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SALVAÇÃO

Salvação completa:

A palavra “salvação” mencionada no Novo Testamento é sozo, no grego, e abrange,


entre outras coisas, as seguintes áreas:

1) Libertação (ver Lucas 8:36).


2) Preservação (ver 1ª Timóteo 2:15).
3) Segurança (ver Mateus 14:30).
4) Perfeição (ver Tiago 1:21).
5) Cura (ver Mateus 9:21 e Marcos 5:34).

Mas vamos ver, inicialmente, a condição original de perfeição do homem, sua queda
e o que Deus fez para que o homem fosse regenerado (voltasse à primeira condição), fosse
salvo.

JUSTIÇA: A CONDIÇÃO ORIGINAL DO HOMEM

O homem foi criado como filho de Deus, sendo a Sua própria imagem e semelhança
e estando na posição de justiça: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam
pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei
a terra e sujeitai-a; dominais sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo
animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1:26-28).

Esta era a posição do homem quando foi criado por Deus: à imagem e semelhança
do Seu Criador, dominando sobre tudo o que Deus havia criado (ver Salmos 72:8 e Salmos
115:16).
3
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
estabeleceste, 4 que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o
visites? 5 Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste. 6 Deste-
lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: 7 todas as
ovelhas e bois, assim como os animais do campo,” (Salmos 8:3-7)
Além disso, Adão e Eva tinham um relacionamento saudável com Deus, uma
comunhão perfeita, livre de medo, condenação ou quaisquer impedimentos, pois eles
estavam na posição de Justiça diante do Pai. Vemos isso claramente no livro de Gênesis.

Fomos feitos um pouco menores que Deus, coroados de glória e honra por Ele, com
domínio sobre todas as obras das Suas mãos. Essa era a condição original do homem!

Deus Espírito  Homem espírito

Deus Justo  Homem justo

Deus Santo  Homem santo

1
A QUEDA DE ADÃO

Deus havia dado uma única ordem a Adão: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem:
De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis
2:16-17).

No entanto, Adão desobedeceu a Deus e caiu em condenação: “Vendo a mulher que


a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar
entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”
(Gênesis 3:6).

Ele morreu espiritualmente e, como consequência, perdeu a posição de dominador,


passando a ser dominado, escravo do pecado, logo, passou a ter fome e sede da justiça para
a qual havia sido criado.

Com o pecado, o homem passou a vivenciar...

● Medo: o próprio Adão responde a Deus: “tive medo e me escondi...”. O homem


não tinha medo da presença de Deus antes da queda, estava em paz com Deus e tinha
confiança diante dEle.

● Vergonha: “Percebendo que estavam nus...”. Seus olhos foram abertos e eles
sentiram vergonha.

● Senso de culpa: “Esconderam-se da presença do Senhor Deus”. Eles sabiam


que tinham desobedecido a Deus e esconderam-se com medo das consequências. Há um
senso de culpa, que é o mesmo que consciência do pecado, ou seja, eles sabiam que tinham
responsabilidade no erro.

● Complexo de inferioridade: não está explícito em Gênesis, 3, mas é


demonstrado na conduta do homem que não se sente digno de nada perante Deus.

● Quebra do relacionamento com Deus: “Onde estás?” A pergunta de Deus


demonstrava que o homem já não estava mais ‘perto’ dEle, mas fora da comunhão. Além
disso, estar fora do jardim era equivalente a estar fora da presença de Deus. “22 Então disse
o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o
mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e
viva eternamente. 23 O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden para lavrar a
terra, de que fora tomado. 24 E havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente do jardim
do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para
guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3:22-24).
Perceba que tendo acesso à arvore de vida – uma figura da presença de Deus e do
acesso à Sua palavra – o homem viveria eternamente. Ao pecar, o homem foi expulso do
jardim, e perdeu o acesso a ela. O homem estava separado da vida de Deus e, portanto,
sujeito também à morte física.

● A perda do domínio: o homem e tudo o que havia sido dado passou para o
domínio de Satanás. “Disse-lhe o diabo: dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes
reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me
adorares, toda será tua.” (Lucas 4:6-7).

2
Em Gênesis 1:26-27, Salmos 72:8, Salmos 115:16 e Romanos 6:16, podemos ver que
esse domínio foi dado por Deus ao homem, mas o homem o entregou a Satanás no momento
em que o obedeceu e desobedeceu a Deus.

“26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e
sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. 27 Criou, pois, Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis
1:26-27)

“Domine ele de mar a mar e desde o rio até aos confins da terra.” (Salmos 72:8)
“Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a aos filhos dos homens.” (Salmos
115:16)

“Não sabeis que daquele a quem vos ofereceu como servos para obediência, desse
mesmo a quem obedeceu sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a
justiça?” (Romanos 6:16)

A MORTE DE JESUS

Para que possamos compreender Justiça, devemos entender a morte de Jesus e seu
significado, pois a Bíblia diz que a nossa justificação está diretamente ligada ao fato de Jesus
ter sido feito pecado e ter sido morto em nosso lugar (ver 2ª Coríntios 5:21). “Cristo morreu
por nossos pecados” é a mensagem central do Novo Testamento. Sua morte é explicada
nos seguintes termos:

● Expiação: a morte de Cristo foi uma morte expiatória porque seu propósito era
apagar o pecado. Expiar o pecado significa leva-lo embora, de modo que o sujeito seja
purificado (ver Hebreus 2:17 e Hebreus 9:14).

“26 doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do
mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 E, como aos homens está ordenado
morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, 28 assim também Cristo, oferecendo-se uma só
vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
esperam para salvação.” (Hebreus 9:26-28)
● Propiciação: Significa juntar, tornar favorável. A propiciação traz o homem para
perto de Deus, reconcilia-o com Ele, pois propiciar é “aplacar a ira de Deus por meio de um
sacrifício expiatório”. Cristo é descrito no Novo Testamento como sendo a nossa propiciação
(Romanos 3:25, Hebreus 2:17, 1ª João 2:2, 1ª João 4:10). Fomos reconciliados com Deus
pela morte de Jesus, por iniciativa do próprio Deus, que buscou a reconciliação e a propôs
na morte do Seu Filho (2ª Coríntios 5:18-19, Romanos 5:10, Colossenses 1:21).

“18 Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; 19 pois que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos
encarregou da palavra da reconciliação.” (2ª Coríntios 5:18-19)
“10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte
do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Romanos
5:10)
3
“21 E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento
pelas vossas obras malignas.” (Colossenses 1:21)
● Redenção: significa tornar a comprar por um preço, livrar da servidão por um
preço, comprar e retirar do mercado. Jesus é Redentor e Sua obra é descrita como uma
redenção (Mateus 20:28, Gálatas 3:13. Gálatas 4:5, Tito 2:14, 1ª Pedro 1:18, Apocalipse
5:9).

“9 E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os


selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação.” (Apocalipse 5:9).

Mas... Como Jesus foi feito pecado?

A Palavra declara: “... A alma que pecar, essa morrerá...” (Ezequiel 18:4 e 18:20).

Sabemos, entretanto, que Jesus Cristo nunca pecou:

“ Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”
(Hebreus 4:15)

Então, como Jesus pôde morrer sem nunca ter pecado?

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso
lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).” (Gálatas
3:13)

Ele conseguiu morrer fazendo-se maldito, porque a maldição da Lei era miséria,
enfermidade e morte espiritual (leia Deuteronômio 28).

MISÉRIA
MALDIÇÃO DA LEI ENFERMIDADE
MORTE ESPIRITUAL
Quando Jesus foi pendurado no madeiro – a cruz – Ele estava se fazendo maldição,
pois Deus havia declarado que todo aquele que fosse pendurado no madeiro seria maldito.
O capítulo 53 do livro de Isaías demonstra detalhadamente o grau da maldição de Deus que
caiu sobre Jesus para a redenção da vida humana.

BASE LEGAL PARA A JUSTIÇA

Identificação – Dupla

Identificar-se é “tomar o caráter de”; considerar como tal, tratar com igualdade,
pensar, agir, falar, sentir como aquele com quem se identifica.

Entender os processos de identificação e substituição (definido mais abaixo) é de


suma importância para compreendermos a plena redenção de Cristo Jesus. Por esses

4
princípios compreendemos que Jesus assumiu a nossa posição de derrota, fracasso, maldição
e morte, para que nos tornássemos participantes de Seu triunfo, glória, reinado e vida.

Ele assumiu todas as nossas mazelas para que recebêssemos todas as Suas
conquistas. Tudo o que Jesus fez em nosso lugar, como substituto e mediador, foi recebido
ou entendido por Deus como se nós mesmos tivéssemos feito, pela Sua identificação com a
humanidade (ver 2ª Coríntios 5:14 e 1ª Pedro 2:24).

“3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida. 5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua
morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição;” (Romanos 6:3-
5).

“10 e tendes a vossa plenitude nele, que é a cabeça de todo principado e potestade,
11
no qual também fostes circuncidados com a circuncisão não feita por mãos no despojar
do corpo da carne, a saber, a circuncisão de Cristo; 12 tendo sido sepultados com ele no
batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou
dentre os mortos;” (Colossenses 2:10-12).

● Ele se identificou com a condição humana

O exato momento da identificação inicial de Jesus com os homens foi no batismo de


arrependimento pregado por João Batista. Não poderia ter sido em seu nascimento, pois
homem algum jamais nasceu como Ele. O batismo de João era “batismo de arrependimento
para remissão de pecados” (Marcos 1:4), no entanto, mesmo sem Jesus ter cometido
qualquer pecado, Ele passou por aquele batismo identificando-se conosco em nossa situação
(ver Marcos 1:4).

“13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por
ele. 14
Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
15
Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a
justiça. Então ele consentiu. 16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre
ele; 17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”
(Mateus 3:13-17)

O servo do Senhor seria “contado com os transgressores”, segundo Isaías 53:12, no


momento da batismo Jesus se identifica com o pecador que precisa de remissão de pecados
e, poucos dias após ter passado pelo batismo, inicia a sua mensagem de redenção.

“36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo
(este é o Senhor de todos). 37 esta palavra, vós bem sabeis, foi proclamada por toda a
Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou,” (Atos 10:36-37)
“21 É necessário, pois, que dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que
o Senhor Jesus andou entre nós, 22 começando desde o batismo de João até o dia em que
dentre nós foi levado para cima, um deles se torne testemunha conosco da sua ressurreição.”
(Atos 1:21-22)

“1 Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que
entre nós se realizaram, 2 segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram
testemunhas oculares e ministros da palavra,” (Lucas 1:1-2)
5
● Nós nos identificamos com Ele

“3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida. 5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua
morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto,
que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito,
a fim de não servirmos mais ao pecado. 7 Pois quem está morto está justificado do pecado.
8
Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, 9 sabendo que,
tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio
sobre ele. 10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas
quanto a viver, vive para Deus. 11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o
pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” (Romanos 6:3-11)
Ver também Filipenses 3:10.

Substituição

Agir ou ser usado em lugar de outro. Tomar o lugar de outro (representação legal).
Ser, existir ou ficar no lugar de outro. Jesus Cristo foi nosso substituto (ver Gálatas 3:13).

Ele foi nosso substituto em tudo aquilo que nós devíamos sofrer como consequência
do pecado em nossas vidas. Jesus foi feito:

● PECADO: (2ª Coríntios 5:21) – “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado
por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus.”

● ENFERMIDADE: (Isaías 53:4) – “Certamente, Ele tomou sobre si as nossas


enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de
Deus, e oprimido.”

● POBREZA: (2ª Coríntios 8:9) – “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos
tornásseis ricos.”
A substituição de Jesus Cristo foi perfeita e viabilizou a nossa justificação.

‣ Ele foi feito PECADO, para que pudéssemos ser JUSTIÇA!

‣ Ele foi feito DOENÇA, para que pudéssemos ser CURADOS!

‣ Ele foi feito POBREZA, para que pudéssemos ser RICOS!

Aprouve a Deus tornar-nos o que hoje somos em Cristo, portanto, não podemos
desprezar algo conquistado por tão alto preço, negando aquilo que foi feito por nós.
Devemos aceitar e viver como justiça de Deus!

6
A REDENÇÃO DO HOMEM

Redenção: lutroô, lutrosis, apolutrosis – Livramento de algum mal, por meio do


pagamento de um preço. É mais do que simplesmente livramento. É dessa maneira que os
prisioneiros de guerra podiam ser soltos, mediante o pagamento de um preço o qual era
chamado de “resgate”. O grupo de palavras fundamentado em “lutron” (do grego resgate)
formou-se especificamente para transmitir essa idéia de livramento por meio do pagamento
de um resgate. Nesse círculo de idéias, a morte de Cristo pode ser considerada como um
“resgate em favor de muitos” (Marcos 10:45).

● Jesus veio para nos resgatar (ver Mateus 20:28).

● Nele, temos a redenção (Colossenses 1:13-14).

● A redenção é um fato, não uma promessa (ver Hebreus 9:12).

● Por meio do Seu sangue derramado, pois não há remissão de pecados


sem o derramamento do sangue (Hebreus 9:22).

● Jesus concluiu a obra da redenção e está assentado (ver Hebreus 1:3).

● Ele morreu para nos livrar da morta eterna:

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos,
para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito;” (1ª
Pedro 3:18).

● Ele se fez pecado por nós (ver 2ª Coríntios 5:21).

“24 levando ele próprio os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, a fim de
que, mortos aos pecados, vivamos à justiça. Por suas feridas fostes sarados. 25 Pois éreis
desgarrados como ovelhas, mas agora vos haveis convertido ao Pastor e Bispo das vossas
almas.” (1ª Pedro 2:24-25).
● Fomos comprados por preço de sangue:

“18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19
mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de
Cristo,” (1ª Pedro 1:18-19).
● Livrou-nos do poder de Satanás:

“14 Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue,
também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse
aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; 15 e livrasse todos aqueles que, com
medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.” (Hebreus 2:14,15).
“24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus, 25 ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para
demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora
cometidos;” (Romanos 3:24-25).
● Cancelou o escrito de dívida que era contra nós (ver Colossenses 2:14).

O sacrifício de Jesus é superior em todos os aspectos em relação aos


sacrifícios da Antiga Aliança.
7
OS EFEITOS DA REDENÇÃO

1) Somos uma nova criação (ver 2ª Coríntios 5:17).


2) Nenhuma condenação há mais sobre nós (ver Romanos 8:1).
3) Temos a salvação (2ª Timóteo 2:11).

“31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós,
como não nos dará também com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação
contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; 34 Quem os condenará?
Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está
à direita de Deus, e também intercede por nós; 35 quem nos separará do amor de
Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o
perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte
o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas
estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. 38 Porque estou
certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas
presentes, nem futuras, nem potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:31-39).
“27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; 28 eu
lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão.
29
Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão
de meu Pai.” (João 10:27-29).
4) O Espírito Santo habita em nós (ver João 14:17).
5) Uma nova posição diante de Deus:

“14 Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou
os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. 15 Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como
nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. 16 Cheguemo-nos, pois, confiadamente
ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de
sermos socorridos no momento oportuno.” (Hebreus 4:14-16).
6) Somos filhos de Deus (ver Efésios 5:1).

“4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo de lei, 5 para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos. 6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos
corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. 7 Portanto já não és mais
servo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro por Deus.” (Gálatas 4:4-7).
“1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados
filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não
conheceu a ele. 2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o
que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos. 9 Aquele que é nascido de
Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não
pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” (1ª João 3:1-2,9).
8
7) Nossa comunhão foi restaurada.

“12 estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e


estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. 13
Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e,
derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a
inimizade, 15 isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em
si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, 16 e pela cruz reconciliar
ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; 17 e, vindo, ele
evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; 18 porque
por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. 19 Assim, pois, não sois
mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da
família de Deus,” (Efésios 2:12-19)
8) Nossa paz com Deus foi restabelecida (ver Romanos 5:1).
9) Nossa liberdade foi reconquistada (ver Gálatas 5:1 e João 8:36).
10) Fomos justificados (declarados justos por Deus, inocentados) (ver
Romanos 3:24).
11) Reinamos em vida por meio de Jesus (ver Romanos 5:17).
12) Vivemos pela fé em Jesus Cristo (ver Hebreus 10:37).

ASPECTOS DA REDENÇÃO

Aspecto legal (ou posicional, a nossa posição em Cristo): É o que Deus fez
na pessoa de Jesus Cristo na cruz do Calvário e na ressurreição em favor do homem. Tudo
o que foi conquistado por Ele por intermédio da obra da cruz é herança de todo homem, no
entanto, nem todos usufruem.

“11 Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio
do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), 12 e
não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas
no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.” (Hebreus 9:11-12).
Aspecto vital (ou experimental, o que vivemos na prática): o lado vital da
redenção é o que o Espírito Santo, por meio da Palavra, está fazendo em nós agora. É a
identificação pessoal e a apropriação da redenção pela fé. É o que experimentamos por
intermédio do poder do Espírito Santo, que aplica à nossa vida os fatos legais da Palavra.

● Diferença entre o aspecto legal e o aspecto vital:

1) Legal: é o que é nosso por direito.

2) Vital: é o que recebemos ou vivemos pela fé.

Redenção na alma e no corpo

O espírito é salvo, regenerado, mas a alma precisa ser “salva” ou restaurada,


progressivamente, pois a mente continua a mesma após o novo nascimento. Dessa maneira,
a alma precisa, então, ser renovada (ver Romanos 12:2).
9
Renovar (anakainosis): restauração, renovação, completa mudança para melhor. De
origem significa fazer novo de novo (referência Strong).

A Palavra também nos revela que nós temos a mente de Cristo (ver 1ª Coríntios 2:16
e que devemos subjugar a nossa mente em obediência à Palavra:

“4 pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para
demolição de fortalezas; 5 derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” (2ª
Coríntios 10:4-5).

E o corpo?

Precisamos mantê-lo sob sujeição, sob controle (ver 1ª Coríntios 9:27).

No corpo é onde estão as paixões carnais e onde elas se consumam, mas se


estivermos cheios do Espírito, a natureza de Deus influenciará a nossa natureza carnal que
está no corpo.

“porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito


mortificardes as obras do corpo, vivereis.” (Romanos 8:13).
“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne.”
(Gálatas 5:16).

Andar no Espírito é andar em obediência à Palavra.

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho
dito são espírito e são vida.” (João 6:63).
Se semearmos na carne, colheremos corrupção. Portanto, decida viver na Palavra,
crucificando a carne (ver Gálatas 6:8).

Leia também: 2ª Coríntios 4:16-18.

JUSTIÇA – DOM DE DEUS

Ver Romanos 5:17

Dom é o mesmo que dádiva, presente. E não é necessário que se faça coisa alguma
para receber um presente. Quando você recebe algo por aquilo que fez, não é um presente,
mas sim uma recompensa. Por isso, a Justiça é um presente de Deus para nós!

Nada que fizermos ou deixarmos de fazer fará de nós mais ou menos justos, pois é
aquilo que Jesus fez por nós que nos faz justos.

Justiça pela Fé

Visto que a Lei não pode justificar o homem, sua alternativa é receber “justiça sem
Lei”, esta é a justiça concedida por Deus, pela Sua graça, que, como já dissemos, é um dom,
um presente. Um presente deve ser recebido, e o meio pelo qual recebemos a justiça é pela
fé (ver Romanos 3:22; Filipenses 3:9; Romanos 10:10; Romanos 3:26; Romanos 5:1;
Romanos 9:30).

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“11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não
era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles na incircuncisão,
a fim de que a justiça lhes seja imputada,” (Romanos 4:11)
“7 Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente
a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o
mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.” (Hebreus 11:7)
A fé é a “mão” que recebe aquilo que Deus oferece. A mudança na posição que
temos diante de Deus é efetuada, e a chamamos de justificação! Quando cremos com o
coração na obra redentora de Jesus, somos justificados pela fé nEle, e há uma mudança no
nosso espírito, que é recriados por Deus, nós nascemos de novo espiritualmente e passamos
a ser novas criaturas. Isto é chamado de Regeneração ou Novo Nascimento (ver 2ª Coríntios
5:17; 2ª Pedro 1:4; 1ª Pedro 1:23; Tiago 1:18).

Somos participantes da natureza divina no nosso espírito, no qual tudo se fez novo!

O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTABELECIDO POR DEUS

● Deus concedeu domínio ao homem (ver Gênesis 1:28).

● O homem perdeu esse domínio para Satanás (ver Lucas 4:6).

● Deus respeitou o princípio estabelecido, ou seja, o homem perdeu o que


lhe fora dado, logo, o próprio homem deveria retomá-lo (ver Jeremias 1:12).

Deus nunca operou na Terra sem que algum homem estivesse envolvido nisso. Por
isso foi que Ele fez alianças com os homens ao longo de todo o Antigo Testamento, para que
por meio da aliança Ele tivesse legalidade para operar em determinado momento de
dispensar determinado recurso aos homens, durante a vigência daquela aliança.

● Por não haver um justo sequer, Jesus se fez homem para tomar o domínio de volta
ao homem (ver Romanos 3:23 e João 1:1,14).

A expressão habitou, nesse texto, é skenoo, que significa, literalmente, fixar


tabernáculo. Dessa forma, o antigo clamor foi alcançado, pois Deus deixou a Sua glória e
tabernaculou na terra como homem.

“6 o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a
que se devia aferrar, 7 mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-
se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:6-8)
● Antigo clamor dos homens (ver Jó 9:32-33).

● Jesus cumpriu as exigências de justiça necessárias para reaver a


autoridade perdida (ver 2ª Coríntios 5:21).

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