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Aula 03

Controle Externo da Administração Pública p/ TCE-SC - Auditor Fiscal Cont Externo -


Todos os Cargos

Professor: Hugo Mesquita


Controle Externo p/ TCE/SC
Auditor Fiscal de Controle Externo 2015
Prof. Hugo Mesquita
Aula 03

Aula 03

Organização, deliberações, processos e julgamento ............................................ 3


Organização ........................................................................................................ 3
Deliberações e Processos .................................................................................. 14
Prestação e tomada de contas .......................................................................... 16
Julgamento ....................................................................................................... 20
Resumo ............................................................................................................... 24
Exercícios comentados ........................................................................................ 26
Lista de exercícios ............................................................................................... 50
Gabaritos ............................................................................................................. 61

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Olá, pessoal!

Na aula de hoje iniciaremos os estudos sobre a Lei Orgânica do TCE/SC,


abordando, também, algumas passagens relevantes do Regimento Interno. Como
já havia dito na aula anterior, nós já passamos por vários conteúdos presentes
tanto no RI quanto na LO, dessa forma, focaremos nossos estudos no que diz
respeito à organização do Tribunal de Contas, deliberações, processos,
julgamento, fiscalização, denúncia, representação, sanções e direito de defesa.

É imprescindível que você leia a LO, tendo em vista que as bancas


examinadoras, apesar de serem bastante imprevisíveis, têm certo costume de
cobrar a letra seca da lei em suas questões.

FICA A DICA!

Como já havia dito, o equilíbrio é muito importante para que você


tenha o rendimento necessário em seus estudos para uma boa prova.
Pensando nisso, sem deixar de lado a questão motivacional, gostaria de
indicar dois filmes para que você se distraia e ao mesmo tempo se motive na
caminhada: Homens de Honra (2000) e A Procura da Felicidade (2006). São
dois filmes que mostram que quando você realmente quer algo, por meio de
muita luta e suor você consegue! Fica a dica...

Vamos ao que interessa, afinal, RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE


NÃO!

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Organização

Organização,
Organização, delibera deliberações, processos e julgamento.

 Organização

Como já vimos, o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, sediado


em Florianópolis, é integrado por sete Conselheiros, cabendo ao Governador do
Estado a escolha de três, mediante aprovação da Assembleia, sendo um de
livre nomeação e dois, alternadamente, dentre Auditores e membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, por este indicados em lista tríplice, segundo
os critérios de antiguidade e merecimento, e quatro pela Assembleia
Legislativa.

O TCE/SC poderá constituir Câmaras, mediante deliberação da maioria


absoluta de seus Conselheiros. A competência, o número, a composição, a
presidência e o funcionamento das Câmaras serão regulados no Regimento
Interno do Tribunal.

As sessões do Tribunal Pleno, sob a presidência do Presidente do TCE/SC,


serão ordinárias, extraordinárias (apreciação das contas do Governador, acúmulo
de pauta nas sessões ordinárias, necessidade de pronunciamento urgente do TC),
especiais (posse de Conselheiros, Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral,
solenidades comemorativas ou festivas) e administrativas, exigindo-se para sua
instalação e julgamento dos processos constantes da pauta, com exceção das
sessões especiais, para as quais não há quórum mínimo, a presença de, no
mínimo, quatro Conselheiros, inclusive o Presidente.

As sessões ordinárias serão realizadas às segundas e quartas-feiras, das


14 às 18 horas, podendo ser prorrogadas por deliberação do Tribunal Pleno e, se
necessário, convocada sessão extraordinária. Nenhuma sessão poderá ser
realizada sem a presença do representante do Ministério Público junto ao

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Tribunal, exceto as sessões especiais. Ainda, as sessões serão públicas ou


reservadas (sessões administrativas). Estas últimas ocorrerão quando destinadas
a tratar de assuntos de natureza administrativa interna ou quando a
preservação de direitos individuais e o interesse público o exigirem.

Cada Câmara compõe-se de três Conselheiros que a integrarão pelo prazo


de dois anos, findo o qual dar-se-á a recondução automática por igual período,
sempre que não decida o Tribunal Pleno de modo diverso, com antecedência
mínima de noventa dias. A Primeira Câmara será presidida pelo Vice-Presidente
do Tribunal e a Segunda Câmara pelo Corregedor-Geral. Assim, observe que o
Presidente do Tribunal de Contas não participa da composição de nenhuma das
Câmaras. Além disso, junto à cada Câmara atua um Auditor, designado pelo
Presidente do TCE/SC, e um Representante do Ministério Público junto ao
Tribunal.

Quanto às sessões nas Câmaras, poderão ser ordinárias ou extraordinárias,


somente podendo ser abertas com quorum de dois Conselheiros efetivos ou seus
substitutos (Auditores convocados). As sessões ordinárias da Primeira e Segunda
Câmaras realizar-se-ão às terças feiras e às quintas feiras, respectivamente, com
início às 14 horas e 30 minutos. Já as sessões extraordinárias serão convocadas
pelo Presidente da Câmara ex officio ou por proposta de Conselheiro.

O artigo 179 do RI-TCE/SC estabelece a estrutura básica da Corte, a saber:

I - órgãos deliberativos:

a) o Plenário e

b) as Câmaras;

II - órgãos de administração superior:

a) a Presidência;

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b) a Vice-Presidência;

c) a Corregedoria-Geral;

III - órgão especial:

a) o Corpo de Auditores;

IV - órgãos auxiliares:

a) os órgãos de controle;

b) os órgãos de consultoria e controle;

c) os órgãos de assessoria;

d) os órgãos de apoio técnico e administrativo.

Às Câmaras competem deliberar sobre:

 prestação de contas ou tomada de contas especial em que o Relator acolhe


em seu Voto as conclusões dos pareceres coincidentes do titular da
unidade técnica e do Representante do Ministério Público processos de
prestação ou tomada de contas com parecer convergentes do Corpo
Técnico e do MPjTCE/SC;

 prestação de contas ou tomada de contas especial nos processos em que as


conclusões dos pareceres, coincidentes ou não, não contenham
manifestação pela irregularidade, e o Relator conclua pela regularidade
ou regularidade com ressalva;

 inspeções, auditorias e outras matérias concernentes à fiscalização


contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial;

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 atos de admissão de pessoal da administração direta e indireta estadual ou


municipal, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

 concessões de aposentadorias, reformas, pensões e transferência para a


reserva;

 questão que lhe for submetida pelo Presidente;

 recursos de reexame, de reconsideração, de embargos de declaração e de


agravo opostos às suas próprias deliberações;

 emitir parecer prévio sobre as contas municipais.

Em resumo, competem às Câmaras os processos que envolvam os atos


sujeitos a registro (atos de pessoal admissão, aposentadoria e pensão);
processos de contas com parecer convergentes do Ministério Público e do Corpo
Técnico; processos de contas com pareceres e voto do Conselheiro Relator que
não contenham manifestação pela irregularidade; recursos de suas próprias
decisões; parecer prévio sobre as contas municipais; além das matérias que lhe
forem submetidas pelo Presidente do TCE/SC.

As competências do Tribunal Pleno (Plenário) estão dispostas nos incisos


do artigo 187 e 188 do RI-TCE/SC. Observe que o Pleno atrai as competências
mais importantes do Tribunal. Como seria inviável colacionarmos todas e
tecermos comentários uma a uma, trago um condensado do que considero mais
importante.

 parecer prévio relativo às contas que o Governador do Estado


prestará anualmente à Assembléia Legislativa;

 parecer prévio relativo às contas que o Prefeito Municipal prestará


anualmente à Câmara Municipal;

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 incidentes de inconstitucionalidade;

 conflitos suscitados sobre competência das Câmaras;

 inabilitação de responsável e adoção de medidas cautelares;

 reapreciação de contas municipais;

 consulta sobre matéria da competência do Tribunal;

 denúncia apresentada na forma da lei e do Regimento;

 processos de uniformização de decisões;

 instauração e julgamento de tomada de contas especial;

 representação;

 recurso de revisão de decisão de Câmara;

 recurso em processo com decisões não unânimes das Câmaras

Importante notar, nesse momento, que os processos que envolvam atos


sujeitos a registros encontram-se nas competências tanto do Plenário (art. 187,
inciso V, do RI-TCE/SC), quanto das Câmaras (art. 189, incisos IV e V, do RI-
TCE/SC).

Os Conselheiros elegerão o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-


Geral do Tribunal para o mandato correspondente a 02 anos, sendo permitida
uma única reeleição. A eleição realizar-se-á em escrutínio secreto, em sessão
extraordinária da segunda quinzena do mês de dezembro, exigida a presença de,
pelo menos, cinco Conselheiros, inclusive o que presidir o ato, devendo a posse
ocorrer no primeiro dia útil do mês de fevereiro.

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As competências do Presidente do TCE/SC estão dispostas no artigo 90 da


LO-TCE/SC:

 dirigir o Tribunal de Contas;

 nomear os Conselheiros escolhidos pela Assembléia Legislativa, exceto


aqueles cuja escolha e nomeação competem ao Governador do Estado, nos
termos do art. 61, § 2º, I, da Constituição Estadual;

 dar posse aos Conselheiros e Auditores na forma estabelecida no


Regimento Interno;

 conceder aposentadoria, licença, férias e outros afastamentos aos


Conselheiros e Auditores, dependendo de inspeção por junta médica a
licença para tratamento de saúde por prazo superior a trinta dias;

 nomear e dar posse aos servidores do quadro de pessoal do Tribunal e


expedir atos de promoção, licenças, exoneração, remoção e aposentadoria;

 movimentar, diretamente ou por delegação, as dotações do Tribunal de


Contas constantes do Orçamento do Estado e os créditos adicionais;

 encaminhar ao Poder Legislativo proposta para fixação de vencimentos dos


Conselheiros e Auditores; e

 encaminhar ao Poder Legislativo proposta de criação, transformação e


extinção de cargos e funções do quadro de pessoal do Tribunal, bem como
a fixação da respectiva remuneração, observados os limites orçamentários
fixados e, no que couber, os princípios reguladores do Sistema de Pessoal
Civil do Estado de Santa Catarina.

As competências do Vice-Presidente estão dispostas no artigo 274 do RI-


TCE/SC:

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 substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos por motivo de


licença, férias ou outro afastamento legal, e sucedê-lo, no caso de vaga
dentro dos 60 dias anteriores ao término do mandato;

 presidir a Primeira Câmara;

 supervisionar a edição de revista ou publicações do Tribunal;

 colaborar com o Presidente no exercício de suas funções, quando


solicitado;

 assinar, na condição de Relator, as decisões prolatadas em processos


relatados por Auditor;

 exercer as atribuições que lhe forem delegadas.;

Seguindo a ordem, no artigo 275 estão dispostas as competências do


Corregedor-Geral:

 realizar as correições e inspeções nas atividades dos órgãos de controle,


dos Auditores e dos Conselheiros, destinadas a verificar, em especial:

o a adequada distribuição dos processos;

o a observância dos prazos legais e regimentais;

o a observância da uniformidade das decisões do Tribunal de Contas.

 instaurar e presidir processo administrativo disciplinar contra Conselheiro e


Auditor, precedido ou não de sindicância;

 propor medidas de racionalização e otimização do serviço dos órgãos de


controle, de consultoria e na Secretaria Geral;

 propor providências com vistas a celeridade na tramitação de processos;

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 receber e processar as reclamações e representações formuladas contra


Conselheiros e Auditores do Tribunal;

 exercer a supervisão dos serviços de controle interno do Tribunal;

 receber e decidir os pedidos de providências formulados à Corregedoria-


Geral;

 requisitar ao Presidente os servidores, os materiais e as providências que


se fizerem necessárias ao desempenho de suas funções;

 apresentar ao Plenário, até a última sessão do mês de março do ano


subseqüente, relatório das atividades da Corregedoria-Geral relativas ao
exercício anterior;

 exercer outras atribuições que lhe forem delegadas.

Importante notar que, no caso ausência ou impedimento do Vice-


Presidente, o Corregedor-Geral substituirá o Presidente. Ainda, o Corregedor-
Geral será substituído, em suas ausências e impedimentos, pelo Conselheiro mais
antigo em exercício no Tribunal.

Os Conselheiros do Tribunal de Contas serão nomeados pelo


Governador do Estado, devendo preencher os seguintes requisitos:

 brasileiro;

 idade entre 35 e 65 anos;

 idoneidade moral;

 reputação ilibada;

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 notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros


ou de administração pública;

 mais de dez anos de exercício de função ou atividade profissional que


exija os conhecimentos mencionados.

Como vimos, os Conselheiros terão as mesmas prerrogativas,


impedimentos, vencimentos, direitos e vantagens dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, gozando de vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado, inamovibilidade e irredutibilidade de
vencimentos.

O artigo 96 da LO-TCM/GO estabelece algumas vedações aos Conselheiros,


a saber:

I exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo


uma de magistério;

II exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, associação ou


fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe
e sem remuneração;

III exercer comissão remunerada ou não, inclusive em órgãos de controle


da administração direta ou indireta, ou em concessionária de serviço
público;

IV exercer profissão liberal, emprego particular, comércio ou participar


de sociedade comercial, exceto como acionista;

V celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa


pública, sociedade de economia mista e suas controladas, fundação
pública, sociedade instituída e mantida pelo Poder Público ou empresa

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concessionária de serviço público, salvo quando obedecer a normas


uniformes para todo e qualquer contratante; e

VI dedicar-se à atividade político-partidária.

Observe que todas as vedações dizem respeito à isenção necessária para


se exercer um cargo de tamanha relevância como o de Conselheiro de Tribunal de
Contas, que está sujeito a todo tipo de pressão tanto da área pública quanto
privada.

O inciso I traz uma única possibilidade de acumulação, prevista para os


Magistrados, que é a acumulação com um cargo de Magistério.

Quanto ao inciso V, um breve comentário apenas para elucidar a questão


do contrato uniforme. Caso a vedação de celebrar contratos disposta no inciso V
fosse absoluta, os Conselheiros não poderiam usufruir dos serviços públicos mais
primários (água, luz, telefone...). Nesse sentido, ressalvam-se os contratos que
obedeçam a normas uniformes para todo e qualquer contratante, caso dos
serviços públicos.

Além disso, não podem ocupar, simultaneamente, cargos de Conselheiro,


parentes consangüíneos ou afins, na linha reta ou na colateral, até o terceiro
grau.

Os Conselheiros, em suas ausências por motivo de licença, férias ou outro


afastamento legal, serão substituídos, mediante convocação do Presidente do
Tribunal, pelos Auditores (Conselheiros-Substitutos), observado o critério de
rodízio a cada trinta dias consecutivos. Quando em substituição, os Auditores
terão as mesmas garantias e impedimentos do titular, e, quando no
exercício das demais atribuições da judicatura, as de Juiz de Direito de última
entrância. Os Auditores, em número de cinco, serão nomeados pelo Governador
do Estado, dentre bacharéis em direito, ou economia ou administração ou

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contabilidade, mediante concurso público de provas e títulos realizado pelo


Tribunal e por este homologado, observada a ordem de classificação.

Junto ao Tribunal de Contas funciona o Ministério Público junto ao


Tribunal, ao qual se aplicam os princípios institucionais da unidade, da
indivisibilidade e da independência funcional e administrativa, sendo composto
de um Procurador-Geral, um Procurador-Geral Adjunto e três Procuradores,
bacharéis em Direito, nomeados pelo Governador do Estado, mediante concurso
público de provas e títulos.

Frise-se que o MPjTCE/SC não integra o MP comum, possuindo estrutura


própria e membros que integram carreira autônoma. Nesse sentido, importante
trazer ao estudo ementa do julgamento da ADI nº 328/SC, que considerou
inconstitucional o parágrafo único do artigo 102 da CE de Santa Catarina1:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO


DE SANTA CATARINA. DISPOSITIVO SEGUNDO O QUAL OS
PROCURADORES DA FAZENDA JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS
EXERCERÃO AS FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. INADMISSIBILIDADE.
PARQUET ESPECIAL CUJOS MEMBROS INTEGRAM CARREIRA
AUTÔNOMA. INCONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA.

I. O art. 73, § 2º, I, da Constituição Federal, prevê a existência de um


Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, estendendo, no
art. 130 da mesma Carta, aos membros daquele órgão os direitos,
vedações e a forma de investidura atinentes ao Parquet comum.

1
Art. 102 Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas aplicam-se as disposições desta Seção
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Parágrafo único. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é exercido pelos Procuradores da Fazenda
junto ao Tribunal de Contas.

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II. Dispositivo impugnado que contraria o disposto nos arts. 37, II, e 129, §
C F
para a atuação independente do Parquet especial junto aos Tribunais de
Contas.

III. Trata-se de modelo jurídico heterônomo estabelecido pela própria


Carta Federal que possui estrutura própria de maneira a assegurar a mais
ampla autonomia a seus integrantes.

IV Inadmissibilidade de transmigração para o Ministério Público especial


de membros de outras carreiras.

V. Ação julgada procedente.

Dessa forma, torna-se inaplicável o § 1º do artigo 107 da LO-TCE/SC:

§ 1º O Procurador-Geral, nomeado em comissão pelo Governador do


Estado, será escolhido dentre os Procuradores da Fazenda junto ao Tribunal
de Contas, observados os mesmos requisitos exigidos para o cargo de
Conselheiro, tendo iguais direitos, vantagens e prerrogativas, exceto a
vitaliciedade e tratamento protocolar correspondente.

 Deliberações e Processos

O artigo 253 do RI estabelece as formas por meio das quais se darão as


deliberações do Tribunal Pleno e, no que couber, das Câmaras.

 Resolução  matérias administrativas

o instituição ou alteração do Regimento Interno;

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o normas relativas à estrutura, competência, atribuição e


funcionamento dos órgãos do Tribunal;

o outras matérias que, a critério do Tribunal Pleno, devam se revestir


dessa forma.

 Instrução Normativa  disciplinamento de normas de controle externo

o instruções gerais ou especiais relativas ao controle externo, ou


quando disciplinar matéria que envolva órgão ou entidade sujeita à
jurisdição do Tribunal;

 Decisão Normativa  caráter subsidiário à Instrução Normativa

o fixação de critério ou orientação e não se justificar a expedição de


instrução normativa ou resolução;

 Pareceres  parecer prévios (constas de governo)

o contas prestadas anualmente pelo Governador;

o contas prestadas anualmente pelos Prefeitos;

o outros casos em que deva o Tribunal assim se manifestar;

 Acórdão  decisão definitiva em processo de contas ou que resulte


imposição de multa

o decisão definitiva em processo de prestação ou tomada de contas, de


tomada de contas especial e ainda de decisão da qual resulte
imposição de multa em processo de fiscalização a cargo do Tribunal,
devendo conter:

 Decisão  demais casos

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Quanto aos processos, de forma geral podem ser dos seguintes tipos: de
contas; de fiscalização; de admissão e concessão de aposentadoria, reforma e
pensão (processos de pessoal); de denúncia; de consulta; referentes à solicitação
do Poder Legislativo; e de representação.

 Prestação e tomada de contas

Como já vimos em aulas passadas, ao Tribunal de Contas Estadual compete


apreciar, por meio de parecer prévio a ser elaborado em 60 dias, as contas de
governo, prestadas, anualmente, pelo Governador, até sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa. As contas de governo prestadas pelo Governador
deverão refletir a execução orçamentária e financeira do Estado, não envolvendo
o exame de responsabilidade dos administradores e demais responsáveis de
unidades gestoras, por dinheiros, bens e valores, cujas contas serão objeto de
julgamento pelo Tribunal. O parecer prévio do Tribunal consistirá em apreciação
geral e fundamentada da gestão orçamentária, patrimonial, financeira e fiscal do
exercício, devendo demonstrar se o Balanço Geral representa adequadamente a
posição financeira, orçamentária e patrimonial do Estado em 31 de dezembro,
bem como se as operações estão de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade aplicados à administração pública estadual, concluindo pela
aprovação ou rejeição das contas.

Quanto ao julgamento por parte do Poder Legislativo (Assembleia


Legislativa ou Câmara Municipal), importante lembrar que o parecer do TCE/SC
apenas deixará de prevalecer pelo voto da maioria absoluta dos parlamentares,
no caso Estadual, ou pelo quórum qualificado de 2/3 dos membros da Câmara
Municipal, no caso dos municípios.

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Após a breve recapitulação a respeito da apreciação das contas de governo,


adentremos, de fato, nas tomadas e prestações de contas, que dizem respeito às
contas de gestão dos administradores e demais responsáveis por bens e dinheiros
sob a jurisdição do TCE/SC.

Conforme a Lei Orgânica do TCE/SC, estão sujeitas à prestação ou tomada


de contas as pessoas que se encontram sob a jurisdição do Tribunal 2
(administradores e demais responsáveis), e só por decisão do Tribunal de Contas
do Estado, em processo regular, cessará a sua responsabilidade. Importante notar
que nas prestações ou tomadas de contas devem ser incluídos todos os recursos
orçamentários e extra-orçamentários, geridos direta ou indiretamente pelo
órgão ou entidade.

- Professor, qual a diferença entre tomada e prestação de contas?

Os normativos base de nossos estudos (LO-TCE/SC e RI-TCE/SC) não são


claros a esse respeito, dando a entender que seriam o mesmo instituto.
Entretanto, partindo da interpretação do artigo 9º do RI-TCE/SC, poder-se-ia
chegar a conclusão de que:

 prestação de contas seria o procedimento pelo qual o responsável,


dentro dos prazos fixados em lei ou regulamento, por iniciativa
própria, apresenta a documentação destinada a comprovar, perante
o Tribunal, a regularidade do uso, emprego ou movimentação dos
bens, numerário ou valores que lhe forem entregues ou confiados;

 tomada de contas seria o procedimento pelo qual o Tribunal ou o


órgão competente desempenha ações com vistas a obter a

2
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores da administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público do Estado e do Município, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário

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documentação, nos casos em que a legislação específica não obrigue


o responsável a prestar contas regularmente;

Dessa forma, a prestação de contas seria ato voluntário do órgão


jurisdicionado, enquanto a tomada de contas seria ato coercitivo do Tribunal de
Contas ou do órgão competente.

Tanto a prestação quanto a tomada de contas são procedimentos


destinados a comprovar, perante a Corte de Contas, a regularidade do emprego
ou movimentação de dinheiros, bens ou valores públicos entregues ou confiados
à Administração Pública.

Para muitos tribunais de contas essa diferença é irrelevante, como, a meu


ver, é o nosso caso. No TCU, por exemplo, as tomadas de contas referir-se-iam à
Administração Direta, enquanto as prestações de contas à Administração Indireta,
classificação essa que não mais encontra respaldo dentro da corte federal, sendo
tomada e prestação de contas o mesmo instituto, diferenciando-se, apenas, das
tomadas de contas especiais, que veremos mais à frente.

Quanto aos elementos que devem integrar as prestações e tomada de


contas, são os seguintes, segundo nosso RI:

 relatório de gestão, se for o caso;

 relatório e certificado de auditoria emitido pelo dirigente do órgão


de controle interno, contendo informações sobre as irregularidades
ou ilegalidades eventualmente constatadas e as medidas adotadas
para corrigi-las;

 pronunciamento do dirigente máximo do órgão gestor ou


autoridade por ele delegada.

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Além dos citados anteriormente, nosso RI, no artigo 11, elenca outros
elementos que deverão constar dos processos de prestação ou tomada de contas,
a saber:

 as demonstrações financeiras exigidas em lei;

 demonstrativo do recebimento e aplicação de todos os recursos


orçamentários e extra-orçamentários geridos direta ou
indiretamente pela unidade ou entidade;

 outros demonstrativos especificados em instrução normativa que


evidenciem a boa e regular aplicação dos recursos públicos e a
observância a outros dispositivos legais e regulamentares aplicáveis.

Já a tomada de contas é a ação desempenhada pelo órgão competente ou


pelo Tribunal para apuração de fatos, identificação dos responsáveis e
quantificação do débito ou dano, quando vislumbradas as seguintes situações:

 Omissão no dever de prestar contas;

 Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos;

 Ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico do qual resulte dano ao Erário ou ao


patrimônio público;

 Falecimento do responsável ou de vacância do cargo, por qualquer causa,


desde que não tenham sido apresentadas as contas ao Tribunal no prazo
legal.

Observe que não cabe ao Tribunal instaurar a tomada de contas, mas ao


órgão competente, que deverá, sob pena de responsabilidade solidária, adotar
as providências necessárias à sua instauração, comunicando à Corte de Contas.

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Caso não seja instaurada pela autoridade administrativa competente, o Tribunal


determinará sua instauração.

Se o dano for de valor inferior à quantia estabelecida em cada ano civil pelo
Tribunal para este fim, a tomada de contas será anexada ao processo da
respectiva prestação de contas anual do administrador ou ordenador de despesa,
para julgamento e apreciação em conjunto.

A tomada de contas especial, medida de caráter excepcional, guia-se pelos


princípios da proteção ao Erário e da razão suficiente ab-rogável. O primeiro
princípio é bastante autoexplicativo, e não merece maiores comentários, tendo
em vista as hipóteses ensejadoras da instauração da tomada de contas (omissão
no dever de prestar contas, desfalque ou desvio, e dano ao Erário). O princípio da
razão suficiente ab-rogável se relaciona ao fato de que, caso o responsável
promova o ressarcimento ou apresente as contas omitidas, encerra-se a tomada
de contas, uma vez que não há mais a ameaça de dano ao erário ou ao
patrimônio público, permanecendo, contudo, a possibilidade de aplicação de
sanções, visto que sua apresentação intempestiva não elidirá a irregularidade da
omissão. Ab-rogar significa tornar nulo ou sem efeito, uma vez que deixa de
existir a causa ensejadora da tomada de contas (perda de objeto).

 Julgamento

Com base nas competências estabelecidas no artigo 1o da Lei Orgânica, o


Tribunal de Contas julgará as contas dos responsáveis tendo em conta os critérios
determinados no caput do artigo 70 da Constituição Federal (legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas),
comunicando a decisão ao responsável e à entidade ou órgão a que se refiram as

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contas, ou ao Poder Legislativo, Ministério Público, Chefe do Poder Executivo ou


Poder Judiciário, quando necessário.

O Tribunal de Contas, no exercício de sua competência, julgará as contas, a


seu critério e segundo a natureza das possíveis irregularidades:

I pela regularidade  quando expressarem, de forma clara e objetiva, a


exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a
economicidade dos atos do responsável;

II pela regularidade com ressalva  quando evidenciarem


impropriedades ou qualquer outra falta de natureza formal de que não
resulte dano ao Erário;

III pela irregularidade  quando comprovadas quaisquer das seguintes


ocorrências:

a) omissão no dever de prestar contas;

b) prática de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico, ou grave


infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;

c) dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou


antieconômico injustificado;

d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos;

e) reincidência no descumprimento de determinação de que o


responsável tenha tido ciência, feita em processo de prestação ou
tomada de contas, inclusive tomada de contas especial.

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No julgamento das contas serão definidas as responsabilidades


individualizadas e solidárias do gestor, do contador e do assessor jurídico,
relativamente aos atos e fatos que lhes competem, aplicadas as sanções cabíveis,
quando for o caso.

Importante observar, ainda, que nas hipóteses do julgamento pela


irregularidade das contas, o Tribunal fixará a responsabilidade solidária do
agente público que praticou o ato irregular e do terceiro que, como contratante
ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido
para o cometimento do dano apurado. Além disso, verificado desfalque ou desvio
de dinheiro, bens ou valores públicos, o Tribunal remeterá imediatamente cópia
da documentação pertinente ao Ministério Público do Estado.

Quanto à quitação, importante destacar que apenas no caso de julgamento


pela regularidade das contas o Tribunal dará quitação plena ao responsável. No
caso de julgamento pela regularidade com ressalvas, o Tribunal dará quitação
(não é quitação plena) ao responsável e lhe recomendará, ou a quem lhe haja
sucedido, a adoção de medidas necessárias à correção das impropriedades ou
faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrência de outras semelhantes.
Quanto ao julgamento pela irregularidade, se houver débito ou irregularidade
passível de multa, o Tribunal ordenará a citação do responsável para, no prazo de
trinta dias, apresentar defesa ou recolher a quantia devida. A liquidação
tempestiva do débito, acrescido de juros de um por cento ao mês ou fração,
sanará o processo se esta for a única irregularidade observada nas contas,
situação na qual as contas serão julgadas regulares com ressalva, com quitação ao
responsável.

Para finalizarmos, importante fazer uma diferenciação entre os processos


de contas e os processos de fiscalização de atos administrativos. Enquanto nos
processos de contas, caso haja débito ou multa, o Tribunal ordenará a citação do
responsável para apresentação de defesa, nos processos de fiscalização de atos

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administrativos, se verificada ilegalidade ou irregularidade, o Tribunal ordenará a


audiência do responsável para apresentação de justificativas.

Veremos a fiscalização de atos administrativos em nossa próxima aula...

FICA A DICA!

Contas  débito ou multa  citação  defesa

Atos administrativos  ilegalidade ou irregularidade  audiência 


justificativas

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RESUMO
Resumo

TCE/SC Conselheiros MPjTCE/SC - 05


Procuradores

Órgãos Órgãos Adm. Órgãos Requisitos


Órgão Prerrogativas,
deliberativos Superior auxiliares
especial impedimentos, vencimentos, Unidade
direitos e vantagens dos
Pleno (07 Brasileiro Desembargadores do
Presidência controle
Conselheiros) Corpo de Tribunal de Justiça
Entre 35 e 65 anos Indivisibilida
Auditores
Idoneidade moral e reputação de
Vice- ilibada
consultoria
Câmaras (03 Presidência
Notórios conhecimentos
Conselheiros) Vitaliciedade
Mais de 10 anos de exercício Indep.
Corregedoria- Inamovibilidade funcional
assessoria de atividades que exijam os
Geral conhecimentos Irredutibilidade

apoio téc e
adm

Processos
Direção
De contas
De fiscalização Presidente - 2
De pessoal (concessões e admissão) anos - 1 Gestão
De denúncia reeleição
De consulta
Solicitações do Poder Legislativo Representação
De representação

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Resolução
Regularidade Quitação plena
Instrução
Normativa Julgamento
Regularidade
(contas de Quitação
com ressalvas
gestão)
Decisão
Normativa
Irregularidade
Deliberações
Pareceres

Aprova
Acórdão Parecer Prévio
(contas de
governo)
Rejeita
Decisão

Atos
Contas
Prestação e Tomada de Administrativos
Tomada de Contas Especial
Contas

Retrato da atividade Excepcional Débito ou Ilegalidade ou


administrativa Iniciativa do órgão Multa Irregularidade
C.O.F.O.P competente
Por gestão Omissão, desfalque, dano
Anual ao Erário
Proteção ao Erário e razão Citação Audiência
suficiente ab-rogável

Defesa Justificativas

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EXERCÍCIOS COMENTADOS
Exercícios

1) (CESPE/Administrador - ME/2008 - adaptada) O Auditor do TCE/SC, quando no


exercício das atribuições ordinárias da judicatura, tem as mesmas garantias de
Juiz de Direito.

Comentário: Questão perfeita e em consonância com o artigo 290 da LO-TCE/SC.


Além das garantias, o Auditor terá os mesmos impedimentos de Juiz de Direito
quando do exercício das atribuições ordinárias da judicatura. Os Auditores
apenas terão as mesmas garantias e impedimentos dos Conselheiros (titular)
quando em substituição.

ATENÇÃO! Observe atentamente o contexto das questões em nossa prova. Digo


isso pois, em vários TCs, temos os Auditores (Conselheiros-Substitutos) e os
Auditores de Controle Externo ou Auditores Fiscais de Controle Externo, cargo no
qual você em breve tomará posse. Caso a assertiva se refira unicamente a
A ao Conselheiro-Substituto.
Fique atento!

Gabarito: CERTO

2) (CESPE/ACE - Governamental - TCU/2008) Uma decisão do TCU, em


processo de tomada ou prestação de contas, só será considerada terminativa
quando, transcorridos cinco anos do seu arquivamento, não for possível
comprovar os fatos que tenham sobrestado o seu julgamento, por indícios de
irregularidades.

Comentário: Questão de redação bastante confusa, que tenta confundir o


candidato com o conceito de decisão terminativa e com a baixa de

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responsabilidade passados 05 anos. Como vimos em nossa última aula, a decisão


terminativa é aquela que ordena o arquivamento dos autos sem o julgamento de
mérito, quando iliquidáveis as contas, por motivo de caso fortuito ou força
maior, alheio à vontade do responsável. Não é necessário passar 05 anos para
que a decisão seja considerada terminativa, já o sendo desde o início. Ocorre que,
transcorrido o prazo de 05 anos contados da decisão terminativa
(arquivamento) sem que tenha havido nova decisão, as contas serão
consideradas encerradas, com baixa de responsabilidade, podendo o Tribunal, à
vista de novos elementos que considere suficientes, dentro desse prazo,
autorizar o desarquivamento do processo com a respectiva tomada ou
prestação de contas.

Gabarito: ERRADO

3) (CESPE/AFC TCE-AC/2008) Segundo o STF, o Ministério Público do Tribunal


de Contas é formado por

a) promotores de justiça estaduais.

b) procuradores de justiça estaduais.

c) procuradores da República.

d) procuradores regionais da República.

e) procuradores do Tribunal de Contas.

Comentário: Como vimos, o MPjTCE/SC é composto de 05 Procuradores (um


deles o Procurador-Geral), nomeados pelo Governador do Estado, mediante
concurso público de provas e títulos, não integrando o MP comum. Segundo o
STF, o MPjTC é órgão de extração constitucional, que vincula-se (sem hierarquia)

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ao respectivo Tribunal de Contas, com total independência funcional, possuindo


identidade e fisionomia próprias. Dessa forma, nos resta a alternativa E.

Gabarito: E

4) (CESPE/Analista Judiciário - Administrativa - TRT 5ª Região/2008) O TCU


não tem competência para determinar, em tomada de contas especial, a quebra
de sigilo bancário de empresa acusada de superfaturamento de obra pública.

Comentário: Questão que trago à aula apenas para mostrar o posicionamento do


STF quanto à impossibilidade de quebra de sigilo bancário pelos Tribunais de
Contas. No Mandado de Segurança no 22.801-DF, o STF entendeu que não
compete ao TCU a quebra de sigilo bancário, que caberia apenas ao Poder
Judiciário, ao Poder Legislativo e às Comissões Parlamentares de Inquérito.

Gabarito: CERTO

5) (CESPE/AUFC - Obras TCU/2009 - adaptada) Para se disciplinar atribuições


especiais de uma nova secretaria que seja criada no TCE/SC, deverá ser editada
uma resolução.

Comentário: As deliberações do Tribunal se darão por meio das seguintes formas:


resolução, instrução normativa, decisão normativa, pareceres, acórdão e
decisão. A resolução é utilizada nas decisões que envolvam matérias
administrativas internas ao próprio Tribunal, como Regimento Interno, estrutura
e atribuições de unidades do órgão. A disciplina de atribuições especiais de uma
nova secretaria do TCE/SC é uma questão administrativa interna, razão pela qual
se dará por meio de Resolução.

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Gabarito: CERTO

6) (CESPE/Agente Administrativo AGU/2010) O Ministério Público abrange


o Ministério Público da União, que compreende, entre outros, os Ministérios
Públicos dos estados. Todavia, há outro órgão estatal, dotado de identidade e
de fisionomia próprias que o tornam inassimilável à instituição do Ministério
Público comum da União e dos estados-membros, qual seja: o Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas.

Comentário: Cuidado! Olhos de águia! A definição de Ministério Público junto ao


Tribunal de Contas está perfeita! Entretanto, o enunciado erra logo no início, ao
dizer que os Ministérios Públicos dos Estados fazem parte do Ministério Público
da União. Sei que o conteúdo aqui não é controle externo, mas achei importante
trazer esta questão para mostrar que o examinador, às vezes, pode misturar
alguns temas em uma única questão, e devemos sempre ficar MUITO atentos na
leitura dos itens! De qualquer forma, a estrutura do Ministério Público (comum)
está disciplinada no artigo 128 da CF/88, abrangendo:

 Ministério Público da União, que compreende:

o Ministério Público Federal;

o Ministério Público do Trabalho;

o Ministério Público Militar;

o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

 Ministérios Públicos dos Estados.

Gabarito: ERRADO

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7) (CESPE/Agente Administrativo AGU/2010) O Tribunal de Contas é órgão


que auxilia o Poder Legislativo no exercício do controle financeiro externo da
administração pública. Por ter função de caráter administrativo, suas decisões
poderão ser submetidas ao controle judicial.

Comentário: Questão bem direta e sem nenhum mistério. As decisões dos


Tribunais de Contas se revestem de caráter administrativo e, apesar de fazerem
coisa julgada administrativa, não podendo ser revistas, no mérito, por nenhum
outro órgão ou Poder, sempre poderão ser submetidas ao Poder Judiciário
(controle judicial) em caso de infringência aos princípios do devido processo legal,
contraditório e ampla defesa, tendo em vista o contido no artigo 5o, inciso XXXV,
CF a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito

Gabarito: CERTO

8) (CESPE/ACI MPU/2010 - adaptada) As contas dos administradores públicos


devem ser julgadas regulares com ressalvas quando for comprovada omissão
no dever de prestar contas.

Comentário: A regularidade com ressalvas se dá em caso de impropriedade ou


falha de natureza formal, da qual não decorra dano ao erário. A omissão no
dever de prestar contas, em última instância, enseja a irregularidade das contas.

Gabarito: ERRADO

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9) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) Aos membros do MP junto ao


TCE/BA devem ser aplicados os direitos, as vedações e a forma de investidura
aplicados aos demais membros do MP.

Comentário: Questão perfeita! Apesar de não ser parte do MP comum, aos


membros do MPjTC aplicam-se os mesmo direitos, vedações e forma de
investidura dos membros do MP comum (artigo 130 da CF/88).

Gabarito: CERTO

10) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) A execução das decisões que


resultem em imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.

Comentário: A decisão que impute débito ou multa ao responsável terá eficácia


de título executivo (extrajudicial). Entretanto, não cabe ao próprio Tribunal de
Contas executar o título, mas à Procuradoria dos Estados e Municípios
(Advocacia-Geral da União, no caso Federal). Esse tem sido o entendimento do
STF quanto ao tema. Dessa forma, errada a questão.

Gabarito: ERRADO

11) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) As contas de determinado


ordenador de despesas que tenham sido arquivadas sem baixa de
responsabilidade por serem iliquidáveis podem, passado o prazo de cinco anos
sem ocorrência de fato novo, ser consideradas encerradas, havendo a baixa da
responsabilidade do ordenador.

Comentário: Perfeita! Como já debatemos em questão anterior, transcorrido o


prazo de 05 anos contados da decisão terminativa (arquivamento) sem que

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tenha havido nova decisão ou fato novo, as contas serão consideradas


encerradas, com baixa de responsabilidade.

Gabarito: CERTO

12) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) Recurso de revisão interposto


por agente público contra decisão de uma câmara deve ser examinado pela
própria câmara.

Comentário: Compete ao Tribunal Pleno o julgamento de recurso de revisão de


decisão das Câmaras II do RI-TCE/SC. Os demais
recursos serão julgados pela própria Câmara (art. 189, VII, do RI-TCE/SC). Os
recursos serão estudados em nossa próxima aula.

Gabarito: ERRADO

13) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) O vice-presidente do TCE/SC


exerce, concomitantemente, a presidência da primeira e da segunda câmara e
as funções de corregedor.

Comentário: Questão totalmente errada. A Primeira e Segunda Câmaras são


presididas, respectivamente, pelo Vice-Presidente do Tribunal e pelo
Corregedor-Geral. Além disso, o corregedor será eleito juntamente com o
Presidente e o Vice-Presidente, não podendo o Vice-Presidente acumular a
função de corregedor, como afirmado.

Gabarito: ERRADO

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14) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) As contas de um administrador


que apresentem falta de natureza formal da qual não resulte dano ao erário
devem ser tratadas pelo TCE/SC como irregulares com ressalva.

Comentário: Muita atenção! A questão vem muito bem e, ao final, tenta enganar
regulares irregulares com
“ irregulares com ressalvas). Você

na hora da prova, depois de 03 horas sentado lendo uma prova bastante


trabalhosa, o cérebro pode acabar caindo nesse tipo de armadilha. É óbvio que
você, super treinado e com olhos de águia, vai passar por cima e gabaritar a
questão, não é verdade?!

Gabarito: ERRADO

15) (CESPE/TFCE TCU/2012 - adaptada) Se, em decorrência de declaração de


impedimento para julgar determinado processo de contas, um auditor do TCE/SC
vier a substituir Conselheiro desse tribunal, o auditor terá os mesmos direitos e
impedimentos dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, mas não os mesmos
vencimentos destes.

Comentário: O artigo 290 do RI-TCE/SC estabelece que o Auditor, quando em


substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias, vencimentos e
impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de Juiz de Direito de última entrância, lembrando sempre que os
Conselheiros terão as mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos,
direitos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça. Dessa forma, o
Auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias,
vencimentos e impedimentos de Desembargadores do Tribunal de Justiça.

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Gabarito: ERRADO

16) (CESPE/TFCE TCU/2012 - adaptada) Quando o dano ao erário provocado


por determinada irregularidade na gestão de recursos públicos for inferior à
quantia fixada anualmente pelo TCE/SC, a tomada de contas especial poderá ser
dispensada, a critério do TCE/SC.

Comentário: A tomada de contas especial será anexada ao processo da respectiva


prestação de contas anual do administrador ou ordenador de despesa, para
julgamento em conjunto, caso o valor do dano seja inferior ao anualmente fixado
pelo Tribunal. Isso não se traduz em dispensa da tomada de contas especial.
Cuidado!

Gabarito: ERRADO

17) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) Os tribunais de contas


exercem controle parlamentar, em auxílio ao Poder Legislativo.

Comentário: Em auxílio ao Poder Legislativo, os tribunais de contas exercem


controle financeiro, espécie do gênero controle parlamentar, no qual se inclui
também o controle político.

Gabarito: ERRADO

18) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) O Poder Judiciário exerce


controle judicial e administrativo.

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Comentário: Observe que o Poder Judiciário exerce controle administrativo


quando atuando em sua função atípica administrativa. O controle administrativo
é exercido por todos os Poderes quando atuando em suas funções
administrativas.

Gabarito: CERTO

19) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O controle administrativo, que


visa verificar a conveniência dos atos administrativos, é exercido de forma
exclusiva pelo Poder Executivo.

Comentário: O controle administrativo é exercido pela Administração Pública, em


sentido amplo, sobre seus próprios atos. Assim, o controle administrativo não é
exercido exclusivamente pelo Poder Executivo, mas por todos os Poderes quando
atuando em suas funções administrativas.

Gabarito: ERRADO

20) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) No exercício do controle


parlamentar, o agente público atua sem considerar os direitos individuais dos
administrados.

Comentário: Questão que retira seu fundamento de validade da lição de Hely


Lopes Meirelles, segundo a qual o controle parlamentar é eminentemente
político, sendo, portanto, indiferente aos direitos individuais dos administrados,
mas objetivando interesses superiores do Estado e da comunidade.

Gabarito: CERTO

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21) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) As comissões parlamentares


de inquérito são exemplos de exercício do controle judiciário no âmbito do
Congresso Nacional.

Comentário: As CPIs são exemplos de exercício do controle político, espécie de


controle parlamentar, no âmbito do Congresso Nacional.

Gabarito: ERRADO

22) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) É competência dos tribunais


de contas dos estados fiscalizar os órgãos estaduais e municipais no que tange à
utilização de quaisquer recursos públicos; e ao TCU cabe, exclusivamente, a
fiscalização de atos que envolvam a atuação de órgãos da esfera federal.

Comentário: Para verificarmos de qual tribunal de contas é a jurisdição no caso


concreto, devemos observar quem é o titular dos recursos públicos. Dessa forma,
órgão estadual pode se encontrar jurisdicionado ao TCU no que tange à aplicação
de recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres (artigo 71, inciso VI, CF/88). Nesse sentido, também não
podemos afirmar que compete aos TCEs fiscalizar os órgãos estaduais e
municipais no que tange à utilização de quaisquer recursos públicos.

Gabarito: ERRADO

23) (CESPE/ACE TCU/2013) Verificada irregularidade nas contas, havendo


débito, caberá ao relator ou ao TCU ordenar a citação do responsável para
apresentar defesa ou recolher a quantia devida.

Comentário: Questão em consonância com o artigo 15, inciso II, da LO-TCE/SC:

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Art. 15. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal:

II se houver débito ou irregularidade passível de aplicação de multa,


ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido, apresentar defesa
ou recolher a quantia devida;

Gabarito: CERTO

24) (FUNIVERSA/ACI-DF Finanças e Controle/2014) Com base nas normas


acerca das tomadas de contas especiais no âmbito do Distrito Federal (DF),
assinale a alternativa que apresenta a situação que enseje a sua instauração.

(A) Não utilização do total do suprimento de fundos.

(B) Atraso na aplicação de recursos transferidos pelo DF mediante convênio.

(C) Paralisação na execução de contrato em virtude de representação do


Ministério Público (MP).

(D) Realização de obra pela opção mais dispendiosa, com vistas à sua conclusão
antes do prazo previsto.

(E) Descumprimento de cláusula contratual sem prejuízos para o erário.

Comentário: Questão que aborda a tomada de contas especial. Cabe lembrar que
a tomada de contas especial são instauradas sob as seguintes situações: omissão
no dever de prestar contas; Desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores
públicos; Ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico do qual resulte dano ao Erário.

Dessa forma, a única alternativa que se encaixa em tais possibilidades é a (D),


tendo em conta que a realização de obra pela opção mais dispendiosa pode ser
considerada um ato antieconômico de que resulta dano ao Erário. Observe que

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não é a não utilização de recursos repassados ou o atraso em sua aplicação que


enseja a instauração de TCE, mas a não comprovação da aplicação dos mesmos.

Gabarito: D

25) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) No exercício do controle externo da


Administração Pública, o Tribunal de Contas

(A) não pode apreciar a constitucionalidade das leis.

(B) não pode sustar ato administrativo irregular.

(C) aprecia, exclusivamente mediante parecer prévio, a legalidade dos atos de


admissão de pessoal.

(D) pode revogar ato administrativo, diante da sua inconveniência.

(E) aprecia, para fins de registro, a legalidade das concessões de aposentadorias.

Comentário: A competência dos Tribunais de Contas para, no exercício de suas


atribuições, apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público foi
reconhecida pelo STF, conforme Súmula no 347. Errada a alternativa A.

A alternativa B encontra-se diametralmente oposta à previsão contida no inciso X


CF X - sustar, se não atendido, a execução do ato
impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal

De fato, compete aos Tribunais de Contas apreciar, para fins de registro, a


legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão (artigo 71, inciso III, CF/88).
Não obstante, tal apreciação não se dá por meio de parecer prévio. A apreciação

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por meio de parecer prévio refere-se às contas prestadas anualmente pelo


Chefe do Poder Executivo (artigo 71, inciso I, CF/88), e não à apreciação dos atos
de pessoal, razão pela qual está errada a alternativa C.

Olhos de águia na alternativa D! Um candidato com bom nível de conhecimento


e desatento poderia marcar como correta a assertiva, tendo em vista que o
Tribunal de Contas realmente pode revogar ato administrativo, diante de sua
inconveniência, desde que esse ato tenha sido praticado por ele mesmo, em sua
função administrativa. Então, qual o erro da questão?! O problema é que o
exercício do controle externo da
Administração Pública T C
legalidade/legitimidade e de gestão, mas não de mérito. O controle de mérito
restringe-se, em regra, à própria Administração Pública, competente para a
edição do ato. Dessa forma, errada a alternativa D, visto que o Tribunal de Contas,
no exercício do controle externo, não pode revogar ato administrativo diante de
sua inconveniência, mas apenas anulá-lo, diante de sua ilegalidade.

Alternativa E em consonância com o inciso III do artigo 71 da CF/88.

Gabarito: E

26) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) Dentre as funções do sistema de controle


interno a ser mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, está a de

(A) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução


dos programas de governo e dos orçamentos da União.

(B) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade


de contas, as sanções previstas em lei.

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(C) determinar prazo para que órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

(D) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo.

(E) emitir parecer prévio sobre o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, etapa
necessária para a aprovação dessa lei.

Comentário: Questão que aborda as finalidades do sistema de controle interno,


esposadas no artigo 74 da CF/88, a saber:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União;  Alternativa A

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades
de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Observe que as alternativas B, C e D referem-se a competências atribuídas pelo


texto constitucional às Cortes de Contas (artigo 71, incisos VIII, IX e V, CF/88).

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Repito: a leitura das normas é de extrema relevância! Nossa banca examinadora


adora retirar trechos da lei e da Constituição para colocar em nossa prova.

Gabarito: A

27) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) De acordo com a Lei Complementar no


709/93 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo é composto por

(A)) sete Conselheiros, nomeados de conformidade com a Constituição do Estado.

(B) oito Conselheiros, nomeados de conformidade com a Lei Orgânica do Tribunal


de Justiça do Estado de São Paulo.

(C) oito Conselheiros, nomeados pelo Chefe do Executivo, após aprovação em


concurso público de títulos e provas.

(D) nove Conselheiros, eleitos por voto direto e secreto.

(E) dez Conselheiros, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.

Comentário: Questão bastante tranquila para os que seguem firme nos estudos.
Conforme parágrafo único do artigo 75 da CF/88, os Tribunais de Contas Estaduais
serão integrados por 07 Conselheiros.

Gabarito: A

28) (FCC/TCE-CE Auditoria de Obras Públicas/2008) A decisão pela qual o


Tribunal de Contas do Estado do Ceará ordena o trancamento das contas que

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forem consideradas iliquidáveis, devido à impossibilidade de julgamento de


mérito, denomina-se

(A) alternativa.

(B) terminativa.

(C) definitiva.

(D) conclusiva.

(E) condenativa.

Comentário: As decisões podem ser preliminares, definitivas ou terminativas.

As decisões preliminares são dadas antes do julgamento do mérito das contas,


com o intuito de determinar diligências, citação ou audiência do responsável ou
o sobrestamento dos autos.

As decisões definitivas são as que julgam o mérito propriamente dito, julgando


as contas regulares, regulares com ressalva ou irregulares.

Já as decisões terminativas são as que ordenam o trancamento das contas, e


consequentemente o arquivamento do processo, sem o julgamento de mérito,
quando consideradas iliquidáveis por motivo de caso fortuito ou força maior,
caso apresentado na questão.

Gabarito: B

29) (FCC/TCE-CE Auditoria de Obras Públicas/2008) Em relação à fiscalização


das Contas do Governador a cargo do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, é
correto afirmar:

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(A) A prestação de contas apresentada pelo Governador será apreciada pelo


Tribunal de Contas, mediante parecer prévio a ser elaborado em 30 dias.

(B) Após a decisão definitiva decretada pela Assembléia Legislativa, caberá


apreciação por parte do Tribunal de Contas, no prazo máximo de 10 dias,
contados da publicação da referida decisão.

(C) Ao Tribunal de Contas compete julgar, no prazo de 60 dias, contados do seu


recebimento, as contas prestadas pelo Governador do Estado.

(D) A decisão decretada pela Assembléia Legislativa será conclusiva, não cabendo
mais qualquer apreciação por parte do Tribunal de Contas.

(E) As contas sobre a execução do orçamento consistirão apenas em um relatório,


elaborado pelo órgão central de controle interno do Poder Executivo.

Comentário: A alternativa A vai bem até estabelecer o prazo de 30 dias para a


elaboração do parecer prévio. Conforme inciso I do artigo 71 da CF/88, o parecer
deverá ser elaborado em 60 dias a contar do recebimento das contas.

Não há previsão para o contido na alternativa B. No caso das contas de governo, o


Tribunal de Contas as aprecia, por meio de parecer prévio, e as encaminha para
julgamento pelo Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Municipal,
no nosso caso). Ainda, o parecer prévio do TCE/SC deixará de prevalecer por
maioria absoluta no caso estadual ou por quórum qualificado de 2/3 dos
membros das Câmaras Municipais. Dessa forma, após julgadas as contas pelo
Poder Legislativo, encerra-se o procedimento, conforme disposto na alternativa
D, gabarito da questão.

A alternativa C está batida, não é mesmo? Compete ao Poder Legislativo julgar as


contas do Chefe do Poder Executivo. O Tribunal de Contas apenas as aprecia, por
meio de parecer prévio.

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A alternativa E tenta confundir o candidato com o relatório do órgão de controle


interno do Poder Executivo, contendo manifestação conclusiva acerca da
conformidade da execução orçamentária e financeira no exercício com as
metas fixadas no Plano Plurianual e com os dispositivos constitucionais e legais,
em especial a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, que
fazem parte das contas de governo juntamente com os balanços gerais do
Município.

Gabarito: D

30) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A Constituição Federal estabelece que os


Tribunais de Contas estaduais serão integrados por

(A) três Conselheiros.

(B) cinco Conselheiros.

(C) sete Conselheiros.

(D) nove Conselheiros.

(E) onze Conselheiros.

Comentário: Conforme parágrafo único do artigo 75 da CF/88.

Gabarito: C

31) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A Constituição Federal estabelece que as


decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de

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(A) decisão preliminar.

(B) título executivo.

(C) precatório.

(D) sentença normativa.

(E) título judicial.

Comentário: Observe que a maioria das questões é retirada diretamente do texto


constitucional (artigos 70 a 75), razão pela qual é imprescindível que você leia
todos os normativos que constam do edital.

De acordo com o § 3º CF as decisões do Tribunal de que


resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo .

Gabarito: B

32) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A verificação de desvio de finalidade enseja o


julgamento

(A) irregular e a fixação de responsabilidade solidária do agente público que


praticou o ato irregular.

(B) irregular e a fixação de responsabilidade subsidiária do agente público que


praticou o ato irregular.

(C) regular, com ressalvas, e a fixação de responsabilidade solidária do agente


público que praticou o ato irregular.

(D) regular, com ressalvas, e a fixação de responsabilidade subsidiária do agente


público que praticou o ato irregular.

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(E) regular, com ressalvas, e, no caso de dano ao erário, a fixação de


responsabilidade solidária do agente público que praticou o ato irregular.

Comentário: O desvio de finalidade é um vício do ato administrativo que ocorre


quando o agente público pratica o ato visando a fim diverso do previsto pela lei,
sendo, assim, ilegal/ilegítimo.

Dessa forma, conforme artigo 18 III c § 2º, da LO-TCE/SC,


as contas de gestão serão consideradas irregulares quando comprovada prática
de ato de gestão ilegal, ilegítimo ou antieconômico ou injustificado dano ao
Erário, decorrente de ato ilegítimo ou antieconômico, podendo o Tribunal fixar
a responsabilidade solidária do agente público e do terceiro que haja concorrido
para o cometimento do dano apurado.

Gabarito: A

33) (FCC/TCE-AP ACE/2012) Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado


do Amapá

(A) não podem perder o cargo, pois são vitalícios.

(B) podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.

(C) são vitalícios, mas podem perder o cargo por decisão de três quintos dos
integrantes do Tribunal Pleno.

(D) podem, apesar de vitalícios, perder o cargo por decisão da maioria absoluta
dos integrantes do Tribunal Pleno.

(E) não podem perder o cargo, salvo se processados criminalmente.

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Comentário: Observe o que diz o artigo 94, § 2º, da LO-TCE/SC Os Conselheiros


do Tribunal terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça. .

Essas garantias e prerrogativas são: vitaliciedade, inamovibilidade e


irredutibilidade de vencimentos (art. 95 da LO-TCE/SC).

Dessa forma, assim como os Desembargadores do TJ, os Conselheiros apenas


perderão o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado (artigo 95,
inciso I, CF/88 e art. 95, inciso I, LO-TCE/SC).

Gabarito: B

34) (FCC/TCE-GO ACE/2009) A verificação da legalidade dos atos de execução


orçamentária será prévia, concomitante ou subsequente. Uma das formas de se
exercer o controle prévio é por meio

(A) do Balanço Patrimonial.

(B) do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

(C) do Relatório de Gestão Fiscal.

(D) do Empenho da Despesa.

(E) da Tomada de contas.

Comentário: Observe que as alternativas A, B, C e E trazem hipóteses de controle


subsequente, pois visam a analisar situações que já se consolidaram, enquanto a
alternativa D trata a respeito do empenho da despesa, etapa inicial da despesa
pública (empenho, liquidação e pagamento). Alguns poderiam dizer que se trata,
na verdade de controle concomitante, pois atua durante a formação das etapas

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da despesa pública. De toda forma, no contexto da questão e das alternativas


apresentadas, a alternativa D é, de fato, a que melhor se amolda ao solicitado
pelo enunciado.

Gabarito: D

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Ficamos por aqui.

Observe que as questões são bastante simples e exigem do candidato o


conhecimento da letra seca da lei, sem maiores elucubrações.

Na próxima aula terminaremos o estudo a respeito da Lei Orgânica do


Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina TCE/SC.

O concurso se aproxima. Muita força nos estudos, equilíbrio e pensamento


positivo! Visualize seu nome na lista de aprovados!

Em caso de dúvidas, fico à disposição no fórum.

FACA NA CAVEIRA e SANGUE NOS OLHOS!

Grande abraço e excelentes estudos!

Hugo Mesquita.

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Lista

LISTA DE EXERCÍCIOS

1) (CESPE/Administrador - ME/2008 - adaptada) O Auditor do TCE/SC, quando no


exercício das atribuições ordinárias da judicatura, tem as mesmas garantias de
Juiz de Direito.

2) (CESPE/ACE - Governamental - TCU/2008) Uma decisão do TCU, em


processo de tomada ou prestação de contas, só será considerada terminativa
quando, transcorridos cinco anos do seu arquivamento, não for possível
comprovar os fatos que tenham sobrestado o seu julgamento, por indícios de
irregularidades.

3) (CESPE/AFC TCE-AC/2008) Segundo o STF, o Ministério Público do Tribunal


de Contas é formado por

a) promotores de justiça estaduais.

b) procuradores de justiça estaduais.

c) procuradores da República.

d) procuradores regionais da República.

e) procuradores do Tribunal de Contas.

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4) (CESPE/Analista Judiciário - Administrativa - TRT 5ª Região/2008) O TCU


não tem competência para determinar, em tomada de contas especial, a quebra
de sigilo bancário de empresa acusada de superfaturamento de obra pública.

5) (CESPE/AUFC - Obras TCU/2009 - adaptada) Para se disciplinar atribuições


especiais de uma nova secretaria que seja criada no TCE/SC, deverá ser editada
uma resolução.

6) (CESPE/Agente Administrativo AGU/2010) O Ministério Público abrange


o Ministério Público da União, que compreende, entre outros, os Ministérios
Públicos dos estados. Todavia, há outro órgão estatal, dotado de identidade e
de fisionomia próprias que o tornam inassimilável à instituição do Ministério
Público comum da União e dos estados-membros, qual seja: o Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas.

7) (CESPE/Agente Administrativo AGU/2010) O Tribunal de Contas é órgão


que auxilia o Poder Legislativo no exercício do controle financeiro externo da
administração pública. Por ter função de caráter administrativo, suas decisões
poderão ser submetidas ao controle judicial.

8) (CESPE/ACI MPU/2010 - adaptada) As contas dos administradores públicos


devem ser julgadas regulares com ressalvas quando for comprovada omissão
no dever de prestar contas.

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9) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) Aos membros do MP junto ao


TCE/BA devem ser aplicados os direitos, as vedações e a forma de investidura
aplicados aos demais membros do MP.

10) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) A execução das decisões que


resultem em imputação de débito ou multa cabe aos tribunais de contas.

11) (CESPE/Procurador de Contas TCE-BA/2010) As contas de determinado


ordenador de despesas que tenham sido arquivadas sem baixa de
responsabilidade por serem iliquidáveis podem, passado o prazo de cinco anos
sem ocorrência de fato novo, ser consideradas encerradas, havendo a baixa da
responsabilidade do ordenador.

12) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) Recurso de revisão interposto


por agente público contra decisão de uma câmara deve ser examinado pela
própria câmara.

13) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) O vice-presidente do TCE/SC


exerce, concomitantemente, a presidência da primeira e da segunda câmara e
as funções de corregedor.

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14) (CESPE/AUFC TI TCU/2010 - adaptada) As contas de um administrador


que apresentem falta de natureza formal da qual não resulte dano ao erário
devem ser tratadas pelo TCE/SC como irregulares com ressalva.

15) (CESPE/TFCE TCU/2012 - adaptada) Se, em decorrência de declaração de


impedimento para julgar determinado processo de contas, um auditor do TCE/SC
vier a substituir Conselheiro desse tribunal, o auditor terá os mesmos direitos e
impedimentos dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, mas não os mesmos
vencimentos destes.

16) (CESPE/TFCE TCU/2012 - adaptada) Quando o dano ao erário provocado


por determinada irregularidade na gestão de recursos públicos for inferior à
quantia fixada anualmente pelo TCE/SC, a tomada de contas especial poderá ser
dispensada, a critério do TCE/SC.

17) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) Os tribunais de contas


exercem controle parlamentar, em auxílio ao Poder Legislativo.

18) (CESPE/Especialista em Regulação ANTAQ/2014) O Poder Judiciário exerce


controle judicial e administrativo.

19) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) O controle administrativo, que


visa verificar a conveniência dos atos administrativos, é exercido de forma
exclusiva pelo Poder Executivo.

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20) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) No exercício do controle


parlamentar, o agente público atua sem considerar os direitos individuais dos
administrados.

21) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) As comissões parlamentares


de inquérito são exemplos de exercício do controle judiciário no âmbito do
Congresso Nacional.

22) (CESPE/Técnico em Regulação ANTAQ/2014) É competência dos tribunais


de contas dos estados fiscalizar os órgãos estaduais e municipais no que tange à
utilização de quaisquer recursos públicos; e ao TCU cabe, exclusivamente, a
fiscalização de atos que envolvam a atuação de órgãos da esfera federal.

23) (CESPE/ACE TCU/2013) Verificada irregularidade nas contas, havendo


débito, caberá ao relator ou ao TCU ordenar a citação do responsável para
apresentar defesa ou recolher a quantia devida.

24) (FUNIVERSA/ACI-DF Finanças e Controle/2014) Com base nas normas


acerca das tomadas de contas especiais no âmbito do Distrito Federal (DF),
assinale a alternativa que apresenta a situação que enseje a sua instauração.

(A) Não utilização do total do suprimento de fundos.

(B) Atraso na aplicação de recursos transferidos pelo DF mediante convênio.

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(C) Paralisação na execução de contrato em virtude de representação do


Ministério Público (MP).

(D) Realização de obra pela opção mais dispendiosa, com vistas à sua conclusão
antes do prazo previsto.

(E) Descumprimento de cláusula contratual sem prejuízos para o erário.

25) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) No exercício do controle externo da


Administração Pública, o Tribunal de Contas

(A) não pode apreciar a constitucionalidade das leis.

(B) não pode sustar ato administrativo irregular.

(C) aprecia, exclusivamente mediante parecer prévio, a legalidade dos atos de


admissão de pessoal.

(D) pode revogar ato administrativo, diante da sua inconveniência.

(E) aprecia, para fins de registro, a legalidade das concessões de aposentadorias.

26) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) Dentre as funções do sistema de controle


interno a ser mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, está a de

(A) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução


dos programas de governo e dos orçamentos da União.

(B) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade


de contas, as sanções previstas em lei.

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(C) determinar prazo para que órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

(D) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo.

(E) emitir parecer prévio sobre o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, etapa
necessária para a aprovação dessa lei.

27) (FCC/TCE-SP Agente-Adm./2005) De acordo com a Lei Complementar no


709/93 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo é composto por

(A) sete Conselheiros, nomeados de conformidade com a Constituição do Estado.

(B) oito Conselheiros, nomeados de conformidade com a Lei Orgânica do Tribunal


de Justiça do Estado de São Paulo.

(C) oito Conselheiros, nomeados pelo Chefe do Executivo, após aprovação em


concurso público de títulos e provas.

(D) nove Conselheiros, eleitos por voto direto e secreto.

(E) dez Conselheiros, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.

28) (FCC/TCE-CE Auditoria de Obras Públicas/2008) A decisão pela qual o


Tribunal de Contas do Estado do Ceará ordena o trancamento das contas que
forem consideradas iliquidáveis, devido à impossibilidade de julgamento de
mérito, denomina-se

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(A) alternativa.

(B) terminativa.

(C) definitiva.

(D) conclusiva.

(E) condenativa.

29) (FCC/TCE-CE Auditoria de Obras Públicas/2008) Em relação à fiscalização


das Contas do Governador a cargo do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, é
correto afirmar:

(A) A prestação de contas apresentada pelo Governador será apreciada pelo


Tribunal de Contas, mediante parecer prévio a ser elaborado em 30 dias.

(B) Após a decisão definitiva decretada pela Assembléia Legislativa, caberá


apreciação por parte do Tribunal de Contas, no prazo máximo de 10 dias,
contados da publicação da referida decisão.

(C) Ao Tribunal de Contas compete julgar, no prazo de 60 dias, contados do seu


recebimento, as contas prestadas pelo Governador do Estado.

(D) A decisão decretada pela Assembléia Legislativa será conclusiva, não cabendo
mais qualquer apreciação por parte do Tribunal de Contas.

(E) As contas sobre a execução do orçamento consistirão apenas em um relatório,


elaborado pelo órgão central de controle interno do Poder Executivo.

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30) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A Constituição Federal estabelece que os


Tribunais de Contas estaduais serão integrados por

(A) três Conselheiros.

(B) cinco Conselheiros.

(C) sete Conselheiros.

(D) nove Conselheiros.

(E) onze Conselheiros.

31) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A Constituição Federal estabelece que as


decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de

(A) decisão preliminar.

(B) título executivo.

(C) precatório.

(D) sentença normativa.

(E) título judicial.

32) (FCC/TCE-PR Analista/2011) A verificação de desvio de finalidade enseja o


julgamento

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(A) irregular e a fixação de responsabilidade solidária do agente público que


praticou o ato irregular.

(B) irregular e a fixação de responsabilidade subsidiária do agente público que


praticou o ato irregular.

(C) regular, com ressalvas, e a fixação de responsabilidade solidária do agente


público que praticou o ato irregular.

(D) regular, com ressalvas, e a fixação de responsabilidade subsidiária do agente


público que praticou o ato irregular.

(E) regular, com ressalvas, e, no caso de dano ao erário, a fixação de


responsabilidade solidária do agente público que praticou o ato irregular.

33) (FCC/TCE-AP ACE/2012) Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado


do Amapá

(A) não podem perder o cargo, pois são vitalícios.

(B) podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.

(C) são vitalícios, mas podem perder o cargo por decisão de três quintos dos
integrantes do Tribunal Pleno.

(D) podem, apesar de vitalícios, perder o cargo por decisão da maioria absoluta
dos integrantes do Tribunal Pleno.

(E) não podem perder o cargo, salvo se processados criminalmente.

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34) (FCC/TCE-GO ACE/2009) A verificação da legalidade dos atos de execução


orçamentária será prévia, concomitante ou subsequente. Uma das formas de se
exercer o controle prévio é por meio

(A) do Balanço Patrimonial.

(B) do Relatório Resumido da Execução Orçamentária.

(C) do Relatório de Gestão Fiscal.

(D) do Empenho da Despesa.

(E) da Tomada de contas.

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GABARITOS
Gabaritos

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


01 CERTO 18 CERTO
02 ERRADO 19 ERRADO
03 E 20 CERTO
04 CERTO 21 ERRADO
05 CERTO 22 ERRADO
06 ERRADO 23 CERTO
07 CERTO 24 D
08 ERRADO 25 E
09 CERTO 26 A
10 ERRADO 27 A
11 CERTO 28 B
12 ERRADO 29 D
13 ERRADO 30 C
14 ERRADO 31 B
15 ERRADO 32 A
16 ERRADO 33 B
17 ERRADO 34 D

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