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FACULDADE DE CIENCIA E TECNOLOGIA

Engenharia Ambiental e Sanitária

Análise de distribuição da água purificada por osmose reversa


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Membrana de Osmose Reversa ......................................................11


Figura 2 – Interior de uma bomba multicelular..................................................15
Figura 3 – Vaso de estocagem..........................................................................16
Figura 4 – Trocador de Calor.............................................................................17
Figura 5 – Forma de leitura das tubulações......................................................19
Figura 6 -– Sensor tipo bóia .............................................................................23
Figura 7 - Sensor capacitivo..............................................................................23
Figura 8 - Sensor ultrassônico ..........................................................................24
Figura 9 - Sensor magnetostritivo......................................................................24
Figura 10 - Tipos de transmissores....................................................................24
Figura 11 - Controlador indicador de nível.........................................................25
Figura 12 - Representação do sinal elétrico......................................................25
Figura 13 - Sensor de pressão..........................................................................26
Figura 14 - Transmissor de pressão..................................................................26
Figura 15 - Tipos de redutores...........................................................................28
Figura 16 - Diversos tipos de filtro.....................................................................29
Figura 17 - Alguns modelos de válvulas para diversas finalidades...................30
Figura 18 - Exemplo de válvula de esfera.........................................................31
Figura 19 - Válvula de controle de pressão.......................................................32
Figura 20 - Válvula Diafragma...........................................................................33
Figura 21- Válvula de drenagem.......................................................................34
Figura 22 - Válvula de Retenção.......................................................................35
Figura 23 - Válvula pneumática.........................................................................36
Figura 24- Válvula de Segurança Convencional................................................37
Figura 25 – Válvula de três vias.........................................................................38
Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 7
2. OBJETIVOS .......................................................................................... 9
2.1 Objetivo geral ..................................................................................... 9
2.2 Objetivo específico ............................................................................. 9
3. REFERENCIAL TEÓRICO - PURIFICAÇÃO DE ÁGUA POR
OSMOSE REVERSA ................................................................................. 10
4. O PROCESSO .................................................................................... 12
5. EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS ....................................................... 14
5.1 Maquinas ........................................................................................ 14
5.1.1Bombas.............................................................................................. 14
5.2 Caldeiraria ...................................................................................... 15
5.2.1 Vaso de estocagem ...................................................................... 15
5.2.2 Trocador de calor.......................................................................... 16
5.3 Tubulações ..................................................................................... 18
5.3.1 Linha de Instrumento de Ar .............................................................. 19
5.3.2 Linha de fornecimento de fluido de refrigeração .............................. 20
5.3.3 Linha de retorno de fluido de refrigeração ....................................... 20
5.3.4 Linha de água de processo ............................................................... 20
5.3.5 Linha de água purificada .................................................................. 21
5.3.6 Linha de nitrogênio de baixa pressão .............................................. 21
5.3.7 Linha de Vapor de Alta Pressão > 3.5 BAR ...................................... 21
5.3.8 Condensado. ................................................................................... 22
6. INSTRUMENTAÇÃO .......................................................................... 23
6.1 Sensor de nível ................................................................................ 23
6.2 Transmissor de nível ........................................................................ 24
6.3 Controlador indicador de nível ......................................................... 25
6.4 Sinal elétrico .................................................................................... 25
6.5 Sensor de pressão ........................................................................... 26
6.6 Transmissor de pressão................................................................... 26
6.7 Controlador indicador de pressão .................................................... 27
6.8 Purgador .......................................................................................... 27
6.9 Redutores ........................................................................................ 28
6.10 Filtro ................................................................................................. 28
7 VÁLVULAS E SUAS FUNÇÕES ........................................................ 29
7.1Válvula esfera ....................................................................................... 30
7.3 Válvulas comum................................................................................... 32
7.4 Válvulas de Membrana ou Diafragma .................................................. 32
7.5 Válvulas de Drenagem......................................................................... 33
7.6 Válvulas de retenção ........................................................................... 34
7.7 Válvulas pneumáticas com membrana ................................................ 35
7.8 Válvulas de segurança......................................................................... 36
7.9 Válvula Pneumática On/Off .................................................................. 37
7.10 Válvula de três vias ............................................................................ 38
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 40
ANEXOS.................................................................................................... 43
1. INTRODUÇÃO

Indústrias e empresas, independentemente da área produtiva, que


vendem produtos ou serviços para suprir as necessidades da sociedade são
influenciadas pelos fatores de produção que englobam a distribuição de renda,
o preço das mercadorias e a lei da oferta e da procura. Os produtores fabricam
seus produtos na medida em que há demanda dos consumidores, mantendo a
relação entre custo e lucro de maneira equilibrada, sendo o lucro maior do que
o custo de produção e manutenção da empresa. Para haver um lucro
satisfatório a empresa conta com diversas ferramentas, principalmente
administrativas e organizacionais, para poder ter o controle dos gastos, da
qualidade, e assim aperfeiçoar seus processos e produtos. A aplicação desses
métodos organizacionais resulta em reduzir o tempo de produção, evitar erros,
diminuir os gastos, aumentar o lucro e a segurança de quem está envolvido no
processo.

Um das ferramentas mais eficazes e utilizadas mundialmente é o


fluxograma, que consiste na representação esquemática que utiliza símbolos
gráficos para descrever passo a passo o fluxo de um determinado processo.
Ele é utilizado em diversas áreas, como um simples fluxograma de atividades,
chamado de diagrama de blocos até um complexo fluxograma de engenharia
que contém todos os detalhes necessários para entendimento de um processo.
Um dos fluxogramas de grande importância é o fluxograma de engenharia
(P&ID) que deve conter as operações unitárias, os equipamentos, o fluxo l do
projeto, o balanço de massa e material (ou seja, quanto de matéria prima e
insumos estão entrando no processo e quanto está saindo de produto final),
dados do projeto, tubulações, medidas, especificações de produto e todos os
elementos necessários para se operar uma determinada parte da indústria.

Tem por objetivo garantir a viabilidade, continuidade e a integridade do


processo. Serve para definir os perfis de classes de pressão e temperatura dos
materiais de tubulação e equipamentos. Tem influência direta na redução de
custos, na organização do fluxo de trabalho, melhorias no rendimento,
maximização e otimização da produção, produtos finais com alta qualidade,
redução do tempo de produção e aumento dos lucros.

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No fluxograma é possível observar se pertence a uma malha aberta ou
malha fechada. Malha Aberta consiste em um sistema que não possui
realimentação. Em resumo, o controle em malha aberta consiste em aplicar um
sinal de controle na entrada de um sistema, esperando-se que na saída a
variável controlada consiga atingir um determinado valor ou apresente um
determinado comportamento desejado. Malha Fechada é também chamado de
controle retroativo (realimentação ou feedback) necessita de informações da
saída do controlador através de elementos sensores ou transdutores, compara
o sinal da saída com o set-point(referência) e corrige a saída caso a mesma
esteja desviando-se dos parâmetros programados.

Os benefícios de um fluxograma também abrangem maior entendimento com


relação aos seguintes itens:

 Quais são os principais passos de uma sequência;


 Quem é responsável por uma atividade;
 Quais são os principais momentos de decisão;
 Quais são as entradas e saídas do processo;
 Quais recursos envolvidos no processo;
 Qual é o volume de trabalho;
 Identificar os atrasos do processo;
 Identificar os pontos fortes e fracos do processo;
 Identificar desperdícios;

Com um fluxograma é possível identificar as melhorias na fabricação de


produtos e há uma ampla visão do processo facilitando a interação de todos os
operadores com o seu trabalho.

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1. OBJETIVOS

Neste capitulo são apresentados os objetivos gerais e específicos para um


melhor esclarecimento do tema e seus resultados pretendidos

1.1 Objetivo geral

Analisar a distribuição da água purificada por osmose reversa por toda a


planta industrial, atendendo a diversos outros processos para auxiliar na
fabricação de insumos.

1.2 Objetivo específico

Identificação de todos os seus elementos desde a sua simbologia básica


de equipamentos, instrumentos, máquinas e linhas de processos até suas
válvulas e suas funções.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO - PURIFICAÇÃO DE ÁGUA POR
OSMOSE REVERSA

A osmose é caracterizada por ser a responsável pelo equilíbrio de sais


nas células, ocorrendo em vários sistemas da natureza. Cada célula possui
uma membrana que separa o meio extracelular do intracelular permitindo a
passagem de substâncias em ambos os sentidos, sendo assim, a osmose é
retratada pela passagem de água por essas membranas, pois, estas são
seletivamente permeáveis, o que permite a passagem de solvente (fluxo de
água) do meio hipotônico (menor concentração de soluto), para o meio
hipertônico (maior concentração de soluto). Isso ocorre devido a uma pressão
osmótica que age no sistema, caraterística de uma força que faz a solução se
concentrar do meio menos concentrado para o meio mais concentrado.

Em controvérsia à osmose natural, tem-se a osmose reversa, que é a


separação de água, dos sais minerais, sendo assim, a solução mais
concentrada tende a ir para a menos concentrada. O fenômeno de osmose
reversa acontece devido a uma pressão mecânica, superior a pressão
osmótica, que age no meio hipertônico fazendo com que as moléculas de água
passem pela membrana e a solução seja separada em duas partes, que
recebem o nome de permeado e rejeito. O rejeito é desprezado no processo, já
o permeado é parte do sistema onde a água contem alto grau de pureza, pois
esse tipo de tratamento remove grande parte dos sais dissolvidos e compostos
orgânicos presentes na solução.

Segundo FRISCHKORN e NETO (2009), o processo de purificação de


água por osmose reversa é realizado por meio de uma bomba que faz com que
a solução passe em alta pressão por um vaso permeador, neste vaso está
contido a membrana que irá realizar a separação da solução. Dos dois lados da
membrana são retirados a água pura e a solução concentrada em sais.

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Figura 01 - Membrana de Osmose Reversa

. Fonte: WaterWorks.

As membranas de separação usadas para o sistema de osmose (RO)


reversa possuem uma camada de barreira densa, fabricada em materiais
polímeros, onde a maior parte da separação acontece. Essas membranas, na
maioria das vezes, são fabricadas para permitirem a passagem de apenas
água por essa camada de barreira, prevenindo a passagem de sais.

Durante o processo, a alimentação da água é bombeada pelo lado de


admissão de uma membrana RO, e, normalmente, 15 a 30 % passa pela
membrana como permeado e o restante fica retido como concentrado.
Entretanto, além das vantagens, que se resumem na remoção eficaz de
contaminantes, manutenção mínima e fácil monitoramento, têm-se também
algumas desvantagens, pois esse processo não remove gases e requer que a
solução passe por um pré-tratamento para evitar que os contaminantes
danifiquem a membrana.

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3. O PROCESSO

O processo analisado consiste na distribuição de água na planta


industrial após ser purificada através do processo de osmose reversa,
permitindo o seu uso em outras seções industriais como matéria-prima.

Após a ocorrência do processo por osmose reversa no equipamento RO-5060,


que possui uma vazão de produção de 4 m³/h, uma parte serve de
retroalimentação do RO-5060 através da tubulação1”-PW-212-D1-F e outra é
encaminhada por meio da tubulação 1”-PW-211-D1-F para o vaso de
estocagem V-5060 , , a água tratada é levada para um vaso de estocagem V-
5060 com capacidade de 20m³. Este mesmo vaso é alimentado com nitrogênio
em baixa pressão através da tubulação 1/2”-NBB-533-D1, que permite inibição
do desenvolvimento de bolores e insetos, além de não alterar a natureza da
purificação.

Para que ocorra a distribuição da agua purificada para outros processos


(tubulação 4”-PW-210-D1-F), com ajuda de uma bomba centrifuga de vários
estágios P-3060 encaminha parte da matéria prima para o Vaso V-3001;
Reatores R-3001, R-3002, R-3003, R-3004, R-3005 ; Centrifuga CT-3001;
Secador Dr-3001; Moinhos granuladores GR-3001 G-3002 , G-3003;
Misturador BL-3001; Glove Box HPD-14m, HPD-17m; Filtros de pressão FP-
3001”A”, FP-3001”B”; Tanques de dosagem HT-3001, HT-3002, HT-3003, HT-
3004. Após a alimentação desses equipamentos, a matéria prima (agua) passa
pelo trocador de calor E-3060, que esta sendo alimentado por fluido de
arrefecimento (tubulação 2”-CF-506-B1-F) , para refrigerar e em seguida por
outro trocador de calor E-3061, alimentado por condensado (tubulação 1”1/2-
SA-508A-B1-I) para condensar o fluido e deixar na temperatura adequada e
posteriormente ser encaminhado ao vaso de estocagem (tubulação 2” ½-PW-
207-D1-F).

Outra parte da agua tratada é levada (tubulação 4”-PW-206-D1-F) ,com


o auxilio da bomba centrifuga de vários estágios P-5060, a matéria-prima é
encaminhada para atender os Reatores R-5003, R5004, R-5007, R-5008;
Secador DR-5001; Moinho de vento MG-5001; Misturador BL-5001; Filtros de
pressão FP-5002, FP-5001 . Após a alimentação desses equipamentos, a

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matéria prima (água) passa pelo trocador de calor E-5060, que está sendo
alimentado por fluido de arrefecimento (tubulação 2”-CF-607-B1-F), para
refrigerar e em seguida por outro trocador de calor E-3061, alimentado por
condensado (tubulação 1”1/2-SA-506A-B1-I) para condensar o fluido e deixar
na temperatura adequada e posteriormente ser encaminhado ao vaso de
estocagem (tubulação 1” ½-PW-206-D1-F).

A transmissão da agua purificada por osmose reversa como matéria-


prima para outros processos pode ser identificada através da planta industrial.
Nela, contem todas as especificações que permite a execução do processo. A
seguir, será abordado cada equipamento, instrumento, maquina e tubulação
presente que complementam e auxiliam para realizar a circulação da água
purificada.

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4. Equipamentos industriais

São todos os equipamentos de processo em industrias nas quais


materiais sólidos ou líquidos ou gasosos sofrem transformações físicas ou
químicas. Os equipamentos Estão agrupados em Maquinas, caldeirarias e
tubulações.

4.1 Maquinas

Maquinário é o conjunto de máquinas que tem como principal objetivo,


otimizar determinado processo em um sistema possivelmente implementado.
Desde a revolução industrial no século XIX, máquinas e grandes equipamentos
passaram a ter grande importância para o aumento da padronização da
produtividade industrial.

5.1.1 Bombas

Existem diversos tipos de bombas com aplicabilidade para os processos


industriais, dentre elas destacam-se no processo a bomba centrifuga

Bomba Centrífuga Multicelular onde atualmente sua funcionalidade,


deve-se basicamente ao motor, porém, em um contexto histórico as bombas
centrífugas rudimentares foram as pioneiras e essas utilizavam bastante de
fatores que não exigiam necessariamente força mecânica (motor), assim para o
seu funcionamento eram necessários princípios como: pela roda de água
(dinâmica hidráulica) e através dos ventos (dinâmica dos ventos). A partir da
verificação de limitação dessas bombas, surgiram a eficácia de associação aos
motores, trazendo a esses equipamentos existentes uma condição de
aprimoramento da sua performance. Em meados do século XV, um engenheiro
Italiano Francesco Martini, utilizou referências a utilização da bomba centrífuga
primordial para elevação da lama, sendo apenas a versão “inicial” de um
processo de atualização da máquina para gerar cada vez mais resultados
confiantes com menor tempo. No contexto que avalia-se, existem bombas
centrífugas simples e bombas centrífugas multicelulares, a diferença principal
entre estes dois tipos de bombas centrífugas deve-se basicamente ao número
de rotores instalados em cada uma dessas.

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Uma bomba centrífuga simples como o nome presume, tem apenas um
rotor e com isso apresenta um desempenho abaixo do nível comparado a
multicelular. Em contrapartida a bomba centrífuga multicelular, possui variados
rotores que estão na maioria das vezes dispostos em série, dando um
sequenciamento ordenado e resultando em um maior aproveitamento de
energia e um maior desempenho.

Figura 02- Interior de uma bomba multicelular

Fonte. Engiobra, 2014.

4.2 Caldeiraria

São equipamentos fabricados em chapas metálicas com espessura


acima de 2 mm (espessura abaixo de 2 mm, trata-se de Funilaria). São os
equipamentos tais como caldeira, vaso de pressão, tanques, torres, reatores,
fornos, trocadores de calor, resfriadores, aquecedores, filtros, separadores.
Esses equipamentos propiciam um tipo de reação física e/ou química.

4.2.1 Vaso de estocagem

Vasos de pressão: são todos os recipientes estanques, de qualquer tipo,


dimensões, formato ou finalidade, capazes de conter um fluido pressurizado.
Dentro de uma definição tão abrangente inclui-se uma enorme variedade de
equipamentos, desde uma simples panela de pressão de cozinha até os mais
sofisticados reatores nucleares. Os vasos de pressão são todos os

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reservatórios destinados ao armazenamento e processamento (transformações
físicas ou químicas) de líquidos e gases sob pressão ou sujeitos ao vácuo total
ou parcial. Podemos também definir os vasos de pressão como sendo todos os
reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidade, não sujeitos a chama,
que contenham qualquer fluido em pressão manométrica igual ou superior a
1,02 kgf./cm² ou submetidos à pressão externa.
Em refinarias de petróleo, usinas de açúcar e etanol e indústrias
químicas e petroquímicas os vasos de pressão constituem um conjunto
importante de equipamentos que abrangem os mais variados usos. O projeto e
a construção de vasos de pressão envolvem uma série de cuidados especiais e
exige o conhecimento de normas e materiais adequados para cada tipo de
aplicação, pois as falhas em vasos de pressão podem acarretar consequências
catastróficas até mesmo com perda de vidas, sendo considerados os Vasos de
Pressão equipamentos de grande periculosidade. Vasos de Pressão e
Reservatórios de Ar comprimido se enquadram na norma NR-13 e ASME VIII.

Figura 03 – Vaso de estocagem

Fonte. Engenharia e Arquitetura, 2014.

4.2.2 Trocador de calor

Um trocador de energia térmica ou permutador de energia térmica,


popularmente também nomeado, de forma pouco adequada, por trocador de
calor ou permutador de calor, é um dispositivo que visa à transferência de
energia térmica de forma eficiente de um meio para outro. Tem a finalidade de
propiciar calor de um fluido para o outro, encontrando-se estes

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a temperaturas diferentes. Os meios podem ser separados por uma parede
sólida, tanto que eles nunca se misturam, ou podem estar em contato direto.

Um permutador de calor é normalmente inserido num processo com a


finalidade de arrefecer (resfriar) ou aquecer um determinado fluido. São
amplamente usados em aquecedores, refrigeração, condicionamento de
ar, usinas de geração de energia, plantas químicas, plantas petroquímicas,
refinaria de petróleo, processamento de gás natural, e tratamento de águas
residuais. O material usado na fabricação de trocadores de calor, geralmente
possui um coeficiente de condutibilidade térmica elevado. Sendo assim, são
amplamente utilizados o cobre e o alumínio e suas ligas. Dentro da teoria em
engenharia, é um volume de controle, sendo que este equipamento
normalmente opera em regime permanente, onde as propriedades da seção de
um fluido não se alteram com o tempo. A eficiência de um trocador de calor
depende principalmente: do material utilizado para construção, da
característica geométrica e do fluxo, temperatura e coeficiente de
condutibilidade térmica dos fluidos em evidência.

Figura 04- Trocador de Calor

Fonte. Brunnschweiler, 2014.

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4.3 Tubulações

As tubulações industriais são utilizadas em indústrias de processamento,


químicas, petroquímicas, refinarias de petróleo, alimentícias e farmacêuticas
para transportar fluídos de uma entrada (bomba), para uma saída
(reservatório).

Tubulação é um conjunto de tubos e acessórios voltados ao processo


industrial, principalmente para distribuição de gases, óleos, vapores,
lubrificantes e demais líquidos industriais e, chegam a representar 70% do
custo dos equipamentos, ou 25% do custo total da instalação.

Alguns fatores influenciam a escolha do material para fabricação dos tubos. Os


principais fatores são:

 Fluído conduzido – aspectos de resistência à corrosão, impurezas,


agentes contaminadores, ph, toxidez, etc.

 Condições de serviço – Temperatura e pressão. Deve se consideradas


condições extremas, mesmo que sejam eventuais ou transitórias.

 Resistência mecânica – O material deve ter resistência compatível com


os esforços (sobrecargas externas, reações de dilatação térmica, vento,
peso, etc.)

 Disponibilidade dos materiais – Com exceção do aço carbono, os


materiais utilizados na fabricação dos tubos têm limitações e
disponibilidade.

 Custo dos materiais – Consideram-se os custos diretos e os indiretos


que são o tempo de vida e os custos de reposição e paralisação do
sistema.

 Grau de Segurança – O grau de segurança dependerá da resistência


mecânica e do tempo de vida.

 Resistência ao escoamento – Perdas de carga. Deve ser transmitida a


maior potência possível com a menor perda.

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Para se efetuar a leitura de uma tubulação, é necessário seguir a legenda
disponibilizada no próprio fluxograma e, através desta é possível saber o seu
diâmetro, localidade, fluido inserido e material, conforme a imagem abaixo.

Figura 05 – Forma de leitura das tubulações

Fonte: O próprio fluxograma

A seguir, podem-se analisar as linhas de tubulações encontradas no processo

5.3.1 Linha de Instrumento de Ar

Nas instalações de ar comprimido, o ar na saída do compressor está


saturado de água (e contendo óleo, em compressores lubrificados). A 7
kgf/cm2 e 40°C, que são normalmente as condições usuais de saída do ar, o
mesmo contém cerca de 5-10 gr de água por m³ ar.

Tubulação com 1” de diâmetro que transporta ar para o processo de


osmose reversa no equipamento RO-5060. Possui o numero de linha 500 e o
seu tipo de isolamento consiste em aço carbono galvanizado.

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5.3.2 Linha de fornecimento de fluido de refrigeração

Fluido refrigerante, conhecido popularmente como “gás refrigerante”, é


um produto químico responsável pelas trocas térmicas nos sistemas de
refrigeração e climatização. Esse composto, pela propriedade que possui de
passar de líquido a gás, e vice-versa, é capaz de absorver calor, resfriando um
ambiente de maneira controlada.

Tubulação com 2” ½ de diâmetro que permite a entrada do fluido refrigerador


para a Osmose Reversa no equipamento RO-5060. Possui o numero de linha
não especificado e seu material é aço carbono com isolante térmico.

5.3.3 Linha de retorno de fluido de refrigeração

O motivo de ser comumente chamado de gás refrigerante é que, para


absorver o calor do ambiente e resfriá-lo, ele passa da fase líquida para a
gasosa, uma vez que evapora ao absorver calor e liquefaz ao perder calor.
Assim, na maioria dos casos, não é possível ver o produto na fase líquida em
temperatura ambiente. Soluções para o reuso de água e reciclagem da água
de processo, economizam tempo, energia e dinheiro na produção de água de
abastecimento assim como na disposição de efluente.

Tubulação com 2” ½ de diâmetro que permite a saída do fluido de refrigeração


da Osmose Reversa e dos trocadores E-5060 e E-3060. Apresenta
temperatura elevada após passar pela carcaça do trocador. Possui o numero
de linha não especificado e seu material é aço carbono com isolante térmico.

5.3.4 Linha de água de processo

A água é utilizada para uma variedade de funções em processos e


plantas indústrias. Após ser utilizada, a água de processo requer tratamento
adicional antes de ser reutilizada ou drenada. O objetivo de um pré-tratamento
do efluente pode ser reuso ou a recuperação de recursos valiosos ao processo

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Tubulação com 1” ½ de diâmetro que permite a entrada de água de
processo para alimentação da Osmose Reversa. Possui o numero de linha 509
e seu material é aço carbono galvanizado

5.3.5 Linha de água purificada

Água purificada é a água potável que passou por algum tipo de


tratamento para retirar os possíveis contaminantes e atender aos requisitos de
pureza estabelecidos no processo envolvido.

Tubulação com 1” de diâmetro que possui a água purificada,


responsável por transportar o fluido principal por todo o processo. Possui o
numero de linha variável, pois atente diversas localidades da planta e seu
material é aço inoxidável (SS 316l) com isolante térmico

5.3.6 Linha de nitrogênio de baixa pressão

O nitrogênio é isento de umidade, item que pode prejudicar o sistema


interno Ele é um gás inerte e não oferece riscos à natureza, pois cerca de 78%
da atmosfera é composta por nitrogênio. É encontrado comercialmente
envazado em cilindros de aço de capacidade de 1m³, 7m³ e 10m³. Seu custo
não é elevado, o que o torna um fluido muito utilizado nos processos de
produção química.

Tubulação com ½” de diâmetro que possui o nitrogênio que alimenta o


tanque de armazenamento de água purificada V-5060.Possui o numero de
linha 533 e seu material é aço carbono galvanizado.

5.3.7 Linha de Vapor de Alta Pressão > 3.5 BAR

Linhas de transporte de condensado estão associadas a grandes


diferenciais de pressão onde se encontram, ou em pontos próximos onde uma
linha de transporte de condensado, encontrando um tanque de vapor flash.

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Nessas junções, o vapor flash de alta pressão flui para dentro da tubulação de
transporte de condensado de baixa pressão

Tubulação com 1” ½ de diâmetro que permite a entrada de vapor nos


trocadores E-5061 e E-3061, com finalidade de proporcionar aquecimento ao
fluido do processo. Possui o numero de linha variável, pois atente diversas
localidades da planta e seu material é aço carbono com isolante térmico.

5.3.8 Condensado.

Transporte de condensado geralmente é causado pela interação do


condensado de baixa temperatura e o vapor de alta temperatura. Esses,
frequentemente, formam-se a partir da presença dupla de condensado,
alternância na pressão do vapor e vapor flash na tubulação.

Tubulação com 1” ½ de diâmetro que permite a saída do condensado


gerado pelos trocadores E-5061 e E-3061. Possui o numero de linha variável,
pois atente diversas localidades da planta e seu material é aço carbono com
isolante térmico.

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5. INSTRUMENTAÇÃO

Trata-se da parte da Engenharia responsável por desenvolver e aplicar


técnicas para medição, controle, monitoramento, transmissão e indicação de
variáveis em um processo industrial. Dentro de tais processos, principalmente
na área de siderurgia, petroquímica, farmoquímica e demais, a instrumentação
torna-se bastante utilizada para acompanhamento de algumas variáveis que
são de vital importância para o andamento e segurança de seus processos, tais
como pressão, temperatura, nível e vazão. Um dos seus principais objetivos é
utilizar-se de alguns equipamentos para que haja o maior rendimento possível
na elaboração do produto desejado.

5.1 Sensor de nível

Estes sensores medem o nível das substâncias que fluem, sejam elas
líquidos ou não. Esse instrumento opera emitindo um sinal que indica se a
substância está acima ou abaixo de um ponto que está dentro dos padrões de
operação. O tipo de sensor que será utilizado, dependerá de alguns fatores
como por exemplo o estado físico do material. Existem 4 grupos principais de
sensores, e que serão escolhidos de acordo com o processo em que este será
utilizado. Estes são: sensores do tipo bóia, capacitivos, ultrassônico e
magnetostritivo.

Figura 06 – Sensor tipo bóia Figura 07 – Sensor capacitivo

Fonte: UFRJ, 2014 Fonte: UFRJ, 2014

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Figura 08 – Sensor ultrassônico Figura 09 – Sensor magnetostritivo

Fonte : UFRJ, 2014 Fonte: UFRJ, 2014

5.2 Transmissor de nível

Transmissores de nível têm a função de converter sinais recebidos do


sensor, e enviar para um receptor. O transmissor sente a variável de processo,
e gera na saída um sinal proporcional ao valor da variável. Utilizado para
medição ininterrupta, esse instrumento é amplamente aplicado na indústria
para monitoramento de nível de tanques, sólidos com pós granulado, por
exemplo. Os transmissores mais conhecidos e utilizados são os de
temperatura, vazão e pressão.

Figura 10 – Tipos de transmissores.

Fonte: DIGITROL, 2014

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5.3 Controlador indicador de nível

Este instrumento opera mantendo certa variável do processo, nesse


caso, o nível, em um valor pré-determinado, o qual chamamos de set point, ao
mesmo tempo que indica o valor que a variável se encontra. Ele atua de forma
manual ou automática, podendo agir diretamente sobre a variável, ou apenas
indicar o valor da medição.

Figura 11 – Controlador indicador de nível

Fonte: TECFLUID, 2014

5.4 Sinal elétrico

Utiliza-se do sinal elétrico para transmissões em uma malha de


processo. O sinal é modulado de forma que represente todos os valores entre
os limites mínimo e máximo de certa variável. Permite que um sinal seja lido
por mais de um instrumento, padronizando assim a leitura das informações.

Figura 12 – Representação do sinal elétrico.

Fonte: LIBERTAS, 2014

25
5.5 Sensor de pressão

Estes sensores são utilizados para medir a pressão de gases ou


líquidos, avisando se há alguma diferença entre força exercida no processo, o
valor da variável estabelecido. Existem 5 tipos deles (sensor de pressão
absoluto, sensor de pressão manométrica, sensores de pressão diferenciais,
sensores de pressão selados e sensores de pressão para vácuo.), que serão
escolhidos de acordo com o material será medido, e entre outros motivos.

Figura 13 – Sensor de pressão.

Fonte: HYDAC, 2014

5.6 Transmissor de pressão

Dentro de um processo, este instrumento tem a função de traduzir uma


mudança de variável, previamente lida por um elemento primário (sensor), em
valores que possam ser medidos e controlados. A exatidão desses valores,
dependerá da calibração do transmissor.

Figura 14 – Transmissor de pressão

Fonte: INOTECH, 2014

26
5.7 Controlador indicador de pressão

Indicadores de pressão geralmente têm um elemento sensor e


dispositivos de transmissão e gravação. Em um indicador de pressão
pneumática, a pressão sobre o pistão ou diafragma (elemento de detecção) é
transmitida por meio de uma haste para o braço de um instrumento de
gravação, que registra as alterações na posição do pistão ou diafragma (ou
seja, alterações na pressão). Em gravadores de pressão elétrica, as flutuações
de pressão são transformadas pelo sensor em sinais elétricos que são
indicados por um oscilógrafo ou medidores elétricos.

Em relação ao controlador, tem-se por finalidade manter em um valor


pré-determinado, uma variável de processo, neste caso a pressão, na qual
poderá ser feita manual ou automaticamente. Porém, neste instrumento
existem ambas as funções, indicador e controlador.

5.8 Purgador

Purgadores são válvulas automáticas que abrem para descarregar o ar e


o condensado, e se fecham na presença de valor, sendo estes projetados para
eliminar o condensado sem perder vapor. De qualquer forma. O condensado é
eliminado de diferentes maneiras e a diferentes condições de pressão e
temperatura, dependendo do método de operação de cada purgador.

É importante ressaltar que a escolha do mesmo deve ser de acordo com


suas características de operação, nas quais devem atender as condições do
sistema.

27
5.9 Redutores

Um redutor consiste num conjunto de eixos com engrenagens cilíndricas


de dentes retos, helicoidais, cônicas ou somente com uma coroa com parafuso
sem fim, que tem como função reduzir a velocidade de rotação do sistema de
acionamento do equipamento. Consequentemente com a redução da
velocidade tem-se um aumento significativo no torque transmitido.

São diversos os tipos de redutores, tais como: rosca sem fim, variadores
mecânicos, pendular, dentre outros, sendo estes representados na figura a
baixo.

Figura 15 – Tipos de redutores.

Fonte: ANDRADE, Alan. Elementos orgânicos de máquinas II.

6.10 Filtro

O filtro tem a funcionalidade de realizar a filtragem para qualificação de


fluidos e proteção de equipamentos nos mais diversos tipos de processos
industriais. São diversos os tipos de filtros, tais como: Filtros de pressão /Filtros
de vácuo, Filtros clarificadores e Filtros de torta. Como por exemplo, o filtro
clarificador visa retirar pequenas quantidades de sólidos para produzir um gás
claro ou liquido transparente.

28
Figura 16 – Diversos tipos de filtro: Polipropileno, cartucho, cesto, declorador.

Fonte: TECHFILTER – Soluções inteligentes.

6. VÁLVULAS E SUAS FUNÇÕES

Podemos definir as válvulas como dispositivos que têm como principal


função estabelecer, controlar e interromper o fluxo nos encanamentos.
Desempenham papel fundamental no processo industrial, sendo amplamente
utilizadas e, assim, contribuindo para o desenvolvimento da indústria moderna.

Existe no mercado uma grande variedade de tipos e subtipos de


válvulas, a escolha do dispositivo mais adequado ao uso varia com a aplicação
a qual se destina e as condições de serviço. Atuam na regulação ou para ligar
e desligar o fluxo de líquidos ou gases, portanto, o tipo de material na
fabricação é outro aspecto importante na escolha, dentre os quais podemos
citar o plástico, o metal ou uma liga de metais. A correta especificação, escolha
e instalação garantem sucesso nos sistemas de condução. Os tópicos
subsequentes serão destinados à caracterização dos tipos de válvulas mais
comumente utilizados no setor industrial.

29
Figura 17 - Alguns modelos de válvulas para diversas finalidades.

Fonte: Mecânica industrial (2014)

No processo, foram identificadas as seguintes válvulas: esfera, controle


de pressão, comum, diafragma, drenagem, retenção, pneumática, segurança,
on/off e três vias.

7.1 Válvula esfera

A válvula de esfera é um dispositivo adequado para aplicação com


líquidos, vapor e gases. Sua construção favorece uma fácil manutenção e
instalação. São utilizadas em serviços auxiliares nas instalações de
bombeamento, mas, ao contrário das válvulas de bloqueio não são ligadas aos
encanamentos da bomba. Uma esfera determina o controle do fluxo, possuindo
uma passagem central no corpo da válvula. O comando geralmente é feito com
o auxílio de uma alavanca de forma manual.

Seu desempenho, vida útil e confiabilidade, associados às suas práticas


características de construção são as principais qualidades deste dispositivo.
Destaca-se também a sua vedação de forma esférica, garantindo rapidez e
facilidade uma vez que é necessário apenas um quarto de volta para se operar
esta válvula.

30
Figura 18- Exemplo de válvula de esfera.

Fonte: REDEBRAS – Soluções em peças especiais (2014)

7.2 Válvulas de controle de pressão

As válvulas de controle de pressão atuam na segurança com a função


de auxiliar no controle da pressão, na direção ou no volume de um fluido.
Possuem grande utilização principalmente em sistemas industriais. São
utilizados na limitação da pressão máxima de um sistema, regulagem da
pressão que é reduzida em algumas partes do circuito hidráulico, no controle
das operações sequenciais permitindo que uma operação ocorra antes da
outra e no contrabalanceamento de forças mecânicas externas atuantes.

São classificadas de acordo com a faixa de operação, tamanho ou pelo


tipo de conexão. O funcionamento desta válvula é um balanço entre pressão e
força da mola, podendo assumir diferentes posições entre os limites de
totalmente aberta e totalmente fechada. O controle da pressão máxima do
sistema pode ser feito com o uso de uma válvula de pressão normalmente
fechada.

31
Figura 19- Válvula de controle de pressão

Fonte: OTTO – Sistemas hidráulicos (2014)

7.3 Válvulas comum

Tem como função primordial a regulagem de fluxos de um fluido que


pode ser em forma de gases ou líquidos, como óleos, água e outros materiais.

7.4 Válvulas de Membrana ou Diafragma

As válvulas diafragma são de simples construção, e consiste em um


diafragma fixo a um eixo, resistente à corrosividade do fluido, que controla por
ação de um volante, o fluxo de um produto.
Trata-se de uma peça moldada e prensada feita de borracha ou plástico,
e sua geometria representa um perfil angular permitindo receber vários tipos de
revestimentos, e o nome diafragma tem origem, pois esse composto que faz a
vedação.
Esse tipo de válvula é na sua maioria pequenas, cerca de 6’’, e
geralmente são de materiais não metálicos ou de metais que possuam
revestimento interno especial contra corrosão, além disso, seu mecanismo de
acionamento é completamente isolado do fluido que passa em seu corpo, o
que evita elementos como juntas e gaxetas.

32
Figura 20- Válvula Diafragma

.
Fonte: EBAH (2014)

7.5 Válvulas de Drenagem

A válvula de drenagem é um dispositivo de controle utilizado para a


liberação de quantidades excessivas de líquido ou gás a partir de um recipiente
de armazenamento. São geralmente abertas ao se girar um êmbolo, entretanto
algumas delas são automaticamente abertas ao se atingir uma pressão de
ajuste ou de temperatura. Quando a válvula é acionada, devido à gravidade ou
diferença de pressão, o líquido ou o ar escoa do tanque de armazenamento.

Este dispositivo consiste na maioria dos casos de um corpo cilíndrico


oco e uma haste que fica perpendicular ao eixo da parte oca. Quando a haste
estiver aberta o líquido ou gás vai fluir através da parte oca do corpo. Quando o
êmbolo ou haste é acionado o líquido ou gás são impedidos de escapar.
Existem diversos modelos de válvulas de drenagem, desde válvulas
automatizadas até as eletricamente controladas, sendo utilizadas em uma
grande variedade de aplicações.

33
Figura 21- Válvula de drenagem.

Fonte: MANUTENÇÃO E SUPRIMENTOS (2014)

7.6 Válvulas de retenção

Uma válvula de retenção permite o escoamento de fluidos em uma


direção, fechando, automaticamente para evitar fluxos na direção oposta. Seu
funcionamento está relacionado à diferença de pressão entre montante e
jusante exercidas pelo fluido em consequência do seu próprio fluxo, sendo
assim, a mesma é caracterizada pela auto operação, ou seja, sem a
necessidade de um operador.

Em um processo, quando há ocorrência de interrupção no fornecimento


de energia das bombas, ocorre também a parada do escoamento, então, as
válvulas de retenção s fecham, fazendo com haja impedição do refluxo e
retenção da coluna do fluido na tubulação. São também importantes para
manutenção da coluna de líquido durante alguma paralisação, como também,
evita que as bombas recebam alta pressão resultante de paradas bruscas de
escoamento.
As válvulas de retenção podem ser divididas em válvulas de retenção de
portinhola e válvula de retenção de esferas. As válvulas de retenção de
portinhola, podem ser utilizadas nas posições horizontais e verticais e tem
perda menor de carga no processo, quando operam com fluxo dotado de
seguidas inversões de fluxo podem vibrar intensamente, produzindo grande

34
ruído. Já as válvulas de retenção de esferas são utilizadas intensamente para
fluidos de grande viscosidade que escoam em sistema de 2’’ ou de menor
diâmetro, tais válvulas encontram grande aplicação industrial.

Figura 22- Válvula de Retenção.

Fonte: EBAH (2014)

7.7 Válvulas pneumáticas com membrana

As válvulas pneumáticas, também conhecidas como válvulas em ângulo


ou válvulas operadas externamente constituem as válvulas de eleição nos
casos em que uma válvula solenoide não é adequada.

As válvulas pneumáticas constituem uma solução verdadeiramente


eficaz em condições difíceis; permitem grandes caudais e são capazes de
funcionar com um diferencial de pressão de zero, meios com temperaturas
elevadas, valores elevados de viscosidade e meios com níveis elevados de
sujidade, bastando colocar a válvula piloto no exterior da área.

35
Figura 23 – Válvula pneumática

Fonte: Danfoss (2014)

7.8 Válvulas de segurança

As válvulas de segurança são de fundamental importância para garantir


tanto a proteção pessoal como a operacional das instalações industriais, são
válvulas de auto operação, e usa energia do próprio líquido para operar
abertura ou fechamento. Assim como as válvulas de retenção, as de segurança
funcionam embasadas na diferença de pressão desenvolvida pelo próprio fluido
da operação, isso lhes dá a característica de válvulas automáticas.

Seu funcionamento é limitado por ação de uma mola ou contrapeso, a


pressão interior de um sistema, isso mantém o mesmo nas condições limites
de projeto. Quando a pressão definida como segura é exercida, a válvula abre,
descarregando para outros sistemas. Para ar comprimido, vapor e gases
inertes o ponto de descarga pode ser a atmosfera, em um ponto acima do local
mais alto da edificação, seguro para a presença de pessoas. Para líquidos
esse ponto poderá ser o próprio tanque que contém o fluido ou ainda um
tanque destinado especialmente para esse fim.

Caso a válvula esteja alinhada para um sistema pressurizado, o esforço


desenvolvido na parte inferior do tampão vence a resistência da mola
adicionada ao esforço desenvolvido pela pressão do fluido do sistema de
descarga, atuante na parte superior do tampão, tal pressão pode ser anulada

36
em algumas válvulas pelo uso de dispositivos, como um fole, nesse caso, a
válvula é denominada de balanceada. Tanto as válvulas balanceadas como as
não balanceadas podem ser dotadas de uma alavanca externa para
acionamento manual.

Figura 24- Válvula de Segurança Convencional.

Fonte: FERRAZ, Fábio. (2014)

7.9 Válvula Pneumática On/Off

A válvula On-Off foi projetada para abrir e fechar em resposta a um sinal


oriundo de uma linha de controle pneumático. A válvula permanecerá estática
enquanto houver pressão mínima na linha de controle pneumático. Quando
houver queda de pressão na linha pneumática, a pressão proveniente da linha
hidráulica irá drenar o rele hidráulico de 3 vias. Tanto esta ação, quanto a
abertura da válvula esfera local, irão drenar a câmara de controle abrindo a
válvula principal. A válvula será fechada assim que restabelecidas as
condições iniciais e, a válvula será mantida na posição fechada através da
memória hidráulica, mesmo se houver pressão na rede hidráulica

37
7.10 Válvula de três vias

O número de vias de uma válvula é o número de conexão de trabalho


que a mesma possui, são consideradas como vias a conexão de entrada de
pressão, de utilização e as de escape.

As válvulas de três vias são compostas basicamente de corpo com três


vias, sede dupla, dois obturadores convergentes ou divergentes, hastes dos
obturadores e castelo com engaxetamento, e, operam em conjunto com
atuador pneumático, além disso, possuem uma entrada e uma saída de fluxo
que são utilizadas para permitir como também bloquear a passagem de certo
fluido.

Tais válvulas possuem diversos tamanhos de conexões e construções


que se aplicam ao controle automático de ar, gases inertes, água, óleo, vapor,
e líquidos não corrosivos, e são altamente aplicadas em máquinas de bebidas,
instrumentação, tratamento de água, umidificadores, etc.

Figura 25- Válvula de três vias.

Fonte: FLOWSERVE (2014)

38
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

FERNANDA ( :

39
REFERÊNCIAS

ANDRADE, Alan. Elementos orgânicos de máquinas II. Disponível em <


http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT102-Aula01.pdf > Acesso em: 19
Novembro 2014;

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<http://www.ascoval.com.br/val_3v.aspx>. Acesso em: 19 novembro 2014

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Acesso em: 23 novembro 2014

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http://www.ebah.com.br/content/ABAAABq_0AK/conceitos-transmissor-
pressao> Acesso em: 20 novembro 2014

Danfoss America Latina. Disponível em


<http://www.danfoss.com/Latin_America_portuguese/BusinessAreas/IndustrialA
utomation/Products_pdf/Angle+seat+valves.htm> Acesso em: 19 novembro
2014

DIAS, Fabrício, Eletropneumática. Disponível em: <http://unedserra-


ehp.tripod.com/Aula06.pdf>. Acesso em: 19 novembro 2014

DuPont. The miracles of Science. Disponível em:


<http://www2.dupont.com/Refrigerants/fluidos_refrigerantes.html>Acesso em
22 novembro 2014

EBAH, Atuadores e Válvulas. Disponível em:


<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA4VEAG/trabalho-sobre-atuadores-
valvulas?part=4>. Acesso em: 19 novembro 2014.

ELGA LAB WATER. O que é osmose reversa? Disponível em: <


http://www.elgalabwater.com/reverse-osmosis-pt>. Acesso em: 26 outubro
2014.

Engiobra. Disponível em: <http://engiobra.com/bombas-centrifugas-


multicelulares/> Acesso em: 18 novembro 2014

FARGON. Manual de tratamento de ar comprimido, versão 01.2006.


Disponível em: <
http://www.fargon.com.br/catalogos/manual_tratamento_ar_comprimido_Fargo
n.pdf> Acesso em: 19 novembro 2014

FERRAZ, Fabio, Válvulas Industriais. Disponível em:


<http://fabioferrazdr.files.wordpress.com/2008/08/apostila-de-valvulas-
industriais-petrobras.pdf>. Acesso em: 19 novembro 2014

40
Filtros Industriais: Para utilização em vapor, líquidos e gases. Disponível
em < http://www2.spiraxsarco.com/br/pdfs/sb/sb-f5-01.pdf > Acesso em 20 de
Novembro. 2014;

JÚNIOR, Nelson Moreira. Instrumentação Básica para Controle de


Processos. Disponível em: <
http://libertas.pbh.gov.br/~danilo.cesar/outros/concurso_ufmg/Curso%20Instru
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KILIAN, Christopher. Modern Control Technology: Components & Systems,


Capítulo 6. Delmar, 2a Ed., 2004;

MAJOP. Osmose reversa – conheça esse processo de purificação de


água. Disponível em: <
http://www.majop.com.br/ARTIGO%20T%C3%89CNICO%20OSMOSE%20RE
VERSA%20ENTENDA%20O%20SEU%20FUNCIONAMENTO%20.pdf> .
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MECÂNICA INDUSTRIAL, Modelos de válvulas industriais. Disponível em:


<http://www.mecanicaindustrial.com.br/conteudo/760-tipos-de-valvulas-
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Oficina Brasil. Disponível em:< http://oficinabrasil.com.br/reportagens-


tecnicas/2758-a-importancia-da-valvula-reguladora-de-pressao-nos-testes-de-
vazamento-com-nitrogenio> Acesso em: 23 novembro 2014.

OLIVEIRA, F.C; PELEGRINI, D.D. Controle de qualidade do sistema de


produção de água purificada obtida por osmose reversa em indústria
farmacêutica. Disponível em: <
http://www.tratamentodeagua.com.br/r10/Lib/Image/art_1650655890_339.pdf>.
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OTTO SISTEMAS HIDRÁULICOS, Válvulas de controle de pressão.


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Acesso em: 19 novembro 2014.

PARKER, Tecnologia Pneumática Industrial. Disponível em:


<http://www.parker.com/literature/Brazil/apostila_M1001_1_BR.pdf>. Acesso
em: 19 novembro 2014

Portal Metálica. Disponível em <http://www.metalica.com.br/tubulacao-


industrial> Acesso em 18 novembro 2014

41
QUINTANILHA, Igor Macedo; FILHO, Roberto de Moura Estevão. Sensores de
nível. Disponível em: <http://www.peb.ufrj.br/cursos/eel710/SensorNivel.pdf>.
Acesso em: 19 novembro 2014.

SANTOS, Roberto Carlos Silva dos. Sensores e Transmissores. Disponível


em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA67MAE/sensore-transmissores-
temperatura-vazao-pressao> Acesso em 19 novembro 2014

SILVA, D.A.C.de; SANTOS, E.B.dos; DUARTE, J.A. Utilização de osmose


reversa para tratamento de águas. Disponível em:
<http://www.fatecgarca.edu.br/revista/Volume3/artigos_vol3/Artigo_6.pdf>.
Acesso em: 26 outubro 2014.

Tech-Faq. What is a Pressure Transmitter?.Disponível em <http://www.tech-


faq.com/pressure-transmitter.html> Acesso em: 19 novembro 2014;

TECHFILTER – Soluções inteligentes. Filtração de líquidos. Disponível em <


http://techfilter.com.br/filtracao.asp> Acesso em 20 de Nov. 2014
TLV GLOBAL. Disponível em: < http://www.tlv.com/global/BR/steam-
theory/waterhammer-condensate-transport-piping.html#> Acesso em: 20
novembro 2014

TRANSMISSOR de nível. Disponível em: <


http://www.dwyler.com.br/noticia/transmissor-de-nivel/> Acesso em: 19
novembro 2014.

Válvula on-off Pneumática. Disponível em <


http://www.kidde.com.br/Documents/valvula400e-4x.pdf> Acesso em: 19
novembro 2014

VIANA, Ulisses Barcelos. Instrumentação: Instrumentação Básica I Pressão e


Nível. Disponível em: <
http://www.dequi.eel.usp.br/~felix/Instrumentacaobasica1_pdf.pdf> Acesso em
19 novembro 2014

WHATLEY, Tiesha, Como sensores de pressão funcionam? Disponível em:


< http://www.ehow.com.br/sensores-pressao-funcionam-como_7317/> Acesso
em: 20 novembro 2014

42
ANEXOS

A-- Fluxograma utilizado para descrever o processo

Fonte : Própria empresa

43
Tabela 1 – Caldeiraria do processo

CALDEIRARIA

Símbolo Descrição Quant. TAG'S Localização Observações

Tanque de
Material do Tanque: Aço
Armazenamento
V- inoxidável em liga
com 1 Em campo
5060 metálica AISI, resistente
capacidade de
a corrosão.
20 m³

E-
Em campo Refrigerador 2.325 m²
5060
E-
Em campo Aquecedor 0.93 m²
Trocador de 5061
4
Calor E-
Em campo Refrigerador 2.352 m²
3060
E-
Em campo Aquecedor 0.93 m²
3061

Fonte : Autor

Tabela 2 – Maquinário no processo

MAQUINÁRIO

Símbolo Descrição Quant. TAG'S Localização Observações

Bomba Centrífuga Multicelular


P-3060 Em campo
com vazão de 16 m³
Bomba Centrífuga
2
Multicelular
Bomba Centrífuga Multicelular
P-5060 Em campo
com vazão de 12 m³

Fonte : Autor

44
Tabela 3 – Instrumentação do processo

INSTRUMENTAÇÃO
Quantidad Tipo de
Símbolo Descrição TAG Localização
e Malha

LE Sensor de Nível 1 LE-006 Em campo Aberta

Transmissor de
1 LE-006 Em campo Aberta
Nível

Controlador
Auxiliar / Atrás
Indicador de 1 LIC-006 Fechada
do painel
Nível

I-006
Auxiliar / Atrás
Sinal Elétrico 2 I-011 Aberta
do painel

PE Sensor de
1 PE-011 Em campo Aberta
Pressão

Transmissor de
1 PT-011 Em campo Aberta
Pressão

Controlador
Auxiliar / Atrás
Indicador de 1 PIC-011 Fechada
do painel
Pressão

CS-001
Purgador 2 Em campo Aberta
CS - 002

Fonte : Autor

45
Tabela 4 – Instrumentação do processo

INSTRUMENTAÇÃO - Acessórios

Símbolo Descrição Quat. Localização

Redutor 1 Em campo

Redutor 6 Em campo

Redutor 4 Em campo

Redutor 6 Em campo

Redutor 2 Em campo

Redutor 2 Em campo

Redutor Em campo

Redutor 1 Em campo

Redutor 2 Em campo

Redutor 2 Em campo

Filtro 1 Em campo

Fonte: autor

46
Tabela 5 –Tubulação do processo

TUBULAÇÃO

Simbologia Descrição Quat. Material

Linha de Aço carbono


1
Instrumento de Ar galvanizado

Linha de
Aço Carbono
fornecimento de
3 com Isolante
fluido de
Térmico
refrigeração

Linha de retorno de Aço Carbono


fluido de 4 com Isolante
refrigeração Térmico

Linha de água de Aço carbono


1
processo galvanizado

Aço Inoxidável
Linha de água (SS 316L) com
14
purificada Isolante
Térmico

Linha de nitrogênio Aço carbono


1
de baixa pressão galvanizado
Linha de Vapor de Aço Carbono
Alta Pressão > 3.5 4 com Isolante
BAR Térmico

Aço Carbono
Condensado. 2 com Isolante
Térmico

Fonte : autor

47
Tabela 6 – Válvulas do processo

INSTRUMENTAÇÃO - Válvulas

Símbolo Descrição Quat. TAG'S Localização Tipo de Malha


MV028
MV029
MV030
MV031
Válvula de MV032
9 Em campo Aberta
Esfera MV033
MV034
MV036
MV037

Válvula de PCV014
Controle de 1 PI015 Em campo Aberta
Pressão

MV024
Válvula Comum 2 Em campo Aberta
MV025

MV020
MV021
Válvula de
MV022
Membrana ou 6 Em campo Aberta
MV017
Diafragma
MV018
MV019

Válvula de
1 HV016 Em campo Aberta
Drenagem

Fonte: autor

48
Tabela 7- Válvulas do processo

INSTRUMENTAÇÃO - Válvulas

Símbolo Descrição Quat. TAG'S Localização Tipo de Malha

HV004
HV005
HV006
HV001
HV002
HV003
HV017
HV018
HV009
HV008
HV007
HV012
HV013
Chave de Válvula 28 HV015 Em campo Aberta
HV016¹
HV014
HV011
HV304
HV403
HV920
HV911
HV919
HV912
HV913
HV825
HV726
HV326

NR007
NR008
Válvula de
5 NR009 Em campo Aberta
Retenção
NR010
NR011

XV-010
XV-017
XV-004
XV-006
XV-001
XV-002
XV-003
XV-017
XV-018
XV-009
XV-008
XV-007
XV-012
Válvula Pneumática XV-013
27 Em campo Aberta
com membrana XV-016
XV-015
XV-014
XV-011
XV-302
XV-402
XV-902
XV-903
XV-904
XV-802
XV-702
XV-306
XV-023

Fonte: autor

49
Tabela 8 - Válvulas do processo

INSTRUMENTAÇÃO - Válvulas

Símbolo Descrição Quat. TAG'S Localização Tipo de Malha

NR007
NR008
Válvula de
5 NR009 Em campo Aberta
Retenção
NR010
NR011

PSV-004
PSV-005
Válvula de
5 PSV-006 Em campo Aberta
Segurança
PSV007
PSV-008

Válvula de
P-002
Segurança de 3 2 Em campo Aberta
P-003
Vias

XV-025
XV-019
XV-027
Válvula XV-028
Pneumática 9 XV-024 Em campo Aberta
Liga/ Desliga XV-021
XV-020
XV-018
XV-022

Fonte: autor

50

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