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Aula 00

Análise de Informações p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Cargo 6 -


Informática

Professor: Victor Dalton


Análise de Informações para TCE/SC
Auditor Informática
Prof Victor Dalton Aula 00
AULA 00: Bancos de dados – 1ª Parte

SUMÁRIO PÁGINA
Motivação para o curso 1
Cronograma 3
Apresentação 4
1.Bancos de Dados: Conceitos Básicos 5
1.1 Definições 5
1.2 SGBD 9
1.3 Características de um banco de dados 11
1.4 Vantagens da abordagem SGBD 14
1.5 Desvantagens da abordagem SGBD 14
1.6 Arquitetura três esquemas de um SGBD 15
1.7 Categorias de modelos de dados 17
1.8 Tipos de modelos de dados 20
Considerações Finais 24

Olá a todos! E sejam bem-vindos ao projeto Análise de Informações


para o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina!

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Que lugar bonito para se trabalhar!

A nossa proposta de trabalho é apresentar um curso teórico em PDF,


que habilitará você a acertar as questões de concurso para esse certame.

Nosso curso será focado na banca CESPE (banca examinadora deste


concurso), e será reforçado com questões de outras bancas, para que sua
preparação seja a mais robusta possível. O edital foi publicado no dia 17 de
dezembro, e nossa prova será dia 03 de abril.
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Não há tempo a perder!

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite
que ele possa ser realizado.”

Roberto Shinyashiki

Vem comigo?

Observação importante: este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e


prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
através do site Estratégia Concursos ;-)

Observação importante II: todo o conteúdo deste curso


encontra-se completo em nossos textos escritos. As
videoaulas visam reforçar o aprendizado, especialmente para
aqueles que possuem maior facilidade de aprendizado com
vídeos e/ou querem ter mais uma opção para o aprendizado.
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Permitam-me que eu me apresente.

APRESENTAÇÃO

Eu sou Victor Dalton Teles Jesus Barbosa. Minha experiência em


concursos começou aos 15 anos, quando consegui ingressar na Escola
Preparatória de Cadetes do Exército, em 1999. Cursei a Academia Militar
das Agulhas Negras, me tornando Bacharel em Ciências Militares, 1º
Colocado em Comunicações, da turma de 2003.

Em 2005, prestei novamente concurso para o Instituto Militar de


Engenharia, aprovando em 3º lugar. No final de 2009, me formei em
Engenharia da Computação, sendo o 2º lugar da turma no Curso de
Graduação. Decidi então mudar de ares.

Em 2010, prestei concursos para Analista do Banco Central (Área 1 –


Tecnologia da Informação) e Analista de Planejamento e Orçamento
(Especialização em TI), cujas bancas foram a CESGRANRIO e a ESAF,
respectivamente. Fui aprovado em ambos os concursos e, após uma
passagem pelo Ministério do Planejamento, optei pelo Banco Central do
Brasil.

Em 2012, por sua vez, prestei concurso para o cargo de Analista


Legislativo da Câmara dos Deputados, aplicado pela banca CESPE, e,
desde o início de 2013, faço parte do Legislativo Federal brasileiro.

Além disso, possuo as certificações ITIL Foundation, emitida pela


EXIN, e Cobit Foundation, emitida pela ISACA. Ainda, sou especialista
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em Planejamento e Orçamento Governamental e em Direito


Constitucional.

Aqui no Estratégia Concursos, já ministrei e ministro cursos para


vários certames, como CGU, Receita Federal, ICMS/PR, ICMS/SP, ISS/SP,
ICMS/RJ, ICMS/MS, ICMS/RS, ICMS/PI, Banco Central, MPU, TCU, IBAMA,
ANS, Ministério da Saúde, Polícia Federal, MPOG, PCDF, PRF, TCE-RS,
AFT, ANCINE, TCDF, ANATEL, CNMP, Câmara dos Deputados, Caixa
Econômica Federal, cursos para Tribunais, dentre outros. Além disso,
também ministro aulas presenciais em diversos Estados, cujo feedback

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dos alunos tem me impulsionado a continuar cada vez mais a ministrar
aulas.

Por fim, sou coautor do Livro Missão Aprovação, publicado pela


Editora Saraiva, que conta 10 histórias de sucesso em concursos públicos.
Quem sabe algumas dessas histórias não podem inspirar você em sua
trajetória? Conheça a obra!

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Ops, passado o “momento merchan”, comecemos com a parte inicial


de Banco de Dados.

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BANCOS DE DADOS

1. BANCOS DE DADOS: CONCEITOS BÁSICOS

1.1 Definições

Para iniciar nosso estudo, que envolverá a compreensão sobre


bancos de dados, nada melhor do que começar por um tópico explícito do
edital, destacando a diferença entre dado, informação, conhecimento
e inteligência.

Um dado é uma seqüência de símbolos quantificados ou


quantificáveis. Quantificável significa que algo pode ser quantificado e
depois reproduzido sem que se perceba a diferença para com o original.
Portanto, um texto é um dado. De fato, as letras são símbolos
quantificados, assim como os números. Também são dados fotos, figuras,
sons gravados e animação, pois todos podem ser quantificados ao serem
introduzidos em um computador, a ponto de se ter eventualmente
dificuldade de distinguir a sua reprodução com o original. É muito
importante notar-se que, mesmo se incompreensível para o leitor,
qualquer texto constitui um dado ou uma sequência de dados. Descrevem
um acontecimento, um fato, sem fornecer julgamento nem interpretação.

Uma informação é uma abstração informal (isto é, não pode ser


formalizada através de uma teoria lógica ou matemática), que está na
mente de alguém, representando algo significativo para essa pessoa. Por
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exemplo, a frase "Paulo tem 23 anos" é um exemplo de informação –


desde que seja lida ou ouvida por alguém, desde que "Paulo" signifique
para essa pessoa um nome (ou alguém conhecido) e "23 anos" tenha a
compreensão devida, englobando o conceito de idade.

Se a representação da informação for feita por meio de dados, como


na frase sobre Paulo, pode ser armazenada em um computador. Mas,
cuidado, o que é armazenado na máquina não é a informação, mas a sua
representação em forma de dados. Assim, não é possível processar
informação diretamente em um computador. Para isso é necessário
reduzi-la a dados. No exemplo, "23 anos" teria que ser quantificado,

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usando-se por exemplo uma escala numérica, e associando a idade a
algum tipo de atributo. Para um receptor humano, essa informação teria
sido reduzida a um dado, que ele poderia interpretar como informação.

Uma distinção fundamental entre dado e informação é que o


primeiro é puramente sintático e a segunda contém
necessariamente semântica. É interessante notar que é impossível
introduzir e processar semântica em um computador, porque a máquina
mesma é puramente sintática (assim como a totalidade da matemática).
Portanto, a informação requer um componente humano no processo.

Conhecimento, por sua vez, envolve habilidade adquirida por uma


pessoa por experiência ou educação. O conhecimento por prática ou
teoria. Conhecimento de um assunto, com a habilidade de usá-lo para um
propósito. Por exemplo, ao analisar “Paulo em 23 anos”, o conhecimento
de um idoso pode interpretar que Paulo é jovem, e tem pouca experiência
de vida. Por outro lado, um adolescente pode entender que Paulo é
adulto, vivido, e tem muitas dicas para passar. Portanto, o conhecimento
depende (e muito) de quem o possui.

O conhecimento, por fim, pode levar à tomada de decisões. “Preciso


orientar Paulo”, ou “Preciso aprender com Paulo”, ou “Ainda é cedo para
promover Paulo” (decisões de negócio), etc. Quando o conhecimento é
aproveitado, alcançamos a inteligência, que se encontra no topo dessa
hierarquia. Veremos mais sobre produção de conhecimento e inteligência
em Business Intelligence (Inteligência de Negócio).

Entendidos esses aspectos, podemos responder o que é Banco de


Dados. 26072658512

Acredito que você já tenha uma “desconfiança” do que seja um


banco de dados. Entretanto, a definição correta de banco de dados gira
em torno de duas ideias chave: relacionamento e finalidade.

Um banco de dados é um conjunto de dados relacionados com uma


finalidade específica. Esta finalidade pode a produção de informação,
para determinado público alvo (uma empresa, ou um órgão público, por
exemplo), bem como suportar um negócio (como o estoque de produtos
de um fornecedor, ou um cadastro de funcionários, ou tudo isso junto).

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Um banco de dados tem alguma fonte da qual o dado é derivado,


algum grau de interação com eventos no mundo real e um público
interessado no seu conteúdo. Para que um banco de dados seja preciso e
confiável o tempo todo, as mudanças no minimundo (mundo real)
precisam ser refletidas nele o mais breve possível.

Um banco de dados pode ter qualquer tamanho e complexidade. As


informações precisam ser organizadas e gerenciadas de modo que os
usuários possam consultar, recuperar e atualizar os dados quando
necessário.

Um banco de dados pode ser gerado e mantido manualmente ou


computadorizado. Um banco de dados computadorizado pode ser criado e
mantido por um grupo de programas de aplicação específicos para essa
tarefa ou por um sistema gerenciador de banco de dados.

Eu costumo brincar, e acho que isso ajuda a memorizar, que não se


deve confundir Banco de Dados com “Bando de Dados”. Dados
desorganizados não servem para nada; um conjunto dados que se
relacionam, com alguma finalidade, esses sim compõem um Banco de
Dados.

Bancos de dados, normalmente, são a “base” de um sistema, ou


software. Um sistema de venda de produtos online, por exemplo,
provavelmente possui em seu banco de dados uma vasta quantidade de
registros de clientes e produtos. Esses dados provavelmente relacionam-
se através dos pedidos, que devem conter dados dos clientes e dos
produtos. Os pedidos também serão dados. Começou a visualizar?
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C B D

Nossa próxima definição importante é a de Esquema de Banco de


Dados.

Um esquema do banco de dados é uma coleção de objetos de um


banco de dados que estão disponíveis para um determinado usuário ou
grupo. Os objetos de um esquema são estruturas lógicas que se referem
diretamente aos dados do banco de dados. Eles incluem estruturas, tais
como tabelas, visões, seqüências, procedimentos armazenados,
sinônimos, índices, agrupamentos e links de banco de dados. Falaremos
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mais sobre esses elementos ao longo da apostila, fique tranquilo.

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Ou seja, ao se elaborar um sistema, seu projeto de banco de dados é


idealizado em um esquema (como a figura acima).

Falei, pouco antes, que os softwares normalmente estão “em cima”


de um Banco de Dados. O esquema é essa ferramenta utilizada para a
representação do banco como um todo, podendo servir tanto para facilitar
o entendimento do Banco de Dados como para implementar o próprio
Banco de Dados.

Com base no esquema acima, por exemplo, um Administrador de


Dados já consegue criar o Banco. Visualize a imagem acima, veja as
tabelas e os relacionamentos, e não se incomode se estiver entendendo
pouco ou quase nada. Iremos ver e rever essa imagem, explicando os
detalhes dela aos poucos. Tudo bem?
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1.2 SGBD

Imagine agora um sistema de uma grande vendedora de produtos


online, ou mesmo o sistema de vendas de uma grande companhia aérea.
Essas empresas vendem produtos e serviços por segundo, para usuários
distribuídos geograficamente pelo mundo inteiro. Deste simples exemplo,
percebe-se que Bancos de Dados precisam de gerenciamento próprio, e
eficiente, para coordenar um volume gigantesco de operações
simultâneas.

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Para tal, existem os Sistemas Gerenciadores de Bancos de


Dados. O SGBD é o conjunto de programas de computador (softwares)
responsáveis pelo gerenciamento de uma (ou mais) base de dados.
Seu principal objetivo é retirar da aplicação cliente (o sistema da empresa
propriamente dito) a responsabilidade de gerenciar o acesso, a
manipulação e a organização dos dados. O SGBD disponibiliza uma
interface para que seus clientes possam incluir, alterar ou consultar dados
previamente armazenados. Em bancos de dados relacionais a interface é
constituída pelas APIs (Application Programming Interface) ou drivers do
SGBD, que executam comandos na linguagem SQL (Structured Query
Language).

Certamente você já ouviu falar de alguns SGBDs, como o Oracle, o


IBM DB2, o Microsoft SQL Server, MySQL, ou até mesmo o
PostgreSQL, que é gratuito.

Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados: softwares comerciais.


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Os SGBDs facilitam o processo de definição, construção, manipulação


e compartilhamento de bancos de dados entre diversos usuários e
aplicações.
Definir um banco de dados envolve especificar os tipos, estruturas
e restrições dos dados a serem armazenados.
Construir um banco de dados é o processo de armazenar os dados
em algum meio controlado pelo SGBD.
Manipular um banco de dados inclui funções no banco de dados
como consultas para recuperar dados específicos, atualização que reflita
mudanças no minimundo e geração de relatórios com base nos dados.
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Compartilhar banco de dados é permitir que diversos usuários e
programas acessem-no simultaneamente.
Outras funções importantes fornecidas pelo SGBD incluem proteção e
manutenção do banco de dados por um longo período. A proteção pode
ser contra defeitos (falhas) de hardware e software ou contra acesso não
autorizado ou malicioso (segurança). A manutenção permite a evolução
do sistema de banco de dados ao longo do ciclo de vida, à medida que os
requisitos mudem com o tempo.

Sistema de Banco de Dados: ilustração


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1.3 Características de um banco de dados

Na abordagem de banco de dados, um único repositório mantém


dados que são definidos uma vez e depois acessados por vários usuários.
Os nomes ou rótulos de dados são definidos uma vez, e usados
repetidamente por consultas, transações e aplicações.

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Natureza de Autodescrição de um Sistema de Banco de Dados

Na abordagem de banco de dados, seu sistema contém não apenas o


banco de dados, mas também uma definição ou descrição completa de
sua estrutura e restrições.

Essa definição é armazenada no catálogo do SGBD (falaremos mais


sobre ele adiante). A informação armazenada no catálogo é chamada
metadados (também será melhor explicado posteriormente).

O catálogo é usado pelo software de SGBD e também pelos usuários


do banco de dados que precisam de informações sobre a estrutura do
banco de dados (tipo e o formato dos dados). O software SGBD precisa
trabalhar de forma satisfatória com qualquer quantidade de aplicações de
banco de dados.

Isolamento Entre Programas e Dados, e Abstração de Dados

Na maioria dos casos, qualquer mudança na estrutura de dados do


SGBD não exige mudanças nos programas que acessam o banco de
dados. A estrutura dos arquivos de dados é armazenada no catálogo do
SGBD separadamente dos programas de acesso.

Essa propriedade é chamada de independência programa-dados.

Em alguns tipos de sistemas de banco de dados os usuários podem


definir operações (funções ou métodos) sobre como os dados como parte
das definições de banco de dados. A interface de uma operação inclui o
nome da operação e os tipos de dados de seus argumentos (parâmetros).
A implementação (método) da operação é especificada separadamente e
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pode ser alterada sem afetar a interface. Isso é chamado de


independência programa-operação.

A independência programa-dados e a independência programa-


operação só são possíveis em virtude de uma característica do SGBD, que
é a abstração de dados.

Um SGBD oferece aos usuários uma representação conceitual de


dados, que não inclui muitos detalhes de como os dados são armazenados
ou como as operações são implementadas. Um modelo de dados é um

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tipo de abstração de dados usado para oferecer essa representação
conceitual.

Na abordagem de banco de dados, a estrutura detalhada e a


organização de cada arquivo são armazenadas no catálogo. Os usuários
do banco de dados e os programas de aplicação se referem à
representação conceitual dos arquivos, e o SGBD extrai os detalhes do
armazenamento do arquivo do catálogo quando estes são necessários
para os módulos de acesso a arquivo do SGBD.

Suporte para Múltiplas Visões dos Dados

Cada usuário do banco de dados pode exigir um ponto de vista ou


visão (view) diferente do banco de dados. Uma visão pode ser um
subconjunto do banco de dados ou conter dado virtual que é derivado dos
arquivos de banco de dados, mas não estão armazenados explicitamente.
Um SGBD multiusuário precisa oferecer facilidades para definir
múltiplas visões.

Compartilhamento de Dados e Processamento de Transação


Multiusuário

Um SGBD multiusuário precisa permitir que múltiplos usuários


acessem o banco de dados ao mesmo tempo. O SGBD precisa incluir um
software de controle de concorrência para garantir que vários usuários
tentando atualizar o mesmo dados faça isso de uma maneira controlada,
de modo que o resultado dessas atualizações seja correto. Esses tipos de
aplicações são chamados OLTP (On-Line Transaction Processing,
processamento de transações on-line).
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Por exemplo, se vários agentes de viagem tentam reservar um


assento em um voo de uma companhia aérea. O SGBD precisa garantir
que cada assento só possa ser acessado por um agente de cada vez para
que seja atribuído a um único passageiro.

Um papel do software SGBD multiusuário é garantir que as


transações concorrentes operem de maneira correta e eficiente.

Uma transação é um programa em execução ou processo que inclui


um ou mais acessos ao banco de dados, como a leitura ou atualização de

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seus registros. Uma transação executa um acesso logicamente correto a
um banco de dados quando ele é executada de forma completa e sem
interferência de outras operações. Também falaremos adiante sobre
Gerenciamento de Transações.

1.4 Vantagens da abordagem SGBD

Via de regra, os SGBDs são ferramentas caríssimas, da ordem de


milhares de dólares. Algumas de suas vantagens são:

 Controle de redundância: quando os Bancos de Dados


precisam ser replicados em mais de um lugar, o SGBD evita a
inconsistência das diferentes bases de dados;
 Restrição a acesso não autorizado: em Bancos de Dados
com diferentes níveis de permissão de acesso, o SGBD realiza
o controle dos diversos níveis de permissão;
 Backup e restauração: o Sistema de Banco de Dados deve
ser tolerante a falhas, ou seja, o SGBD deve ser capaz de
voltar a um estado anterior à falha, a despeito de falhas de
hardware ou software;
 Forçar as restrições de integridade: os relacionamentos
entre dos dados são implementados por meio de restrições de
integridade. Será visto mais adiante.

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1.5 Desvantagens da abordagem SGBD

Instalar e manter Sistemas de Bancos de Dados carregam consigo


alguns ônus intrínsecos. São eles:

 Custos: além do preço elevado das ferramentas de SGBD,


manter um Sistema de Banco de Dados implica em hardware,
software e pessoal especializados;

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 Gerenciamento Complexo: o Sistema necessita interfacear
com diferentes tecnologias, afetando os recursos e cultura da
empresa;
 Dependência do fornecedor: o investimento inicial alto
tende a “prender” o cliente. Modificar um SGBD é oneroso e
complexo;
 Manutenção e atualização: como todo software, o SGBD
deve ser mantido atualizado. Além disso, periodicamente
surgem novas versões, com mais funcionalidades, “exigindo”
substituições periódicas, com novos custos de hardware,
software e treinamento de pessoal.

1.6 Arquitetura três esquemas de um SGBD

A arquitetura três esquemas é uma abordagem, que ilustra a


separação entre usuário e aplicação. Nesta arquitetura, os esquemas
podem ser descritos em três níveis:

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Arquitetura três esquemas, Elmasri e Navathe (2006)

Nível externo (ou nível de visão): abrange os esquemas


externos, ou visões de usuário. Cada esquema descreverá apenas a visão
pertinente de cada usuário a respeito do Banco de Dados, ocultando o

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restante. Por exemplo, para um aluno, de um sistema de aulas online,
somente determinada parte do BD lhe é relevante, provavelmente
relacionada aos cursos que realiza. Para um administrador financeiro
desse sistemas, por sua vez, aspectos administrativos serão mais
relevantes, relacionados aos pagamentos dos cursos e de pessoal.

Nível conceitual: possui um esquema conceitual, que descreve o


banco de dados como um todo. Oculta detalhes do armazenamento físico,
enfatizando entidades, tipos de dados e restrições.

Nível interno: apresenta um esquema interno, descrevendo a


estrutura de armazenamento físicos do banco de dados.

(CESPE – MEC – Atividade Técnica de Complexidade Intelectual –


Administrador de Dados - 2011)

1. O nível físico descreve quais dados estão armazenados no


banco de dados e quais os inter-relacionamentos entre eles.
Assim, o banco de dados como um todo é descrito em termos de
um número relativamente pequeno de estruturas simples,
conhecidas como tabelas.

Errado! Essa é uma característica do nível conceitual!

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2. O nível de visão é o nível mais baixo de abstração e descreve


completamente o banco de dados.

Errado! O nível de visão, ou nível externo, é o mais alto nível de


abstração, e mostra apenas um subconjunto do banco de dados, de
acordo com o usuário que o visualiza.

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1.6.1 Independência lógica e independência física dos
dados

Dois conceitos relacionados à arquitetura três esquemas que, não


raro, aparecem em questões de concursos são a independência lógica e a
independência física dos dados.

Independência lógica é a capacidade de alterar o esquema


conceitual sem precisar modificar os esquemas externos.

Independência física é a capacidade de alterar o esquema interno


sem precisar modificar o esquema conceitual.

Esses esquemas e seus respectivos mapeamentos são guardados no


catálogo do banco de dados. Ele será visto na próxima aula.

1.7 Categorias de modelos de dados

Projetar um banco de dados, como você provavelmente deve


imaginar, é uma atividade que requer planejamento e organização.
Didaticamente, pode-se dividir esta tarefa em etapas.

A primeira fase do projeto do banco é o levantamento e análise de


requisitos, que na prática, é a especificação das necessidades do
usuário do banco. Entrevista-se o usuário do banco para entendimento e
documentação dos seus requisitos de dados.

A segunda fase é o projeto conceitual, em que já se criam


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descrições detalhadas de tipos de entidades, relacionamentos, atributos e


restrições. A modelagem conceitual empregada baseia-se no mais alto
nível e deve ser usada para envolver o cliente. Os exemplos de
modelagem de dados visto pelo modelo conceitual são mais fáceis de
compreender, já que não há limitações ou aplicação de tecnologia
específica. O modelo normalmente utilizado é o modelo entidade-
relacionamento, com a construção do Diagrama de Entidade e
Relacionamento. Este diagrama é a chave para a compreensão do modelo
conceitual de dados. Cria-se o que chamamos de “mini-mundo”, a
observação da realidade mapeada dentro do sistema que se deseja

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desenvolver. O modelo e-r é muito importante e será bastante explorado
nos exercícios.

Ilustração de modelagem conceitual usando o Diagrama E-R.

Posteriormente ocorre as especificações das necessidades


funcionais, depreendidas do próprio projeto conceitual. Caso exista
algum impedimento funcional para a implementação do banco, talvez seja
necessário voltar ao projeto conceitual e realizar algumas modificações.
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Em seguida aparece o projeto lógico, ou mapeamento do modelo


de dados. A modelagem lógica (ou representacional, ou de
implementação), por sua vez, já realiza o mapeamento do esquema
conceitual para o modelo de dados que será usado. O modelo de dados de
implementação normalmente é o modelo de dados relacional, que
também é importantíssimo, muito cobrado em provas e será bastante
abordado nos exercícios. Tal projeto consolidará a escrita do script do
banco, com a criação do seu esquema.

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Modelagem relacional: ilustração com tabelas e atributos

Por fim, temos o projeto físico, durante a qual são definidas as


estruturas de armazenamento interno, índices, caminhos de acesso e
organizações de arquivo para os arquivos do banco de dados. Já passa a
depender de regras de implementação e restrições tecnológicas.

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Figura: Do modelo conceitual ao físico(MAXEY,2002)

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(CESPE – ANATEL – Analista – Desenvolvimento de Sistemas -


2014)

3. São empregados no projeto de aplicações de um banco de


dados o modelo entidade-relacionamento (MER), que é um modelo
representacional, e suas variações.

Errado! O modelo E-R é um modelo conceitual. Modelo representacional


(ou lógico) é o modelo relacional.

4. O modelo de dados físico é considerado de baixo nível, o que


significa que somente os sistemas gerenciadores de banco de
dados conseguem interpretá-lo.

Errado! O modelo de dados físico pode e precisa ser interpretado pelos


profissionais de computação. Caso contrário, quem programaria o SGBD?

1.8 Tipos de modelos de dados

Apoiando a estrutura de um banco de dados está o modelo de


dados: uma coleção de ferramentas conceituais para descrever dados,
relações de dados, semântica de dados e restrições de consistência. Um
modelo de dados oferece uma maneira de descrever o projeto de um
banco de dados no nível físico, lógico e de visão.
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Existem vários modelos de dados diferentes. Vejamos alguns:

Modelo hierárquico: O modelo hierárquico foi o primeiro a ser


reconhecido como um modelo de dados. Nele, os registros são conectados
em uma estrutura de dados em árvore, similar a uma árvore invertida (ou
às raízes de uma árvore).

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Neste modelo, uma ligação é uma associação entre dois


registros. O relacionamento entre um registro-pai e vários registros-
filhos possui cardinalidade 1:N, ou 1:1, sendo N =1. Os dados
organizados segundo este modelo podem ser acessados segundo uma
sequência hierárquica com uma navegação do topo para as folhas e da
esquerda para direita. Um registro pode até estar associado a vários
registros diferentes, desde que seja replicado.

Neste exemplo, perceba que os registros da tabela empregado


possuem hierarquia direta em relação aos registros da tabela
departamento.

O modelo hierárquico possui muitas limitações. Ele pode ser útil para
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modelar esquemas fortemente hierárquicos (como classificações para


espécies dos reinos animal e vegetal, corporações, hierarquias
governamentais, etc.), mas apresenta limitações quando representa
modelos não-hierárquicos. Isto provocou o surgimento do modelo em
rede.

Modelo em rede: o modelo em rede acabou eliminando a


hierarquia, pois passou a permitir que, em tese, cada registro filho
pudesse ser ligado a mais de um registro pai.

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Nesse caso, a estrutura em árvore se desfaz, e passa a se


assemelhar a uma estrutura em grafo. Relacionamentos N:M também
passam a ser permitidos (lembrando que o relacionamento é estabelecido
entre registros).

Perceba que, neste modelo, é possível colocar um empregado


vinculado a mais de um departamento, o que não era possível no modelo
hierárquico.

Os modelos de dados em rede e hierárquicos precederam o modelo


de dados relacional, que é o mais utilizado atualmente. São muito pouco
utilizados nos dias de hoje, a não ser em bancos de dados antigos que
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ainda estejam em vigor.

Modelo relacional: O modelo relacional usa uma coleção de tabelas


para representar os dados e as relações entre eles. Foi o modelo que eu
utilizei para explicar os conceitos básicos de banco de dados, e é o
modelo mais utilizado (e cobrado em provas). Cada tabela possui diversas
colunas, e cada coluna possui um nome único. Tabelas também são
chamadas de relações.(Deixei isso pra depois de propósito: não
confunda relação com os relacionamentos entre as tabelas). Cada tabela
contém tuplas. Cada tupla possui um número fixo de campos, ou
atributos. As colunas das tabelas correspondem aos atributos do tipo de

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registro. Este modelo é o mais utilizado na fase de projeto lógico do
BD.

Modelo Entidade/Relacionamento: O modelo de Entidade-


Relacionamento (E-R) é baseado na percepção de um mundo real que
consiste em uma coleção de objetos básicos, chamados entidades, e os
relacionamentos entre esses objetos (existem autores que falam em
relação para descrever relacionamentos. Preste atenção em uma eventual
questão de prova, para saber o que a banca quer). Uma entidade é uma
“coisa” ou “objeto” no mundo real que é distinguível dos outros objetos
(como pessoa, ou carro). É um modelo mais alto nível, empregado na
fase do projeto conceitual, que é anterior à fase do projeto lógico, no
qual se utiliza o modelo relacional. Também cai em provas.

Modelo de dados orientado a objetos: É uma extensão do modelo


ER com noções de encapsulamento de identidade do objeto (isso será
visto em programação).

Modelo de dados objeto-relacional: Combina características do


modelo relacional com o modelo orientado a objetos.

P.S: Não se surpreenda em ter visto os modelos relacional e entidade


relacionamento também neste tópico. Os tipos de modelos de dados
apresentados não deixam de ter um caráter histórico, refletindo a
evolução dos modelos ao longo do tempo. Por isso, os modelos relacional
e E-R acabaram se consolidando nas categorias vistas anteriormente.

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(CESPE – TJ/SE – Analista – Banco de Dados - 2014)

5. Em um relacionamento pai-filho, no modelo hierárquico,


registros do mesmo tipo do lado pai correspondem a um único
registro do lado filho.

Errado! No modelo hierárquico, um filho tem um único pai, mas um pai


pode ter vários filhos.

Modelo hierárquico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

E finalmente encerramos a aula demonstrativa!

A grande verdade é que essa matéria “fictícia”, chamada Análise de


Informações, traz uma série de tópicos de Tecnologia da Informação
espalhados. 26072658512

Neste começo, estamos estudando bancos de dados, cortando vários


tópicos que parecem não se relacionar com o que deve ser cobrado para
vocês. Muito provavelmente, parte do conteúdo visto aqui será compatível
com a parte de Banco da Dados ministrada pelo Thiago Cavalcanti.

Nossa meta é fazer um conteúdo sob medida e que cumpra com sua
função, que é preparar você adequadamente para a prova. Conto
com sua presença, como um aluno(a) efetivo(a).

Até a próxima aula!

Victor Dalton

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