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Aula 00

Auditoria p/ TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo (com videoaulas) - Todos os


Cargos

Professor: Rodrigo Fontenelle

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Curso de Auditoria para TCE-SC - 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle Aula 00

AULA 00: Conceito. Evolução. Introdução à auditoria.


SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
1. Introdução 06
2. Conceito de Auditoria 07
3. Evolução da Auditoria 10
4. Requisitos Profissionais 14
Lista das questões comentadas durante a aula 41
Referências bibliográficas 51

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos
termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores


que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)

Olá, Pessoal!

Meu nome é Rodrigo Fontenelle, sou Analista de Finanças e Controle da


Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF e
atualmente estou cedido ao Ministério da Fazenda, exercendo o cargo de
Assessor Especial de Controle Interno do Ministério da Fazenda. Sou
professor de Auditoria Privada, Governamental e Técnicas de Controle em
cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em SP, MG, RJ,
BA e DF, além de cursos online. Sou economista, formado pela UFMG,
com pós-graduação em Finanças pelo IBMEC, especialista em Auditoria
Financeira pela UnB/TCU e mestre em Contabilidade, pela UnB. Sou
autor dos livros Auditoria - Mais de 200 questões comentadas (Ed. Elsevier)
e Auditoria Privada e Governamental – Teoria objetiva e mais de 400
questões comentadas (2ª edição - Ed. Impetus), este último em co-autoria
00000000000

com o parceiro e amigo, Prof. Claudenir Brito. Além da CGU, fui aprovado
em outros concursos no país, entre eles Consultor Legislativo da
Assembleia de Minas Gerais, EPPGG do Estado do Espírito Santo e 1º lugar
no concurso da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais. Sou
membro efetivo do Instituto de Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil –,
filial do The Institute of Internal Auditors e possuo duas certificações
internacionais: Certified Government Auditing Professional – CGAP e
Certification in Control Self-Assessment - CCSA.

Após essa breve apresentação, vamos falar um pouco de como será


desenvolvido este Curso de Auditoria Governamental para o TCE-
SC/2016.

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Como vocês devem ter visto, o edital do Cespe que foi invalidado traria
uma parte “gigante” de auditoria. Entretanto, o edital válido cobra apenas
os seguintes itens:

Conceito, evolução. Auditoria interna e externa: papéis. Normas de


auditoria do TCE (Portaria TCE nº 670/2015 e seu anexo único, que
estabelece o Manual de Procedimentos de Auditoria de Regularidade,
disponível em: http://consulta.tce.sc.gov.br/Diario/dotc-e2015-12-
16.pdf). Dessa forma, nosso curso terá apenas 4 aulas.

Acredito muito na fixação de conhecimento a partir de exercícios, por isso


comentarei mais de 150 questões acerca dos temas abordados, nas 04
aulas que preparei para vocês.

Como sempre falo antes das aulas, meu objetivo aqui não é ensinar
auditoria, mas fazer com que vocês aprendam a resolver questões de
auditoria. Pra quem ainda não tem uma familiaridade muito grande com a
disciplina, verão que as questões se repetem ao longo dos anos. Dessa
forma, focando nos principais temas que sempre estão presentes nas
provas, conseguirão, de forma objetiva, interpretar e resolver as questões.

Assim, procurarei focar nos temas mais cobrados nas provas. Por isso, não
se assustem se determinados tópicos de cada aula tiverem apenas três ou
quatro questões, e outros apresentarem quinze, vinte. Isso será proposital
e baseado na análise acerca da probabilidade de cobrança de cada tema, a
partir de provas anteriores.

Cronograma

O curso será dividido didaticamente em 04 aulas, da seguinte forma:

DATA DA
AULA CONTEÚDO PUBLICAÇÃO
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DA AULA

Aula 00 19/12
Conceito. Evolução.
Aula 01 23/12
Auditoria Interna e Externa: Papéis
Aula 02 15/01
Normas do TCE-SC. NAGs
Aula 03 25/01
Resumão e Simulado

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Para finalizar, não se esqueçam do tripé Planejamento, Disciplina e
Material. Em relação ao último, me comprometo a fornecer uma aula de
excelente qualidade. Já os dois primeiros são com vocês!

Planejamento

Material

Disciplina

Qualquer dúvida em relação à dinâmica do curso ou comentário,


responderei a todas que forem postadas no fórum do Estratégia.

Curtam minha página no Facebook e continuem acompanhando notícias


sobre cursos, concursos, dicas de auditoria, além da participação em
diversos sorteios!

WWW.FACEBOOK.COM/PROFRODRIGOFONTENELLE

Para aqueles que tiverem Periscope, dou dicas de auditoria todas as


segundas e quartas à noite. Me adicionem: @profrodrigofonte

E me sigam no YouTube:
www.youtube.com/rodrigofontenelleprofauditoria

Feitos os devidos esclarecimentos, vamos à matéria. Sejam bem-vindos!

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Principais normas abordadas na aula de hoje:

NBC PA 290 NBC TA 200 NBC PG 100

Contextualização

Antes de apresentar alguns conceitos de Auditoria, vamos imaginar a


seguinte situação:

- Você possui um livro.

Saber onde esse seu único livro está é relativamente fácil: vai estar na
estante, na pasta, no carro, aberto na sua frente às duas da manhã. Não
se exigem grandes esforços para se controlar apenas um livro.

Agora, se você tem 10 livros, você pode ter um pouco mais de dificuldade,
pois não vão estar sempre com você. Alguém pode pegar emprestado e “se
esquecer” de devolver. Um irmão menor ou seus filhos podem rabiscá-los,
rasgá-los. Isso vai te exigir uma dedicação um pouco maior para zelar por
eles.

Até aí, tudo bem. Mas vamos complicar um pouco a situação e considerar
que você tem 10.000 livros. Bom, aí já ficou bastante difícil. Com essa
quantidade de livros, emprestando, doando, lendo, envelhecendo nas
prateleiras, se você não quiser passar o dia inteiro cuidando deles, vai
querer contratar alguém para fazer isso por você, remunerando-o pelo
serviço prestado.

A ideia contida na origem do controle foi mais ou menos essa. Conforme o


patrimônio da sociedade foi crescendo, foi ficando cada vez mais difícil ter
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certeza de que este estava sendo corretamente utilizado, exigindo


controles cada vez mais complexos.

Ou seja: se meu patrimônio crescer, vou ter que contratar alguém para me
ajudar a cuidar dele, e vou ter que controlar a forma com que esse
contratado está gerindo meus bens. Superficialmente, é isso.

Na definição de controle, podemos citar Castro (2008), que esclarece que,


com a incorporação da palavra “controle” aos diversos idiomas, esta
obteve sentido amplo, podendo significar, dentre outros: vigilância
(fiscalização contínua), verificação (exame) e registro (identificação).
Entretanto, o autor afirma que o vocábulo “controle” sempre esteve ligado
às finanças.
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Carvalho Filho (2010) afirma que a fiscalização e a revisão são os


elementos básicos do controle. Citando Di Pietro, define fiscalização
como o poder de verificação que se faz sobre a atividade dos órgãos e dos
agentes administrativos, bem como em relação à finalidade pública que
deve servir de objetivo para a Administração. Sobre revisão, indica que se
trata do poder de corrigir as condutas administrativas, pela necessidade de
alterar alguma linha das políticas administrativas, para que melhor seja
atendido o interesse coletivo.

Para Hely Lopes Meirelles, controle, em tema de administração pública, é


“a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou
autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro”.

Trazendo esses conceitos para nosso exemplo de controle dos 10.000 livros
que você tem, podemos dizer que o controle seria a faculdade de vigilância
do patrimônio (os livros), orientação (a correta forma de zelar pelos livros)
e correção (ajustar os erros identificados) que o proprietário (você) exerce
sobre a conduta funcional de outro (o contratado para zelar pelos livros, na
sua ausência).

Resumindo, podemos dizer que, para adequar os resultados reais aos


planejados, comparando-os com padrões previamente estabelecidos,
procuramos medir e avaliar o desempenho, corrigindo-o no que for
necessário. E isso é controle.

Para complementar a definição, vamos nos remeter à Constituição de 1988,


que faz referência, em seu Art. 70, à fiscalização dos recursos públicos
federais:

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
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Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema


de controle interno de cada Poder. (Grifei).

Vale lembrar que o que difere o Controle Externo do Interno é que o


primeiro é realizado por órgãos de controle que não fazem parte da
estrutura do ente fiscalizado, enquanto no segundo, o órgão de controle é
integrante do Poder que está sendo fiscalizado.

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O que difere o Controle Externo do Interno é que o primeiro é
realizado por órgãos de controle que não fazem parte da estrutura do
ente fiscalizado, enquanto no segundo, o órgão de controle é
integrante do Poder que está sendo fiscalizado.

Na prática, o Controle Externo no Brasil, em todas as esferas de


governo, é atribuição do Poder Legislativo, que conta com o apoio dos
Tribunais de Contas, enquanto o Controle Interno é exercido por órgãos
inseridos nos Três Poderes, com essa atribuição.

A base do Controle Externo no país é a CF/88, que o vincula ao Poder


Legislativo. O Art. 75 da CF/88 estabelece que as normas estabelecidas
para o Controle Externo se aplicam à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Os Tribunais de Contas são órgãos técnicos que auxiliam o Poder


Legislativo, mas não são subordinados a ele. São órgãos constitucionais
autônomos.

Da mesma forma, não há subordinação entre os Tribunais de Contas, a


competência de cada um é definida pela origem dos recursos.

 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: recursos federais;


 TRIBUNAIS DE CONTAS DO ESTADO: recursos estaduais;
 TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL: recursos do DF;
 TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS: recursos municipais
nos Estados BA, CE, GO, PA. São órgãos estaduais;
 TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO: recursos municipais das
capitais RJ e SP. São órgãos municipais.

Agora que já temos uma noção do que seja controle, vamos falar sobre o
conceito de auditoria.
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1. Introdução

No final da década passada foi discutida a necessidade de alteração das


normas de contabilidade, em virtude da necessidade de adaptação da
contabilidade brasileira aos padrões internacionais definidos pela IFAC –
International Federation of Accounting (Federação Internacional de
Contadores). Mas a quem interessava essa adaptação?

Para responder a essa pergunta, vamos imaginar o seguinte: você é um


mega investidor estrangeiro, e, ao procurar uma empresa brasileira para
investir seus valiosos recursos, ficava sabendo que as demonstrações
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contábeis dessa empresa brasileira haviam sido elaboradas “de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil”.

Bom, investidores (assim como concurseiros) não tem tempo a perder e,


ao invés de ficar tentando descobrir que práticas contábeis eram essas,
acabavam optando por investir seu dinheiro em outro país, do qual ele
conhecia as tais das práticas contábeis adotadas.

Ou seja, uma padronização internacional seria benéfica a todas as


empresas brasileiras, em última análise.

Além disso, tanto o Conselho Federal de Contabilidade - CFC como o


Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON – são
membros associados da IFAC e, dessa forma, entenderam como
indispensável o processo de convergência das Normas Brasileiras de
Contabilidade aos padrões internacionais.

Dessa forma, em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº.


1.203/09, que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor
Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de
Auditoria –, revogando a NBC T-11 e outras suas subdivisões. Essa nova
norma é considerada a “mãe” de todas as outras normas técnicas de
auditoria.

Entendo que não cabe mais às bancas a cobrança das normas


antigas, embora em alguns editais ainda se faça referência à nomenclatura
desatualizada. Dessa forma, veremos as novas normas, e citarei as antigas,
sempre que necessário. Na resolução das questões, quando pertinente,
explicarei como era na norma vigente à época da elaboração da questão e
como é agora, com a nova legislação.

2. Conceito de Auditoria
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Escolher um conceito universal para Auditoria não é uma tarefa simples.


A maioria dos autores escreve sobre uma das diversas especializações da
matéria, e, no momento da definição, acaba privilegiando a Auditoria
Interna ou a Auditoria Externa (não se preocupe com essa diferença, falarei
dela adiante).

Crepaldi (2010) afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante


simples, como o “levantamento, estudo e avaliação sistemática das
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações
financeiras de uma entidade”.

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Aprofundando a definição, podemos dizer que se trata de testar a eficiência
e a eficácia do controle patrimonial, sem nos limitarmos aos aspectos
contábeis do conceito. Por ser uma atividade crítica, em sua essência,
traduz-se na emissão de uma opinião sobre as atividades verificadas.

Auditar é testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial,


não se limitando aos aspectos contábeis. Por ser uma atividade crítica,
traduz-se na emissão de uma opinião sobre as atividades
verificadas.

Franco e Marra (2011) definem auditoria da seguinte forma:

A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros,


inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas
e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das
demonstrações contábeis deles decorrentes. (Grifei)

Quanto ao termo auditor, a doutrina se divide em citar sua origem latina –


audire, audição, ouvinte – e a expressão inglesa to audit – examinar,
certificar. Em aulas presenciais, gosto de explicar que auditar é ouvir o
administrador – aquele que detém a responsabilidade pela administração
do patrimônio alheio – para saber como é que ele está agindo na condução
de suas atividades, e se essa conduta está alinhada com o que o
proprietário espera dele.

Em linhas gerais, remeto mais uma vez à obra de Franco e Marra (2011)
para definir o objeto da auditoria:

Conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio


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administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis,


documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a
veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração,
bem como sua sinceridade na defesa dos interesses
patrimoniais. (Grifei)

Neste ponto, vamos dividir a Auditoria em dois grandes grupos, e a partir


daqui, centrar nosso foco no que será cobrado no nosso concurso. De
acordo com o ambiente em que será aplicada, a Auditoria poderá ser
Governamental ou Privada.

A Auditoria Governamental – ou Pública, do Setor Público – é, conforme


disposto na Instrução Normativa 01/2001, da Secretaria Federal de
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Controle Interno (da Controladoria-Geral da União - CGU), o conjunto de
técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados
gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito
público e privado, mediante a confrontação entre uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal.
Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na
gerência da coisa pública.

A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo – federal,


distrital, estadual e municipal – e níveis de poder - Executivo, Legislativo e
Judiciário -, e, claro, alcança as pessoas jurídicas de direito privado, caso
se utilizem de recursos públicos.

A Auditoria Privada – ou Independente, Externa, Empresarial, das


Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras – é uma
técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos
técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre
as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa.

Relembrando... Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das


seguintes técnicas contábeis:

- Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais);


- Demonstrações (balanços e outras demonstrações);
- Auditoria; e
- Análise de balanços.

Assim, podemos concluir que a Auditoria tem a natureza de técnica contábil


utilizada pela Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo a Auditoria
Contábil a técnica contábil cujo objetivo é emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis (também denominadas financeiras).

Portanto, qual o objetivo de uma Auditoria Independente?


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Segundo a NBC TA 200, o objetivo da


auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários.
Isso é alcançado mediante a
expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em

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conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável1.

3. Evolução da Auditoria

Essa parte da matéria não é cobrada com frequência nos certames,


apesar de constar em alguns editais. De qualquer modo, é importante para
um entendimento mais abrangente do assunto e essa visão irá auxiliá-lo
na resolução das questões, por meio de um raciocínio sistemático sobre os
conceitos que está sendo apresentado. Portanto, não se preocupem em
guardar datas, instituições, etc.

A evolução da auditoria como técnica contábil sempre esteve ligada ao


atendimento de seu principal objetivo, que é a emissão de uma opinião
independente sobre a adequação das demonstrações
contábeis/financeiras aos Princípios de Contabilidade, às Normas
Brasileiras de Contabilidade, à legislação específica e, mais
recentemente, à estrutura de Relatório Financeiro Aplicável.

A doutrina não é pacífica quando trata da evolução da auditoria. Os


autores, para elaborarem uma linha do tempo da Auditoria, percorrem
dezenas de livros para pesquisa, e, obviamente, não utilizam as mesmas
obras que outros. Assim, vou me pautar pela obra de Attie (2010) para
traçar uma sequência lógica da evolução da auditoria, remetendo a outros
autores, quando necessário.

A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar e


informar o administrador, e podemos afirmar que a auditoria é uma
especialização da Contabilidade, destinada a ser usada como ferramenta
de confirmação da própria Contabilidade.

O surgimento da Auditoria está ancorado na necessidade de


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confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à


realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das empresas
investidas. Tudo como fruto da evolução do sistema capitalista.

Attie afirma ser desconhecida a data de início da atividade de auditoria,


mas cita alguns momentos marcantes para o desenvolvimento do assunto,
sendo o primeiro a criação do cargo de auditor do Tesouro, na Inglaterra,
em 1314.

1
É a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis
pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da
entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.
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Em 1880, foi criada a Associação dos Contadores Públicos Certificados, na
Inglaterra, e em 1886, sua congênere nos Estados Unidos.

A partir daí, o ponto principal da evolução da auditoria foi a criação da SEC


– Security and Exchange Comission, em 1934, nos Estados Unidos, quando
a profissão de auditor assume sua importância, tendo em vista que as
empresas listadas em Bolsa de Valores foram obrigadas a se utilizarem dos
serviços de auditoria para dar mais credibilidade a suas demonstrações
financeiras.

No Brasil, a evolução da auditoria esteve primariamente relacionada com


a instalação de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras, e a
consequente obrigatoriedade de se auditar suas demonstrações
contábeis. Resultado: a chegada ao país de empresas internacionais de
auditoria independente.

Com a evolução do mercado de capitais e a criação da Comissão de Valores


Mobiliários – CVM – e da Lei das Sociedades por Ações, em 1976, a
atividade de auditoria tomou grande impulso, mas ainda atrelada às
empresas integrantes do mercado de capitais e do Sistema Financeiro.

Por fim, segundo Attie (2010), as principais influências que possibilitaram


o desenvolvimento da auditoria no Brasil foram:

a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;


b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades
internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de
descentralização e diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do
Brasil em 1972; e
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades
por Ações. 00000000000

Quadro cronológico da evolução da auditoria

Datas Fatos
? Desconhecida a data de início da atividade de auditoria.
1314 Criação do cargo de auditor do Tesouro na Inglaterra.
1559 Sistematização e estabelecimento da auditoria dos pagamentos
a servidores públicos pela Rainha Elizabeth I.
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, na
Inglaterra.
1886 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, nos
Estados Unidos.

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1894 Criação do Instituo Holandês de Contadores Públicos
1934 Criação do Security and Exchange Comission (SEC), nos Estados
Unidos.
Adaptado de “Auditoria – conceitos e aplicações – William Attie, 2010”.

QUESTÕES COMENTADAS

1 - (CESPE/CGE-PI/2015) - A auditoria, que inicialmente era


voltada para a prevenção de riscos, interpretação e orientação das
operações, hoje se ocupa da tecnologia de revisão dos registros
contábeis. Julgue Certo ou Errado.

Comentários:
Ao contrário. Inicialmente as auditorias tinham uma preocupação
apenas com os registros contábeis, com a conformidade.
Atualmente é que há uma preocupação muito maior com a eficiência,
eficácia e economicidade das operações da empresa ou órgão auditado e
com a prevenção de riscos.
Resposta: E

2 - (CESPE/FUB-DF/2013) - A origem da auditoria nas empresas


está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão
geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas. Julgue Certo ou Errado.

Comentários:
Com o aumento do tamanho das empresas e, consequentemente, da
busca por capital fora da companhia, surge a necessidade de uma avaliação
independente, de fora da empresa, para uma maior credibilidade dos
números apresentados ao mercado. Essa também foi a razão do
surgimento de administradores profissionais, contratados apenas para gerir
00000000000

as companhias, em troca de salário e, frequentemente, bônus.


Resposta: C

3 - (CESPE / ANP / 2013) - Em relação à natureza, campo de


atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue
Certo ou Errado.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da
captação de recursos de terceiros, os investidores precisam
conhecer a posição financeira e patrimonial das entidades, o que
ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das
entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

Comentários:
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Há dois erros na questão.
O primeiro é atribuir à auditoria interna uma função que é da auditoria
externa. Esta é que tem como objetivo emitir uma opinião (parecer,
relatório) sobre as demonstrações contábeis.
Além disso, os investidores conhecem a posição financeira e
patrimonial da entidade a partir de suas demonstrações financeiras em não
da opinião do auditor. Esta apenas aumenta a credibilidade dos números
apresentados pela empresa.
Em relação à parte da evolução, está correto. Foi a partir da
necessidade de aumento de confiança por parte dos investidores em
relação aos números divulgados pela empresa que a auditoria
independente se tornou cada vez mais importante.
Resposta: E

4 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - As influências que possibilitaram o


desenvolvimento da auditoria no Brasil não incluem
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições estrangeiras e
internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária

Comentários:
Algumas questões de prova não necessitam de grande conhecimento
da matéria para sua resolução, pois pecam pela falta de lógica, tornando a
afirmação incorreta. É o caso da letra C, que afirma que, pela pouca
obrigatoriedade da existência da auditoria no Brasil, esta se desenvolveu.
Ora, a lógica sugere exatamente o contrário, pois nesse caso, não haveria
motivação para o crescimento da atividade no país.
A lógica da letra E é que, se a legislação tributária é complexa, faz
mais sentido ter alguém que entende dessa legislação (auditor) para dizer
que os números apresentados pela empresa estão corretos. Dessa forma,
essa alternativa está correta. 00000000000

As demais alternativas constam da obra de Attie (2010), vista na


parte teórica.
Resposta: C

5 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - Com relação às origens da auditoria


e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a
segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.
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D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do
exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

Comentários:
O surgimento da Auditoria se deu num contexto de necessidade de
uma opinião independente para que pudesse existir a confiabilidade das
demonstrações contábeis pelos proprietários da empresa, representados
por seus acionistas. Uma das formas que uma empresa pode se utilizar
para captação de recursos de terceiros é por meio da negociação de ações
em Bolsa de Valores.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa A está correta.
A letra B está incorreta, pois os sócios gerentes e acionistas
fundadores possuem mais informações do que os sócios minoritários, que,
dessa forma, necessitam do trabalho dos auditores independentes.
A letra C está incorreta por trazer um conceito de Auditoria Interna.
Por fim, as letras D e E estão incorretas por trazerem um conceito de
Auditoria Externa.
Resposta: A

4. Requisitos do Auditor

Primeiramente, deve-se ressaltar que, para exercer a atividade de auditor


independente o profissional deve ser bacharel em Ciências Contábeis,
registrado no CRC. Caso a empresa auditada seja companhia aberta,
deverá também ter registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Além disso, veremos a partir de agora outros requisitos profissionais.

4.1 Ética Profissional

De acordo com o dicionário online Michaelis, ética é o conjunto de


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princípios morais que se devem observar no exercício de uma


profissão.

Ou seja, não estamos falando em conceitos técnicos, nem do


cumprimento de leis e normas, mas de princípios morais. Dessa forma,
determinada atitude profissional pode até cumprir todos os requisitos
legais, mas não ser aceitável, do ponto de vista ético (moral).

Para entendermos um pouco mais esse conceito, vamos voltar um pouco


no tempo. No início dos anos 2000, foram descobertas manipulações
contábeis em uma das empresas mais importantes dos Estados Unidos, a
operadora de commodities de gás natural ENRON. De acordo com Borgerth
(2007), sob a investigação da SEC (Securities and Exchange Comission), a
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empresa admitiu ter inflado seus lucros em aproximadamente US$ 600
milhões em quatro anos (naquela época).

Não vou me aprofundar no mecanismo utilizado para a manipulação, mas


o que importa e que ficou evidenciado que o comportamento dos
advogados, dos analistas de mercado e dos auditores independentes da
empresa também se caracterizaram pela falta de ética.

Para vocês terem uma ideia do estrago, na época, a indicação de “compra”


de ações da empresa era quase unânime. Com o escândalo, ocorreu o
desequilíbrio do mercado, com os acionistas buscando vender as ações o
mais rápido possível, os preços caindo, e o desespero se instalando.

A empresa de auditoria independente – Arthur Andersen, uma das big five


na época – não se recuperou mais. No Brasil, por exemplo, era a segunda
em volume de negócios. Hoje em dia, consideramos apenas as chamadas
big four (PWC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young).

E os escândalos não pararam na ENRON. Foram descobertas outras


manipulações na Worldcom, Xerox, Parmalat (Itália), dentre outras.

Grande parte das alterações promovidas para “mascarar” as


demonstrações contábeis foram realizadas dentro dos princípios legais, por
meio de brechas na legislação. Ações em conformidade com a lei, mas
eticamente criticáveis.

Viram como a falta de ética pode prejudicar um grande número de


empresas e investidores?

Nesse ponto, cabe destacar que tanto faz o objetivo da realização de uma
ação contrária à ética: não importa se em proveito pessoal ou da empresa
(a chamada “boa intenção”). A ética deve ser seguida de forma
inflexível, e deve permear todas as relações internas e externas. É uma
postura essencial. 00000000000

Como já disse, nem sempre a atitude do gestor é ilegal, mas pode ser pouco
ética, o que vai prejudicar a imagem da Companhia frente ao Mercado.

A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do


Contador – CEPC – que tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem
conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional
e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.

De acordo com o referido Código, são deveres do Profissional da


Contabilidade, e consequentemente do auditor independente, dentre
outros:

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 Exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e
capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em
especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de
Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou
empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência
profissionais.

 Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício


profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público,
ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por
autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de
Contabilidade.

 Inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião


sobre qualquer caso.

 Renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de


confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá
notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo,
para que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados,
evitando declarações públicas sobre os motivos da
renúncia.

 Cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada


estabelecidos pelo CFC.

Segundo o Código de Ética, o Contador na função de perito, assistente


técnico, auditor ou árbitro, deverá:

 Recusar sua indicação quando reconheça não se achar


capacitado em face da especialização requerida.

 Abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria


que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência
moral e técnica na elaboração do respectivo laudo.
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 Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua


convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes
interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo,
mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos
propostos.

 Considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo


submetido à sua apreciação.

 Mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em


condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu
trabalho.
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 Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar
suficientemente informado e munido de documentos.

 Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que


concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e NBC
editadas pelo CFC.

 Considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos


sobre peças contábeis, observando as restrições das NBC editadas
pelo CFC.

 Atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade


e Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à
disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho,
relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a
execução do seu trabalho.

Segundo a NBC TA 200 os princípios fundamentais de ética


profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria
de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses
princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo
cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:

Competência e
Integridade Zelo Objetividade
Profissional

Comportamento
Confidencialidade (Conduta)
Profissional
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Integridade

Para começo de conversa, as bancas gostam de atrelar esse princípio à


honestidade.

De acordo com Attie (2010), o auditor deve ser íntegro em todos os seus
compromissos, que envolvam:

 A empresa auditada quanto às suas exposições e opiniões,


exercício de seu trabalho e os serviços e honorários profissionais.

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 O público em geral e pessoas interessadas na opinião emitida
pelo auditor independente, transmitindo validade e certificando a
veracidade das informações contidas nas demonstrações
contábeis ou de exposições quando não refletidas a realidade em
tais demonstrações.

 A entidade de classe à qual pertença, sendo leal quanto à


concorrência dos serviços junto a terceiros, não concessão de
benefícios financeiros ou aviltando honorários, colocando em risco
os objetivos do trabalho.

A integridade constitui o valor central da ética do auditor, obrigado a


cumprir normas elevadas de conduta de honestidade e imparcialidade
durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades
auditadas. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a
confiança da sociedade seja preservada.

Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os


auditores se ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de
auditoria e de ética.

Exige também que os auditores se ajustem aos princípios de


objetividade (ou imparcialidade) e independência, mantenham normas
acertadas de conduta profissional, tomem decisões de acordo com o
Interesse Público, e apliquem um critério de honestidade absoluta na
realização de seu trabalho.

A integridade constitui o valor central da ética do auditor, e pode ser


medida em função do que é correto e justo, exigindo que os auditores
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se ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e


de ética. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que
a confiança da sociedade em seu trabalho seja preservada.

Confidencialidade (Sigilo)

Este item sofreu uma modificação em 25 de março de 2014, quando


a NBC PG 100 revogou a NBC P1 – IT 02 e NBC P 1.6, normas que
tratavam do sigilo da profissão de auditor. Essa nova norma é geral,
aplicada não apenas a contadores que exercem a função de auditor,
e seus principais pontos são abordados a seguir.

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O princípio do sigilo profissional impõe a todos os profissionais da
contabilidade a obrigação de abster-se de:

(a) divulgar fora da firma ou da organização empregadora


informações sigilosas obtidas em decorrência de relacionamentos
profissionais e comerciais, sem estar prévia e especificamente
autorizado pelo cliente, por escrito, a menos que haja um direito
ou dever legal ou profissional de divulgação; e
(b) usar, para si ou para outrem, informações obtidas em
decorrência de relacionamentos profissionais e comerciais para
obtenção de vantagem pessoal.

O profissional da contabilidade deve manter sigilo das informações


divulgadas por cliente potencial ou empregador. Deve também manter
sigilo das informações dentro da firma ou organização empregadora.

O profissional da contabilidade deve tomar as providências adequadas para


assegurar que o pessoal da sua equipe de trabalho, assim como as pessoas
das quais são obtidas assessoria e assistência, também, respeitem o dever
de sigilo do profissional da contabilidade.

Segundo essa norma, a necessidade de cumprir o princípio do sigilo


profissional permanece mesmo após o término das relações entre o
profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador. Quando
o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente,
ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou
divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em
decorrência de relacionamento profissional ou comercial.

A seguir, são apresentadas circunstâncias nas quais os profissionais da


contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações
confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada:
(a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente
ou empregador, por escrito;
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(b) a divulgação é exigida por lei;


(c) há dever ou direito profissional de divulgação, quando
não proibido por lei.

O auditor independente, quando solicitado, por escrito e


fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e
Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas
durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, a
documentação, os papéis de trabalho e os relatórios.

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Ao decidir sobre a divulgação de informações sigilosas, os fatores
pertinentes a serem considerados incluem:
(a) se os interesses de terceiros, incluindo partes cujos interesses
podem ser afetados, podem ser prejudicados se o cliente ou
empregador consentir com a divulgação das informações pelo
profissional da contabilidade;
(b) se todas as informações relevantes são conhecidas e
comprovadas, na medida praticável. Quando a situação envolver
fatos não comprovados, informações incompletas ou conclusões não
comprovadas, deve ser usado o julgamento profissional para avaliar
o tipo de divulgação que deve ser feita, caso seja feita;
(c) o tipo de comunicação que é esperado e para quem deve ser
dirigida; e
(d) se as partes para quem a comunicação é dirigida são as
pessoas apropriadas para recebê-la.

Resumindo...

Como regra, o auditor não pode divulgar as


informações obtidas durante o seu trabalho
na entidade auditada, a não ser que:
 Tenha autorização expressa da
entidade auditada.
 Haja obrigações legais ou normativas
que o obriguem a fazê-lo.

4.2 Ceticismo Profissional

Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora


e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro
ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria.
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O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional,


reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção
relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo profissional inclui
estar alerta, por exemplo, a:

 Evidências de auditoria que contradigam outras evidências


obtidas.
 Informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações a serem usadas como
evidências de auditoria.
 Condições que possam indicar possível fraude.
 Circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de
auditoria além dos exigidos pelas NBC TA.
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A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é


necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:

 Ignorar circunstâncias não usuais.


 Generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de
auditoria.
 Uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época
e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os
resultados destes.

4.3 Julgamento Profissional

Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e


experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de
auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito
dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria.

O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a


auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é
necessário, em particular, nas decisões sobre:

 Materialidade e risco de auditoria.


 A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das
normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria.
 Avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e
apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam
cumpridos os objetivos das NBC TA e, com isso, os objetivos
gerais do auditor.
 Avaliação das opiniões da administração na aplicação da
estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade.
 Extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das
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estimativas feitas pela administração na elaboração das


demonstrações contábeis.

4.4 Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de


auditoria

Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria


apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível
baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis
e nelas basear a sua opinião.

4.5 Condução da auditoria em conformidade com as NBC TA


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 Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos.


 O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias, além
das NBC TA.
 Conformidade com as NBC TA relevantes + procedimentos
adicionais.

Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não


considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais
circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de auditoria
alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência.

4.6 Limitações inerentes à auditoria

O auditor não é obrigado e não pode


reduzir o risco de auditoria a zero,
e, portanto, não pode obter
segurança absoluta de que as
demonstrações contábeis estão livres
de distorção relevante devido a fraude
ou erro.

Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a


maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao auditor obter suas
conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de
conclusivas.

Segundo a NBC TA 200, as limitações inerentes de uma auditoria originam-


se da:

• natureza das informações contábeis;


• natureza dos procedimentos de auditoria; e
• necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período
de tempo razoável e a um custo razoável.
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5. Independência

A Resolução CFC nº 1.311/10 aprovou a NBC PA 290, que trata da


Independência, estabelecendo condições e procedimentos para
cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos de
auditoria. Em maio de 2014 o CFC alterou essa norma, sendo a atualmente
vigente denominada NBC PA 290 (R1).

Segundo a referida norma, os conceitos sobre a independência devem


ser aplicados por auditores para:

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Identificar ameaças à independência

Avaliar a importância das ameaças identificadas

Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças


ou reduzi-las a um nível aceitável

Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão


disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a circunstância ou
relacionamento que cria as ameaças, declinar ou descontinuar o trabalho
de auditoria. O auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar
estes conceitos sobre a independência.

Em suma, Independência é a capacidade que a entidade de auditoria


tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a
emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos
acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais
partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.

Um aspecto interessante quanto à independência, que é tratado na norma,


é que não basta ser independente, sendo necessário parecer ser
independente, já que a independência compreende:

a) independência de pensamento - Postura que permite a


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apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que


comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa
atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional.

b) aparência de independência - evitar fatos e circunstâncias


significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo
conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade,
a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou
de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos.

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Se lembram da estória da mulher de César, que não bastava ser


honesta, também deveria parecer honesta?
Então, para o auditor não basta ser independente, é necessário
parecer ser independente, já que a independência exige:
a) independência de pensamento; e
b) aparência de independência.

Das diversas situações que podem caracterizar a perda de


independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada,
chamo atenção para duas, que são mais exploradas pelas bancas:

 Vínculos empregatícios ou similares por administradores,


executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos anteriormente
com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece
que “a independência em relação ao cliente de auditoria é requerida
durante o período de contratação e o período coberto pelas demonstrações
contábeis. O período de contratação começa quando a equipe de auditoria
começa a executar serviços de auditoria. O período de contratação termina
quando o relatório de auditoria é emitido”.

 Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram


administradores, executivos ou empregados da entidade auditada. Nesse
ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece que:

Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro


da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor
do cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce
influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do
cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá
relatório de auditoria, a ameaça criada seria tão significativa que
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nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível


aceitável. (grifei)

A NBC PA 290 (R1) considera as seguintes categorias que podem gerar


ameaça à independência:

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Ameaça de • É a ameaça de que interesse financeiro ou outro


interesse interesse influenciará de forma não apropriada o
próprio julgamento ou o comportamento do auditor.

• É a ameaça de que o auditor não avaliará


apropriadamente os resultados de julgamento
Ameaça de dado ou serviço prestado anteriormente por ele
autorrevisão nos quais o auditor confiará para formar um
julgamento como parte da prestação do serviço
atual.

Ameaça de
• É a ameaça de que o auditor promoverá ou
defesa de
defenderá a posição de seu cliente a ponto em que
interesse do
a sua objetividade fique comprometida.
cliente

• É a ameaça de que, devido ao relacionamento


Ameaça de longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-
familiaridade se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu
trabalho sem muito questionamento.

• É a ameaça de que o auditor será dissuadido de


Ameaça de agir objetivamente em decorrência de pressões
intimidação reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer
influência indevida sobre o auditor.

São criadas ameaças à independência quando um familiar imediato de


membro da equipe de auditoria é empregado em cargo que exerce
influência significativa sobre a posição financeira, o desempenho e os
fluxos de caixa do cliente. A importância das ameaças depende de
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fatores como:
 Cargo do familiar imediato.
 Cargo do profissional na equipe de auditoria.
A importância da ameaça deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas
quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível
aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem:
 Retirada da pessoa da equipe de auditoria.
 Definição das responsabilidades da equipe de auditoria de modo
que o profissional não trate de assuntos que sejam
responsabilidade do familiar imediato.
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Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente,


insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível
aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das
salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.

Já o Código de Ética do Contabilista prescreve que, no desempenho de


suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade renunciar à
liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou
imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.

A NBC PA 01, que trata do Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas


Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes determina a necessidade
de implementação e a manutenção de políticas e procedimentos de
supervisão e controle interno de qualidade que forneçam segurança
razoável do cumprimento das normas profissionais, regulatórias e legais,
particularmente, nesse caso, quanto à necessária independência do
auditor, exigindo uma declaração individual dos profissionais da entidade
de auditoria da existência, ou não, das seguintes questões relacionadas a
entidades auditadas:

 Interesses financeiros;
 Operações de créditos e garantias;
 Relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade
auditada;
 Relacionamentos familiares e pessoais; e
 Membros da entidade de auditoria que já foram administradores,
executivos ou empregados da entidade auditada.

Assim, podemos concluir que a independência do auditor está


intimamente ligada não apenas à ética profissional, mas também à
qualidade das auditorias realizadas.
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Por fim, cabe ressaltar que a independência do auditor frente à entidade


salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem
ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. A
independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com
integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo
profissional.

QUESTÕES COMENTADAS

6 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O reconhecimento pelo auditor de que


existem circunstâncias que podem causar distorção relevante nas

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demonstrações contábeis revela o requisito ético relacionado à
auditoria de demonstrações contábeis, denominado:
(A) julgamento profissional.
(B) evidência funcional.
(C) ceticismo profissional.
(D) condução apropriada.
(E) conformidade legal.

Comentários:
Segundo a NBC TA 200, Ceticismo profissional é a postura que inclui
uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar
possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das
evidências de auditoria.
Resposta: C

7 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O auditor, ao expressar opinião de que


as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.
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Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Resposta: D

8 - (FGV/ACI-Recife/2014) - De acordo com a NBC TA 200, o


julgamento profissional é necessário para a tomada de decisões nos
assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das
metas de resultados operacionais e financeiros da empresa.

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(B) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a
coleta de evidências de auditoria.
(C) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC
TAs.
(D) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade.
(E) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.

Comentários:
Segundo a NBC TA 200, o julgamento profissional é necessário, em
particular, nas decisões sobre:
• materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria
e a coleta de evidências de auditoria;
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada
e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os
objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade;
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas
feitas pela administração na elaboração das demonstrações
contábeis.
Dessa forma, a letra A está errada, pois o auditor leva em conta a
materialidade e não a subjetividade.
Resposta: A

9 - (FGV/CGE-MA/2014) - As alternativas a seguir apresentam


princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do
00000000000

Contabilista, quando da condução de auditoria de demonstrações


contábeis, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Integridade.
(B) Objetividade.
(C) Competência e zelo profissional.
(D) Confidencialidade.
(E) Compromisso comportamental.

Comentários:
Compromisso comportamental (letra E) não se refere a um princípio
fundamental do Código de Ética. Cuidado para não confundir, pois o
princípio que está faltando é Comportamento Profissional.
Resposta: E
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10 - (FCC/ASLEPE/2014) - De acordo com as Normas Brasileiras de


Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.

Comentários:
Forma típica de cobrança desse assunto. Dos apresentados na
questão, apenas Integridade se refere a um dos cinco princípios
fundamentais de ética profissional relevantes.
Resposta: A

11 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC PA 290


– Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças à
independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir,
exceto:
a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro
interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o
comportamento do auditor.
b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente os
resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por
ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para
formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.
c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá
ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a sua objetividade
fique comprometida.
d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou
próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele
ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
00000000000

e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com


honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

Comentários:
A letra E trocou ameaça de INTIMIDAÇÃO por INTEGRIDADE,
tornando-a incorreta. O resto está literal da NBC PA 290, que trata de
independência.
Resposta: E

12 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Relacione os tipos de


auditoria apresentados na Coluna 1 com as suas funções descritas
na Coluna 2.
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Coluna 1
I. AuditoriaIndependente.
II. Auditoriade monitoramento do controle interno.
III. Auditoriade sistemas.
IV. Auditoriade atividades operacionais.
V. Auditoriade gestão de riscos.
Coluna 2
( ) Ajudar a organização mediante a identificação e avaliação das
exposições significativas a riscos e ajudar na contribuição para a melhoria
da gestão de risco e dos sistemas de controles.
( ) É responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia das
atividades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma
entidade.
( ) Revisar os controles, monitorar sua operação e fornecer recomendações
de melhoria em relação aos mesmos.
( ) Emitir uma opinião sobre o conjunto completo de demonstrações
contábeis mediante a aplicação de testes detalhados de transações, saldos
e procedimentos.
( ) Gerenciar o risco operacional envolvido e avaliar a adequação das
tecnologias e sistemas de informação utilizados na organização através da
revisão e avaliação dos controles, desenvolvimento de sistemas,
infraestrutura, operação, desempenho e segurança que envolve o
processamento de informações críticas para a tomada de decisão.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
b) 5 – 4 – 2 – 1 – 3
c) 4 – 2 – 3 – 5 – 1
d) 5 – 2 – 4 – 3 – 1
e) 4 – 5 – 2 – 1 - 3

Comentários:
1 – Auditoria independente: emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis; 2 – Auditoria de monitoramento de controle
interno: revisar, monitorar e recomendar melhorias nos controles; 3 –
00000000000

Auditoria de sistemas: avaliar a adequação das tecnologias e sistemas de


informação; 4 – Auditoria de atividades operacionais: revisar a
economia, a eficiência e a eficácia das atividades operacionais; 5 –
Auditoria de gestão de riscos: avaliar exposição a riscos e recomendar
melhorias.
Resposta: B

13 - (ESAF / RFB / 2012) - Pode-se afirmar que, para a aceitação


do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar:
I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se,
suficientemente competentes para assumir o trabalho.

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II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em
relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre
interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis.
III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do
trabalho.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas

Comentários:
Embora esta questão tenha sido controversa, o item I pode ser
considerado correto a partir dos requisitos básicos para aceitação do
trabalho do auditor. Ele deverá avaliar essa competência dos sócios e
equipe para assumir o trabalho.
Da mesma forma, deverá avaliar o ambiente de controle da empresa
(item II) e se poderá contar com o uso de especialistas, conforme orienta
a NBC TA 620 (item III). Portanto, todos os itens estão corretos.
Resposta: A

14 - (FCC/TCE-AM/2013) - Um auditor detectou indício de


irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção
das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em
atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

Comentários:
Em uma situação como essa o auditor demonstrou zelo profissional.
00000000000

Embora o fato não estivesse no escopo da auditoria que ele estava


realizando, não “deixou passar” o indício que por ventura detectou,
informando ao seu chefe para que este tomasse as providências
necessárias (por exemplo, planejasse outra auditoria para verificação do
fato informado). O zelo profissional é um princípio fundamental ético que
deve ser seguido pelo auditor.
As outras alternativas também são requisitos que devem ser
cumpridos pelo auditor, mas não se referem ao fato enunciado na questão.
Resposta: B

15 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – De acordo com as normas de


auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com
uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e
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detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições
que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
(A) julgamento profissional.
(B) ceticismo profissional.
(C) equidade profissional.
(D) diligência profissional.
(E) neutralidade profissional.

Comentários:
Embora as outras características sejam observadas na postura e no
exercício da profissão do auditor independente, quando se trata de
característica questionadora, detalhista e crítica, estamos nos referindo ao
ceticismo profissional do auditor.
Resposta: B

16 - (FCC / TRE-CE / 2012) – Um auditor externo ao proceder a


auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase
pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$
18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica.
Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços
de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente
constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do
serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e
comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato
bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da
expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços.
Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de
terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual
também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários
também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia
qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada.
O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
00000000000

(B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.


(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de
auditores.
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas as
fraudes.
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

Comentários:
De forma resumida, observa-se pelo caput da questão que o auditor
havia aplicado diversos testes para verificação da idoneidade do pagamento
à empresa que teria prestado serviços de terraplanagem, mas, mesmo
assim, entendeu ser necessária a verificação in loco para comprovação
daqueles serviços. Essa postura questionadora, conforme visto na questão
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anterior, é uma característica do ceticismo profissional exigido pelas
normas de auditoria.
Não se trata de falta de ética (letra A). É uma investigação, mas essa
atitude é pertinente às atividades do auditor (letra B). Com essa postura
o auditor não está avaliando a equipe de auditores, mas sim o objeto
auditado (letra C). O auditor independente não é um representante da
Governança e nem está preocupado com todas as fraudes, apenas as
relevantes (letra D).
Resposta: E

17 - (FCC / TRT-20ª Região / 2011) - Dentre outros, são princípios


fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.

Comentários:
Questão bastante literal. Conforme visto na parte teórica, os cinco
princípios fundamentais de ética profissional, constantes na NBC TA 200
são: integridade; objetividade; competência e zelo profissional;
confidencialidade e comportamento (conduta) profissional.
Resposta: E

18 - (FCC / INFRAERO / 2011) – De acordo com as Normas Técnicas


de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética
profissional a:
(A) interação com o auditado.
(B) objetividade.
(C) parcialidade.
(D) integralidade.
(E) subjetividade. 00000000000

Comentários:
Em relação à Ética, as bancas exploram bastante este tipo de
questão, e tendem a ser literais. As explicações estão na questão anterior.
Apenas cuidado com armadilhas como a letra D. O princípio é integridade
e não integralidade.
Resposta: B

19 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a


seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca,
que podem ser necessários para tal investigação.
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II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração
da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco
inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações
contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente
planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II.
(E) III.

Comentários:
Para o item I ficar correto, basta inserir a palavra não após “A
auditoria”. Sabemos que a Auditoria não é uma investigação de suposto
delito, e por isso mesmo o auditor não tem poder de busca.
Embora a nova legislação (NBC PA 290) não fale mais em grau de
parentesco para questões de independência, as provas ainda continuam
cobrando esse conhecimento. A NBC P 1 (revogada) determinava que
estava impedido de aceitar o trabalho o auditor que tivesse vínculo conjugal
ou de parentesco consanguíneo em linha reta, sem limites de grau, em
linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com
administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham
ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis
por sua contabilidade. Portanto, o item II está incorreto.
Atualmente, o auditor tem que verificar a posição do familiar imediato
ou próximo na empresa auditada (se é conselheiro, diretor, etc.), assim
como relacionamento próximo com essas pessoas, independentemente de
parentesco e também o papel do próprio auditor naquela firma de auditoria
(sócio encarregado do trabalho, etc.).
O item III está correto, como veremos em aula referente a Riscos de
Auditoria. 00000000000

Resposta: E

20 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – É prática ética do auditor:


(A) guardar sigilo das informações que obteve para realização da auditoria
das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas informações
somente nas situações em que a lei ou as normas de auditoria permitam.
(B) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a
existência dessa parte relacionada.
(C) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta,
desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.
(D) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não foram
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encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a serem
auditadas.
(E) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.

Comentários:
Mais uma questão que ainda cobrou a questão de grau de parentesco,
quando relacionado à independência do auditor. Conforme visto em
exercício anterior, a letra B está incorreta.
Para realizar auditoria independente em companhia aberta, além de
registro no CRC, o contador tem que ser registrado também na CVM.
Portanto, a alternativa C está errada.
A letra D não faz sentido, uma vez que não é porque não se encontrou
distorções relevantes em uma conta no exercício anterior que o auditor não
poderá encontrar no atual.
Por fim, o auditor tem que estabelecer seus honorários de acordo
com a complexidade da empresa auditada, número de horas que precisará
para terminar o trabalho, etc. Não poderá diminuir seus honorários apenas
porque deseja manter seu cliente. Dessa forma, a letra E está incorreta.
Resposta: A

21 - (FCC / TRT-4ª Região / 2011) - Não corresponde a um princípio


fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.

Comentários:
Conforme verificado na parte teórica, o auditor deve ter objetividade
na aplicação dos procedimentos de auditoria e não subjetividade. Portanto,
a letra D é o gabarito da questão. Confidencialidade (letra E),
independência de pensamento (letra C), competência profissional (letra B)
00000000000

e integridade (letra A) são princípios exigidos do auditor.


Resposta: D

22 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo


da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de
auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due
dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da
aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
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Afeta a independência do auditor externo o que consta em:
(A) III, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.

Comentários:
Em relação ao item I, conforme determina a NBC PA 290, serviços
complementares, fiscais (consultoria tributária) ou judiciais (due diligence),
não necessariamente causariam perda de independência. Depende da
forma como esses serviços afetariam as demonstrações contábeis e sua
materialidade, dentre outros fatores. De qualquer forma, a questão não
deu essas informações e considerou que, em regra, há perda de
independência no cenário demonstrado.
No item II não há a figura do auditor. Repare que estamos falando
das duas empresas (adquirente e adquirida). Portanto, entendemos que
não há que se falar em perda de independência.
Por fim, o item III nao afeta, necessariamente, a Independência.
Resumindo, questão confusa, mas que a FCC manteve o gabarito.
Resposta: D

23 - (FCC / MPE PE / 2012) – NÃO representa um requisito


necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os
trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional.
(B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar
seu parecer.
(C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da
entidade auditada.
(E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

Comentários: 00000000000

Não há corresponsabilidade do auditor em relação às demonstrações


contábeis. Essas são de responsabilidade da administração da entidade
auditada. O auditor, em seu trabalho de asseguração (auditoria ou revisão),
é contratado para emitir uma opinião acerca dessas demonstrações (ou
parte delas, no caso de asseguração limitada).
As alternativas A e C já foram amplamente explicadas até o
momento. Já a letra B está correta, pois é uma prerrogativa do auditor ter
acesso a todas as informações necessárias para conseguir dar uma opinião
acerca das demonstrações contábeis. Por fim, ele tem que se embasar em
obtenção de evidência apropriada e suficiente para emitir essa opinião
(letra E).
Resposta: D

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24 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma
exceção aos princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria das
demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.

Comentários:
O Código de Ética Profissional do Contador (Resolução nº 803/1996),
a NBC TA 200, assim como a NBC PA 01, que trata do controle de qualidade
para firmas de auditoria, estabelecem como princípios fundamentais de
ética profissional: integridade; objetividade; competência profissional e
devido zelo; confidencialidade e comportamento profissional. Dessa forma,
para responder esta questão, bastava ficar atento para a letra “a”, que não
corresponde a um desses princípios fundamentais da ética profissional. A
ESAF tentou confundir o candidato, trocando “integridade” por
“independência técnica”.
Resposta: A

25 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa


Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para
emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o
contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a
empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o
terceiro, que o parecer seria assinado por sócio do escritório de
contabilidade, cuja única formação é administração de empresas.
Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente,
que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria
e da pessoa do auditor.
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de
00000000000

auditoria e da pessoa do auditor.


c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as
normas de auditoria e da pessoa do auditor.
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer
e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor.
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.

Comentários:
O primeiro procedimento (... que a empresa renovasse o contrato de
auditoria para o próximo ano) não é ético, uma vez que o Código de Ética
proíbe que o auditor relacione a emissão de sua opinião ao tipo de cliente
ou vantagem que venha a ser obtida deste.
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O segundo procedimento (... que a empresa emitisse a carta de
responsabilidade da administração) é uma obrigação do auditor, conforme
determina a NBC TA 580, que estabelece que as representações formais
são informações necessárias que o auditor exige relativamente à auditoria
das demonstrações contábeis da entidade. Nesse ponto, deve-se ressaltar
que a nova norma chama de “Representações Formais” o que a revogada
NBC T 11 denominava de “Carta de Responsabilidade da Administração”.
Ressalta-se que há outras representações formais além dessa Carta de
Responsabilidade.
Por fim, o terceiro procedimento (... o parecer seria assinado por
sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração
de empresas) vai de encontro à legislação que estabelece que apenas
Contadores podem assinar um Relatório acerca das demonstrações
contábeis de uma empresa.
Resposta: E

26 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação


capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto.
a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a
extensão desse interesse.
b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se
membro da equipe de auditoria.
d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a
conclusão dos trabalhos.
e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse
interesse e aguardar pronunciamento.

Comentários:
Segundo a NBC PA 02, vigente à época e que tratava da
independência do auditor, interesses financeiros são a propriedade de
títulos ou qualquer outro tipo de investimento adquirido ou mantido pela
entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou
00000000000

membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade


auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico.
A mesma norma estabelece que as únicas ações disponíveis para eliminar
a perda de independência são:
 Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física
tornar-se membro da equipe de auditoria;
 Alienar o interesse financeiro indireto relevante em sua
totalidade ou alienar uma quantidade suficiente dele para que
o interesse remanescente deixe de ser relevante antes de a
pessoa tornar-se membro da equipe de auditoria; ou
 Afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho da
entidade auditada.

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Dessa forma, a única alternativa que se enquadra nos itens previstos
pela norma é a letra “c”.
A nova norma que trata do assunto – NBC PA 290 - estabelece que
“a importância de qualquer ameaça deve ser avaliada e salvaguardas
devem ser aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-
la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem a retirada
do membro da equipe de auditoria que tem o interesse financeiro e a
revisão, por outro auditor, do trabalho do membro da equipe de auditoria.”
Resposta: C

27 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a


credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte
providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as
providências necessárias à sua eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-
las a um nível aceitável, documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das
ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e
controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela
governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu
parecer.

Comentários:
Segundo a NBC PA 02, vigente à época, a independência do auditor
pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, autorrevisão, defesa
de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação. A mesma
norma determina que “quando são identificadas ameaças, exceto aquelas,
claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa
decisão deve ser documentada”. Dessa forma, a letra “b” é a resposta
00000000000

correta.
As outras opções estão erradas porque o auditor não deve comunicar
à entidade auditada nem a órgãos de supervisão e controle do setor em
que esta atua acerca de uma ameaça de independência, já que quem deve
aplicar as salvaguardas adequadas é o próprio auditor. Além disso, não há
que se falar em acordo entre as entidades de auditoria e auditada para
supressão das ameaças.
O mesmo entendimento vale para as novas normas de auditoria.
Resposta: B

28 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - A firma de auditoria


Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para
elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
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relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia
efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma
empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,
A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e
os a serem desempenhados.
B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos
já executados e os honorários cobrados.
C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente
analise sua independência ou não para realização do trabalho.
D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já
desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos
somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.

Comentários:
A prestação de outros serviços podem criar ameaças à independência
da entidade de auditoria ou de membros da equipe de auditoria.
No caso em tela, o serviço prestado pela firma de auditoria é de
avaliação de ativos, o que é considerado passível dessa perda.
Assim, o auditor deve recusar o convite de auditoria por conflito nos
trabalhos de auditoria a serem realizados com o de avaliação de ativos, já
concluído.
Resposta: A

29 - (VUNESP / SPTrans / 2012) - A pessoa do auditor deve ser ade


alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua
opinião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a
interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas,
proprietário se outros interessados possam ter. Nesse contexto,
afigura do auditor seguirá alguns princípios básicos da profissão,
entre eles:
(A) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e
00000000000

comportamento profissional.
(B) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.
(C) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de conclusões
e conduta.
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade e comportamento (ou conduta) profissional.
(E) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e
uniformidade de conclusões.

Comentários:
Mudando um pouco de banca, mas novamente uma questão literal
sobre o assunto. Conforme visto na parte teórica, integridade, objetividade,
competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento (ou
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conduta) profissional são os princípios fundamentais explícitos na NBC TA
200 que devem ser seguidos pelo auditor.
Resposta: D

Bom pessoal, por hoje é isso.

Espero que tenham gostado da aula demonstrativa e nos vemos na


aula 01 e no fórum de dúvidas.

Segue, a partir de agora, a relação de questões comentadas durante


a aula, a fim de que possam resolver as questões sem os
comentários, como um simulado. O gabarito está ao final.

Até a próxima aula e bons estudos!

1 - (CESPE/CGE-PI/2015) - A auditoria, que inicialmente era


voltada para a prevenção de riscos, interpretação e orientação das
operações, hoje se ocupa da tecnologia de revisão dos registros
contábeis. Julgue Certo ou Errado.

2 - (CESPE/FUB-DF/2013) - A origem da auditoria nas empresas


00000000000

está associada ao aumento de seu tamanho e à sua expansão


geográfica, circunstâncias que favoreceram o surgimento de
administradores profissionais, que não se confundem com os
próprios acionistas. Julgue Certo ou Errado.

3 - (CESPE / ANP / 2013) - Em relação à natureza, campo de


atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue
Certo ou Errado.
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da
captação de recursos de terceiros, os investidores precisam
conhecer a posição financeira e patrimonial das entidades, o que

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ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das
entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis.

4 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - As influências que possibilitaram o


desenvolvimento da auditoria no Brasil não incluem
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras
B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições estrangeiras e
internacionais
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria
D) a expansão do mercado de capitais
E) a complexidade crescente da legislação tributária

5 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - Com relação às origens da auditoria


e seus tipos, assinale a opção correta.
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das
empresas de captarem recursos de terceiros.
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a
segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa.
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da empresa.
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do
exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes.
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar.

6 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O reconhecimento pelo auditor de que


existem circunstâncias que podem causar distorção relevante nas
demonstrações contábeis revela o requisito ético relacionado à
auditoria de demonstrações contábeis, denominado:
(A) julgamento profissional.
(B) evidência funcional.
(C) ceticismo profissional. 00000000000

(D) condução apropriada.


(E) conformidade legal.

7 - (FGV/ISS-Recife/2014) - O auditor, ao expressar opinião de que


as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de
relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito:
(A) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações
contábeis.
(B) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera
segurança para os usuários.
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(C) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações
contábeis.
(D) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte
dos usuários.
(E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração
foram alcançados.

8 - (FGV/ACI-Recife/2014) - De acordo com a NBC TA 200, o


julgamento profissional é necessário para a tomada de decisões nos
assuntos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
(A) A subjetividade e as evidências de auditoria para cumprimento das
metas de resultados operacionais e financeiros da empresa.
(B) A natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a
coleta de evidências de auditoria.
(C) As evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas ou se
algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC
TAs.
(D) A avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de
relatório financeiro aplicável da entidade.
(E) A extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas,
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela
administração na elaboração das demonstrações contábeis.

9 - (FGV/CGE-MA/2014) - As alternativas a seguir apresentam


princípios fundamentais do Código de Ética Profissional do
Contabilista, quando da condução de auditoria de demonstrações
contábeis, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Integridade.
(B) Objetividade.
(C) Competência e zelo profissional.
(D) Confidencialidade.
(E) Compromisso comportamental. 00000000000

10 - (FCC/ASLEPE/2014) - De acordo com as Normas Brasileiras de


Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de
demonstrações contábeis, figura a:
(A) integridade.
(B) publicidade.
(C) fidedignidade.
(D) legalidade.
(E) oportunidade.

11 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – De acordo com a NBC PA 290


– Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão, as ameaças à
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independência do auditor se enquadram nas categorias a seguir,
exceto:
a) Interesse próprio – ocorre quando o interesse financeiro ou outro
interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o
comportamento do auditor.
b) Autorrevisão – ameaça que o auditor não avaliará apropriadamente os
resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por
ele ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para
formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.
c) Defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá
ou defenderá a posição de seu cliente, a ponto em que a sua objetividade
fique comprometida.
d) Familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou
próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele
ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
e) Integridade é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir com
honestidade em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

12 - (FUNDATEC / CAGE-RS / 2014) – Relacione os tipos de


auditoria apresentados na Coluna 1 com as suas funções descritas
na Coluna 2.
Coluna 1
I. Auditoria Independente.
II. Auditoria de monitoramento do controle interno.
III. Auditoria de sistemas.
IV. Auditoria de atividades operacionais.
V. Auditoria de gestão de riscos.
Coluna 2
( ) Ajudar a organização mediante a identificação e avaliação das
exposições significativas a riscos e ajudar na contribuição para a melhoria
da gestão de risco e dos sistemas de controles.
( ) É responsável por revisar a economia, eficiência e eficácia das
atividades operacionais, incluindo as atividades não financeiras de uma
00000000000

entidade.
( ) Revisar os controles, monitorar sua operação e fornecer recomendações
de melhoria em relação aos mesmos.
( ) Emitir uma opinião sobre o conjunto completo de demonstrações
contábeis mediante a aplicação de testes detalhados de transações, saldos
e procedimentos.
( ) Gerenciar o risco operacional envolvido e avaliar a adequação das
tecnologias e sistemas de informação utilizados na organização através da
revisão e avaliação dos controles, desenvolvimento de sistemas,
infraestrutura, operação, desempenho e segurança que envolve o
processamento de informações críticas para a tomada de decisão.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
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b) 5 – 4 – 2 – 1 – 3
c) 4 – 2 – 3 – 5 – 1
d) 5 – 2 – 4 – 3 – 1
e) 4 – 5 – 2 – 1 - 3

13 - (ESAF / RFB / 2012) - Pode-se afirmar que, para a aceitação


do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar:
I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se,
suficientemente competentes para assumir o trabalho.
II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em
relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre
interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis.
III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do
trabalho.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas

14 - (FCC/TCE-AM/2013) - Um auditor detectou indício de


irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi
devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção
das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em
atendimento:
(A) ao sigilo profissional.
(B) ao zelo profissional.
(C) à competência técnica.
(D) à independência profissional.
(E) à ética profissional.

15 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – De acordo com as normas de


auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com
uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e
00000000000

detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições


que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
(A) julgamento profissional.
(B) ceticismo profissional.
(C) equidade profissional.
(D) diligência profissional.
(E) neutralidade profissional.

16 - (FCC / TRE-CE / 2012) – Um auditor externo ao proceder a


auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase
pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$
18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica.
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Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços
de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente
constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do
serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e
comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato
bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da
expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços.
Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de
terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual
também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários
também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia
qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada.
O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração.
(B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de
auditores.
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas as
fraudes.
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.

17 - (FCC / TRT-20ª Região / 2011) - Dentre outros, são princípios


fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.

18 - (FCC / INFRAERO / 2011) – De acordo com as Normas Técnicas


de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética
profissional a:
(A) interação com o auditado. 00000000000

(B) objetividade.
(C) parcialidade.
(D) integralidade.
(E) subjetividade.

19 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a


seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o
auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca,
que podem ser necessários para tal investigação.
II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração
da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.
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III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco
inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações
contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente
planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I.
(D) II.
(E) III.

20 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – É prática ética do auditor:


(A) guardar sigilo das informações que obteve para realização da auditoria
das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas informações
somente nas situações em que a lei ou as normas de auditoria permitam.
(B) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a
existência dessa parte relacionada.
(C) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta,
desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.
(D) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não foram
encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a serem
auditadas.
(E) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.

21 - (FCC / TRT-4ª Região / 2011) - Não corresponde a um princípio


fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.
00000000000

22 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo


da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de
auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due
dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da
aquisição para a empresa Ágile.
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa Aquisição S.A.
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em:
(A) III, apenas.
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(B) II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.

23 - (FCC / MPE PE / 2012) – NÃO representa um requisito


necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os
trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional.
(B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar
seu parecer.
(C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da
entidade auditada.
(E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.

24 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma


exceção aos princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria das
demonstrações contábeis.
a) Independência técnica.
b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional.
e) Objetividade.

25 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa


Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para
emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o
contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a
empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o
terceiro, que o parecer seria assinado por sócio do escritório de
contabilidade, cuja única formação é administração de empresas.
Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente,
00000000000

que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria
e da pessoa do auditor.
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.
c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as
normas de auditoria e da pessoa do auditor.
d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer
e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor.
e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.

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26 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação
capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto.
a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a
extensão desse interesse.
b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se
membro da equipe de auditoria.
d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a
conclusão dos trabalhos.
e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse
interesse e aguardar pronunciamento.

27 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a


credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte
providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as
providências necessárias à sua eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-
las a um nível aceitável, documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das
ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e
controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela
governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu
parecer.

28 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - A firma de auditoria


Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para
elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia
efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
00000000000

empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma


empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação,
A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e
os a serem desempenhados.
B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos
já executados e os honorários cobrados.
C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente
analise sua independência ou não para realização do trabalho.
D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já
desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos
somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.
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alguém com profundo equilíbrio e probidade, uma vez que sua
opinião influenciará outras pessoas, principalmente em relação a
interesses financeiros e comerciais que eventuais acionistas,
proprietário se outros interessados possam ter. Nesse contexto,
afigura do auditor seguirá alguns princípios básicos da profissão,
entre eles:
(A) integridade, objetividade, ceticismo, conformismo, tempestividade e
comportamento profissional.
(B) objetividade, ceticismo, profissionalismo, coerência e educação.
(C) cumplicidade, coerência, confidencialidade, uniformidade de conclusões
e conduta.
(D) integridade, objetividade, competência e zelo profissional,
confidencialidade e comportamento (ou conduta) profissional.
(E) comportamento pessoal, regularidade, tempestividade, julgamento e
uniformidade de conclusões.

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E C A C D A E A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B A B B E E B E A
21 22 23 24 25 26 27 28 29
D D D A E C B A D

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Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7.


ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,


2010.

________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BRITO, Claudenir; FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: Teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. Niterói: Impetus. 2. ed. 2015.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de


Contabilidade.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed. São


Paulo: Atlas, 2012.

FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de concursos com


gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed. 2012.

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:


Atlas, 2011.

RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.

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Prof. Rodrigo Fontenelle


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