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Aula 02

Controle Externo da Administração Pública p/ TCE-SC - Auditor Fiscal Cont Externo -


Todos os Cargos

Professor: Hugo Mesquita


Controle Externo p/ TCE/SC
Auditor Fiscal de Controle Externo 2015
Prof. Hugo Mesquita
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Competências infraconstitucionais dos Tribunais de Contas ................................ 3


Lei de Responsabilidade Fiscal LRF (LC no 101/2000) ........................................ 3
Lei de licitações e contratos (Lei no 8.666/93) ..................................................... 5
Competências reconhecidas pelo STF ................................................................. 6
Lei da Ficha Limpa (LC no 135/2010) ................................................................... 7
Funções, natureza jurídica, eficácia das decisões e jurisdição dos Tribunais de
Contas ................................................................................................................... 8
Funções .............................................................................................................. 8
Natureza jurídica .............................................................................................. 11
Eficácia das decisões ......................................................................................... 12
Jurisdição dos Tribunais de Contas ................................................................... 14
Resumo ............................................................................................................... 17
Exercícios comentados ........................................................................................ 19
Lista de exercícios ............................................................................................... 47
Gabaritos ............................................................................................................. 58

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Olá, pessoal!

Na aula de hoje nós terminaremos de estudar as competências e


estudaremos as funções, a natureza jurídica, a eficácia das decisões e a jurisdição
dos Tribunais de Contas.

Lembre-se de rever o conteúdo da aula anterior por meio de suas


anotações e do resumo que coloco ao final de cada aula. Isso ajudará a
retomarmos o conteúdo.

DICA!

O controle emocional é essencial para que você consiga alcançar bons


resultados. Nesse sentido, é muito importante que você mantenha a

Aliado aos estudos, programe-se para ter momentos de distração e lazer.

Vamos ao que interessa, afinal, RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE


NÃO!

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Competências infraconstitucionais dos Tribunais de Contas

Competências infraconstitucionais dos Tribunais de Contas.

 Lei de Responsabilidade Fiscal LRF (LC no 101/2000)

O artigo 59 da LRF estabelece que compete ao Poder Legislativo,


diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e ao sistema de controle
interno de cada Poder e do Ministério Público, a fiscalização do cumprimento das
normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;

II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição


em Restos a Pagar;

III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao


respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;

IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para


recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos
respectivos limites;

V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em


vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar;

VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais,


quando houver.

§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no


art. 20 quando constatarem:

I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art.


4o e no art. 9o;

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II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90%


(noventa por cento) do limite;

III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações


de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90%
(noventa por cento) dos respectivos limites;

IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do


limite definido em lei;

V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou


indícios de irregularidades na gestão orçamentária.

§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos


limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no
art. 20.

§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do


disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.

Cabe mencionar, também, que compete aos Tribunais de Contas processar


e julgar as infrações tipificadas pela Lei de Crimes Fiscais (Lei no 10.028/2000), em
seu artigo 5o, puníveis com multa de 30% dos vencimentos anuais do agente que
lhe der causa, sendo o pagamento de sua responsabilidade pessoal. As infrações
são:

I deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de


Contas o relatório de gestão fiscal, nos prazos e condições estabelecidos
em lei;

II propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as


metas fiscais na forma da lei;

III deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e


movimentação financeira, nos casos e condições estabelecidos em lei;

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IV deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei, a


execução de medida para a redução do montante da despesa total com
pessoal que houver excedido a repartição por Poder do limite máximo.

Importante lembrarmos, mais uma vez, do disposto no artigo 49 da Lei de


Responsabilidade Fiscal LRF (LC n. 01/2000):

Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo


ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder
Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração,
para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da
sociedade.

Como já estudamos, o dispositivo colacionado não se encontra em


oposição ao § 3º do artigo 31 da CF/88, que afirma que as contas dos Municípios
ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, mas em complementaridade, visto que ao determinar que as contas
fiquem disponíveis durante todo o exercício, a LRF está cumprindo o disposto no
artigo 31, § 3º, da CF/88, já que, assim, ficarão disponíveis por 60 dias.

Não cabe aqui tecermos maiores comentários a respeito dos temas


abordados, uma vez que fugiríamos dos temas relacionados ao Controle Externo e
entraríamos nos assuntos pertinentes à Administração Financeira e Orçamentária,
que não é nosso objetivo.

 Lei de licitações e contratos (Lei no 8.666/93)

A Lei de licitações e contratos administrativos conferiu aos Tribunais de


Contas o controle de despesas decorrentes de contratos e demais instrumentos
por ela regidos (processos licitatórios), sem prejuízo da atuação dos respectivos
sistemas de controle interno.

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Estabelece a lei que os Tribunais de Contas, bem como os sistemas de


controle interno, podem solicitar para exame cópia do edital de licitação até o
dia útil anterior à data de recebimento das propostas.

Além disso, qualquer licitante, contratado, pessoa física ou jurídica, pode


representar contra irregularidades na aplicação dessa lei, antes ou depois da
celebração do contrato.

Em virtude das mencionadas competências, que se caracterizam como


controle prévio ou concomitante, o Supremo Tribunal Federal tem reconhecido o
poder de cautela aos Tribunais de Contas, que poderão adotar medidas
cautelares como a suspensão de processo licitatório ou de contrato, ou até
mesmo a retenção de valores a serem pagos pela Administração Pública.

 Competências reconhecidas pelo STF

Além da competência para a adoção de medidas cautelares mencionada


acima, outra competência de grande relevância reconhecida pelo Supremo
Tribunal Federal aos Tribunais de Contas é a possibilidade de exercer o controle
de constitucionalidade, consubstanciada na Súmula no 347 do STF:

Súmula no 347 - STF

O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a


constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.

Observe que não cabe aos Tribunais de Contas declarar a


inconstitucionalidade de leis e atos do poder público, mas apreciar, afastando sua

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aplicação no caso concreto. Dessa forma, o controle de constitucionalidade


exercido pelos TCs é difuso e incidental, com efeitos inter partes.

 Lei da Ficha Limpa (LC no 135/2010)

A Lei da Ficha Limpa torna inelegíveis tiverem suas contas relativas


ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por
decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou
anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso
II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição

Observe-se que, nesse caso, ao Tribunal de Contas compete unicamente


encaminhar a relação contendo os responsáveis que tiveram suas contas
julgadas irregulares à Justiça Eleitoral, que adotará as medidas cabíveis. Não
compete ao Tribunal de Contas declarar a inelegibilidade do responsável!

São inúmeras as competências atribuídas aos Tribunais de Contas pela


legislação infraconstitucional. Dessa forma, tentamos levantar as principais
competências atribuídas às Cortes de Contas e que merecem maior atenção do
candidato.

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Funções, natureza jurídica, eficácia das decisões e jurisdição dos Tribunais


de Contas.
Funções, natureza jurídica, eficácia das decisões e jurisdição dos Tribunais de Contas

 Funções

Várias são as classificações quanto às diversas funções exercidas pelos


Tribunais de Contas. Entretanto, as diversas classificações são muito parecidas e
trazem, na essência, as principais funções identificadas no texto constitucional e
nas Leis Orgânicas dos Tribunais de Contas.

Dessa forma, podemos classificar as funções dos Tribunais de Contas da


seguinte forma:

 De fiscalização
 Opinativa
 De julgamento/judicante
 Sancionadora
 Corretiva
 Consultiva
 De informação
 De ouvidor
 Normativa

A função de fiscalização compreende, por óbvio, as atividades de


fiscalização realizadas pelas Cortes de Contas, quais sejam, inspeções e auditorias
de natureza contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial
(C.O.F.O.P), mas não só essas, conforme incisos IV, V, VI e XI do artigo 71 de nossa
Carta Magna, os quais vimos em nossa última aula.

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A função opinativa está consubstanciada basicamente na competência dos


Tribunais de Contas de elaborar pareceres prévios. Opinativa porque tais
pareceres prévios (sobre as contas do chefe do Poder Executivo inciso I do
artigo 71 da CF/88) não vinculam o julgamento efetuado pelo Poder Legislativo,
constituindo-se apenas em apreciação, manifestação técnica e preliminar
(opinião técnica), e não em julgamento.

A função de julgamento/judicante é exercida quando do julgamento das


contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (artigo
71, inciso II, da CF/88). Quanto à natureza jurídica dos Tribunais de Contas e a
existência ou não de jurisdição, deixaremos para comentar mais à frente.

A função sancionadora é exercida quando da aplicação de


penalidades/sanções previstas em lei aos responsáveis em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, conforme estabelece o inciso VIII do artigo
71 da CF/88. As sanções são tratadas nas Leis Orgânicas dos TCs, no nosso caso
nos artigos 67 a 74 da Lei Orgânica do TCE/SC (Lei Complementar n. 202/2000),
que prevê multa e inabilitação para exercício de cargo em comissão ou função
de confiança.

A função corretiva decorre da própria contribuição para o aprimoramento


da gestão pública, resultado das atividades de fiscalização exercidas pelas Cortes
de Contas, por meio de determinações e recomendações, fixação de prazos para
a adoção de providências, adoção de medidas cautelares e sustação de atos
irregulares, conforme incisos IX e X do artigo 71 da CF/88.

A função consultiva ocorre principalmente quando da resposta de


consultas sobre assuntos de competência do Tribunal de Contas, que assumirão
caráter normativo e pré-julgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto.

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Conforme artigo 103 do RI-TCE/SC, em o Plenário decidirá sobre consultas quanto


a dúvidas de natureza interpretativa do direito em tese, suscitadas na aplicação
de dispositivos legais e regulamentares concernentes à matéria de competência
do Tribunal, formuladas:

I no âmbito estadual, pelos titulares dos Poderes, Secretários de Estado,


Procurador Geral de Justiça, Procurador Geral do Estado, membros do Poder
Legislativo, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Estado;

II - no âmbito municipal, pelos Prefeitos, Presidentes de Câmaras


Municipais, dirigentes de autarquias, sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações instituídas e mantidas pelo Município.

Importante destacar que as consultas deverão versar sobre direito em tese,


indicar com precisão seu objeto e ser acompanhadas de parecer técnico-jurídico
da Administração.

Além dessa hipótese, há o caso de parecer conclusivo a respeito de


solicitação feita pela Comissão mista permanente a que se refere o artigo 166, §
1º, da CRFB, diante de indícios de despesa não autorizada (art. 72, § 1º, da CRFB).

A função de informação decorre da necessidade de prestar informação a


respeito dos trabalhos realizados ao Poder Legislativo, aos demais órgãos e
Poderes e à sociedade como um todo.

A função de ouvidor diz respeito ao recebimento de denúncias e


representações.

Por último, a função normativa refere-se ao poder regulamentar de que


dispõe os Tribunais de Contas, podendo, em consequência, expedir atos e
instruções sobre matéria de suas atribuições e sobre a organização dos

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processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu cumprimento, sob
pena de responsabilidade.

 Natureza jurídica

Os Tribunais de Contas vinculam-se, para efeitos orçamentários e


financeiros, ao Poder Legislativo, mas são órgãos independentes e autônomos,
com total independência do Parlamento, atuando em auxílio ao Poder Legislativo
no exercício do controle externo. Ainda, recebem o nome de Tribunal, com
competência para julgar e aplicar sanções, entretanto suas decisões se revestem
de caráter administrativo, não pertencendo, os Tribunais de Contas, ao Poder
Judiciário. Por todas essas características, a doutrina se divide quanto à
interpretação da natureza jurídica dos Tribunais de Contas.

De acordo com o STF (ADI no 1.140-5, Rel. Min. Sydney Sanches), as Cortes
de Co órgãos subordinados ou dependentes do Poder Legislativo,
tendo em vista que dispõem de autonomia administrativa e financeira, nos
termos do art. 73, caput, da Constituição Federal, que lhes confere as atribuições
previstas em seu art. 96, relativas ao Poder Judiciário .

Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, os Tribunais de Contas são


órgãos independentes e autônomos, não subordinados a nenhum dos 3
Poderes, possuindo competências exclusivas conferidas diretamente pelo texto
constitucional. Ainda, ressalvadas as hipóteses de infringência aos princípios do
devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, nas quais poderão ser
anuladas pelo Poder Judiciário, suas decisões não podem ser revistas ou
reformadas por nenhum outro órgão de qualquer dos três Poderes.

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 Eficácia das decisões

Como já vimos em aula anterior, as decisões dos Tribunais de Contas que


resultem em aplicação de multa ou imputação de débito terão eficácia de título
executivo extrajudicial. Observe-se, entretanto, que não cabe ao próprio Tribunal
de Contas, seja direta ou indiretamente, por intermédio do MPjTC (procuradores
de contas), executar o título, mas à Procuradoria do Estado ou do Município
respectivo (Advocacia-Geral da União, no caso Federal). Esse tem sido o
entendimento do STF e do STJ quanto ao tema:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE


SERGIPE. COMPETÊNCIA PARA EXECUTAR SUAS PRÓPRIAS
DECISÕES. IMPOSSIBILIDADE. NORMA PERMISSIVA CONTIDA NA
CARTA ESTADUAL. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. As decisões das
Cortes de Contas que impõem condenação patrimonial aos
responsáveis por irregularidades no uso de bens públicos têm eficácia
de título executivo (CF, artigo 71,§ 3o.). Não podem, contudo, ser
executadas por iniciativa do próprio Tribunal de Contas, seja
diretamente ou por meio do Ministério Público que atua perante ele.
Ausência de titularidade, legitimidade e interesse imediato e
concreto. 2. A ação de cobrança a somente pode ser proposta pelo
ente público beneficiário da condenação imposta pelo Tribunal de
Contas, por intermédio de seus procuradores que atuam junto ao
órgão jurisdicional competente. 3. Norma inserida na Constituição do
Estado de Sergipe, que permite ao Tribunal de Contas local executar
suas próprias decisões (CE, artigo 68, XI). Competência não
contemplada no modelo federal. Declaração de
inconstitucionalidade, incidenter tantum, por violação ao princípio da
simetria (CF, artigo 75). Recurso extraordinário não conhecido (RE
223037, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, DJ 02.08.2002).

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As decisões das Cortes de Contas são revestidas de caráter administrativo,


dessa forma, embora possam ser analisadas pelo Poder Judiciário no tocante à
legalidade (devido processo legal, contraditório e ampla defesa), nunca serão no
tocante ao mérito, constituindo, dessa forma, coisa julgada administrativa.

Ademais, conforme o RI-TCE/SC (art. 12) as decisões podem ser


preliminares, definitivas ou terminativas.

As decisões preliminares são dadas antes do julgamento do mérito das


contas, com o intuito de determinar diligências, citação ou audiência do
responsável ou o sobrestamento dos autos.

As decisões definitivas são as que julgam o mérito propriamente dito,


julgando as contas regulares, regulares com ressalva ou irregulares.

Já as decisões terminativas são as que ordenam o trancamento das contas


e consequente arquivamento dos autos sem o julgamento de mérito, quando
iliquidáveis as contas, por motivo de caso fortuito ou força maior. Observe que,
obviamente, o acontecimento deve ser alheio à vontade do responsável. Um
exemplo seria um desastre da natureza que destruísse todos os documentos
relacionados à determinada prestação de contas.

Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão


terminativa no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas, o Tribunal poderá,
à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva prestação
ou tomada de contas. Por outro lado, transcorrido o prazo de 05 anos sem que
tenha havido nova decisão, as contas serão consideradas encerradas, com baixa
na responsabilidade do administrador.

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 Jurisdição dos Tribunais de Contas

O artigo 4o da LO-TCU O Tribunal de Contas da União tem


jurisdição própria e privativa, em todo o território nacional, sobre as pessoas e
matérias sujeitas à sua competência. por várias Leis
Orgânicas de Tribunais de Contas do país (com as devidas adaptações,
obviamente).

No nosso caso, temos (artigo 5º da LO-TCE/SC) O Tribunal de Contas do


Estado de Santa Catarina tem jurisdição própria e privativa sobre as pessoas e
matérias sujeitas à sua competência.

No artigo 5º da LO-TCU são elencados os que estão sujeitos à jurisdição do


Tribunal de Contas da União, a saber:

Art. 5° A jurisdição do Tribunal abrange:

I - qualquer pessoa física, órgão ou entidade a que se refere o inciso I do


art. 1° desta Lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta assuma obrigações de natureza pecuniária;

II - aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de


que resulte dano ao Erário;

III - os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob


intervenção ou que de qualquer modo venham a integrar, provisória ou
permanentemente, o patrimônio da União ou de outra entidade pública
federal;

IV - os responsáveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais


de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos
termos do tratado constitutivo.

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V - os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurídica de


direito privado que recebam contribuições parafiscais e prestem serviço
de interesse público ou social;

VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam
sujeitos à sua fiscalização por expressa disposição de Lei;

VII - os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pela


União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VIII - os sucessores dos administradores e responsáveis a que se refere


este artigo, até o limite do valor do patrimônio transferido, nos termos do
inciso XLV do art. 5° da Constituição Federal;

IX - os representantes da União ou do Poder Público na assembléia geral


das empresas estatais e sociedades anônimas de cujo capital a União ou o
Poder Público participem, solidariamente, com os membros dos conselhos
fiscal e de administração, pela prática de atos de gestão ruinosa ou
liberalidade à custa das respectivas sociedades.

Já no artigo 6º da LO-TCE/SC são elencados os que estão sujeitos à


jurisdição do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, a saber:

Art. 6º A jurisdição do Tribunal abrange:

I qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,


arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiros, bens e valores
públicos, ou pelos quais o Estado ou o Município respondam, ou que em
nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária;

II aqueles que derem causa à perda, extravio ou outra irregularidade de


que resulte dano ao erário;

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III os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob


intervenção ou que de qualquer modo venham a integrar, provisória ou
permanentemente, o patrimônio do Estado ou do Município ou de outra
entidade pública estadual ou municipal;

IV todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam
sujeitos à sua fiscalização por expressa disposição de lei;

V os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pelo


Estado ou Município a pessoas jurídicas de direito público ou privado,
mediante convênio, acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento
congênere, e pela aplicação das subvenções por eles concedidas a qualquer
entidade de direito privado;

VI os herdeiros dos administradores e responsáveis a que se refere este


artigo, os quais responderão pelos débitos do falecido perante a Fazenda
Pública, até a parte que na herança lhes couber; e

VII os representantes do Estado ou do Município na Assembléia Geral


das empresas estatais e sociedades anônimas de cujo capital as pessoas
jurídicas participem, solidariamente com os membros do Conselho Fiscal e
de Administração, pela prática de atos de gestão ruinosa ou liberalidade a
custa das respectivas sociedades.

Por último, cabe observar que, não raro, há casos de conflito de jurisdição
entre Tribunais de Contas e casos em que determinado órgão/entidade estará
sujeito à jurisdição de mais de um Tribunal de Contas simultaneamente.

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RESUMO
Resumo

Competências LRF
Competências STF
Verificar os cálculos dos limites da despesa de pessoal
Alertar Medidas cautelares - com ou sem oitiva prévia da parte
despesa total com pessoal > 90% do limite Suspensão de ato ou procedimento
dívida consolidada e mobiliária, operações de créd. e conc. Apreciação da constitucionalidade de leis e atos do Poder
de garantia > 90% do limite Público
gastos com inativos e pensionistas > limite definido em lei
Processar e julgar (Crimes fiscais)
deixar de divulgar o RGF
LDO sem metas fiscais
não adotar as medidas necessárias à redução da despesa
total com pessoal que houver excedido ao limite máximo

Competências Lei da Ficha Limpa (LC n. 135/2010)


Ato doloso de improbidade administrativa - inelegibilidade
por 8 anos, a contar da decisão
Competências Lei n. 8.666/93 TC encaminha a relação contendo os responsáveis que
tiveram suas contas julgadas irregulares à Justiça Eleitoral
Controle de despesas com contratos e demais instrumentos
Não compete ao TC declarar a ineligibilidade dos
Qualquer licitante, contratado, pessoa física ou jurídica,
responsáveis
pode representar contra irregularidades
Tribunais de Contas e CI podem solicitar para exame cópia
do edital de licitação até o dia útil anterior à data de
recebimento das propostas

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RESUMO

Fiscalização Natureza Jurídica

Independente
Opinativa Parecer prévio Autônomo
Autonomia administrativa e financeira
Não subordinado a nenhum dos 3 Poderes
Julgamento Competências exclusivas - CF/88
Vinculado, para efeitos orçamentários, ao Poder Legislativo

Sancionadora
Eficácia das decisões
Determinações
Corretiva Multa/débito - Título executivo extrajudicial
Execução - Procuradoria dos Estados/Municípios (AGU - União)
Funções Recomendações Caráter administrativo - Coisa julgada administrativa
Decisões preliminares - citação, audiência, sobrestamento, etc.
Caráter Decisões definitivas - mérito
normativo Decisões terminativas - contas iliquidáveis
Consultiva
Tese
De informação
Jurisdição

De ouvidor Denúncias/Rep. TCU - própria e privativa, em todo o território nacional,


sobre as pessoas e matérias sujeitas à sua competência.
qualquer pessoa, física ou jurídica , que GAGAU
Normativa ou que dê causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte dano ao Erário

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EXERCÍCIOS COMENTADOS
Exercícios comentados

1) (CESPE/Auditor do Estado - AGE-ES/2004) O Tribunal de Contas do Estado do


Espírito Santo (TCEES) é o órgão do Poder Judiciário estadual competente
para julgar as autoridades públicas desse estado por crime de
irresponsabilidade fiscal.

Comentário: Questão completamente errada e que nos mostra que uma prova de
concurso não é feita exclusivamente de questões difíceis, mas de todos os níveis
de dificuldade. Você entra na disputa quando para de errar as questões
fáceis/médias, que são a maioria da prova. Os Tribunais de Contas não são
órgãos integrantes do Poder Judiciário, tampouco existem crimes de
irresponsabilidade fiscal, como afirmado pela assertiva.

Gabarito: ERRADO

2) (CESPE/Administrador ME/2008) A transferência de recursos da União,


mediante convênio, para execução da totalidade de obra pública pelo estado do
Paraná implica a realização do controle pelo TCU.

Comentário: O artigo 71, inciso VI, da CF/88 estabelece que compete ao TCU
fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município. Dessa forma, sendo a transferência voluntária,
cabe ao Tribunal de Contas do ente que efetuou a transferência fiscalizar a
aplicação dos recursos transferidos. Lembre-se que, nos casos de transferências
constitucionais/legais, como o FPE e o FPM, os recursos são apenas arrecadados
e repassados pela União, sendo, na verdade, dos Estados e Municípios, razão

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pela qual o controle será exercido pelo respectivo TC estadual, municipal ou


dos municípios.

Gabarito: CERTO

3) (CESPE/AFC TCE-AC/2008) Considerando as funções dos tribunais de contas,


assinale a opção correta.

a) A função opinativa dos tribunais de contas se reveste de conteúdo


vinculativo.

b) A função sancionadora ocorre quando os tribunais de contas, por


exemplo, efetuam recolhimento da multa proporcional ao débito imputado.

c) A função de fiscalização dos tribunais de contas compreende as ações relativas


ao exame e à realização de diligências relacionadas a recursos de alienação
dos ativos.

d) O julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos constitui
função corretiva dos tribunais de contas.

e) Assiste aos tribunais de contas o poder regulamentar, também chamado de


normativo, que, em certos casos, pode ir além de sua competência e
jurisdição.

Comentário: A função opinativa dos TCs não possui caráter vinculativo, uma vez
que se consubstancia basicamente na competência para elaboração de pareceres
prévios (parecer prévio sobre as contas do chefe do Poder Executivo) que, como
vimos, não são vinculantes. Alternativa A errada.

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A função sancionadora de fato se relaciona a multas e sanções. Entretanto, o


Tribunal de Contas não efetua o recolhimento da multa, mas apenas a aplica,
tornando falsa a alternativa B.

A alternativa C está em consonância com o disposto no inciso V do artigo 59 da


LRF, que trata da fiscalização da destinação de recursos obtidos com alienação de
ativos. Alternativa C correta.

O julgamento das contas constitui função de julgamento/judicante dos Tribunais


de Contas. A função corretiva está relacionada à contribuição para o
aprimoramento da gestão pública, por meio de determinações e recomendações
aos gestores, fixação de prazos para a adoção de providências, medidas
cautelares e sustação de atos irregulares. Alternativa D errada.

A alternativa E erra ao dizer que o poder regulamentar/normativo pode ir além da


competência e jurisdição do TC. Na verdade é exercido dentro desses limites.

Gabarito: C

4) (CESPE/AFC - TCE-AC/2008) Considerando a função do TCE/AC, sua natureza


jurídica e a eficácia de suas decisões, assinale a opção correta.

a) Conforme a doutrina majoritária, a natureza jurídica do TCE/AC é


administrativa.

b) As decisões do TCE/AC que importem em multa equivalerão a título executório.

c) É função do TCE/AC decidir sobre recursos interpostos às suas decisões, após


parecer da Assembleia Legislativa.

d) A escolha do presidente do TCE/AC compete ao governador do estado.

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e) Conforme julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), não se admite o


TCE/AC como parte legítima para recorrer, tendo em vista ser a procuradoria
deste tribunal órgão administrativo. Dessa forma, a competência para se
recorrer é da Procuradoria do Estado do Acre, órgão responsável pela
representação judicial.

Comentário: A alternativa A está correta. A doutrina majoritária de fato considera


a natureza jurídica dos Tribunais de Contas como administrativa.

A B M
que está muito bem preparado sabe bem que as decisões do TC que importem
em multa equivalerão a título executivo (extrajudicial).

De fato é competência do próprio TC decidir sobre os recursos interpostos às suas


decisões. Entretanto, não há previsão de parecer da Assembleia Legislativa
(Congresso Nacional, no caso da União), razão pela qual está errada a alternativa
C.

A escolha do Presidente do Tribunal de Contas compete ao Plenário da própria


Corte, e não ao Governador. Errada a alternativa D.

A alternativa E levanta um importante ponto, a capacidade postulatória dos


Tribunais de Contas, devidamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.
Apesar de não possuir personalidade jurídica própria, o STF reconheceu aos
Tribunais de Contas capacidade postulatória no que tange à defesa de suas
prerrogativas próprias e privativas. Dessa forma, incorreta a alternativa E.

Gabarito: A

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5) (CESPE/Analista Judiciário - Área Administrativa - TRT 5ª Região/2008) O TCU


pode realizar tomada de contas especial em empresa pública estadual da qual
a União seja acionista minoritária.

Comentário: No caso de empresa pública da qual participe do capital a União e


um Estado, a fiscalização compete ao Tribunal de Contas do acionista
majoritário. No presente caso, como a União é acionista minoritária da empresa
pública estadual, essa se encontra sob a jurisdição do respectivo Tribunal de
Contas Estadual.

Gabarito: ERRADO

6) (CESPE/ACE TCU/2008) O TCU é responsável pela fiscalização do


cumprimento da obrigatoriedade de encaminhamento e consolidação das contas
de todas as esferas da Federação.

Comentário: Compete aos Tribunais de Contas, em auxílio ao Poder Legislativo,


fiscalizar o cumprimento das normas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal
LRF. A obrigatoriedade do encaminhamento e consolidação das contas de todas
as esferas da Federação está prevista no artigo 51 dessa lei.

Gabarito: CERTO

7) (CESPE/ACE TCU/2008) A independência conferida ao TCU faz com que


as suas decisões, emanadas no exercício de sua atividade-fim, não se
submetam a qualquer controle posterior.

Comentário: Apesar de as decisões dos TCs não poderem ser revistas ou


reformadas por nenhum outro órgão de qualquer dos três Poderes, isso não quer
dizer que suas decisões não se submetam a qualquer controle posterior. No caso

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de infringência aos princípios do devido processo legal, contraditório e ampla


defesa, as decisões poderão ser anuladas pelo Poder Judiciário, tendo em visto o
disposto no art. 5o XXXV CF a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito .

Gabarito: ERRADO

8) (CESPE/ACE TCU/2008) A jurisdição do TCU se estende aos sucessores


dos responsáveis pela aplicação de recursos repassados pela União aos demais
entes, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Comentário: A jurisdição do Tribunal de Contas alcança, também, os sucessores


de administradores e responsáveis, até o limite do valor do patrimônio
transferido (art. 5o, inciso VIII, da LO-TCU). Aqui, cabe ressaltar que a multa não
pode ser transferida aos sucessores, devido a seu caráter personalíssimo, mas
apenas o débito.

Gabarito: CERTO

9) (CESPE/ACE TCU/2008) O TCU deve alertar imediatamente o Poder


Executivo, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério
Público da União, sempre que as despesas de pessoal excederem 95% do
limite autorizado na LRF.

Comentário: Questão bastante capciosa! A LRF preconiza que compete aos


Tribunais de Contas alertar os Poderes ou órgãos quando constatarem que o
montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite estabelecido.
Como 95% é maior que 90%, podemos dizer que, se o TC alertará nos casos em
que ultrapasse 90%, certamente alertará nos casos em que ultrapasse 95%.

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Gabarito: CERTO

10) (CESPE/ACE TCU/2008) Conforme o STF, o TCU, no exercício de suas


atribuições, pode apreciar, de forma incidental, a constitucionalidade das leis
e dos atos do poder público.

Comentário: Questão que traz praticamente o texto literal da Súmula no 347 do


“TF O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público . Observe que não cabe
aos Tribunais de Contas declarar a inconstitucionalidade de leis e atos do poder
público, mas apreciar, afastando sua aplicação no caso concreto. Dessa forma,
o controle de constitucionalidade exercido pelos TCs é difuso e incidental, com
efeitos inter partes.

Gabarito: CERTO

11) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O TCU faz parte do


Congresso Nacional, a quem deve auxiliar no exercício do controle externo.

Comentário: Questão tranquila para você que está focado nos estudos! Como
vimos, o TCU é órgão independente e autônomo, não integrando nenhum dos
três Poderes. Vinculam-se, apenas para efeitos orçamentários e financeiros, ao
Poder Legislativo. Ademais, o Congresso Nacional é composto pelo Senado
Federal e pela Câmara dos Deputados, não entrando o TCU nessa composição.

Gabarito: ERRADO

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12) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Na prestação de auxílio


para o exercício do controle externo, os TCs não estão subordinados
operacional nem administrativamente às casas legislativas.

Comentário: Questão que complementa a anterior. Os TCs, além de não


integrarem o Poder Legislativo, não estão subordinados operacional nem
administrativamente às casas legislativas, sendo órgãos independentes e
autônomos.

Gabarito: CERTO

13) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O TC, no exercício de


suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder
público.

Comentário: Texto literal da Súmula no 347 do STF, já abordada em questão


O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.

Gabarito: CERTO

14) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O julgamento das contas


tem considerável impacto nas pretensões eleitorais dos candidatos a cargos
políticos, pois o TCE/RN deverá informar ao TRE os nomes dos responsáveis por
pendências em suas prestações de contas, apuradas em diligências que estejam
em fase de realização.

Comentário: A questão aborda a chamada Lei da Ficha Limpa, que torna


inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou
funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato

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doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão


competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário,
para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir
da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários
que houverem agido nessa condição. Observe que não é qualquer pendência na
prestação de contas que colocará o responsável na lista dos inelegíveis, muito
menos em processos que ainda estejam em fase de realização, tornando falsa a
assertiva.

Gabarito: ERRADO

15) (CESPE/Procurador de Contas - TCE-ES/2009) Na CF, o controle externo


foi consideravelmente ampliado. Nesse sentido, as funções que os TCs
desempenham incluem a

a) sancionatória, quando se aprovam as contas dos dirigentes e responsáveis


por bens e valores públicos.

b) de julgamento, quando se emite parecer prévio sobre as contas anuais dos


chefes de poder ou órgão.

c) de ouvidor, quando se respondem e esclarecem as dúvidas de servidores sobre


a aplicação da legislação orçamentária e financeira.

d) corretiva, quando se aplicam multas e outras penalidades aos responsáveis


por irregularidades.

e) de fiscalização financeira, quando se registram os atos de admissão do


pessoal efetivo.

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Comentário: A alternativa A coloca as características da função


julgadora/judicantes dos TCs. A função sancionatória diz respeito à aplicação de
penalidades/sanções.

A alternativa B coloca as características da função opinativa, que se


consubstancia na elaboração de pareceres prévios. A função de julgamento está
disposta na alternativa A.

A função de ouvidor se refere ao recebimento de denúncias e representações, e


não ao esclarecimento de dúvidas aos servidores, tornando errada a alternativa C.

A alternativa D traz as características da função sancionatória. A função corretiva


diz respeito ao aprimoramento da gestão pública por meio de determinações e
recomendações, fixação de prazos para a adoção de providências, adoção de
medidas cautelares e sustação de atos irregulares.

A alternativa E traz a função de fiscalização, que compreende as atividades de


fiscalização realizadas pelas Cortes de Contas, dentre elas a apreciação, para
fins de registro, dos atos de admissão de pessoal efetivo.

Gabarito: E

16) (CESPE/Auditor do Estado - SECONT-ES/2009) No exercício de suas


atribuições constitucionais, o TCU pode examinar, previamente, a validade de
contratos administrativos celebrados pelo poder público, tendo a sua decisão
eficácia de título executivo.

Comentário: Como já vimos, apenas terão eficácia de título executivo as decisões


do Tribunal de Contas das quais resultem a imputação de débito ou multa. Frise-
se que não é qualquer decisão do TC que possui eficácia de título executivo.

Gabarito: ERRADO

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17) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Caso uma empresa pública seja


constituída com 51% de capital do DF e com 49% de capital da União,
conforme entendimento do STF, caberá ao TCU, de forma concorrente com o
Tribunal de Contas do Distrito Federal, fiscalizar a referida empresa.

Comentário: Assunto já abordado em questão anterior. O entendimento do STF,


nesse caso, caminha no sentido de que a empresa pública estará sujeita a
jurisdição do Tribunal de Contas do ente detentor da maioria do capital, ou seja,
do acionista majoritário, nesse caso, do TCDF. Quem tiver maior interesse, leia o
Mandado de Segurança no 24.423/DF, no qual o STF discutiu o assunto (TERRACAP
51% do DF e 49% da União).

Gabarito: ERRADO

18) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Se a União, em razão da presente crise


financeira, decidir adquirir temporariamente o controle acionário de um banco
que se encontre em dificuldades de liquidez, com vistas a saneá-lo e vendê-lo
em dois meses, durante este período, os dirigentes deste banco estarão
sujeitos à jurisdição do TCU.

Comentário: Alternativa em consonância com o disposto no artigo 5o, inciso III, da


LO-TCU (artigo 6o, inciso III, da LO-TCE/SC os dirigentes ou liquidantes de
empresas encampadas ou sob intervenção, ou que de qualquer modo
venham a integrar, provisória ou permanentemente, o patrimônio do Estado
ou de outra entidade pública estadual

Gabarito: CERTO

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19) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Se o TCU, ao examinar um processo de


tomada de contas, julgar as contas como regulares, tal decisão será
classificada como terminativa.

Gabarito: ERRADO

Comentário: Decisões terminativas são as que ordenam o arquivamento dos


autos sem o julgamento de mérito, quando iliquidáveis as contas, por motivo de
caso fortuito ou força maior.

A questão traz as características das decisões definitivas, que julgam o mérito


propriamente dito, aprovando, aprovando com ressalvas ou desaprovando as
contas, o que torna falsa a alternativa.

Ademais, há as decisões preliminares, dadas antes do julgamento do mérito das


contas, com o intuito de determinar diligências, citação ou audiência do
responsável ou o sobrestamento dos autos.

20) (CESPE/Analista Administrativo Aneel/2010) A Constituição Federal de


1988 ampliou consideravelmente as funções do controle externo. Uma delas
a sancionatória se caracteriza pela aplicação aos responsáveis por perdas,
extravios ou outras irregularidades das sanções previstas em lei, entre elas,
multa proporcional ao dano causado ao erário.

Comentário: A questão está em consonância com o disposto no artigo 71, inciso


VIII, da CF/88, que nos remete à função sancionadora dos Tribunais de Contas,
por meio da qual são aplicadas penalidade/sanções aos responsáveis.

Gabarito: CERTO

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21) (CESPE/Analista de Controle Interno - SAD/PE/2010) As transferências de


recursos entre as diferentes esferas da administração ocorrem, geralmente,
da União para os estados e municípios, e dos estados para os municípios.
Com relação à fiscalização dessas transferências, cabe

a) ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalização das transferências


voluntárias da União para os estados e municípios.

b) aos tribunais de contas dos estados, com exclusividade, a fiscalização das


transferências recebidas pelos estados e municípios.

c) ao tribunal de contas de cada estado a fiscalização apenas das


transferências constitucionais.

d) ao tribunal de cada jurisdição a fiscalização de quaisquer transferências


efetuadas pelo respectivo ente.

e) ao tribunal da respectiva jurisdição determinar a suspensão das


transferências constitucionais quando o ente beneficiário estiver inadimplente
com empresas estatais do ente transferidor.

Comentário: Devemos separar as transferências entre constitucionais/legais e


voluntárias. No caso das transferências voluntárias, se aplica o inciso VI do artigo
71 da CF/88, que atribui ao TCU a fiscalização da aplicação de quaisquer
recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outro
instrumento congêneres a Estado, DF ou Município. No caso de transferência
voluntária do Estado para Município, cabe ao respectivo TCE a fiscalização da
aplicação desses recursos. Aqui, a titularidade dos recursos continua sendo do
ente transferidor dos recursos. Já no caso de transferências
constitucionais/legais a situação se inverte, como é o caso dos Fundos de
Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), situação na qual os recursos
são apenas arrecadados e repassados pela União, sendo, na verdade, dos

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Estados e Municípios, razão pela qual serão fiscalizados pelo respectivo TC do


ente que recebeu os recursos. Dessa forma, correta apenas a alternativa A.

A B com exclusividade
tipo de termo!). Como vimos, a fiscalização das transferências recebidas pelos
Estados ou Municípios pode se dar pelo TCU.

Os Tribunais de Contas Estaduais podem fiscalizar tanto as transferências


constitucionais/legais recebidas da União como as transferências voluntárias
realizadas para os Municípios, o que torna a alternativa C falsa. Observe,
va.

Como vimos, devemos separar as transferências entre constitucionais/legais e


voluntárias para definirmos sob a jurisdição de qual Tribunal de Contas estariam
os recursos, tornando falsa a alternativa D.

A alternativa E tenta enganar o candidato com uma competência não prevista na


legislação.

Gabarito: A

22) (CESPE/ACE - TCE/ES/2012) A constitucionalidade de lei que estabeleça a


concessão da aposentadoria em condições especiais a determinada categoria de
funcionários públicos federais poderá ser apreciada pelo Tribunal de Contas da
União.

Comentário: Questão importante para observarmos que, de acordo com o STF, o


Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, ou seja, no caso concreto,
possui competência para apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do
poder público, afastando sua aplicação, se for o caso, conforme Súmula nº 347 -
STF.

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Gabarito: CERTO

23) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) Embora os TCs não detenham


competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos
normativos em abstrato, eles podem, no caso concreto, reconhecer a
desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF, deixando de
aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais.

Comentário: Questão já tratada acima. A competência para declarar a


inconstitucionalidade de leis e atos normativos no caso concreto, afastando sua
aplicabilidade, foi reconhecida pelo STF por meio da Súmula nº 347 STF.

Gabarito: CERTO

24) (FGV/Analista de Controle Externo TCE-BA/2013) Quanto ao controle


externo, analise as afirmativas a seguir.

I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa


razão poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário.

II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa,


terá eficácia de título executivo.

III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das


contas por grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder
Legislativo apenas a ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa II estiver correta.

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(B) se somente a afirmativa III estiver correta.

(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário: I. As decisões das Cortes de Contas são revestidas de caráter


administrativo, dessa forma, podem ser analisadas pelo Poder Judiciário no
tocante à legalidade (devido processo legal, contraditório e ampla defesa).
Correta a alternativa.

II. O § 3º do artigo 71 da CF/88 estabelece que as decisões do Tribunal de Contas


de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.
Correta a alternativa.

III. Em primeiro lugar, não existe a figura do parecer prévio definitivo. O termo
E
parecer prévio do TC não vincula a decisão do Poder Legislativo, podendo ser
afastado por decisão da maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa, ou de
2/3 dos membros, no caso Municipal. Errada a alternativa.

Gabarito: C

25) (FGV/Auditor - Fundação Pró- Sangue/2013) A natureza jurídica da decisão


do Tribunal de Contas é

(A) administrativa.

(B) financeira.

(C) contábil.

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(D) operacional.

(E) legislativa.

Comentário: Apesar de receber o nome de Tribunal, com competência para julgar


e aplicar sanções, as decisões dos Tribunais de Contas revestem-se de caráter
administrativo, não pertencendo ao Poder Judiciário. Dessa forma, a natureza
jurídica das decisões dos Tribunais de Contas é administrativa (alternativa A).

Gabarito: A

26) (FGV/Auditor - Fundação Pró-Sangue/2013)


O alcance da fiscalização sob o aspecto objetivo leva em conta que, além da ob
ediência às leis, os órgãos de controle da administração pública deverão obs
ervar se a aplicação dos recursos atendeu ao interesse público e à moralida
de O fragmento acima ao princípio da

(A) legalidade.

(B) economicidade.

(C) efetividade.

(D) legitimidade.

(E) aplicabilidade.

Comentário: A legalidade refere-se à consonância entre o ato praticado e o


ordenamento jurídico, obediência às leis nas palavras do enunciado.

A economicidade está relacionado ao binômio custo-benefício. Observe que nem


sempre o produto mais barato será o mais econômico, a depender do
consequente benefício.

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A efetividade é o cumprimento dos objetivos/efeitos em termos de impactos


sociais sobre o público alvo da medida.

A legitimidade, por seu turno, avalia se o ato é compatível com o interesse


público e se observa os princípios administrativos, como moralidade e
finalidade, sendo o gabarito da questão.

A última alternativa (princípio da aplicabilidade) é colocada pelo examinador


apenas para confundir o candidato, não tendo nada a ver com a fiscalização e o
controle dos gastos públicos.

Gabarito preliminar: D

27) (CESPE/ACE TCU/2013) No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no


caso de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote providências
necessárias ao exato cumprimento da lei.

Comentário: Mais uma vez a banca examinadora tenta confundir o candidato


trocando as definições das funções sancionadora e corretiva. Fixar prazo para a
adoção de providências necessárias ao exato cumprimento da lei é exemplo da
função corretiva. Lembre-se que a função sancionadora relaciona-se à aplicação
de penalidades/sanções.

Gabarito: ERRADO

28) (CESPE/ACE TCDF/2013) As decisões dos tribunais de contas em matéria de


sua competência constitucional não podem ser justificadas pelo Judiciário, dada
sua condição de órgão autônomo, auxiliar do Poder Legislativo.

Comentário: Questão mal elaborada, por isso anulada.

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J N P
J P
decisões dos tribunais de contas, no sentido de adentrar o mérito da decisão para
revê-las ou reformá-las. Por outro lado, necessário ressaltar que pode o Poder
Judiciário anular as decisões dos tribunais de contas que atentem contra os
princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Gabarito: ANULADO

29) (CESPE/ACE TCDF/2013) Segundo o Regimento Interno do TCDF, o auditor


terá as garantias, os vencimentos e os impedimentos do conselheiro, e, quando o
substituir, terá as mesmas garantias, vencimentos e impedimentos de
desembargador do TJDFT.

Comentário: Conteúdo já visto em mais de uma questão no presente curso. Não


podemos mais errar!

Os Conselheiros do TCDF se equiparam, em garantias e impedimentos, aos


Desembargadores do TJDFT (Ministros do TCU Ministros do STJ), e, quando em
substituição, e apenas quando em substituição, o auditor também terá as
mesmas garantias e impedimentos dos Conselheiros.

Gabarito: ERRADO

30) (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Em se tratando de controle


financeiro, o TCDF, no exercício da função de informação, deve atender às
solicitações da CLDF no que se referir à fiscalização dos órgãos e entidades do
GDF, mas não poderá detalhar os resultados de auditorias e inspeções realizadas
nesses órgãos ou entidades, de modo a resguardar-se o sigilo funcional.

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Comentário: Questão contrária ao disposto no inciso VII do artigo 71 da CF/88. A


vedação contida no final no sentido do Tribunal não poder detalhar os resultados
de auditorias ou inspeções realizadas, sob a justificativa do sigilo funcional, torna
a assertiva errada.

Gabarito: ERRADO

31) (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) As funções de controle desempenhadas


pelo TCE/PB compreendem

A a inspeção dos atos realizados por administradores públicos da administração


direta e indireta, excluídas as sociedades de economia mista e empresas públicas,
por terem estas natureza jurídica de direito privado.

B a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos


responsáveis sujeitos à sua jurisdição, realizada por meio de conferência e
inspeção.

C a execução de suas próprias decisões que impliquem imputação de débito ou


multa.

D a decretação da anulação de atos e contratos eivados de vícios dos órgãos


jurisdicionados.

E o exame mais amplo possível da correção e regularidade dos atos da


administração e da consonância destes com a lei e com planos e programas.

Comentário: A alternativa A erra ao afirmar que as sociedades de economia mista


e empresas públicas, por terem natureza jurídica de direito privado, não estão
sob a jurisdição do TC. Como vimos, prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
(G.A.G.A.U) dinheiros, bens e valores públicos (artigo 70, parágrafo único, da
CF/88).

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N T
de Contas, que realizará inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial (C.O.F.O.P). Dessa forma, errada a
alternativa B.

Conforme posicionamento do STF e do STJ, não cabe ao próprio Tribunal de


Contas, seja direta ou indiretamente, por intermédio do MPjTC (procuradores de
contas), executar suas próprias decisões que impliquem imputação de débito ou
multa (título executivo), mas à Procuradoria do Estado ou do Município
respectivo (Advocacia-Geral da União, no caso Federal), razão pela qual encontra-
se errada a alternativa C.

A alternativa D erra, pois não cabe aos Tribunais de Contas sustar diretamente os
contratos eivados de vício, mas ao Poder Legislativo (Congresso Nacional, no caso
federal). Cabe aos TCs a sustação de atos eivados de vícios dos órgãos
jurisdicionados, mas não de contratos.

A alternativa E encontra amparo no artigo 70 da CF/88.

Gabarito: E

32) (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) Em relação ao controle exercido pelo


TCU, assinale a opção correta.

A No exercício do controle externo dos atos e contratos administrativos, uma vez


constatada ilegalidade, o TCU poderá solicitar aos licitantes cópia de edital de
licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da administração
interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes.

B No auxílio ao Congresso Nacional, o TCU, ao exercer a fiscalização contábil,


financeira, operacional e patrimonial dos atos da administração pública, não leva
em consideração os critérios de conveniência e economicidade.

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C O TCU, ao exercer o controle externo da administração pública, tem sua


competência para apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal restrita
aos entes da administração direta.

D As ações de controle externo do TCU obedecerão ao plano de controle externo,


proposto pela sua presidência e elaborado em consulta aos relatores das listas de
unidades jurisdicionadas e das contas do governo, e deverão ser aprovadas em
plenário em sessão de caráter reservado.

E Nas auditorias de desempenho, instrumento de controle utilizado pelo TCU,


examina-se a efetividade de programas, políticas e projetos governamentais,
avaliando-se a medida em que estes produziram os efeitos desejados.

Comentário: Como estudamos em nossa Aula 02, estabelece a Lei nº 8.666/93


que os Tribunais de Contas, bem como os sistemas de controle interno, podem
solicitar para exame cópia do edital de licitação até o dia útil anterior à data de
recebimento das propostas, obrigando-se os órgãos ou entidades da
Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em
função desse exame, lhes forem determinadas (§ 2º do artigo 113). Dessa forma,
correta a alternativa A. Observe que a assertiva traz praticamente o texto literal
do dispositivo.

A alternativa B está em conflito com o caput do artigo 70 da CF/88, que dispõe


que a fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimonial dos atos da
administração pública se dará quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas.

Conforme estabelece o inciso III do artigo 71 da CF/88, compete ao TCU apreciar,


para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, razão pela está errada a alternativa C.

As alternativas D e E se referem ao estudo do Regimento Interno e da Lei


Orgânica do TCU, que não são objeto de nosso estudo.

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De toda forma, a alternativa D nos remete ao artigo 188-A do RI-TCU. O erro está
em afirmar que as ações de controle externo deverão ser aprovadas em plenário
em sessão de caráter reservado, quando é o plano de controle externo que
necessita da mencionada aprovação.

A alternativa E se refere às auditorias operacionais, por meio das quais se realiza


o controle de gestão da administração pública.

Gabarito: A

33) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Julgadas irregulares as contas, não é


correto afirmar que:

a) a decisão que resulta imputação de débito torna a dívida líquida e certa.

b) o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) poderá aplicar multa ao


responsável de até 100% do dano causado.

c) a decisão, havendo débito ou multa, constituirá obrigação de o responsável


comprovar o recolhimento da dívida.

d) não havendo débito, mas havendo dano decorrente de ato de gestão ilegítimo,
o TCDF poderá aplicar multa de até 100 UPDFs.

e) o arquivamento do processo, sem cancelamento do débito, não pode ser


determinado pelo TCDF, ainda que os custos de cobrança sejam superiores ao
valor do prejuízo.

Comentário: As sanções são tratadas na Lei Orgânica do TCDF, prevendo multa


proporcional ao débito imputado (até 100% do valor atualizado do dano causado
ao Erário), caso haja débito, e multa no valor de até 100 UPDFs ou o equivalente

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em outro indexador que venha a ser utilizado para fins fiscais no DF. Dessa forma,
corretas as alternativas B e D.

Lembre-se que, como estudamos, as decisões dos Tribunais de Contas que


resultem em aplicação de multa ou imputação de débito terão eficácia de título
executivo extrajudicial. Isso significa dizer que a decisão torna a dívida líquida e
certa. Além disso, em caso de aplicação de multa, o responsável será notificado
para efetuar e comprovar o recolhimento da dívida. Sendo assim, corretas as
alternativas A e C.

A alternativa E afirma o contrário do disposto no artigo 85 da LO-TCDF, sendo o


gabarito de nossa questão.

Art. 85. A título de racionalização administrativa e economia processual, e com o


objetivo de evitar que o custo da cobrança seja superior ao valor do
ressarcimento, o Tribunal poderá determinar, desde logo, o arquivamento do
processo, sem cancelamento do débito, a cujo pagamento continuará obrigado o
devedor, para que lhe possa ser dada quitação.

Gabarito: E

34) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) O Tribunal de Contas do Distrito Federal


(TCDF), no exercício de sua competência, julgará as contas dos administradores e
demais responsáveis. Quanto a essa competência, assinale a alternativa incorreta.

a) O Tribunal é competente para julgar as contas de responsáveis por bens da


administração direta que derem causa a perda que resultem em prejuízo ao
Erário.

b) A omissão no dever de prestar contas conduz ao julgamento por irregularidade


das contas que deveriam ser prestadas.

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c) O Tribunal poderá inabilitar o responsável para o exercício de cargo em


comissão ou função de confiança da administração pública do Distrito Federal.

d) O Tribunal não é competente para julgar as contas de dirigentes de entidades


de direito privado que recebam subvenções.

e) A reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal conduz ao


julgamento por irregularidade das contas.

Comentário: A alternativa A está em consonância com o disposto no artigo 1º,


II LO-TCDF.

A omissão no dever de prestar contas, de fato, é uma das causas que levam ao
julgamento pela irregularidade das contas, além das hipóteses de prática de ato
de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou
regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou
patrimonial; dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou
antieconômico; desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos; e
reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável tenha
tido ciência, feita em processos de tomada ou prestação de contas; conforme
artigo 17, inciso III, da LO-TCDF. Sendo assim, corretas as alternativas B e E.

A inabilitação, de 05 a 08 anos, para o exercício de cargo em comissão ou função


de confiança no âmbito da Administração Pública do Distrito Federal consta como
uma das sanções aplicáveis pelo Tribunal, conforme artigo 60 da LO-TCDF. Correta
a alternativa C.

A D II
LO-TCDF. Compete ao TCDF julgar as contas dos dirigentes de entidades dotadas
de personalidade jurídica de direito privado que recebam contribuições,
subvenções, auxílios e assemelhados, até o limite do patrimônio transferido.

Gabarito: D

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35) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Considerando a natureza jurídica dos


tribunais de contas, a natureza jurídica e a eficácia de suas decisões e o alcance da
fiscalização no âmbito de sua competência, é correto afirmar que o Tribunal de
Contas do Distrito Federal (TCDF) não é competente para

a) apreciar as contas do governador do Distrito Federal.

b) avaliar a execução de metas previstas no plano plurianual.

c) sustar a execução de contrato, se não atendido em sua determinação,


comunicando a decisão à Câmara Legislativa do Distrito Federal.

d) decidir sobre renúncia de receitas.

e) realizar, por iniciativa própria, auditorias de natureza contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos
Poderes Executivo e Legislativo, inclusive nas fundações.

Comentário: As alternativas A, B, D e E encontram-se previstas no artigo 1º, inciso


I (A), inciso IV (B), § 1º (D) e inciso V, da LO-TCDF.

A alternativa C tenta confundir o candidato quanto aos procedimentos para


sustação de atos e contratos administrativos. Observe que não compete ao
Tribunal de Contas sustar diretamente o contrato, mas à Câmara Legislativa. O
procedimento ressaltado pela alternativa corresponde à sustação de ato, e não
de contrato. Fique atento!

Susta Comunica à
ATO - Prazo - não
diretamente Câmara
Ilegalidade atendido
o ato Legis.

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Câmara Legis.
- 90 dias para
Sem
CONTRATO - Prazo - não Comunica à sustar e
providências?
Ilegalidade atendido Câmara Legis. solicitar
TC decidirá
providências
do Executivo

Gabarito: C

36) (CESPE/AUFC-TI TCU/2010) A decisão do TCU que ordena o trancamento


das contas consideradas iliquidáveis classifica-se como definitiva.

Gabarito: ERRADO

Comentário: Como já vimos em questão anterior, decisões definitivas são as que


julgam o mérito propriamente dito, aprovando, aprovando com ressalvas ou
desaprovando as contas. A descrição apresentada pela assertiva diz respeito às
decisões terminativas.

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Finalizamos por hoje.

Na próxima aula iniciaremos o estudo a respeito do Regimento Interno e da


Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina TCE/SC.
Percebam que já passamos por uma boa parte desses dois diplomas, e não
D
próximas duas aulas nos aspectos relacionados à organização, fiscalização e
julgamento, consignados no RI-TCE/SC e na LO-TCE/SC.

É importante que você leia ambos e os tenha em mãos durante as aulas.

Em caso de dúvidas e/ou sugestões, fico à disposição no fórum.

FACA NA CAVEIRA e SANGUE NOS OLHOS!

Grande abraço e excelentes estudos!

Hugo Mesquita.

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LISTA DE EXERCÍCIOS
Lista de exercícios

1) (CESPE/Auditor do Estado - AGE-ES/2004) O Tribunal de Contas do Estado do


Espírito Santo (TCEES) é o órgão do Poder Judiciário estadual competente
para julgar as autoridades públicas desse estado por crime de
irresponsabilidade fiscal.

2) (CESPE/Administrador ME/2008) A transferência de recursos da União,


mediante convênio, para execução da totalidade de obra pública pelo estado do
Paraná implica a realização do controle pelo TCU.

3) (CESPE/AFC TCE-AC/2008) Considerando as funções dos tribunais de contas,


assinale a opção correta.

a) A função opinativa dos tribunais de contas se reveste de conteúdo


vinculativo.

b) A função sancionadora ocorre quando os tribunais de contas, por


exemplo, efetuam recolhimento da multa proporcional ao débito imputado.

c) A função de fiscalização dos tribunais de contas compreende as ações relativas


ao exame e à realização de diligências relacionadas a recursos de alienação
dos ativos.

d) O julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos constitui
função corretiva dos tribunais de contas.

e) Assiste aos tribunais de contas o poder regulamentar, também chamado de


normativo, que, em certos casos, pode ir além de sua competência e
jurisdição.

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4) (CESPE/AFC - TCE-AC/2008) Considerando a função do TCE/AC, sua natureza


jurídica e a eficácia de suas decisões, assinale a opção correta.

a) Conforme a doutrina majoritária, a natureza jurídica do TCE/AC é


administrativa.

b) As decisões do TCE/AC que importem em multa equivalerão a título executório.

c) É função do TCE/AC decidir sobre recursos interpostos às suas decisões, após


parecer da Assembleia Legislativa.

d) A escolha do presidente do TCE/AC compete ao governador do estado.

e) Conforme julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), não se admite o


TCE/AC como parte legítima para recorrer, tendo em vista ser a procuradoria
deste tribunal órgão administrativo. Dessa forma, a competência para se
recorrer é da Procuradoria do Estado do Acre, órgão responsável pela
representação judicial.

5) (CESPE/Analista Judiciário - Área Administrativa - TRT 5ª Região/2008) O TCU


pode realizar tomada de contas especial em empresa pública estadual da qual
a União seja acionista minoritária.

6) (CESPE/ACE TCU/2008) O TCU é responsável pela fiscalização do


cumprimento da obrigatoriedade de encaminhamento e consolidação das contas
de todas as esferas da Federação.

7) (CESPE/ACE TCU/2008) A independência conferida ao TCU faz com que


as suas decisões, emanadas no exercício de sua atividade-fim, não se
submetam a qualquer controle posterior.

8) (CESPE/ACE TCU/2008) A jurisdição do TCU se estende aos sucessores


dos responsáveis pela aplicação de recursos repassados pela União aos demais
entes, até o limite do valor do patrimônio transferido.

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9) (CESPE/ACE TCU/2008) O TCU deve alertar imediatamente o Poder


Executivo, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério
Público da União, sempre que as despesas de pessoal excederem 95% do
limite autorizado na LRF.

10) (CESPE/ACE TCU/2008) Conforme o STF, o TCU, no exercício de suas


atribuições, pode apreciar, de forma incidental, a constitucionalidade das leis
e dos atos do poder público.

11) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O TCU faz parte do


Congresso Nacional, a quem deve auxiliar no exercício do controle externo.

12) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Na prestação de auxílio


para o exercício do controle externo, os TCs não estão subordinados
operacional nem administrativamente às casas legislativas.

13) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O TC, no exercício de


suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder
público.

14) (CESPE/ Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O julgamento das contas


tem considerável impacto nas pretensões eleitorais dos candidatos a cargos
políticos, pois o TCE/RN deverá informar ao TRE os nomes dos responsáveis por
pendências em suas prestações de contas, apuradas em diligências que estejam
em fase de realização.

15) (CESPE/Procurador de Contas - TCE-ES/2009) Na CF, o controle externo


foi consideravelmente ampliado. Nesse sentido, as funções que os TCs
desempenham incluem a

a) sancionatória, quando se aprovam as contas dos dirigentes e responsáveis


por bens e valores públicos.

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b) de julgamento, quando se emite parecer prévio sobre as contas anuais dos


chefes de poder ou órgão.

c) de ouvidor, quando se respondem e esclarecem as dúvidas de servidores sobre


a aplicação da legislação orçamentária e financeira.

d) corretiva, quando se aplicam multas e outras penalidades aos responsáveis


por irregularidades.

e) de fiscalização financeira, quando se registram os atos de admissão do


pessoal efetivo.

16) (CESPE/Auditor do Estado - SECONT-ES/2009) No exercício de suas


atribuições constitucionais, o TCU pode examinar, previamente, a validade de
contratos administrativos celebrados pelo poder público, tendo a sua decisão
eficácia de título executivo.

17) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Caso uma empresa pública seja


constituída com 51% de capital do DF e com 49% de capital da União,
conforme entendimento do STF, caberá ao TCU, de forma concorrente com o
Tribunal de Contas do Distrito Federal, fiscalizar a referida empresa.

18) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Se a União, em razão da presente crise


financeira, decidir adquirir temporariamente o controle acionário de um banco
que se encontre em dificuldades de liquidez, com vistas a saneá-lo e vendê-lo
em dois meses, durante este período, os dirigentes deste banco estarão
sujeitos à jurisdição do TCU.

19) (CESPE/AUFC Obras TCU/2009) Se o TCU, ao examinar um processo de


tomada de contas, julgar as contas como regulares, tal decisão será
classificada como terminativa.

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19) (CESPE/Analista Administrativo Aneel/2010) A Constituição Federal de


1988 ampliou consideravelmente as funções do controle externo. Uma delas
a sancionatória se caracteriza pela aplicação aos responsáveis por perdas,
extravios ou outras irregularidades das sanções previstas em lei, entre elas,
multa proporcional ao dano causado ao erário.

20) (CESPE/Analista de Controle Interno - SAD/PE/2010) As transferências de


recursos entre as diferentes esferas da administração ocorrem, geralmente,
da União para os estados e municípios, e dos estados para os municípios.
Com relação à fiscalização dessas transferências, cabe

a) ao Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalização das transferências


voluntárias da União para os estados e municípios.

b) aos tribunais de contas dos estados, com exclusividade, a fiscalização das


transferências recebidas pelos estados e municípios.

c) ao tribunal de contas de cada estado a fiscalização apenas das


transferências constitucionais.

d) ao tribunal de cada jurisdição a fiscalização de quaisquer transferências


efetuadas pelo respectivo ente.

e) ao tribunal da respectiva jurisdição determinar a suspensão das


transferências constitucionais quando o ente beneficiário estiver inadimplente
com empresas estatais do ente transferidor.

21) (CESPE/ACE - TCE/ES/2012) A constitucionalidade de lei que estabeleça a


concessão da aposentadoria em condições especiais a determinada categoria de
funcionários públicos federais poderá ser apreciada pelo Tribunal de Contas da
União.

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22) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) Embora os TCs não detenham


competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos
normativos em abstrato, eles podem, no caso concreto, reconhecer a
desconformidade formal ou material de normas jurídicas com a CF, deixando de
aplicar, ou providenciando a sustação, de atos que considerem inconstitucionais.

23) (FGV/Analista de Controle Externo TCE-BA/2013) Quanto ao controle


externo, analise as afirmativas a seguir.

I. A natureza jurídica da decisão do Tribunal de Contas é administrativa e por essa


razão poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário.

II. A decisão do Tribunal de Contas, de que resulta imputação de débito ou multa,


terá eficácia de título executivo.

III. Se o parecer prévio definitivo do Tribunal de Contas aponta irregularidade das


contas por grave infração à norma legal, de natureza contábil, cabe ao Poder
Legislativo apenas a ratificação do parecer pela reprovação das contas analisadas.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa II estiver correta.

(B) se somente a afirmativa III estiver correta.

(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

24) (FGV/Auditor - Fundação Pró- Sangue/2013) A natureza jurídica da decisão


do Tribunal de Contas é

(A) administrativa.

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(B) financeira.

(C) contábil.

(D) operacional.

(E) legislativa.

25) (FGV/Auditor - Fundação Pró-Sangue/2013)


O alcance da fiscalização sob o aspecto objetivo leva em conta que, além da ob
ediência às leis, os órgãos de controle da administração pública deverão obs
ervar se a aplicação dos recursos atendeu ao interesse público e à moralida
de O fragmento acima ao princípio da

(A) legalidade.

(B) economicidade.

(C) efetividade.

(D) legitimidade.

(E) aplicabilidade.

26) (CESPE/ACE TCU/2013) No uso de sua função sancionadora, pode o TCU, no


caso de ilegalidade, fixar prazo para que o órgão ou entidade adote providências
necessárias ao exato cumprimento da lei.

27) (CESPE/ACE TCDF/2013) As decisões dos tribunais de contas em matéria de


sua competência constitucional não podem ser justificadas pelo Judiciário, dada
sua condição de órgão autônomo, auxiliar do Poder Legislativo.

28) (CESPE/ACE TCDF/2013) Segundo o Regimento Interno do TCDF, o auditor


terá as garantias, os vencimentos e os impedimentos do conselheiro, e, quando o

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substituir, terá as mesmas garantias, vencimentos e impedimentos de


desembargador do TJDFT.

29) (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Em se tratando de controle


financeiro, o TCDF, no exercício da função de informação, deve atender às
solicitações da CLDF no que se referir à fiscalização dos órgãos e entidades do
GDF, mas não poderá detalhar os resultados de auditorias e inspeções realizadas
nesses órgãos ou entidades, de modo a resguardar-se o sigilo funcional.

30) (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) As funções de controle desempenhadas


pelo TCE/PB compreendem

A a inspeção dos atos realizados por administradores públicos da administração


direta e indireta, excluídas as sociedades de economia mista e empresas públicas,
por terem estas natureza jurídica de direito privado.

B a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos


responsáveis sujeitos à sua jurisdição, realizada por meio de conferência e
inspeção.

C a execução de suas próprias decisões que impliquem imputação de débito ou


multa.

D a decretação da anulação de atos e contratos eivados de vícios dos órgãos


jurisdicionados.

E o exame mais amplo possível da correção e regularidade dos atos da


administração e da consonância destes com a lei e com planos e programas.

31) (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) Em relação ao controle exercido pelo


TCU, assinale a opção correta.

A No exercício do controle externo dos atos e contratos administrativos, uma vez


constatada ilegalidade, o TCU poderá solicitar aos licitantes cópia de edital de

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licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da administração


interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes.

B No auxílio ao Congresso Nacional, o TCU, ao exercer a fiscalização contábil,


financeira, operacional e patrimonial dos atos da administração pública, não leva
em consideração os critérios de conveniência e economicidade.

C O TCU, ao exercer o controle externo da administração pública, tem sua


competência para apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal restrita
aos entes da administração direta.

D As ações de controle externo do TCU obedecerão ao plano de controle externo,


proposto pela sua presidência e elaborado em consulta aos relatores das listas de
unidades jurisdicionadas e das contas do governo, e deverão ser aprovadas em
plenário em sessão de caráter reservado.

E Nas auditorias de desempenho, instrumento de controle utilizado pelo TCU,


examina-se a efetividade de programas, políticas e projetos governamentais,
avaliando-se a medida em que estes produziram os efeitos desejados.

32) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Julgadas irregulares as contas, não é


correto afirmar que:

a) a decisão que resulta imputação de débito torna a dívida líquida e certa.

b) o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) poderá aplicar multa ao


responsável de até 100% do dano causado.

c) a decisão, havendo débito ou multa, constituirá obrigação de o responsável


comprovar o recolhimento da dívida.

d) não havendo débito, mas havendo dano decorrente de ato de gestão ilegítimo,
o TCDF poderá aplicar multa de até 100 UPDFs.

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e) o arquivamento do processo, sem cancelamento do débito, não pode ser


determinado pelo TCDF, ainda que os custos de cobrança sejam superiores ao
valor do prejuízo.

33) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) O Tribunal de Contas do Distrito Federal


(TCDF), no exercício de sua competência, julgará as contas dos administradores e
demais responsáveis. Quanto a essa competência, assinale a alternativa incorreta.

a) O Tribunal é competente para julgar as contas de responsáveis por bens da


administração direta que derem causa a perda que resultem em prejuízo ao
Erário.

b) A omissão no dever de prestar contas conduz ao julgamento por irregularidade


das contas que deveriam ser prestadas.

c) O Tribunal poderá inabilitar o responsável para o exercício de cargo em


comissão ou função de confiança da administração pública do Distrito Federal.

d) O Tribunal não é competente para julgar as contas de dirigentes de entidades


de direito privado que recebam subvenções.

e) A reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal conduz ao


julgamento por irregularidade das contas.

34) (FUNIVERSA/AFC SEPLAG-DF/2009) Considerando a natureza jurídica dos


tribunais de contas, a natureza jurídica e a eficácia de suas decisões e o alcance da
fiscalização no âmbito de sua competência, é correto afirmar que o Tribunal de
Contas do Distrito Federal (TCDF) não é competente para

a) apreciar as contas do governador do Distrito Federal.

b) avaliar a execução de metas previstas no plano plurianual.

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Controle Externo p/ TCE/SC
Auditor Fiscal de Controle Externo 2015
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c) sustar a execução de contrato, se não atendido em sua determinação,


comunicando a decisão à Câmara Legislativa do Distrito Federal.

d) decidir sobre renúncia de receitas.

e) realizar, por iniciativa própria, auditorias de natureza contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos
Poderes Executivo e Legislativo, inclusive nas fundações.

35) (CESPE/AUFC-TI TCU/2010) A decisão do TCU que ordena o trancamento


das contas consideradas iliquidáveis classifica-se como definitiva.

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GABARITOS
Gabaritos

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


01 ERRADO 20 CERTO
02 CERTO 21 A
03 C 22 CERTO
04 A 23 CERTO
05 ERRADO 24 C
06 CERTO 25 A
07 ERRADO 26 D
08 CERTO 27 ERRADO
09 CERTO 28 ANULADO
10 CERTO 29 ERRADO
11 ERRADO 30 ERRADO
12 CERTO 31 E
13 CERTO 32 A
14 ERRADO 33 E
15 E 34 D
16 ERRADO 35 C
17 ERRADO 36 ERRADO
18 CERTO
19 ERRADO

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