectos geográficos, isto é, contabiliza tudo que é produzido
dentro do país, no interior de suas fronteiras, não importando por quem
seja.

O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta


aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais,
não importando se estão dentro ou fora do país.

O que difere um conceito do outro é a renda que se envia ao


exterior e a renda que se recebe do exterior. Vale lembrar que renda
significa soma de remunerações de fatores de produção. Por exemplo,
aqui no Brasil, há inúmeras empresas cujos fatores de produção (capital,
mão-de-obra, tecnologia) pertencem a outros países (Hyundai, Microsoft,
Adidas, BMW, etc).

De tempos em tempos, as filiais dessas multinacionais que estão


aqui instaladas enviam rendas para as suas matrizes localizadas no resto
do mundo. De acordo com a metodologia do produto interno, essas
rendas enviadas devem ser contabilizadas no produto, pois foram
originadas por fatores de produção instalados em território brasileiro,
dentro de nosso país. De acordo com a metodologia do produto nacional,
tais rendas enviadas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram

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originadas por fatores de produção de propriedade estrangeira (não
nacional).

Agora imagine as inúmeras filiais da Petrobrás existentes na


América do Sul. De tempos em temos, essas filiais enviam parte de suas
rendas para a matriz no Brasil. De acordo com a metodologia do produto
interno, essas rendas recebidas não devem ser contabilizadas no produto,
pois foram originadas fora das fronteiras do país. Já para a metodologia
do produto nacional, tais rendas devem ser contabilizadas sim, pois foram
originadas por fatores de produção de propriedade de nacionais.

Traduzindo estes conceitos algebricamente, temos que:

Produto nacional = Produto Interno – Renda enviada ao exterior


(REE) + Renda recebida do exterior (RRE)
ou
Produto Interno = Produto Nacional + REE – RRE

Ainda temos que:

REE – RRE = RLEE (Renda líquida enviada ao exterior)

Assim:

Produto Interno = Produto Nacional + RLEE (1)


ou
Produto Nacional = Produto Interno – RLEE

Se a renda recebida for maior que a renda enviada, logicamente, a


RLEE será negativa, ou ainda, teremos RLRE (renda líquida recebida do
exterior) positiva.

Pela equação (1), percebe-se que, caso o país mais envie renda ao
exterior do que receba, terá o produto interno maior que o produto
nacional. Este é o caso dos países em desenvolvimento ou
subdesenvolvidos (Brasil, por exemplo), em que o número de empresas
estrangeiras em solo nacional é maior que o número de empresas
nacionais em solo estrangeiro. Por este motivo, nestes países, usa-se o
produto interno como meio de aferição macroscópica da economia, pois
ele refletirá de forma mais precisa e real a evolução da economia.

Caso o país tenha mais empresas nacionais em solo estrangeiro do


que empresas estrangeiras em solo nacional, terá o produto nacional
maior que o produto interno (a RLEE será negativa). Este é o caso dos
países mais desenvolvidos economicamente (EUA, Japão, Alemanha, etc).

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1.10.2. Produto BRUTO X LÍQUIDO

A produção de um país sofre um desgaste físico parcial dos bens


produzidos. Esse desgaste é a depreciação. O produto líquido
corresponde ao produto bruto MENOS a depreciação. Assim:

Produto líquido = Produto bruto – DEPRECIAÇÃO


ou
Produto bruto = Produto líquido + DEPRECIAÇÃO

Do ponto de vista técnico, o conceito mais correto a ser utilizado


para análise é o produto líquido, no entanto, a depreciação é muito difícil
de ser estimada. Por isso, utiliza-se normalmente o conceito bruto.

1.10.3. Produto a PREÇOS DE MERCADOPM X a CUSTOS DE


FATORESCF

O produto a custos de fatores é aquele que mede a produção de


bens e serviços considerando apenas os custos dos fatores de produção.
No entanto, os bens e serviços produzidos na economia não são
transacionados a este preço, pois há a intervenção do governo que, por
meio dos impostos e dos subsídios, altera os preços dos custos de fatores.
Assim, partindo do produto a custos de fatores, para chegarmos ao
produto a preços de mercado, devemos somar os impostos indiretos e
subtrair os subsídios.

Somamos os impostos indiretos pois eles aumentam os preços dos


produtos; diminuímos os subsídios pois eles reduzem os preços dos
produtos. Utilizamos os impostos indiretos em vez dos impostos diretos,
pois são aqueles que incidem sobre a produção. De forma análoga,
utilizamos os subsídios em vez das transferências, pois são aqueles que
incidem sobre a produção com o objetivo de reduzir o preço dos bens e
serviços finais. Traduzindo algebricamente, temos:

PRODUTOPM = PRODUTOCF + Impostos Indiretos – Subsídios


ou
PRODUTOCF = PRODUTOPM – Impostos Indiretos + Subsídios

A medida regularmente utilizada é o produto a preços de mercado,


por motivos óbvios (é o preço que se usa na prática: “preços de
mercado”).

Normalmente, o PIBPM será maior que o PIBCF pois é natural que os


impostos indiretos sejam maiores que o montante de subsídios. Porém,

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nada impede que estes sejam maiores que aqueles fazendo com que o
PIBCF seja maior que o PIBPM.

 Exercício prático!
Sabendo que a RLEE=50, Depreciação=25, Impostos Indiretos=30,
Subsídios=10 e PIBPM=1000, calcule o PNLCF.

Resolução:

Bem, temos um PIBPM e devemos transformá-lo em PNLCF. Uma boa


sugestão é fazer por partes, uma conversão de cada vez:

1) Conversão: Interno  Nacional:


PIBPM = PNBPM + RLEE
PNBPM = PIBPM – RLEE
PNBPM = 1000 – 50 = 950

2) Conversão: Bruto  Líquido:


PNLPM = PNBPM – Depreciação
PNLPM = 950 – 25 = 925

3) Conversão: Preços de mercado  Custo de fatores


PNLPM = PNLCF + II – Sub
PNLCF = PNLPM – II + Sub
PNLCF = 925 – 30 + 10
PNLCF = 905 (Resposta!)

Ressalto que esta é apenas uma das inúmeras formas de se


resolver. Se você fez de outra maneira e atingiu o resultado, não se
preocupe!

Nota  Como produto=renda=despesa, temos que qualquer


conceito de produto será igual ao conceito de renda e/ou despesa
equivalente. Por exemplo: RIB = PIB = DIB; RNLCF = PNLCF =
DNLCF; DNBPM = PNBPM = RNBPM e assim por diante.

1.10.4. PIBPM

Conforme vimos nos itens acima, o Brasil utiliza os conceitos


Interno, Bruto e a Preços de Mercado. Assim, aquela medida que vemos
nos noticiários televisivos e jornais como aferição da medida econômica
do país é o PIBPM. É ele a “menina dos olhos” da equipe econômica, é o
principal agregado macroeconômico da contabilidade nacional. Quando,
em questões de prova, é mencionado de forma genérica o PIB

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(Produto interno bruto), está sendo falado, na verdade, sobre o
PIBPM.

1.11. MENSURANDO O PIB

Em virtude de sabermos que Produto=Renda=Despesa, podemos


calcular o valor do PIB por três caminhos diferentes: pela ótica da
despesa, pela ótica da renda e pela ótica do produto (três métodos
apenas pela ótica do produto). Os resultados encontrados nas três óticas
devem ser iguais.

1.11.1. ÓTICA DO PRODUTO

Nós vimos que o produto é o valor dos bens e serviços finais


produzidos em determinado período de tempo. Nessa aferição é essencial
evitar a dupla contagem: não faria sentido somar todos os valores
produzidos por todas as unidades produtivas do país. Deixe me explicar
melhor: suponha 01 litro de leite produzido em uma fábrica qualquer.
Esse leite produzido poderá virar leite condensado, que poderá virar uma
calda de chocolate, que poderá virar uma cobertura de uma deliciosa
torta vendida em uma padaria. No entanto, esse produto só pode ser
contado uma vez no cálculo do produto de um país, caso contrário o
produto do país será superestimado. O procedimento correto, neste caso,
é contabilizar apenas a torta que foi vendida na padaria, isto é, o produto
final.

Assim, para evitar a dupla contagem, só se inclui no produto o valor


dos bens e serviços finais durante o período em questão. Outro exemplo:
suponha o petróleo que é extraído pela Petrobrás. O petróleo extraído
para exportação é um bem final (pois seu estágio final será venda para o
resto do mundo), logo entrará no cálculo do produto. Já o petróleo que é
empregado como insumo para a fabricação de gasolina não é computado
no produto, sendo tratado como consumo intermediário (foi consumido na
produção de gasolina), desta forma, só a gasolina (produto final) é
computada no produto do país. Ou se procede desta maneira
(considerando apenas o bem final), ou se soma tudo o que foi produzido e
se subtrai o consumo intermediário. As duas formas (só o produto final; e
o total da produção menos o consumo intermediário) devem apresentar o
mesmo resultado.

Outra forma equivalente de aferir o produto obtém-se pelo conceito


de valor adicionado ou agregado. Denomina-se valor adicionado em
determinada etapa de produção a diferença entre o valor bruto produzido
nesta etapa e o consumo intermediário. Assim, temos o seguinte em

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relação às várias (três) formas pelas quais podemos calcular o produto de
um país:

 É o valor total dos bens e serviços finais produzidos no país


num determinado período de tempo.

 O total dos valores brutos produzidos menos os consumos


intermediários (CI) num determinado período de tempo. O
total dos valores brutos produzidos é chamado de produção
total (PT) ou valor bruto da produção (VBP).

 A soma dos valores adicionados ou agregados (VA) num


determinado período de tempo.

Sei que parece confuso, por isso, ilustraremos de forma numérica


essas três formas de se calcular o produto de um país. Imagine o
seguinte exemplo: suponha um país, que possua uma fazenda que
produza trigo no valor de R$ 150 (valor adicionado=R$ 150, uma vez que
não há consumo intermediário nesta primeira etapa da produção). Essa
fazenda vende toda a sua produção de trigo para uma fábrica de farinha
de trigo, que, por sua vez, produz farinha de trigo no valor de R$ 350
(valor adicionado=R$ 200). Essa fábrica de farinha de trigo vende toda a
sua produção para uma padaria que produz pães no valor de R$ 650
(valor adicionado=R$ 200). Calculemos o produto utilizando os três
métodos:

Valor total Consumo Vlr adicionado


bruto (VTB) intermediário (CI) (VTB – CI)
Fazenda (trigo) R$ 150 0 R$ 150
Fábrica(farinha) R$ 350 R$ 150 R$ 200
Padaria (pão) R$ 650 R$ 350 R$ 300
Total R$ 1.150 R$ 500 R$ 650

1) 1º método (bens e serviços e finais): será R$ 650, pois este é


valor do bem final (o pão).

2) 2º método (VTB – Cons. Intermediário): será R$ 1.150 (VTB)


MENOS R$ 500 (somatório dos CI). Assim, o produto será R$ 650.

3) 3º método (somatório dos valores adicionados): será R$ 150


(valor adicionado na 1ª etapa) mais R$ 200 (valor adicionado na
segunda etapa) mais R$ 300 (valor adicionado na terceira etapa).
Logo, o produto será R$ 650.

Veja que o produto foi R$ 650 nos três métodos e não poderia ser
de forma diferente! Vale destacar que estes três métodos nos dão o

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resultado do PIB a custo de fatores. Segue então o resumo com as três
maneiras de se calcular o PIBCF, sob a ótica do produto:

1) PIBCF = Soma dos bens e serviços finais produzidos


2) PIBCF = Valor bruto da produção – Consumo intermediário
3) PIBCF = Σ Valores agregados ou adicionados

Caso se queira chegar ao PIBPM, que é o conceito mais importante e


ao qual todos se referem quando se fala em “PIB” genericamente, basta
acrescentar os impostos indiretos líquidos dos subsídios (uma vez que
PIBPM = PIBCF + II – Sub). Desta forma, pela ótica do produto, as
formulações, considerando o PIBPM, serão:

1) PIBPM = Soma dos bens e serviços finais produzidos + II – Sub


2) PIBPM = Valor bruto da produção – Consumo intermediário + II – Sub
3) PIBPM = Σ Valores agregados ou adicionados + II – Sub

1.11.2. Ótica da renda

Pessoal, prepare o espírito, pois este é o item mais “decoreba” da


aula. Em algumas partes, pedirei apenas para memorizar, pois
demonstrar e explicar determinadas expressões levaria muitas páginas e
tomaria muito tempo, apresentando uma relação esforço/benefício muito
elevada. Também ressalto que veremos aqui apenas uma das duas
formas de cálculo do PIBPM pela ótica da renda. A outra forma será vista
no próximo item (1.12), onde veremos o que é excedente operacional
bruto.

Devemos atentar inicialmente que renda é o somatório das


remunerações dos fatores de produção. Assim, renda1 = salários + lucros
+ juros + aluguéis. Cabe-nos agora descobrir de que renda estamos
falando? Essa renda significa a renda nacional. Logo, renda nacional =
salários + lucros + juros + aluguéis.

Por convenção, quando falamos em renda nacional, sem dizer se é


líquida ou bruta, ou se é a preços de mercado ou a custo de fatores,
trata-se da renda nacional líquida e a custo de fatores (renda nacional =
RNLCF). Assim sendo:

Renda Nacional2 = RNLCF = PNLCF

1
Excluímos os royalties e dividendos por motivos didáticos.
2
A Renda Nacional corresponde ao total da remuneração efetuada pelas unidades produtivas de um
país aos proprietários dos fatores de produção, como contrapartida pela utilização de seus serviços
para efetivar a produção nacional.

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O mesmo raciocínio vale para a renda interna. Quando falamos


renda interna, entende-se que é a renda interna líquida e a custo de
fatores (renda interna = RILCF):

Renda Interna3 = RILCF = PILCF

Segue o cálculo da Renda Nacional, que leva em conta as


remunerações dos fatores de produção dos agentes da economia:

Renda Nacional = RNLCF = salários + juros + lucros + aluguéis

Para fins de prova, especialmente para as questões da ESAF,


acredito que a expressão aí de cima já seja suficiente para resolvermos
questões tratando da mensuração da renda. No entanto, mesmo assim,
irei passar outros conceitos4 a ela subjacentes, e que podem cair, pois
estão no rol do sistema de contas nacionais do Brasil

Seguem estes conceitos:

Renda nacional disponível bruta (RNDB): a renda nacional disponível


bruta é a renda nacional (RNLCF) acrescida dos impostos indiretos menos
os subsídios, mais a depreciação, mais transferências correntes5
recebidas menos as transferências correntes enviadas ao exterior. Em
outras palavras, e de modo mais resumido, a RNDB é a renda nacional
bruta a preços de mercado (RNBPM) +/- transferências correntes
enviadas/recebidas do resto do mundo. Sendo assim:

RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo

Se as transferências forem recebidas, estarão com sinal positivo; se


forem enviadas, estarão com sinal negativo.

Nota 1  se a questão de prova falar em renda nacional, considere o


conceito líquido e a custo de fatores, isto é, considere que renda nacional
= RNLCF. O mesmo se aplica à renda interna, que é o mesmo que RILCF.
No entanto, se a questão falar em renda nacional bruta (neste caso,
existe a palavra bruta), considere o conceito a preços de mercado,

3
A Renda Interna corresponde ao total da remuneração efetuada pelas unidades produtivas de um
país aos proprietários dos fatores de produção, como contrapartida pela utilização de seus serviços
para efetivar a produção interna.
4
Estes conceitos são muito importantes para quem prestar concursos organizados pela FCC. Para a
ESAF, não são tão importantes assim.
5
Transferências correntes são transferências sem contrapartida, não significam pagamento de
fatores de produção, bens ou serviços. São como donativos.

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isto é, considere que renda nacional bruta = RNBPM. O mesmo se
aplica à renda interna bruta, que é o mesmo que RIBPM. Então, concluindo
sobre estas duas convenções:
 Se for falado apenas em renda interna ou nacional, estamos falando
do conceito líquido e a custo de fatores.
 Se for falado de renda interna bruta ou renda nacional bruta,
estamos falando do conceito a preços de mercado. O motivo para
isto é a convenção adotada pelo IBGE no sistema de contas
nacionais.

Poupança bruta: no item 1.4.4, poupança interna, vimos que a


poupança interna pode também ser chamada de poupança bruta do Brasil
ou simplesmente poupança bruta. A poupança, por definição, é a renda
não consumida. No entanto, em questões de prova, muitas vezes,
precisamos de uma definição mais precisa, que é essa:

Poupança interna (SP + SG) = RNDB – Consumo final (consumo das


famílias e do governo = CF + G)

Como poupança interna=poupança bruta=poupança bruta do Brasil,


então:

Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL

Renda pessoal disponível (RPD): este conceito pode ser memorizado


através do raciocínio (não é tão decoreba). A RPD, pelo o que o próprio
nome indica, é a renda que fica disponível para as pessoas. Então, RPD
será a renda nacional (RNLCF) MENOS tudo aquilo que não sejam
remunerações de fatores de produção de propriedade das pessoas
(famílias) e/ou também MENOS tudo aquilo que reduz a disponibilidade
de renda das pessoas. Assim:

Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – lucros retidos


– impostos diretos sobre as pessoas + transferências às pessoas/famílias

Os lucros retidos são os lucros que as empresas não distribuem às


pessoas, portanto, não fazem parte da renda que é disponível para as
pessoas (RPD), devendo, assim, ser excluídos do cálculo da RPD. Os
impostos diretos que incidem sobre as pessoas/famílias também reduzem
a renda que é disponível para as pessoas, devendo, assim, ser somados
no cálculo. Por último, as transferências às famílias aumentam a RPD,
pois haverá mais renda disponível para as pessoas.

Nota 2  Se os impostos diretos forem impostos diretos sobre as


empresas (pessoas jurídicas), eles não reduzirão a RPD. O mesmo

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acontece com as transferências, se estas forem direcionadas às empresas
(transferências a empresas), não reduzirão a RPD.

1.11.3. Ótica da despesa

A despesa ou demanda agregada (DA) é o destino da produção, isto


é, são os gastos dos agentes econômicos na aquisição da produção.

Na ótica da despesa, para calcular o PIBPM, devemos somar todas as


despesas realizadas pelos agentes econômicos para que eles possam
adquirir a produção. Nós já vimos que essa soma equivale a:

DA = C + I + G + X – M

Neste caso, a despesa agregada é o próprio PIBPM. Sendo assim, o


PIBPM, pela ótica da despesa será:

PIBPM = C + I + G + X – M

Lembro também que o item G só engloba os gastos do governo com


bens e serviços. Não englobam os gastos com investimentos
(enquadrados em I) e os gastos com salários de servidores, uma vez que
estes não são despesas com aquisição da produção da economia.

A partir do PIB pela ótica da despesa, também podemos definir


mais dois conceitos que: demanda e oferta global. A oferta global (ou
oferta agregada, ou oferta final) significa todos os bens que são ofertados
na economia. Para isso, basta somar ao PIB o valor das importações
(oferta global = PIB + M). A demanda global (ou demanda final) será o
outro lado da equação, sem a dedução das importações:

PIBPM + M = C + I + G + X
Oferta global demanda global

Observação sobre os cálculos do produto sob as três óticas: as


questões de provas, a priori, não informam sob qual ótica o candidato
deve realizar o cálculo do produto. É ele próprio que deverá decidir, com
base nos dados do enunciado sob qual ótica serão realizados seus
cálculos. Por exemplo, se questão pedir o PIBPM e der os valores de C, I,
G, X e M, é evidente que o concurseiro deverá utilizar a ótica da despesa.
Se, por outro lado, a banca pedir o PIBPM e informar o valor total bruto da
produção (VTB) e o consumo intermediário (CI), devemos utilizar, para
este caso, a ótica do produto.

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1.12. O EXCEDENTE OPERACIONAL BRUTO (EOB) e o


RENDIMENTO MISTO BRUTO (RMB)

O excedente operacional bruto (EOB) tem relação com que o seriam


os lucros do setor produtivo da economia representado pelas empresas,
ou o seu excedente.

O rendimento misto bruto (RMB) tem relação com o que seriam os


lucros do setor produtivo da economia representado pelos autônomos
(pessoas física que trabalham como autônomos, ou seja, fazem parte do
setor produtivo da economia). Outra nomenclatura usada para o RMB é
rendimento de autônomos.

A formulação algébrica envolvendo os dois conceitos é:

EOB + RMB = PIBPM – Remuneração de empregados (RE) –


Impostos sobre a produção e de importação + Subsídios à
produção

Em suma, a expressão nos diz que os lucros do setor produtivo


(EOB – empresas, RMB – autônomos) é a renda/produto interna(o) bruta
(RIBPM=PIBPM) MENOS as remunerações dos empregados MENOS os
impostos sobre a produção e de importação MAIS os subsídios. Em outras
palavras, é a produção/renda MENOS os itens que reduzem os lucros
(remunerações de empregados e impostos sobre produção) MAIS os itens
que aumentam os lucros (subsídios sobre a produção).

Cabe aqui uma observação muito importante sobre a fórmula (que


deve ser decorada!). O conceito de impostos sobre a produção e de
importação não se confunde com o conceito apresentado no item 1.4.2,
impostos sobre produtos. São conceitos diferentes:

Impostos sobre a produção ≠ Impostos sobre produtos

Os impostos sobre produtos são aqueles que incidem sobre os


produtos de forma a alterar de forma direta os seus preços (ICMS, IPI e
ISS). Já os impostos sobre a produção e a importação são mais amplos,
incluem aqueles que têm como fato gerador a produção, mas que não
alteram, pelo menos teoricamente, os preços dos produtos e serviços
vendidos.

Como exemplo de impostos sobre a produção que não são


computados na conta impostos sobre produtos, temos os impostos
incidentes sobre a mão-de-obra utilizada na produção de bens ou serviços
(ISS sobre serviços de mão-de-obra, por exemplo) ou remunerações

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pagas e taxas incidentes sobre o exercício de atividades econômicas
específicas6.

Assim, vê-se claramente que a conta impostos sobre


produção e de importação terá valor sempre maior que a conta
impostos sobre produtos.

O mesmo raciocínio se aplica no caso dos subsídios. Temos os


subsídios sobre produtos e os subsídios à produção, este último sendo o
conceito mais amplo (com valor maior) e que deve ser utilizado no cálculo
do EOB e RMB.

Ademais, usando a fórmula do EOB e RMB, chegamos também ao


PIBPM pela ótica da renda (segunda forma de cálculo):

PIBPM = EOB + RMB + Remuneração de empregados + Impostos


sobre produção e de importação – Subsídios à produção

1.13. CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA e LÍQUIDA

A carga tributária bruta (CTB) mede a proporção entre a receita


tributária (impostos indiretos e diretos) e o PIBPM. Em outras palavras, ela
mede qual o percentual da produção do país que serve para financiar os
gastos do governo. Algebricamente:

( )

Destacamos que o conceito de CTB é expresso em medidas


percentuais. Por exemplo, se a receita tributária do governo é R$ 1
milhão e o PIB é R$ 5 milhões, a CTB será 1/5=0,2; o que corresponde
dizer que a CTB é de 20%.

A carga tributária líquida (CTL) exclui da receita tributária do


governo as transferências e os subsídios:

( )

6
Exemplo retirado das notas metodológicas da nova série do SCN (Sistema de Contas Nacionais) do
IBGE, em conformidade com o System of National Accounts (SNA), 1993, manual das Organizações
das Nações Unidas – ONU.

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1.14. PROBLEMAS COM O USO DO PIB

O PIB não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua


educação ou a alegria de suas diversões. Não inclui a beleza de
nossa poesia ou a intensidade de nossos casamentos, a inteligência
de nossos debates públicos ou a integridade de nossas autoridades
públicas. Não mede nem a nossa coragem, nem a nossa sabedoria,
nem a nossa dedicação ao país. Mede todas as coisas, em resumo,
exceto aquilo que faz com que a vida valha a pena.
- Robert Kennedy, em discurso quando concorria à
presidência em 1968.

O PIB, apesar de bastante difundido, não é um instrumento perfeito


para medir a produção e a renda correntes, assim como a Renda per
capita (ou PIB per capita) não é um instrumento perfeito de avaliação do
bem estar da população. Assim, não devemos confundir o PIB com
desenvolvimento e/ou bem-estar, ele é apenas mais um índice. O fato de
termos PIBs per capita elevados não implica obrigatoriamente
bem-estar ou desenvolvimento, indica apenas riqueza material
(de bens). Vejamos os motivos:

 O PIB ignora em seu cômputo muitas transações não monetárias,


como, por exemplo: trabalho do lar, prestações de favores,
alimentação no domicílio, agricultura de subsistência, etc. Em suma,
atividades produtivas que não envolvem transações de mercado,
nem são precificadas, não entram no cálculo do PIB. A não-inclusão
destas atividades pode levar a situações bastante esdrúxulas. Por
exemplo, se uma madame se apaixona e se casa com seu motorista
e, após o casamento, seu marido trabalhe para ela por amor e não
por dinheiro, haverá redução do PIB, pois o salário que era pago ao
motorista sumirá das estatísticas. Como disse certa vez o
economista inglês Arthur Pigou: “Quem casa com a própria
empregada diminui a renda nacional”.

 O PIB, pela inviabilidade de cálculo, não registra a economia


clandestina (informal e/ou ilegal). Pela própria natureza dessas
atividades, é impossível os institutos econômicos conseguirem aferir
economicamente com alguma precisão essas atividades. Sendo
assim, não fazem parte do PIB.

 O PIB não considera os custos sociais (externalidades), efeitos


colaterais ou males da produção. Entre essas ocorrências não
registradas, temos os danos ambientais (o vazamento de óleo que
ocorreu no Golfo do México causado pela British Petroleum no ano
passado não é computado no PIB), desastres naturais (terremotos,

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furacões, enchentes e outros desastres também não são registrados
no PIB), emissão de gases poluentes, etc.

 O PIB não leva em conta a distribuição de renda da sociedade. Por


exemplo, os países árabes têm elevada renda per capita, porém o
número de pobres é elevadíssimo. Isto ocorre porque os ricos são
excessivamente ricos e detêm a maior parte da renda.

 O PIB exclui o lazer como um bem valorizado pelas pessoas, assim


como o desconforto associado à produção de bens de serviços,
como custo para o ser humano. Por tal motivo, ele não é um meio
eficiente de medição do bem-estar econômico. Um país pode ter R$
30.000,00 de renda per capita anual, com uma média de 30 horas
de trabalho semanais; enquanto outro pode ter os mesmos R$
30.000,00, porém com uma média de 50 horas de trabalho
semanais. O PIB ou renda per capita é igual nos dois países, mas o
bem-estar é melhor no primeiro caso.

Apesar destes problemas, o PIB provê uma medida razoavelmente


precisa do produto de mercado de uma sociedade, bem como da taxa de
variação desse produto. Apesar de não ser uma medida de felicidade e
bem-estar dos cidadãos, é bastante útil como ferramenta no auxílio às
tomadas de decisões no âmbito da política econômica.

1.15. O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN)

Pessoal, neste item, coloco, de modo resumido, o sistema de contas


nacionais (SCN) com tudo aquilo que aprendemos na aula. Tudo que está
exposto no SCN já foi apresentado durante o texto da aula, na forma de
conceitos e fórmulas. Assim, as contas nacionais que ora seguem são
apenas a título de “curiosidade”, como forma de confirmação da teoria
apresentada na aula. Julgo interessante apenas você se tomar ciência do
que cada conta trata, pois uma questão de prova pode fazer perguntas
teóricas do tipo: a conta de capital é a conta que registra a capacidade ou
necessidade de financiamento (gabarito: certo); a conta de produção
registra o consumo intermediário da economia (gabarito: certo); e assim
por diante.

Ressalto que os valores utilizados foram retirados do SCN da


economia brasileira no ano-calendário de 2003 e já seguem a nova
metodologia do IBGE, em conformidade com o manual do SNA (System
Nacional Accounts) da ONU. Na coluna da direita, temos os recursos
(origens) e na coluna da esquerda os usos (aplicações). Estão

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apresentadas três contas principais: conta de produção, conta de renda e
conta de acumulação (de capital).

Conta 1 – Conta de produção – R$ 1.000.000 (valores correntes)


Usos Operações e saldos Recursos
1. Produção 3.026.167
1.630.563 2. Consumo intermediário
3. Impostos sobre produtos 160.578
3.1. Imposto de importação 8.084
3.2. Demais impostos sobre produtos 152.493
0 4. Subsídios sobre produtos
1.556.182 5. Produto Interno Bruto

Primeiro, ressalte-se que o PIB de que trata a conta é o PIBPM. Esta


conta evidencia o PIBPM pela ótica do produto, item 1.11.1:

PIBCF = Produção – CI  como PIBPM = PIBCF + II – Sub, então:


PIBPM = Produção – CI + Impostos s/ produtos – Subsídios s/ produtos
5=1–2+3–4

Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)


2.1. Conta de distribuição primária da renda
2.1.1. Conta de geração da renda
Usos Operações e saldos Recursos
5. Produto Interno Bruto 1.556.182
554.149 6. Remuneração dos empregados
266.968 7. Impostos sobre a produção e de importação
- 3.617 8. Subsídios à produção (-)
738.683 9. EOB + RMB

Primeiro, note que o saldo de impostos sobre a produção e de


importação, item 7, é diferente (maior) que o saldo de impostos sobre
produtos, item 3. O mesmo acontece em relação aos itens 8 e 4. Esta
conta evidencia o PIBPM pela ótica da renda, utilizando o EOB e RMB
(vimos no item 1.12 da aula):

PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção


5=6+7+8+9

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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)
2.1. Conta de distribuição primária da renda
2.1.2. Conta de alocação da renda
Usos Operações e saldos Recursos
9. EOB + RMB 738.683
6. Remuneração dos empregados 554.149
7. Impostos sobre a produção e de importação 266.968
8. Subsídios à produção (-) - 3.617
10. Rendas de propriedade enviadas e
66.384 recebidas do resto do mundo (RLEE) 10.902
1.501.032 11. Renda Nacional Bruta

Conforme vimos em uma nota do item 1.11.2, a renda nacional


bruta é o mesmo que RNBPM. Outra observação se refere ao fato de o
item 10 se refere à RLEE, onde REE = 66.384 e RRE = 10.902, assim, a
RLEE = 66.384 – 10.902 = 55.482.

Esta conta evidencia a transformação do item 5 (PIBPM) em item 11


(RNBPM):

PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção


Ao mesmo tempo, PIBPM = RNBPM + RLEE, assim:
RNBPM = PIBPM – RLEE
11 = 9 + 6 + 7 + 8 – 10

Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)


2.2. Conta de distribuição secundária da renda
Usos Operações e saldos Recursos
11. Renda Nacional Bruta 1.501.032
12. Transferências correntes enviadas e
941 recebidas do resto do mundo 9.694
1.509.785 13. Renda disponível bruta

A renda (nacional) disponível bruta (RNDB) é a RNB +/-


transferências correntes. No caso acima, as transferências recebidas
foram maiores que as enviadas, portanto, a RDNB é maior que a RNB.

RNDB = RNB +/- transferências correntes enviadas e/ou recebidas


13 = 11 + 12

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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)
2.3. Conta de uso da renda
Usos Operações e saldos Recursos
13. Renda Nacional Bruta 1.509.785
1.192.613 14. Despesa de consumo final
317.172 15. Poupança bruta

Conforme no item 1.11.2 da aula, o item 14 da tabela é o consumo


final (C + G). A poupança bruta (do Brasil) é a RNDB menos o consumo
final. Assim:

Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL


15 = 13 – 14

Conta 3 – Conta de acumulação – R$1.000.000 (valores correntes)


3.1. Conta de capital
Usos Operações e saldos Recursos
15. Poupança bruta 317.172
276.741 16. Formação bruta de capital fixo (FBKF)
30.750 17. Variação de estoques (ΔE)
18. Transferências de capital enviadas e
112 recebidas do resto do mundo (SEXT) 1.624
19. Capacidade (+) ou necessidade (-) de
11.193 financiamento

A conta trata da identidade investimento=poupança. O item 18 é a


SEXT. No caso acima, a SEXT vale 1624 – 112 = 1512. Portanto, a SEXT é
positiva, indicando que houve transferências de capital enviadas ao resto
do mundo (conforme sabemos, se o resto do mundo recebeu capital,
então, recebeu poupança externa). A poupança bruta é o mesmo que
poupança interna, que, por sua vez, é a soma da poupança privada e do
governo. Assim, a conta diz que:

19 = 15 – 16 – 17 + 18
Capacidade de financiamento = Poupança bruta – FBKF – ΔE + SEXT
Capacidade de financiamento = Poupança interna + SEXT – I
Capacidade de financiamento = S – I

Falamos em capacidade de financiamento, pois o saldo de (S – I) foi


positivo, no valor de 11.193, uma vez que S é maior que I. Se I fosse
maior que S, falaríamos em necessidade de financiamento.

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1.16. BIZÚS E MEMENTO

Pessoal, sei que o assunto é bastante extenso e é muita informação


para memorizar. Posso dizer que contas nacionais não é um assunto
difícil, mas é um assunto “enjoado”, exigindo paciência e perseverança.

Quando estudei este assunto pela primeira vez, principalmente nas


questões de cálculo, costumava ficar um pouco perdido com as
informações. Eu via aquele amontoado de números no enunciado e não
sabia em que fórmula ou conceito utilizá-los. Pois bem, a minha dica é a
seguinte: memorize as principais fórmulas (as que eu coloquei no
memento do final da aula). Assim, ao se deparar com a questão, adote os
seguintes passos:

1º: veja qual o agregado pedido pela questão e veja em qual


fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua
memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas
do memento).

2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que
a questão pede. Se for possível terminar a questão, termine-a. Se estiver
faltando algum dado, prossiga. Você deverá voltar ao passo 1 para tentar
achar esse dado faltante (ver em qual fórmula ele está e utilizar os dados
da questão).

3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá
descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante.

Para ver o método, veja a resolução das questões 05 e 09.

Faça muitos exercícios de contas nacionais, pois eles farão com que
seja praticamente impossível você errar alguma questão desse assunto na
hora da prova.

Segue agora o memento de conceitos e fórmulas, graduadas de


acordo com o nível, do mais básico para o mais avançado. As fórmulas do
nível I são conceitos básicos, inerentes ao próprio aprendizado de contas
nacionais. Assim, são expressões que podem ser decoradas através da
simples leitura da aula.

As fórmulas do nível II são as principais, dentre aquelas exigidas


nas questões de cálculos (é claro que, preliminarmente, você deve saber
os conceitos abarcados no nível I). As fórmulas do nível III são mais
difíceis de serem encontradas em questões de prova, mas, se cair alguma
delas na prova, será uma daquelas questões que servirão para diferenciar
os candidatos.

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Segue um recado especial àqueles que prestam provas da ESAF (é


o caso de vocês, que estão se preparando para o concurso de Auditor da
Receita!). Para a ESAF, os níveis I e II do memento são garantia de
um excelente rendimento em questões sobre contas nacionais.

Para finalizar, espero que tenham gostado da aula. Depois do


memento, coloquei muitos exercícios para treinamento, essenciais para
“pegar” o jeito, quando tratamos de contas nacionais.

Até a próxima, abraços e bons estudos!

Heber Carvalho
hebercarvalho@pontodosconcursos.com.br

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MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS


Fórmulas nível I:
(1) Poupança pública=o que governo ganha MENOS o que ele gasta:
SG = II + ID + ORG – trans – sub – G
(2) SEXT = - T
(3) Poupança interna ou poupança bruta = SP + SG
(4) I = FBKF + ΔE
(5) IL = IB – dep
(6) Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação
(7) CFINAL = C + G
(8) AI = C + I + G
(9) Produto=Renda=Despesa
(10) Investimento = Poupança
(11) Interno = Nacional + RLEE
(12) Líquido = Bruto – depreciação
(13) Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub
(14) Renda nacional = RNLCF
(15) Renda interna = RILCF
(16) Renda nacional bruta = RNBPM
(17) Renda interna bruta = RIBPM
(18) DIB = PIB = RIB = PIBPM
Fórmulas nível II (importantíssimas para as questões da ESAF!):
(1) DP = (SP – IP) + SEXT
(2) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU
(3) PIBCF = VBP – CI
(4) PIBPM = C + I + G + X – M
(5) FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT
(6) EOB + RMB = PIBPM – RE – Imp s/ prod e imp + Sub à prod
Fórmulas nível III:
(1) Renda nacional = salários + juros + lucros + aluguéis
(2) RNDB (renda nacional disponível bruta) = Renda disponível bruta
= RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo
(3) Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) –
impostos diretos – lucros retidos + transferências às pessoas
(4) Poupança bruta (poupança interna) = RNDB - CFINAL

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

01. (ESAF – AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética


que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes
atividades e transações num determinado período de tempo: o
setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor
T; o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela
equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; o setor F
produziu farinha no valor de 1.300; o setor P produziu pães no
valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores finais. Com base
nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no
período, de
a)1.600
b) 2.100
c) 3.000
d) 4.600
e) 3.600

COMENTÁRIOS:
A questão pode ser resolvida usando os três métodos para se apurar o
PIB pela ótica do produto:

a) Usando o valor adicionado: primeiro o setor S produziu 200, o setor T


adicionou 1.300, o setor F adicionou 300, o setor P adicionou 300. Então
temos: 200+1.300+300+300 = 2.100

b) Somando o total do produção e excluindo o consumo intermediário:


-Total da produção: 200 + 1500 + 1300 + 1600 = 4600
-Consumo intermediário: o setor T consumiu 200 para produzir 1500, o
setor F consumiu 1.000 para produzir 1.300 e o setor P consumiu 1.300
para produzir 1.600. Então temos os consumos intermediários: 200 +
1000 + 1300 = 2.500
-Produto agregado = VBP – consumo intermediário= 4600 - 2500 = 2100

c) Somando apenas os bens finais (que sobraram ou que foram


comercializados no estágio final): 1600 (vendido ao consumidor final) +
500 (estoque do setor T que não foi vendido) = 2.100

GABARITO: A

2. (ESAF - INSS/AUDITOR – 2002) Considere os seguintes dados:


poupança líquida =100; depreciação = 5; variação de estoques =
50. Com base nessas informações e considerando uma economia
fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a
poupança bruta total são, respectivamente:
a) 100 e 105

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b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50

COMENTÁRIOS:
Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação
Sliq=Sbrt – Dep
100=Sbrt – 5
Sbrt= 105

Temos também que S=I


105=FBKf + 50
FBKf=55
GABARITO: B

03. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados


para uma economia hipotética: exportações de bens e serviços
não-fatores = 100; importações de bens e serviços não fatores =
50; déficit no balanço de pagamentos em transações correntes =
10. Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma
economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa
economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.

COMENTÁRIOS:
SEXT = - T
SEXT = 10

SEXT = (M – X) + RLEE
+10 = 50 – 100 + RLEE
RLEE = 60

GABARITO: A

04. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados:


Variação de estoques = 20
Formação Bruta de Capital Fixo = 100
Poupança Líquida do Setor Privado = 50
Depreciação = 5
Saldo do Governo em conta-corrente = 50

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Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma
economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa
economia apresentou no balanço em transações correntes
a) Saldo nulo
b) Superávit de 15
c) Déficit de 25
d) Superávit de 25
e) Déficit de 15

COMENTÁRIOS:
Sliq=Sbrt – dep
Sbrt = 55 (lembre-se: trabalhamos o conceito bruto de poupança nas
fórmulas)

S=I
Sp + Sg + Sext = FBKf + ΔE
55 + 50 + Sext = 100 + 20
Sext=15 (poupança externa positiva significa déficit no balanço de
pagamentos em transações correntes)

GABARITO: E

05. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados,


extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e
serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil
(em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de
bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final:
630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques:
12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas
informações, o consumo intermediário dessa economia foi
a) 700
b) 600
c) 550
d) 650
e) 628

COMENTÁRIOS:
Vamos seguir os passos que estão no bizú do item 1.15:

1º: veja o agregado pela questão e veja em qual fórmula ele está (para
ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua memória na hora da
prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas do memento).

A questão pede o CI. A fórmula que apresenta o CI é a seguinte:


PIBCF = PRODUÇÃO TOTAL – CI (1)

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2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que a
questão pede. Se for possível terminar a questão termine. Se estiver
faltando algum dado, prossiga.

PIBCF = 1323 – CI (ainda não é possível calcular o CI, necessitamos do


valor do PIBCF)

3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá
descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante.

Nossa missão agora é calcular o PIBCF. Assim, devemos ver qual outra(s)
fórmula(s) que você poderá usar os dados apresentados pela questão e
assim achar o valor que você precisa (o PIBCF).

A questão nos forneceu CFINAL (C+G), M, X, FBKF e ΔE. Assim, podemos


calcular o PIBPM pela ótica da despesa. Lembrando que (FBKF + ΔE) = I =
150 + 12 = 162.

PIBPM = C + I + G + X – M
PIBPM = 630 + 162 + 56 – 69
PIBPM = 779

A questão também nos informou os impostos sobre produtos (II). Agora,


transformamos o PIBPM em PIBCF, que é o valor que nós necessitamos
para voltarmos à equação (1), que está no primeiro passo, e matarmos a
questão (como a questão não nos forneceu o valor dos Subsídios,
consideramos seu valor como sendo igual a ZERO).

PIBPM = PIBCF + II – Sub


PIBCF = 779 – 84
PIBCF = 695

Voltando à equação da 1ª etapa:

PIBcf= Prod. Total – consumo intermediário


695 = 1.323 – consumo intermediário
Cons. Intermd.= 628

GABARITO: E

06. (ESAF - AFRFB - 2005) - Considere as seguintes informações


para uma economia hipotética (em unidades monetárias):
investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço
de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo
em conta corrente: 400. Com base nessas informações e
considerando as identidades macroeconômicas básicas

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decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar
que a poupança líquida do setor privado foi igual a:
a) 170
b) 200
c) 140
d) 210
e) 120

COMENTÁRIOS:
I=S
700 = Sp + Sext + Sg
700 = Sp + 100 + 400
Sp=200
Sliq = Sp – dep
Sliq = 200 – 30
Sliq = 170

GABARITO: A

07. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto


agregado, é incorreto afirmar que:
a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do
que o produto agregado a custo de fatores.
b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”.
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma
queda do produto agregado real.
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da
economia.
e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional
produto.

COMENTÁRIOS:
Normalmente o PIBpm é maior que o PIBcf, pois os impostos indiretos,
em regra, são maiores que os subsídios. No entanto, pode haver
situações em que os subsídios à produção podem exceder os impostos
indiretos (sobre a produção), neste caso o PIBcf será maior que o PIBpm.
A assertiva A está errada devido à palavra necessariamente,
incorretamente empregada.
Nota  na parte II da aula, veremos por que a alternativa C está correta.

GABARITO: A

08. (ESAF - AFPS/INSS – 2002) Levando-se em conta a identidade


macroeconômica “poupança = investimento”, numa economia
aberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg
=poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança

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Parte I
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privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É
correto afirmar que:
a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr
b) D = Sext
b) D = Spr + Ipr + Sext
d) D = Sg – Ig
e) D = Spr – Ipr + Sext

COMENTÁRIOS:
O déficit público ocorre quando os gastos com investimentos superam a
poupança pública:
DP = Ig – Sg
Nós sabemos que o Investimento é igual à Poupança: I=S
Ip + Ig = Sp + Sg + Sext
Ig – Sg = (Sp – Ip) + Sext logo, temos:
DP = (Sp – Ip) + Sext

GABARITO: E

09. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em


unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética:

Consumo do Governo: 200


Transferências realizadas pelo Governo: 100
Subsídios: 20
Impostos Diretos: 300
Impostos Indiretos: 400
Outras Receitas Correntes do Governo: 120
Exportações de bens e serviços: 100
Importações de bens e serviços: 200
Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100
Variação de Estoques: 100
Poupança Bruta do Setor Privado: 200

Com base nessas informações, e considerando as identidades


macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta
de capital fixo é igual a:
a) 950
b) 900
c) 700
d) 750
e) 800

COMENTÁRIOS:
1º passo - colocar a fórmula em que temos o agregado pedido pela
questão:

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I=S
FBKf + ΔE = Sp + Sg + Sext (1)
ΔE = 100
Sp=200
Para encontrar FBKF, precisamos achar Sg e Sext.

2º passo -
Sg = o que o governo ganha MENOS o que ele gasta
Sg = (300 + 400 + 120) – (200 + 100 + 20)
Sg = 500

Sext = (M – X) + RLEE +/- TU (TU foi omitida, então TU=0)


Sext = 200 – 100 + 100 = 200

Substituindo os valores em (1):

FBKf + 100 = 200 + 500 + 200


FBKf = 800

GABARITO: E

10. (ESAF - AFRF – 2002) Considere um sistema de contas


nacionais para uma economia aberta sem governo. Suponha:
Importações de bens e serviços não fatores = 100;
Renda líquida enviada ao exterior = 50;
Renda nacional líquida = 1.000;
Depreciação = 5;
Exportações de bens e serviços não fatores = 200;
Consumo pessoal = 500;
Variação de estoques = 80.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação
bruta de capital fixo
é igual a:
a) 375
b) 275
c) 430
d) 330
e) 150

COMENTÁRIOS:
RNL = 1000 e Dep=5

RNL = RNB – dep (1)


RNB = RNL + dep
RNB = 1000 + 5 = 1005

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RIB = RNB + RLEE (2)
RIB= 1005 + 50 = 1055
RIB = DIB = PIB (renda interna bruta=despesa interna bruta=produto
interno bruto)
PIB = C + I + G + X – M (G=0, já que a economia é sem governo)
1055 = 500 + I + 200 – 100
I = 455

FBKf + ΔE = 455 (ΔE)


FBKf + 80 = 455
FBkf = 375

GABARITO: A

11. (ESAF - AFRF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção


do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes
dados (em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo
Intermediário: 1.011.751; Impostos sobre produtos: 119.394;
Imposto sobre importação: 8.430; Produto Interno Bruto:
1.086.700. Com base nestas informações, o item da conta "demais
impostos sobre produtos" foi de:
a) 839.482
b) 74.949
c) 110.964
d) 128.364
e) 66.519

COMENTÁRIOS:
Os impostos sobre produtos se subdividem em impostos sobre importação
e demais impostos sobre produtos (ver item 1.4.2 da aula). Assim:

Impostos sobre produtos = impostos s/ importação + demais impostos


sobre produtos

Para confirmar, veja a conta 1 (conta de produção) do sistema de contas


nacionais apresentado no item 1.15 da aula. Observe que o item 3
(impostos sobre produtos) é subdividido nos itens 3.1 e 3.2 (impostos s/
importação e demais impostos sobre produtos). Desta forma, percebe-se
que, para quem sabia tal fato, a questão era extremamente simples, pois
temos os dados suficientes para achar o resultado logo, de modo bem
rápido:

Impostos s/ produtos = impostos s/ importação + demais impostos s/


produtos
119394 = 8430 + demais impostos s/ produtos
Demais impostos s/produtos = 110964

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GABARITO: C

12. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados


para uma economia hipotética:
Investimento privado: 200;
Poupança privada: 100;
Poupança do governo: 50;
Déficit em transações correntes: 100
Com base nestas informações e considerando as identidades
macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento
público e o déficit público são, respectivamente,
a) zero e 50.
b) 50 e 50.
c) 50 e zero.
d) zero e zero.
e) 50 e 100.

COMENTÁRIOS:
I=S
Ip + Ig = Sp + Sp + Sext
200 + Ig = 100 + 50 + 100
Ig= 50
DP=Ig – Sg=50 – 50=0
Ou
DP = (Sp – Ig) + Sext = (100 – 200) + 100=0

GABARITO: C

13. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados,


extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;
Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;
Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são,
respectivamente:
a) 50 e 50.
b) 100 e 150.
c) 50 e 100.
d) 100 e 50.

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e) 150 e 100.

COMENTÁRIOS:
Poupança externa=Sext= (M – X) + RLEE +/- TU
Sext = 200 – 100 + 50 = 150

I = FBKf + ΔE = 260 + 50 = 310


Sg=50

S=I
Sp + Sp + Sext = I
Sp + 50 + 150 = 310
Sp= 110
Poupança líquida do setor privado= Sp – dep
Poupança líquida do setor privado= 110 – 10= 100

GABARITO: E

14. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da


Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do
desempenho real de uma economia em determinado período de
tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como
o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de
produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não
se pode dizer que:
a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de
mercado.
b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital,
compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.
c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da
arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor
privado.
d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das
importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de
Poupança Externa (Se).
e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado
período de tempo.

COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. Renda Nacional = Renda Nacional Líquida a custo de fatores
= Produto Nacional líquido a custo de fatores

b) Correto. I = FBKF + ΔE

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c) Correto. Este conceito, propositadamente, não foi passado na aula pois
não observei nenhuma questão de prova em que ele fosse necessário ao
acerto da questão. De qualquer forma, segue o conceito:
renda disponível do setor público = II + ID – trans – sub

d) Sext = (M – X) + RLEE +/- TU


Ao meu ver a assertiva está errada, pois a poupança externa é diferença
entre o saldo das importações e exportações MAIS (e não a diferença!) a
renda líquida enviada ao exterior. No entanto, a banca considerou a
assertiva correta. Se você estivesse fazendo o concurso, entretanto,
deveria marcar a assertiva A como incorreta, pois o seu erro é muito mais
flagrante que o erro da assertiva D. Esta é uma situação bastante comum
em provas: temos que marcar a mais errada, ou a mais certa,
dependendo do solicitado pela questão.

e) correto.

GABARITO: A

15. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009)


Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais
utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que:
a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não
nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os
investimentos totais da economia.
b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao
exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto
Nacional Bruto.
c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país.
d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em
um aumento na renda real da economia.
e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de
sua arrecadação tributária.

COMENTÁRIOS:
a) correto. Se o saldo em transações correntes (T) é não nulo, isto quer
dizer que Sext ≠ 0, uma vez que –T = Sext. A poupança interna quer
dizer Sp + Sg. Se I = S ou I = Sp + Sg + Sext e Sext ≠ 0, então I pode
ser maior ou menor que Sp + Sg (poupança interna). Se Sext > 0, então
poupança interna < I; se Sext < 0, então poupança interna > I. Veja que
a questão é mera manipulação algébrica.

b) correto. PIB = PNB + RLEE e RLEE = REE – RRE. Se a renda recebida


do exterior (RRE) é maior que a renda enviada ao exterior (REE), então
RLEE é negativa, ou seja, PIB = PNB + (-RLEE)  PNB = PIB + RLEE.
Neste caso, o PIB será menor que o PNB.

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c) correto. De fato, muitos países de primeiro mundo têm a sua dívida


pública maior que o PIB (não é o caso do Brasil).

d) correto. (Assunto da parte II da aula).

e) incorreto. Este é um assunto mais relacionado a tema de Finanças


Públicas, mas é perfeitamente viável que um país gaste mais do que
arrecade. Neste caso, ele adotará medidas para financiar os gastos (irá
aumentar o endividamento, emitir moeda, etc).

GABARITO: E

16. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009)


Considere os seguintes dados macroeconômicos:
Produção bruta total = 2.500
Importação de bens e serviços = 180
Impostos sobre produtos = 140
Consumo Intermediário = 1.300
Consumo Final = 1.000
Formação Bruta de capital fixo = 250
Variação de estoques = 20
Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se
afirmar que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno
Bruto são, respectivamente:
a) 250 e 1.340
b) 250 e 1.250
c) 350 e 1.340
d) 350 e 1.250
e) 250 e 1.450

COMENTÁRIOS:
PIBCF = PROD TOTAL – CONS. INTERM. = 2500 – 1300 = 1200

PIBPM = PIBCF + II – SUBSÍDIOS = 1200 + 140 = 1340

PIBPM = C + I + G + X – M (I = FBKf + ΔE e C + G = consumo final)


1340 = 1000 + 250 + 20 + X – 180
X = 250

GABARITO: A

17. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados


extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades
monetárias:
Produto Interno Bruto: 1.162;

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Remuneração dos empregados: 450;
Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;
Impostos sobre a produção e importação: 170;
Subsídios à produção e importação: 8;
Despesa de consumo final: 900;
Exportação de bens e serviços: 100;
Importação de bens e serviços: 38.
Com base nessas informações, os valores para a formação bruta
de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão,
respectivamente,
a) 300 e 362
b) 200 e 450
c) 400 e 200
d) 200 e 400
e) 200 e 262

COMENTÁRIOS:
EOB + RMB = PIBPM – Rem. Emp. – Impostos s/ produção + Sub s/ prod
EOB + 150 = 1162 – 450 – 170 + 8
EOB = 400

PIBPM = C + I + G + X – M (Despesa de consumo final = C + G)


1162 = 900 + I + 100 – 38
I = 200
FBKf + ΔE = 200 (não foi citado o valor da ΔE, então seu valor é 0)
FBKf = 200

GABARITO: D

18. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados


extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas
de produção de renda:
Produção: 2.500;
Impostos sobre produtos: 150;
Produto Interno Bruto: 1.300;
Impostos sobre a produção e de importação: 240;
Subsídios à produção: zero;
Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos:
625.
Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo
intermediário e a remuneração dos empregados são,
respectivamente:
a) 1.350 e 440
b) 1.350 e 435
c) 1.200 e 410
d) 1.200 e 440

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e) 1.300 e 500

COMENTÁRIOS:
EOB + RMB = PIBPM – Rem. Emp. – Impostos s/ produção + Sub s/ prod
625 = 1300 – RE – 240 + 0
RE = 435
(observe no conceito de EOB e RMB, usamos impostos e subsídios sobre a
produção, não usamos impostos e/ou subsídios sobre produtos)

PIBPM = PIBCF + II – Sub 


PIBCF = PIBPM – II + Sub
PIBPM = 1300 – 150 + 0 = 1150

PIBCF = PROD. TOTAL – Cons. interm.


1150 = 2500 – CI
CI = 1350

GABARITO: B

19. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações


extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades
monetárias:
Poupança privada: 300
Investimento privado: 200
Poupança externa: 100
Investimento público: 300
Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança
do governo foi:
a) de 200 e o superávit público foi de 100.
b) de 100 e o déficit público foi de 200.
c) negativa e o déficit público foi nulo.
d) de 100 e o superávit público foi de 200.
e) igual ao déficit público.

COMENTÁRIOS:
Questão bastante simples, desde que o candidato soubesse a fórmula do
Déficit Público e soubesse que o investimento é igual à poupança:

(1) DP = (Poup. Privada – Invest. Privado) + Poup. Externa


(2) I = S  Ig + Ip = Sp + Sg + Sext

(1) DP = (300 – 200) + 100 = 200


(2) 300 + 200 = 300 + Sg + 100  Sg = 100

GABARITO: B

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20. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional
Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui:
a) o valor das importações.
b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas
estrangeiras.
c) o saldo da balança comercial do país.
d) o valor da renda líquida de fatores externos.
e) o valor das exportações.

COMENTÁRIOS:
Devemos focar a resposta na diferença entre os conceitos apresentados
no enunciado.

Segue a diferença entre os conceitos nacional e interno, que é a única que


existe entre os agregados RNB e RIB:

RIB = RNB + RLEE

ou

RIB = RNB – RLRE (afinal, RLEE = -RLRE)

Pela primeira expressão, verificamos que a RIB inclui a renda líquida


enviada ao exterior (pois somamos o valor de RLEE).

Pela segunda expressão, observamos que a RIB não inclui o valor da


renda líquida recebida do exterior (pois estamos subtraindo o valor de
RLRE).

Como RLRE tem o mesmo significado7 que RLFE (renda líquida de fatores
externos), podemos entender que a letra D está correta.

GABARITO: D

21. (ESAF – AFTN) - Considere uma economia hipotética aberta e


sem governo. Suponha os seguintes dados, em unidades
monetárias:

• Renda líquida enviada ao exterior = 100;


• Soma dos salários, juros, lucros e aluguéis = 900;
• Importação de bens e serviços não-fatores = 50;
• Depreciação = 10;
• Exportação de bens e serviços não-fatores = 100;
• Formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 360

7
Ver nota de rodapé nº 14 da aula demonstrativa.

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Com base nestas informações e considerando as identidades


macroeconômicas de um sistema de contas nacionais, é correto
afirmar que a renda nacional líquida e o consumo pessoal são,
respectivamente:
a) 950 e 600;
b) 900 e 500;
c) 900 e 600;
d) 850 e 550;
e) 800 e 500;

COMENTÁRIOS:
Boa questão! Para resolvê-la, utilizaremos em primeiro lugar a ótica da
renda para calcular a renda nacional líquida. A opção por essa ótica ocorre
porque o enunciado nos dá exatamente os valores das remunerações dos
fatores de produção da economia: salários, juros, lucros e aluguéis. Sua
soma, conforme sabemos, nos dá o valor da renda nacional, que é o
mesmo que renda nacional líquida. Assim,

Renda nacional = renda nacional líquida


Renda nacional líquida = juros + lucros + salários + aluguéis
Renda nacional líquida = 900

Para descobrirmos o consumo pessoal, devemos acessar nossa memória


de fórmulas e verificar onde temos o agregado C. Ele está na seguinte
fórmula:

PIBPM = C + I + G + X – M (1)

Temos os valores de I (FBKf + ΔE), G (G=0, pois a economia é sem


governo), X (X=100) e M (M=50). O valor de PIBPM pode ser encontrado
a partir do valor da renda nacional líquida. Sabemos que:

Renda nacional líquida = RNLCF = PNLCF

Conversão: líquido  bruto


PNBCF = PNLCF + dep
PNBCF = 900 + 10
PNBCF = 910

Conversão: nacional  interno


PIBCF = PNBCF + RLEE
PIBCF = 910 + 100
PIBCF = 1010

Conversão: custo de fatores  preços de mercado

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PIBPM = PIBCF + II – Sub
PIBPM = 1010
(neste caso, II e Sub são iguais a ZERO, pois a economia é sem governo)

Agora, temos os valores de PIBPM, I, G, X e M. Basta substituí-los na


expressão (1) para encontrar o valor do consumo:

PIBPM = C + I + G + X – M
1010 = C + 360 + 0 + 100 – 50
C = 600

GABARITO: C

22. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de


Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que:
a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de
produção.
b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país.
c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país.
d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta.
e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse
país.

COMENTÁRIOS:

a) Correta. O valor da remuneração dos fatores de produção corresponde


ao conceito de renda. Como sabemos que, de modo geral, o produto é
igual à renda, então, quanto maior o produto, maior a renda, e vice-
versa.

b) Incorreta. Nós veremos esse assunto na parte II da aula, mas saiba de


antemão que o valor nominal do PIB depende sim da inflação. Quem não
depende da inflação é o valor real do PIB.

c) Correta. PIB = C + I + G + X – M. Logo, quanto maior o C, maior o


PIB.

d) Correta. O PIB pode ser maior ou menor que a RNB, basta, para isso,
que a RLEE não seja igual a zero.

e) Incorreta. Não há nada que impeça que a dívida pública seja maior que
seu PIB. É algo que não é aconselhável, mas pode acontecer. Aliás, de
fato, muitos países (ricos) possuem a dívida pública maior que o PIB.
Temos como exemplo o Japão e a Itália, que possuem dívidas maiores
que seus PIBs.

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GABARITO: Anulada (as alternativas B e E estão incorretas)

23. (ESAF – APO/MPOG – 2008) – No que diz respeito a agregados


macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os
principais agregados derivados das contas nacionais são as
medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção
falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.
a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas,
representam sínteses do esforço produtivo de um país em um
determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade
produtiva.
b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém
dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.
c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população
residente no mesmo período.
d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado
gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.
e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado
produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do
seu capital.

COMENTÁRIOS:

A única alternativa falsa é a letra C, tendo em vista que o PIB per capita é
um bom indicador da riqueza material, mas não do bem-estar da
população.

Julgo interessante também comentar um pouco das assertivas D e E.

A assertiva D conceituou de modo preciso a renda nacional bruta. É o


agregado que considera os fatores de produção de propriedade de
residentes. Ou seja, considera quem são os donos dos fatores de
produção. Se eles forem residentes (ou nacionais), estamos falando da
renda nacional bruta. Se, por outro lado, a assertiva falasse em fatores
de produção localizados dentro do país, o conceito mais apropriado seria
renda interna bruta, pois o que estaria sendo considerado é a
localização dos fatores de produção, e não sua nacionalidade.

Na assertiva E, podemos observar o mesmo raciocínio. É falado que o PIB


mede o valor adicionado por firmas operando no país. Ou seja, como o
PIB é um conceito “interno” (diferente de “nacional”), o que se leva em
conta é onde a produção é realizada. Se ela é realizada dentro do
país, será contabilizada no PIB, independente de quem for o dono dos
fatores de produção (independente da nacionalidade, ou da origem dos
fatores de produção).

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GABARITO: C

24. (ESAF – ECONOMISTA MPU – 2004) – Considere os seguintes


dados para uma economia fechada e sem governo.

Salários = 400
Lucros = 300
Juros = 200
Aluguéis = 100
Consumo pessoal = 500
Variação de estoques = 100
Depreciação = 50

Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e a


renda nacional bruta são, respectivamente,
a) 50 e 1050.
b) 400 e 1000.
c) 450 e 1000.
d) 400 e 1050.
e) 450 e 1050.

COMENTÁRIOS:

Sabemos que a soma das remunerações dos fatores de produção (salários


+ juros + lucros + aluguéis) nos dá a renda nacional. Então:

Renda nacional = RNLCF = PNLCF = 400 + 300 + 200 + 100


PNLCF = 1000

Também sabemos que o PIBPM é:

PIBPM = C + I + G + X – M

A economia é fechada e sem governo, então, não temos impostos


indiretos, nem subsídios, nem RLEE, nem X, nem M. Assim:

PNLCF = PILPM  PILPM = 1000

Mas temos depreciação, então:

PILPM = PIBPM – Dep


PIBPM = PILPM + Dep  (Dep=50)
PIBPM = 1050
e
PIBPM = C + I

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Parte I
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Ao mesmo tempo, sabemos que I=FBKf + ΔE, então:

1050 = C + FBKf + ΔE
1050 = 500 + FBKf + 100
FBKf = 450

A renda nacional bruta é o mesmo que RNBPM=PNBPM. Como a economia é


fechada, RLEE=0, então:

PIBPM = PNBPM + RLEE


PNBPM = 1050

Como PNBPM=RNBPM, então, a renda nacional bruta (RNBPM) é igual a


1050.

GABARITO: E

25. (ESAF – MPOG – 2006) – Considere os seguintes dados


extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas
nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil:

Produção = 6000
Importação de bens e serviços = 250
Impostos sobre produto = 550
Consumo intermediário = 2850
Formação bruta de capital fixo = 430
Variação de estoques = 25
Exportação de bens e serviços = 235

Com base nesses dados, o consumo final foi de:


a) 2890
b) 3010
c) 3285
d) 3005
e) 3260

COMENTÁRIOS:

Em primeiro lugar, devemos saber que o termo “produção”, na verdade,


significa o “valor bruto da produção”. Não significa, portanto, o PIB da
economia. Assim, sabemos que:

PIBCF = VBP – CI
PIBCF = 6000 – 2850
PIBCF = 3150

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Agora, podemos converter o PIBCF em PIBPM. Basta somar os impostos
sobre produto e reduzir os subsídios. Como a questão não deu o valor dos
subsídios, consideramos que eles são iguais a zero. Assim:

PIBPM = PIBCF + II – Sub


PIBPM = 3150 + 550 – 0
PIBPM = 3700

Agora, vamos desenvolver a expressão do PIBPM:

PIBPM = C + I + G + X – M  (C + G = CFINAL; I= FBKf + ΔE)


3700 = CFINAL + 430 + 25 + 235 – 250
CFINAL = 3260

GABARITO: E

26. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – Um determinado país envia renda


no valor de $ 2.000 para o exterior e recebe rendas no valor de $
3.000.
Com base nas informações acima, é correto afirmar que
(A) PIB < PNB
(B) PIB = PNB
(C) PNL > PNB
(D) PIB > PNB
(E) PIB < PNL

COMENTÁRIOS:
Com os dados da questão, podemos calcular o valor da renda líquida
enviada ao exterior (RLEE):

RLEE = REE – RRE


RLEE = 2.000 – 3.000
RLEE = -1.000

A RLEE serve para diferenciar os conceitos “interno” e “nacional”. Assim,


temos o seguinte:

PIB = PNB + RLEE


PIB = PNB – 1.000
PNB = PIB + 1.000

Pela expressão encontrada, vemos que PNB > PIB, pois o PNB é igual ao
PIB mais algum valor ($ 1.000).

Nota: não podemos afirmar que a letra E está certa, pois, apesar de o
conceito “nacional” ser superior ao conceito “interno”, não temos o valor

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da depreciação, uma vez que a letra E está comparando, adicionalmente,
conceitos “bruto” e “líquido”.

GABARITO: A

27. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – O país Z possui uma economia com


três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita da
seguinte forma:

Trigo Farinha Pão


Insumos $0 $ 1.000 $ 1.000
Valor bruto da
$ 1.000 $ 1.500 $ 2.000
produção

Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago em


salários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300.
Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O PIB dessa economia é $ 2.000.


II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500.
III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700.

Assinale
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se nenhuma estiver correta.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:

I. Incorreta.

Pela tabela, podemos inferir o PIB da economia. Sabemos que:

PIBCF = VBP – CI
PIBCF = (1.000 + 1.500 + 2.000) – (0 + 1.000 + 1.000)
PIBCF = 4.500 – 2.000
PIBCF = 2.500

Como não temos impostos indiretos, nem subsídios, o PIBPM também será
igual a 2.500 (PIB=PIBPM=2.500). Por aí, sabemos que a assertiva I é
incorreta.

II. Correta.

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O valor agregado do setor de farinha é a quantidade de valor que foi
agregada aos insumos utilizados. Neste caso, foram adquiridos insumos
(trigo) no valor de 1.000, sendo agregados 500 como valor agregado do
setor de farinha. Portanto, correta a assertiva II.

III. Correta.

Nós sabemos que a renda nacional (RNLCF) é igual a:

RNLCF = salários + lucros + juros + aluguéis

Agora, vamos substituir os valores de salários e juros, que foram dados


pelo enunciado:

RNLCF = 1.500 + lucros + 300 + aluguéis


RNLCF = lucros + aluguéis + 1.800

Nós sabemos que RNLCF=PNLCF. Como não temos os valores de


depreciação, nem de renda líquida enviada ao exterior (RLEE), podemos
inferir que RNLCF=PNLCF=PIBCF=2.500. Assim,

2.500 = lucros + aluguéis + 1.800


Lucros + aluguéis = 700

Temos certeza absoluta que o valor dos aluguéis não será maior que 700,
mesmo que os lucros sejam iguais a zero.

GABARITO: B

28. (FGV - ICMS/RJ – 2008) Quando a renda líquida enviada ao


exterior (RLEE) é deficitária, pode-se dizer que:
(A) PNL > PIL.
(B) PIL < PIB.
(C) RNL < RD.
(D) PNB > PIB.
(E) PIB > PNB.

COMENTÁRIOS:

PIB = PNB + RLEE

(1) Se RLEE > 0, então PIB > PNB


(2) Se RLEE < 0, então PIB < PNB (ou seja, a letra D está correta)

Uma interessante dúvida que pode surgir reside no fato de por que a
alternativa A também não está correta. Vejamos:

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A diferença entre a letra D e a letra A está no fato de que, na última,


estamos utilizando conceitos líquidos, ou seja, deduzidos da depreciação.

PNL = PNB – Dep


PIL = PIB – Dep

A chave da questão está em perceber que, no caso do PNL, subtraímos a


depreciação nacional e, no caso do PIL, subtraímos a depreciação interna.
Ou seja, o mais correto tecnicamente é:

PNL = PNB – Dep nacional


PIL = PIB – Dep interna

Assim sendo:

PIL = PNL + RLEE  PIB – Dep interna = PNB – Dep nacional + RLEE

Neste caso, os valores das depreciações podem ser diferentes de tal


forma que as conclusões observadas em (1) e (2) podem não ser
mantidas em todos os casos. Assim, a assertiva D é correta em qualquer
caso, enquanto a assertiva A não é correta em todos os casos. Logo,
devemos marcar alternativa D.

GABARITO: D

29. (FGV - ECONOMISTA Jr. – POTIGÁS - 2006) - A soma do valor


dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num
determinado período, define o conceito de:
a) Valor Bruto da Produção.
b) Produto Interno Bruto.
c) Produto Interno Líquido.
d) Produto Nacional Líquido.
e) Produto Nacional Bruto.

COMENTÁRIOS:
Esta questão é bastante capciosa, e nos exige um pouco de malícia na
interpretação de seu enunciado.

Eu disse na aula que sempre que uma banca falar do conceito de produto,
sem maiores especificações ou detalhes, é para considerarmos que está
sendo falado do PIB (ou PIBPM). No entanto, esta questão nos apresenta
um caso diferente. Segue o conceito de produto apresentado na aula:

“O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais


produzidos em um país durante um período de tempo.”

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Segundo o que eu falei na aula, devemos considerar o que está escrito


acima como sendo o PIB do país.

Agora, preste atenção ao conceito do enunciado da questão:

“A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos por uma


economia, num determinado período.”

Aparentemente, os conceitos são iguais, o que nos levaria a pensar que a


questão define o conceito de PIB, com a letra B sendo a resposta da
questão. Entretanto, isto é só aparência! Os conceitos são diferentes e a
diferença reside na utilização das preposições. No conceito que eu passei
na aula, eu utilizo “bens e serviços finais produzidos em um país”. No
conceito do enunciado, é utilizado “bens e serviços finais produzidos por
uma economia”.

Veja que, no primeiro caso, utiliza-se “em”, dando ideia que a produção
foi produzida dentro de um país, nas fronteiras de um país, ou
internamente em um país (sem levar em conta se o bem/serviço foi
produzido por nacionais ou estrangeiros). Assim, o primeiro conceito nos
diz o conceito de Produto Interno Bruto (PIB).

No outro caso, utiliza-se “por”, dando ideia que a produção foi produzida
por nacionais, por pessoas que pertencem àquele país (sem levar em
conta se o bem/serviço foi produzido dentro ou fora do país). Assim, o
segundo conceito nos diz o conceito de Produto Nacional Bruto (PNB).

Desta forma, pelo uso da preposição “por”, somos levados a concluir que
o conceito exposto no enunciado da questão nos diz o Produto Nacional
Bruto (PNB). Está correta, portanto, a assertiva E.

Por fim, guarde o seguinte:

Bens e serviços finais produzidos no país  PIB


Bens e serviços finais produzidos pelo país  PNB

A diferença é bastante sutil e, uma vez ou outra, é possível que você


encontre textos ou questões que não obedeçam a este detalhe semântico.
Mas em questões como esta, elaborada pela FGV, tal diferenciação é
crucial para acertar a questão.

GABARITO: E

30. (FGV – AFTE/AP – 2010) - Com relação à mensuração do PIB


de uma economia, avalie as seguintes afirmativas:

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I. O PIB não inclui bens e serviços produzidos no passado.
II. O PIB usa preços de mercado para ponderar os diferentes bens
e serviços produzidos na economia.
III. O PIB inclui o valor dos bens e serviços intermediários e finais
consumidos na economia.
Assinale:
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta.
(B) se apenas a afirmativa II estiver correta.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:

I. Correta. Os bens e serviços produzidos no passado só são computados


no ano em que foram produzidos. Podemos depreender isso pelo próprio
conceito de produto: é o valor dos bens e serviços finais produzidos
durante determinado período de tempo. Assim, o PIB de 2011 só inclui a
produção de 2011. Qualquer bem produzido em 2010 não entrará no
cômputo do PIB de 2011 (pois já foi contabilizado no PIB de 2010). Por
isso, a compra de bens usados não é contabilizada no cálculo do produto.

II. Correta. O PIB leva em conta os preços de mercado (isto é, os valores


monetários pelos quais os mesmos são vendidos no mercado).

III. Incorreta. O PIB não inclui o valor dos bens e serviços intermediários,
ele inclui apenas os bens e serviços finais. Também podemos depreender
isso pelo próprio conceito de produto.

Neste momento, você pode se perguntar se isto não é contraditório com a


seguinte fórmula:

PIBPM = VBP – CI + II – Sub

Você pode estar se perguntando: ora, temos o CI na fórmula, logo, o PIB


inclui os bens e serviços intermediários, certo?

Errado! Se o CI está com sinal negativo na fórmula, é justamente porque


o PIBPM não inclui os bens e serviços intermediários. Veja outro exemplo:

PIBPM = C + I + G + X – M

Assertiva: o PIB não inclui o valor das importações (certo ou errado?)


Gabarito: CERTO, pois as importações estão com sinal negativo. Logo, o
PIB não as inclui em seu cálculo.

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GABARITO: C

31. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere


uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em
unidades monetárias:

• Produto nacional líquido 1.650


• Depreciação 200
• Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100
• Transferências unilaterais correntes 0
• Exportações de bens e serviços não fatores 200
• Importações de bens e serviços não fatores 400
• Impostos indiretos 300
• Subsídios 80
• Investimento do governo 100
• Impostos diretos 250

Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta.


(A) A poupança interna é maior que o investimento.
(B) A absorção interna é igual a 2.000.
(C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50.
(D) O PIB é igual a 1.850.
(E) A renda nacional é de 1.430.

COMENTÁRIOS:
Façamos a verificação por assertiva:

a) Incorreta.

Poupança interna = poupança privada + poupança do governo


Investimento = variação de estoques + FGKf

Também sabemos que:

Investimento = poupança
I = SINT + SEXT

A poupança externa é igual ao saldo ao contrário do balanço de


pagamento em transações correntes: SEXT = -T

Como o saldo em conta corrente é -100, então, SEXT=-(-100)=100.

Se SEXT=100, então, obrigatoriamente, sabemos que SINT<I.

b) Incorreta.

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AI = C + I + G

Não temos o valor de C, nem de I, nem de G ...rsr!

Mas sabemos que:

PIBPM = (C + I + G) + X – M
PIBPM = AI + X – M (1)

Nós temos o PNL (neste caso, quando não se fala nada em relação à
distinção entre “preços de mercado” e “custo de fatores”, e temos o
agregado produto, estamos falando do PNLPM).

PNLPM = 1650

Transformando o PNLPM em PILPM (nacional em interno), temos:

PILPM = PNLPM + RLEE (2) (também não temos a RLEE)

Mas temos a SEXT (que é igual a 100):

SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU


100 = 400 – 200 + RLEE + 0
RLEE = -100 (substituindo na expressão 2):

PILPM = 1650 - 100


PILPM = 1550

Transformando o PILPM em PIBPM (o líquido em bruto), temos:

PIBPM = PILPM + dep


PIBPM = 1750

Substituindo na expressão (1):

1750 = AI + 200 – 400


AI = 1950

c) Incorreta.

Renda líquida enviada ao exterior é -100, conforme os cálculos realizados


na assertiva B (ou seja, a renda líquida recebida do exterior é +100).

d) Incorreta.

Conforme os cálculos realizados na assertiva B, o PIB é igual a 1750.

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e) Correta.

Renda nacional = RNLCF

Nós temos o PNL=PNLPM=1650

Temos que transformar “preços de mercado” em “custo de fatores”:

PNLPM = PNLCF + II – Sub


1650 = PNLCF + 300 – 80
PNLCF = 1430

Como PNLCF = RNLCF = Renda Nacional, então:

Renda Nacional = 1430

GABARITO: E

32. (FUNIVERSA - COFECON – ECONOMISTA – 2010) – Com base


nos dados a seguir para o Balanço de Pagamento de uma
economia hipotética, medidos em unidades monetárias,

Depreciação 100
Tributos indiretos 500
Subsídios 250
Saldo do governo em conta corrente 100
Variação de estoques 100
Exportações de bens 500
Impostos diretos 200
Outras receitas correntes líquidas do governo 600
Formação bruta de capital fixo 400
Juros da dívida pública interna 100
Consumo final das famílias 400
Transferências de assistência e previdência 150
Importações de bens 100

Assinale a alternativa correta.


a) O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) é igual 2.500.
b) O saldo da balança comercial é deficitário.
c) Sabendo-se que o saldo da renda líquida enviada ao exterior (renda
recebida menos enviada) foi deficitário em 100, então o Produto Nacional
Líquido a custo de fatores (PNLcf) é de 1.500.
d) O investimento líquido nessa economia foi de 350.
e) O consumo do governo foi de 700.

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COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, vale destacar que o enunciado da questão apresenta
uma imprecisão. Os dados apresentados são retirados do sistema de
contas nacionais e não do balanço de pagamentos de uma economia
hipotética. Contudo, isto não interfere na resolução da questão. Vamos à
análise das alternativas:

a) Incorreta.

PIBPM = C + I + G + X – M (onde I = ΔE + FBkf)


PIBPM = 400 + (100 + 400) + G + 500 – 100 (1)

Agora, precisamos calcular o valor de G:

Sabemos que a poupança do governo (saldo do governo em conta


corrente), SG, significa tudo o que o governo aufere de receita menos
aquilo que ele gasta, então:

SG = II + ID + ORG – Transf – Sub – G (2)

Nota: destaco a pegadinha da questão, que a torna bastante difícil de ser


resolvida. Conforme destacado na nota da página 20, da aula
demonstrativa (em Transf), os juros da dívida pública interna são
considerados transferências e, portanto, devem ser somados ao item
“Transferências de assistência e previdência”, a fim de compor as
“Transf”.

Agora, usemos os dados do enunciado da questão na expressão (2):

100 = 500 + 200 + 600 – (150 + 100) – 250 – G


G = 700

Agora que descobrimos o gasto do governo (G=700), podemos substituir


na expressão (1) para encontrarmos o PIBPM:

PIBPM = 400 + 100 + 400 + 700 + 500 – 100


PIBPM = 2000

b) Incorreta.

Veremos os itens do balanço de pagamentos na aula 02, no estudo da


política cambial. Mas, de antemão, podemos afirmar que o saldo da
balança comercial é: exportações de bens MENOS importações de bens.
No nosso caso, será (500 – 100) = 400. O saldo é, portanto,
superavitário.

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c) Incorreta.

A assertiva apresenta uma imprecisão que, a rigor, já é motivo para


atestar a sua incorreção: renda líquida enviada ao exterior significa renda
enviada menos renda recebida, e não o contrário, como foi colocado na
alternativa. No entanto, vamos fingir que a definição está correta e fazer
os cálculos:

PIBPM = 2000

Se RLEE = -100, então:

PIBPM = PNBPM + RLEE


PNBPM = 2100

Agora, vamos transformar o bruto em líquido (basta subtrair a


depreciação):

PNLPM = PNBPM – dep


PNLPM = 2100 – 100
PNLPM = 2000

Por fim, vamos transformar “preços de mercado” em “custo de fatores”:

PNLPM = PNLCF + II – Sub


2000 = PNLCF + 500 – 250
PNLCF = 1750

d) Incorreta.

I = ΔE + FBkf
I = 100 + 400
I = 500

Este conceito encontrado é “bruto”. Para encontrarmos o investimento


“líquido”, basta subtrair a depreciação:

IL = IB – dep
IL = 400

e) Correta.

O consumo do governo foi calculado na assertiva A (G=700).

Na verdade, quando fazemos uma assertiva longa como foi o caso da


letra A, nós devemos verificar, a todo o instante, se os valores

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encontrados já nos permitem matar a questão. Neste caso, se fizéssemos
isso, já poderíamos logo no início marcar a letra E como resposta.
Lembre-se disso na hora da prova.

GABARITO: E

33. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para


responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.

Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679


Variação de Estoques ......................................................... 8.012
Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328
Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778

O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em


milhões de reais, a
a) 2.232.241
b) 2.353.773
c) 2.369.797
d) 2.371.151
e) 2.379.163

COMENTÁRIOS:
Podemos calcular o PIB sob a ótica da despesa:
PIBPM = C + I + G + X – M
Onde,
C + G = Despesa de consumo final = 1.903.679
FBKf + ΔE = I = 389.328 + 8.012 = 397.340
(X – M) = saldo externo de bens e serviços = 68.778
Sendo assim,
PIBPM = 1.903.679 + 397.340 + 68.778
PIBPM = 2.369.797

GABARITO: C

34. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para


responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.

Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679


Variação de Estoques ........................................................... 8.012

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Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328
Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778

A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em


milhões de reais, a
a) 2.311.211.
b) 2.312.565.
c) 2.313.211.
d) 2.318.768.
e) 2.320.577.

COMENTÁRIOS:
RNDB = RNBPM +/- transferências correntes recebidas do exterior
(como são transferências recebidas, usaremos o sinal positivo, pois elas
aumentam a RNDB)
RDNB = 2.311.211 + 9.366 = 2.320.577

GABARITO: E

35. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para


responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.

Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679


Variação de Estoques ........................................................... 8.012
Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328
Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778

A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais,


igual a
a) 399.520.
b) 407.532.
c) 408.886.
d) 416.898.
e) 418.252.

COMENTÁRIOS:
Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL
(o valor da RNDB é o encontrado na questão 44)
Poupança bruta do Brasil = 2.320.577 – 1.903.679 = 416.898

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CURSO ON-LINE – ECONOMIA PARA AFRFB Aula 01
Parte I
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR HEBER CARVALHO
GABARITO: D

36. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Dados


extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia
hipotética em um determinado ano:

Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000


Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000
Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000
Depreciação ...................................................................... 25.000
Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000
Impostos Diretos............................................................... 30.000

A carga tributária líquida da economia correspondeu a:


Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa
decimal.
a) 26,00%
b) 25,36%
c) 21,46%
d) 20,00%
e) 19,83%

COMENTÁRIOS:
( ) ( )

A receita tributária do governo foi dada e vale 260.000;


As transferências valem 40.000
Os subsídios valem 15.000
No entanto, ainda não temos o PIBPM. Temos que transformar o PILPM, que
vale 1.000.000, em PIBPM. Para isso, basta somarmos a depreciação, que
vale 25.000; então:

PILPM = PIBPM – depreciação


1.000.000 = PIBPM – 25.000
PIBPM = 1.025.000

Colocando os valores em (1):

( )

GABARITO: D

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Parte I
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR HEBER CARVALHO
37. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno
Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto
Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o)
a) entrada de poupança externa for elevada.
b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações.
c) renda líquida recebida do exterior for positiva.
d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar.
e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo.

COMENTÁRIOS:
PIB = PNB + RLEE
Se o PIB < PNB, entao, necessariamente, RLEE será negativa.
Como RLEE = REE – RRE, então, se RLEE é negativa, RLRE é positiva.

Quando REE > RRE, temos RLEE positiva. Por outro lado, quando RRE >
REE, temos RLRE positiva (que é o mesmo que dizer que a RLEE é
negativa).

GABARITO: C

38. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - O


Produto Interno Bruto (PIB) de um país
a) exclui as mercadorias exportadas.
b) inclui as mercadorias importadas.
c) é uma medida de sua riqueza material.
d) é invariavelmente crescente com o tempo.
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB).

COMENTÁRIOS:
O PIB, pela ótica da despesa, é igual PIB = C + I + G + X – M.
Pela expressão, percebemos que ele inclui as exportações (X) e exclui as
importações (M). Incorretas, portanto, as assertivas A e B.

A assertiva D está incorreta pois nem sempre o PIB cresce, vide a crise
financeira de 2008, em que muitos países tiveram retração (crescimento
negativo) do PIB. No Brasil, só foi verificado crescimento negativo no 1º
trimestre de 2009.

PIB = PNB + RLEE


Se RLEE < 0, neste caso, o PNB > PIB. Então, veja que a assertiva E está
incorreta pelo uso da palavra sempre.

A assertiva C está correta, pois o PIB é justamente a medida de riqueza


material. Ele não mede bem-estar, educação, saúde ou felicidade, mas
apenas a riqueza material.

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Parte I
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GABARITO: C

39. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - Um


país recebe poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.
b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de
pagamentos.
c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.

COMENTÁRIOS:
SEXT = saldo negativo do balanço de pagamentos em transações correntes
Assim, a assertiva B está correta.

Vale ressaltar que as assertivas A, C, D e E tratam de situações em que o


país recebe dinheiro do resto do mundo, ou seja, a poupança do resto do
mundo (poupança do resto do mundo) diminui nestes casos.

GABARITO: B

40. (CESGRANRIO - AUDITOR FUNASA - 2009) - O Produto Interno


Bruto (PIB) de um país mede, a cada ano, a(o)
a) distribuição interna da renda.
b) renda média da população.
c) capacidade de exportações industriais do país.
d) valor da produção de bens e serviços finais, no país.
e) valor dos meios de pagamentos em circulação.

COMENTÁRIOS:
A assertiva é a mais se aproxima do conceito completo de PIB:
É o valor da produção de bens e serviços finais no país durante
determinado período de tempo.

GABARITO: D

41. (CESGRANRIO - ECONOMISTA – BNDES – 2008) Os residentes


de certo país recebem liquidamente renda do exterior. Então,
necessariamente,
a) o país tem deficit no balanço comercial.
b) o país está atraindo investimentos externos.
c) o PNB do país é maior que seu PIB.
d) a taxa de juros doméstica está muito baixa.
e) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.

COMENTÁRIOS:

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Parte I
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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Se os residentes de certo país recebem liquidamente renda do exterior,
então temos Renda líquida recebida do exterior (RLRE) positiva,
conseqüentemente, a RLEE será negativa. Se a RLEE é negativa, então:

PIB = PNB + (-RLEE)

Se RLEE é negativa, PNB > PIB

GABARITO: C

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Parte I
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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LISTA DE QUESTÕES

01. (ESAF – AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética


que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes
atividades e transações num determinado período de tempo: o
setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor
T; o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela
equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; o setor F
produziu farinha no valor de 1.300; o setor P produziu pães no
valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores finais. Com base
nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no
período, de
a)1.600
b) 2.100
c) 3.000
d) 4.600
e) 3.600

2. (ESAF - INSS/AUDITOR – 2002) Considere os seguintes dados:


poupança líquida =100; depreciação = 5; variação de estoques =
50. Com base nessas informações e considerando uma economia
fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a
poupança bruta total são, respectivamente:
a) 100 e 105
b) 55 e 105
c) 50 e 100
d) 50 e 105
e) 50 e 50

03. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados


para uma economia hipotética: exportações de bens e serviços
não-fatores = 100; importações de bens e serviços não fatores =
50; déficit no balanço de pagamentos em transações correntes =
10. Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma
economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa
economia apresentou:
a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60.
b) renda líquida recebida do exterior igual a 60.
c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40.
d) renda líquida recebida do exterior igual a 40.
e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50.

04. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados:


Variação de estoques = 20
Formação Bruta de Capital Fixo = 100
Poupança Líquida do Setor Privado = 50

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Depreciação = 5
Saldo do Governo em conta-corrente = 50
Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma
economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa
economia apresentou no balanço em transações correntes
a) Saldo nulo
b) Superávit de 15
c) Déficit de 25
d) Superávit de 25
e) Déficit de 15

05. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados,


extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e
serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil
(em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de
bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final:
630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques:
12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas
informações, o consumo intermediário dessa economia foi
a) 700
b) 600
c) 550
d) 650
e) 628

06. (ESAF - AFRFB - 2005) - Considere as seguintes informações


para uma economia hipotética (em unidades monetárias):
investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço
de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo
em conta corrente: 400. Com base nessas informações e
considerando as identidades macroeconômicas básicas
decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar
que a poupança líquida do setor privado foi igual a:
a) 170
b) 200
c) 140
d) 210
e) 120

07. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto


agregado, é incorreto afirmar que:
a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do
que o produto agregado a custo de fatores.
b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”.
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma
queda do produto agregado real.

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d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da
economia.
e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional
produto.

08. (ESAF - AFPS/INSS – 2002) Levando-se em conta a identidade


macroeconômica “poupança = investimento”, numa economia
aberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg
=poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança
privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É
correto afirmar que:
a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr
b) D = Sext
b) D = Spr + Ipr + Sext
d) D = Sg – Ig
e) D = Spr – Ipr + Sext

09. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em


unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética:

Consumo do Governo: 200


Transferências realizadas pelo Governo: 100
Subsídios: 20
Impostos Diretos: 300
Impostos Indiretos: 400
Outras Receitas Correntes do Governo: 120
Exportações de bens e serviços: 100
Importações de bens e serviços: 200
Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100
Variação de Estoques: 100
Poupança Bruta do Setor Privado: 200

Com base nessas informações, e considerando as identidades


macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta
de capital fixo é igual a:
a) 950
b) 900
c) 700
d) 750
e) 800

10. (ESAF - AFRF – 2002) Considere um sistema de contas


nacionais para uma economia aberta sem governo. Suponha:
Importações de bens e serviços não fatores = 100;
Renda líquida enviada ao exterior = 50;
Renda nacional líquida = 1.000;

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Depreciação = 5;
Exportações de bens e serviços não fatores = 200;
Consumo pessoal = 500;
Variação de estoques = 80.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação
bruta de capital fixo
é igual a:
a) 375
b) 275
c) 430
d) 330
e) 150

11. (ESAF - AFRF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção


do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes
dados (em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo
Intermediário: 1.011.751; Impostos sobre produtos: 119.394;
Imposto sobre importação: 8.430; Produto Interno Bruto:
1.086.700. Com base nestas informações, o item da conta "demais
impostos sobre produtos" foi de:
a) 839.482
b) 74.949
c) 110.964
d) 128.364
e) 66.519

12. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados


para uma economia hipotética:
Investimento privado: 200;
Poupança privada: 100;
Poupança do governo: 50;
Déficit em transações correntes: 100
Com base nestas informações e considerando as identidades
macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento
público e o déficit público são, respectivamente,
a) zero e 50.
b) 50 e 50.
c) 50 e zero.
d) zero e zero.
e) 50 e 100.

13. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados,


extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia
hipotética:
Exportações de bens e serviços não fatores: 100;
Importações de bens e serviços não fatores: 200;

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Renda líquida enviada ao exterior: 50;
Variação de estoques: 50;
Formação bruta de capital fixo: 260;
Depreciação: 10;
Saldo do governo em conta corrente: 50
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança
externa e a poupança líquida do setor privado são,
respectivamente:
a) 50 e 50.
b) 100 e 150.
c) 50 e 100.
d) 100 e 50.
e) 150 e 100.

14. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da


Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do
desempenho real de uma economia em determinado período de
tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como
o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de
produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não
se pode dizer que:
a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de
mercado.
b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital,
compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.
c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da
arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor
privado.
d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das
importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de
Poupança Externa (Se).
e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado
período de tempo.

15. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009)


Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais
utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que:
a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não
nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os
investimentos totais da economia.
b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao
exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto
Nacional Bruto.
c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país.
d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em
um aumento na renda real da economia.

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e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de
sua arrecadação tributária.

16. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009)


Considere os seguintes dados macroeconômicos:
Produção bruta total = 2.500
Importação de bens e serviços = 180
Impostos sobre produtos = 140
Consumo Intermediário = 1.300
Consumo Final = 1.000
Formação Bruta de capital fixo = 250
Variação de estoques = 20
Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se
afirmar que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno
Bruto são, respectivamente:
a) 250 e 1.340
b) 250 e 1.250
c) 350 e 1.340
d) 350 e 1.250
e) 250 e 1.450

17. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados


extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades
monetárias:
Produto Interno Bruto: 1.162;
Remuneração dos empregados: 450;
Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150;
Impostos sobre a produção e importação: 170;
Subsídios à produção e importação: 8;
Despesa de consumo final: 900;
Exportação de bens e serviços: 100;
Importação de bens e serviços: 38.
Com base nessas informações, os valores para a formação bruta
de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão,
respectivamente,
a) 300 e 362
b) 200 e 450
c) 400 e 200
d) 200 e 400
e) 200 e 262

18. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados


extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas
de produção de renda:
Produção: 2.500;
Impostos sobre produtos: 150;

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Produto Interno Bruto: 1.300;
Impostos sobre a produção e de importação: 240;
Subsídios à produção: zero;
Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos:
625.
Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo
intermediário e a remuneração dos empregados são,
respectivamente:
a) 1.350 e 440
b) 1.350 e 435
c) 1.200 e 410
d) 1.200 e 440
e) 1.300 e 500

19. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações


extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades
monetárias:
Poupança privada: 300
Investimento privado: 200
Poupança externa: 100
Investimento público: 300
Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança
do governo foi:
a) de 200 e o superávit público foi de 100.
b) de 100 e o déficit público foi de 200.
c) negativa e o déficit público foi nulo.
d) de 100 e o superávit público foi de 200.
e) igual ao déficit público.

20. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional


Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui:
a) o valor das importações.
b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas
estrangeiras.
c) o saldo da balança comercial do país.
d) o valor da renda líquida de fatores externos.
e) o valor das exportações.

21. (ESAF – AFTN) - Considere uma economia hipotética aberta e


sem governo. Suponha os seguintes dados, em unidades
monetárias:
• Renda líquida enviada ao exterior = 100;
• Soma dos salários, juros, lucros e aluguéis = 900;
• Importação de bens e serviços não-fatores = 50;
• Depreciação = 10;
• Exportação de bens e serviços não-fatores = 100;

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• Formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 360
Com base nestas informações e considerando as identidades
macroeconômicas de um sistema de contas nacionais, é correto
afirmar que a renda nacional líquida e o consumo pessoal são,
respectivamente:
a) 950 e 600;
b) 900 e 500;
c) 900 e 600;
d) 850 e 550;
e) 800 e 500;

22. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de


Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que:
a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de
produção.
b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país.
c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país.
d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta.
e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse
país.

23. (ESAF – APO/MPOG – 2008) – No que diz respeito a agregados


macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os
principais agregados derivados das contas nacionais são as
medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção
falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.
a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas,
representam sínteses do esforço produtivo de um país em um
determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade
produtiva.
b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém
dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.
c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população
residente no mesmo período.
d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado
gerado por fatores de produção de propriedade de residentes.
e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado
produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do
seu capital.

24. (ESAF – ECONOMISTA MPU – 2004) – Considere os seguintes


dados para uma economia fechada e sem governo.

Salários = 400
Lucros = 300
Juros = 200

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Aluguéis = 100
Consumo pessoal = 500
Variação de estoques = 100
Depreciação = 50

Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e a


renda nacional bruta são, respectivamente,
a) 50 e 1050.
b) 400 e 1000.
c) 450 e 1000.
d) 400 e 1050.
e) 450 e 1050.

25. (ESAF – MPOG – 2006) – Considere os seguintes dados


extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas
nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil:

Produção = 6000
Importação de bens e serviços = 250
Impostos sobre produto = 550
Consumo intermediário = 2850
Formação bruta de capital fixo = 430
Variação de estoques = 25
Exportação de bens e serviços = 235

Com base nesses dados, o consumo final foi de:


a) 2890
b) 3010
c) 3285
d) 3005
e) 3260

26. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – Um determinado país envia renda


no valor de $ 2.000 para o exterior e recebe rendas no valor de $
3.000.
Com base nas informações acima, é correto afirmar que
(A) PIB < PNB
(B) PIB = PNB
(C) PNL > PNB
(D) PIB > PNB
(E) PIB < PNL

27. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – O país Z possui uma economia com


três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita da
seguinte forma:

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Trigo Farinha Pão
Insumos $0 $ 1.000 $ 1.000
Valor bruto da
$ 1.000 $ 1.500 $ 2.000
produção

Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago em


salários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300.
Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O PIB dessa economia é $ 2.000.


II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500.
III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700.

Assinale
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se nenhuma estiver correta.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

28. (FGV - ICMS/RJ – 2008) Quando a renda líquida enviada ao


exterior (RLEE) é deficitária, pode-se dizer que:
(A) PNL > PIL.
(B) PIL < PIB.
(C) RNL < RD.
(D) PNB > PIB.
(E) PIB > PNB.

29. (FGV - ECONOMISTA Jr. – POTIGÁS - 2006) - A soma do valor


dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num
determinado período, define o conceito de:
a) Valor Bruto da Produção.
b) Produto Interno Bruto.
c) Produto Interno Líquido.
d) Produto Nacional Líquido.
e) Produto Nacional Bruto.

30. (FGV – AFTE/AP – 2010) - Com relação à mensuração do PIB


de uma economia, avalie as seguintes afirmativas:
I. O PIB não inclui bens e serviços produzidos no passado.
II. O PIB usa preços de mercado para ponderar os diferentes bens
e serviços produzidos na economia.
III. O PIB inclui o valor dos bens e serviços intermediários e finais
consumidos na economia.
Assinale:
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta.

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(B) se apenas a afirmativa II estiver correta.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

31. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere


uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em
unidades monetárias:

• Produto nacional líquido 1.650


• Depreciação 200
• Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100
• Transferências unilaterais correntes 0
• Exportações de bens e serviços não fatores 200
• Importações de bens e serviços não fatores 400
• Impostos indiretos 300
• Subsídios 80
• Investimento do governo 100
• Impostos diretos 250

Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta.


(A) A poupança interna é maior que o investimento.
(B) A absorção interna é igual a 2.000.
(C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50.
(D) O PIB é igual a 1.850.
(E) A renda nacional é de 1.430.

32. (FUNIVERSA - COFECON – ECONOMISTA – 2010) – Com base


nos dados a seguir para o Balanço de Pagamento de uma
economia hipotética, medidos em unidades monetárias,

Depreciação 100
Tributos indiretos 500
Subsídios 250
Saldo do governo em conta corrente 100
Variação de estoques 100
Exportações de bens 500
Impostos diretos 200
Outras receitas correntes líquidas do governo 600
Formação bruta de capital fixo 400
Juros da dívida pública interna 100
Consumo final das famílias 400
Transferências de assistência e previdência 150
Importações de bens 100

Assinale a alternativa correta.

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a) O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) é igual 2.500.
b) O saldo da balança comercial é deficitário.
c) Sabendo-se que o saldo da renda líquida enviada ao exterior (renda
recebida menos enviada) foi deficitário em 100, então o Produto Nacional
Líquido a custo de fatores (PNLcf) é de 1.500.
d) O investimento líquido nessa economia foi de 350.
e) O consumo do governo foi de 700.

33. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para


responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.
Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679
Variação de Estoques ......................................................... 8.012
Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328
Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778
O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em
milhões de reais, a
a) 2.232.241
b) 2.353.773
c) 2.369.797
d) 2.371.151
e) 2.379.163

34. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para


responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.

Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679


Variação de Estoques ........................................................... 8.012
Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328
Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778

A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em


milhões de reais, a
a) 2.311.211.
b) 2.312.565.
c) 2.313.211.
d) 2.318.768.
e) 2.320.577.

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35. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para
responder à questão utilize os dados extraídos das Contas
Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de
reais.

Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679


Variação de Estoques ........................................................... 8.012
Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328
Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211
Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366
Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778

A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais,


igual a
a) 399.520.
b) 407.532.
c) 408.886.
d) 416.898.
e) 418.252.

36. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Dados


extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia
hipotética em um determinado ano:

Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000


Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000
Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000
Depreciação ...................................................................... 25.000
Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000
Impostos Diretos............................................................... 30.000

A carga tributária líquida da economia correspondeu a:


Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa
decimal.
a) 26,00%
b) 25,36%
c) 21,46%
d) 20,00%
e) 19,83%

37. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno


Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto
Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o)
a) entrada de poupança externa for elevada.
b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações.
c) renda líquida recebida do exterior for positiva.

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d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar.
e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo.

38. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - O


Produto Interno Bruto (PIB) de um país
a) exclui as mercadorias exportadas.
b) inclui as mercadorias importadas.
c) é uma medida de sua riqueza material.
d) é invariavelmente crescente com o tempo.
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB).

39. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - Um


país recebe poupança externa quando
a) acumula reservas de divisas internacionais.
b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de
pagamentos.
c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ).
d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva.
e) o investimento direto do exterior é vultoso.

40. (CESGRANRIO - AUDITOR FUNASA - 2009) - O Produto Interno


Bruto (PIB) de um país mede, a cada ano, a(o)
a) distribuição interna da renda.
b) renda média da população.
c) capacidade de exportações industriais do país.
d) valor da produção de bens e serviços finais, no país.
e) valor dos meios de pagamentos em circulação.

41. (CESGRANRIO - ECONOMISTA – BNDES – 2008) Os residentes


de certo país recebem liquidamente renda do exterior. Então,
necessariamente,
a) o país tem deficit no balanço comercial.
b) o país está atraindo investimentos externos.
c) o PNB do país é maior que seu PIB.
d) a taxa de juros doméstica está muito baixa.
e) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio.

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GABARITO
01 A 02 B 03 A 04 E 05 E 06 A 07 A
08 E 09 E 10 A 11 C 12 C 13 E 14 A
15 E 16 A 17 D 18 B 19 B 20 D 21 C
22 An 23 C 24 E 25 E 26 A 27 B 28 D
29 E 30 C 31 E 32 E 33 C 34 E 35 D
36 D 37 C 38 C 39 B 40 D 41 C

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