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Aula 09

Contabilidade Geral p/ TCE-SC -Auditor Fiscal Cont Externo - Cargo 2 -Contabilidade -


Com videoaulas

Professores: Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa


Contabilidade Geral TCE SC
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 09

AULA 09: 18 RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO. 18.1 NOTAS


EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. 18.2 CONSELHO
FISCAL: COMPETÊNCIA, DEVERES E RESPONSABILIDADES, DE ACORDO
COM A LEI Nº 6.404/1976. 19 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA:
MÉTODOS DIRETO E INDIRETO. 20 ASPECTOS CONTRATUAIS DA
CONTABILIDADE. 20.1 RELAÇÃO AGENTE E PRINCIPAL.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 2
1 - RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO....................................................................... 2
1.1 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. ............................................ 4
1.2 - CONSELHO FISCAL: COMPETÊNCIA, DEVERES E RESPONSABILIDADES, DE ACORDO COM A
LEI Nº 6.404/1976. .......................................................................................................... 7
2 - PRIMEIROS ENTENDIMENTOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .............. 9
3 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NO CPC – 03 (REVISÃO 2)............................... 17
3.1 - UTILIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................ 17
3.2 - ALCANCE ............................................................................................................... 17
3.3 - BENEFÍCIOS DAS INFORMAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ........................................... 17
3.4 - DEFINIÇÕES .......................................................................................................... 18
3.5 - APRESENTAÇÃO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA .............................. 18
3.5.1 - ATIVIDADES OPERACIONAIS................................................................................. 19
3.5.2 - ATIVIDADES DE INVESTIMENTO ............................................................................ 20
3.5.3 - ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO.......................................................................... 21
3.6 - APRESENTAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS ................... 21
3.7 - JUROS E DIVIDENDOS ............................................................................................ 22
3.8 - TRANSAÇÕES QUE NÃO ENVOLVEM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA ...................... 23
4 - MODELO MAIS AVANÇADO DE DFC PELOS MÉTODOS DIRETO E INDIRETO ....................... 25
4.1 - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO ....................................... 25
4.2 - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO .......................................... 26
5 - RESUMO GERAL SOBRE DFC ....................................................................................... 32
6 - ASPECTOS CONTRATUAIS DA CONTABILIDADE. RELAÇÃO AGENTE E PRINCIPAL. ............ 33
6.1 - INTRODUÇÃO: ....................................................................................................... 33
6.2 - RELAÇÃO AGENTE – PRINCIPAL ............................................................................... 35
7 - TEORIA CONTRATUAL DA FIRMA ............................................................................... 38
7.1 - A CONTABILIDADE E A TEORIA CONTRATUAL DA FIRMA ............................................. 39
7.2 - A CONTABILIDADE E A RELAÇÃO AGENTE-PRINCIPAL ................................................. 40
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7.3 - RESUMINDO .......................................................................................................... 40


7.4 - QUESTÃO DISCURSIVA: .......................................................................................... 41
8 - QUESTÕES RESOLVIDAS ............................................................................................ 42
9 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................ 66
10 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................... 73

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APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

Chegamos a mais uma aula, que versará sobre os seguintes tópicos:

CRONOGRAMA DO CURSO

Aula 09. 18 Relatório Anual da Administração. 18.1 Notas explicativas às


demonstrações contábeis. 18.2 Conselho fiscal: competência, deveres e
responsabilidades, de acordo com a Lei nº 6.404/1976. 19 Demonstração de
Fluxos de Caixa: métodos direto e indireto. 20 Aspectos contratuais da
Contabilidade. 20.1 Relação Agente e Principal.

Sigamos o nosso curso!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

1 - RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO.

O Relatório anual da Administração é publicado juntamente com as


Demonstrações Financeiras da empresa. Mas não há um modelo ou as
informações que deve conter. Normalmente, a Diretoria apresenta os principais
resultados, análise sobre o desempenho da empresa e as perspectivas para o
futuro. Também expõe os objetivos e políticas adotadas.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) emitiu o Parecer de Orientação 15/87


sobre o assunto, do qual extraímos algumas partes:

2. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

De acordo com a Lei 6.404/76, o relatório da administração deve ser publicado


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juntamente com as demonstrações financeiras do encerramento do exercício


social precisando conter informações sobre:

a) aquisição de debêntures de sua própria emissão (art. 55, § 3º, I);


b) política de reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos constantes
de acordo de acionistas (art. 118, § 5º);
c) negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício (art.
133, inciso I);
d) relação dos investimentos em sociedades coligadas e/ou controladas
evidenciando as modificações ocorridas durante o exercício (art. 243).

(...)

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A divulgação de informações úteis, fidedignas e detalhadas, que possibilitem o


conhecimento da companhia e de seus objetivos e políticas, é um direito
essencial do acionista. O relatório da administração não pode ser excluído dessa
premissa, assim, tanto a falta de informações quanto a inclusão de estudos e
fatos genéricos que não dizem respeito à situação particular da companhia
constituem desatendimento ao interesse e ao direito do investidor.

O relatório, como peça integrante das demonstrações financeiras, deverá, pois,


complementar as peças contábeis e notas explicativas, observada a devida
coerência com a situação nelas espelhada, formando um quadro completo das
posturas e do desempenho da administração na gestão e alocação dos recursos
que encontram-se a ela confiados.

Deve ser redigido com simplicidade de linguagem para ser acessível ao maior
número possível de leitores, devendo ser evitados adjetivos e frases tais como "
excelente resultado" , " ótimo desempenho" , " baixo endividamento" , "
excelentes perspectivas" , a menos que corroborado por dados comparativos ou
fatos.

A complexidade crescente dos negócios e a instabilidade do ambiente econômico


e o seu reflexo inevitável na vida das companhias exige uma postura cada vez
mais profissional das administrações e o relatório pode e deve se transformar
num elemento poderoso de comunicação entre a companhia, seus acionistas e a
comunidade em que está inserida.

A LEI Nº 6.385, de 07.12.76, dá competência à CVM para estabelecer normas


sobre o relatório da administração. Com base nessa competência está sendo
estudado, e deverá ser emitido parecer de orientação específico contemplando
as informações mínimas a serem divulgadas no relatório. Entretanto, é
requerida, no mínimo, a apresentação das informações determinadas na LEI Nº
6.404/76.

A título de recomendação e exemplo, apresentamos a seguir relação dos itens


que constituem informações que atendem às linhas gerais retro comentadas, já
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apresentadas por muitas companhias no Brasil (e comumente em alguns outros


países):

a) Descrição dos negócios, produtos e serviços: histórico das vendas físicas dos
últimos dois anos e vendas em moeda de poder aquisitivo da data do
encerramento do exercício social. Algumas empresas apresentam descrição e
análise por segmento ou linha de produto, quando relevantes para a sua
compreensão e avaliação.
b) Comentários sobre a conjuntura econômica geral: concorrência nos
mercados, atos governamentais e outros fatores exógenos relevantes sobre o
desempenho da companhia.
c) Recursos humanos: número de empregados no término dos dois últimos
exercícios e " turnover" nos dois últimos anos, segmentação da mão-de-obra

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segundo a localização geográfica; nível educacional ou produto; investimento


em treinamento; fundos de seguridade e outros planos sociais.
d) Investimentos: descrição dos principais investimentos realizados, objetivo,
montantes e origens dos recursos alocados.
e) Pesquisa e desenvolvimento: descrição sucinta dos projetos, recursos
alocados, montantes aplicados e situação dos projetos.
f) Novos produtos e serviços: descrição de novos produtos, serviços e
expectativas a eles relativas.
g) Proteção ao meio-ambiente: descrição e objetivo dos investimentos
efetuados e montante aplicado.
h) Reformulações administrativas: descrição das mudanças administrativas,
reorganizações societárias e programas de racionalização.
i) Investimentos em controladas e coligadas: indicação dos investimentos
efetuados e objetivos pretendidos com as inversões.
j) Direitos dos acionistas e dados de mercado: políticas relativas à distribuição
de direitos, desdobramentos e grupamentos; valor patrimonial das por ação,
negociação e cotação das ações em Bolsa de Valores.
k) Perspectivas e planos para o exercício em curso e os futuros: poderá ser
divulgada a expectativa da administração quanto ao exercício corrente, baseada
em premissas e fundamentos explicitamente colocados, sendo que esta
informação não se confunde com projeções por não ser quantificada.
l) Em se tratando de companhia de participações, o relatório deve contemplar
as informações acima mencionadas, mesmo que de forma mais sintética,
relativas às empresas investidas.

Convém observar que essas sugestões não devem inibir a criatividade da


administração em elaborar o seu relatório.

1.1 - NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.

Além das Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC,


DVA), são necessárias informações complementares para enriquecer os
relatórios e evitar que os mesmos se tornem enganosos.
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Essas informações são veiculadas para auxiliar o usuário das Demonstrações


Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar esclarecimentos aos
usuários externos.

As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e podem


estar na forma descritiva, na forma de quadros analíticos suplementares ou em
outras formas.

Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas Explicativas, que
acompanham as Demonstrações Financeiras. O Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC – no pronunciamento 26 (R1) – “Apresentação das
Demonstrações contábeis” assim se manifestou sobre as Notas Explicativas:

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Notas explicativas

Estrutura

112. As notas explicativas devem:

(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações


contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas, de acordo com os itens
117 a 124;
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,
Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis; e
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

113. As notas explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja


praticável, de forma sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve
ter referência cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas
explicativas.

114. As notas explicativas são normalmente apresentadas pela ordem a seguir,


no sentido de auxiliar os usuários a compreender as demonstrações contábeis e
a compará-las com demonstrações contábeis de outras entidades:

(a) declaração de conformidade com os Pronunciamentos Técnicos, Orientações


e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis;
(b) resumo das políticas contábeis significativas aplicadas;
(c) informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações contábeis
pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas; e
(d) outras divulgações, incluindo:
(i) passivos contingentes (ver Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões,
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes) e compromissos contratuais não
reconhecidos; e 11834031788

(ii) divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e políticas de gestão


do risco financeiro da entidade (ver Pronunciamento Técnico CPC 40 -
Instrumentos Financeiros: Evidenciação).

115. Em algumas circunstâncias, pode ser necessário ou desejável alterar a


ordem de determinados itens nas notas explicativas. Por exemplo, a informação
sobre variações no valor justo CPC_26_R1 reconhecidas no resultado pode ser
divulgada juntamente com a informação sobre vencimentos de instrumentos
financeiros, embora a primeira se relacione com a demonstração do resultado e
a última se relacione com o balanço patrimonial. Contudo, até onde for
praticável, deve ser mantida uma estrutura sistemática das notas explicativas.

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116. As notas explicativas que proporcionam informação acerca da base para a


elaboração das demonstrações contábeis e as políticas contábeis específicas
podem ser apresentadas como seção separada das demonstrações contábeis.

Já a Lei 6404/76 estabelece que :

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos


valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os


pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é
vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou
"contas-correntes".

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a


proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e


outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
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5o As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações
financeiras;
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e
IV – indicar:

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a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente


estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição
de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas
prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,
parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações
(art. 182, § 3o );
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a
longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados
futuros da companhia.

Portanto, as Notas Explicativas, quando bem elaboradas, constituem informação


essencial para o correto entendimento e utilização das Demonstrações
Financeiras.

As bancas adoram extrair questões literais sobre as notas explicativas.


Recomendamos a leitura atenta e repetida do texto da lei 6404/76.

1.2 - CONSELHO FISCAL: COMPETÊNCIA, DEVERES E


RESPONSABILIDADES, DE ACORDO COM A LEI Nº 6.404/1976.

Ao conselho fiscal incumbe a fiscalização dos órgãos de administração, no


interesse da companhia e dos acionistas. O. conselho fiscal é de existência
obrigatória, seja nas sociedades anônimas fechadas, seja nas sociedades
anônimas abertas, porém, seu funcionamento permanente é facultativo
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Apenas um detalhe: lembrem-se de que dissemos que nas limitadas a existência


de conselho fiscal é facultativo.

A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre seu


funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais em que for
instalado a pedido de acionistas (LSA, art. 161).

A composição do Conselho Fiscal se dá da seguinte maneira: será composto de,


no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual
número, acionistas ou não, eleitos pela assembléia-geral (LSA, art. 161, §1º).

Essa composição foi cobrada em concurso pela FCC, da seguinte forma:

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(FCC/2005) A composição do Conselho Fiscal de sociedade por ações não será


inferior a três, nem superior a cinco membros efetivos e suplentes em igual
número, eleitos dentre aqueles que compõem os órgãos da administração.

A composição do Conselho Fiscal de sociedade por ações não será inferior a três,
nem superior a cinco membros efetivos e suplentes em igual número, eleitos
pela Assembleia-Geral.

Não podem ser eleitos para o Conselho Fiscal pessoas impedidas por lei
especial, condenadas por crimes, membros dos órgãos da administração, e
empregados da companhia ou de sociedade controlada ou do mesmo grupo, e o
cônjuge ou parente, até terceiro grau, de administrador da companhia (LSA, art.
162).

Não podem compor o conselho fiscal membros de órgãos de administração e


empregados da companhia ou de sociedade controlada ou do mesmo grupo
(LSA, art. 162, §2º).

Esse assunto foi cobrado no concurso para magistratura do TRT 3ª região, em


2008, com a seguinte redação (item incorreto): Os empregados de sociedade
controlada ou do mesmo grupo podem ser eleitos para o Conselho Fiscal.

Além disso, somente podem ser eleitos para o conselho fiscal pessoas naturais,
residentes no País, diplomadas em curso de nível universitário, ou que tenham
exercido por prazo mínimo de 3 (três) anos, cargo de administrador de empresa
ou de conselheiro fiscal.

A competência do Conselho Fiscal está prescrita no artigo 163 da LSA, como se


segue:

Art. 163. Compete ao conselho fiscal:

I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e


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verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; (Redação dada


pela Lei nº 10.303, de 2001)
II - opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu
parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à
deliberação da assembleia-geral;
III - opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem
submetidas à assembleia-geral, relativas a modificação do capital social,
emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou
orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação,
fusão ou cisão;
IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e,
se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos
interesses da companhia, à assembleia-geral, os erros, fraudes ou crimes que

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descobrirem, e sugerir providências úteis à companhia; (Redação dada pela Lei


nº 10.303, de 2001)
V - convocar a assembleia-geral ordinária, se os órgãos da administração
retardarem por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária,
sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das
assembleias as matérias que considerarem necessárias;
VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações
financeiras elaboradas periodicamente pela companhia;
VII - examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas
opinar;
VIII - exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo em vista as
disposições especiais que a regulam.

Muito bem. Hora de mudar de assunto. Vamos começar a estudar Fluxo de


Caixa?

2 - PRIMEIROS ENTENDIMENTOS SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DOS


FLUXOS DE CAIXA

Para o entendimento da sistemática da DFC, tomemos os seguintes fatos


contábeis.

1. A empresa KLS foi constituída com a integralização do Capital Social


no valor de R$ 10.000,00 em dinheiro.

D – Caixa (Ativo) 10.000


C – Capital Social (PL) 10.000

2. Comprou mercadorias no valor de R$3.000,00, pagando à vista, sem


incidência de impostos.

D – Estoque de Mercadorias (Ativo) 3.000


C – Caixa (Ativo) 3.000
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3. Vendeu metade da mercadoria em estoque a prazo, por R$2.000,00,


sem a incidência de impostos.

3. Registro da venda:

D – Duplicatas a Receber (Ativo) 2.000


C – Receita de Vendas (Resultado) 2.000

4. Pela baixa do estoque:

D – Custo da Mercadoria Vendida (Resultado) 1.500


C – Estoque (Ativo) 1.500

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Após esses lançamentos, os razonetes devem ficar assim:

Caixa (Ativo) Capital Social (PL)

(1) 10.000 10.000 (1)


3.000 (2)

Custo das Mercadorias Vendidas


Estoque de Mercadorias (Ativo) (Resultado)

(2) 3.000 (4) 1.500


1.500 (4)

Duplicatas a Receber (Ativo) Receita de Vendas (Resultado)

(3) 2.000 2.000 (3)

5. Compra de uma máquina à vista, no valor de 6.000.

D – Máquinas e equipamento (Ativo Imobilizado) 6.000


C – Caixa (Ativo) 6.000

6. Lançamento da depreciação referente ao primeiro mês da máquina


adquirida no lançamento anterior. A máquina será depreciada em 10
anos.
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O que é depreciação?

Segundo a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações):

Art. 183, § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei
nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;

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A depreciação reconhece a perda de valor pelo desgaste, perda de utilidade ou


obsolescência dos bens físicos. No nosso exemplo, temos uma máquina de R$
6.000 que irá durar 10 anos. Portanto a depreciação mensal pode ser calculada
assim:
$ 6.000 / 120 meses = R$ 50,00

6 – Contabilização da depreciação:

D – Despesa de depreciação (Resultado) 50


C – Depreciação Acumulada (Retificadora do Ativo) 50

A conta depreciação acumulada é uma conta retificadora do ativo. Ou seja, é


uma conta de saldo credor, embora fique no ativo. A máquina, com a
depreciação acumulada, aparece assim na contabilidade:

Máquina (Ativo) 6.000


Depreciação Acumulada (Ret. Ativo) (50)
Valor contábil 5.950

Mês a mês, o valor da Depreciação Acumulada vai aumentando, até zerar o


valor contábil do ativo.

Até o momento, estamos assim:

Caixa (Ativo) Capital Social (PL)

(1) 10.000 10.000 (1)


3.000 (2)
6.000 (5)

Custo das Mercadorias Vendidas


Estoque de Mercadorias (Ativo) (Resultado)
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(2) 3.000 (4) 1.500


1.500 (4)

Duplicatas a Receber (Ativo) Receita de Vendas (Resultado)

(3) 2.000 2.000 (3)

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Máquinas (Ativo Imobilizado)

(5) 6.000

Despesa de depreciação Depreciação Acumulada


(Resultado) (Retificadora do Ativo)

(6) 50 50 (6)

A partir dos lançamentos acima, podemos elaborar a Demonstração de


Resultado:

Demonstração do resultado do exercício

Receita de vendas 2.000


(-) Custo da Mercadoria Vendida (1.500)
(=) Lucro Bruto 500
(-) despesas de depreciação (50)
(=) Lucro Líquido 450

E o balanço patrimonial:

Balanço patrimonial

Ativo
Caixa 1.000
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Duplicatas a Receber 2.000


Estoque 1.500
Imobilizado 6.000
Depreciação acumulada (50)
Total do Ativo 10.450

Patrimônio líquido
Capital Social 10.000
Lucro do Exercício 450
Total Passivo + PL 10.450

A demonstração do fluxo de caixa explica a variação ocorrida no caixa


da empresa.

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A conta Caixa começou com Zero e terminou com R$ 1.000 (veja o saldo no
balanço patrimonial).

A Demonstração do Fluxo de Caixa é dividida em três tipos de atividades: fluxo


de caixa das atividades operacionais, das atividades de investimentos e
das atividades de financiamento.

Além disso, a DFC pode ser elaborada pelo método direto ou pelo método
indireto. A diferença entre os métodos está somente no fluxo operacional.

Então vamos começar pelo método indireto:

Fluxo de Atividades Operacionais – Método Indireto.

Lucro Líquido 450


(+) Depreciação 50
Lucro Ajustado 500

A despesa de depreciação de R$ 50 diminuiu o Lucro Líquido. Mas a Depreciação


não é paga a ninguém. Não resulta em saída de caixa. Assim, devemos somar
ao Lucro Líquido a despesa de depreciação e as outras despesas que diminuíram
o Lucro, mas não são saídas de caixa, como amortização, exaustão, despesas
financeiras, perda no método da equivalência patrimonial, etc.

Da mesma forma, as receitas que aumentaram o lucro, mas não resultaram em


entradas de caixa devem ser ajustadas no Lucro Líquido, diminuindo-o (receita
de equivalência patrimonial, receita financeira não recebida, e outras).

Se todas as operações da empresa fossem realizadas à vista, o lucro ajustado já


seria equivalente à movimentação do caixa.

Mas é comum que as empresas realizem operações a prazo. Portanto, devemos


eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
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Fazemos isso ajustando o saldo das contas patrimoniais. Vamos examinar caso
a caso:

Duplicatas a Receber:
Saldo inicial = zero; saldo final = 2.000. Aumento de 2000.

O aumento no saldo de duplicatas a receber significa que parte das entradas de


Vendas ficou retida nessa conta. Como partimos do Lucro Líquido, estamos
considerando que o valor total das vendas entrou no Caixa. Veja novamente a
DRE:

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Receita de vendas 2.000


(-) Custo da Mercadoria Vendida (1.500)
(=) Lucro Bruto 500
(-) despesas de depreciação (50)
(=) Lucro Líquido 450

Quando iniciamos o fluxo de caixa indireto pelo Lucro Líquido de 450, a premissa
inicial é que todo o valor das vendas (2.000) entrou no caixa. Da mesma forma,
consideramos que todo o custo da Mercadoria Vendida representa efetiva saída
de dinheiro do Caixa. Afinal, começamos o fluxo de caixa somando o Lucro
Líquido com a Depreciação.

Mas existem as operações a prazo e operações que resultam em saídas de caixa,


mas não afetam o resultado (por exemplo, a aquisição de estoque à vista).

Para eliminar tais efeitos do caixa, usamos a variação das contas patrimoniais.
Como a conta Duplicatas a Receber aumentou (o que significa que parte do
dinheiro das vendas lá ficou represado), vamos diminuir $ 2.000 na
Demonstração do Fluxo de Caixa:

Lucro Líquido 450


(+) Depreciação 50
Lucro Ajustado 500

(-) aumento Duplicatas a Receber (2.000)

Estoques:

Analisando o balanço, vemos que a conta Estoques aumentou $ 1.500. É similar


à conta Duplicatas a Receber. O aumento do Estoque deve diminuir o caixa.
Afinal, a empresa comprou estoque e pagou com caixa. E se comprou a prazo?
Nesse caso, a conta Fornecedor, do Passivo, irá aumentar e compensar o ajuste
do aumento de Estoque.
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Lucro Líquido 450


(+) Depreciação 50
Lucro Ajustado 500
(-) Aumento Duplicatas a Receber (2.000)
(-) Aumento Estoque (1.500)

Fluxo de Caixa operacional: (3.000)

Cada fluxo pode gerar caixa ou consumir caixa. O valor de R$ 3.000 negativos
indica que o Fluxo de Caixa Operacional consumiu (gastou) R$ 3.000 de caixa.

Fluxo de Investimentos: Houve apenas a compra da Máquina, por $ 6.000, no


Fluxo das atividades se Investimentos.

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(-) Compra de máquina (6.000)

Fluxo de Financiamentos: é composto pelo dinheiro dos sócios (aumento de


capital) e de terceiros (empréstimos). Nesse exemplo, só houve a integralização
do Capital dos sócios, no valor de R$ 10.000.

(+) integralização do Capital 10.000

Vamos somar o Caixa consumido ou gerado pelos fluxos:

Caixa consumido pelo fluxo Operacional: (3.000)


Caixa Consumido pelo fluxo de Investimento: (6.000)
Caixa gerado pelas atividades de Financiamentos: 10.000
Total de caixa gerado: 1.000

Confira a movimentação da conta Caixa (saldo final menos o saldo inicial).

Fluxo de Caixa – método Direto: Pelo método Indireto, usamos o Lucro


Líquido e a variação do saldo das contas patrimoniais.

No método Direto, usamos as contas patrimoniais e ajustamos pelas contas de


Resultado. Ou seja, usamos as mesmas informações, mas a forma de cálculo
muda.

Fica bem simples se usarmos a fórmula universal, para o método direto, que é a
seguinte:

Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final

O saldo inicial e final de cada conta vem do Balanço Patrimonial. E as contas de


Resultado representam as Entradas ou as Saídas, dependendo da conta.

Vamos iniciar com a conta duplicatas a receber: 11834031788

Saldo inicial = zero


Entradas (é o total das vendas que aparece na DRE): 2.000
Saídas: ?

As saídas representam a entrada de dinheiro, e é o que vamos calcular.

(=) Saldo Final = 2.000

Resolvendo, temos:

Zero + 2000 – saídas = 2.000

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Saídas = Zero. (ou seja, não houve recebimento de clientes no período).

Conta estoque:

Saldo inicial = zero


Entradas (são as compras de estoque): ?
Saídas : (É o CMV que aparece na DRE) 1.500

(=) Saldo Final = 1.500

Resolvendo:

Zero + entradas – $ 1500 = $ 1500

Entradas = $ 3.000

A entrada no estoque (compras) é também entrada na conta fornecedores.

Vamos calcular a saída da conta fornecedores, que é o pagamento efetuado no


período.

Conta fornecedores:

Saldo inicial = zero


Entradas (é o total das compras, já calculado): 3.000
Saídas: ?

As saídas representam a saída de dinheiro, e é o que vamos calcular.

(=) Saldo Final = zero

Resolvendo, temos:

Zero + $3.000 – saídas = zero 11834031788

Saídas = $3.000

Fluxo de Caixa Das Atividades Operacionais – Método Direto:

Recebimento de clientes = zero


Pagamento a Fornecedores = (3.000)
Fluxo de caixa Consumido nas atividades Operacionais = 3.000

Entre o método indireto ou direto só há diferença no fluxo das atividades


Operacionais. Os fluxos das atividades de Investimento e Financiamento são
iguais nos dois métodos.

Vejamos, agora, as disposições do CPC 03 sobre o fluxo de caixa.

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3 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NO CPC – 03 (REVISÃO 2)

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC – regulamentou a forma de


elaboração e apresentação da DFC, através do Pronunciamento Técnico CPC 03.
Abaixo, alguns trechos do referido Pronunciamento Técnico:

3.1 - UTILIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para


proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para
avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa,
bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As
decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da
época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

Como equivalentes de caixa devemos entender a conta bancos, aplicações


financeiras de liquidez imediata, etc.

3.2 - ALCANCE

3. Os usuários das demonstrações contábeis de uma entidade estão interessados


em saber como a entidade gera e utiliza caixa e equivalentes de caixa. Esse é o
ponto, independentemente da natureza das atividades da entidade, e ainda que
o caixa seja considerado como produto da entidade, como pode ser o caso de
instituição financeira. As entidades necessitam de caixa essencialmente pelas
mesmas razões, por mais diferentes que sejam as suas principais atividades
geradoras de receita. Elas precisam de caixa para levar a efeito suas operações,
pagar suas obrigações e proporcionar um retorno para seus investidores. Assim
sendo, este Pronunciamento Técnico requer que todas as entidades
apresentem demonstração dos fluxos de caixa.

3.3 - BENEFÍCIOS DAS INFORMAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA


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4. A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as


demais demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os
usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura
financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os
montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às
mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos
de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para
avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes
entidades. A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o
incremento da comparabilidade na apresentação do desempenho operacional por

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diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes


critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.

5. Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas


como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos
de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas
passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre
lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços.

3.4 - DEFINIÇÕES

6. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento Técnico, com os


significados abaixo especificados:

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta


liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e
que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.

Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da


entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de
financiamento.

Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos


de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de
caixa.

Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no


tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da
entidade.
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3.5 - APRESENTAÇÃO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

10. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do


período classificados por atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

Existem três classificações para os fluxos de caixas: operacionais,


investimento e financiamento.

11. A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades
operacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais
apropriada aos seus negócios. A classificação por atividade proporciona
informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades

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sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes


de caixa. Essas informações podem ser usadas também para avaliar a relação
entre essas atividades.

12. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de
uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de
empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser
classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser
classificada como atividade de financiamento.

3.5.1 - ATIVIDADES OPERACIONAIS

13. O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais é um


indicador chave da extensão pela qual as operações da entidade têm gerado
suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter a capacidade
operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital próprio e
fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. As
informações sobre os componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais
históricos são úteis, em conjunto com outras informações, na projeção de fluxos
futuros de caixa operacionais.

14. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são


basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da
entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros
eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de
fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:

(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de


serviços;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e
outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros,
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anuidades e outros benefícios da apólice;


(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que
possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou
de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação
imediata ou disponíveis para venda futura.

Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar


em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os
fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de
atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a
produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em
sequência, são vendidos são fluxos de caixa advindos das atividades

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operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais


ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.

15. A entidade pode manter títulos e empréstimos para fins de negociação


imediata ou futura (dealing or trading purposes), os quais, no caso, são
semelhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda. Dessa forma,
os fluxos de caixa advindos da compra e venda desses títulos são classificados
como atividades operacionais. Da mesma forma, as antecipações de caixa e os
empréstimos feitos por instituições financeiras são comumente classificados
como atividades operacionais, uma vez que se referem à principal atividade
geradora de receita dessas entidades.

3.5.2 - ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

16. A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de


investimento é importante em função de tais fluxos de caixa representarem a
extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a
finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que
resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de
classificação como atividades de investimento. Exemplos de fluxos de caixa
advindos das atividades de investimento são:

(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e


outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados
aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de construção
própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis
e outros ativos de longo prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou
instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint
ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como
equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais
ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em
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joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados


como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou
futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles
adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de
empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e
empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap,
exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou
futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento;
e

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(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap,


exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou
venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de
financiamento.

Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição


identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo
modo como foram classificados os fluxos de caixa da posição que estiver sendo
protegida.

3.5.3 - ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

17. A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de


financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos
futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de
fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e
longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro.

3.6 - APRESENTAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES


OPERACIONAIS

18. A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades


operacionais, usando alternativamente:

(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos


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brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou


(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado
pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer
diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou
pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens
de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

19. Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de


recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas
alternativamente:

(a) dos registros contábeis da entidade; ou

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(b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços
vendidos (no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e
despesa de juros e encargos e similares) e outros itens da demonstração do
resultado ou do resultado abrangente referentes a:
(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a
receber e a pagar;
(ii) outros itens que não envolvem caixa; e
(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de
investimento e de financiamento.

20. De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das
atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo
quanto aos efeitos de:

(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a


receber e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos
diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência
patrimonial quando aplicável; e
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades
de investimento e de financiamento.
Alternativamente, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais
pode ser apresentado pelo método indireto, mostrando-se as receitas e as
despesas divulgadas na demonstração do resultado ou resultado abrangente e
as variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a
receber e a pagar.

20A. A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o
método direto para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A
conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a
serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o
método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar
o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
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3.7 - JUROS E DIVIDENDOS

31. Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o capital


próprio recebidos e pagos devem ser apresentados separadamente. Cada um
deles deve ser classificado de maneira consistente, de período a período, como
decorrentes de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento.

32. O montante total dos juros pagos durante o período é divulgado na


demonstração dos fluxos de caixa, quer tenha sido reconhecido como despesa
na demonstração do resultado, quer tenha sido capitalizado, conforme o
Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos.

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33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio


recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em
instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação desses
fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados
como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação do lucro
líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e
os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados,
respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de
investimento, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos
sobre investimentos.

34. Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser


classificados como fluxo de caixa de financiamento porque são custos da
obtenção de recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos e os juros
sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como componente dos
fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários a
determinar a capacidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o capital
próprio utilizando os fluxos de caixa operacionais.

34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a


classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre
o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades
operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como
fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente
deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.

Portanto, o pronunciamento encoraja fortemente a seguinte classificação:

Juros Recebidos ou pagos  Atividades Operacionais


Dividendos e Juros sobre o capital próprio recebidos  Atividades
operacionais
Dividendos e Juros sobre o capital próprio pagos  Atividades de
financiamento 11834031788

A empresa pode adotar outra classificação, desde que evidencie tal fato em
nota.

3.8 - TRANSAÇÕES QUE NÃO ENVOLVEM CAIXA OU EQUIVALENTES DE


CAIXA

43. Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de


caixa ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos
de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas às
demonstrações contábeis, de modo que forneçam todas as informações
relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.

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44. Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto


direto sobre os fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de
capital e de ativos da entidade. A exclusão de transações que não envolvem
caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa é
consistente com o objetivo de referida demonstração, visto que tais itens não
envolvem fluxos de caixa no período corrente. Exemplos de transações que não
envolvem caixa ou equivalente de caixa são:

(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo,
quer seja por meio de arrendamento financeiro;
(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais;
e
(c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.

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4 - MODELO MAIS AVANÇADO DE DFC PELOS MÉTODOS DIRETO E


INDIRETO

Apresentamos, abaixo, modelos de fluxo de caixa pelo método direto e pelo


método indireto.

4.1 - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO

Atividades operacionais
Lucro líquido
(+) Depreciação, amortização e exaustão
(+)(-) Resultado da equivalência patrimonial
(+)(-) Resultado na alienação de imobilizado, investimentos ou intangíveis
(+) Despesas financeiras que não afetam o caixa
(-) Receitas financeiras que não afetam o caixa
(=) Lucro ajustado

(+)(-) variação nas contas do ativo circulante e realizável a longo prazo:


Duplicatas a receber
Clientes
(PDD)
(duplicatas descontadas)
Estoques
Despesas antecipadas

(+)(-) variação nas contas do passivo circulante e passivo não circulante:


Fornecedores
Contas a pagar
Impostos a recolher 11834031788

Atividades de financiamento
Terceiros
Empréstimos e financiamentos (passivo – captação e pagamento)
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos

Atividades de investimento
Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do ativo não
circulante)

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4.2 - DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA – MÉTODO DIRETO

Atividades operacionais
Recebimento de clientes
Recebimento de juros
Pagamentos
-- a fornecedores de mercadorias
-- de impostos
-- de salários
-- de juros
-- despesas pagas antecipadamente

Atividades de financiamento terceiros


Empréstimos e financiamentos (Passivo – captação e pagamento)
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos

Atividades de financiamento
Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do Ativo Não
Circulante)

Os fluxos das atividades de financiamento e de investimentos são iguais


nos dois métodos.

No método direto, a partir de informações do balanço e da DRE, usamos a


fórmula:
Saldo inicial + entradas - saídas = saldo final

Para determinar os recebimentos e pagamentos. 11834031788

Exemplo: A partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados


abaixo, elabore a Demonstração dos fluxos de Caixa pelo método Direto e pelo
método Indireto.

Empresa Exemplo S.A. 31.12.X1 31.12.X2


Ativo Circulante
Caixa 100 100
Bancos 18.900 17.900
Duplicatas a Receber 15.000 31.000
Estoque de Mercadorias 22.000 21.500
Ativo Não Circulante

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Investimentos Permanentes 10.000 10.000


Imobilizado 20.000 27.000
Depreciação Acumulada -6.500 -7.400
Intangível 6.800 6.800
Total do Ativo 86.300 106.900
Passivo Circulante
Fornecedores 26.800 35.800
Salários a pagar 7.000 7.300
Impostos a Recolher 4.500 3.300
Passivo Não Circulante
Empréstimos de Longo Prazo 18.000 23.000
Patrimônio Líquido
Capital Social 25.000 30.000
Reservas de lucro 5.000 7.500
Total Passivo + PL 86300 106900

Demonstração do Resultado
Receita de Vendas 35.000
(-) Custo Mercadoria Vendida -18.000
(=) Lucro Bruto 17.000
(-) Despesas
De Vendas -3.000
De Salários -6.800
Depreciação -900
Financeiras -3.000
(=) Lucro Operacional 3.300
(-) Provisão IR e CSLL -800
(=) Lucro Líquido 2.500

Informações adicionais:
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1) Aumento de Empréstimos de Longo Prazo: R$ 3.000 refere-se a juros que


serão pagos junto com o valor principal; R$ 2.000 refere-se a novos
empréstimos.

2) O aumento do Capital Social foi integralizado pelos sócios em dinheiro.

No método indireto, partimos do resultado do período e somamos ou diminuímos


os valores que afetaram o resultado, mas que não representam saídas ou
entradas de dinheiro.

Neste exemplo, temos a despesa de Depreciação e os juros provisionados (que


diminuíram o lucro líquido, mas não são saídas de caixa; portanto, devem ser
somados ao lucro líquido)

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Fluxo de Caixa Operacional


Lucro Líquido 2500
(+) Depreciação 900
(+) Desp. Juros não Pagos 3000
Lucro Ajustado 6400

Depois, ajustamos as variações dos ativos e passivos relacionados com as


atividades operacionais.

Aumento do Ativo  diminui o caixa


Diminuição do Ativo  aumenta o caixa
Aumento do Passivo  aumenta o caixa
Diminuição do Passivo  diminui o caixa.

Lucro Ajustado 6400


(-) Var. Duplicatas a Receber -16000
(+) Var. Estoques 500
(+) Var. Fornecedores 9000
(+) Var. Salários a Pagar 300
(-) Var. Impostos a Recolher -1200
Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1000

Os fluxos de caixa das atividades de Financiamento e de Investimento são


montados diretamente, à partir das informações da questão.

O Fluxo de Caixa Indireto completo fica assim:

Fluxo de Caixa – Método Indireto


Fluxo de Caixa Operacional
Lucro Líquido 2.500
(+) Depreciação 11834031788
900
(+) Desp. Juros não Pagos 3.000
Lucro Ajustado 6.400
(-) Var. Duplicatas a Receber -16.000
(+) Var. Estoques 500
(+) Var. Fornecedores 9.000
(+) Var. Salários a Pagar 300
(-) Var. Impostos a Recolher -1.200
Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000
Fluxo de Caixa Ativ. Investimento
Aquisição de Imobilizado -7.000
Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000
Fluxo de caixa Ativ. Financiamento

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Dos sócios
Integralização de Capital 5.000
Novos Empréstimos 2.000
Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000
Total de Caixa consumido -1.000
Disponibilidades em X2 18.000
Disponibilidades em X1 19.000

Fluxo de Caixa – Método Direto:

Para o cálculo dos valores do fluxo de caixa – método direto, usamos sempre a
fórmula:
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final

Geralmente, os saldos iniciais e finais vêm do Balanço Patrimonial; as entradas


vêm da DRE.

1. Recebimento de clientes (duplicatas a receber)

Saldo inicial = 15.000


(+) Entradas (vendas) = 35.000
(-) Saídas (recebimentos) = ???
(=) Saldo Final = 31.000

Portanto Recebimentos = 15.000 + 35.000 – 31.000 = 19.000

2. Pagamentos a fornecedores

Neste caso, precisamos primeiro calcular as compras de mercadoria, e depois os


pagamentos a fornecedores.

Compra de mercadorias
Saldo Inicial Estoques = 22.000
(+) Entradas (compras) = ???
11834031788

(-) Saídas (CMV) = 18.000


(=) Saldo Final Estoque = 21.500

Portanto, compras de mercadorias = 24.500 + 18.000 – 22.000 = 17.500

Fornecedores
Saldo Inicial: 26.800
(+) Entradas (compras) = 17.500
(-) Saídas (pagamentos): ???
(=) Saldo Final = 35.800

Pagamentos a fornecedores = 26.800 + 17.500 – 35.800 = 8.500

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3. Pagamento de salários (salários a pagar)


Saldo inicial = 7.000
(+) Entradas (despesa de salários) = 6.800
(-) Saída ( pagamentos) = ???
(=) Saldo Final = 7.300

Pagamento de salários = 7.000 + 6.800 – 7.300 = 6.500

4. Pagamento de impostos (Impostos a recolher)

Saldo inicial = 4.500


(+) Entradas (IR e CSLL) = 800
(-) saídas (pagamentos) = ???
(=) Saldo Final = 3.300

Pagamento de impostos = 4.500 +800 – 3.300 = 2.000

Quanto às despesas de vendas, devemos considerar que foram integralmente


pagas no período.

Fluxo de Caixa - Método Direto


Fluxo das atividades operacionais
Recebimentos de clientes 19.000
(-) Pagamentos
A fornecedores -8.500
Salários -6.500
Impostos -2.000
Desp. Vendas -3.000
Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000
Fluxo de Caixa Ativ. Investimento
Aquisição de Imobilizado -7.000
Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000
Fluxo de caixa Ativ. Financiamento
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Dos sócios
Integralização de Capital 5.000
Novos Empréstimos 2.000
Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000
Total de Caixa consumido -1.000
Disponibilidades em X2 18.000
Disponibilidades em X1 19.000

Duplicatas Descontadas: Antigamente, as Duplicatas Descontadas eram


classificadas como conta Retificadora do Ativo, reduzindo a conta Duplicatas a
Receber. Com as alterações, passaram a ser classificadas no Passivo, pois, em
essência, essa operação é um empréstimo garantido pelas duplicatas.

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Para a Demonstração de Fluxo de Caixa, as duplicatas descontadas pertencem


ao fluxo Operacional. Vejamos a explicação:

No momento do desconto da duplicata, a contabilização é a seguinte:

D – Caixa (Ativo) 10.000


C – Duplicatas Descontadas (Passivo) 10.000

(Observação: não vamos considerar os encargos, para fins didáticos).

Se seguirmos a classificação contábil das duplicatas descontadas como Passivo


(empréstimo), no fluxo de caixa deveríamos classificá-las como pertencente às
atividades de Financiamento.

Quando do pagamento da duplicata, a empresa deverá efetuar o seguinte


lançamento:

D – Duplicatas Descontadas (Passivo) 10.000


C – Duplicatas a Receber (Ativo) 10.000

Não houve movimentação do Caixa, nesse lançamento. Assim, o recebimento da


duplicata não apareceria no fluxo operacional (já estaria comtemplado no fluxo
de financiamentos).

Uma possível solução seria considerar uma entrada de caixa no fluxo operacional
(pelo recebimento da duplicata) e uma saída de caixa no fluxo financeiro (pelo
pagamento do empréstimo garantido pelas duplicatas).

Mas as normas internacionais proíbem terminantemente entradas e saídas


fictícias de caixa.

Assim, a solução mais recomendada é classificar o desconto de duplicatas no


fluxo operacional. 11834031788

Posteriormente, quando do pagamento da duplicata descontada, não haverá


necessidade de nenhum lançamento fictício no fluxo de caixa.

O CESPE já cobrou:

(CESPE/Ministério da Saúde/Contador/2013) O valor das duplicatas


descontadas em banco integra as atividades de financiamento da demonstração
de fluxo de caixa.
ERRADA (é fluxo operacional).

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(CESPE/ANS/Especialista em Regulação /2013) No fluxo de caixa, entre


os valores que compõem o fluxo de atividades operacionais constam aqueles
relativos às duplicatas descontadas em banco. CERTA

Assim, as duplicatas descontadas integram o fluxo das atividades operacionais.

5 - RESUMO GERAL SOBRE DFC

1) A Demonstração de Fluxo de Caixa é obrigatória para as S.As., As


companhias fechadas com Patrimônio Líquido inferior a R$ 2.000.000,00 (dois
milhões de reais) na data do balanço não serão obrigadas à elaboração e
divulgação da Demonstração do Fluxo de Caixa.

2) A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) pode ser elaborada pelo método


direto ou pelo método indireto.

3) A DFC deve evidenciar os fluxos de caixa das atividades operacionais, de


financiamento e de investimentos.

4) O Pronunciamento encoraja fortemente as empresas a seguirem a seguinte


classificação:

Juros pagos e recebidos: Atividades operacionais


Juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos: Atividades operacionais
Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos: Atividades de financiamento

Alternativa diferente deve ser evidenciada em Nota Explicativa.

5) Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de


caixa ou equivalentes de caixa não devem ser incluídas na demonstração dos
fluxos de caixa.

6) As duplicatas descontadas integram o fluxo das atividades operacionais.


11834031788

Vamos mudar de assunto. Vejamos agora...

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6 - ASPECTOS CONTRATUAIS DA CONTABILIDADE. RELAÇÃO AGENTE E


PRINCIPAL.

6.1 - INTRODUÇÃO:

Para entender o papel da contabilidade com relação aos aspectos contratuais e à


relação Agente e Principal, precisamos falar rapidamente dos “Mercados com
Informações Assimétricas” (assunto estudado em economia).

A teoria econômica clássica parte do pressuposto de que todos os agentes do


mercado (consumidores e produtores) possuem informações completas a
respeito das variáveis econômicas relevantes para a escolha da melhor
alternativa. Assim, as curvas da oferta e da procura são bem definidas, e
também os custos e as receitas esperadas. O proprietário da empresa (que
também é seu administrador) precisa apenas de alguns cálculos para encontrar
a solução que maximiza o lucro ou minimiza o custo. As informações são
completas, sem custo e disponíveis para todos.

Esta simplificação é importante para o desenvolvimento da teoria econômica,


mas não é assim no mundo real.

Geralmente, o vendedor de um produto conhece mais sobre a sua qualidade do


que o comprador. Os funcionários conhecem mais sobre seu trabalho, sua
destreza e habilidade que seus empregadores. Os administradores sabem mais
sobre a empresa que os acionistas.

Chegamos assim ao tema das “Informações Assimétricas”: é a situação na


qual uma das partes sabe mais, tem mais informações que a outra.

Os principais pontos estudados neste assunto são:

1) Mercado de produtos de qualidade duvidosa (lemons) : Seleção adversa e


Sinalização de Mercado 11834031788

2) Risco Moral (moral hazard)

3) Relação agente – principal.

Examinaremos resumidamente os dois primeiros pontos e com mais vagar o


terceiro.

Mercado de produtos de qualidade duvidosa (lemons) : Seleção adversa


e Sinalização de Mercado

Vamos supor que dois tipos de automóveis se encontrem disponíveis para


venda: os de alta qualidade e os de baixa qualidade. Se tanto os vendedores

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como os compradores são capazes de reconhecer a qualidade do automóvel,


teríamos dois mercados bem definidos: o de carros com baixa qualidade,
negociados a 10.000, e o de carros com alta qualidade, negociados a 20.000.
Vamos considerar que aproximadamente 50% dos veículos disponíveis para
negociação seja de baixa qualidade e 50% de alta qualidade.

Ocorre que o vendedor sabe mais a respeito da qualidade do veículo que o


comprador. O comprador descobrirá a qualidade apenas depois de algum tempo
dirigindo o veículo. Nessa situação, o comprador pode pensar que a chance de
comprar um veículo de baixa qualidade é de 50% e oferecer 15.000 numa
eventual negociação.

Mas o vendedor sabe qual a qualidade (e o valor) do veículo. Assim, os


vendedores de veículos de baixa qualidade (que vale 10.000) aceitarão o preço
de 15.000.

Já os vendedores de veículos de alta qualidade não aceitarão negociá-lo por


15.000.

Chegamos, assim, ao conceito de Seleção Adversa. A Seleção Adversa surge


quando produtos de qualidades distintas são vendidos ao mesmo preço, porque
compradores e vendedores não estão suficientemente informados para
determinar a qualidade real do produto. Isto faz com que muitos produtos de
baixa qualidade e poucos de alta qualidade sejam vendidos no mercado. A
assimetria de informação faz com que os produtos ruins sejam mais negociados,
afastando os bons produtos do mercado.

O mesmo raciocínio aplica-se a inúmeras situações. Um bom funcionário, com


desempenho superior, pode ter salário de 10.000; um funcionário médio, com
desempenho inferior, salário de 5.000.

Se não for possível distinguir um do outro quando da contratação, uma empresa


pode oferecer um salário de 7.500, que seria aceito apenas pelos funcionários
com desempenho inferior. 11834031788

Outro exemplo: se um banco não consegue distinguir os bons pagadores dos


maus, a tendência será oferecer empréstimos com uma alta taxa de juros, que
irá atrair apenas os maus pagadores.

Digamos que uma empresa de seguros desenvolva um seguro de acidentes para


homens de 30 a 50 anos de idade. A empresa irá estudar a probabilidade de
acidente nesta faixa de idade, e apurar uma taxa média.

Naturalmente, alguns terão uma probabilidade maior que a média de se


envolverem em um acidente; outros terão uma probabilidade menor.

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Se a empresa não conseguir identificar a diferença de risco e oferecer o plano


por um preço único, apenas os que tenham maior probabilidade de se
acidentarem irão contratar o seguro, o que resultará em uma taxa de sinistros
maior que a esperada e aumento do prêmio.

Para evitar a Seleção Adversa, os vendedores e compradores usam a


Sinalização de Mercado. É o processo pelo qual os vendedores enviam sinais
aos compradores, transmitindo informações a respeito da qualidade do produto.

Assim, para demonstrar a qualidade de seus automóveis, o vendedor pode


oferecer uma garantia.

Da mesma forma, um candidato a emprego pode sinalizar sua competência


através dos cursos e treinamentos realizados.

Risco Moral: ocorre quando uma das partes altera o seu comportamento,
aumentando os riscos que serão suportados pela outra parte. Suponha, por
exemplo, que alguém use o seu carro para ir diariamente ao centro da cidade, e
use um estacionamento pago.

O risco moral ocorre quando essa pessoa faz um seguro do automóvel, e passa a
deixá-lo na rua, para economizar o valor do estacionamento, aumentando a
possibilidade de sinistro.

Segundo Pyndick, “risco moral é a ocorrência relacionada às ações da parte


segurada que não podem ser observadas pela parte seguradora, mas que
podem afetar a probabilidade ou a magnitude de um pagamento associado a um
sinistro.” (Robert Pyndick, “Microeconomia”).

Nas situações de risco moral, as pessoas agem em seu próprio interesse, ainda
que isso prejudique a outra parte.

6.2 - RELAÇÃO AGENTE – PRINCIPAL


11834031788

Inicialmente, vamos às definições. Segundo Pindyck:

Agente: Indivíduo contratado por um principal e que tem de atingir os objetivos


deste.

Principal: Indivíduo que contrata um ou mais agentes para atingir um objetivo


definido por ele mesmo.

O problema na relação agente-principal surge quando o agente persegue os seus


próprios objetivos, ainda que isso prejudique os objetivos do principal.

È o caso, por exemplo, do administrador (agente) que tenta aumentar o lucro a


curto prazo, para aumentar o seu bônus, mesmo sacrificando as condições de

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lucratividade da empresa a longo prazo, prejudicando os interesses dos


acionistas (principal).

Se considerarmos o povo como principal e o político eleito como agente, temos


outro exemplo do conflito agente – principal. Pois o político pode, depois de
eleito, preocupar-se apenas com a sua reeleição ou eleição para outro cargo e
não com as necessidades do principal (povo).

Nas condições em que se baseia a economia clássica, não ocorre o conflito entre
o agente e o principal. Pois se as informações estivessem amplamente
disponíveis e a obtenção e utilização das informações não envolvessem custos,
seria possível ao principal acompanhar e controlar o comportamento do agente.

Mas se considerarmos as condições reais, dificilmente o principal consegue


controlar o agente, o que causa o surgimento do Risco Moral nas atitudes do
agente.

É importante ressaltar que a relação agente-principal acontece em vários níveis.


Ex:

PRINCIPAL AGENTE
1 – Povo Presidente
2 – Presidente Ministro
3 – Ministro Diretor do Ministério
4 - Diretor do Ministério Funcionário

Esses conceitos já foram cobrados em provas de economia, confira:

(Especialista em Políticas Públicas/SP/FCC/2009) Para impedir a elevação


das taxas de inflação, o Poder Executivo Estadual decide reduzir a tarifa do
transporte de trens metropolitanos realizado pela empresa da qual não é
acionista majoritário, mas onde detém os principais cargos decisórios. Nesse
caso,
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A) surge o problema do risco moral pois, com a prática de tarifas reduzidas, os


consumidores passam a suspeitar da falta de manutenção dos trens e optam por
não mais utilizar o serviço, levando a empresa inexoravelmente à falência.
B) surge o problema da relação agente-principal, já que há um conflito entre a
redução de tarifas, decidida pelos gestores da empresa, e o objetivo de
maximização dos lucros buscado pelos acionistas.
C) são geradas externalidades negativas, pois a redução do custo de transporte
para os trabalhadores não implica benefícios na formação dos preços de outros
bens e serviços.
D) o mercado funciona da forma mais eficiente possível, pois o serviço está
sendo oferecido a um preço inferior a seu custo.

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E) ocorre naturalmente a quebra de monopólio do setor de transportes, uma


vez que outros concorrentes podem se instalar e oferecer o serviço a um preço
semelhante ao praticado antes da redução de tarifas.

E outra...

(FCC/Analista/BACEN/2006) Analise as seguintes afirmações:

I. Num lemons market sempre se concretizam transações, até mesmo quando


os compradores estejam dispostos a pagar, por um bem de boa qualidade, um
preço superior àquele que os vendedores estejam dispostos a negociá-lo.
II. O fato do mercado de arte ter proporções reduzidas pode ser explicado, entre
outras razões, pelo risco que consumidores comuns correm de adquirir uma obra
falsa pelo preço de uma verdadeira.
III. A existência de franquias elevadas para seguros de automóveis é justificada
pelo fato de as seguradores não poderem verificar individualmente o cuidado
que os segurados tomam com seus veículos.
IV. A garantia oferecida pelas concessionárias de automóveis, ao
comercializarem carros usados, bem como sua reputação no mercado, são sinais
utilizados para demonstrar que esses produtos têm qualidade acima da média
esperada pelo comprador.
V. A relação agente-principal é aquela em que uma pessoa (agente) atua como
preposto de outra (principal), recebendo para isso uma remuneração; esse tipo
de relação é ilustrativa do moral hazard, já que nem sempre o principal
consegue monitorar integralmente o comportamento dos agentes.

É INCORRETO o que consta APENAS em

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
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E mais...

(FCC/Analista de Orcamento/MARE/1999) Considere a possibilidade de o


governo criar uma " Agência Nacional de Controle Orçamentário", cujo objetivo é
fiscalizar a execução do orçamento. Pode-se considerar que

A) certamente esta agência funcionará bem e cumprirá seu papel fiscalizador,


supondo que a informação seja imperfeita.
B) se a informação é imperfeita, a eficácia de tal Agência dependerá da
estrutura de contrato entre Principal (Sociedade) e o Agente (a Agência) e entre
a Agência (agora Principal) e os órgãos do governo fiscalizados (Agentes).

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C) a eficácia do contrato não depende da estrutura de incentivos com a qual a


Agência se depara, mesmo considerando informação assimétrica.
D) a eficácia do contrato depende da estrutura de incentivos com a qual a
Sociedade se depara, mesmo considerando informação assimétrica.
E) a eficácia do contrato é maior se a Agência for amante de risco e a
Sociedade, neutra ao risco.

4. Com relação à teoria tradicional dos mercados com informação assimétrica,


pode-se afirmar que

A) os contratos de seguro saúde não estão sujeitos a seleção adversa pois as


pessoas menos saudáveis tendem a procurar mais o seguro saúde do que
pessoas mais saudáveis.
B) o problema Principal-Agente não é um exemplo de informação assimétrica,
mas de escolha num ambiente que envolve risco.
C) na relação eleitor-político, moral hazard diz respeito, por exemplo, à
possibilidade de se estabelecer contratos ilegais e imorais, corruptos, entre as
partes envolvidas.
D) no Brasil por exemplo, a procura por um diploma universitário é grande pois
este representaria uma sinalização para os empregadores do nível potencial de
produtividade dos empregados.
E) no mercado de crédito ao consumidor não existe nenhum problema se todos
os consumidores pagam a mesma taxa de juro. As taxas de juros baseadas em
créditos ruins tendem a ser muito altas, não havendo necessidade dos bancos e
financeiras compartilharem as mesmas informações sobre a vida financeira dos
consumidores. _

Gabarito

1 –B
2 –A
3 –B
4 -D 11834031788

7 - TEORIA CONTRATUAL DA FIRMA

De acordo com essa teoria, a empresa é vista como um conjunto de contrato


entre diversos participantes. Cada um contribui com algo para a firma e em
troca recebe sua parte. Por exemplo, empregados contribuem com sua força de
trabalho e recebem seus salários. Os acionistas contribuem com capital e
recebem dividendos. Fornecedores contribuem com produtos e serviços e
recebem dinheiro.

Os contratos são de diversas naturezas, e muitos deles não são contratos


formais. Segundo a teoria contratual, o importante é estabelecer que qualquer

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relação estabelecida entre a firma e os seus agentes é feita por intermédio de


um ou outro tipo de contrato.

Para que a firma possa funcionar adequadamente, é necessário que haja


equilíbrio entre os contratos estabelecidos. Se uma das partes não está satisfeita
com os termos de seu contrato ou com a sua execução, as atividades da
empresa podem ser prejudicadas. È o que ocorre numa greve. Os credores
insatisfeitos podem pedir a falência da firma, ao invés de conceder mais prazo
para o pagamento da dívida. Executivos descontentes com o salário podem ir
trabalhar para o concorrente, levando informações importantes.

Portanto, é fundamental que os contratos sejam executados de forma adequada.

7.1 - A CONTABILIDADE E A TEORIA CONTRATUAL DA FIRMA

As funções da contabilidade com relação à coordenação dos vários contratos


existentes entre os agentes e a empresa são as seguintes:

1 – Quantificar a contribuição de cada um dos participantes nos contratos;


2 – Quantificar a parte a que cada um dos participantes tem direito no resultado
da empresa;
3 – Informar os participantes a respeito do grau de sucesso no cumprimento dos
contratos;
4 – fornecer informações para todos os potenciais participantes em contratos
com a empresa para manter a disponibilidade dos seus fatores de produção;
5 – distribuir algumas informações como conhecimento comum para reduzir o
custo da negociação dos contratos.

Podemos exemplificar o papel da contabilidade analisando a remuneração dos


administradores. Para reduzir os conflitos de agência (conflitos de interesse
entre o agente e o principal), as empresas vinculam parte da remuneração dos
administradores ao resultado. Assim, eles se tornam um pouco “sócios” da firma
e passam a agir como os donos do negócio.
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A ideia é atraente, mas a sua implementação não é tão simples como pode
parecer. O resultado da empresa é função de diversas variáveis, algumas
decididas antes mesmo do administrador ingressar na empresa. O cenário
econômico, a posição da empresa em relação aos concorrentes, enfim, vários
fatores influenciam o lucro da empresa. Quando um administrador recebe seu
bônus somente com base no lucro, sua remuneração está contaminada por
vários fatores externos à sua vontade.

Dessa forma, a contabilidade tem um papel fundamental na definição de


medidas de performance e remuneração.

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Cada grupo de interessados na empresa possui uma necessidade de informação


distinta. A contabilidade precisa adaptar-se a cada uma dessas categorias para
que possa fornecer informações úteis.

7.2 - A CONTABILIDADE E A RELAÇÃO AGENTE-PRINCIPAL

Neste caso, a função da contabilidade é auxiliar no controle e na avaliação do


Agente. Lembramos que só ocorre conflito entre o agente e o principal nas
situações em que o agente possui mais informações que o principal. Vamos
considerar, por exemplo, uma pequena empresa, cujo dono contrate um
administrador para auxiliá-lo. Se o dono trabalhar diariamente na empresa e
possuir tanto conhecimento dela como o administrador, não haverá o conflito de
agência. Nesse caso, o Principal (dono) consegue avaliar e controlar
perfeitamente as ações do Agente (administrador).

Mas, se considerarmos uma grande empresa, com um corpo de administradores


profissionais, ai surge o conflito de agência. Neste caso, o agente tem mais
informações e conhecimento sobre a empresa que o principal.

A contabilidade deve atuar para diminuir essa assimetria informacional,


possibilitando ao Principal que avalie e controle as ações do agente.

Naturalmente, o agente tem grande influência na produção da informação


contábil. É o administrador que contrata e mantém no emprego o contador. Para
evitar a manipulação da informação contábil, existem os princípios de
contabilidade, os órgãos reguladores da profissão e a auditoria externa.

A auditoria externa, ao certificar a adequação das informações contábeis,


possibilita o uso dessas informações por parte de interessados externos à
empresa.

7.3 - RESUMINDO

1) A Teoria Contratual da Firma considera a empresa como um conjunto de


11834031788

contratos (nem sempre formais).

2) Esses contratos precisam ser executados em harmonia, para possibilitar o


adequado funcionamento da empresa

3) A contabilidade possibilita a quantificação da contribuição de cada


interessado, e da parte que lhe cabe do bolo. Também é importante como
instrumento de controle (verificação do adequado cumprimento do contrato).

4) O conflito de agência surge quando um principal contrata um agente para


atingir os seus (do principal) objetivos. Quando o agente tem mais informações
e conhecimento que o principal, ocorre a possibilidade do risco moral, que é a

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situação na qual o agente passa a procurar seus próprios interesses, ainda que
isto prejudique o principal.

5) A contabilidade pode diminuir a assimetria informacional, e possibilitar ao


principal ter mais controle sobre as ações do agente, podendo avaliar melhor
sua performance.

7.4 - QUESTÃO DISCURSIVA:

O CESPE apresentou a seguinte questão discursiva, no concurso para o TCU de


2013:

Redija um texto sobre o seguinte tema.

ASPECTOS CONTRATUAIS DA CONTABILIDADE

Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir:

- Descreva os diversos agentes que participam dos contratos com a firma;


[valor: 4,00 pontos]
- Apresente as naturezas dos contratos; [valor: 4,00 pontos]
- Indique como surgem os problemas relativos à execução e imposição dos
contratos; [valor: 5,00 pontos]
- Aponte algumas funções da contabilidade relativas à coordenação dos vários
contratos existentes entre os diversos agentes vinculados à empresa. [valor:
6,00 pontos]

Vejamos como poderíamos responder cada item:

- Descreva os diversos agentes que participam dos contratos com a


firma;

“De acordo com essa teoria, a empresa é vista como um conjunto de contrato
entre diversos participantes. Cada um contribui com algo para a firma e em
11834031788

troca recebe sua parte. Por exemplo, empregados contribuem com sua força de
trabalho e recebem seus salários. Os acionistas contribuem com capital e
recebem dividendos. Fornecedores contribuem com produtos e serviços e
recebem dinheiro.”

- Apresente as naturezas dos contratos;

“Os contratos são de diversas naturezas, e muitos deles não são contratos
formais. Segundo a teoria contratual, o importante é estabelecer que qualquer
relação estabelecida entre a firma e os seus agentes é feita por intermédio de
um ou outro tipo de contrato.”

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- Indique como surgem os problemas relativos à execução e imposição


dos contratos;

“Para que a firma possa funcionar adequadamente, é necessário que haja


equilíbrio entre os contratos estabelecidos. Se uma das partes não está satisfeita
com os termos de seu contrato ou com a sua execução, as atividades da
empresa podem ser prejudicadas. È o que ocorre numa greve. Os credores
insatisfeitos podem pedir a falência da firma, ao invés de conceder mais prazo
para o pagamento da dívida. Executivos descontentes com o salário podem ir
trabalhar para o concorrente, levando informações importantes. Portanto, é
fundamental que os contratos sejam executados de forma adequada.”

- Aponte algumas funções da contabilidade relativas à coordenação dos


vários contratos existentes entre os diversos agentes vinculados à
empresa.

As funções da contabilidade com relação à coordenação dos vários contratos


existentes entre os agentes e a empresa são as seguintes:

1 – Quantificar a contribuição de cada um dos participantes nos contratos;


2 – Quantificar a parte a que cada um dos participantes tem direito no resultado
da empresa;
3 – Informar os participantes a respeito do grau de sucesso no cumprimento dos
contratos;
4 – Fornecer informações para todos os potenciais participantes em contratos
com a empresa para manter a disponibilidade dos seus fatores de produção;
5 – Distribuir algumas informações como conhecimento comum para reduzir o
custo da negociação dos contratos.

8 - QUESTÕES RESOLVIDAS

1. (CESPE/TRE-MS/Técnico Judiciário–Contabilidade/2013)
11834031788

R$
Acréscimos no ativo circulante 30.000,00
Alienação do intangível 3.000,00
Aquisição de imobilizado 60.000,00
Decréscimo no passivo circulante 12.000,00
Depreciação/amortização do período 20.000,00
Lucro líquido 80.000,00
Pagamento de empréstimo longo prazo 50.000,00
Tomada de financiamentos 40.000,00

De acordo com dados da tabela acima, levantados para a elaboração da


demonstração do fluxo de caixa de determinada empresa, o caixa líquido

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A) gerado pelas atividades operacionais foi de R$ 58.000,00.


B) gerado pelas atividades operacionais foi de R$ 160.000,00.
C) consumido pelas atividades de financiamento foi de R$ 50.000,00.
D) consumido pelas atividades de financiamento foi de R$110.000,00.
E) consumido pelas atividades de investimento foi de R$ 37.000,00.

Comentários:

Vamos esboçar a Demonstração do Fluxo de Caixa:

Demonstração dos Fluxos de Caixa:


Fluxo Operacional
Lucro líquido 80.000,00
(+) Depreciação/amortização do período 20.000,00
(=) Lucro Ajustado 100.000,00
(-) Acréscimos no ativo circulante - 30.000,00
(-) Decréscimo no passivo circulante - 12.000,00
Caixa Gerado Fluxo Operacional 58.000,00
Fluxo de Investimentos
(+) Alienação do intangível 3.000,00
(-) Aquisição de imobilizado - 60.000,00
Caixa Consumido Fluxo Investimentos - 57.000,00
Fluxo de Financiamentos
(+) Tomada de financiamentos 40.000,00
(-) Pagamento de empréstimo longo prazo - 50.000,00
Caixa Consumido Fluxo Financiamentos - 10.000,00
Total de Caixa consumido no período - 9.000,00

1 - Gabarito  A

2. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Em relação à demonstração do fluxo de


11834031788

caixa (dfc), julgue os itens subsequentes.

O aumento do valor de contas a receber de clientes no final do período em


relação ao valor do início do período implica redução no fluxo de caixa
operacional.

Comentários:

Correto. O aumento do valor de contas a receber significa que, das vendas do


período, parte ficou “represada” no contas a receber, e ainda não afetou o caixa.

2 - Gabarito  Correto.

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3. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) As operações de pagamento de


empréstimos e compra de imobilizados geram, respectivamente, reduções nos
fluxos de caixa de investimento e de financiamento.

Comentários:

Está invertido. O correto seria:

Pagamento de empréstimos: reduz o caixa das atividades de financiamentos.


Compras de imobilizado: reduz o caixa das atividades de investimentos.

3 - Gabarito  Errado.

4. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Na elaboração do fluxo de caixa


operacional pelo método indireto, o valor das depreciações e amortizações do
período é acrescentado ao saldo do lucro líquido.

Comentários:

Correto. No método indireto, partimos do Lucro Líquido, já com todas as receitas


e despesas. Ocorre que a despesa de depreciação e amortização diminui o lucro,
mas não afeta o caixa. As despesas de depreciação e a amortização não são
“pagas” a ninguém, não são desembolsadas. Como o Lucro Líquido já está
diminuído de tais despesas, elas devem ser adicionadas, para calcular o Lucro
Ajustado.

4 - Gabarito  Correto.

5. (CESPE/TJ-AL/Analista – Contabilidade/2012/Adaptada) Com base


nos princípios fundamentais de contabilidade, nos pronunciamentos contábeis do
CPC, na Lei n.º 6.404/1976, suas alterações posteriores e legislação
complementar, assinale a opção correta. 11834031788

A demonstração do fluxo de caixa ( DFC ) não é obrigatória para as sociedades


anônimas com faturamento bruto anual inferior a dois milhões de reais.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:

§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior


a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)

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Assim, a DFC não é obrigatória para as SAs. FECHADAS com PL inferior a


2.000.000 (não tem nada a ver com o faturamento bruto anual).

5 - Gabarito  Errado.

6. (CESPE/TJ-RR/Contador/2012) Acerca da elaboração da demonstração


do fluxo de caixa, de acordo com a legislação societária e os pronunciamentos
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens que se
seguem.

O resgate do principal de aplicações financeiras não classificadas como


equivalentes de caixa e os desembolsos de empréstimos concedidos pela
empresa constituem saídas de caixa classificadas nas atividades de investimento
e evidenciadas na demonstração do fluxo de caixa.

Comentários:

Vamos examinar as afirmações:

“O resgate do principal de aplicações financeiras (...) são saídas de caixa


classificadas nas atividades de investimentos...”

Errado. A empresa investiu numa determinada aplicação financeira. O resgate


dessa aplicação é entrada de caixa, e não saída. Além disso, deve ser
classificada como atividade operacional. Conforme o Pronunciamento CPC 03
(R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa:

15. A entidade pode manter títulos e empréstimos para fins de negociação


imediata ou futura (dealing or trading purposes), os quais, no caso, são
semelhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda. Dessa forma,
os fluxos de caixa advindos da compra e venda desses títulos são classificados
como atividades operacionais. Da mesma forma, as antecipações de caixa e os
empréstimos feitos por instituições financeiras são comumente classificados
11834031788

como atividades operacionais, uma vez que se referem à principal atividade


geradora de receita dessas entidades.

Vamos continuar:

“...desembolsos de empréstimos concedidos pela empresa constituem saídas de


caixa classificadas nas atividades de investimento...”

Certo. Os empréstimos concedidos são classificados nas atividades de


Investimentos.

Mas, como a primeira afirmação está errada, esse é o gabarito da questão.

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6 - Gabarito  Errado.

7. (CESPE/TJ-RR/Contador/2012) As vendas de ações emitidas e os


empréstimos obtidos no mercado mediante emissão de debêntures ou outros
instrumentos de dívida de curto ou longo prazo são exemplos de entradas de
caixa classificados nas atividades de financiamento e evidenciados na
demonstração do fluxo de caixa.

Comentários:

Certo. Devem ser classificadas nas atividades de Financiamento. Confira o


Pronunciamento CPC 03 (R2):

Atividades de financiamento

17. A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de


financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos
futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de
fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos


patrimoniais;
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e
longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro

7 - Gabarito  Correto.
11834031788

8. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012)

Saldo inicial 1.500


Entradas
Recebimentos de vendas 9.500
Empréstimos bancários 470
Aumento de capital 1.500
Saídas
Compra de veículos 300
Compra de imóveis 1.000
Aquisição de participações 2.140

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Compras do período 5.000


Despesas operacionais 880
Despesas financeiras 500
Dividendos pagos 850

A tabela acima, com valores em reais, apresenta os dados relativos a todas as


movimentações de caixa e equivalentes de caixa de uma empresa em dado
período. Com base nessas informações, julgue os itens, relativos à
demonstração de fluxo de caixa (DFC ) da referida empresa.

A variação no saldo de caixa do período foi positiva.

Comentários:

Essa é fácil. Basta somar as entradas e saídas de caixa:

Entradas: 9.500 + 470 + 1.500 = 11.470


Saídas: 300 + 1.000 + 2.140 + 5.000 + 880 + 500 +850 = 10.670

Como as entradas do caixa são maiores que as saídas, a variação no saldo de


caixa no período foi positiva.

8 - Gabarito  Correto.

9. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012) O caixa gerado pelas


atividades operacionais foi menor do que o gerado pelas atividades de
financiamento.

Comentários

Caixa das atividades operacionais


Recebimentos de vendas 9.500
(-) Compras do período -
11834031788

5.000
(-) Despesas operacionais - 880
Caixa gerado ativ. operacionais 3.620

Caixa das atividades de financiamentos


Empréstimos bancários 470
Aumento de capital 1.500
(-) Despesas financeiras - 500
(-) Dividendos pagos - 850
Caixa gerado ativ. Financiamentos 620

O caixa gerado pelas atividades operacionais foi de $3.620, e o das atividades


de financiamento, de 620.

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9 - Gabarito  Errado.

Observação: lembramos que o pronunciamento cpc 03 (R2) “encoraja


fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os
dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das
atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos
como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve
ser seguida de nota evidenciando esse fato.

10. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012) As atividades de


investimento geraram uma redução de caixa superior a R$ 3.500,00.

Comentários

Caixa das atividades de investimentos


(-) Compra de veículos - 300
(-) Compra de imóveis - 1.000
(-) Aquisição de participações - 2.140
Caixa consumido ativ. Investimentos: - 3.440

As atividades de Investimentos consumiram (ou, nos termos da Banca,


“geraram uma redução de caixa”) de 3.440.

10 -Gabarito  ERRADO

11. Para construir a DFC pelo método indireto, além das informações acima, a
empresa necessitará também de informações sobre o resultado do exercício e
sobre a variação do saldo de alguns itens do ativo e do passivo.

Comentários:

Correto. Basta lembrar da estrutura da DFC pelo método indireto:


11834031788

18. A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades


operacionais, usando alternativamente:

(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos


brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado
pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer
diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou
pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens
de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

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11 - Gabarito  Correto.

12. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) Acerca da


demonstração dos fluxos de caixa (DFC), conforme Pronunciamento CPC n.º 3,
julgue os próximos itens.

Para as entidades obrigadas à apresentação da DFC que optarem pelo uso do


método direto, é recomendável a apresentação da conciliação entre o lucro
líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.

Comentários:

Recomendável, não. É obrigatória. Confira o texto do Pronunciamento CPC 03


(R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa:

20A. A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais deve ser fornecida obrigatoriamente caso a entidade use o
método direto para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A
conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a
serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o
método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar
o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais

12 - Gabarito  Errado.

13. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) A forma de divulgação


da DFC das atividades operacionais depende do método empregado - se direto
ou indireto.

Comentários:

Correto. Conforme o Pronunciamento CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos


de Caixa: 11834031788

18. A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades


operacionais, usando alternativamente:

(a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos


brutos e pagamentos brutos são divulgadas; ou
(b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado
pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer
diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou
pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens
de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de
investimento ou de financiamento.

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13 - Gabarito  Correto.

14. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) A aquisição de um


veículo deve ser representada na seção relativa às atividades de financiamento.

Comentários:

A aquisição de um veículo deve ser representada nas atividades de


Investimentos.

14 - Gabarito  ERRADO

15. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) Recebimentos e


pagamentos de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice
feitos por seguradora são exemplos de atividades operacionais.

Comentários

Segundo o CPC 03 (R2):

14. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente


derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto,
eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na
apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem
das atividades operacionais são:

(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de


serviços;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e
outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
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(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e


sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que
possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou
de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação
imediata ou disponíveis para venda futura.

15 - Gabarito  Correto.

16. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/CNJ/2013) Os recursos


recebidos pela emissão de debêntures são classificados como oriundos da
atividade operacional ao se elaborar o fluxo de caixa da empresa.

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Comentários

Segundo o CPC 03 (R2):

17. A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de


financiamento é importante por ser útil na predição de exigências de fluxos
futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. Exemplos de
fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos
de curto e longo prazos;
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro.

Trata-se, pois, de fluxo de financiamento.

16 - Gabarito  Errado.

17. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT/10ª/2013) Na


demonstração dos fluxos de caixa, os juros pagos e recebidos sobre capital
próprio devem ser classificados como fluxos de caixa das atividades de
financiamento de instituições financeiras.

Comentários

Segundo o CPC 03 (R2):


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33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital


próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa
operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a
classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e
recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser
classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na
determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os
juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser
classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos
de caixa de investimento, porque são custos de obtenção de recursos financeiros
ou retornos sobre investimentos.

Ainda dispõe que:

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34. Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser


classificados como fluxo de caixa de financiamento porque são custos
da obtenção de recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos e os
juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como componente
dos fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuários a
determinar a capacidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o capital
próprio utilizando os fluxos de caixa operacionais.

Item, portanto, incorreto.

17 - Gabarito  Errado.

18. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) A conversão de debêntures em


ações deve ser apresentada como atividade de financiamento na demonstração
dos fluxos de caixa da sociedade que as emitiu.

Comentários

Há uma conversão de dívida (debêntures emitidas) em instrumento patrimonial


(ação). Lembre-se de que as debêntures são uma espécie de empréstimo que a
entidade faz perante o público para captar recursos.

Pela obtenção das debêntures:

D – Caixa (ativo)
C – Debêntures a resgatar (passivo)

Caso a entidade, ao invés de pagar os títulos aos possuidores, ofereça a


oportunidade destes debenturistas se tornarem sócios, eles passarão a possuir
ações da sociedade. Em contrapartida, a empresa não mais deverá nada a estes
debenturistas. Os lançamentos, assim, serão:
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D – Debêntures a resgatar (passivo)


C – Capital social (patrimônio líquido)

Veja que o caixa não foi afetado pela conversão da dívida (debêntures) em
instrumento patrimonial (ação).

É esta, pois, uma transação que não afeta o caixa.

Segundo o CPC 03 (R2):

Transação que não envolve caixa ou equivalentes de caixa

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43. Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de


caixa ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos
de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas às
demonstrações contábeis, de modo que forneçam todas as informações
relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.

44. Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto


direto sobre os fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de
capital e de ativos da entidade. A exclusão de transações que não envolvem
caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa é
consistente com o objetivo de referida demonstração, visto que tais itens não
envolvem fluxos de caixa no período corrente. Exemplos de transações que não
envolvem caixa ou equivalente de caixa são:

(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo,
quer seja por meio de arrendamento financeiro;
(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais;
e
(c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.

Assim, não há evidenciação como atividade de financiamento, já que a operação


não afeta o caixa.

18 - Gabarito  Errado.

19. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) A redução do saldo da conta


fornecedores, do passivo circulante, decorrente do pagamento de bens e
serviços adquiridos a prazo, trará reflexos no valor do caixa líquido das
atividades de financiamento.

Comentários

O item está incorreto. O reflexo será no valor líquido das atividades


11834031788

operacionais, já que, havendo pagamento de fornecedores (redução do seu


saldo), estamos diminuindo o nosso caixa.

No método indireto, partimos do resultado do período e somamos ou diminuímos


os valores que afetaram o resultado, mas que não representam saídas ou
entradas de dinheiro.

Depois, ajustamos as variações dos ativos e passivos relacionados com as


atividades operacionais.

Aumento do Ativo  diminui o caixa


Diminuição do Ativo  aumenta o caixa
Aumento do Passivo  aumenta o caixa

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Diminuição do Passivo  diminui o caixa.

19 - Gabarito  Errado.

20. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) Os fluxos de caixa decorrentes de


imposto de renda se classificam como fluxos de caixa operacionais e jamais se
admite outra classificação para essas movimentações.

Comentários

Segundo o Pronunciamento CPC 03 (R2):

35. Os fluxos de caixa referentes ao imposto de renda (IR) e contribuição social


sobre o lucro líquido (CSLL) devem ser divulgados separadamente e devem ser
classificados como fluxos de caixa das atividades operacionais, a menos
que possam ser identificados especificamente como atividades de
financiamento e de investimento.

36. Os tributos sobre o lucro (IR e CSLL) resultam de transações que originam
fluxos de caixa que são classificados como atividades operacionais, de
investimento ou de financiamento na demonstração dos fluxos de caixa. Embora
a despesa com impostos possa ser prontamente identificável com as atividades
de investimento ou de financiamento, torna-se, às vezes, impraticável identificar
os respectivos fluxos de caixa dos impostos, que podem, também, ocorrer em
período diferente dos fluxos de caixa da transação subjacente. Portanto, os
impostos pagos são comumente classificados como fluxos de caixa das
atividades operacionais. Todavia, quando for praticável identificar o fluxo de
caixa dos impostos com uma determinada transação, da qual resultem fluxos de
caixa que sejam classificados como atividades de investimento ou de
financiamento, o fluxo de caixa dos impostos deve ser classificado como
atividade de investimento ou de financiamento, conforme seja apropriado.
Quando os fluxos de caixa dos impostos forem alocados em mais de uma classe
de atividade, o montante total dos impostos pagos no período também deve ser
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divulgado.

Item, portanto, incorreto.

20 - Gabarito  Errado.

21. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) O pagamento, em dinheiro, de


empréstimo obtido por instituição não financeira, cujo valor inclua o principal e
os juros, pode ser classificado em duas atividades distintas: a parte dos juros,
como atividade operacional; e a parte do valor principal, como atividade de
financiamento.

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Comentários

Segundo o CPC 03 (R2):

12. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de
uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de
empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser
classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser
classificada como atividade de financiamento.

21 - Gabarito  Correto.

22. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) Nas instituições financeiras, os


juros recebidos são geralmente classificados como fluxos de caixa operacional,
enquanto nas instituições não financeiras esses juros podem ser classificados
como fluxos de caixa operacional ou como fluxos de caixa de investimento.

Comentários

33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital


próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa
operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso
sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os
juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio
recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais,
porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo.
Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o
capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como
fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque
são custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre
investimentos.

22 - Gabarito  Correto. 11834031788

23. (CESPE/Contador/UNIPAMPA/2013) Se determinada sociedade


empresária apresentou, no exercício de 2012, saldos de caixa e equivalentes de
caixa — inicial e final — no valor de R$ 2.339 mil e de R$ 2.224 mil,
respectivamente, e, no mesmo exercício, a aplicação de caixa em investimentos
foi de R$ 2.178 mil e o caixa gerado pelas operações foi de R$ 1.584 mil, então,
na demonstração do fluxo de caixa deverá ser demonstrada a geração de caixa
em financiamentos no valor de R$ 479 mil.

Comentários

Questão interessante: a variação total do caixa é igual à soma dos fluxos de


caixa operacional (FCO), financeiro (FCF) e de investimentos (FCI).

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FCO + FCF + FCI = Variação do caixa

Variação do caixa: 2.224 – 2.339 = - 115


FCI = - 2.178 (negativo, pois é aplicação em investimentos)
FCO = 1.584 (positivo, pois o caixa foi gerado)

1.584 - 2.178 + FCF = - 115


FCF = - 115 + 2.178 – 1.584 = 479 mil.

Item, portanto, correto.

23 - Gabarito  Correto.

(CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) Com base nas Leis n.º 6.404/1976, n.º


11.638/2007 e n.º 11.941/2009, julgue os itens que se seguem.

24) Nas notas explicativas devem ser indicados os principais critérios de


avaliação dos elementos patrimoniais, de cálculos de depreciação, de
constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender a
perdas prováveis na realização de elementos do ativo.

Comentários:

Literalidade da Lei 6404/76:

§ 5o As notas explicativas devem:

IV – indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
11834031788

a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

24 - Gabarito  Correto

(CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) Com base na legislação das


sociedades por ações, julgue os itens a seguir.

25) As notas explicativas que complementam as demonstrações financeiras


compreendem não só as informações obrigatórias não contidas nas próprias
demonstrações, como também informações adicionais quando o conteúdo das
demonstrações for insuficiente.

Comentários:

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Conforme a Lei 6404/76:

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e


outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

§ 5o As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;

II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis


adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra
parte das demonstrações financeiras

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias


demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada; e (...)

25 - Gabarito  CORRETO

(CESPE/INCA/Gestão Pública/2010) Com relação à análise da documentação


contábil, julgue os itens a seguir.

26) A função das notas explicativas, que são complementares às demonstrações


financeiras contábeis e estão entre os relatórios de análise da documentação
contábil, é divulgar as informações decorrentes de práticas contábeis brasileiras
e fornecer as informações necessárias para apresentar a situação da empresa
aos acionistas. Entretanto, as notas explicativas, por serem sigilosas e restritas
aos executivos da companhia, não devem apresentar as informações utilizadas
11834031788

na preparação das demonstrações.

Comentários:

O CESPE costuma apresentar duas ou mais assertivas em cada questão. Vamos


analisá-las:

“A função das notas explicativas, que são complementares às demonstrações


financeiras contábeis e estão entre os relatórios de análise da documentação
contábil, é divulgar as informações decorrentes de práticas contábeis brasileiras
e fornecer as informações necessárias para apresentar a situação da empresa
aos acionistas.”

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Certo. Extraído da Lei 6404/76.

“Entretanto, as notas explicativas, por serem sigilosas e restritas aos executivos


da companhia, não devem apresentar as informações utilizadas na preparação
das demonstrações.”

Errado. Conforme a Lei das SAs. (Lei 6404/76):

§ 5o As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;

26 - Gabarito  ERRADA

(CESPE/EMBASA/Ciências Contábeis/2010) Acerca das demonstrações contábeis


obrigatórias previstas na legislação societária ( Lei n.º 6.404/1976 ), julgue os
próximos itens.

27) É facultada à companhia a divulgação de notas explicativas quanto às


demonstrações financeiras.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e


outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Ou seja, as Notas Explicativas são obrigatórias, e não facultativas.

27 - Gabarito  ERRADA 11834031788

(CESPE/SECONT-ES/Auditor - Ciências Contábeis/2009) Acerca da


obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras,
previstas no art. 176 da Lei n.º 6.404/1976, julgue os seguintes itens.

28) As notas explicativas devem apresentar informações sobre a base de


preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.

Comentários:

Temos aqui mais uma literalidade da Lei das SAs. (Lei 6404/76), confira:

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§ 5o As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;

28 - Gabarito  CORRETO

29) A companhia não deve divulgar, nas notas explicativas, informações


referentes aos investimentos em outras sociedades, mesmo quando relevantes.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:

§ 5o As notas explicativas devem:


(...)

IV – indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art.


247, parágrafo único);

29 - Gabarito  ERRADO

(CESPE/SECONT-ES/Auditor - Ciências Contábeis/2009) Acerca da


obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras,
previstas no art. 176 da Lei n.º 6.404/1976, julgue os seguintes itens.
11834031788

30) Os eventos subsequentes à data de encerramento de um exercício, que


tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os
resultados futuros de uma companhia, poderão ou não, a critério da entidade,
ser divulgados nas notas explicativas.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:


§ 5o As notas explicativas devem:
(...)

IV – indicar:

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a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão,
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247,


parágrafo único);

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações


(art. 182, § 3o );

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias


prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a


longo prazo;

f) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício


que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação
financeira e os resultados futuros da companhia.

A assertiva está errada, pois a empresa deve divulgar tais eventos. O erro é
mencionar que “poderão ou não, a critério da entidade, ser divulgados nas notas
explicativas.”

30 - Gabarito  ERRADO

31) As demonstrações financeiras são complementadas por notas explicativas e


outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários ao
11834031788

esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Comentários:

Mais uma literalidade da Lei 6404/76:

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros


quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

31 - Gabarito  CORRETO

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32) (CESPE/Ministério da Saúde/Contador/2013) O valor das duplicatas


descontadas em banco integra as atividades de financiamento da demonstração
de fluxo de caixa.

Comentários:

As duplicatas descontadas integram as atividades Operacionais. Veja explicação


na página 28 e seguintes desta aula.

32 - Gabarito  ERRADO

33) (CESPE/ANS/Especialista em Regulação /2013) No fluxo de caixa,


entre os valores que compõem o fluxo de atividades operacionais constam
aqueles relativos às duplicatas descontadas em banco.

Comentários:

Conforme o Fipecafi (Manual de Contabilidade Societária, 2010, pg. 567):

"Atividades operacionais: (...) No caso de desconto de duplicatas, sugerimos


considerar, no ato do desconto e recebimento do dinheiro pelo banco, como se
fossem recebimentos de clientes; se, no vencimento, a empresa precisar
ressarcir o banco por valor não pago pelo cliente, essa importância será
considerada como redução dos recebimentos de clientes desse período (o
recebimento de clientes, então, será o valor líquido recebido nesse período,
descontando-se os pagamentos ao banco). Essa alternativa confronta com a
forma de contabilização, já que nesta os valores descontados são considerados
como operações de empréstimos; mas, se não proceder como sugerido, e se
registrar, no fluxo de caixa, o desconto como empréstimo tomado, quando da
liquidação da dívida pelo cliente junto ao banco a empresa nada registrará,
porque não há alteração física no seu caixa (da empresa); assim, jamais
aparecerão esses valores como recebimentos operacionais das vendas, o que
não faz sentido. A rigidez das normas internacionais (e norte-americanas) na
11834031788

montagem do fluxo de caixa faz com que não se admita o registro de fluxos
virtuais de caixa, já que o mais correto seria, no desconto, considerar os valores
recebidos do banco como empréstimos, e na liquidação pelos clientes junto aos
bancos, dois fluxos virtuais: um como recebimento dos clientes, e outro como
pagamento do empréstimo junto ao banco (com a subdivisão do que é principal
e do que é despesa financeira)."

33 - Gabarito  CORRETO

(CESPE/TCU/Auditor/2013)

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Considerando os dados da tabela acima, julgue o item subsequente, relacionado


11834031788

à elaboração da demonstração do fluxo de caixa.

34 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) O caixa líquido gerado pelas atividades


operacionais é menor que R$ 35.000.

Comentários:

Vamos calcular o fluxo de caixa das atividades operacionais, usando o método


Indireto:

Lucro Líquido 12.000


+ Despesa de Depreciação 13.000
Lucro ajustado 25.000

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+ variação clientes 22.000


(-) variação Estoques - 23.000
+ variação Fornecedores 34.000
Total caixa gerado Fluxo Operacional 58.000

Assertiva errada, o caixa gerado pelo Fluxo Operacional foi maior que R$
35.000,00.

Para explorar um pouco mais a questão, vejamos os fluxos de Investimentos e


Financiamento:

Investimentos:

Aumento de Investimento a Longo Prazo -2.000


Aumento de Imobilizado -28.000
Total caixa consumido nas Atividades de
Investimento -30.000

Fluxo de Financiamento:

Diminuição de financiamento a longo prazo -28.000

Quanto ao aumento do Capital Social: a empresa auferiu lucro de $12.000,


sendo que as Reservas aumentaram $2.000 e o Capital Social $10.000. Assim, o
aumento foi realizado com a incorporação dos lucros, e não com a entrada de
dinheiro dos sócios.

Total Fluxo de caixa:

Total caixa gerado Fluxo Operacional 58.000


Total caixa consumido nas Atividades de Investimento: -30.000
Total caixa consumido nas Atividades de
Financiamento: -28.000
11834031788

Total Fluxo de Caixa 0

Como o Caixa inicial e final é de R$7.000,00, a variação nos fluxos de caixa é


zero (confira os valores inicial e final do caixa no Balanço Patrimonial).

34 - Gabarito  ERRADO.

Julgue o seguinte item, que trata da administração e do conselho fiscal das


entidades, de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e alterações posteriores.

35 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) Os membros do conselho fiscal têm a


obrigação de denunciar aos órgãos de administração erros, fraudes ou crimes

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que descobrirem e de sugerir providências. Caso ocorra omissão dos


administradores, a denúncia deve ser apresentada à assembleia-geral.

Comentário:

Vejamos a Lei das SAs (Lei 6404/76):

Art. 163. Compete ao conselho fiscal:

I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e


verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários;

II - opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do


seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à
deliberação da assembleia-geral;

III - opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem


submetidas à assembleia-geral, relativas a modificação do capital social,
emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou
orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação,
fusão ou cisão.

IV - denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de


administração e, se estes não tomarem as providências necessárias
para a proteção dos interesses da companhia, à assembleia-geral, os
erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à
companhia;

V - convocar a assembleia-geral ordinária, se os órgãos da administração


retardarem por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária,
sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das
assembleias as matérias que considerarem necessárias;

VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais


11834031788

demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia;

VII - examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre


elas opinar;

VIII - exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo em vista as


disposições especiais que a regulam.

Repare que o Inciso IV é praticamente cópia literal da questão.

Mas o artigo 163 da lei 6404/76 descreve as ‘Competências”, e não as


“Obrigações” do conselho Fiscal. Por isso, a questão foi anulada, com a seguinte
justificativa por parte da CESPE:

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Deferido c/ anulação
A cobrança feita pelo item, “obrigação”, não coaduna com o seu
comando, “competência do Conselho Fiscal”. Por este motivo, opta-se
pela anulação.

35 - Gabarito Preliminar  CERTO


35 - Gabarito Definitivo  ANULADO.

A respeito das notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis,


julgue o item subsequente, de acordo com as normas brasileiras de
contabilidade.

36 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) Quando determinada entidade corrige,


retrospectivamente, erro material de períodos anteriores, a entidade deve
divulgar nas notas explicativas que acompanham o primeiro conjunto de
demonstrações contábeis publicado após a descoberta desse erro, entre outras
informações, a natureza do erro e o montante da retificação para cada período
anterior apresentado, na medida em que seja praticável, para cada item afetado
da demonstração contábil.

Comentário:

Conforme o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação


de Erro:

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações


contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de
uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:

(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações


contábeis desses períodos; e
11834031788

(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na


elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de


políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

A entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores


retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja
autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros:
(a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior
apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou

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(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da


reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio
líquido para o período anterior mais antigo apresentado.

Ao corrigir os erros materiais de períodos anteriores, a entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;

(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado,


na medida em que seja praticável:
(i) para cada item afetado da demonstração contábil; e
(ii) se o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação se aplicar à
entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;

(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo


apresentado; e

(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição


de como e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva
for impraticável para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não


precisam repetir essas divulgações.

36 - Gabarito  CORRETO

9 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/TRE-MS/Técnico Judiciário–Contabilidade/2013)

R$
Acréscimos no ativo circulante 30.000,00
Alienação do intangível 11834031788

3.000,00
Aquisição de imobilizado 60.000,00
Decréscimo no passivo circulante 12.000,00
Depreciação/amortização do período 20.000,00
Lucro líquido 80.000,00
Pagamento de empréstimo longo prazo 50.000,00
Tomada de financiamentos 40.000,00

De acordo com dados da tabela acima, levantados para a elaboração da


demonstração do fluxo de caixa de determinada empresa, o caixa líquido

A) gerado pelas atividades operacionais foi de R$ 58.000,00.


B) gerado pelas atividades operacionais foi de R$ 160.000,00.

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C) consumido pelas atividades de financiamento foi de R$ 50.000,00.


D) consumido pelas atividades de financiamento foi de R$110.000,00.
E) consumido pelas atividades de investimento foi de R$ 37.000,00.

2. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Em relação à demonstração do fluxo de


caixa (dfc), julgue os itens subsequentes.

O aumento do valor de contas a receber de clientes no final do período em


relação ao valor do início do período implica redução no fluxo de caixa
operacional.

3. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) As operações de pagamento de


empréstimos e compra de imobilizados geram, respectivamente, reduções nos
fluxos de caixa de investimento e de financiamento.

4. (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Na elaboração do fluxo de caixa


operacional pelo método indireto, o valor das depreciações e amortizações do
período é acrescentado ao saldo do lucro líquido.

5. (CESPE/TJ-AL/Analista – Contabilidade/2012/Adaptada) Com base


nos princípios fundamentais de contabilidade, nos pronunciamentos contábeis do
CPC, na Lei n.º 6.404/1976, suas alterações posteriores e legislação
complementar, assinale a opção correta.

A demonstração do fluxo de caixa ( DFC ) não é obrigatória para as sociedades


anônimas com faturamento bruto anual inferior a dois milhões de reais.

6. (CESPE/TJ-RR/Contador/2012) Acerca da elaboração da demonstração


do fluxo de caixa, de acordo com a legislação societária e os pronunciamentos
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens que se
seguem.
11834031788

O resgate do principal de aplicações financeiras não classificadas como


equivalentes de caixa e os desembolsos de empréstimos concedidos pela
empresa constituem saídas de caixa classificadas nas atividades de investimento
e evidenciadas na demonstração do fluxo de caixa.

7. (CESPE/TJ-RR/Contador/2012) As vendas de ações emitidas e os


empréstimos obtidos no mercado mediante emissão de debêntures ou outros
instrumentos de dívida de curto ou longo prazo são exemplos de entradas de
caixa classificados nas atividades de financiamento e evidenciados na
demonstração do fluxo de caixa.

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8. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012)

Saldo inicial 1.500


Entradas
Recebimentos de vendas 9.500
Empréstimos bancários 470
Aumento de capital 1.500
Saídas
Compra de veículos 300
Compra de imóveis 1.000
Aquisição de participações 2.140
Compras do período 5.000
Despesas operacionais 880
Despesas financeiras 500
Dividendos pagos 850

A tabela acima, com valores em reais, apresenta os dados relativos a todas as


movimentações de caixa e equivalentes de caixa de uma empresa em dado
período. Com base nessas informações, julgue os itens, relativos à
demonstração de fluxo de caixa (DFC ) da referida empresa.

A variação no saldo de caixa do período foi positiva.

9. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012) O caixa gerado pelas


atividades operacionais foi menor do que o gerado pelas atividades de
financiamento.

10. (CESPE/SSP-CE/Perito/Ciências Contábeis/2012) As atividades de


investimento geraram uma redução de caixa superior a R$ 3.500,00.

11. Para construir a DFC pelo método indireto, além das informações acima, a
empresa necessitará também de informações sobre o resultado do exercício e
11834031788

sobre a variação do saldo de alguns itens do ativo e do passivo.

12. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) Acerca da


demonstração dos fluxos de caixa (DFC), conforme Pronunciamento CPC n.º 3,
julgue os próximos itens.

Para as entidades obrigadas à apresentação da DFC que optarem pelo uso do


método direto, é recomendável a apresentação da conciliação entre o lucro
líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.

13. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) A forma de divulgação


da DFC das atividades operacionais depende do método empregado - se direto
ou indireto.

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14. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) A aquisição de um


veículo deve ser representada na seção relativa às atividades de financiamento.

15. (CESPE/MP-PI/Analista Controle Interno/2012) Recebimentos e


pagamentos de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice
feitos por seguradora são exemplos de atividades operacionais.

16. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/CNJ/2013) Os recursos


recebidos pela emissão de debêntures são classificados como oriundos da
atividade operacional ao se elaborar o fluxo de caixa da empresa.

17. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT/10ª/2013) Na


demonstração dos fluxos de caixa, os juros pagos e recebidos sobre capital
próprio devem ser classificados como fluxos de caixa das atividades de
financiamento de instituições financeiras.

18. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) A conversão de debêntures em


ações deve ser apresentada como atividade de financiamento na demonstração
dos fluxos de caixa da sociedade que as emitiu.

19. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) A redução do saldo da conta


fornecedores, do passivo circulante, decorrente do pagamento de bens e
serviços adquiridos a prazo, trará reflexos no valor do caixa líquido das
atividades de financiamento.

20. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) Os fluxos de caixa decorrentes de


imposto de renda se classificam como fluxos de caixa operacionais e jamais se
admite outra classificação para essas movimentações.

21. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) O pagamento, em dinheiro, de


empréstimo obtido por instituição não financeira, cujo valor inclua o principal e
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os juros, pode ser classificado em duas atividades distintas: a parte dos juros,
como atividade operacional; e a parte do valor principal, como atividade de
financiamento.

22. (CESPE/Especialista/Telebrás/2013) Nas instituições financeiras, os


juros recebidos são geralmente classificados como fluxos de caixa operacional,
enquanto nas instituições não financeiras esses juros podem ser classificados
como fluxos de caixa operacional ou como fluxos de caixa de investimento.

23. (CESPE/Contador/UNIPAMPA/2013) Se determinada sociedade


empresária apresentou, no exercício de 2012, saldos de caixa e equivalentes de

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caixa — inicial e final — no valor de R$ 2.339 mil e de R$ 2.224 mil,


respectivamente, e, no mesmo exercício, a aplicação de caixa em investimentos
foi de R$ 2.178 mil e o caixa gerado pelas operações foi de R$ 1.584 mil, então,
na demonstração do fluxo de caixa deverá ser demonstrada a geração de caixa
em financiamentos no valor de R$ 479 mil.

(CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) Com base nas Leis n.º 6.404/1976, n.º


11.638/2007 e n.º 11.941/2009, julgue os itens que se seguem.
24) Nas notas explicativas devem ser indicados os principais critérios de
avaliação dos elementos patrimoniais, de cálculos de depreciação, de
constituição de provisões para encargos ou riscos e dos ajustes para atender a
perdas prováveis na realização de elementos do ativo.

(CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) Com base na legislação das


sociedades por ações, julgue os itens a seguir.

25) As notas explicativas que complementam as demonstrações financeiras


compreendem não só as informações obrigatórias não contidas nas próprias
demonstrações, como também informações adicionais quando o conteúdo das
demonstrações for insuficiente.

(CESPE/INCA/Gestão Pública/2010) Com relação à análise da documentação


contábil, julgue os itens a seguir.
26) A função das notas explicativas, que são complementares às demonstrações
financeiras contábeis e estão entre os relatórios de análise da documentação
contábil, é divulgar as informações decorrentes de práticas contábeis brasileiras
e fornecer as informações necessárias para apresentar a situação da empresa
aos acionistas. Entretanto, as notas explicativas, por serem sigilosas e restritas
aos executivos da companhia, não devem apresentar as informações utilizadas
na preparação das demonstrações.

(CESPE/EMBASA/Ciências Contábeis/2010) Acerca das demonstrações contábeis


obrigatórias previstas na legislação societária ( Lei n.º 6.404/1976 ), julgue os
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próximos itens.

27) É facultada à companhia a divulgação de notas explicativas quanto às


demonstrações financeiras.

(CESPE/SECONT-ES/Auditor - Ciências Contábeis/2009) Acerca da


obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras,
previstas no art. 176 da Lei n.º 6.404/1976, julgue os seguintes itens.

28) As notas explicativas devem apresentar informações sobre a base de


preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos.

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29) A companhia não deve divulgar, nas notas explicativas, informações


referentes aos investimentos em outras sociedades, mesmo quando relevantes.

(CESPE/SECONT-ES/Auditor - Ciências Contábeis/2009) Acerca da


obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras,
previstas no art. 176 da Lei n.º 6.404/1976, julgue os seguintes itens.

30) Os eventos subsequentes à data de encerramento de um exercício, que


tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os
resultados futuros de uma companhia, poderão ou não, a critério da entidade,
ser divulgados nas notas explicativas.

31) As demonstrações financeiras são complementadas por notas explicativas e


outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários ao
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

32) (CESPE/Ministério da Saúde/Contador/2013) O valor das duplicatas


descontadas em banco integra as atividades de financiamento da demonstração
de fluxo de caixa.

33) (CESPE/ANS/Especialista em Regulação /2013) No fluxo de caixa, entre os


valores que compõem o fluxo de atividades operacionais constam aqueles
relativos às duplicatas descontadas em banco.

(CESPE/TCU/Auditor/2013)

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Considerando os dados da tabela acima, julgue o item subsequente, relacionado


à elaboração da demonstração do fluxo de caixa.

34 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) O caixa líquido gerado pelas atividades


operacionais é menor que R$ 35.000.

Julgue o seguinte item, que trata da administração e do conselho fiscal das


entidades, de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e alterações posteriores.

35 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) Os membros do conselho fiscal têm a


obrigação de denunciar aos órgãos de administração erros, fraudes ou crimes
que descobrirem e de sugerir providências. Caso ocorra omissão dos
administradores, a denúncia deve ser apresentada à assembleia-geral.

A respeito das notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis,


julgue o item subsequente, de acordo com as normas brasileiras de
contabilidade.

36 - (CESPE/TCU/Auditor/2013) Quando determinada entidade corrige,


retrospectivamente, erro material de períodos anteriores, a entidade deve
divulgar nas notas explicativas que acompanham o primeiro conjunto de
demonstrações contábeis publicado após a descoberta desse erro, entre outras
informações, a natureza do erro e o montante da retificação para cada período
anterior apresentado, na medida em que seja praticável, para cada item afetado
da demonstração contábil.

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10 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 A 19 E
2 C 20 E
3 E 21 C
4 C 22 C
5 E 23 C
6 E 24 C
7 C 25 C
8 C 26 E
9 E 27 E
10 E 28 C
11 C 29 E
12 E 30 E
13 C 31 C
14 E 32 E
15 C 33 C
16 E 34 E
17 E 35 ANULADA
18 E 36 C

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