Professional Documents
Culture Documents
DIREITO ADMINISTRATIVO
O servidor público federal não tem direito de ser removido a pedido, independentemente do
interesse da Administração, para acompanhar seu cônjuge, também servidor público, que fora
removido em razão de aprovação em concurso de remoção.
Processo STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1.290.031-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 20/8/2013.
Para o STJ, a ação de improbidade contra agentes políticos é de competência do juízo de 1ª instância
Para o STJ, a ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias
ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro privilegiado no âmbito
penal e nos crimes de responsabilidade.
Processo STJ. Corte Especial. AgRg na Rcl 12.514-MT, Rel. Min. Ari Pargendler, julgado em 16/9/2013.
DIREITO CIVIL
Direito ao esquecimento
Processo STJ. 4ª Turma. REsp 1.169.865-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 13/8/2013.
Página
www.dizerodireito.com.br
Prazo prescricional para cobrança de cotas condominiais: 5 anos
A decisão que reconhece a aquisição da propriedade de bem imóvel por usucapião prevalece
sobre a hipoteca judicial que anteriormente tenha gravado o referido bem.
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 620.610-DF, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 3/9/2013.
DIREITO EMPRESARIAL
É possível que o juiz estipule multa diária (art. 461 do CPC) como forma de compelir que a
operadora de plano de saúde autorize que o hospital realize procedimento médico-hospitalar.
Processo STJ. 3ª Turma. REsp 1.186.851-MA, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/8/2013.
para conferir à lei a interpretação que melhor se ajuste ao texto constitucional, sem que isso
Página
INFORMATIVO esquematizado
Art. 20 da Lei 10.522/02: inaplicabilidade em execuções fiscais propostas por Conselhos Profissionais
Nas execuções fiscais propostas por Conselhos Regionais de Fiscalização Profissional, não é
possível a aplicação do art. 20 da Lei 10.522/2002, cujo teor determina o arquivamento, sem
baixa, das execuções fiscais referentes aos débitos com valor inferior a dez mil reais.
Processo STJ. 1ª Seção. REsp 1.330.473-SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 12/6/2013.
Cabe reclamação ao STJ, em face de decisão de Turma Recursal dos Juizados Especiais Estaduais
em caso de multa cominatória demasiadamente desproporcional
O STJ entende possível utilizar reclamação contra decisão de Turma Recursal, enquanto não
seja criada a Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais dos
Estados e do Distrito Federal, quando a decisão proferida:
• afrontar jurisprudência do STJ pacificada em recurso repetitivo (art. 543-C do CPC);
• violar súmula do STJ;
• for teratológica.
Assim, cabe reclamação ao STJ em face de decisão de Turma Recursal dos Juizados Especiais
dos Estados ou do Distrito Federal com o objetivo de reduzir o valor de multa cominatória
demasiadamente desproporcional em relação ao valor final da condenação. Isso porque, nesse
caso, o STJ entendeu que a decisão proferida foi teratológica.
Processo STJ. 2ª Seção. Rcl 7.861-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/9/2013.
DIREITO PENAL
INFORMATIVO esquematizado
Se o “olheiro” do tráfico era associado ao grupo criminoso, deverá responder pelo art. 35 e não
pelo art. 37 da Lei de Drogas
É possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de
Drogas em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo criminoso e
que, além disso, atuava também como “olheiro”?
NÃO. Segundo decidiu o STJ, nesse caso, ele deverá responder apenas pelo crime do art. 35
(sem concurso material com o art. 37).
Considerar que o informante possa ser punido duplamente (pela associação e pela colaboração
com a própria associação da qual faça parte), contraria o princípio da subsidiariedade e revela
indevido bis in idem, punindo-se, de forma extremamente severa, aquele que exerce função
que não pode ser entendida como a mais relevante na divisão de tarefas do mundo do tráfico.
Processo STJ. 5ª Turma. HC 224.849-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/6/2013.
A conduta prevista no art. 12, § 2º, II, da Lei 6.368/1976 continua sendo crime na atual Lei de Drogas
A conduta prevista no inciso III do § 2º do art. 12 da Lei n. 6.368/1976 continua sendo típica
na vigência da Lei n. 11.343/2006, estando ela espalhada em mais de um artigo da nova lei.
Desse modo, não houve abolitio criminis quanto à conduta do art. 12, § 2º, III, da Lei n.
6.368/76.
O que previa o inciso III do § 2º do art. 12 da Lei n. 6.368/1976?
Responderá por tráfico de drogas quem contribui de qualquer forma para incentivar ou
difundir o uso indevido ou o tráfico ilícito de substância entorpecente ou que determine
dependência física ou psíquica.
Processo STJ. 6ª Turma. HC 163.545-RJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 25/6/2013.
Compete à Justiça Federal (e não à Justiça Estadual) processar e julgar ação penal referente aos
crimes de calúnia e difamação praticados no contexto de disputa pela posição de cacique em
comunidade indígena (art. 109, XI, da CF/88).
Processo STJ. 3ª Seção. CC 123.016-TO, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/6/2013.
Compete à Justiça Federal processar e julgar as ações penais relacionadas com o DESVIO de
verbas originárias do SUS (Sistema Único de Saúde), independentemente de se tratar de
valores repassados aos Estados ou Municípios por meio da modalidade de transferência “fundo
a fundo” ou mediante realização de convênio.
Processo STJ. 3ª Seção. AgRg no CC 122.555-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 14/8/2013.
Assim, não há violação a bem, serviço ou interesse da União, de suas autarquias ou empresas
Página
INFORMATIVO esquematizado
Art. 184, § 2º do CP: competência em caso de DVDs falsificados oriundos do exterior
O magistrado não pode negar a concessão do indulto com base em pressupostos não previstos
no Decreto presidencial, sob pena de violar o princípio da legalidade
O Presidente da República editou um Decreto Presidencial concedendo o “indulto natalino”.
O juiz negou a concessão do indulto, afirmando que o condenado praticou falta grave em 2011.
Ocorre que o Decreto previu que o condenado teria que cumprir todos os requisitos (inclusive
não ter cometido falta grave) até o final de 2010.
Desse modo, o STJ entendeu que não poderia ser negado o benefício ao condenado.
Para o Tribunal, na hipótese em que o Decreto Presidencial de comutação de pena estabeleceu,
como requisito para a concessão desta, o não cometimento de falta grave durante determinado
período, a prática de falta grave pelo apenado em momento diverso não constituirá, por si só,
motivo apto a justificar a negativa de concessão do referido benefício pelo juízo da execução.
Processo STJ. 6ª Turma. RHC 36.925-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 6/6/2013.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Imunidade tributária recíproca: existe uma presunção de que os bens das autarquias e
fundações são utilizados em suas finalidades essenciais.
O art. 150, VI, “a”, da CF/88 prevê que a União, os Estados/DF e os Municípios não poderão
cobrar impostos uns dos outros.
Essa imunidade também vale para as autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes (art. 150, § 2º da CF/88).
Existe uma presunção de que os bens das autarquias e fundações são utilizados em suas
finalidades essenciais.
Assim, o ônus de provar que determinado imóvel não está afetado à destinação compatível
com os objetivos e finalidades institucionais de entidade autárquica recai sobre o ente
tributante que pretenda, mediante afastamento da imunidade tributária prevista no § 2º do
art. 150 da CF, cobrar o imposto sobre o referido imóvel.
Processo STJ. 1ª Turma. AgRg no AREsp 304.126-RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 13/8/2013.
5
Página
INFORMATIVO esquematizado
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Pensão por morte: a união estável poderá ser provada no processo por meio de prova
exclusivamente testemunhal
Para a concessão de pensão por morte, é possível a comprovação da união estável por meio de
prova exclusivamente testemunhal.
Processo STJ. 3ª Seção. AR 3.905-PE, Rel. Min. Campos Marques (Des. convocado do TJ-PR), julgado em 26/6/2013.
6
Página
INFORMATIVO esquematizado