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Aula 04

Controle Externo da Administração Pública p/ TCE-SC - Auditor Fiscal Cont Externo -


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Professor: Hugo Mesquita


Controle Externo p/ TCE/SC
Auditor Fiscal de Controle Externo 2015
Prof. Hugo Mesquita
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Fiscalização, consulta, denúncia, representação, sanções, medidas cautelares e


direito de defesa. ................................................................................................3
Fiscalização ......................................................................................................... 3
Consulta ............................................................................................................ 12
Denúncia........................................................................................................... 14
Representação .................................................................................................. 17
Sanções............................................................................................................. 18
Medidas Cautelares .......................................................................................... 22
Direito de defesa .............................................................................................. 23
Das comunicações ............................................................................................ 26
RESUMO ........................................................................................................... 27
EXERCÍCIOS COMENTADOS ............................................................................... 28
LISTA DE EXERCÍCIOS......................................................................................... 47
GABARITOS ....................................................................................................... 56

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Olá, pessoal!

Na aula de hoje finalizaremos o estudo sobre a Lei Orgânica do TCE/SC,


passando pelos dispositivos referentes a fiscalização, consulta, denúncia, sanções
e direito de defesa.

Sem querer ser chato (já sendo... rsrs), volto a frisar: é imprescindível que
você leia a LO, tendo em vista que as bancas examinadoras, apesar de serem
bastante imprevisíveis, têm certo costume de cobrar a letra seca da lei em suas
questões.

MOTIVAÇÃO!

Sei bem que muitos de vocês passam por uma rotina muito puxada, de
estudos, trabalhos, etc. Mas lembre-se que muitos gostariam de estar no seu
lugar neste instante, tendo esta oportunidade! Portanto, não reclame de sua
rotina, que está difícil, que está cansativa, que não vai conseguir! Mude sua
postura! Você conseguirá! Só depende de você! Segue um vídeo para os que
acham a missão difícil: http://www.youtube.com/watch?v=tA9DToPdFRk

Vamos ao que interessa, afinal, RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE


NÃO!

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Fiscalização, consulta, denúncia, representação, sanções, medidas


cautelares e direito de defesa.
Fiscalização, consulta, denúncia, sanções e direito de defesa.

 Fiscalização

De acordo com o inciso V do artigo 1o da LO-TCE/SC, proceder, por


iniciativa própria ou por solicitação da Assembléia Legislativa, de comissões
técnicas ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial (C.O.F.O.P.) nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e nas demais
entidades sob sua jurisdição.

Nossa LO divide a fiscalização a cargo do TCE/SC, disposta no Título II,


Capítulo II, nas seguintes seções: objetivos; fiscalização da gestão fiscal;
fiscalização exercida por iniciativa da Assembleia Legislativa; fiscalização de atos
e contratos; apreciação de atos sujeitos a registro.

Preliminarmente, como já vimos, cabe destacar que, no que se refere à


fiscalização por iniciativa própria, o próprio texto constitucional garante ao
Tribunal o exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial (C.O.F.O.P) nas unidades dos Poderes Estaduais e
Municipais e nas entidades da administração indireta, inclusive das fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Estadual ou Municipal para
verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade de atos contratos,
convênios, termos de parceria e outros ajustes, das aplicações das subvenções e
renúncias de receitas, a fim de assegurar a eficácia do controle que lhe compete
e instruir o julgamento de contas. ATENÇÃO! Lembre-se que as contas de
governo são apenas apreciadas, por meio de parecer prévio (não vinculante), pelo

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TCE/SC, sendo julgadas apenas pela Assembleia Legislativa ou pela respectiva


Câmara Municipal.

Nesse sentido, estabelece o artigo 25 da LO-TCE/SC, que:

A fiscalização de que trata este capítulo tem por finalidade verificar a


legalidade, a legitimidade, a eficiência e a economicidade de atos
administrativos em geral, inclusive contrato, bem como o cumprimento
das normas relativas à gestão fiscal com vistas a assegurar a eficácia do
controle que lhe compete, e a instruir o julgamento de contas

Quanto à fiscalização da gestão fiscal, o TCE/SC fiscalizará o cumprimento


das normas relativas à gestão fiscal do Estado e dos Municípios, observando, em
especial:

 o atingimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes


Orçamentárias;

 limites e condições para realização de operações de crédito e


inscrição em Restos a Pagar;

 medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao


limite legal;

 providências tomadas pelo ente para recondução dos montantes das


dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;

 destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos; e

 cumprimento do limite constitucional de gastos totais dos


legislativos municipais.

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Além disso, o artigo 27 do RI-TCE/SC estabelece as situações em que o


Tribunal de Contas alertará os responsáveis para que adotem as providências
cabíveis:

 caso se constate que a realização da receita, no final de um


bimestre, não comportará o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais;

 se o montante da despesa com pessoal ultrapassou 90% do limite


para o Poder ou Órgão;

 se os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das


operações de crédito e da concessão de garantia se encontram
acima de 90% dos respectivos limites;

 se os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do


limite definido em lei;

 caso existam fatos que possam comprometer os custos ou os


resultados dos programas, ou que haja indícios de irregularidades na
gestão orçamentária.

A fiscalização exercida por iniciativa da Assembleia Legislativa se dará de


forma prioritária, conforme estabelece o artigo 28 do RI-TCE/SC e o parágrafo
único do artigo 28 da LO-TCE/SC.

No artigo 28 da LO-TCE/SC temos as hipóteses de fiscalização por iniciativa


da Assembleia Legislativa, a saber:

 realizar por iniciativa da Assembléia Legislativa, de comissão técnica


ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial (C.O.F.O.P.) nas
unidades administrativas dos Poderes do Estado e do Município, e

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nas entidades da administração indireta, incluídas as fundações e


sociedades instituídas e mantidas pelo poder público;

 prestar dentro de 30 dias, sob pena de responsabilidade, as


informações solicitadas pela Assembléia Legislativa ou por suas
comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;

 emitir, no prazo de 30 dias, pronunciamento conclusivo sobre


matéria que seja submetida à sua apreciação pela Comissão Mista
Permanente de Deputados, nos termos do § 1º do art. 60 da
Constituição Estadual1; e

 auditar, por solicitação da comissão a que se refere o § 1º do art.


122 da Constituição Estadual2, ou de comissão técnica da Assembléia
Legislativa, projetos e programas autorizados na Lei Orçamentária

1
A comissão permanente a que se refere o art. 122, § 1º, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar a autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comissão
solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria no prazo de trinta
dias.
2
Art. 122 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Assembleia Legislativa, na
forma de seu regimento interno.
§ 1º Caberá a uma comissão técnica permanente:
I - examinar e emitir parecer sobre esses projetos e sobre as contas anualmente apresentadas
pelo Governador do Estado;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas estaduais, regionais e setoriais e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões.

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Anual do Estado, avaliando os seus resultados quanto à eficácia,


eficiência e economicidade.

Quanto à fiscalização de atos e contratos, importante destacar que o


Tribunal efetuará a fiscalização dos atos de que resultem receita ou despesa
praticados pelos responsáveis sujeitos à sua jurisdição, a fim de assegurar a
eficácia do controle e para instruir a apreciação e o julgamento das contas.

Nesse sentido, o Tribunal de Contas ou o Relator determinará:

 a juntada do processo às contas anuais respectivas, quando não


apurada infração à norma legal ou regulamentar de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;

 a adoção de medidas para prevenir a ocorrência de outras


semelhantes, e a juntada do processo às contas anuais respectivas,
quando constatada tão-somente falta ou impropriedade de caráter
formal;

 a audiência do responsável para, no prazo de 30 dias, apresentar


justificativas, se verificar ilegalidade ou irregularidade quanto à
legitimidade ou economicidade.

Além disso, observe que, no último caso, não sanada a irregularidade


quanto à legitimidade ou economicidade e havendo dano ao erário, o Tribunal
determinará a conversão do processo em tomada de contas especial,
condenando o responsável ao pagamento do débito e podendo ainda aplicar-lhe
multa.

Não é demais relembrarmos o procedimento para sustação de atos e


contratos disposto na CF/88 e repetido nos artigos 29 a 31 de nossa Lei Orgânica,
estudado em nossa Aula 01:

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Susta
ATO - Prazo - não Comunica ao Aplica multa
diretamente
Ilegalidade atendido Poder Legis. ao resp.
o ato

Poder Legis. -
90 dias para
Sem
CONTRATO - Prazo - não Comunica ao sustar e
providências?
Ilegalidade atendido Poder Legis. solicitar
TC decidirá
providências
do Executivo

No que se refere à sustação de contratos, complementa o RI-TCE/SC


asseverando que, caso o Poder Legislativo ou o Poder Executivo não adotem as
medidas necessárias, o TCE/SC deverá determinar ao responsável que, no prazo
de 15 dias adote as medidas necessárias à sustação da execução do contrato,
além de comunicar a decisão ao Poder Legislativo e à autoridade competente e
responsabilizar o ordenador da despesa pelos pagamentos irregulares
efetivados em decorrência do contrato.

No que se refere à instrução e decisão em atos e contratos, o Relator


presidirá a instrução dos processos, determinando, mediante despacho singular,
por sua ação própria e direta, ou por provocação do órgão de instrução ou do
Ministério Público junto ao Tribunal, antes de se pronunciar quanto ao mérito, as
diligências e demais providências necessárias ao saneamento dos autos, bem
como a audiência dos responsáveis, após o que submeterá o processo ao Plenário
ou à Câmara respectiva para decisão de mérito.

Quanto à fiscalização referente ao registro dos atos de admissão,


aposentadoria e pensão (atos de pessoal), não é demais lembrar que, conforme
artigo 71, inciso III, da CF/88, repetido pelo artigo 59, inciso III, de nossa
Constituição Estadual (simetria constitucional/concêntrica), compete ao TCE/SC
apreciar, para fins de registro, a legalidade dos seguintes atos:

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 admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e


indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão;

 concessão de aposentadoria, reforma e pensão, ressalvadas as


melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.

O inciso II do artigo 36 do RI-TCE/SC coloca ao lado das aposentadorias,


reformas e pensões a passagem para a reserva, que se trata de momento anterior
à reforma, instituto análogo à aposentadoria para os militares. Ou seja, no caso
dos militares, primeiro ocorre a transferência para a reserva e depois de
cumpridos alguns requisitos efetiva-se a reforma (aposentadoria).

Estabelece o §1º do artigo 36 do RI-TCE/SC que constituem alteração na


fundamentação legal do ato o acréscimo aos proventos de novas parcelas,
gratificações ou outras vantagens de qualquer natureza, ou introdução de novos
critérios ou bases de cálculo dos componentes do benefício, não previstos no ato
concessório originariamente submetido à apreciação do Tribunal, quando se
caracterizarem como vantagem pessoal e individual do servidor. Assim, como já
estudamos, uma vantagem adquirida após o registro do ato pelo respectivo
Tribunal de Contas que foi estendida a toda a categoria a qual pertence o servidor
não é novamente apreciada pelo Tribunal, mas apenas a que se caracterizem
como vantagem pessoal e individual.

Após a admissão ou concessão de aposentadoria, reserva, reforma ou


pensão, a autoridade administrativa responsável submeterá os dados e
informações necessários ao respectivo órgão de controle interno, ao qual caberá
emitir parecer sobre a legalidade dos referidos atos e torná-los disponíveis à
apreciação do Tribunal.

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Caso o Tribunal julgue ilegal o ato, com consequente recusa de registro, o


órgão de origem deverá adotar as medidas regularizadoras cabíveis, fazendo
cessar todo e qualquer pagamento decorrente do ato impugnado, sob pena de
responder pessoalmente pelo ressarcimento das quantias pagas após essa data.

Importante observar, por último, que o julgamento pela ilegalidade do ato


de admissão ou concessão de aposentadoria, reserva, reforma ou pensão não
exclui a possibilidade de a autoridade administrativa competente emitir novo
ato, se for o caso, escoimado das irregularidades verificadas. Além disso, pode o
TC registrar o ato, sem prejuízo das recomendações que entender oportunas para
regularização de cada caso, verificada a omissão total ou parcial de vantagens a
que faz jus o beneficiário.

O Regimento Interno do TCE/SC traz, ainda, os instrumentos de fiscalização


utilizados pelo Tribunal para verificar a legalidade, a legitimidade, a moralidade, a
economicidade, a eficiência e a eficácia dos atos administrativos: inspeções e
auditorias.

Segundo o artigo 49 do RI-TCE/SC, são objetivos da auditoria:

 obter dados de natureza contábil, financeira, orçamentária e patrimonial


quanto à gestão dos responsáveis pelo órgão, projeto, programa ou
atividade auditados, com vistas a verificar a consistência da respectiva
prestação de contas apresentada ao Tribunal e esclarecer quaisquer
aspectos atinentes a atos, fatos, documentos e processos em exame;

 conhecer a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades da


administração direta, indireta e fundacional dos Poderes do Estado e do
Município, inclusive fundos e demais instituições que lhe sejam
jurisdicionadas, no que respeita aos aspectos contábeis, financeiros,
orçamentários e patrimoniais;

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 avaliar, do ponto de vista de desempenho operacional, as atividades e


sistemas desses órgãos e entidades, e aferir os resultados alcançados pelos
programas e projetos governamentais a seu cargo;

 analisar dados relativos à admissão de pessoal e concessão de


aposentadoria, pensão, reforma e transferência para a reserva, na forma
estabelecida em instrução normativa.

O relatório de inspeção ou de auditoria será minucioso e objetivo de modo


a possibilitar ao Tribunal uma decisão baseada nos fatos relatados pela equipe
técnica e nos documentos reunidos, juntando-se a ele aqueles indispensáveis à
comprovação dos fatos apurados.

A fim de assegurar a consecução dos mencionados objetivos, o artigo 50 do


RI-TCE/SC elenca algumas prerrogativas dos servidores em exercício da função
específica de controle externo:

 livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal;

 acesso a todos os documentos e informações necessários à


realização de seu trabalho, inclusive a sistemas eletrônicos de
processamento de dados;

 competência para requisitar, por escrito, aos responsáveis pelos


órgãos e entidades, os documentos e informações necessários à
instrução de processos, fixando prazo para atendimento.

No caso de sonegação de documentos ou informações, o Plenário, a


Câmara ou o Relator assinarão prazo improrrogável de até 15 dias para
apresentação de documentos, informações e esclarecimentos necessários,
fazendo-se a comunicação do fato ao Secretário de Estado ou de Município,
supervisor da área ou à autoridade de nível hierárquico equivalente, para as
medidas cabíveis.

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Além de prerrogativas, o RI estabelece também vedação para os servidores


investidos da função específica de controle externo: vedado divulgar qualquer
informação ou fato que tenha conhecimento em razão do exercício de suas
funções ou fazer recomendação ou discutir aspectos atinentes aos serviços
internos da entidade ou órgão inspecionado.

 Consulta
O Plenário decidirá sobre consultas quanto a dúvidas de natureza
interpretativa do direito em tese, suscitadas na aplicação de dispositivos legais e
regulamentares concernentes à matéria de competência do Tribunal, formuladas
pelas seguintes autoridades competentes:

I Âmbito estadual:

 Titulares dos Poderes;


 Secretários de Estado;
 Procurador Geral de Justiça;
 Procurador Geral do Estado;
 Membros do Poder Legislativo;
 Dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Estado.

II - Âmbito municipal:

 Prefeitos;
 Presidentes de Câmaras Municipais;
 Dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Município.

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Algumas formalidades são estabelecidas pelo artigo 104 do Regimento


Interno, a saber:

 Referir-se à matéria de competência do Tribunal;


 Versar sobre interpretação de lei ou questão formulada em tese;
 Subscrita por autoridade competente;
 Conter indicação precisa da dúvida ou controvérsia suscitada;
 Instruída com parecer da assessoria jurídica do órgão ou entidade
consulente, se existente.

Ademais, o Tribunal não responderá às consultas que não se refiram a


matéria de competência do Tribunal; que não verse sobre interpretação de lei
ou questão formulada em tese; ou que não seja subscrita por autoridade
competente. Portanto, sem estes itens o Tribunal não conhecerá da consulta.

Quanto aos outros dois requisitos (conter indicação precisa da dúvida ou


controvérsia suscitada e ser instruída com parecer da assessoria jurídica do órgão
ou entidade consulente, se existente) o tribunal poderá, excepcionalmente,
conhecer da consulta.

O Tribunal Pleno poderá determinar o arquivamento da consulta,


remetendo ao consulente cópia de julgados anteriores quando o assunto a que
se refere for objeto de prejulgado.

As decisões do Tribunal de Contas em processo de consulta, tomadas por


no mínimo dois terços dos Conselheiros que o compõem, têm caráter normativo
e constituem prejulgamento da tese, mas NUNCA do fato ou caso concreto.
Nesse sentido, dispõe o artigo 106 do RI-TCE/SC que a decisão do Tribunal Pleno
em processo de consulta constituirá prejulgado. Os prejulgados serão
consolidados, anualmente, por ato do Presidente do Tribunal.

O instituto do prejulgado encontra-se definido no artigo 154 do RI-TCE/SC,


segundo o qual considera-se prejulgado o pronunciamento prévio do Tribunal

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Pleno, de natureza interpretativa de direito em tese, em matéria de


competência do Tribunal de Contas, com o objetivo de uniformizar a
jurisprudência. Para constituir prejulgado, a decisão tomada pelo Tribunal
Pleno deve ser aprovada por no mínimo 2/3 dos Conselheiros que o compõe.

Importante observar que, apesar de seu caráter normativo, o prejulgado


poderá ser revogado ou reformado, sempre que o Tribunal, pronunciando-se
sobre tema já debatido e resolvido em prejulgado, firmar nova interpretação,
situação na qual a decisão deverá fazer expressa remissão à reforma ou à
revogação.

Por derradeiro, a Súmula de Jurisprudência constituir-se-á de princípios


ou enunciados resumindo teses, soluções e precedentes adotados
reiteradamente pelo Tribunal de Contas do Estado, ao deliberar sobre
assuntos ou matérias de sua jurisdição e competência.

 Denúncia

O artigo 65 da LO-TCE/SC assevera que qualquer cidadão, partido político,


associação ou sindicato é parte legítima para denunciar ilegalidades ou
irregularidades perante o Tribunal de Contas.

A denúncia sobre matéria de competência do Tribunal deverá referir-se a


administrador ou responsável sujeito a sua jurisdição e deve respeitar os
requisitos de admissibilidade:

 Ser redigida em linguagem clara e objetiva;


 Estar acompanhada de indício de prova da irregularidade;
 Dados do denunciante:
o Nome legível;
o Qualificação;

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o Endereço;
o Assinatura.

Nesse ponto, fica claro que não serão aceitas pelo TCE/SC denúncias
apócrifas3, ou seja, sem assinatura/identificação.

Nos processos de denúncia, a ação do Tribunal de Contas restringir-se-á à


apuração do fato denunciado, fundamentando-se na documentação disponível
no Tribunal de Contas ou coletada in loco, e na legislação vigente à época do
fato.

Após o exame preliminar de admissibilidade, o processo terá o seguinte


trâmite:

 1º Ouvido pela Procuradoria-Geral do Ministério Público junto ao


Tribunal de Contas;

 2º Encaminhado ao Relator que decidirá, mediante Despacho


Singular, pelo:

a) acolhimento da denúncia, determinando a adoção das


providências que se fizerem necessárias para a apuração dos
fatos.

b) não-acolhimento da denúncia, o processo será submetido à


deliberação do Tribunal Pleno.

Importante frisar que uma vez acolhida a denúncia somente será


arquivada após efetuadas as inspeções determinadas e por decisão
fundamentada do Tribunal Pleno.

3
Apócrifo: Expressão usada quando um fato ou uma obra não tem sua autenticidade provada,
ou seja, ela tem sua origem suspeita ou duvidosa.

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Após a análise dos fatos denunciados, se configurada a ocorrência de


desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário:
o Tribunal determinará a conversão do processo em tomada de contas especial.

Ademais, em caso de irregularidade grave, o Tribunal, após o trânsito em


julgado da decisão, representará ao Ministério Público para os devidos fins e ao
Governador do Estado e à Assembleia Legislativa, para conhecimento dos fatos,
se apurados no âmbito da administração estadual, assim como ao Prefeito
Municipal e à Câmara de Vereadores, se no âmbito municipal.

Quanto ao caráter sigiloso das denúncias, destaca-se que o STF,


incidentalmente (no caso concreto), entendeu que expressão constante do § 1.º
do art. 55 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União (
quanto ao objeto e à autoria da denúncia ) é inconstitucional, decidindo, por
maioria, que o denunciado tem o direito de saber quem o denunciou, para que
possa exercer o seu direito de resposta e buscar eventual reparação do dano
(material ou moral) causado pela denúncia, tendo em vista o contido no art. 5º, V
e X, da CF/88 (vide MS 24405/DF, rel. Min. Carlos Velloso, 3.12.2003). Em seguida,
o Senado Federal suspendeu a execução da mencionada expressão da LOTCU e do
RITCU. Dessa forma, fiquem atentos: o tratamento sigiloso conferido às
denúncias formuladas são apenas até a decisão definitiva sobre a matéria.

Ademais, conforme poder de cautela conferido aos Tribunais de Contas,


segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, se do fato denunciado
puder resultar grave dano ou prejuízo de difícil e incerta reparação ao erário
ou patrimônio público, o Tribunal de Contas poderá determinar, como medida
acautelatória, a sustação do ato administrativo, até ulterior deliberação.

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 Representação

Serão recepcionados pelo Tribunal como representação os expedientes


originários de órgão e agentes públicos que comuniquem a ocorrência de
irregularidades de que tenham conhecimento em virtude do exercício do
cargo, emprego ou função, desde que inserida na competência do Tribunal de
Contas do Estado.

O artigo 101 do RI-TCE/SC elenca os legitimados para representar ao


TCE/SC, a saber:

 Ministério Público do Estado;

 Detentores de mandatos eletivos no âmbito da administração pública


federal, estadual e municipal;

 Juízes;

 Servidores e outras autoridades que comuniquem a ocorrência de


irregularidades de que tenham conhecimento em virtude do cargo que
ocupem.

 Órgãos de controle interno.

 Os signatários de outras origens, cujos expedientes devam revestir-se


dessa forma por força de lei específica.

Quanto ao Presidente do Tribunal, Conselheiro ou o Procurador-Geral


junto ao Tribunal de Contas, ao tomarem conhecimento, por qualquer meio, de
fatos ou atos que possam causar lesão ao erário, representarão ao Plenário para
as providências cabíveis.

No que se refere aos requisitos de admissibilidade, observe que são os


mesmos elencados pelo Regimento Interno do TCE/SC para a denúncia:

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 Ser redigida em linguagem clara e objetiva;


 Estar acompanhada de indício de prova;
 Dados do denunciante:
o Nome legível;
o Qualificação;
o Endereço;
o Assinatura.

Por fim, estabelece o Regimento Interno, no parágrafo único de seu artigo


102, que se aplicam à representação as disposições concernentes à denúncia que
tratam a respeito da tramitação do processo dentro do TCE/SC.

 Sanções

Os artigos 107 a 113 do Regimento Interno trazem as sanções às quais


estão sujeitos os administradores ou responsáveis sob sua jurisdição e os
responsáveis pelo controle interno, solidariamente, quando comprovadamente
tomarem conhecimento de irregularidade ou ilegalidade e delas deixarem de dar
imediata ciência ao Tribunal. As sanções serão aplicadas a depender da gravidade
da infração cometida, do vulto do dano ou da reincidência.

As sanções são as seguintes:

 Multa no valor máximo de 100% do valor do dano;


 Multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
 Multa no valor de 30% dos vencimentos anuais do agente;
 Inabilitação por no máximo 5 anos para o exercício de cargo em
comissão ou função de confiança no âmbito da Administração
Pública Estadual ou Municipal.

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Antes de iniciarmos a análise detalhada das sanções, importante frisarmos


que a imputação de débito ocorre sempre que for constatado dano ao erário
imputável a qualquer agente público, a fim de restituir ao Poder Público o valor
usurpado. Importante relembrar que a decisão do Tribunal de que resulte
imputação de débito torna a dívida líquida, certa e exigível e tem eficácia de
título executivo (extrajudicial).

 Multa no valor máximo de 100% do valor do dano

Quando o responsável for julgado em débito, além do ressarcimento a que


está obrigado, o Tribunal poderá aplicar-lhe multa de até cem por cento (100%)
do valor do dano causado ao erário atualizado na forma da lei.

Cumpre registrar, que caso o responsável tenha suas contas julgadas


irregulares de que não resulte débito, o tribunal aplicará multa entre 8% e 100%
do montante a que se refere a sanção tratada no artigo 109 do RI-TCE/SC, qual
seja, multa de até R$ 5.000,00.

 Multa de até R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

O Regimento Interno, em seu art. 109, traz um rol de condutas sujeitas à


multa aqui tratada. Importante frisar que o valor máximo da multa de R$ 5.000,00
será atualizado periodicamente por portaria do Presidente do Tribunal de
Contas, com base na variação de índice oficial de correção monetária adotada
pelo Estado de Santa Catarina.

As condutas sujeitas à sanção de multa no valor máximo de R$ 5.000,00


são as seguintes:

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1. Ato de gestão ilegal, ilegítimo ou antieconômico do qual


resulte dano ao erário, no valor compreendido entre 20% e 100% do
montante de 5mil reais;

2. Ato praticado com grave infração à norma legal ou


regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, no valor compreendido entre 8% e 80%
montante de 5mil reais;

3. Não atendimento, no prazo fixado, à diligência ou


determinação do Tribunal, e aquele que deixar de cumprir,
injustificadamente, decisão do Tribunal, bem como o declarante
que não remeter no prazo fixado pelo Tribunal, cópia da declaração
de bens, no valor compreendido entre 4% e 50% do montante de
5mil reais;

4. Obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias


determinadas, no valor compreendido entre 10% e 60% do montante
de 5mil reais;

5. Sonegação de processo, documento ou informação, em


inspeção ou auditorias, no valor compreendido entre 10% e 60% do
montante de 5mil reais;

6. Reincidência no descumprimento de recomendação do


Tribunal, no valor compreendido entre 8% e 50% do montante de
5mil reais;

7. Inobservância de prazos legais ou regulamentares para


remessa ao Tribunal de balancetes, balanços, informações
demonstrativos contábeis ou de quaisquer outros documentos
solicitados, por meio informatizado ou documental, no valor
compreendido entre 4% e 20% do montante de 5mil reais.

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Ademais, o responsável que não mantiver cópia de segurança de arquivos


atualizados em meio documental, eletrônico, magnético ou digital, contendo os
demonstrativos contábeis, financeiros, patrimoniais, orçamentários,
operacionais e demais dados indispensáveis à fiscalização do Tribunal, fica
sujeito à multa no valor compreendido entre 80% e 100% do montante de 5mil
reais.

 Multa no valor de 30% dos vencimentos anuais

Será aplicada ao responsável que der causa a infrações administrativas.


Ressalta-se que a multa será recolhida pelo Tesouro do Estado no prazo de 30
dias, a contar da publicação no Diário Oficial do Estado.

Assim, ficará sujeito à multa de 30% de seus vencimentos anuais, o


responsável que:

 deixar de divulgar o Relatório de Gestão Fiscal até 30 dias após o


encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao
público, inclusive por meio eletrônico, ou deixar de enviá-lo ao Poder
Legislativo e ao Tribunal de Contas nos prazos e condições
estabelecidos em lei

 propor lei de diretrizes orçamentária anual que não contenha as


metas fiscais, na forma da lei;

 deixar de expedir ato determinando a limitação de empenho e


movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidas na Lei;

 deixar de ordenar ou de promover a execução de medida para a


redução do montante da despesa total com pessoal que houver
excedido a repartição por Poder do limite máximo.

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 Inabilitação por prazo máximo de 5 anos para o exercício de cargo


em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração
Pública Estadual ou Municipal

Conforme estabelece o artigo 112 do RI-TCE/SC, o Tribunal de Contas do


Estado poderá recomendar, cumulativamente com as sanções até aqui já
estudadas, a inabilitação para o exercício do cargo em comissão ou função de
confiança na Administração Estadual ou Municipal, por prazo não superior a 05
anos, do responsável que, por dois exercícios consecutivos ou não, tenha suas
contas julgadas irregulares por unanimidade, comunicando a decisão à
autoridade competente para efetivação da medida.

 Medidas Cautelares

As medidas cautelares têm a finalidade de evitar maiores prejuízos ao


erário, viabilizando, se for o caso, seu ressarcimento. A medida é utilizada para
afastar temporariamente o responsável que, prosseguindo no exercício de suas
funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou inspeção, causar
novos danos ao erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.

Além disso, o Tribunal poderá solicitar à Procuradoria Geral do Estado a


adoção de medidas necessárias à indisponibilidade dos bens do responsável,
tantos quantos considerados bastantes para garantir o ressarcimento dos danos
em apuração, e o arresto dos bens dos responsáveis julgados em débito.

Observe que apenas o Tribunal poderá determinar a adoção da medida


cautelar, seja de ofício, seja a requerimento do Ministério Público que atua junto
à Corte de Contas.

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Por fim, a autoridade superior que deixar de atender à determinação do


Tribunal no prazo fixado será responsável solidariamente.

 Direito de defesa

Conforme assevera o artigo 15, inciso II, de nossa Lei Orgânica, o Tribunal
de Contas, se houver débito ou irregularidade passível de aplicação de multa,
ordenará a citação do responsável para apresentar defesa ou recolher a quantia
devida. Ainda, conforme o § 1º do artigo 29 da LO-TCE/SC, constatada ilegalidade
ou irregularidade quanto à legitimidade ou economicidade de ato ou contrato, o
Relator ou o Tribunal determinará a audiência do responsável para, no prazo de
30 dias, apresentar justificativa.

A defesa facultada ao jurisdicionado se dá em face dos princípios da ampla


defesa, do contraditório e do devido processo legal, insculpidos nos incisos LIV e
LV do artigo 5o da CF/88, segundo os quais ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal e aos litigantes, em processo judicial
ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Nesse sentido, estabelece o artigo 75 da LO-TCE/SC que em todas as etapas


do processo de julgamento de contas, de fiscalização de atos e contratos e de
apreciação de atos sujeitos a registro, será assegurada aos responsáveis e
interessados ampla defesa.

A ampla defesa facultada ao jurisdicionado no âmbito das Cortes de Contas


se dá por meio de consulta de processo de seu interesse; apresentação de
documentos e alegações por escrito, endereçados ao relator; extração de
certidão de ato ou termo, mediante pedido por escrito ao Presidente do
Tribunal ou ao relator; sustentação oral de suas razões perante o Tribunal Pleno;

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interposição de recurso das suas decisões; e conhecimento, mediante


notificação, das decisões do Tribunal de Contas que lhes impute
responsabilidade pela prática de ato ou ocorrência de fato administrativo.

O artigo 76 de nossa Lei Orgânica estabelece que das decisões do TCE/SC


caberão: Reconsideração, Embargos de Declaração, Reexame e Agravo.

Preliminarmente, importante notar que os recursos aqui estudados não se


aplicam à prestação de contas anual do Estado e do Município, já que, nesses
casos, o Tribunal emite apenas parecer prévio, sem qualquer julgamento.

O recurso de reconsideração cabe contra decisão em processo de


prestação ou tomada de contas. O recurso de reconsideração deverá ser
formulado uma só vez e por escrito, pelo responsável, interessado ou pelo
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de 30 dias, possuindo
efeito suspensivo.

Os embargos de declaração possuem o intuito de corrigir decisões emitidas


pelo Tribunal, por motivo de omissão, obscuridade ou contradição, sendo
interpostos por escrito pelo responsável, interessado ou pelo MPjTC, no prazo
de 10 (dez) dias da publicação da decisão recorrida, suspendendo o
cumprimento da decisão e os prazos para interposição dos demais recursos.

Observe, assim, que os embargos de declaração não se prestam, em regra,


a modificar a essência da decisão recorrida, mas apenas esclarecer a omissão,
obscuridade ou contradição demonstrada.

O recurso de reexame poderá ser interposto em processos de fiscalização


de ato e contrato e de atos sujeitos a registro. O recurso de reexame será
interposto uma só vez e por escrito, pelo responsável, interessado ou pelo
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de 30 dias, possuindo
efeito suspensivo.

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Observe que o recurso de reexame se assemelha bastante ao recurso de


reconsideração, divergindo apenas quanto às matérias tratadas nos respectivos
processos (atos, contratos e atos sujeitos a registro ou prestação/tomada de
contas).

Além disso, estabelece o artigo 81 uma possibilidade a mais de interposição


de recurso de reexame, qual seja, a proposta de Conselheiro ao Tribunal Pleno
de recurso de reexame contra decisão prolatada em qualquer processo, dentro
do prazo de 02 anos contados da publicação, sem efeito suspensivo.

Por último, o agravo será oponível pelo responsável ou interessado contra


as decisões preliminares do Tribunal Pleno e das Câmaras, bem como contra
despacho singular do Relator. O agravo não possui efeito suspensivo e não se
aplica a decisão ou despacho que ordenar citação ou audiência. Seu prazo para
interposição é de 05 dias.

Além disso, apesar de nossa Lei Orgânica e nosso Regimento Interno não
trata-lo como um recurso propriamente dito, temos ainda a possibilidade de
revisão. A revisão será interposta contra decisão transitada em julgado em
processo de prestação ou tomada de contas, mesmo especial. Poderá ser
interposta pelo responsável, seus sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao
Tribunal, na figura de seu Procurador-Geral, dentro do prazo de 02 (dois) anos do
trânsito em julgado, sem efeito suspensivo, sendo fundamentado:

I - em erro de cálculo nas contas;

II - em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha


fundamentado o acórdão recorrido;

III - na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova


produzida;

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IV - desconsideração pelo Tribunal, de documentos constantes dos autos


com eficácia sobre a prova produzida.

Dessa forma, observa-se que a revisão possui natureza similar à da ação


rescisória, ou seja, possui o objetivo de desfazer os efeitos de um julgamento tido
até então como definitivo.

Considerado procedente a revisão, o Tribunal de Contas proferirá novo


julgamento, reformando a decisão anterior, dando ensejo a correção de todo e
qualquer erro ou engano apurado.

 Das comunicações

Segundo o artigo 37 da LO-TCE/SC e o artigo 57 do RI, que a diligência, a


citação, a audiência e a notificação far-se-ão:

I - diretamente ao responsável ou ao interessado;

II - via postal, mediante carta registrada com aviso de recebimento;

III - pela publicação da decisão ou acórdão no Diário Oficial Eletrônico do


Tribunal de Contas;

IV - por edital publicado no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas


quando o seu destinatário não for localizado;

V - Mediante ciência do responsável ou do interessado, efetivada por


intermédio de servidor designado, quando assim determinar o Plenário,
qualquer das Câmaras ou o Relator;

VI - Por outro meio que assegure a certeza da ciência do responsável ou


interessado.

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RESUMO
Resumo

Sanções
Multa proporcional ao débito - até 100% do dano; Consultas
Multa de até 5mil reais - valor atualizado anualmente; Auditorias
Multa no valor de 30% dos vencimentos anuais
Inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou Fiscalização
confiança na Adm. Púb Municipal ou Estadual - máx 5 anos; Inspeções Prejulgamen
Caráter Força
to da tese -
normativo obrigatória
prejulgados
Medidas Cautelares
Denúncia
Afastamento temporário;
Indisponibilidade dos bens;
Arresto de bens; Partido
Cidadão Associação Sindicato
Suspensão de ato ou procedimento político

Objeto Interposição Prazo Suspende


Reconsideração Prestação ou tomada de contas Responsável, interessado ou MPjTC 30 dias Sim

Reexame Atos/contratos e atos sujeitos a Responsável, interessado ou MPjTC 30 dias Sim


registro
Reexame de Conselheiro Decisão prolatada em qualquer Conselheiro 02 anos Não
processo
Embargos de Declaração Omissão, obscuridade ou Responsável, interessado ou MPjTC 10 dias Sim
contradição
Agravo Decisões preliminares ou Responsável ou interessado 05 dias Não
Despacho Singular
Revisão Decisão transitada em julgado Responsável, seus sucessores ou MPjTC 02 anos Não
(tomada ou prestação de contas)
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
Exercícios comentados

1) (ESAF/Inspetor Externo Administrativo TCE-RN/2000 - adaptada) Das


decisões condenatórias definitivas e transitadas em julgado, proferidas pelo
Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, cabe revisão, no prazo de

a) cinco dias;

b) dez dias;

c) quinze dias;

d) dois anos;

e) cinco anos.

Comentário: Conforme consta do RI-TCE/SC e da LO-TCE/SC, caberá revisão


contra decisão transitada em julgado em processo de prestação ou tomada de
contas, interposta dentro de 02 (dois) anos a contar do trânsito em julgado.

Gabarito: D

2) (FCC/Auditor TCE-SE/2002) São finalidades e objetivos da auditoria


governamental, EXCETO:

a) Comprovar a legalidade, legitimidade e avaliar os resultados, quanto à


economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial;

b) Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos
administradores ou gestores;

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c) Examinar os sistemas administrativo e operacional de controle interno


utilizado na gestão orçamentária, financeira e patrimonial;

d) Certificar a idoneidade dos gestores públicos por meio de testes


substantivos;

e) Verificar e avaliar os sistemas de informação e a utilização dos recursos


computacionais das unidades da administração direta e entidades
supervisionadas.

Comentário: A auditoria governamental consiste no exame objetivo, isento


da emissão de juízos pessoais imotivados, sistêmico e independente, das
operações orçamentárias, financeiras, administrativas e de qualquer outra
natureza, objetivando verificar os resultados dos respectivos programas, sob
os critérios de legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade, tendo
em vista sua eficiência e eficácia. As finalidades das auditorias e inspeções são
exercer o controle C.O.F.O.P; avaliar o controle interno; acompanhar a execução
de planos, programas e projetos quanto a economia, eficiência e efetividade; e
fornecer elementos para julgamento e emissão de parecer prévio. Analisando as
alternativas, podemos observar que a única que não se enquadra no descrito
acima é a alternativa D, uma vez que não compete aos Tribunais de Contas
certificar a idoneidade dos gestores públicos, mas fiscalizar as contas da Adm.
Pública. Lembre-se que os Tribunais de Contas lidam com contas, não com
pessoas.

Gabarito: D

3) (CESPE/Procurador TCE-RN/2002) Julgada procedente a impugnação, o


TCE/RN, se reconhecida a ilegalidade de ato ou contrato, assina prazo para que o
responsável adote, se for o caso, as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, devendo a decisão fazer indicação expressa dos dispositivos

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a serem observados. Se não for atendido, o TCE/RN susta a execução do ato ou do


contrato, comunicando a decisão à Assembleia Legislativa.

Comentário: A primeira afirmação está perfeita! Compete ao Tribunal assinar


prazo para que o órgão ou entidade adote as providências apontadas para o exato
cumprimento da lei ou correção de irregularidades. Entretanto, caso a
determinação do Tribunal não seja atendida, não cabe a ele, inicialmente sustar
a execução dos contratos, como o faz com os atos. Nesse caso, o ato de sustação
deve ser adotado diretamente pelo Poder Legislativo (Assembleia Legislativa, no
nosso caso), que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
Se o Poder Legislativo e o Poder Executivo não efetivarem, no prazo de noventa
dias, as medidas citadas, o Tribunal de Contas decidirá a respeito.

Susta
ATO - Prazo - não Comunica ao Aplica multa
diretamente
Ilegalidade atendido Poder Legis. ao resp.
o ato

Poder Legis. -
90 dias para
Sem
CONTRATO - Prazo - não Comunica ao sustar e
providências?
Ilegalidade atendido Poder Legis. solicitar
TC decidirá
providências
do Executivo

Gabarito: ERRADO

4) (CESPE/Procurador TCU/2003) O gestor de recursos públicos que haja


deixado o cargo não mais poderá sofrer sanção aplicável pelo TCU, embora possa
ser responsabilizado nas esferas civil e penal, se for o caso.

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Comentário: A questão deixa a entender que para estar na jurisdição do Tribunal


de Contas é necessário vínculo com a Administração Pública, o que não é
verdadeiro. Sabemos que um particular pode ter que responder ao TCM/GO,
bastando que ele guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize (G.A.G.A.U)
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o município responda ou que,
em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. Dessa forma, se até
mesmo um particular pode sofrer sanções do Tribunal de Contas, o gestor público
que haja deixado o cargo poderá, sim, ser alcançado pela jurisdição do TC.

Gabarito: ERRADO

5) (CESPE/ACE - Auditoria Governamental/2008) A fiscalização do TCU não se


limita à realização da despesa; compreende também a arrecadação da receita e
as próprias renúncias de receitas, inclusive a verificação do real benefício
socioeconômico dessas renúncias.

Comentário: Conforme consta do artigo 70 da CF/88 (art. 89 da Constituição


Estadual), o controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do
respectivo Tribunal de Contas, compreende a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial (C.O.F.O.P) quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,
tendo em vista sua eficiência, eficácia e efetividade. O real benefício
socioeconômico das renúncias enquadra-se na efetividade da medida. Dessa
forma, correta a assertiva.

Gabarito: CERTO

6) (CESPE/Administrador - Ministério do Esporte/2008) O TCU pode manter


anônima, sob sigilo, a autoria de denúncia de ilícito administrativo.

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Comentário: Cuidado! Trouxe a questão apenas para relembrarmos o que foi


debatido durante a aula a respeito da manutenção do sigilo das denúncias
perante os Tribunais de Contas.

O Tribunal de Contas poderá dar tratamento sigiloso às denúncias formuladas,


mas apenas até decisão definitiva sobre a matéria. Assim, o TCE/SC, assim como
o TCU, de acordo com posicionamento do STF, não poderia manter anônima, sob
sigilo, a autoria de denúncia de ilícito administrativo, mas apenas até a decisão
definitiva sobre a matéria.

Gabarito: ERRADO

7) (CESPE/AUFC TCE-AC/2008) O TCE/AC é composto por

a) nove conselheiros, sendo um terço escolhido pelo governador do estado e dois


terços escolhidos pela Assembleia Legislativa.

b) nove conselheiros, sendo dois terços escolhidos pelo governador do estado e


um terço escolhido pela Assembleia Legislativa.

c) sete conselheiros, sendo um terço escolhido pelo governador do estado e dois


terços escolhidos pela Assembleia Legislativa.

d) sete conselheiros, sendo dois terços escolhidos pelo governador do estado e


um terço escolhido pela Assembleia Legislativa.

e) sete conselheiros, sendo todos escolhidos pelo governador do estado.

Comentário: Questão para lembrarmos a composição do TCE/SC, disposta no


artigo 61 da Constituição Estadual. Os TCMs e TCEs integram-se por 07
Conselheiros, escolhidos 1/3 pelo Governador do Estado e 2/3 pela Assembleia
Legislativa. Lembre-se que, quanto a proporcionalidade, o STF editou a Súmula no

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653, determinando que, nos Tribunais de Contas Estaduais, 4 Conselheiros serão


escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 pelo Governador (um de livre escolha
e dois alternadamente entre auditores e membros do Ministério Público junto ao
Tribunal, segundo critérios de antiguidade e merecimento). O artigo 61, § 2º, da
Constituição do Estado de Santa Catarina já traz a composição conforme
orientação da Corte Suprema.

Gabarito: C

8) (CESPE/ Procurador TCE-BA/2010 - adaptada) A Constituição do Estado de


Santa Catarina prevê que qualquer cidadão é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilegalidades ao Tribunal de Contas, garantindo, textualmente, o
direito ao anonimato e a preservação da identidade do denunciante.

Comentário: Não há qualquer garantia expressa textualmente no artigo 62, § 2º,


da Constituição do Estado de Santa Catarina quanto ao direito ao anonimato e a
Qualquer cidadão, partido político,
associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.

Gabarito: ERRADO

9) (CESPE/AUFC-TI TCU/2010) O correto funcionamento de um sistema de


fiscalização exercida pelo controle interno de determinada empresa pública
dispensa a atuação do controle externo sobre aquela entidade.

Comentário: A atuação do controle interno não descarta a do controle externo. O


artigo 70 da CF/88, estabelece que a fiscalização será exercida pelo Congresso

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Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada


Poder, deixando claro que ambos os sistemas trabalham conjuntamente.

Gabarito: ERRADO

10) (CESPE/AUFC-TI - TCU/2010) Se um auditor federal de controle externo é


designado para auditar determinada sociedade de economia mista, em regra, o
TCU pode atribuir-lhe poderes de amplo acesso aos sistemas eletrônicos de
processamento de dados.

Comentário: Questão em consonância com o disposto no artigo 106, inciso II, da


LO-TCE/SC e com o artigo 4º do RI-TCE/SC.

Gabarito: CERTO

11) (Questão inédita) Das decisões do TCE/SC caberão:

a) Reconsideração, no prazo de 10 dias;

b) Embargos de declaração, no prazo de 10 dias;

c) Revisão, no prazo de 90 dias;

d) Reexame, no prazo de 1 ano;

e) Agravo, no prazo de 30 dias.

Comentário: A LO-TCE/SC estabelece que das decisões do Tribunal caberão


Reconsideração, Reexame, Embargos de Declaração e Agravo, além da Revisão
e do Reexame de Conselheiro. Os prazos para interposição são de,

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respectivamente, 30 dias, 30 dias, 10 dias, 05 dias, 02 anos e 02 anos. Dessa


forma, nos resta a alternativa B.

Gabarito: B

12) (Questão inédita) Considerando a LO-TCE/SC, assinale a opção que indica a


correta correlação entre as colunas:

1) Reconsideração;

2) Embargos de declaração;

3) Revisão.

( ) Em virtude de omissão, obscuridade ou contradição, devendo ser interposto


no prazo máximo de 10 dias da publicação da decisão recorrida.

( ) Em virtude de erro decorrente de cálculo nas contas; falsidade de documento


em que se tenha baseado a decisão; ou superveniência de nova documentação
que possa modificar a prova produzida, devendo ser interposto no prazo máximo
de 2 anos, sem efeito suspensivo.

( ) Em virtude de decisão em processo de prestação ou tomada de contas,


devendo ser interposto no prazo máximo de 30 dias, com efeito suspensivo.

a) 1 2 3

b) 1 3 2

c) 2 1 3

d) 2 3 1

e) 3 2 1

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Comentário:

Objeto Prazo Suspende


Reconsideração Prestação ou tomada de contas 30 dias Sim

Reexame Atos/contratos e atos sujeitos a 30 dias Sim


registro
Reexame de Conselheiro Decisão prolatada em qualquer 02 anos Não
processo
Embargos de Declaração Omissão, obscuridade ou 10 dias Sim
contradição
Agravo Decisões preliminares ou 05 dias Não
Despacho Singular
Revisão Decisão transitada em julgado 02 anos Não
(tomada ou prestação de contas)

Gabarito: D

13) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) A administração pública,


os Poderes Legislativo e Judiciário e o povo podem, diretamente, exercer a
atribuição de fiscalização e revisão da atuação dos órgãos públicos.

Comentário: A questão traz, respectivamente, as possibilidades de controle


administrativo, parlamentar e financeiro, judicial e social.

Gabarito: CERTO

14) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) O recurso administrativo


é uma forma de petição inadequada para iniciar processos de interesses do
administrado, nos casos em que se requeira da administração a concessão de
direitos de natureza personalíssima.

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Comentário: De fato, o recurso administrativo não se presta a iniciar processos de


interesse do administrado, mas a provocar o reexame de ato ou decisão
administrativa já exarada pela Adm. Pública.

Gabarito: CERTO

15) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O controle administrativo


permite que a organização pública fiscalize e corrija, por iniciativa própria, atos
administrativos sob os aspectos de legalidade e mérito.

Comentário: Questão que retrata muito bem o controle administrativo,


encontrando-se em consonância com a Súmula 473 do STF.

Gabarito: CERTO

16) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O TCU, ao analisar assuntos


atinentes a nomeação ou demissões de servidores públicos federais, realiza o
controle interno da administração pública; e, ao discutir o emprego de recursos
públicos na aquisição de produtos ou serviços, pratica o controle externo.

Comentário: O TCU é órgão de controle externo, conforme artigo 71 da CF/88.


Assim, em ambas as situações estar-se-ia diante de controle externo da
administração pública.

Gabarito: ERRADO

17) (CESPE/MP-AM/2007) O controle popular dos atos da administração pública


só se consolida por intermédio da atuação do MP.

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Comentário: Como vimos, o controle popular ou social pode ser exercido por
meio de representação ao Poder Público e por meio de ação popular. Além disso,
qualquer cidadão é parte legítima para denunciar ilegalidades ou irregularidades
perante o Tribunal de Contas, o que configura exercício do controle popular.

Gabarito: ERRADO

18) (CESPE/TJ-SE/Juiz/2008) O Tribunal de Contas, dentro do poder geral de


cautela, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário do
administrador público ordenador de despesa.

Comentário: De fato o Supremo Tribunal Federal tem reconhecido o poder geral


de cautela aos Tribunais de Contas, que poderão adotar medidas cautelares a fim
de evitar maiores prejuízos, o retardamento das apurações ou até mesmo a
inviabilidade de ressarcimento nos casos de dano ao erário. Não obstante, entre
as medidas cautelares a disposição dos Tribunais de Contas não se encontra a
quebra de sigilo bancário, medida essa que só poderá ser adotada por
determinação do Poder Judiciário ou por Comissão Parlamentar de Inquérito
CPI.

Gabarito: ERRADO

19) (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) O tribunal de contas, ao julgar a legalidade da


concessão de aposentadoria, exerce o controle externo que lhe foi atribuído pela
Constituição, estando, em tal momento, condicionado pelo princípio do
contraditório.

Comentário: Questão importante para relembrarmos o que dispõe a Súmula


Vinculante n. 3:

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Súmula Vinculante no 3

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o


contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma e pensão.

Dessa forma, quando da apreciação da legalidade do ato de concessão


inicial de aposentadoria, reforma e pensão, o Tribunal de Contas não é obrigado a
garantir o contraditório e a ampla defesa previamente à apreciação, entretanto,
segundo entendimento da Suprema Corte, passados 5 anos da concessão, o
Tribunal de Contas é obrigado a garantir o contraditório e a ampla defesa.

Gabarito: ERRADO

20) (CESPE/TJ-SE/Juiz/2008) As decisões do TC que imputem multa têm natureza


de título executivo judicial.

Comentário: De fato, as decisões do TC que imputem multa, ou débito, tornam a


dívida líquida, certa e exigível e tem eficácia de título executivo. Não obstante, tal
título tem caráter extrajudicial, em face de o Tribunal de Contas ser um órgão de
natureza administrativa, e não judicial.

Gabarito: ERRADO

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21) (CESPE/ACE TCU/2013) Serão aceitos embargos de declaração apenas


quando houver contradição em acórdão do tribunal, sendo submetidos à
deliberação do colegiado competente pelo relator ou pelo redator.

Comentário: Serão aceitos embargos de declaração quando houver obscuridade,


omissão ou contradição em acórdão ou decisão emitido pelo Tribunal, sendo
submetidos à deliberação do colegiado competente pelo Relator ou pelo
Conselheiro que tenha proferido em primeiro lugar o Voto vencedor.

Gabarito: ERRADO

22) (CESPE/ACE TCDF/2013) Com a finalidade de assegurar a devida isenção no


julgamento, o Ministério Público pode recorrer de decisão do TCDF em processo
de tomada de contas, interpondo pedido de revisão, com efeito suspensivo, que
será distribuído a outro relator.

Comentário: Olhos de águia! A alternativa vai muito bem, mas apresenta uma
casca de banana. O erro da assertiva encontra-se no fato de que o pedido de
LO-TCE/SC, não possui efeito suspensivo.

Gabarito: ERRADO

23) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Quanto aos processos de julgamento


de contas, assinale a alternativa incorreta.

a) A superveniência de documentos novos autoriza o recurso de revisão.

b) Verificada a irregularidade nas contas, o relator, se houver débito, ordenará a


citação do responsável.

c) O recurso de revisão é dotado de efeito suspensivo.

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d) A liquidação tempestiva do débito sanará o processo, se reconhecida a boa-fé e


sem outras irregularidades.

e) Ao responsável será determinada audiência para apresentar razões de


justificativa, se verificadas irregularidades sem débitos.

Comentário: Quanto aos recursos no âmbito do TCE/SC, temos Reconsideração,


Reexame, Embargos de Declaração e Agravo, além da Revisão e do Reexame de
Conselheiro. Os prazos para interposição são de, respectivamente, 30 dias, 30
dias, 10 dias, 05 dias, 02 anos e 02 anos.

A revisão se trata de um recurso (lembre-se que a LO-TCE/SC não a coloca ao lado


dos recursos...) sem efeito suspensivo, em face de erro de cálculo nas contas;
falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a
decisão recorrida; ou superveniência de documentos novos com eficácia sobre a
prova produzida. Dessa forma, a alternativa A está correta, enquanto a alternativa
C está errada. Observe que o texto da alternativa A não é dos melhores, já que
não é a superveniência de quaisquer documentos novos que autorizam o recurso
de revisão, mas apenas os que possuam eficácia sobre a prova produzida,
obviamente D C
existe... rsrs).

As alternativas B e E abordam as diferenças entre os casos com e sem débito.


Lembre-se que, constatada a irregularidade nas contas, se houver débito, o
Tribunal ou Relator ordenará a citação do responsável para apresentar defesa ou
recolher a quantia devida; se não houver débito, determinará a audiência do
responsável para apresentar razões de justificativa.

A alternativa D encontra-se em consonância com o disposto no § 1º do artigo 15


da LO-TCE/SC.

Gabarito: C

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24) (FCC/TCE-PR Analista/2011 - adaptada) A consulta ao TCE/SC poderá ser


formulada, dentre outros interessados, por

(A) qualquer cidadão.

(B) partido político.

(C) associação.

(D) sindicato.

(E) Secretário de Estado.

Comentário: De acordo com o artigo 103 do RI-TCE/SC, os legitimados para


formular consultas ao Tribunal são:

I no âmbito estadual, pelos titulares dos Poderes, Secretários de Estado,


Procurador Geral de Justiça, Procurador Geral do Estado, membros do
Poder Legislativo, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista,
empresas públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Estado;

II - no âmbito municipal, pelos Prefeitos, Presidentes de Câmaras


Municipais, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista,
empresas públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Município.

Gabarito: E

25) (FCC/TCE-PR Analista/2011 - adaptada) Um Prefeito de um Município do


Estado de Santa Catarina teve um determinado ato de gestão por ele praticado
julgado irregular por decisão do TCE/SC, publicada no diário oficial de 10 de
outubro (segunda-feira) de 2011. Não conformado com o decidido, interpôs, no

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dia 24 do mesmo mês, agravo com pedido de efeitos devolutivo e suspensivo. A


medida tomada pelo administrador pode ser considerada

(A) adequada, todavia somente caberá efeito suspensivo se constatado risco


iminente de lesão grave e de difícil reparação.

(B) inadequada, uma vez que caberia recurso de reexame. Todavia, poderá ser
recebido, pois não houve indício de má-fe e foi respeitado o prazo do recurso
correto.

(C) adequada, todavia o agravo só admite efeito devolutivo.

(D) inadequada, uma vez que cabe recurso de reexame, apesar de ter sido
respeitado o prazo do recurso correto, que é de 15 dias.

(E) inadequada, uma vez que cabe recurso de reconsideração e não foi respeitado
o prazo do recurso correto, que é de dez dias.

Comentário: A questão deve ser dividida em 3 partes: qual seria o recurso


correto? Qual seria o prazo para o recurso correto? Quais os efeitos do recurso
correto?

Como trata-se de uma decisão a respeito de ato, o recurso de reexame seria o


recurso correto a ser interposto pelo responsável, e não o agravo, que é oponível
apenas contra decisões preliminares e despachos singulares.

O prazo do recurso de reexame é de 30 dias. Assim, foi respeitado o prazo do


recurso correto, que é de 30 dias, apesar de ter interposto o recurso errado.
Assim, já teríamos o gabarito da questão, alternativa D.

Quanto aos efeitos, o recurso de reexame possui os efeitos devolutivos (comum a


todos os recursos) e suspensivos. Já o agravo não conta com efeito suspensivo.

Gabarito: D

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26) (FCC/TCE-AP ACE/2012 - adaptada) O Prefeito de um Município do Estado


de Santa Catarina, em razão de uma decisão do TCE-SC que lhe foi desfavorável,
publicada no dia 1/10/11, interpôs recurso de reexame em 18/10/11. O Tribunal
de Contas apreciou o recurso e em 20/10/11 publicou decisão pelo não
provimento. Insatisfeito e suportado por novos documentos, o Prefeito interpôs
novo recurso ordinário em 28/10/11. Esse novo recurso

(A) contraria a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o prazo para interposição do segundo
recurso de reexame é de cinco dias, contados da publicação da decisão do não
provimento do primeiro.

(B) está de acordo com a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o segundo recurso de
reexame é possível com base em novos documentos.

(C) está de acordo com a Lei Orgânica do TCE-SC, desde que os novos documentos
apresentados sejam pré-existentes à decisão referente ao primeiro recurso.

(D) contraria a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o recurso de reexame só pode ser
formalizado uma vez.

(E) está de acordo com a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o prazo para interposição
do segundo recurso de reexame é de 15 dias, contados da publicação da decisão
do não provimento do primeiro.

Comentário: Observe o que dispõe o artigo 80 da LO-TCE/SC:

O Recurso de Reexame com efeito suspensivo, poderá ser interposto uma só vez
por escrito, pelo responsável, interessado, ou pelo Ministério Público junto ao
Tribunal, dentro do prazo de trinta dias contados a partir da publicação da
decisão no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas.

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Dessa forma, o novo recurso contraria a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o recurso de
reexame, assim como o recurso de reconsideração, só pode ser formalizado uma
única vez.

Gabarito: D

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Finalizamos o nosso curso!

Tenha a certeza de que você fará uma excelente prova!

Obrigado pela oportunidade de poder participar de seu caminho rumo


à aprovação. Certo de que você fez a sua parte, mantenha-se calmo e sereno, e as
coisas acontecerão!

Uma excelente prova e que seu nome conste da lista de aprovados!

Visualize seu nome na lista!

Em caso de dúvidas, fico à disposição no fórum.

FACA NA CAVEIRA e SANGUE NOS OLHOS!

Grande abraço, excelentes estudos e uma magnífica prova!

Hugo Mesquita.

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LISTA DE EXERCÍCIOS
Lista de exercícios

1) (ESAF/Inspetor Externo Administrativo TCE-RN/2000 - adaptada) Das


decisões condenatórias definitivas e transitadas em julgado, proferidas pelo
Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, cabe revisão, no prazo de

a) cinco dias;

b) dez dias;

c) quinze dias;

d) dois anos;

e) cinco anos.

2) (FCC/Auditor TCE-SE/2002) São finalidades e objetivos da auditoria


governamental, EXCETO:

a) Comprovar a legalidade, legitimidade e avaliar os resultados, quanto à


economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial;

b) Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos
administradores ou gestores;

c) Examinar os sistemas administrativo e operacional de controle interno


utilizado na gestão orçamentária, financeira e patrimonial;

d) Certificar a idoneidade dos gestores públicos por meio de testes


substantivos;

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e) Verificar e avaliar os sistemas de informação e a utilização dos recursos


computacionais das unidades da administração direta e entidades
supervisionadas.

3) (CESPE/Procurador TCE-RN/2002) Julgada procedente a impugnação, o


TCE/RN, se reconhecida a ilegalidade de ato ou contrato, assina prazo para que o
responsável adote, se for o caso, as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, devendo a decisão fazer indicação expressa dos dispositivos
a serem observados. Se não for atendido, o TCE/RN susta a execução do ato ou do
contrato, comunicando a decisão à Assembleia Legislativa.

4) (CESPE/Procurador TCU/2003) O gestor de recursos públicos que haja


deixado o cargo não mais poderá sofrer sanção aplicável pelo TCU, embora possa
ser responsabilizado nas esferas civil e penal, se for o caso.

5) (CESPE/ACE - Auditoria Governamental/2008) A fiscalização do TCU não se


limita à realização da despesa; compreende também a arrecadação da receita e
as próprias renúncias de receitas, inclusive a verificação do real benefício
socioeconômico dessas renúncias.

6) (CESPE/Administrador - Ministério do Esporte/2008) O TCU pode manter


anônima, sob sigilo, a autoria de denúncia de ilícito administrativo.

7) (CESPE/AUFC TCE-AC/2008) O TCE/AC é composto por

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a) nove conselheiros, sendo um terço escolhido pelo governador do estado e dois


terços escolhidos pela Assembleia Legislativa.

b) nove conselheiros, sendo dois terços escolhidos pelo governador do estado e


um terço escolhido pela Assembleia Legislativa.

c) sete conselheiros, sendo um terço escolhido pelo governador do estado e dois


terços escolhidos pela Assembleia Legislativa.

d) sete conselheiros, sendo dois terços escolhidos pelo governador do estado e


um terço escolhido pela Assembleia Legislativa.

e) sete conselheiros, sendo todos escolhidos pelo governador do estado.

8) (CESPE/ Procurador TCE-BA/2010 - adaptada) A Constituição do Estado de


Santa Catarina prevê que qualquer cidadão é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilegalidades ao Tribunal de Contas, garantindo, textualmente, o
direito ao anonimato e a preservação da identidade do denunciante.

9) (CESPE/AUFC-TI TCU/2010) O correto funcionamento de um sistema de


fiscalização exercida pelo controle interno de determinada empresa pública
dispensa a atuação do controle externo sobre aquela entidade.

10) (CESPE/AUFC-TI - TCU/2010) Se um auditor federal de controle externo é


designado para auditar determinada sociedade de economia mista, em regra, o
TCU pode atribuir-lhe poderes de amplo acesso aos sistemas eletrônicos de
processamento de dados.

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11) (Questão inédita) Das decisões do TCE/SC caberão:

a) Reconsideração, no prazo de 10 dias;

b) Embargos de declaração, no prazo de 10 dias;

c) Revisão, no prazo de 90 dias;

d) Reexame, no prazo de 1 ano;

e) Agravo, no prazo de 30 dias.

12) (Questão inédita) Considerando a LO-TCE/SC, assinale a opção que indica a


correta correlação entre as colunas:

1) Reconsideração;

2) Embargos de declaração;

3) Revisão.

( ) Em virtude de omissão, obscuridade ou contradição, devendo ser interposto


no prazo máximo de 10 dias da publicação da decisão recorrida.

( ) Em virtude de erro decorrente de cálculo nas contas; falsidade de documento


em que se tenha baseado a decisão; ou superveniência de nova documentação
que possa modificar a prova produzida, devendo ser interposto no prazo máximo
de 2 anos, sem efeito suspensivo.

( ) Em virtude de decisão em processo de prestação ou tomada de contas,


devendo ser interposto no prazo máximo de 30 dias, com efeito suspensivo.

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a) 1 2 3

b) 1 3 2

c) 2 1 3

d) 2 3 1

e) 3 2 1

13) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) A administração pública,


os Poderes Legislativo e Judiciário e o povo podem, diretamente, exercer a
atribuição de fiscalização e revisão da atuação dos órgãos públicos.

14) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) O recurso administrativo


é uma forma de petição inadequada para iniciar processos de interesses do
administrado, nos casos em que se requeira da administração a concessão de
direitos de natureza personalíssima.

15) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O controle administrativo


permite que a organização pública fiscalize e corrija, por iniciativa própria, atos
administrativos sob os aspectos de legalidade e mérito.

16) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O TCU, ao analisar assuntos


atinentes a nomeação ou demissões de servidores públicos federais, realiza o
controle interno da administração pública; e, ao discutir o emprego de recursos
públicos na aquisição de produtos ou serviços, pratica o controle externo.

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17) (CESPE/MP-AM/2007) O controle popular dos atos da administração pública


só se consolida por intermédio da atuação do MP.

18) (CESPE/TJ-SE/Juiz/2008) O Tribunal de Contas, dentro do poder geral de


cautela, tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário do
administrador público ordenador de despesa.

19) (CESPE/TRF-5/Juiz/2007) O tribunal de contas, ao julgar a legalidade da


concessão de aposentadoria, exerce o controle externo que lhe foi atribuído pela
Constituição, estando, em tal momento, condicionado pelo princípio do
contraditório.

20) (CESPE/TJ-SE/Juiz/2008) As decisões do TC que imputem multa têm natureza


de título executivo judicial.

21) (CESPE/ACE TCU/2013) Serão aceitos embargos de declaração apenas


quando houver contradição em acórdão do tribunal, sendo submetidos à
deliberação do colegiado competente pelo relator ou pelo redator.

22) (CESPE/ACE TCDF/2013) Com a finalidade de assegurar a devida isenção no


julgamento, o Ministério Público pode recorrer de decisão do TCDF em processo
de tomada de contas, interpondo pedido de revisão, com efeito suspensivo, que
será distribuído a outro relator.

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23) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Quanto aos processos de julgamento


de contas, assinale a alternativa incorreta.

a) A superveniência de documentos novos autoriza o recurso de revisão.

b) Verificada a irregularidade nas contas, o relator, se houver débito, ordenará a


citação do responsável.

c) O recurso de revisão é dotado de efeito suspensivo.

d) A liquidação tempestiva do débito sanará o processo, se reconhecida a boa-fé e


sem outras irregularidades.

e) Ao responsável será determinada audiência para apresentar razões de


justificativa, se verificadas irregularidades sem débitos.

24) (FCC/TCE-PR Analista/2011 - adaptada) A consulta ao TCE/SC poderá ser


formulada, dentre outros interessados, por

(A) qualquer cidadão.

(B) partido político.

(C) associação.

(D) sindicato.

(E) Secretário de Estado.

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25) (FCC/TCE-PR Analista/2011 - adaptada) Um Prefeito de um Município do


Estado de Santa Catarina teve um determinado ato de gestão por ele praticado
julgado irregular por decisão do TCE/SC, publicada no diário oficial de 10 de
outubro (segunda-feira) de 2011. Não conformado com o decidido, interpôs, no
dia 24 do mesmo mês, agravo com pedido de efeitos devolutivo e suspensivo. A
medida tomada pelo administrador pode ser considerada

(A) adequada, todavia somente caberá efeito suspensivo se constatado risco


iminente de lesão grave e de difícil reparação.

(B) inadequada, uma vez que caberia recurso de reexame. Todavia, poderá ser
recebido, pois não houve indício de má-fe e foi respeitado o prazo do recurso
correto.

(C) adequada, todavia o agravo só admite efeito devolutivo.

(D) inadequada, uma vez que cabe recurso de reexame, apesar de ter sido
respeitado o prazo do recurso correto, que é de 15 dias.

(E) inadequada, uma vez que cabe recurso de reconsideração e não foi respeitado
o prazo do recurso correto, que é de dez dias.

26) (FCC/TCE-AP ACE/2012 - adaptada) O Prefeito de um Município do Estado


de Santa Catarina, em razão de uma decisão do TCE-SC que lhe foi desfavorável,
publicada no dia 1/10/11, interpôs recurso de reexame em 18/10/11. O Tribunal
de Contas apreciou o recurso e em 20/10/11 publicou decisão pelo não
provimento. Insatisfeito e suportado por novos documentos, o Prefeito interpôs
novo recurso ordinário em 28/10/11. Esse novo recurso

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(A) contraria a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o prazo para interposição do segundo
recurso de reexame é de cinco dias, contados da publicação da decisão do não
provimento do primeiro.

(B) está de acordo com a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o segundo recurso de
reexame é possível com base em novos documentos.

(C) está de acordo com a Lei Orgânica do TCE-SC, desde que os novos documentos
apresentados sejam pré-existentes à decisão referente ao primeiro recurso.

(D) contraria a Lei Orgânica do TCE-SC, pois o recurso de reexame só pode ser
formalizado uma vez.

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GABARITOS
Gabaritos

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


01 D 14 CERTO
02 D 15 CERTO
03 ERRADO 16 ERRADO
04 ERRADO 17 ERRADO
05 CERTO 18 ERRADO
06 ERRADO 19 ERRADO
07 C 20 ERRADO
08 ERRADO 21 ERRADO
09 ERRADO 22 ERRADO
10 CERTO 23 C
11 B 24 E
12 D 25 D
13 CERTO 26 D

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